Festival de Veneza começa em meio à greves e polêmicas
O 80º Festival de Veneza, que começa nesta quarta (30/8) em meio às greves dos roteiristas e atores de Hollywood, terá poucos astros por causa da situação, mas seus filmes prometem dar muito o que falar, inclusive em termos de controvérsias, já que entre os títulos selecionados estão obras de diretores “cancelados” como Roman Polanski, Woody Allen e Luc Besson. Diretores polêmicos Polanski, que fugiu dos EUA em 1978 após ser condenado por agressão sexual a uma adolescente, apresentará seu novo filme, “The Palace”, fora da competição. Woody Allen traz “Coup de Chance”, e Luc Besson estreará “DogMan” na competição. Todos os três cineastas foram alvo de alegações de abuso e, no contexto do movimento #MeToo, também sofreram campanhas de cancelamento online. No entanto, apenas Polanski foi acusado formalmente de um crime. Woody Allen foi considerado inocente das alegações de abuso de sua filha adotiva nos anos 1990 e os tribunais franceses rejeitaram repetidamente as acusações contra Besson, inclusive recentemente descartando um caso envolvendo uma suposta agressão a uma atriz belga. Na ocasião do anúncio da programação, Alberto Barbera, diretor do festival, defendeu a escolha. “O caso Polanski [tem sido] debatido há 50 anos. Não entendo por que não se pode distinguir entre as responsabilidades do homem e as do artista”, disse ele. “Polanski tem 90 anos, é um dos poucos mestres em atividade, fez um filme extraordinário… Pode ser o último filme de sua carreira, embora eu espero que ele faça como [Joaquim] de Oliveira, que fez filmes até os 105 anos. Eu me posiciono firmemente entre aqueles que no debate distinguem [entre] a responsabilidade do homem e a do artista.” Filmes descancelados “The Palace”, de Polanski, é descrito como uma comédia negra ambientada em um luxuoso hotel suíço na véspera de Ano Novo em 1999. O elenco inclui John Cleese, Luca Barbareschi, Oliver Masucci, Fanny Ardant e Mickey Rourke. Já “Coup de Chance”, de Allen, é o primeiro filme do diretor em francês. Nos últimos anos, Allen encontrou dificuldades para garantir financiamento nos EUA para seus filmes, após as alegações de abuso de sua filha adotiva, Dylan Farrow, ressurgirem na era pós-#MeToo. No entanto, distribuidores europeus continuaram a apoiá-lo. O novo filme, que será lançado na França em 27 de setembro, inclui um elenco de estrelas francesas, incluindo Lou de Laage, Valerie Lemercier, Melvil Poupaud e Niels Schneider. “DogMan”, de Besson, marca o retorno do diretor ao cinema, após se afastar por quatro anos para lidar com acusações de assédio e estupro. O drama, que traz Caleb Landry Jones como um jovem marcado pela vida, que encontra sua salvação através do amor por seus cães, foi um sucesso de pré-vendas para a Kinology no European Film Market em Berlim em fevereiro, vendendo seus direitos de exibição para quase todo o mundo. Cinema brasileiro A programação do Festival de Veneza também exibe o longa-metragem brasileiro “Sem Coração”, que fará sua estreia mundial na mostra paralela Horizonte. O filme é uma coprodução oficial entre Brasil, França e Itália, dirigido e escrito por Nara Normande e Tião, e produzido por Emilie Lesclaux, Kleber Mendonça Filho (Cinemascópio), Justin Pechberty, Damien Megherbi (Les Valseurs), Nadia Trevisan, Alberto Fasulo (Itália) e pela Vitrine Filmes. “Sem Coração” se passa no verão de 1996, no litoral de Alagoas, e acompanha Tamara, que está aproveitando suas últimas semanas na vila pesqueira onde mora antes de partir para estudar em Brasília. Ela ouve falar de uma adolescente apelidada de “Sem Coração” por causa de uma cicatriz que tem no peito. Ao longo do verão, Tamara sente uma atração crescente por essa menina misteriosa. O filme foi rodado em locações no litoral de Alagoas, entre setembro e outubro de 2022. Presença de grandes cineastas Outros destaques do festival são “O Assassino”, de David Fincher, que traz Michael Fassbender como um assassino frio que começa a desenvolver uma consciência – o filme conta com a participação da brasileira Sophie Charlotte – , e “Maestro”, de Bradley Cooper, um drama sobre o grande maestro Leonard Bernstein. Ambos são lançamentos da Netflix, que também está competindo pelo Leão do Ouro com “El Conde”, do chileno Pablo Larrain, que retrata o ditador Augusto Pinochet como um vampiro. A lista de cineastas americanos ainda inclui Ava DuVernay, que traz “Origin”, sobre o sistema de hierarquia que moldou os EUA, Sofia Coppola, que apresenta “Priscilla”, cinebiografia de Priscilla Presley, e Michael Mann, que entra na disputa com o drama de corrida “Ferrari”, com Adam Driver no papel de Enzo Ferrari, o fundador da famosa marca de carros. O festival também mostrará a estreia do diretor mexicano Michel Franco em inglês, com “Memory”, um filme ambientado em Nova York e estrelado por Jessica Chastain e Peter Sarsgaard, além de novos filmes do diretor japonês de “Drive My Car”, Ryûsuke Hamaguchi, chamado “Evil Does Not Exist”, e do grego Yorgos Lanthimos, a ficção científica surrealista “Poor Things”, estrelado por Emma Stone. Seleção europeia A Itália também marca forte presença com seis títulos na competição, liderados pelo filme de abertura “Comandante”, um épico anti-guerra ambicioso estrelado pelo ator italiano Pierfrancesco Favino. Outros destaques italianos incluem “Io Capitano”, de Matteo Garrone, sobre a jornada homérica de dois jovens africanos que deixam Dakar para chegar à Europa, e “Finalmente L’alba”, de Saverio Costanzo, ambientado na Cinecittà durante os anos 1950, quando as famosas instalações de cinema eram conhecidas como a “Hollywood no Tibre”. Da França, vem o já mencionado “Dogman”, de Luc Besson, e “The Beast”, uma sci-fi de Bertrand Bonello que traz Léa Seydoux como uma jovem atormentada que decide purificar seu DNA em uma máquina, o que a levará em uma jornada por uma série de vidas passadas. Outros filmes notáveis incluem os poloneses “The Green Border”, de Agnieszka Holland, sobre a crise humanitária desencadeada pelo presidente bielorrusso Lukaschenko, que em 2021 abriu a fronteira da Bielorrússia com a Polônia para migrantes, e “Kobieta Z”, da dupla de diretores Małgorzata Szumowska e Michał Englert. O Festival de Veneza de 2023 acontecerá até 9 de setembro.
Bradley Cooper revela que vício em drogas quase o matou
O ator Bradley Cooper revelou que se tornou usuário de drogas e álcool para aliviar as dores que sentia após romper seu tendão de Aquiles. O assunto surgiu durante o programa “Celebridades à Prova de Tudo”, do canal National Geographic. Durante uma aventura pela natureza, o apresentador Bear Grylls questionou sobre se Cooper “definitivamente teve anos selvagens” ao longo da carreira. O ator confirmou a informação e disse ter encontrado conforto no uso de álcool e cocaína. “No que diz respeito ao álcool e às drogas, sim, mas nada a ver com a fama”, explicou Cooper sobre seu vício nos anos conturbados da carreira. “Mas eu tive sorte. Fiquei sóbrio aos 29 anos e estou sóbrio há 19 anos. Muito sortudo”. O ator explicou que, apesar de já ter iniciado a carreira, seus problemas com as drogas começaram antes da fama estrondosa na franquia “Se Beber, Não Case!” (2009). “Eu tinha 36 anos quando isso aconteceu [o reconhecimento], então já estava no jogo há dez anos. Então, não me perdi na fama”, detalhou ele, que chegou ao ponto de se autoagredir e ter batido a cabeça várias vezes no chão em uma festa. Lição de vida Bradley Cooper lembrou que quase teve uma recaída após perder o pai para o câncer em 2011. “Eu definitivamente tive uma atitude niilista em relação à vida depois. Pensava: ‘Vou morrer’. Eu não sei, não foi bom por um tempo até eu pensar que tenho de abraçar quem eu realmente sou e tentar encontrar uma paz com isso, e aí as coisas se equilibram”, ele afirmou. O ator ainda contou que a experiência serviu de aprendizado para interpretar personagens como Jackson Maine, de “Nasce Uma Estrela” (2018), que também sofria de vício em drogas e álcool. “Facilitou entrar de verdade nesse papel. E graças a Deus, eu estava em um momento da minha vida em que estava à vontade com tudo isso, então pude realmente me deixar levar.”
Bradley Cooper enfrenta críticas pesadas por caracterização em “Maestro”
O próximo filme de Bradley Cooper, “Maestro”, no qual ele atua como diretor e estrela, interpretando o maestro e compositor Leonard Bernstein, gerou polêmica após a divulgação de seu primeiro teaser. A controvérsia se concentra em uma prótese de nariz usada por Cooper, que foi acusado de reforçar estereótipos antissemitas em sua representação do compositor judeu. A polêmica da prótese de nariz A polêmica começou na terça-feira (15/8), com a revelação da prévia do longa, uma produção da Netflix. No vídeo, o galã — que não é judeu — aparece com uma prótese de nariz maior do que o nariz real do maestro, filho de pais judeus ucranianos. O detalhe despertou ódio na web, que classificou o filme como um caso de “jewface” – termo usado para caracterizar representações estereotipadas ou inautênticas de judeus. Internautas também afirmaram que a caracterização de Bradley seria carregada de antissemitismo. Um usuário do X (antigo Twitter) destacou: “Parece completamente desnecessário ter ido nessa direção, dada à estranha semelhança (entre ator e personagem). O verdadeiro Leonard Bernstein não tinha o nariz engraçado que Bradley Cooper está usando em ‘Maestro’”. Outro acrescentou: “Não havia necessidade de Bradley Cooper adicionar uma estranha prótese de nariz em cima disso para interpretar Leonard Bernstein, já que seu próprio nariz é mais longo!”. Reações de artistas e organizações Alguns artistas também não gostaram do fato de Cooper precisar se caracterizar para viver um judeu no longa, incluindo a atriz e ativista britânica Tracy-Ann Oberman, que publicou: “Se [Cooper] precisa usar uma prótese nasal, então isso é, para mim e muitos outros, o equivalente a blackface ou yellowface. Se Bradley Cooper não pode [desempenhar o papel] por meio do poder ou atuando sozinho, então não o contrate, consiga um ator judeu”. A organização “Stop Antisemitism” também se manifestou, criticando a escolha de Cooper para o papel e a utilização da prótese. Defesa da família Bernstein Com a repercussão e os ataques direcionados a Cooper, os familiares do já falecido Bernstein resolveram se manifestar. Em nota divulgada no perfil oficial de Bernstein no X, Jamie, Alexander e Nina Bernstein, os filhos do maestro, saíram em defesa do ator: “Bradley Cooper incluiu nós três em cada etapa de sua incrível jornada ao fazer seu filme sobre nosso pai. Ficamos profundamente tocados ao testemunhar a profundidade de seu compromisso […] Quebra nossos corações ver quaisquer deturpações ou desentendimentos de seus esforços. É verdade que Leonard Bernstein tinha um nariz bonito e grande. Bradley escolheu usar maquiagem para amplificar sua semelhança, e estamos perfeitamente bem com isso. Também temos certeza de que nosso pai também ficaria bem com isso”. Perspectivas para “Maestro” Apesar das críticas, a imprensa internacional especula que a atuação pode render a estatueta do Oscar para Cooper, que também dirige a obra. Descrito como uma epopeia emocional sobre família e amor, o filme conta a complexa história de amor entre Leonard Bernstein e Felicia Montealegre Cohn Bernstein (Carey Mulligan, de “Bela Vingança”), uma história que se estende por mais de 30 anos. Bernstein, talvez mais conhecido por sua trilha sonora para o musical da Broadway “Amor, Sublime Amor” e o clássico filme “Sindicato dos Ladrões” com Marlon Brando, casou-se com a atriz em 1951 e teve três filhos com ela. A dinâmica entre o casal foi complicada pelos casos amorosos que ele teve ao longo dos anos, inclusive com homens, mesmo com o consentimento de Felicia. O casal chegou a se separar por um período de um ano, mas permaneceu junto até a morte de Felicia em 1978. Elenco e produção Cooper escreveu o roteiro de “Maestro” com o vencedor do Oscar por “Spotlight”, Josh Singer, e é acompanhado no elenco por Matt Bomer (“Patrulha do Destino”), Maya Hawke (“Stranger Things”), Sarah Silverman (“Case Comigo”), Josh Hamilton (“The Walking Dead”), Gideon Glick (“Maravilhosa Sra. Maisel”), Sam Nivola (“Ruído Branco”), Alexa Swinton (“Billions”), Michael Urie (“Falando a Real”) e Miriam Shor (“Younger”). Entre os produtores executivos, também são listados nomes como dos cineastas Martin Scorsese (“O Irlandês”) e Steven Spielberg (do remake de “Amor, Sublime Amor”). “Maestro” terá première mundial em 2 de setembro no Festival de Veneza, mas só chegará à Netflix em 20 de dezembro. Confira a seguir o primeiro teaser da produção.
Maestro: Novo filme de Bradley Cooper ganha primeiro teaser
A Netflix divulgou o primeiro teaser de “Maestro”, segundo filme dirigido por Bradley Cooper, que estreou na função com o sucesso “Nasce uma Estrela” (2018). Assim como no anterior, Cooper também aparece diante das câmeras num papel ligado à indústria musical. “Maestro” é a cinebiografia do compositor Leonard Bernstein. Uma história de amor complexa Descrito como uma epopeia emocional sobre família e amor, “Maestro” conta a complexa história de amor entre Leonard Bernstein e Felicia Montealegre Cohn Bernstein (Carey Mulligan, de “Bela Vingança”), uma história que se estende por mais de 30 anos. Bernstein, talvez mais conhecido por sua trilha sonora para o musical da Broadway “Amor, Sublime Amor” e o clássico filme “Sindicato dos Ladrões” com Marlon Brando, casou-se com a atriz em 1951 e teve três filhos com ela. A dinâmica entre o casal foi complicada pelos casos amorosos que ele teve ao longo dos anos, inclusive com homens, mesmo com o consentimento de Felicia. O casal chegou a se separar por um período de um ano, mas permaneceu junto até a morte de Felicia em 1978. A prévia apresenta o casal em seus anos mais jovens, onde estão sentados de costas um para o outro, jogando um jogo aparente em que Bernstein (Cooper) tem que adivinhar qual número Montealegre Cohn Bernstein (Mulligan) selecionou. Após várias escolhas erradas, Bernstein pergunta: “Por quanto tempo temos que fazer isso?” Isso leva Montealegre Cohn Bernstein a responder brincando: “Oh, precisamos construir uma conexão muito forte.” No final, ambos reaparecem na mesma situação, anos mais velhos e ainda unidos. Elenco e produção Cooper escreveu o roteiro de “Maestro” com o vencedor do Oscar por “Spotlight”, Josh Singer, e é acompanhado no elenco por Matt Bomer (“Patrulha do Destino”), Maya Hawke (“Stranger Things”), Sarah Silverman (“Case Comigo”), Josh Hamilton (“The Walking Dead”), Gideon Glick (“Maravilhosa Sra. Maisel”), Sam Nivola (“Ruído Branco”), Alexa Swinton (“Billions”), Michael Urie (“Falando a Real”) e Miriam Shor (“Younger”). Entre os produtores executivos, também são listados nomes como dos cineastas Martin Scorsese (“O Irlandês”) e Steven Spielberg (do remake de “Amor, Sublime Amor”). “Maestro” terá première mundial em 2 de setembro no Festival de Veneza, mas só chegará à Netflix em 20 de dezembro.
2ª temporada de “Eu Sou Groot” ganha trailer adorável
A Marvel divulgou o trailer da 2ª temporada de “Eu Sou Groot”, série de curtas que segue as aventuras de Groot como um jovem garoto-árvore. A prévia mostra mais travessuras e confusões adoráveis do pequeno Groot, que parece causar mais problemas do que ajudar a salvar a galáxia. A série de curtas se passa após os eventos de “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (2017). E assim como a temporada inaugural do ano passado, retorna com mais cinco episódios e com a voz de Vin Diesel dublando o protagonista, além de Bradley Cooper como Rocket e outros convidados especiais. Produção do Marvel Studios Animation, a série é escrita e dirigida por Kirsten Lepore (diretora de animação de “Marcel, A Concha de Sapatos”). A trajetória de Groot Groot estreou no Universo Cinematográfico Marvel em “Guardiões da Galáxia” de 2014, onde foi finalmente morto e substituído pelo Baby Groot em “Guardiões da Galáxia Vol. 2” de 2017. O Baby Groot se tornou um personagem favorito dos fãs e um ótimo material de merchandising. Mas não durou muito. Em sua aparição seguinte, em “Vingadores: Guerra Infinita” (2018), Groot já apareceu como adolescente. “Guardiões da Galáxia Vol. 2” ficou marcado como único projeto de live-action com Baby Groot. A série animada por computação gráfica mostra o que aconteceu depois daquele filme, antes do personagem adolescer. Os novos episódios chegam na Disney+ em 6 de setembro.
Festival de Veneza aposta em polêmicas com filmes de Polanski e Woody Allen
O 80º Festival de Veneza, que ocorrerá de 30 de agosto a 9 de setembro, anunciou uma seleção de filmes que promete atrair a atenção internacional, mas também gerar controvérsias. Entre os filmes selecionados estão obras de diretores que foram recentemente “cancelados” por denúncias de abusos sexuais: Roman Polanski, Woody Allen e Luc Besson. Diretores polêmicos Polanski, que fugiu dos EUA em 1978 após ser condenado por agressão sexual a uma adolescente, apresentará seu novo filme, “The Palace”, fora da competição. Woody Allen traz “Coup de Chance”, e Luc Besson estreará “DogMan” na competição. Todos os três cineastas foram alvo de alegações de abuso e, no contexto do movimento #MeToo, de campanhas de cancelamento online. No entanto, apenas Polanski foi acusado formalmente de um crime. Woody Allen foi considerado inocente das alegações de abuso de sua filha adotiva nos anos 1990 e os tribunais franceses rejeitaram repetidamente as acusações contra Besson, inclusive recentemente descartando um caso envolvendo uma suposta agressão a uma atriz belga. Alberto Barbera, diretor do festival, defendeu a escolha de incluir Polanski na programação oficial. “O caso Polanski [tem sido] debatido há 50 anos. Não entendo por que não se pode distinguir entre as responsabilidades do homem e as do artista”, disse ele. “Polanski tem 90 anos, é um dos poucos mestres em atividade, fez um filme extraordinário… Pode ser o último filme de sua carreira, embora eu espero que ele faça como [Joaquim] de Oliveira, que fez filmes até os 105 anos. Eu me posiciono firmemente entre aqueles que no debate distinguem [entre] a responsabilidade do homem e a do artista.” Filmes descancelados “The Palace”, de Polanski, é descrito como uma comédia negra ambientada em um luxuoso hotel suíço na véspera de Ano Novo em 1999. O elenco inclui John Cleese, Luca Barbareschi, Oliver Masucci, Fanny Ardant e Mickey Rourke. Já “Coup de Chance”, de Allen, é o primeiro filme do diretor em francês. Nos últimos anos, Allen encontrou dificuldades para garantir financiamento nos EUA para seus filmes, após as alegações de abuso de sua filha adotiva, Dylan Farrow, ressurgirem na era pós-#MeToo. No entanto, distribuidores europeus continuaram a apoiá-lo. O novo filme, que será lançado na França em 27 de setembro, inclui um elenco de estrelas francesas, incluindo Lou de Laage, Valerie Lemercier, Melvil Poupaud e Niels Schneider. “DogMan”, de Besson, marca o retorno do diretor ao cinema, após se afastar por quatro anos para lidar com acusações de assédio e estupro. O drama, que traz Caleb Landry Jones como um jovem marcado pela vida, que encontra sua salvação através do amor por seus cães, foi um sucesso de pré-vendas para a Kinology no European Film Market em Berlim em fevereiro, vendendo seus direitos de exibição para quase todo o mundo. Cinema brasileiro A programação do Festival de Veneza também exibe o longa-metragem brasileiro “Sem Coração”, que fará sua estreia mundial na mostra paralela Horizonte. O filme é uma coprodução oficial entre Brasil, França e Itália, dirigido e escrito por Nara Normande e Tião, e produzido por Emilie Lesclaux, Kleber Mendonça Filho (Cinemascópio), Justin Pechberty, Damien Megherbi (Les Valseurs), Nadia Trevisan, Alberto Fasulo (Itália) e pela Vitrine Filmes. “Sem Coração” se passa no verão de 1996, no litoral de Alagoas, e acompanha Tamara, que está aproveitando suas últimas semanas na vila pesqueira onde mora antes de partir para estudar em Brasília. Ela ouve falar de uma adolescente apelidada de “Sem Coração” por causa de uma cicatriz que tem no peito. Ao longo do verão, Tamara sente uma atração crescente por essa menina misteriosa. O filme foi rodado em locações no litoral de Alagoas, entre setembro e outubro de 2022. Presença de grandes cineastas Outros destaques do festival são “The Killer”, de David Fincher, que traz Michael Fassbender como um assassino frio que começa a desenvolver uma consciência, e “Maestro”, de Bradley Cooper, um drama sobre o grande maestro Leonard Bernstein. Ambos são lançamentos da Netflix, que também está competindo pelo Leão do Ouro com “El Conde”, do chileno Pablo Larrain, que retrata o ditador Augusto Pinochet como um vampiro. A lista de cineastas americanos ainda inclui Ava DuVernay, que traz “Origin”, sobre o sistema de hierarquia que moldou os EUA, Sofia Coppola, que apresenta a cinebiografia “Priscilla”, cinebiografia de Priscilla Presley, e Michael Mann, que entra na disputa com o drama de corrida “Ferrari”, com Adam Driver no papel de Enzo Ferrari, o fundador da famosa marca de carros. O festival também mostrará a estreia do diretor mexicano Michel Franco em inglês, com “Memory”, um filme ambientado em Nova York e estrelado por Jessica Chastain e Peter Sarsgaard, além de novos filmes do diretor japonês de “Drive My Car”, Ryûsuke Hamaguchi, chamado “Evil Does Not Exist”, e do grego Yorgos Lanthimos, a ficção científica surrealista “Poor Things”, estrelado por Emma Stone. Seleção europeia A Itália também marca forte presença com seis títulos na competição, liderados pelo filme de abertura “Comandante”, um épico anti-guerra ambicioso estrelado pelo ator italiano Pierfrancesco Favino. Outros destaques italianos incluem “Io Capitano”, de Matteo Garrone, sobre a jornada homérica de dois jovens africanos que deixam Dakar para chegar à Europa, e “Finalmente L’alba”, de Saverio Costanzo, ambientado na Cinecittà durante os anos 1950, quando as famosas instalações de cinema eram conhecidas como a “Hollywood no Tibre”. Da França, vem o já mencionado “Dogman”, de Luc Besson, e “The Beast”, uma sci-fi de Bertrand Bonello que traz Léa Seydoux como uma jovem atormentada que decide purificar seu DNA em uma máquina, que a levará em uma jornada por uma série de vidas passadas. Outros filmes notáveis incluem os poloneses “The Green Border”, de Agnieszka Holland, sobre a crise humanitária desencadeada pelo presidente bielorrusso Lukaschenko, que em 2021 abriu a fronteira da Bielorrússia com a Polônia para migrantes, e “Kobieta Z”, da dupla de diretores Małgorzata Szumowska e Michał Englert. O Festival de Veneza de 2023 acontecerá de 30 de agosto a 9 de setembro.
Bradley Cooper define novo filme como diretor após sucesso de “Nasce uma Estrela”
Após o sucesso retumbante com “Nasce uma Estrela”, Bradley Cooper voltará à cadeira de diretor para comandar o novo filme “Is This Thing On?”, desenvolvido para o estúdio Searchlight Pictures. Cooper também irá estrelar o longa ao lado do ator e roteirista Will Arnett (“Arrested Development”), que contribuiu para o roteiro ao lado de Mark Chappell (“Veja Como Eles Correm”). O longa-metragem ainda está na fase inicial de desenvolvimento. As atividades de roteirização deverão ser retomadas por Cooper, Arnett e Chappell tão logo a atual greve de escritores em Hollywood seja encerrada. Detalhes sobre a trama ainda são mantidos em segredo. Cooper e Arnett na mesma tela Este será um encontro aguardado entre duas figuras de peso da indústria cinematográfica. Bradley Cooper, conhecido por suas atuações expressivas, assume pela segunda vez a direção de um longa, enquanto Will Arnett, conhecido por sua versatilidade tanto em comédia quanto em drama, irá coestrelar o projeto. Cooper se prepara para um período agitado, estando atualmente em pós-produção do drama “Maestro”, no qual ele é o protagonista, na Netflix. Quanto a Arnett, o ator estará ocupado com a produção da próxima série do Peacock, “Twisted Metal”, que estreia em julho, e com a estreia em “Next Goal Wins” de Taika Waititi para a Searchlight Pictures, prevista para o final do ano.
“Guardiões da Galáxia Vol. 3” ganha prêmio por conscientização sobre crueldade animal
“Guardiões da Galáxia Vol. 3” foi reconhecido pela organização PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético de Animais, na sigla em inglês), que concedeu um prêmio ao diretor James Gunn por destacar as crueldades dos testes em animais no filme. Segundo a PETA, o prêmio qualifica a “defesa inabalável” de Gunn na produção, ao lembrar os espectadores que todos os animais merecem uma vida de liberdade ao ar livre, em vez de confinados em gaiolas de laboratório. Como parte da história, o longa conta sobre o passado do personagem Rocket (Bradley Cooper), um guaxinim que passou pelos experimentos cruéis de um laboratório, o que o fez ganhar consciência e habilidades de luta. Em sua busca por vingança, Rocket liberta outros animais submetidos a experiências traumatizantes pelas mãos do vilão Alto Evolucionário (Chukwudi Iwuji). “Através de Rocket, James Gunn colocou um rosto, nome e personalidade nos milhões de animais vulneráveis que estão passando por experimentos similares neste exato momento”, comentou a vice-presidente da PETA, Lisa Lange, em comunicado à imprensa. Segundo ela, o filme passa a mensagem de que só porque podemos conduzir experimentos com animais, não significa que devemos. A PETA ressalta que a maioria dos animais usados em laboratórios são mortos após suportar uma vida inteira de sofrimento, sendo mantidos em gaiolas apertadas, muitas vezes sozinhos e mutilados, infectados com doenças, criados para sofrer de condições debilitantes e forçados a suportar vários procedimentos dolorosos. A organização ainda destacou como Gunn se atentou nos detalhes ao retratar o assunto, mostrando como os animais em laboratórios costumam ser tatuados com números no peito e presos em dispositivos de contenção similares aos usados em Rocket no filme. O prêmio da organização reconhece a obra por colocar o problema em evidência e levantar a necessidade de encontrar alternativas que respeitem a vida animal. Eleito como “o melhor filme do ano pelos direitos dos animais”, o longa é um sucesso de bilheteria. Após sua primeira semana em cartaz, “Guardiões da Galáxia Vol. 3” já arrecadou US$ 318,7 milhões em todo o mundo. No Brasil, ele levou 1,32 milhão de brasileiros aos cinemas em seu fim de semana de estreia, rendendo expressivos R$ 30 milhões. O longa encerra a trilogia de James Gunn enquanto apresenta novos personagens ao universo compartilhado da Marvel. O elenco conta com Chris Pratt, Zoë Saldaña, Vin Diesel, Dave Bautista, Bradley Cooper, Sylvester Stallone, Elizabeth Debicki, Daniela Melchior e Will Poulter. “Guardiões da Galáxia Vol. 3” está em cartaz nos cinemas.
Estreia de “Guardiões da Galáxia 3” fatura R$ 30 milhões no Brasil
“Guardiões da Galáxia Vol. 3” estreou nos cinemas brasileiros na última quinta-feira (4/5) em grande estilo. O aguardado longa da Marvel Studios arrecadou R$ 30 milhões em bilheteria entre os dias 4 e 7 de maio, desbancando “Super Mario Bros”, que ocupou o 1º lugar durante quatro semanas consecutivas. Segundo dados da Comscore, o terceiro filme da franquia dirigida por James Gunn levou 1,32 milhão de brasileiros aos cinemas. Por muito pouco, o longa não bateu o recorde de “Super Mario Bros. – O Filme”, que faturou R$ 30,86 milhões em seu fim de semana de estreia no Brasil. Nas bilheterias globais, a produção da Marvel já arrecadou mais de US$ 282 milhões, sob um orçamento de U$ 250 milhões. Com a chegada de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, a animação baseada no personagem de videogame arrecadou R$ 7 milhões durante o último fim de semana, ainda um número bem expressivo para sua quinta semana em cartaz. Em seguida, o terror “A Morte do Demônio — A Ascensão” ocupou o 3º lugar da lista, com R$ 2,7 milhões arrecadados. As fantasias “Os Cavaleiros do Zodíaco” e “Dungeons & Dragons – Honra Entre Rebeldes” encerram o Top 5 faturando R$ 665 mil e R$ 593 mil, respectivamente. Ao todo, as salas de cinema do Brasil receberam 1,92 espectadores, atingindo uma receita de R$ 42,82 milhões. Confira abaixo os trailers dos filmes mais vistos do fim de semana no país. 1 | GUARDIÕES DA GALÁXIA VOL. 3 | 2 | SUPER MARIO BROS – O FILME | 3 | A MORTE DO DEMÔNIO – A ASCENSÃO | 4 | OS CAVALEIROS DO ZODÍACO | 5 | DUNGEONS & DRAGONS: HONRA ENTRE REBELDES |
Bradley Cooper vai estrelar “Bullitt” de Steven Spielberg
O ator Bradley Cooper (“Nasce uma Estrela”) fechou contrato para estrelar um projeto baseado no filme clássico “Bullitt”, que será dirigido por Steven Spielberg. Ele dará vida ao personagem-título, Frank Bullitt, que marcou época no cinema e na carreira do ator Steve McQueen em 1968. O projeto não seria um remake, mas uma nova história com o mesmo personagem. Cooper também vai produzir o longa com Spielberg. O roteiro está a cargo de Josh Singer, vencedor do Oscar por “Spotlight” (2015). No filme de 1968, Frank Bullitt é apresentado como um policial durão de São Francisco em busca do chefão da máfia que matou sua testemunha. Além de ser considerado um dos papéis mais icônicos do ator, o filme também é destaque na História do cinema por apresentar uma das cenas de perseguição mais famosas das telas, com carros em alta velocidade literalmente voando pelas ruas íngremes das colinas de São Francisco. Spielberg vinha cogitando dirigir um filme de Bullit há algum tempo e chegou perto de priorizá-lo em 2021, mas as negociações dos direitos com os herdeiros de McQueen demoraram mais do que o esperado, fazendo o diretor filmar “Fablemans” antes dessa produção. Assim que as filmagens do drama baseado em suas lembranças de infância terminaram, Spielberg retomou o projeto policial, fechando acordo com os filhos do ator, Chad e Molly McQueen, pelos direitos de imagem e para participarem do projeto como produtores executivos. Veja abaixo o trailer do filme estrelado por McQueen e dirigido por Peter Yates.
Estudo aponta Robert Pattinson como homem mais bonito do mundo
Robert Pattinson, o atual Batman e principal astro da saga “Crepúsculo”, é o homem mais bonito do mundo. Essa é a conclusão de um estudo realizado pelo cirurgião plástico Julian de Silva, do Centre of Facial Cosmetic Surgery. Para chegar a essa conclusão, o pesquisador utilizou um método que mapeia o rosto humano e o compara com a proporção áurea. Esses padrões foram estabelecidos no período Renascentista pelos gregos e levam em consideração a simetria das linhas do rosto e as proporções de cada elemento da face. A fórmula foi adaptada com o passar dos anos, mas essência do estudo permanece a mesma. Robert Pattinson atingiu um índice de 92,15% de compatibilidade com o padrão – o maior entre todas as imagens analisadas. Além dele, outros atores que fizeram literalmente bonito no índice foram Henry Cavill (91,46%), Bradley Cooper (91,08%), Brad Pitt (90,51%) e George Clooney (89,91%). Vale lembrar que em 2020 Robert Pattinson também havia sido o vencedor em uma versão anterior do estudo, o que prova que nem mesmo o passar do tempo foi capaz de macular a beleza acima da média do ator. Entre as mulheres, o teste de 2020 colocou a top model Bella Hadid na primeira posição. Ainda não houve atualização nessa categoria em 2022.
Maestro: Netflix revela fotos do novo filme de Bradley Cooper
A Netflix divulgou as primeiras imagens oficiais de “Maestro”, próximo filme de Bradley Cooper, que será uma biografia do famoso maestro e compositor Leonard Bernstein (1918–1990), conhecido por suas trilhas para filmes e peças de teatro como “Amor, Sublime Amor”, “Um Dia em Nova York” e “Sindicato de Ladrões”. Para dar noção da importância de Bernstein para a história dos musicais, basta dizer que ele é o autor da conhecidíssima canção “New York, New York”. A plataforma de streaming “roubou” o filme da Paramount, que estava originalmente desenvolvendo o longa. Entre os produtores do projeto, estão ninguém menos que os cineastas Martin Scorsese (“O Irlandês”), Steven Spielberg (“Jogador Nº 1”) e Todd Phillips (“Coringa”). Será o segundo filme dirigido por Cooper, após sua estreia atrás das câmeras em “Nasce uma Estrela”. Ele também estrela a produção e aparece bastante envelhecido por maquiagem nas fotos divulgadas. O astro ainda co-escreveu o roteiro com Josh Singer, roteirista do drama vencedor do Oscar “Spotlight”. O longa vai cobrir mais de 30 anos para contar a história complexa do casamento entre Bernstein e sua esposa, Felicia Montealegre. A atriz Carey Mulligan (“Bela Vingança”) interpreta a mulher do compositor e Maya Hawke (“Stranger Things”) está escalada como a filha mais velha do casal, Jamie. Cooper obteve os direitos artísticos das obras de Bernstein e trabalha em estreita colaboração com os filhos do maestro – Jamie, Alexander e Nina. Ele está comprometido com esse projeto já há quatro anos e, graças ao apoio da família de Bernstein e ao controle dos direitos musicais, derrubou um filme rival, chamado de “The American”, que deveria ser dirigido por Cary Fukunaga (“007 – Sem Tempo para Morrer”) e estrelado por Jake Gyllenhaal (“Homem-Aranha: Longe de Casa”). Além da estreia na Netflix, o filme terá lançamento limitado nos cinemas, visando a temporada de premiações. Vale lembrar que “Nasce Uma Estrela”, a estreia de Cooper na direção, foi indicado a oito Oscars. From the set of MAESTRO. pic.twitter.com/y3qsYILk6P — NetflixFilm (@NetflixFilm) May 30, 2022









