Robert Redford e Jane Fonda voltam a se apaixonar após 50 anos em teaser de novo filme
A Netflix divulgou fotos e o primeira teaser de “Our Souls at Night”, filme que volta a juntar Robert Redford e Jane Fonda quase 40 após seu último romance nas telas. E o clima realmente é romântico. O responsável pelo reencontro é o diretor indiano Ritesh Batra, do fenômeno “The Lunchbox”, uma das maiores bilheterias mundiais de 2013. “Our Souls at Night” é baseado no romance homônimo de Kent Haruf (“Histórias Divididas”), publicado postumamente em 2015, e tem roteiro da dupla Scott Neustadter e Michael H. Weber (“A Culpa É das Estrelas”). A trama começa com uma visita inesperada de Addie Moore (Jane Fonda) a seu vizinho, Louis Waters (Robert Redford). Os dois são viúvos há muitos anos, mas nunca tiveram muito contato, apesar de viverem em um pequeno povoado. Pois a situação começa a mudar a partir da iniciativa da viúva, que faz ao vizinho uma proposta indecente. Redford e Fonda trabalharam juntos em três filmes, “Caçada Humana” (1966), “Descalços no Parque” (1967) e “O Cavaleiro Elétrico” (1979), mas embora seus personagens tivessem relacionamentos em todos, eles só tiveram vida de casados no segundo. “Our Souls at Night” estreará, portanto, cinco décadas após a primeira lua de mel cinematográfica do casal.
Trailer de Splitting Up Together revela premissa da nova série de comédia de Jenna Fischer
A rede ABC divulgou as fotos e o primeiro trailer da nova série de comédia “Splitting Up Together”, estrelada por Jenna Fischer (série “The Office”) e Oliver Hudson (série “Scream Queens”). Com uma premissa típica de comédia romântica, a atração traz os dois atores como um casal que resolve se separar, mas continua morando junto para dividir despesas e cuidar dos filhos. O arranjo choca seus amigos, que tentam fazê-los retomar o casamento, mas também permite que os dois apreciem melhor um ao outro. Se fosse um filme, o final feliz chegaria em 1h40 de projeção. Mas como é série, espera-se muita enrolação para manter a mesma situação por uma ou mais temporadas. Remake de uma série dinamarquesa, adaptada por Emily Kapnek (criadora de “Suburgatory”), “Splitting Up Together” ainda inclui no elenco Lindsay Price (série “Eastwick”), Diane Farr (série “Numb3rs”), Kelsey Asbille (série “Teen Wolf”), Bobby Lee (série “Love”), Geoff Pierson (série “Dexter”) e as crianças Van Crosby e Olivia Keville como os filhos do casal. O piloto foi dirigido por Dean Holland (série “Parks and Recreation”) e a série será exibida na midseason, no começo de 2018 nos Estados Unidos.
Kate Mara e Jamie Bell estão noivos
O filme do “Quarteto Fantástico” não foi um fracasso completo. Afinal, vai render um casamento entre super-heróis. Só que o matrimônio não vai acontecer exatamente como nos quadrinhos. A Mulher Invisível e o Coisa estão noivos na vida real. Ou melhor, os atores Kate Mara e Jamie Bell, que interpretaram os super-heróis no filme de 2015. Eles se conheceram justamente no set de “Quarteto Fantástico”, durante as filmagens. Após o site do programa E! News revelar o estágio avançado do relacionamento, o Instagram oficial de Kate Mara confirmou o noivado no domingo (15/1). Os rumores sobre este namoro tem sido esparsos, mas são antigos – surgiram pela primeira vez em outubro de 2015. Na semana passada, Mara publicou uma foto no Instagram em que revelou o seu anel de noivado de diamante. Veja abaixo. Uma fonte revelou à revista US Weekly que o casal pretende se casar ainda em 2017. Será o primeiro casamento de Mara e o segundo de Bell, que em 2014 se separou da estrela da série “Westworld” Evan Rachel Wood, depois de dois anos casado. O ex-casal tem um filho, cujo nome nunca veio a público. #KateMara Uma foto publicada por Kate Mara (@katemaraa) em Jan 9, 2017 às 10:00 PST
Angelina Jolie e Brad Pitt entram em acordo para concluir divórcio de forma privada e sigilosa
Angelina Jolie e Brad Pitt chegaram a um acordo para que seu divórcio seja concluído de forma privada e trabalharão juntos para reunificar a família. A declaração foi feita num comunicado em conjunto. Com isso, Brad Pitt conseguiu seu objetivo de manter futuros detalhes do divórcio em sigilo, um mês após um juiz ter lhe negado o direito ao sigilo de todos os documentos. O ator chegou a acusar a ex-mulher de comprometer a privacidade dos filhos, alegando que Angelina mostrava pouco interesse pelo bem-estar das crianças, pois seus representantes tentavam manchar a imagem do pai junto a elas, por meio de vazamentos. No início de janeiro, Angelina concordou com o sigilo, mas entregou à Justiça documentos com fortes críticas a Pitt, afirmando que o ator “tem medo de que o público descubra a verdade” sobre ele. A verdade é que as denúncias feitas pela equipe de Angelina, como a suposta agressão de Pitt ao filho mais velho, intoxicação e vício em drogas e álcool, foram investigadas extensivamente pela justiça americana. Pitt se submeteu a todos os testes a que foi requisitado, enquanto o serviço social averiguou o caso de violência contra menor, e o ator acabou inocentando de todas as acusações. O texto da declaração atual diz: “As partes e seus advogados assinaram acordos para preservar os direitos de privacidade dos filhos e da família, mantendo todos os documentos confidenciais e sendo atendidos por um juiz particular para tomar quaisquer decisões legais e facilitar a resolução de possíveis problemas. Os pais estão comprometidos a agir em conjunto para garantir a recuperação e a reunificação da família.”
Asghar Farhadi volta a filmar o desgaste de uma relação em O Apartamento
Possivelmente o cinéfilo ocidental não associe nenhuma singularidade cinematográfica ao ler os nomes Shahab Hosseini e Taraneh Alidoosti na abertura de “O Apartamento”, o novo filme do iraniano Asghar Farhadi. E, no entanto, vale a pena sublinhar que são nomes de dois atores magistrais – vistos anteriormente em longas do diretor, respectivamente “A Separação” (2011) e “À Procura de Elly” (2009). Interpretam Emad e Rana, marido e mulher, subitamente confrontados com um problema de segurança no seu prédio que ameaça desabar. O prédio é evacuado forçando os dois a procurarem rapidamente outra lugar para morar. Na nova habitação, Rana será agredida por um desconhecido. O nível da agressão nunca fica muito claro, pode ter sido uma discussão calorosa, pode ter sido algo físico e violento. O fato é que afetou profundamente, abrindo-se uma crise para o casal que, além de obrigá-los a reavaliar todas as suas relações, se cruza com o fato de Emad e Rana serem dois dos intérpretes de uma encenação de “A Morte de um Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller. De fato, “O Apartamento” é um filme sobre o teatro e a vida — ou, talvez melhor, sobre a vida e o seu teatro, de tal modo vamos sentindo e pressentindo como a relação com a verdade se faz através de muitas formas de encenação. Algumas mais conscientes, outras, nem tanto. A tentativa de descoberta de quem agrediu Rana atrai, assim, os elementos recalcados, mesmo nos acontecimentos aparentemente mais banais. Farhadi prossegue numa minuciosa desmontagem das relações dos casais que já encontramos em “Separação” (2011) e “O Passado” (2013). Ele possui o olhar incisivo de um psicólogo, mas também o ceticismo de um filósofo que sabe que as nuances da verdade estão longe de ser automáticas ou transparentes. Um belo filme.
Fofoca: Kristen Stewart estaria namorando top model da Victoria Secret
Desde que se assumiu bissexual, a atriz Kristen Stewart só tem sido associada a fofocas de relacionamentos com outras mulheres. A mais recente nem é tão recente assim, mas, nos últimos dias, pelo acúmulo crescente de flagrantes de paparazzi, também tem se tornado cada vez menos rumor. A atriz e a modelo Stella Maxwell, que desfila para a grife de roupas íntimas Victoria’s Secret, começaram a ser clicadas juntas desde o baile Met Gala, em maio de 2016. Cada uma foi para seu canto e a vida continuou até dezembro, quando fotógrafos passaram a flagrá-las juntas em dias, cidades e atitudes completamente diferentes. Após serem fotografadas na semana passada na Georgia, onde Kristen está filmando “Lizzie”, um filme sobre a suposta serial killer Lizzie Borden, as duas voltaram ao foco na noite de terça (27/12) em Los Angeles, quando, pela primeira vez, tentaram esconder que estavam saindo juntas. E o resultado, para muitos, foi a confirmação que faltava. “Elas estão se divertindo e se conhecendo”, disse uma amiga do casal à revista People. Stella Maxwell já havia sido anteriormente ligada à cantora Miley Cyrus. Já Kristen vinha sendo shippada com a cantora St. Vincent.
Robert Redford e Jane Fonda voltam a namorar na primeira foto de filme do diretor de The Lunchbox
A Netflix divulgou a primeira foto de “Our Souls at Night”, filme que volta a juntar Robert Redford e Jane Fonda quase 40 após seu último romance nas telas. O responsável pelo reencontro é o diretor indiano Ritesh Batra, do fenômeno romântico “The Lunchbox”, uma das maiores bilheterias mundiais de 2013. “Our Souls at Night” é baseado no romance homônimo de Kent Haruf (“Histórias Divididas”), publicado postumamente no ano passado, e tem roteiro da dupla Scott Neustadter e Michael H. Weber (“A Culpa É das Estrelas”). A trama começa com uma visita inesperada de Addie Moore (Jane Fonda) a seu vizinho, Louis Waters (Robert Redford). Os dois são viúvos há muitos anos, mas que nunca tiveram muito contato, apesar de viverem em um pequeno povoado. Pois a situação começa a mudar a partir da iniciativa da viúva, que faz ao vizinho uma proposta indecente. Redford e Fonda trabalharam juntos em três filmes, “Caçada Humana” (1966), “Descalços no Parque” (1967) e “O Cavaleiro Elétrico” (1979), mas embora seus personagens tivessem relacionamentos em todos, eles só tiveram vida de casados no segundo. “Our Souls at Night” estreará em 2017, cinco décadas após a primeira lua de mel cinematográfica do casal.
A Economia do Amor subtrai e divide uma vida a dois numa obra-prima dolorosa
O título americano de “A Economia do Amor” (2016) é “After Love” (depois do amor). Não se refere ao amor significando sexo como em algumas canções românticas de Roberto Carlos, mas ao fim do amor, quando a mulher, depois de algum tempo, passa a não gostar mais do marido, a ficar irritada com qualquer coisa que ele faça. Algo se perdeu, por algum motivo aparentemente desconhecido, num relacionamento de muitos anos. O filme, porém, não mostra os motivos e eles não são tão importantes. O cineasta belga Joachim Lafosse tem um interesse especial na temática de famílias partidas em sua obra. Foi assim em “Propriedade Privada” (2006) e também em “Perder a Razão” (2012). E “A Economia do Amor”, curiosamente, ainda é estrelado por Bérénice Bejo, que já protagonizara um importante filme sobre a questão do divórcio, “O Passado” (2013), do cineasta iraniano Arghar Fahadi. O filme se passa quase que inteiramente e claustrofobicamente dentro de uma casa de apenas um piso e poderia muito bem ser confundido com uma adaptação teatral, mas não o é. Há um cuidadoso e dinâmico trabalho de câmera e de encenação no interior daquele espaço. Desde o começo, em uma cena na cozinha, esse uso criativo da câmera torna o espectador cúmplice dos momentos dolorosos, tensos e de ressentimento por que passa o casal vivido por Bejo e Cédric Kahn (“Os Anarquistas”), respectivamente Marie e Boris Como diz o título, a maior dificuldade da atual situação é de natureza financeira, embora se perceba que a resistência do marido, de querer evitar sair de vez da relação, esteja também no fato de ainda amar a esposa e de não querer se afastar das duas filhas ainda crianças. Alquebrados física, financeira e emocionalmente, eles vivem na mesma casa por não terem dinheiro para morar em casas diferentes. Boris afirma que não sairá do espaço a não ser que receba o que acredita ser seu de direito: os 50% do valor casa, já que, segundo ele, foi graças à reforma feita por ele, agora um arquiteto desempregado, que a casa se valorizou. Ele também afirma ter trazido amor para a casa. E de fato presenciamos momentos extremamente amorosos dele com as crianças. No começo do filme, elas preferem estar com ele que com a mãe, enquanto em outros momentos é o contrário. O rosto insatisfeito de Marie e a presença pouco bem-vinda de Boris refletem no atrito que constantemente surge, principalmente quando ele tenta, em vão, uma reaproximação. Uma das cenas mais memoráveis do incômodo gerado pela convivência forçada acontece quando Marie está jantando com um grupo de amigos e Boris chega, criando uma situação constrangedora. Este é um dos poucos momentos em que podemos ouvir da própria Marie um desabafo sobre sua perda do amor por Boris. Mas a melhor e mais tocante cena ainda estaria por vir. Boris havia passado um tempo com as crianças e, quando ele chega, Marie está particularmente mais afável. É quando podemos nos dar ao luxo de ver o lindo sorriso de Bérénice Bejo, que ainda a torna mais bela. A cena em questão, e certamente uma das mais arrebatadoras cenas do ano, é a da dança da família ao som de “Bella”, de Maître Gims. É um momento de catarse, que mistura amor, tristeza e até um pouco de alegria, e que ajuda a quebrar um pouco a tensão, mas que também potencializa a amargura. Lafosse, porém, não cai na armadilha de oferecer uma conclusão convencional, seja feliz ou extremamente trágica, embora situações não faltem para que isso aconteça. O corte seco ao final se assemelha à vida, aos momentos em que é preciso desapegar, antes que mais alguém saia machucado. Mas, mesmo depois de tantos sufocantes momentos por que passamos ao longo da projeção, o sentimento que permanece é de tristeza. E, claro, também de alegria pela obra-prima que acabamos de presenciar.
Juiz recusa pedido de Brad Pitt por sigilo dos papéis de divórcio
O pedido do ator Brad Pitt para colocar sob sigilo documentos legais sobre os procedimentos de custódia e de seu divórcio da atriz Angelina Jolie foi rejeitado por um juiz de Los Angeles na quarta-feira (7/12). O juiz Richard Burdge Jr., da Corte Superior de Los Angeles, rejeitou a solicitação do ator em uma audiência de emergência, disse uma porta-voz do tribunal. Pitt e Angelina não compareceram. Embora não tenha concordado em colocar todo o caso sob sigilo, Burdge disse que pedidos para lacrar documentos específicos serão avaliados, especialmente considerando que as seis crianças no cerne do caso de custódia são menores de idade. “A corte reconhece os direitos de crianças menores de idade à privacidade, e seria guiada pelo que serve melhor aos interesses das crianças menores de idade”, disse Burdge. Representantes de Angelina e Pitt não comentaram o assunto. O casal se separou em setembro, quando Angelina pediu divórcio, citando diferenças irreconciliáveis. À época, ela disse que tomou a decisão “pela saúde da família”, e pediu pedindo custódia física total dos filhos. Pitt entrou com sua própria ação, pedindo custódia compartilhada. Ele foi inocentado de uma acusação de agressão contra seu filho mais velho, que teria acontecido num avião particular e seria responsável pela decisão de Angelina de se separar. O casal compartilha os filhos adotivos Maddox e Pax, adotou a menina Zahara e teve três filhos biológicos, Shiloh Nouvel e os gêmeos Knox Leon e Vivienne Marcheline, cujas idades variam de 8 a 15 anos.
Angelina Jolie estaria mimando os filhos com brinquedos e presentes
A atriz Angelina Jolie estaria mimando os filhos com vários presentes, principalmente com brinquedos, desde o divórcio do ator Brad Pitt. Uma fonte anônima revelou ao site Hollywood Life que as seis crianças estariam tristes e depressivas pelo término do casamento dos pais. “Angelina está fazendo de tudo para alegrar e animar um pouco as crianças. A primeira tática dela foi dar a maior quantidade de amor e carinho possíveis, ficar bastante com eles e deixar que eles durmam com ela. Agora ela está investindo em presentes, eles estão ganhando tudo o que querem”, afirmou a fonte. De acordo com esta garganta profunda, Maddox e Pax ganharam produtos eletrônicos, enquanto Shiloh deve ganhar um cachorrinho. Os mais novos preferiram alguns brinquedos. A notícia reflete a briga do ex-casal pela guarda dos filhos. A atriz está tentando ficar com a custódia integral, enquanto Pitt luta para que ele e a ex-esposa fiquem com a guarda compartilhada de seus herdeiros.
O Plano de Maggie junta ótimo elenco em comédia indie descartável
No ótimo “O Tempo de Cada Um” (2002), há um segmento que parece repercutir de modo especial em sua diretora e roteirista Rebecca Miller. Trata-se daquele protagonizado por Parker Posey, em que sua personagem vive à sombra do pai, um artista celebrado. Para quem não sabe, Rebecca é filha de ninguém menos que o dramaturgo Arthur Miller, além de ser esposa do ator irlandês Daniel Day-Lewis. Os anos se passaram e Rebecca segue na desconfortável posição de ser lembrada mais por suas relações familiares e menos pelo trabalho que produz individualmente. “O Plano de Maggie” é um sintoma dessa constatação desagradável, sendo uma comédia indie que esquecemos assim que nos retiramos da sala do cinema ou ejetamos o DVD. O ponto de partida é até promissor. Enquanto atua no campo universitário, Maggie (Greta Gerwig) topa servir de barriga de aluguel para Guy (o simpático Travis Fimmel, do seriado “Vikings”), sujeito que está conseguindo uns bons trocados com a produção de picles artesanais e que sonha em ter um filho. Mas John (Ethan Hawke), um professor e escritor fracassado, casado com a bem-sucedida dinamarquesa Georgette (Julianne Moore), surge na vida de Maggie declarando o seu amor por ela de modo imediato. Tudo isso a faz mudar seus planos de curto prazo, desistindo do acordo com Guy e logo se casando com John após o seu divórcio com Georgette. Só que a vida perfeita que Maggie visualizava acaba se transformando em uma realidade amarga, em que trabalha duramente para sustentar John até que ele seja capaz de finalizar o seu novo livro. Vem assim o seu plano de tentar devolver o marido para a ex-mulher para voltar a cuidar com mais independência de si mesma. Apesar dos contornos aceitáveis, não há nada de particularmente especial neste quinto longa-metragem de Rebecca Miller, concebido a partir de um argumento de Karen Rinaldi. Sem nenhum arrojo visual ou narrativo, “O Plano de Maggie” acaba dependendo demais de seu talentoso elenco para energizar as coisas. Não funciona, especialmente por comprometer Greta Gerwig a fazer uma personagem que nada mais é do que uma variação de sua inesquecível Frances Ha, reagindo diante das adversidades da vida com a mesma calmaria com a qual passamos margarina no pão.
Canção da Volta reflete fascínio e frustração com suicidas
Os índices de suicídios têm aumentado de modo tão assustador nos últimos anos que o fascínio pela história de pessoas que vão ao extremo de tirar a vida pode despertar inevitável curiosidade. Em seu primeiro longa de ficção, o paulistano Gustavo Rosa de Moura parte de um registro privado sobre uma personagem que sobreviveu para carregar o peso de ter, em um momento de desespero, tentado provocar a própria morte, algo forte o suficiente para manter, ao menos a princípio, o interesse por “Canção da Volta”. Sem uma experiência expressiva como intérprete, Marina Person, que é esposa de Gustavo, tem a difícil missão de incorporar Júlia, na maior parte do tempo em dissintonia com um mundo que outrora tentou abandonar. No entanto, a perspectiva que acompanhamos é a de Eduardo (João Miguel, de “Xingu”), o marido que lida praticamente só com as responsabilidades domésticas após cumprir a rotina profissional. Sem verbalizar as motivações de Júlia, “Canção da Volta” prefere se ater a um presente em que o incômodo de ter algum familiar ou conhecido indagando sobre a motivação de seu desejo suicida se transformou em uma questão diária. Há também a dinâmica de um casal que não funciona mais e a presença de um filho, Lucas (Francisco Miguez, o protagonista de “As Melhores Coisas do Mundo”), que agora convive com a impressão de não ter sido priorizado durante a escolha radical de sua mãe. Com mais sugestões que resoluções, o drama não progride, especialmente pela direção não oferecer um tratamento visual que seja capaz de representar uma atmosfera de sufoco físico e emocional. Além do mais, a adoção de uma estrutura quase fragmentada mais dispersa do que garante o envolvimento com a história, esta praticamente jogada ao deus-dará em um terceiro ato com pistas mal ajambradas (as notificações no WhatsApp, a caixa misteriosa) e um encerramento no mínimo descuidado.











