Dificilmente haverá sci-fi melhor que Aniquilação em 2018
Nada como um segundo filme para comprovar se um diretor, que acertou de primeira, é mesmo um gênio, ou apenas mais um entre os meros humanos com sorte de principiante. Alex Garland, roteirista que também virou diretor com o ótimo “Ex Machina”, brilhou em sua estreia atrás das câmeras com uma ficção científica cerebral, dramática, existencial, filosófica e feminista. E com a cerebral, dramática, existencial, filosófica e feminista “Aniquilação”, comprova que “Ex Machina” não foi uma jogada de sorte. De fato, seu novo trabalho mostra que a ficção científica moderna precisa de suas ideias e histórias para se renovar como um gênero relevante e inspirador para os fãs e o próprio cinema. Os melhores exemplares do gênero não são as viagens alucinantes da imaginação humana através do tempo e o espaço sem o mínimo compromisso com a realidade. São aqueles que colocam os dois pés no chão, sem que isso esteja evidente e debaixo dos narizes dos espectadores. São filmes que se agarram aos momentos mais discutidos e importantes de suas épocas ou costumes, dores, incertezas e preconceitos que a sociedade e, principalmente, as minorias enfrentam. São aqueles em que vemos nas telas as representações físicas de questões que se passam dentro de nós mesmos. Então é melhor você se desapegar do materialismo e da inquietante busca por respostas, porque “Aniquilação” é, sobretudo, sobre as falhas que tornam as pessoas humanas. Na verdade, sobre nossa capacidade, mesmo que inconsciente, porém inerente, de fazer merda. A autodestruição. E é só quando a alcançamos que resolvemos partir rumo à criação – um ciclo doentio, mas que justifica a existência. Baseado no primeiro livro de uma trilogia de Jeff VanderMeer, “Aniquilação” traz Natalie Portman como Lena, bióloga e veterana do exército que ainda sofre com a provável morte do marido, o militar Kane (Oscar Isaac), desaparecido há um ano após embarcar numa missão secreta. Mas o filme começa mesmo quando ele misteriosamente retorna do nada e entra em coma. Lena descobre que Kane foi o único de diversas expedições a conseguir sair vivo de uma área conhecida como “The Shimmer”, uma muralha ou uma bolha cuja estrutura visual lembra uma mistura entre a aurora boreal e a gosma de “Os Caça-Fantasmas 2”. Mas o que seria aquilo? A origem é extraterrestre? Seria um recado de Deus? Ou a resposta estaria ligada à ciência? Ou ao resultado da ação do Homem contra a natureza? Eis a questão. O importante neste momento é estudar o fenômeno e tentar impedir seu crescimento, afinal pode engolir o mundo todo em pouco tempo. Se isso é bom ou ruim, Lena entrará lá para descobrir ao lado de mais quatro mulheres, entre cientistas, geólogas e militares (Jennifer Jason Leigh, Tessa Thompson, Gina Rodriguez e Tuva Novotny). Você não precisa saber mais nada, se não quiser correr o risco de estragar a experiência de assistir a um filme que vai virar sua cabeça do avesso e te deixar pensando por um bom tempo no que acabou de ver. Ainda aqui? Ok. Daqui pra frente, encare “Aniquilação” como uma espécie de pesadelo em forma de ficção científica. Não tem sustos, mas sobra medo. À primeira vista, a razão passa longe das tentativas de compreender a trama e as sensações provocadas pelo filme começam a se tornar mais importantes que qualquer coisa que você vê na tela. Vale muito mais saber que Lena parte numa jornada rumo a uma nova vida após os erros que cometeu no passado. Não é o que está dentro do Shimmer que importa, mas o que se passa no interior de cada personagem e os segredos que elas mantêm umas das outras – características que geralmente acontecem em épicos, onde o que acontece na mente dos personagens tem uma escala maior que a imensidão de imagens que vemos na tela. “Aniquilação” não é um épico clássico como “Ben-Hur” ou “O Senhor dos Anéis”, mas são épicas as suas motivações e ambições, ao mesmo tempo intelectuais e viscerais. Por outro lado, algumas sequências são momentos de puro horror, que poucos filmes de terror conseguiram atingir. Alex Garland provoca da primeira à última cena e isso representa o talento de um diretor/roteirista com total respeito pela inteligência de seu espectador. Tanto nas discussões em torno da interpretação da história quanto nas referências que deixa durante o filme, nunca de maneira gratuita e óbvia, o cineasta traz à tona influências de “Alien: O Oitavo Passageiro”, de Ridley Scott, “Sob a Pele”, de Jonathan Glazer, “A Árvore da Vida”, de Terrence Malick, “A Fonte da Vida” e “mãe!”, ambos de Darren Aronofsky, “O Predador”, de John McTiernan, “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick, “O Enigma de Outro Mundo”, de John Carpenter, “A Chegada”, de Denis Villeneuve, e “A.I.: Inteligência Artificial”, de Steven Spielberg. E seu ato final rende o clímax mais esquisito do ano. É verdade que os efeitos visuais nessa parte do filme poderiam ser melhores ou apresentar um acabamento mais refinado, mas Alex Garland quer mostrar coisas estranhas e inéditas aos nossos olhos. Na verdade, ao final, ninguém vai questionar se o final tem bons efeitos ou não, ou se foi lento até ali ou não, porque a imersão é tão profunda que aceitamos como real qualquer projeção imaginada pelo cineasta – resultado que não seria possível sem a presença impactante de Natalie Portman, que é uma força da natureza, a fotografia alucinógena de Rob Hardy, e a trilha horripilante de Geoff Barrow e Ben Salisbury. O tempo dirá se “Aniquilação” é melhor que aparenta e merece figurar entre os grandes filmes do século. Ou se será engolido e considerado subproduto das referências de todos os exemplares citados neste texto. Mas é difícil ignorar que o cinema precisa de mais diretores corajosos como Alex Garland, que não deixam o estúdio mexer em seus filmes e propõem desafios às plateias acostumadas a blockbusters geralmente vazios. Ele pagou seu preço, que foi o presidente do estúdio vender a obra para a Netflix, com um lançamento em streaming no Brasil, em vez da merecida tela grande em que atordoaria ainda mais. Isto não muda um fato inescapável: dificilmente haverá sci-fi melhor em 2018.
Pantera Negra atinge marca de Avatar ao liderar bilheterias pela quinta semana nos EUA
“Pantera Negra” se manteve imbatível nas bilheterias norte-americanas pelo quinto fim de semana consecutivo. A última vez que um filme ficou tanto tempo na liderança do ranking foi há oito anos. O fenômeno se chamava “Avatar”. Ao acumular mais US$ 27M nos últimos três dias, a produção da Marvel ultrapassou outra marca impressionante, tornando-se o sétimo filme a faturar mais de US$ 600M (milhões) no mercado doméstico em todos os tempos. No mundo inteiro, o montante está em US$ 1,18B (bilhão) – a 14ª maior bilheteria da História. “Tomb Raider” não conseguiu o impacto imaginado pela Warner, mantendo a tendência de prejuízo das adaptações de videogame. O surpreendente, neste caso, é Hollywood continuar insistindo no filão, que, após 25 anos, ainda não produziu nenhum blockbuster. O filme de “origem” de Lara Croft fez 23,5M e ficou em 2º lugar em sua estreia nos Estados Unidos e Canadá, mas demonstrou fôlego internacional, que pode servir para empatar as contas. O total global ficou em US$ 126M, graças principalmente ao sucesso na China, onde abriu em 1º lugar e faturou US$ 41,1M. Oficialmente, a Warner informou um orçamento de US$ 95M, que não incluem as despesas de marketing. Considerando que o lançamento foi uma coprodução com a MGM, o prejuízo pode ser dividido. Mas o desempenho “modesto” ainda se juntou a críticas pouco empolgantes (49% de aprovação no Rotten Tomatoes), o que deve dificultar quaisquer planos de continuação. Situação oposta se manifestou em 3ª lugar. Filme evangélico, “Eu Só Posso Imaginar” fez um milagre ao superar os demais lançamentos e faturar US$ 17M. A produção orçada em apenas US$ 7M conta a história da música de rock cristão mais popular dos Estados Unidos e virou a maior abertura da história do pequeno estúdio Roadside Attractions. A crítica achou só medíocre, com 58%. Já o público brasileiro poderá conferir apenas em maio, quando o lançamento tem previsão de chegar no país. A semana teve ainda mais duas estreias amplas. A comédia teen “Com Amor, Simon”, sobre um adolescente que toma coragem para se assumir gay, encantou a crítica, com 91% de aprovação, mas foi prejudicado pela disputa de franquias gigantes em cartaz, abrindo em 5º lugar, com US$ 11,5M. Graças ao orçamento modesto (US$ 17M), o diretor Greg Berlanti (criador das séries de super-heróis da DC Comics) pode comemorar com menos pressão os elogios rasgados recebidos em sua volta ao cinema, após oito anos dedicados à televisão. Estreia em 5 de abril no Brasil. Já a segunda estreia não conseguiu entrar no Top 10. “7 dias em Entebbe”, segundo longa internacional da carreira do brasileiro José Padilha, abriu em 13º lugar com US$ 1,6M. Apesar de ter recebido a menor distribuição (838 salas), não foi uma produção barata e dificilmente ampliará esse circuito, uma vez que foi execrado pela crítica com apenas 22% de aprovação. Desembarca no mercado nacional em 19 de abril. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Pantera Negra Fim de semana: US$ 27M Total EUA e Canadá: US$ 605,4M Total Mundo: US$ 1,1B 2. Tomb Raider Fim de semana: US$ 23,5M Total EUA e Canadá: US$ 23,5M Total Mundo: US$ 126M 3. Eu Só Posso Imaginar Fim de semana: US$ 17M Total EUA e Canadá: US$ 17M Total Mundo: US$ 17M 4. Uma Dobra no Tempo Fim de semana: US$ 16,5M Total EUA e Canadá: US$ 61M Total Mundo: US$ 71,6M 5. Com Amor, Simon Fim de semana: US$ 11,5M Total EUA e Canadá: US$ 11,5M Total Mundo: US$ 11,5M 6. A Noite do Jogo Fim de semana: US$ 5,5M Total EUA e Canadá: US$ 54,14M Total Mundo: US$ 84,6M 7. Pedro Coelho Fim de semana: US$ 5,2M Total EUA e Canadá: US$ 102,4M Total Mundo: US$ 145,1M 8. Os Estranhos: Caçada Noturna Fim de semana: US$ 4,8M Total EUA e Canadá: US$ 18,6M Total Mundo: US$ 18,6M 9. Operação Red Sparrow Fim de semana: US$ 4,4M Total EUA e Canadá: US$ 39,5M Total Mundo: US$ 106,1M 10. Desejo de Matar Fim de semana: US$ 3,3M Total EUA e Canadá: US$ 29,9M Total Mundo: US$ 29,9M
Pantera Negra bate recorde da Marvel ao reinar pela 4ª semana nas bilheterias dos EUA
“Pantera Negra” devorou a competição nas bilheterias norte-americanas pelo quarto fim de semana consecutivo. Após ultrapassar US$ 1 bilhão nas bilheterias mundiais, o filme de super-herói acrescentou outro recorde a sua coleção, ao se tornar o primeiro lançamento da Marvel a liderar por quatro vezes o ranking semanal do mercado doméstico. Foram mais US$ 41,1M (milhões), o que impulsionou o faturamento total para US$ 562M nos Estados Unidos e no Canadá. Isto representa a 7ª maior bilheteria de todos os tempos na região. No exterior, o longa estreou no último país em que ainda estava inédito, justamente a China. E o sucesso no segundo maior mercado do mundo fez com que liderasse com folga o ranking internacional. Foram mais US$ 66,5M nas bilheterias chinesas, elevando o total de sua arrecadação mundial para 1,07 bilhão – a 21ª maior bilheteria da História. A Disney comemora, mas também lamenta. Afinal, o êxito de “Pantera Negra” parece ter canibalizado o interesse por “Uma Dobra no Tempo”. A fantasia infantil do estúdio buscava um nicho similar de mercado, com elenco multicultural, protagonista e diretora negras, numa adaptação de obra juvenil adorada por gerações. Mas a filmagem da obra de Madeleine L’Engle por Ava DuVernay abriu em 2º lugar com “apenas” US$ 33,3M. O valor não atingiu as expectativas do mercado, representando uma volta à “normalidade” para o estúdio, que não registrava fracassos clamorosos desde “Alice Através do Espelho” e “O Bom Gigante Amigo”, de 2016. “Uma Dobra no Tempo” teve abertura melhor que esses filmes, mas seu desempenho e manteve à altura da frustração causada por “Tomorrowland” em 2015, que também abriu com US$ 33,3M e não conseguiu recuperar seu investimento. Embora a Disney não tenha revelado o orçamento da produção, o longa é repleto de efeitos visuais e estrelado por atores de renome, o que costuma vir com uma etiqueta de preço elevado. Para completar, as críticas não empolgaram. Com 42% de aprovação, foi considerado um “grande desapontamento” (The Wall Street Journal), repleto de efeitos que “não conseguem envolver” (Chicago Sun-Times) e com a profundidade de um “vídeo cheio de cores para distrair as crianças” (The Guardian). “Uma Dobra no Tempo” chega ao Brasil em 29 de março. Outra estreia ocupou o 3º lugar do ranking norte-americano. “Os Estranhos: Caçada Noturna”, continuação de um terror de uma década atrás – “Os Estranhos” (2008) – , fez US$ 10,4M e também ficou abaixo da linha da mediocridade na avaliação do RT, com 38% de aprovação. A velha história dos psicopatas mascarados que caçam inocentes numa locação isolada foi considerada, sem surpresas, uma história velha. O déjà vu será exibido por aqui em 31 de maio. Além destes, ainda houve mais dois lançamentos amplos rejeitados pela crítica e com o agravamento de reunir bem menos público. O filme B de assalto em meio a furacão, “The Hurricane Heist”, abriu em 7º, fez US$ 3,1M e atingiu 33% no RT, enquanto a comédia de ação “Gringo” mostrou “desempenho de streaming” sem aparecer no Top 10 – abriu em 11º, com 2,6M e 38%. Ambos chegam ao Brasil em 5 de maio. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Pantera Negra Fim de semana: US$ 41,1M Total EUA e Canadá: US$ 562M Total Mundo: US$ 1B 2. Uma Dobra no Tempo Fim de semana: US$ 33,3M Total EUA e Canadá: US$ 33,3M Total Mundo: US$ 39,6M 3. Os Estranhos: Caçada Noturna Fim de semana: US$ 10,4M Total EUA e Canadá: US$ 10,4M Total Mundo: US$ 10,4M 4. Operação Red Sparrow Fim de semana: US$ 8,1M Total EUA e Canadá: US$ 31,1M Total Mundo: US$ 82,9M 5. A Noite do Jogo Fim de semana: US$ 7,9M Total EUA e Canadá: US$ 45M Total Mundo: US$ 69,7M 6. Pedro Coelho Fim de semana: US$ 6,8M Total EUA e Canadá: US$ 93,4M Total Mundo: US$ 119,6M 7. Desejo de Matar Fim de semana: US$ 6,6M Total EUA e Canadá: US$ 23,8M Total Mundo: US$ 23,8M 8. The Hurricane Heist Fim de semana: US$ 3,1M Total EUA e Canadá: US$ 3,1M Total Mundo: US$ 3,1M 9. Aniquilação Fim de semana: US$ 3,1M Total EUA e Canadá: US$ 26M Total Mundo: US$ 26M 10. Jumanji: Bem-Vindo à Selva Fim de semana: US$ 2,7M Total EUA e Canadá: US$ 397,2M Total Mundo: US$ 934,1M
Pantera Negra atinge US$ 500 milhões nas bilheterias da América do Norte
O fenômeno “Pantera Negra” segue na liderança das bilheterias da América do Norte pelo terceiro fim de semana consecutivo. Com o faturamento de US$ 65,7M (milhões) nos últimos três dias, o filme ultrapassou a marca espetacular de US$ 500M no mercado doméstico. E foi apenas o 10º filme da história a fazer isto. Dentre todos os filmes da Marvel, “Pantera Negra” só faturou menos que “Os Vingadores” nos Estados Unidos e no Canadá. Já no resto do mundo, a soma da bilheteria global “ainda” está em US$ 897,7M – ou seja, atrás de quatro outros filmes da própria Marvel. Isto se deve a seu sucesso local ser muito maior que o internacional. Mas ainda falta contabilizar o lançamento na China, que acontece apenas na sexta (9/3). Dependendo da repercussão chinesa, a próxima semana pode incluir a ultrapassagem de outro marco significativo, com as boas-vindas ao clube dos bilionários de Hollywood. As outras duas estreias da semana ficaram muito abaixo do desempenho do blockbuster. “Operação Red Sparrow”, que traz Jennifer Lawrence como uma espiã russa sedutora, ficou em 2º lugar ao arrecadar US$ 17M. Com orçamento de US$ 69M, é o terceiro filme consecutivo estrelado pela atriz que pode dar prejuízo, após “Mãe!” (2017) e “Passageiros” (2016). O lado positivo é que, em três dias, já fez praticamente o mesmo que “Mãe!” em toda a sua trajetória nos cinemas norte-americanos. Mas não contará com o apoio da crítica para perseverar no ranking. Divisivo, o lançamento conquistou 51% de aprovação na média do site Rotten Tomatoes – medíocre. Já “Desejo de Matar” fez muito ao atingir o 3º lugar. Com Bruce Willis no papel que marcou a carreira de Charles Bronson, o remake do clássico de vingança dos anos 1970 foi destruído pelos críticos com apenas 15% de aprovação. O faturamento de US$ 13M representa um mau recomeço para a MGM, que fez deste título seu primeiro lançamento após superar sua falência. A estreia no Brasil só vai acontecer em maio. Confira abaixo os números do desempenho dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Pantera Negra Fim de semana: US$ 65,7M Total EUA: US$ 501M Total Mundo: US$ 897,7M 2. Operação Red Sparrow Fim de semana: US$ 17M Total EUA: US$ 17M Total Mundo: US$ 43,5M 3. Desejo de Matar Fim de semana: US$ 13M Total EUA: US$ 13M Total Mundo: US$ 13M 4. A Noite do Jogo Fim de semana: US$ 10,7M Total EUA: US$ 33,5M Total Mundo: US$ 49,5M 5. Pedro Coelho Fim de semana: US$ 10M Total EUA: US$ 84M Total Mundo: US$ 101,8M 6. Aniquilação Fim de semana: US$ 5,6M Total EUA: US$ 20,6M Total Mundo: US$ 20,6M 7. Jumanji: Bem-Vindo à Selva Fim de semana: US$ 4,5M Total EUA: US$ 393,2M Total Mundo: US$ 928,9M 8. Cinquenta Tons de Liberdade Fim de semana: US$ 3,3M Total EUA: US$ 95,5M Total Mundo: US$ 346,1M 9. O Rei do Show Fim de semana: US$ 2,6M Total EUA: US$ 164,6M Total Mundo: US$ 366,8M 10. Todo Dia Fim de semana: US$ 1,5M Total EUA: US$ 5,2M Total Mundo: US$ 5,2M
Pantera Negra mantém liderança nas bilheterias e já soma US$ 700 milhões em dez dias
Líder incontestável das bilheterias da América do Norte, “Pantera Negra” atingiu nova marca expressiva ao somar US$ 108M (milhões) nos últimos três dias, valor que representa a segunda maior arrecadação de uma segunda semana em cartaz em todos os tempos – perde apenas para “Star Wars: O Despertar da Força” (US$ 149,2M em dezembro de 2015). A queda de rendimento desde a estreia foi de apenas 47%, uma das menores já registradas entre os blockbusters americanos. O ímpeto é tanto que, em apenas dez dias, o filme já atingiu US$ 400M no mercado doméstico e US$ 704M em todo o mundo. E ainda não estreou na China. Apenas um lançamento faturou mais que isso pelo mesmo período: “Star Wars: O Despertar da Força”. Um detalhe curioso na amostragem das bilheterias da América do Norte é que o público da segunda semana de “Pantera Negra” foi formado em sua maioria por espectadores brancos, após negros liderarem a compra de ingressos da estreia. Latinos e asiáticos também representam fatias expressivas, o que torna o público da produção o mais diversificado entre todos os filmes de super-heróis. Das três estreias da semana na América do Norte, a comédia “A Noite do Jogo” foi a que se deu melhor, abrindo em 2º lugar, ainda que com apenas 16% do faturamento do líder. O dado mais interessante da produção é que ela se tornou uma das comédias rasgadas mais bem-avaliadas dos últimos anos. Conquistou 83% de aprovação da crítica na média apurada pelo Rotten Tomatoes, interrompendo um longo período de comédias “podres” na avaliação do site. A estreia no Brasil está prevista apenas para 10 de maio. Com aprovação ainda maior, a sci-fi “Aniquilação” não se saiu tão bem entre o público. Recebida por elogios rasgados da crítica, o novo filme de Alex Garland, diretor de “Ex Machina”, atingiu 87% no Rotten Tomatoes, mas abriu em 4º lugar, com apenas US$ 11M. E a avaliação do CinemaScore (pesquisa entre os espectadores) foi medíocre, rendendo nota C – o que dificulta a expectativa de um boca-a-boca consistente. Isto ajuda a explicar o temor da Paramount, que decidiu realizar um lançamento em menos salas e com uma janela menor, negociando-o com a Netflix para o mercado internacional. O lançamento em streaming já acontece em 12 de março. A terceira estreia foi “Todo Dia”, que tombou em 9º lugar, com faturamento de US$ 3,1M. O fiasco de bilheteria veio acompanhado por 50% de aprovação da crítica – literalmente medíocre. Trata-se do segundo romance impossível do diretor Michael Sucsy, após “Para Sempre” (2012). Desta vez, com o detalhe de acompanhar uma menor de idade que se apaixona por uma “alma”, que muda de corpo todos os dias. A ideia doentia vem de um best-seller adolescente, que segue a linha apelativa aberta por “Crepúsculo” de colocar garotas em relações abusivas com justificativas fantasiosas. Chega no Brasil em 25 de maio. Confira abaixo os números do desempenho dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Pantera Negra Fim de semana: US$ 108M Total EUA: US$ 400M Total Mundo: US$ 704M 2. A Noite do Jogo Fim de semana: US$ 16,6M Total EUA: US$ 16,6M Total Mundo: US$ 21,8M 3. Pedro Coelho Fim de semana: US$ 12,5M Total EUA: US$ 71,2M Total Mundo: US$ 71,9M 4. Aniquilação Fim de semana: US$ 11M Total EUA: US$ 11M Total Mundo: US$ 11M 5. Cinquenta Tons de Liberdade Fim de semana: US$ 6,9M Total EUA: US$ 89,5M Total Mundo: US$ 320,3M 6. Jumanji: Bem-Vindo à Selva Fim de semana: US$ 5,6M Total EUA: US$ 387,2M Total Mundo: US$ 915,9M 7. 15h17 – Trem para Paris Fim de semana: US$ 3,6M Total EUA: US$ 32,2M Total Mundo: US$ 45,1M 8. O Rei do Show Fim de semana: US$ 3,4M Total EUA: US$ 160,7M Total Mundo: US$ 348,7M 9. Todo Dia Fim de semana: US$ 3,1M Total EUA: US$ 3,1M Total Mundo: US$ 3,1M 10. O Homem das Cavernas Fim de semana: US$ 1,7M Total EUA: US$ 6,7M Total Mundo: US$ 6,7M
Netflix divulga pôster nacional e o primeiro trailer legendado de Aniquilação
A Netflix começou a fazer a divulgação de “Aniquilação”, filme elogiadíssimo pela crítica americana, que a Paramount não botou fé e negociou com o serviço de streaming após financiar toda a sua produção. O pôster e o primeiro trailer legendado chegam um dia antes da estreia da sci-fi nos cinemas americanos, onde terá lançamento limitado nesta sexta (23/2), antes de também virar streaming. A prévia demonstra o visual psicodélico da adaptação do livro homônimo, que inicia a trilogia literária “Southern Reach”, de Jeff VanderMeer. Na trama, cinco mulheres de campos científicos diversos embarcam numa expedição a uma região abandonada e contaminada, da qual poucos retornam, e os que retornam não sobrevivem muito tempo. Dirigido pelo britânico Alex Garland (do premiado “Ex Machina: Instinto Artificial”), o longa reúne Natalie Portman (“Thor”), Tessa Thompson (“Thor: Ragnarok”), Gina Rodriguez (série “Jane the Virgin”), Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”) e Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”) em seu elenco. “Aniquilação” chega na Netflix em 12 de março.
Despachado para a Netflix, Aniquilação arranca elogios rasgados dos críticos americanos
A Paramount pode ter comemorado muito cedo o feito de passar adiante duas bombas sci-fi para a Netflix. Enquanto “The Coverfield Paradox” se provou um desastre radioativo, “Aniquilação”, que será exibido nos cinemas apenas nos Estados Unidos e por período limitado, está sendo saudado como uma obra inovadora pela crítica americana. O filme tem 89% de aprovação no site Rotten Tomatoes – que deu 17% para “The Coverfield Paradox”. Mas graças à pouca fé do estúdio, não terá um como deveria – chega nesta sexta (23/2) em duas mil salas na América do Norte – 1,4 mil a menos que a comédia “A Noite do Jogo”, também bem-avaliada (leia mais sobre isso aqui). “Aniquilação” também tinha estreia marcada para fevereiro nos cinemas brasileiros e alimentava grandes expectativas pelo elenco composto por Natalie Portman (“Thor”), Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), Tessa Thompson (“Thor: Ragnarok”), Gina Rodriguez (série “Jane the Virgin”) e Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”). Agora vai sair direto em streaming, repetindo a sina do ótimo filme de estreia do diretor Alex Garland, “Ex Machina: Instinto Artificial” (2014), que venceu o Oscar de Melhores Efeitos Visuais e foi indicado na categoria de Melhor Roteiro Original, e acabou menosprezado com um lançamento direto em DVD por aqui. Em entrevista ao site Collider, o diretor não escondeu seu descontentamento com a decisão do estúdio. “Fiquei decepcionado. Fizemos o filme para o cinema. Veja, não tenho nenhum problema com a tela pequena. A melhor coisa que vi recentemente foi ‘The Handmaid’s Tale’, então acho que há um potencial incrível em tal contexto, mas se você está fazendo isso você faz exatamente para essa mídia e pensa dentro desses termos. Ao menos, o filme será lançado nos cinemas nos Estados Unidos. Uma das grandes vantagens da Netflix é que atingirá muita gente e você não precisa ter aquela preocupação se as pessoas vão aparecer no fim de semana de estreia, pois se não aparecerem o filme sai em duas semanas. Tem lados positivos e negativos, mas do meu ponto de vista e dos envolvidos na produção, foi feito para ser visto na telona.” Segundo fontes do site Deadline, a Paramount tomou a decisão de negociar com a Netflix após as sessões de teste, que renderam um racha entre os produtores David Ellison e Scott Rudin. O público não reagiu bem às primeiras exibições do filme e Ellison, avaliando-o como “muito intelectual” e complicado, teria exigido mudanças no tom e no desfecho para deixá-lo mais comercial. Como Rudin ficou do lado do diretor e “Aniquilação” não foi alterado, Ellison, que vem amargando uma sequência de fracassos comerciais com “Vida”, “Baywatch” e “Tempestade: Planeta em Fúria”, praticamente desistiu do longa, após ter gastado uma fortuna para realizá-lo. As reações da crítica demonstram que ele cometeu um grande erro. “Aniquilação” era a chance de a Paramount ter um blockbuster bem-avaliado após produzir a maioria dos candidatos ao Framboesa do Ouro 2018, a premiação dos piores do ano – “Transformers: O Último Cavaleiro”, “Baywatch”, “Mãe!” e “Pai em Dose Dupla 2”. Veja uma mostra do que os críticos norte-americanos acharam do filme: “Com sua estreia ‘Ex Machina’, um estudo extraordinário de inteligência artificial e falácia humana, Garland mostrou potencial como um verdadeiro visionário de ficção científica e dá seu próximo passo com ‘Aniquilação’. Alguns espectadores vão curtir a audácia, outros poderão achá-lo o filme mais louco desde ‘Mãe!’. É um conto completamente bizarro que deixará o público tonto em relação ao que acabou de ver, mas ainda assim é genuinamente satisfatório” – Brian Truitt, jornal USA Today. “‘Aniquilação’ é uma prova perfeita de que ele é um diretor e visionário para valer – não só por criar um mundo imersível, mas um mundo tão fascinante que você vai querer investigar repetidamente. Foi uma longa espera desde ‘Ex Machina’, mas Garland provou que valeu a pena esperar” – Eric Eisenberg, site CinemaBlend. “Em termos de tom, há muito aqui, mas nunca excessivamente exagerado ou incongruente. Existem algumas cenas particularmente sangrentas de horror corporal (uma dissecação específica é garantia de pesadelos) e o gosto de Garland por imagens delirantes garante que muitas cenas no filme deixarão uma impressão duradoura” – Benjamin Lee, jornal The Guardian. “‘Aniquilação parece fabulosamente verdejante e ameaçador, a combinação certa para um filme que deseja receber o espectador em seu mundo para abalá-lo. Trata-se de um prato refinado de carne vermelha cinematográfica – perfeitamente cozido no lado de fora, mas sangrento por dentro” – Todd McCarthy, revista The Hollywood Reporter. “Sem receio de parecer um sonho e impenetrável, mas com uma evidente essência sinistra, ‘Aniquilação’ é uma fantasmagoria de outro nível, uma meditação profunda sobre as qualidades objetivas e subjetivas da autodestruição. Uma experiência visionária com dimensão monumental, capaz de deixar Kubrick orgulhoso” – Rodrigo Perez, site The Playlist. “Uma jornada a um coração de trevas estranho, ‘Aniquilação’ parece que foi criado a partir de uma combinação de genes de ‘Apocalypse Now’, de Francis Ford Coppola, ‘O Enigma de Outro Mundo’, de John Carpenter, e ‘2001 – Uma Odisseia no Espaço’, de Stanley Kubrick, com um surrealismo tão prolongado e fascinante que fez meus olhos arder, principalmente porque eu não queria piscar para não perder nenhum momento de insanidade” – Nick Schager, site Daily Beast. “Sim, ‘Aniquilação’ é um tipo de ficção científica intelectual e complicada, mas os lançamentos do gênero nos últimos anos tem se provado ambiciosos e um filme como o de Garland também poderia ser apreciado por vários tipos de espectadores” – Molly Freeman, site ScreenRant. A Netflix disponibiliza o filme em 12 de março no Brasil.
Netflix adquire mais uma sci-fi problemática, estrelada por Michael Peña e Lizzy Caplan
Dando sequência à sua onda de compras de filmes de ficção científica problemáticos, a Netflix adquiriu da Universal os direitos de distribuição de “Extinction”. Assim como aconteceu com “The Cloverfield Paradox” na Paramount, o filme foi tirado do cronograma de lançamentos do estúdio no final do ano passado e não tinha mais previsão de lançamento, apesar de já ter sido completamente filmado. Estrelado por Michael Peña (“Homem-Formiga”) e Lizzy Caplan (“Truque de Mestre: O 2º Ato”), o filme acompanha um homem que tem um sonho recorrente de perder sua família – e esse pesadelo se transforma em realidade quando o planeta é invadido por uma força destrutiva. O roteiro final é de Eric Heisserer (do elogiado “A Chegada”) e a direção de Ben Young (“Predadores do Amor”). Além dos dois filmes citados, a Netflix também adquiriu da Paramount no começo do ano a sci-fi “Aniquilação”, estrelada por Natalie Portman. A diferença é que este filme terá lançamento limitado nos cinemas dos EUA no dia 23 de fevereiro, antes de ser disponibilizado no mercado internacional por streaming em março.
Aniquilação: Sci-fi apocalíptica com Natalie Portman ganha novo trailer
A Paramount divulgou o pôster, fotos e um novo trailer de “Aniquilação”, demonstrando não ter abandonado o filme, apesar da Netflix ter assumido sua distribuição internacional. O vídeo traz muitas cenas inéditas, em clima de terror apocalíptico. O filme adapta o livro homônimo, que inicia a trilogia literária “Southern Reach”, de Jeff VanderMeer. Na trama, cinco mulheres de campos científicos diversos embarcam numa expedição a uma região abandonada e contaminada, da qual poucos retornam, e os que retornam não sobrevivem muito tempo. Dirigido pelo britânico Alex Garland (“Ex Machina: Instinto Artificial”), o longa tinha estreia marcada para fevereiro no Brasil e alimentava grandes expectativas, não só por ser o segundo longa do cineasta que encantou a crítica com “Ex Machina”, mas pelo elenco composto por Natalie Portman (“Thor”), Tessa Thompson (“Thor: Ragnarok”), Gina Rodriguez (série “Jane the Virgin”), Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”) e Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”). “Aniquilação” estreia em 23 de fevereiro nos cinemas americanos e deve estrear em março no Brasil pela Netflix.
Novo vídeo de Aniquilação traz cenas inéditas de terror apocalíptico e entrevistas com elenco
A Paramount divulgou um novo vídeo de “Aniquilação”, demonstrando não ter abandonado o filme, apesar da Netflix ter assumido sua distribuição internacional. O vídeo traz cenas inéditas, em clima de terror apocalíptico, e comentários das atrizes da produção. O novo filme do diretor britânico Alex Garland (“Ex Machina: Instinto Artificial”) foi adquirido pela Netflix e não será mais lançado nos cinemas fora dos Estados Unidos, Canadá e China. O longa tinha estreia marcada para fevereiro no Brasil e alimentava grandes expectativas, não só por ser o segundo longa de Garland, que tinha encantado a crítica com “Ex Machina”, mas pelo elenco composto por Natalie Portman (“Thor”), Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), Tessa Thompson (“Thor: Ragnarok”), Gina Rodriguez (série “Jane the Virgin”) e Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”). Apesar do lançamento marcado nos cinemas americanos, o filme também será disponibilizado rapidamente em streaming no país, numa janela de apenas 17 dias, que deverá render boicote das salas exibidores, como já aconteceu antes com produções da Netflix. Segundo fontes do site Deadline, a Paramount tomou a decisão de repassar o filme após as sessões de teste, que renderam um racha entre os produtores David Ellison e Scott Rudin. O público não reagiu bem às primeiras exibições do filme e Ellison, avaliando-o como “muito intelectual” e complicado, teria exigido mudanças no tom e no desfecho para deixá-lo mais comercial. Mas Rudin ficou do lado do diretor e “Aniquilação” não foi alterado. Amargando uma sequência de fracassos comerciais com “Vida”, “Baywatch” e “Tempestade: Planeta em Fúria”, Ellison teria buscado uma saída com a negociação com a Netflix. Vale observar que “Ex Machina: Instinto Artificial”, estrelado por Alicia Vikander (“Tomb Raider”), foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Mas, apesar disso, também não foi exibido nos cinemas nos cinemas no Brasil, chegando aqui direto em DVD. “Aniquilação” será disponibilizado pela Netflix em 23 de fevereiro.
Sci-Fi Aniquilação com Natalie Portman vai chegar ao Brasil pela Netflix
Numa decisão inesperada, a sci-fi “Aniquilação”, novo filme do diretor britânico Alex Garland (“Ex Machina: Instinto Artificial”), foi vendido pela Paramount para a Netflix e não será mais lançado nos cinemas fora dos Estados Unidos, Canadá e China. Isto explica porque o segundo trailer da produção não ganhou versão legendada no Brasil. O longa tinha estreia marcada para fevereiro no Brasil e alimentava grandes expectativas, não só por ser o segundo longa de Garland, que tinha encantado a crítica com “Ex Machina”, mas pelo elenco composto por Natalie Portman (“Thor”), Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), Tessa Thompson (“Thor: Ragnarok”), Gina Rodriguez (série “Jane the Virgin”) e Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”). Em entrevista ao site Collider, o diretor não escondeu seu descontentamento com a decisão do estúdio de negociar o longa com o serviço de streaming. “Fiquei decepcionado. Fizemos o filme para o cinema. Veja, não tenho nenhum problema com a tela pequena. A melhor coisa que vi recentemente foi ‘The Handmaid’s Tale’, então acho que há um potencial incrível em tal contexto, mas se você está fazendo isso você faz exatamente para essa mídia e pensa dentro desses termos. Ao menos, o filme será lançado nos cinemas nos Estados Unidos. Uma das grandes vantagens da Netflix é que atingirá muita gente e você não precisa ter aquela preocupação se as pessoas vão aparecer no fim de semana de estreia, pois se não aparecerem o filme sai em duas semanas. Tem lados positivos e negativos, mas do meu ponto de vista e dos envolvidos na produção, foi feito para ser visto na telona.” Apesar do lançamento marcado nos cinemas americanos, o filme também será disponibilizado rapidamente em streaming no país, numa janela de apenas 17 dias, que deverá render boicote das salas exibidores, como já aconteceu antes com produções da Netflix. Segundo fontes do site Deadline, a Paramount tomou a decisão de negociar com a Netflix após as sessões de teste, que renderam um racha entre os produtores David Ellison e Scott Rudin. O público não reagiu bem às primeiras exibições do filme e Ellison, avaliando-o como “muito intelectual” e complicado, teria exigido mudanças no tom e no desfecho para deixá-lo mais comercial. Mas Rudin ficou do lado do diretor e “Aniquilação” não foi alterado. Amargando uma sequência de fracassos comerciais com “Vida”, “Baywatch” e “Tempestade: Planeta em Fúria”, Ellison teria buscado uma saída com a negociação com a Netflix. Garland abordou essa polêmica em outra entrevista. Falando ao IndieWire, disse que o filme sempre foi esse, e isto já estava claro na assinatura do contrato. “Lido com esses assuntos com muita transparência. Nunca enganei ninguém a respeito das minhas intenções, entreguei o roteiro e algumas imagens. Acredito que a partir do momento em que concordam fazer o filme há um contrato e esse contrato não pode ser quebrado depois. É um acordo criativo. Se alguém vê um problema, tudo bem, mas a hora de expressar isso é cedo, não no fim da linha.” “Aniquilação” será disponibilizado mundialmente pela Netflix em março. Vale observar que “Ex Machina: Instinto Artificial”, estrelado por Alicia Vikander (“A Garota Dinamarquesa”), foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Mas, apesar disso, também não foi exibido nos cinemas nos cinemas no Brasil, chegando aqui direto em DVD.
Natalie Portman encontra terrores desconhecidos no novo trailer de Aniquilação
A Paramount divulgou o novo trailer de “Aniquilação” (Annihilation), sci-fi escrita e dirigida por Alex Garland (“Ex-Machina”). A prévia mostra Natalie Portman (“Thor”) sendo interrogada por pessoas em trajes de proteção biológica, sobre sua experiência na Área X, além de mostrar detalhes tensos e sinistros de sua expedição ao local, ao lado de Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”), Gina Rodriguez (série “Jane the Virgin”) e Tessa Thompson (“Creed”). O filme adapta o livro homônimo, que inicia a trilogia literária “Southern Reach”, de Jeff VanderMeer. Na trama, quatro mulheres de campos científicos diversos embarcam numa expedição a uma região abandonada e contaminada, conhecida como Área X, da qual poucos retornam, e os que retornam não sobrevivem muito tempo. Além das atrizes mencionadas, o elenco também destaca Oscar Isaac (que foi protagonista de “Ex-Machina”), como uma das pessoas contaminadas na região e marido da personagem de Portman. A estreia está marcada para 22 de fevereiro no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.









