Séries novatas Perfect Harmony e Lincoln Rhyme são canceladas nos EUA
A rede NBC cancelou dois de seus lançamentos da temporada, a comédia “Perfect Harmony” e o thriller policial “Lincoln Rhyme: Hunt for the Bone Collector”. Apenas a segunda era exibida no Brasil, pelo canal pago AXN. Nenhuma das duas conseguiu atrair grande público nos EUA. A comédia foi um desastre completo, com média de 1,9 milhão de espectadores, enquanto a atração criminal conseguiu quase o dobro da atenção, vista por 3,6 milhões ao vivo. Elas se juntam ao destino de “Sunnyside”, primeira série cancelada da temporada, após quatro episódios assistidos por apenas 1,3 milhão de pessoas. “Perfect Harmony” era uma espécie de “Glee” da meia-idade ou, ainda, um “Glee” evangélico. A trama acompanhava o ex-professor de música Arthur Cochran (interpretado por Bradley Whitford, de “The Handmaid’s Tale”), que, desiludido com a vida, enche a cara, sai dirigindo e resolve se matar com pílulas. Mas, na última hora, pede um sinal a Deus. Como ele estacionou seu carro justamente diante de uma igreja, a deixa faz um coral sacro ressoar. Para resumir, ela acorda de ressaca dentro da igreja, cercado por um grupo de cantores desafinados que mal podem esperar para começar a ter aulas com seu novo professor. Diante dos personagens conflitantes a seu redor, Arthur logo percebe que aquela dissonância é o que ele precisa para se reinventar e redescobrir um pouco de felicidade. Com direito a muitas versões de músicas conhecidas em arranjos de coral. Daí, a referência a “Glee”. Com 64% de aprovação no Rotten Tomatoes, a série foi criada por Lesley Wake (roteirista de “Life in Pieces”) e o elenco desafinado também destacava Anna Camp, que tem experiência no gênero como uma das estrelas da trilogia musical “A Escolha Perfeita”, além de Tymberlee Hill (“Search Party”), Rizwan Manji (“The Magicians”), Will Greenberg (“Wrecked”), Geno Segers (“Banshee”) e Spencer Allport (“Zero”). “Lincoln Rhyme: Hunt for the Bone Collector”, por sua vez, era baseada na franquia literária do escritor Jeffery Deaver, iniciada por “O Colecionador de Ossos” em 1997 e que teve até o momento 13 continuações – a mais recente, “The Cutting Edge”, foi lançada em 2018. Todos os livros centram-se no personagem Lincoln Rhyme, que foi vivido por Denzel Washington no cinema e era interpretado por Russell Hornsby (o Hank da série “Grimm”) na TV. Investigador forense aposentado, Lincoln Rhyme se tornou quadriplégico ao sofrer um acidente e é relutantemente transformado em consultor pela polícia de Nova York para ajudar a pegar um serial killer. Ele acaba formando parceria com a policial novata Amelia Sachs, que já no primeiro caso o impressiona por seus instintos dedutivos e vira suas “pernas” nas investigações. No filme, Amelia era interpretada por ninguém menos que Angelina Jolie. Na série, foi vivida por Arielle Kebbel (“Midnight Texas”). A adaptação de 1999 dirigida pelo australiano Phillip Noyce (“Salt”) foi destruída pela crítica (28% no Rotten Tomatoes) e deu prejuízo financeiro (bilheteria mundial de US$ 151,4 milhões contra um orçamento de produção de US$ 73 milhões). E, por isso, “O Colecionador de Ossos” não virou franquia cinematográfica. A série não teve destino muito melhor, com 36% no Rotten Tomatoes e cancelamento após 10 episódios. Mas era previsível. A produção tinha sido desenvolvida por VJ Boyd e Mark Bianculli, que trabalharam juntos em dois pilotos, “The Jury” (2016) e “Doomsday” (2017), ambos recusados na rede ABC. A NBC ainda não anunciou o destino de outras quatro atrações da temporada – uma das mais fracas do canal. Mas a julgar pelas audiências de “Bluff City Law” (3,6 milhões), “Council of Dads” (2,8 milhões), “Indebted” (1,5 milhões) e “Zoey’s Extraordinary Playlist” (1,9 milhão) não deve demorar para a guilhotina cair novamente.
Reprisal: Série com Rodrigo Santoro não terá 2ª temporada
A plataforma de streaming Hulu cancelou sua nova série “Reprisal”, estrelada por Abigail Spencer (de “Timeless”) e o brasileiro Rodrigo Santoro (“Westworld”), que não terá 2ª temporada. “Reprisal” era centrada na personagem de Spencer, uma femme fatale que, após ser atacada e deixada para morrer, busca vingança contra a gangue responsável pela violência. Santoro interpretava Joel Kelly, um membro antigo da gangue, que é praticamente o líder de fato do grupo, mas também passou por uma mudança recente em suas prioridades e passou a lutar para manter a paz. Além da dupla principal, o elenco também incluía Mena Massoud (o Aladdin da nova versão live-action), Madison Davenport (“Objetos Cortantes”), Rhys Wakefield (“Uma Noite de Crime”), David Dastmalchian (“Homem-Formiga”), W. Earl Brown (“Deadwood”) e Ron Pearlman (“Sons of Anarchy”). A série foi criada por Josh Corbin (roteirista de “StartUp”) e tinha produção do A+E Studios e da Littlefield Company. Todos os episódios da 1ª temporada foram disponibilizados em 6 de dezembro nos Estados Unidos.
Harlots: Série sobre bordel do século 18 é cancelada
A plataforma Hulu cancelou a série “Harlots”, sobre prostitutas de um bordel inglês de luxo do século 18, que não terá 4ª temporada. O anúncio foi feito quase um ano após a estreia da 3ª temporada, lançada em julho de 2019. Criada pela roteirista Moira Buffini (“Bizantium”) e a produtora Alison Newman (“The Tree Widow”), a atração se passava na Londres do século 18 e acompanhava Margaret Wells (Samantha Morton, a Alfa de “The Walking Dead”) em sua luta para conciliar seus papéis de mãe e dona de um bordel, onde também trabalhavam suas filhas. O elenco de “Harlots” ainda destacava Jessica Brown Findlay (Lady Sybil na série “Downton Abbey”), Lesley Manville (indicada ao Oscar 2018 por “Trama Fantasma”) e Liv Tyler (“The Leftovers”), que entrou na trama na 2ª temporada. No Brasil, a série era exibida pelo Fox Premium.
Reality policial Cops é cancelado após protestos antirracistas nos EUA
O canal pago americano Paramount Network resolveu cancelar o longevo reality policial “Cops”, que vinha sendo transmitido desde 1989, como resposta aos protestos antirracistas após o assassinato de George Floyd por policiais brancos. De acordo com o site The Hollywood Reporter, a emissora decidiu, primeiramente, não exibir episódios que fizessem alusão a táticas policiais violentas. Mas ao verificar o conteúdo da série, a conclusão foi pelo cancelamento total da produção. “‘Cops’ não está mais na Paramount Network e não temos planos presentes ou futuros para que retorne”, disse um porta-voz do canal pago. O reality show, que mostra abordagens e ações policiais – boa parte das vezes com câmeras portadas pelos próprios oficiais – foi transmitido por 25 temporadas na TV aberta americana, pela rede Fox, passando a ser exibido pelo SpikeTV em 2013. Este canal foi rebatizado e re-embalado como Paramount em 2018. Outras emissoras que transmitiam temporadas antigas, como a WGN, confirmaram que também deixarão de exibir “Cops”, que começaria sua 33ª temporada neste mês. A produção era bastante famosa, tendo gerado vários conteúdos similares ao redor do mundo, como o programa “Polícia 24h” na rede Band. A produção de “Cops” quase chegou a ser cancelada em 2014, quando um integrante da equipe do programa (Bryce Dion) foi morto com um tiro disparado por um policial, que também matou um suspeito armado com uma arma de ar comprimido (não letal).
Festival de Brasília é cancelado por falta de apoio financeiro
O Festival de Brasília, um dos eventos mais tradicionais do cinema brasileiro, não vai acontecer em 2020 por falta de verbas. À retirada do apoio da Petrobrás no ano passado, por ordem de Bolsonaro, juntou-se este ano a crise econômica gerada pela pandemia de coronavírus, inviabilizando financeiramente sua realização. O cancelamento foi revelado pelo Secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), Bartolomeu Rodrigues, em entrevista neste domingo (7/6) ao site brasiliense Metrópoles. O órgão é responsável pela organização do evento. Rodrigues afirmou ter buscado alternativas, como realizar o festival em parceria com o Cine Drive-In ou plataformas de streaming, mas o orçamento não permitiu. “Constatamos que não tínhamos recursos. Não tive nenhuma sinalização [que conseguiríamos arrecadar o dinheiro], portanto, preferi cancelar”. O orçamento previa a necessidade de R$ 3 milhões para a realização do festival. No ano passado, após a suspensão do patrocínio da Petrobras, outros festivais, como Anima Mundi e o Festival do Rio, correram o risco de serem cancelados, mas driblaram as restrições financeiras com ajuda de financiamento coletivo. Essa é a primeira vez desde os anos 1970, em meio à ditadura militar, que o festival, conhecido por apresentar longas com temas políticos e que denunciam diversas dificuldades enfrentadas pela população, é cancelado.
Tom Ellis fecha acordo para estrelar 6ª temporada de Lucifer
Tom Ellis assinou o contrato para voltar ao papel principal de “Lucifer”, afirmou nesta sexta (29/5) o site americano Deadline. Era o “detalhe” que faltava para a Netflix anunciar a renovação da série para sua 6ª temporada, revertendo o cancelamento comunicado no ano passado. O arrependimento bateu forte e a plataforma iniciou discussões sobre a retomada da série no começo de 2020. Mas após fechar com a produtora WBTV (Warner Bros. Television), os showrunners e os coadjuvantes, as negociações empacaram na decisão de Ellis de só voltar à série se recebesse mais. Muito mais. Segundo apurou o site TVLine em abril, o intérprete de Lucifer não aceitou os valores apresentados pelo estúdio e as negociações chegaram num impasse. Como Ellis assinou acordo para produção da 6ª temporada, deixando o acerto financeiro para depois, a WBTV (Warner Bros Television) decidiu cessar as ofertas de aumento. Caso ele se recusasse a gravar, poderia ser processado por quebra de contrato. Mas o estúdio prefere realizar a série em vez de processar o ator. Por conta disso, já tinha oferecido um aumento de remuneração, que foi considerado baixo por Ellis e seus representantes. Agora, depois de um mês de negociações, Tom Ellis, WBTV e Netflix teriam fechado um acordo. Com o ator de volta – e com todo o restante do elenco disposto a retornar -, a 6ª temporada de “Lucifer” pode enfim acontecer. Só falta mesmo o anúncio oficial, que a Netflix não deve ter pressa para fazer. Afinal, a plataforma ainda nem programou a estreia da 5ª temporada, que será exibida em duas partes, apesar de já estar inteiramente gravada. Como a série deveria acabar na 5ª temporada, o último episódio gravado foi batizado de “Uma Chance de Final Feliz”, e sua sinopse diz: “O último episódio de Lucifer, a última briga com o pai”. Os produtores conceberam a season finale como series finale, porque o cancelamento foi anunciado com muita antecedência, em junho do ano passado. Originalmente concebida com 10 episódios, a 5ª temporada acabou recebendo até autorização para produzir seis capítulos extras, justamente para terminar a trama da atração. Mas o equívoco dessa antecipação tornou-se evidente diante do aumento do interesse gerado pela aparição especial de Lúcifer (Tom Ellis) no crossover “Crise nas Infinitas Terras” na TV aberta americana. A confirmação da 6ª temporada representa a segunda vez que “Lucifer” escapa do inferno das séries, também conhecido como cancelamento. “Lucifer” sobreviveu ao cancelamento original na Fox, após três temporadas transmitidas na TV aberta. Percebendo a grande campanha na internet pelo salvamento da série, a Netflix comprou os direitos de exibição e produziu a 4ª temporada. Junto com a renovação para o quinto ano, a plataforma anunciou também que os próximos episódios seriam os últimos produzidos. E a showrunner Ildy Modrovich tratou de acalmar os fãs revoltados, avisando que, daquela vez, o cancelamento era irreversível e que “uma luta não mudaria as coisas”, já que não existia a possibilidade de “Lucifer” ganhar uma 6ª temporada. Mas “Lucifer”, aparentemente, é imortal.
Tuca & Bertie: Adult Swim salva série cancelada pela Netflix
O Adult Swim, versão do Cartoon Network para adultos, resgatou a série animada “Tuca & Bertie”, cancelada pela Netflix após uma temporada, no ano passado. Considerada uma das melhores animações dos últimos, a atração vai ganhar uma 2ª temporada em novo endereço, a ser lançada em 2021. A animação criada por Lisa Hanawalt e produzida pela equipe do sucesso “BoJack Horsemen” contava a história de duas amigas passarinhas em suas aventuras e crises comuns às fêmeas de qualquer espécie, com dublagem original das comediantes Tiffany Haddish (“Viagem das Garotas”) e Ali Wong (“American Housewife”). O cancelamento foi muito lamentado pela crítica e até gerou alguns editoriais em publicações importantes, como a revista Variety. A série tinha 100% de aprovação no site Rotten Tomatoes e seu final abrupto, após apenas 10 episódios, foi considerado “uma perda desapontadora”. Fãs também reclamaram ativamente nas redes sociais com a hashtag #SaveTucaAndBertie. Demorou dez meses – a série foi cancelada em julho – , mas o Adult Swim salvou “Tuca & Bertie”. A ironia dessa história é que a Netflix é capaz de exibir a 2ª temporada, já que também disponibiliza outras séries do Adult Swim, como “Rick & Morty”. “Sou fã das animações do Adult Swim desde que era adolescente, então estou muito animada para levar minhas aves amadas pra festa e me tornar uma nova voz numa nova década de animação adulta absurda, irreverente e emocionante”, afirmou Lisa Hanawalt, em comunicado. Lembram quando era a Netflix que salvava séries canceladas?
ABC cancela Emergence, Bless This Mess, Schooled e Single Parents
A rede ABC cancelou a sci-fi “Emergence” e mais três comédias, “Bless This Mess”, “Schooled” e “Single Parents”. “Emergence” era a única estreante, e seu desempenho deixava tanto a desejar que os produtores conceberam o final da temporada inaugural como possível fim da série. Exibido em janeiro, o último capítulo foi visto por apenas 1,8 milhão de espectadores ao vivo. Em contraste com os 94% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes, a série era fraquíssima – a forma como o site avalia séries é totalmente equivocada, baseada apenas na exibição do piloto. Criada por Tara Butters e Michele Fazekas, dupla responsável por “Reaper” e “Kevin (Probably) Saves the World”, “Emergence” era um “Exterminador do Futuro” com robô-criança. Na trama, a xerife Jo (interpretada por Allison Tolman, de “Fargo”) encontrava uma menina sem memórias no local de um acidente misterioso e acabava levando-a para sua casa, sem saber que ela era uma inteligência artificial com corpo de criança, cuja evolução poderia causar o fim do mundo. Uma das reviravoltas incluía a ameaça de outros robôs de aparência humana, que viajam para eliminar Sarah Conn… Jo e pegar sua “filha” (Alexa Swinton, da série “Billions”) para acabar com a humanidade. “Bless This Mess”, “Schooled” e “Single Parents” estavam todas em suas segundas temporadas. O destaque era “Schooled”, spin-off de “The Goldbergs” passado nos anos 1990, que saiu do ar diante de 3,2 milhões de espectadores na quarta passada (13/5). No mesmo dia, “Single Parents” se despediu com uma audiência de 2,5 milhões. Já “Bless This Mess” tinha mais público que todas as demais, atingindo 3,8 milhões de espectadores em seu final – mais pessoas, inclusive, que “Prodigal Son”, que a Fox renovou. O apelo estava no carisma dos intérpretes principais, Lake Bell (“Childrens Hospital”) e Dax Shepard (“The Ranch”). A atriz também era uma das criadoras da série, sobre um casal que se mudava da cidade grande para o campo.
Séries The Purge e Treadstone são canceladas
O canal pago USA Network cancelou as séries “The Purge” e “Treadstone”, como parte de (mais) uma mudança de foco de sua programação. Daqui pra frente, a emissora deve se concentrar em reality shows. Por ironia, as duas produções canceladas tinham sido incentivadas por uma mudança de estratégia anterior. A encomenda das séries seguiu orientação da chefia do conglomerado Comcast para que seus diversos canais explorassem franquias existentes na biblioteca de filmes da Universal Pictures. “The Purge” era derivada da distopia sci-fi “Uma Noite de Crime” e “Treadstone” uma continuação do thriller de espionagem “Jason Bourne”. Ambos tinham uma média de 500 mil telespectadores ao vivo e em torno de 40% de aprovação no Rotten Tomatoes, mas os fãs devem ter sentido mais o cancelamento de “Treadstone”, que deixou a história sem fim. Desenvolvida por Tim Kring (criador de “Heroes”), “Treadstone” tinha muitos personagens e tramas paralelas, além de um elenco fenomenal, encabeçado por Jeremy Irvine (o jovem Sam de “Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”), Brian J. Smith (o Will de “Sense8”), Tracy Ifeachor (“Quantico”), Omar Metwally (“The Affair”), Gabrielle Scharnitzky (“Devils”), Emilia Schüle (“Berlin Station”), Michelle Forbes (“Powers”), Patrick Fugit (“Outcast”) e a sul-coreana Hyo Joo Han (“Road Trip USA”). De quebra, um de seus diretores era Ramin Bahrani, responsável pelo recente remake de “Fahrenheit 451” na HBO. Por sua vez, “The Purge” foi criada por James DeMonaco, diretor e roteirista dos filmes originais, e chegou a ser a série mais vista do canal no ano passado, com 2,3 milhões de telespectadores por episódio. Em seu último episódio, a atração chegou a contar com participação de Ethan Hawke, repetindo seu papel do longa que lançou a franquia em 2013. As duas séries eram disponibilizadas no Brasil pela Amazon. Seus cancelamentos se juntam ao fim de “Dare Me”, disponibilizada na Netflix brasileira como “Não Provoque”, ao encerramento de “Briarpatch”, que deve se limitar ao formato de minissérie, e à conclusão da premiada “Mr. Robot”, finalizada em dezembro após dar prestígio efêmero ao canal. Conseguindo mais audiência com programas de lutas e produções baratas, o canal ainda precisa decidir o destino de “The Sinner”, após três temporadas. Por enquanto, apenas “Rainha do Sul” (Queen of the South), estrelada por Alice Braga, tem sua continuidade assegurada, após ser renovada para a 5ª temporada.
Room 104 vai acabar na 4ª temporada
A HBO decidiu encerrar a série “Room 104” na 4ª temporada. A série de antologia, que acompanha acontecimentos variados no mesmo quarto de hotel, encerrou a gravação de seus últimos episódios no ano passado, antes da pandemia de coronavírus, e eles serão exibidos a partir de 24 de julho. Desenvolvida pelos irmãos Mark e Jay Duplass (criadores de “Togetherness”), a série foi considerada inovadora por conseguir criar situações sempre diferentes, inusitadas e até bizarras inteiramente dentro de quatro paredes, as mesmas quatro paredes em todos os episódios. Como o elenco muda a cada capítulo, a atração já contou com vários atores famosos, como Michael Shannon (“A Forma da Água”), Mahershala Ali (“Moonlight”), Judy Greer (“Homem-Formiga”), Brian Tyree Henry (“Brinquedo Assassino”), Rainn Wilson (“The Office”), Luke Wilson (“Zumbilândia: Atire Duas Vezes”), Cobie Smulders (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), Melonie Diaz (“A Primeira Noite de Crime”), Natalie Morales (“Santa Clarita Diet”), Dale Dickey (“A Qualquer Custo”), Melissa Fumero (“Brooklyn Nine-Nine”) e Katie Aselton (“Legion”), entre muitos outros. As participações da nova temporada ainda incluirão Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), Jillian Bell (“A Noite É Delas”) e Logan Miller (“Com Amor, Simon”).
Tell Me a Story é cancelada após 2ª temporada
A plataforma CBS All Access cancelou a série “Tell Me a Story”, que transformava contos de fadas em tramas de suspense, após sua 2ª temporada. Produzida por Kevin Williamson, o criador de “The Vampire Diaries” e da franquia de terror “Pânico” (Scream), a série era uma adaptação da espanhola “Cuéntame un Cuento” e combinava três fábulas diferentes por temporada (“Os Três Porquinhos”, “Chapeuzinho Vermelho” e “João e Maria” no primeiro ano) para criar tramas de ganância, vingança e assassinato. “O brilhante Kevin Williamson deu vida aos nossos contos de fadas favoritos em um formato de antologia que distorceu e subverteu as histórias que todos conhecemos, transformando-as em thrillers modernos. Foi um privilégio trabalhar com um grupo de mentes criativas e de elite como Kevin, Aaron Kaplan e a equipe da Kapital Entertainment, bem como o incrível elenco de ‘Tell Me a Story’, que fez um trabalho fenomenal personificando e reinventando os personagens amados desses seis contos de fadas”, disse Julie McNamara, vice-presidente e chefe de programação da CBS All Access, em comunicado. O elenco grandioso da produção incluiu Paul Wesley (Stefan Salvatore em “The Vampire Diaries”), James Wolk (Jackson Oz em “Zoo”), Danielle Campbell (a Davina de “The Originals”), Billy Magnussen (“A Noite do Jogo”), Kim Cattrall (a Samantha de “Sex and the City”), Austin Butler (o Wil de “The Shannara Chronicles”), Dania Ramirez (a Cinderela da temporada final de “Once Upon a Time”), Zabryna Guevara (série “Gotham”), Michael Raymond-James (o Neal de “Once Upon a Time”), Sam Jaeger (série “Parenthood”), Dorian Missick (série “Animal Kingdom”), o brasileiro Davi Santos (da série “Power Rangers Dino Charge”) e, na 2ª temporada, Carrie-Anne Moss (a Trinity de “Matrix”). O último episódio foi exibido em fevereiro passado. Como cada temporada contou uma história completa, a série foi rapidamente adquirida pela rede The CW para ser exibida na TV aberta americana, junto com outras atrações – como “Swamp Thing”, a série do Monstro do Pântano da plataforma DC Universe – , visando cobrir buracos da programação, ocasionados pela crise sanitária do novo coronavírus.
History desiste de fazer séries. Project Blue Book e Knightfall são canceladas
O canal pago americano History cancelou todas as suas séries de ficção. Na verdade, são apenas duas: “Project Blue Book” e “Knightfall”, ambas encerradas depois de duas temporadas. No ano passado, o History já tinha anunciado que terminaria “Vikings”, a primeira atração dramática do canal – que antes desse lançamento fazia apenas documentários e reality shows. Enquanto “Vikings” ainda tem 10 episódios a exibir de sua última temporada, as demais não voltam mais à televisão. “Knightfall” já não era exibida há um ano. A 2ª temporada acabou em maio de 2019 e, desde então, os produtores aguardavam uma definição sobre o destino da atração. Já “Project Blue Book” transmitiu seu último episódio em março passado. Produzida pelo ator Jeremy Renner (“Os Vingadores”), “Knightfall” foi um dos lançamentos mais bem-sucedidos da TV paga americana em 2017, com uma média de 2 milhões de telespectadores por episódio, mas por ser uma superprodução de época levou muito tempo para finalizar sua segunda leva de capítulos. O hiato de dois anos fez o público diminuir drasticamente. Apenas 648 mil viram o episódio final ao vivo. Para completar, a série tinha um custo elevado. A trama girava em torno da ordem dos Templários, formada por cavaleiros das Cruzadas com o propósito original de libertar a Terra Santa e, após a conquista de Jerusalém, proteger os cristãos que faziam peregrinações ao local. O fervor religioso os tornou poderosíssimos, aumentando seus seguidores e riquezas, por meio de doações de terras e financiamento de suas campanhas. Mas isto causou inveja entre os monarcas da Europa, que alimentavam rumores sobre suas supostas atividades secretas, envolvendo relíquias descobertas na Terra Santa. Na série, uma de suas missões era encontrar o Cálice Sagrado, também conhecido como Santo Graal, que teria sido usado por Jesus Cristo durante a Santa Ceia. O destino desses guerreiros religiosos foi trágico, como a série começou a demonstrar, após o rei Filipe IV de França passar a persegui-los para apossar-se de suas riquezas e aumentar seu próprio poder. A traição aconteceu numa sexta-feira 13 de 1307, razão pela qual as sextas-feiras 13 têm sido lembradas, mais de 700 anos depois, como amaldiçoadas. “Project Blue Book” também era uma série de época, mas passada em tempos mais recentes, em meados do século 20. Produzida pelo cineasta Robert Zemeckis (“De Volta ao Futuro”), era uma espécie de “Arquivo X real”, baseada em casos documentados pelo astrônomo Josef Allen Hynek, considerado um dos pais da ufologia. Ele trabalhou com a Força Aérea dos Estados Unidos no chamado Projeto Livro Azul entre os anos 1960 e 1970, estudando a aparição de Objetos Voadores Não-Identificados (os famosos Óvnis) pelo país. Foi Hynek quem criou a famosa classificação em “graus” dos contatos imediatos entre humanos e alienígenas. O primeiro grau seria a identificação visual de OVNI; o segundo, uma reação física à suposta presença de alienígenas (carros sem energia, paralisia corporal, etc); e o terceiro grau, que batizou um célebre filme de Steven Spielberg, seria a comunicação direta com seres de outro mundo. Na série, Hynek foi vivido por Aiden Gillen (o Mindinho de “Game of Thrones”). O elenco também destacava Neal McDonough (o Damien Darhk de “Legends of Tomorrow”) e Michael Harney (Sam Healy em “Orange Is the New Black”) como generais da Força Aérea, Michael Malarkey (o Enzo de “The Vampire Diaries”) como o oficial encarregado de acompanhar o professor em suas investigações, e Laura Mennell (a Rebecca de “Van Helsing”) como a esposa de Hynek. O detalhe é que “Project Blue Book” tinha 1,3 milhões de espectadores em sua 2ª temporada. Isso representa público bem maior que o das séries da HBO ao vivo, como as caríssimas “Watchmen” (759 mil) e a 3ª temporada de “Westworld” (812 mil). Portanto, o problema não era audiência. O fim dessas séries sinaliza a intenção do History de encerrar sua experiência com o gênero. Também explica porque o projeto de uma série derivada de “Vikings”, atração mais popular do canal, será produzida pela Netflix.











