Atriz da série House acusa Marilyn Manson de assédio e comentários racistas
O cantor Marilyn Manson foi acusado de homofobia, racismo e assédio pela atriz Charlyne Yi, conhecida pelo papel da Dra. Chi Park na série “House”. Ela postou e deletou um comentário em seu Twitter sobre uma visita de Manson aos bastidores da última temporada da série, exibida em 2012, repercutindo o show polêmico do cantor no fim de semana. “Nem me comece a falar de Marilyn Manson. Sim, isso aconteceu há muito tempo, na última temporada de ‘House’, quando ele veio visitar o set porque era um grande fã da série. Ele assediou praticamente todas as mulheres perguntando se faríamos ‘tesoura’ ou ‘rinoceronte’ e me chamou de ‘Homem da China'”, comentou, referindo-se a termos de sexo lésbico. Após o comentário, ela foi atacada por fãs do cantor e preferiu deletar o que escreveu. Em seguida, acrescentou: “É como um gatilho ver as pessoas que assediaram você na internet. E então quando você fala sobre os casos você se torna a pessoa associada ao assediador. E este é seu nome agora. Ultrapassa quem você é”. E também deletou. As denúncias vieram após um show de Manson em Nova York que chamou atenção da mídia, pelo comportamento estranho do cantor, que fez longos discursos incompreensíveis e abandonou o palco após seis canções. O músico e seus representantes não comentaram as acusações até agora. Vale lembrar que em outubro do ano passado, Yi afirmou no Twitter ter sofrido comentários racistas do comediante David Cross (série “Arrested Development”) no começo de sua carreira. A esposa de Cross, a atriz Amber Tamblyn (“Quatro Amigas e um Jeans Vianjante”), procurou Yi e intermediou um pedido de desculpas de Cross, que se disse arrependido.
Kim Ki-duk se defende no Festival de Berlim, mas se recusa a pedir desculpas por agredir atriz
O cineasta sul-coreano Kim Ki-duk, condenado por agressão e acusado de assédio por uma atriz, durante as filmagens de “Moebius” (2013), defendeu-se da polêmica causada por sua participação no Festival de Berlim 2018, após Dieter Kosslick, o diretor do evento, afirmar que tinha barrado filmes de assediadores. O próprio Kosslick precisou se explicar porque o novo longa de Kim Ki-duk, “Human, Space, Time and Human”, não foi enquadrado em seu critério, e agora o cineasta aproveita o evento para se manifestar, em entrevista coletiva com a imprensa internacional. A vítima, cuja identidade é mantida em sigilo, acusou Kim no ano passado de lhe dar três tapas e forçá-la a realizar cenas sexuais sem roupa, que não estavam no roteiro. Sua acusação afirma que Kim forçou-a a pegar o pênis de um ator, apesar de uma garantia anterior de que uma prótese seria usada. Devido a seus protestos, ela foi substituída por outra atriz no filme. Mas não baixou a cabeça. Um tribunal sul-coreano multou Kim com US$ 4,6 mil por agressão, mas os promotores não consideraram as acusações de abuso sexual citando a falta de provas. A atriz já avisou que vai recorrer “Eu não concordo inteiramente com esta decisão, mas a reconheço e assumi a responsabilidade por isso”, disse Kim em Berlim, na tarde de sábado (16/1), após a primeira exibição de imprensa de seu novo longa, que está sendo exibido na seção Panorama do festival alemão. Kim se defendeu, afirmando que os tapas foram feitos como instruções de atuação. “O que estávamos fazendo era ensaiar uma cena”, disse ele. “Havia muitas pessoas presentes. Minha equipe na época não se opôs e não disse que aquilo era inapropriado… Estava relacionado à atuação artística, mas acredito que a atriz interpretou isso de maneira diferente do que eu fiz. ” Quando perguntado diretamente se ele gostaria de se desculpar por bater na atriz, Kim declinou. “Não, acho lamentável que isso tenha sido transformado em um processo judicial”, disse ele. A atriz disse à mídia sul-coreana que ficou desapontada com a sentença do tribunal e pela falta de consideração em relação à acusação de abuso sexual. Ela já deu entrada num recurso, que será julgado em breve. Diante da condenação, a inclusão do filme de Kim Ki-duk no Festival de Berlim gerou protestos de organizações civis da Coreia do Sul. E muitos perceberam hipocrisia no discurso de Kosslick, favorável do movimento #MeToo, simultaneamente ao apoio a Kim. “Estamos vivendo nesta realidade injusta, em que o agressor está trabalhando e sendo recebido em todas as partes como se não houvesse nada, enquanto a vítima que denunciou o abuso está sendo isolada e marginalizada”, diz o manifesto de uma coalização de 140 grupos de direitos humanos em protesto contra o cineasta. Seguindo a linha de violência e provação que o tornou famoso, o novo trabalho de Kim é uma meditação brutal e surrealista sobre a natureza do comportamento humano, incluindo várias cenas de estupro, assassinato e até mesmo canibalismo. O filme segue um pequeno grupo de pessoas que embarca em um cruzeiro turístico a bordo de um antigo navio de guerra, onde o inferno ganha vida. No final da entrevista, Kim abordou porque a violência tem sido um elemento tão recorrente no seu cinema, bem como no cinema sul-coreano em geral. “Já me perguntaram isso muitas vezes na minha carreira. Houve dois traumas na história recente da Coreia: o domínio colonial japonês e a Guerra da Coréia. Muitos cineastas coreanos carregam esses traumas com eles e, como a indústria cinematográfica sul-coreana começou a crescer, vocês veem muitos diretores lidarem com essas questões: muita violência, dor e elementos ditatoriais”. Kim fez questão de agradecer aos organizadores por convidá-lo e expressou apreciação pelas perguntas mais duras da imprensa. “Eu pude sentir que vocês estão muito preocupados com a violência e eu gostaria de agradecer por isso. Tento ser um bom ser humano. Vocês devem saber que na verdade não vivo minha vida como meus filmes”, concluiu.
Escritor de Maze Runner pede desculpas por assédios
O autor da franquia literária “Maze Runner”, James Dashner, publicou no Twitter um pedido de desculpas por seu comportamento e prometeu “procurar aconselhamento e orientação”, após ter sido publicamente dispensado por seu agente e se ver envolvido em denúncias de assédio sexual. “Passei os últimos dias reexaminando minhas ações e pesquisando minha alma”, disse Dashner, acrescentando que ele agora acredita que tem sido “parte do problema” no que diz respeito ao assédio sexual e à discriminação na indústria editorial. “Eu não honrei ou compreendi completamente limites e dinâmicas de poder”, acrescentou o autor. “Eu posso afirmar sinceramente que nunca machuquei outra pessoa de forma intencional. Mas, para os afetados, peço desculpas”. As alegações contra Dashner, Jay Asher e outros escritores populares da literatura juvenil foram postadas num tópico de comentários no site do School Library Journal. As denúncias são todas anônimas e não dão maiores detalhes. Mas, após confrontar Dashner, seu agente Michael W. Bourret resolveu dispensá-lo. “Eu não poderia, em boa consciência, continuar trabalhando com James, e o dispensei ontem”, disse Bourret à imprensa. Asher também sofreu represálias, sendo expulso da Sociedade de Escritores e Ilustradores de Livros para Crianças, além de também perder sua representação pela agência de Andrea Brown. Mas, ao contrário de Dashner, não pediu desculpas. Em vez disso, apresentou-se como um sedutor irresistível, com diversas relações consensuais, e exigiu retratação. A última adaptação cinematografia de Dashner, “Maze Runner: A Cura Mortal”, estreou nos cinemas no mês passado. A message from me to you… pic.twitter.com/xowMvWpyac — James Dashner (@jamesdashner) February 15, 2018
Primeira lista de apresentadores do Oscar 2018 confirma exclusão de Casey Affleck
A divulgação da primeira lista de artistas que entregarão estatuetas do Oscar 2018, que revelou a participação da atriz chilena Daniela Vega, primeira transexual a apresentar a premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, também confirmou o “banimento” de Casey Affleck. Vencedor do Oscar de Melhor Ator no ano passado, o ator pediu para ser dispensado da obrigação de anunciar o premiado deste ano, devido à acusações de abuso sexual, e seu nome não foi incluído na lista, que traz os demais atores consagrados no Oscar 2017: Emma Stone (vencedora por “La La Land”), Viola Davis (“Um Limite entre Nós”) e Mahershala Ali (“Moonlight”). Affleck foi premiado por “Manchete à Beira-Mar”, após ser acusado de assédio por duas mulheres com quem trabalhou no documentário “Eu Ainda Estou Aqui” (2010). Na ocasião, a atriz Brie Larson, que entregou o prêmio, fez questão de não aplaudi-lo. “Eu acredito que o que eu fiz no palco falou por si mesmo”, ela afirmou em entrevista para a revista Vanity Fair. Ele foi acusado pela produtora Amanda White e pela diretora de fotografia Magdalena Gorka, que acionaram Affleck judicialmente e o caso foi resolvido em sigilo, com uma indenização financeira. Após vencer o Oscar, o ator deu entrevista ao jornal Boston Globe em que confirmou que todos os envolvidos no caso estavam proibidos por contrato de comentar o assunto. Desde então, o escândalo sexual de Harvey Weinstein veio à tona, repleto de contratos similares, e a tolerância com assediadores diminuiu a zero. No caso de Affleck, havia até uma campanha online para impedir sua participação no Oscar deste ano. Quase 20 mil pessoas assinaram o abaixo-assinado no site Change.org para que ele não fosse convidado a apresentar o prêmio – e o site agora registra que a campanha foi vitoriosa. Segundo o site Deadline, o ator teria ficado com receio e, diante do tom anti-assédio que deverá marcar a cerimônia, preferiu cancelar sua participação a comprometer o resto de sua carreira. A informação foi confirmada por um representante da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Os primeiros nomes confirmados para participação da cerimônia de premiação incluem, portanto, três dos quatro atores que venceram os prêmios de interpretação do ano passado, a chilena Daniela Vega e mais os seguintes astros de Hollywood: Chadwick Boseman (“Pantera Negra”), Laura Dern (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), Jennifer Garner (“Clube de Compra Dallas”), Greta Gerwig (diretora de “Lady Bird”), Tiffany Haddish (“Girls Trip”), Tom Holland (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), Kumail Nanjiani (“Doentes de Amor”) e Margot Robbie (“Eu, Tonya”). A 90ª edição do prêmio mais importante do cinema vai acontecer em 4 de março no Teatro Dolby, em Los Angeles, e contará com o humorista Jimmy Kimmel como mestre de cerimônias. Os canais Globo e TNT realizam a transmissão no Brasil.
Festival de Berlim é criticado por incluir novo filme de Kim Ki-Duk em sua programação
Conforme previsto pela Pipoca Moderna, a contradição do Festival de Berlim 2018 não passou despercebida. Após o diretor do evento, Dieter Kosslick, afirmar que a programação deste ano barrou a inclusão de filmes com a participação de pessoas acusadas de abusos ou assédio sexual, em concordância com a campanha #MeToo, uma atriz sul-coreana acusou o festival de estimular predadores ao incluir o novo filme de Kim Ki-Duk em sua programação. Em um encontro com a Associação da Imprensa Estrangeira na Alemanha, Kosslick não quis citar os títulos recusados nem os nomes dos envolvidos, mas confirmou que retirou do evento filmes que pretendia exibir, devido a participação de pessoas envolvidas em denúncias de assédio sexual. “São menos de cinco”, especificou o diretor, há duas semanas. Pois deveriam ser “seis”, com “Human, Space, Time and Human”, de Kim Ki-Duk, liderando a lista, de acordo com a atriz que pediu anonimato e acusou o diretor de agressão e de tê-la obrigado a rodar cenas de sexo improvisadas quando trabalhava em um de seus filmes. Kosslick tentou explicar à agência de notícias AFP por que não vetou Kim, que já tem um prêmio de Melhor Direção do Festival de Berlim, vencido por “Samaritana” (2004). Ele minimizou o fato, alegando que algumas acusações de assédio sexual apresentadas pela mesma atriz contra o cineasta foram rejeitadas por falta de provas, acrescentando que estava à espera de mais informações. Na verdade, há muitas informações nos autos do processo. Kim Ki-duk não foi apenas denunciado, mas condenado por agredir a atriz durante a produção do longa “Moebius” em 2013. Não se trata de um caso de mera denúncia. Ele já tem uma condenação na justiça de seu país. Foi obrigado a pagar 5 milhões de wons por agressão física, após admitir que “deu tapas” na atriz, como “forma de aprendizado”. A atriz apelou da decisão porque o juiz não considerou as acusações de abuso sexual. Na quinta-feira (15/2), o diretor alemão Tom Tykwer, presidente de um júri que premiará os melhores trabalhos da competição, tentou contemporizar, pedindo que o debate “não seja alimentado de forma artificial (pelos meios sensacionalistas), nem tampouco calado por ninguém”, defendendo que o movimento se foque em mudanças e não “em nomes”. Pois a atriz que acusa Kim Ki-duk recebeu o apoio de 140 associações sul-coreanas em protesto contra a participação do diretor no festival. O manifesto de apoio é bastante claro, ao denunciar a “realidade injusta, em que o agressor está trabalhando e sendo recebido em todas as partes como se não houvesse nada, enquanto a vítima que denunciou o abuso está sendo isolada e marginalizada”. “Por que a Berlinale é indulgente com Kim, estendendo o tapete vermelho para ele e para seu filme?”, questiona o comunicado, que acusa os organizadores do festival de “consentir e endossar” o comportamento do diretor. A Pipoca Moderna foi um dos poucos veículos do mundo a chamar atenção para essa polêmica em potencial no começo de fevereiro, quando Koselick fez seu anúncio sobre corte de filmes de acusados de abuso, sem mencionar nomes e ignorando prontamente um cineasta já condenado por isso.
Jeffrey Tambor se diz “desapontado” com demissão de Transparent por acusações “injustas”
O ator Jeffrey Tambor resolveu se manifestar, poucas horas após o anúncio de sua demissão da série “Transparent” na quarta-feira (15/2). Indignado com o tom do comunicado assinado pela criadora da série Jill Soloway, ele diz que a investigação das alegações de assédio sexual contra ele foi mal conduzida e se declara “profundamente desapontado” pelas acusações “injustas” feitas pela produtora. “Estou profundamente desapontado com a forma como a Amazon conduziu essas falsas acusações contra mim”, disse o ator em seu próprio comunicado. “Estou ainda mais desapontado com a caracterização injusta de Jill Soloway, que me descreveu como alguém capaz de causar danos a qualquer dos meus companheiros de elenco”. Ele acrescentou: “Nos nossos quatro anos de história de trabalho juntos neste incrível show, essas acusações nunca foram reveladas ou discutidas diretamente comigo ou com alguém da Amazon. Portanto, só posso supor que a investigação contra mim foi profundamente imperfeita e tendenciosa em relação à, guiada pela atmosfera tóxica e politizada que afligiu o nosso set. Como tenho afirmado de forma consistente, lamento profundamente se qualquer ação minha tenha sido mal interpretada por qualquer um e continuarei a me defender veementemente. Também lamento profundamente que este show inovador, que mudou tantas vidas, esteja agora em perigo. Isso, para mim, é o maior desgosto”. Ele foi demitido após uma investigação interna, que apurou denúncia de uma ex-assistente pessoal, Van Barnes, feita em uma publicação no seu perfil privado do Facebook, na qual relatava comportamento inadequado por parte do ator. Logo em seguida, a colega de elenco Trace Lysette acusou o ator de ter feito comentários sexuais e tentado abusar dela em ocasiões diferentes. Ambas são transexuais. Após a primeira acusação, o ator de 73 anos, que venceu dois prêmios Emmy de Melhor Ator de Série de Comédia por “Transparent”, chegou a vir a público negar “de maneira contundente e veemente” qualquer tipo de comportamento inadequado. Mas, diante da segunda denúncia, disse que sua permanência na série tinha se tornado insustentável. “Por conta da atmosfera politizada que parece ter afetado nosso set, eu não vejo como posso voltar a ‘Transparent'”, dele chegou a desabafar, em comunicado anterior. Em seu comunicado, refletindo a demissão do ator, a criadora da série disse respeitar e admirar as acusadoras de Tambor. “Eu tenho muito respeito e admiração por Van Barnes e Trace Lysette, cuja coragem em falar sobre suas experiências em ‘Transparent’ é um exemplo de liderança neste momento da nossa cultura”, disse Jill Soloway. “Nós agradecemos pelo apoio da população trans, que abraçou nossa visão para ‘Transparent’ desde a concepção da série. Ficamos de coração partido por causa da dor e do sentimento de traição que a situação delas gerou na comunidade. Vamos tomar medidas definitivas para nos certificamos de que o ambiente de trabalho reflita a segurança e a dignidade de cada indivíduo, e estamos dando passos para nos curarmos como uma família”, completou a produtora em nota à imprensa. O site da revista The Hollywood Reporter apurou que Jill Soloway teria solicitado para a Amazon um tempo maior para o desenvolvimento da 5ª temporada, visando estudar uma maneira de retirar a personagem Maura, interpretada por Tambor, da trama. A personagem de Tambor é uma transexual novata da Terceira Idade, cuja transição de gênero pega a família de surpresa – e os desdobramentos dessa mudança forneciam a premissa da série.
Jeffrey Tambor é demitido de Transparent após denúncias de assédio
O ator Jeffrey Tambor está oficialmente fora de “Transparent”, anunciou a Amazon nesta quinta-feira (15/2). Cerca de três meses após ser acusado de assédio sexual, o protagonista da série foi demitido e não participará da 5ª temporada. A decisão foi tomada após uma investigação interna, que apurou denúncia de uma ex-assistente de Tambor, Van Barnes, feita em uma publicação no seu perfil privado do Facebook, na qual relatava comportamento inadequado por parte do ator. Logo em seguida, a colega de elenco Trace Lysette acusou o ator de ter feito comentários sexuais e tentado abusar dela em ocasiões diferentes. Ambas são transexuais. O ator de 73 anos, que venceu dois prêmios Emmy de Melhor Ator de Série de Comédia por “Transparent”, chegou a vir a público negar “de maneira contundente e veemente” qualquer tipo de comportamento inadequado. Mas, após a segunda denúncia, disse que sua permanência na série tinha se tornado insustentável. “Por conta da atmosfera politizada que parece ter afetado nosso set, eu não vejo como posso voltar a ‘Transparent'”, ele desabafou, em comunicado. Em novo comunicado, refletindo a demissão do ator, a criadora da série disse respeitar e admirar as acusadoras de Tambor. “Eu tenho muito respeito e admiração por Van Barnes e Trace Lysette, cuja coragem em falar sobre suas experiências em ‘Transparent’ é um exemplo de liderança neste momento da nossa cultura”, disse Jill Soloway. “Nós agradecemos pelo apoio da população trans, que abraçou nossa visão para ‘Transparent’ desde a concepção da série. Ficamos de coração partido por causa da dor e do sentimento de traição que a situação delas gerou na comunidade. Vamos tomar medidas definitivas para nos certificamos de que o ambiente de trabalho reflita a segurança e a dignidade de cada indivíduo, e estamos dando passos para nos curarmos como uma família”, completou a produtora em nota à imprensa. Dessa forma torta, a série mais premiada da Amazon finalmente se equiparou à série mais premiada da Netflix. “House of Cards” também perdeu recentemente seu protagonista devido a acusações de assédio sexual. A produção da Netflix exibirá sua 6ª e última temporada sem Kevin Spacey. Provavelmente, as duas séries também terão a mesma conclusão para os personagens excluídos: uma morte fora de cena. O site da revista The Hollywood Reporter apurou que Jill Soloway teria solicitado para a Amazon um tempo maior para o desenvolvimento da 5ª temporada, visando estudar uma maneira de retirar a personagem Maura, interpretada por Tambor, da trama. A personagem é uma transexual novata da Terceira Idade, cuja transição de gênero pega a família de surpresa – e esta era a premissa inteira da série.
Escritor de Maze Runner é dispensado por agente literário após denúncias de assédio sexual
Depois da acusação de assédio contra Jay Asher, escritor de “Os 13 Porquês”, outro autor de best-seller juvenil enfrenta denúncias similares. James Dashner, autor da franquia literária “Maze Runner”, que se transformou uma trilogia cinematográfica, foi dispensado por seu agente após acusações de má conduta sexual. O agente literário Michael W. Bourret disse, em declaração à Associated Press na quarta-feira (14/2), que “diante das circunstâncias”, ele não poderia mais representar Dashner. “Eu não poderia, em boa consciência, continuar trabalhando com James, e o dispensei ontem”, disse Bourret. As alegações contra Dashner, Jay Asher e outros escritores populares da literatura juvenil foram postadas num tópico de comentários no site do School Library Journal. As denúncias são todas anônimas e não dão maiores detalhes. No início desta semana, a diretora da Sociedade de Escritores e Ilustradores de Livros para Crianças disse à AP que Asher tinha sido expulso da associação. Uma porta-voz de Asher respondeu que não houve assédio, apenas múltiplas relações consensuais. Mas Asher também perdeu seu agente literário.
Autor de Os 13 Porquês se apresenta como mulherengo ao exigir retratação de acusação de assédio
O escritor Jay Asher, autor do best-seller “Os 13 Porquês”, que inspirou a série “13 Reasons Why” na Netflix, manifestou-se, por meio de sua porta-voz Tamara Taylor, contra as alegações feitas pela diretora da Sociedade de Escritores e Ilustradores de Livros para Crianças (SCBWI, na sigla em inglês). Em entrevista para a Associated Press na segunda-feira (12/2), Lin Oliver afirmou que Asher violou o código de conduta da associação. Ele teria sido expulso da organização no ano passado, após acusações de assédio, mas a notícia só veio à tona com a ascensão do movimento #MeToo. Em comunicado, a porta-voz de Asher afirmou que não existe “nenhuma alegação, investigação ou descoberta de assédio sexual”, como afirmou Lin Oliver, diretora da Sociedade de Escritores e Ilustradores de Livros para Crianças. Ela ainda ressalta que Asher não foi expulso da entidade e que a falsa declaração causou danos à sua “subsistência”. Após ser dispensado por seu agente literário, ele exige uma retratação, sugerindo que pode processar a entidade. Uma curiosidade do comunicado é que, para evitar que Asher seja visto como assediador, o texto retrata o escritor como um grande e irresistível mulherengo, um homem envolvido em múltiplas relações consensuais com outras escritoras, enquanto estava casado. Leia a declaração completa abaixo: “A declaração recente da SCBWI sobre o autor Jay Asher é completamente falsa. Não houve alegação, investigação ou descoberta de assédio sexual. Em abril de 2017, o Sr. Asher concordou voluntariamente em não participar mais das conferências SCBWI. Isso foi uma resposta aos sentimentos feridos de um grupo de autoras com quem ele teve relações consensuais que acabaram mal. O Sr. Asher não foi banido pela SCBWI. De fato, quando ele deixou sua filiação caducar no verão passado, Lin Oliver, diretora executiva do grupo, sugeriu que ele continuasse com sua participação. Ele fez como solicitado, e a participação do Sr. Asher está ativa ainda hoje. Essas mulheres não eram subordinadas do Sr. Asher, eram seus pares e cada uma delas entrou em relacionamentos românticos com ele voluntariamente, com algumas inicialmente perseguindo-o. O Sr. Asher estava casado no momento desses relacionamentos, assim como muitas das mulheres. Ele lamenta profundamente a dor que essas decisões consensuais causaram a sua família e outros. As declarações falsas para os meios de comunicação resultaram em uma cobertura de notícias imprecisa e prejudicial, o que ameaça o sustento do Sr. Asher. O Sr. Asher buscou acompanhamento legal e está exigindo que a SCBWI e Lin Oliver retratem prontamente as declarações falsas e difamatórias que fizeram”.
Escritor de Os 13 Porquês é expulso de associação literária por assédio sexual
Jay Asher, autor do best-seller “Os 13 Porquês”, foi expulso de uma organização proeminente de escritores após sofrer acusações de assédio sexual. Lin Oliver, diretora executiva da Sociedade de Escritores e Ilustradores de Livros para Crianças, disse à Associated Press na segunda-feira (12/2) que Asher violou o código de conduta da associação. Ele foi banido no ano passado, mas a notícia só veio à tona com a ascensão do movimento #MeToo. Asher e o premiado ilustrador David Diaz, que também foi expulso da organização, foram mencionados com freqüência em um recente tópico de comentários no School Library Journal sobre assédio no universo da literatura infantil. “Tanto Jay Asher quanto David Diaz foram enquadrados por terem violado o código de conduta da Sociedade em relação ao assédio”, escreveu Oliver num email enviado ao site The Hollywood Reporter. “As denúncias contra eles foram investigadas e, como resultado, eles não são mais membros e nem aparecerão em eventos da Sociedade no futuro”. As editoras de Asher e Diaz não tiveram nenhum comentário, nem os casos que causaram as expulsões foram publicamente detalhados. Asher disse à BuzzFeed News na segunda-feira que ele saiu voluntariamente da associação e se sentia como se tivesse sido “jogado sob um ônibus”. “É muito assustador, quando você sabe que as pessoas não vão acreditar em você”, disse ele. “Eu me sinto muito em conflito sobre isso, por causa do que está acontecendo na cultura, a respeito de quem se acredita e quem não se acredita”. Além da expulsão da Sociedade de Escritores e Ilustradores de Livros para Crianças, Asher também teve a participação numa conferência da Federação de Escritores de Oklahoma cancelada. “O Sr. Asher negou as acusações, mas, no final, entendeu nossa decisão de seguir uma direção diferente”, disse a diretora de relações públicas da federação, Jennifer McMurrain. “Os 13 Porquês”, primeiro livro de Asher, foi adaptado numa série bem-sucedida da Netflix, produzida pela cantora Selena Gomez. Com o título original de “13 Reasons Why”, a produção fez tanto sucesso que ganhou encomenda de uma 2ª temporada, embora toda a história do livro já tenha sido contada. Além do tema central de suicídio adolescente, a série também inclui passagens de agressão e assédio. A Netflix não respondeu aos contatos do THR sobre se as alegações contra o escritor afetariam o status da série.
Todo o Dinheiro do Mundo tem duas morais da história, após lidar com assédio sexual
A carreira de Ridley Scott é uma das mais interessantes dentre os cineastas veteranos em atividade. São quase 30 filmes para cinema, equilibrando-se entre ficções científicas, dramas contemporâneos, fantasias e filmes de época. Muita coisa parece interessar a Scott, seja a lenda de Robin Hood, a travessia do Mar Vermelho por Moisés, a descoberta da América por Cristóvão Colombo, além de histórias de monstros espaciais. Em “Todo o Dinheiro do Mundo”, Scott olha para o mundo real contemporâneo, mas para pessoas diferentes. Pessoas gananciosas, desesperadas e desesperançadas. A trama apresenta o homem mais rico do mundo na década de 1970, o magnata John Paul Getty (Christopher Plummer), uma espécie de Tio Patinhas mais sombrio. Para ele, nada era mais importante do que o seu dinheiro. Tirar de seus trilhões de dólares 17 milhões para pagar o resgate do seu neto, que foi sequestrado em 1973, quando tinha 16 anos de idade, era algo fora de cogitação. E é essa basicamente a história. Enquanto a mãe do garoto, vivida por Michelle Williams, tenta desesperadamente conseguir até mesmo conversar com o velho avarento, ele aciona um empregado (Mark Wahlberg) para tentar descobrir o paradeiro do menino sem que, com isso, precise gastar muito dinheiro. O filme apresenta algumas situações bem absurdas sobre até que ponto vai a doença daquele velho de quase 90 anos. Se o filme de Scott falha em criar uma atmosfera de suspense dentro desse situação de estresse do sequestro do rapaz, do jeito que o filme se encaminha dá até impressão de que o cineasta queria mesmo este tom. De certa maneira, isso tem o seu lado positivo, já que não transforma “Todo o Dinheiro do Mundo” em um thriller banal sobre sequestro e busca, coisa que já se viu tantas vezes no cinema. Scott prefere enfatizar a fábula moral que surge em meio àquela situação absurda. Por mais que possamos pensar que a moral da história é simples até demais, não há problema nenhum em lembrá-la de vez em quando. Lembrar que não se leva dinheiro para a sepultura. O que pode incomodar um pouco nesta narrativa – além da fotografia mais escura que o costume na filmografia do diretor – é a estranheza no modo como costura a trama sem personagens principais. A mais destacada é Michelle Williams, muito bem no papel da mãe desesperada, sem se descabelar ou transformar o filme em uma grande tragédia ou um grande melodrama. Até porque raramente Scott é apegado a sentimentalidades. Entretanto, “Todo o Dinheiro do Mundo” não lida apenas com a questão moral da avareza. Talvez o filme se torne até mais lembrado pela forma como abordou outra questão, fora das telas, envolvendo o escândalo sexual de Kevin Spacey, que forçou Scott a substituí-lo por Plummer, no papel de Getty, em um intervalo de tempo admiravelmente veloz. A tempo, inclusive, de participar da temporada de premiações. No caso do Oscar 2018, apenas Christopher Plummer recebeu a única indicação da obra, de Melhor Ator Coadjuvante. Não deixa de ser uma ironia.
Michael Haneke chama movimento #MeToo de “caça às bruxas” puritana e perigosa
Pouco mais de um mês após a atriz Catherine Deneuve e intelectuais francesas assinarem um manifesto publicado no jornal Le Monde defendendo o direito dos homens de “importunarem” e criticando o movimento #MeToo por restringir a liberdade sexual, o cineasta alemão Michael Haneke também resolveu manifestar seu descontentamento em relação ao conservadorismo que as denuncias supostamente representam, chamando a campanha de “caça às bruxas”. Em uma entrevista publicada na sexta (9/2) pelo jornal austríaco Kurier, o diretor disse: “Este novo puritanismo matizado por um ódio aos homens, chegando nas pegadas do movimento #MeToo, me preocupa”. O diretor que venceu o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira por “Amor” acrescentou: “Como artistas, estamos começando a ter medo, porque enfrentamos essa cruzada contra qualquer forma de erotismo”. Haneke acrescentou que ele acredita que os culpados de estupros ou abusos devem ser punidos, mas lamenta o julgamento da opinião pública. “Eu acho a histeria e as condenações sem qualquer julgamento totalmente nojentas”. Ele culpou a mídia pelas “vidas e carreiras assassinadas no processo” e condenou o movimento como “uma caça às bruxas”. As observações do diretor refletem o manifesto publicado no Le Monde, que acerta altura afirma: “[#MeToo] levou a uma campanha de denúncias públicas e ataques de indivíduos na imprensa e nas redes sociais que, sem ter a oportunidade de responder ou se defender, são colocados no mesmo nível que os infratores sexuais”. O manifesto francês foi atacado por feministas do país, que chamaram suas signatárias de “tias inconvenientes”.
Rose McGowan culpa o “homem mau” pelo suicídio de sua ex-empresária
A atriz Rose McGowan se manifestou nas redes sociais sobre a morte de sua ex-empresária Jill Missick. A atriz, que foi acusada pela família como culpada pelo suicídio de Missick, junto de Harvey Weinstein, resolveu colocar toda a responsabilidade sobre o produtor. “Este único homem poder causar tanto estrago é surpreendente, mas tragicamente verdadeiro. Este homem mau fez isso contra nós duas”, ela escreveu em seu Instagram. Em comunicado publicado na sexta (9/2), ao divulgar o suicídio de Jill, sua família disse que ela lutava há anos contra uma depressão e virou “efeito colateral” do movimento #MeToo, ao ser difamada sobre seu papel no caso Weinstein. Missick virou pivô de uma briga de versões sobre o assédio de Weinstein em McGowan. A atriz teria ido a uma reunião no quarto de hotel de Weinstein durante o Festival de Sundance, em 2007. Em uma mensagem de email divulgada pela defesa de Weinstein, Missick afirma que o sexo ocorrido entre os dois tinha sido “consensual”. McGowan teria mudado sua versão dos fatos mais tarde. Isto fez a atriz atacá-la. O comunicado de sua família detalha o que ela lhes contou sobre o caso. “Em janeiro de 1997, Jill era agente da empresa de talentos Addis Wechsler. Um de seus primeiros clientes foi Rose McGowan, e um dos seus primeiros deveres foi marcar uma reunião de café da manhã com Harvey Weinstein durante o Festival de Sundance. Após a reunião, Rose disse a Jill o que havia acontecido – que tomou a decisão de remover suas roupas e entrar na banheira de hidromassagem com ele – , um erro do qual Rose imediatamente se arrependeu. Rose nunca usou a palavra estupro naquela conversa. Apesar disso, Jill reconheceu que Harvey tinha feito algo indecoroso com Rose, senão ilegal. Ela imediatamente procurou seus patrões, os sócios da Addis Wechsler, para contar a história de Rose e para insistir que eles abordassem imediatamente a situação. Eles disseram a Jill que lidariam com a situação. Arranjos entre Rose e Harvey foram então negociados, completamente sem o conhecimento de Jill. Naquela época, tudo o que Jill sabia era que o assunto estava resolvido e que Rose continuava fazendo filmes com os Weinsteins. Ela nunca conheceu nenhum detalhe até recentemente, quando Rose decidiu torná-los públicos”. Segundo a família, o fato de ver seu nome repetidamente nas notícias sobre o caso ajudou a agravar a depressão da produtora. “O que faz com que as acusações e insinuações imprecisas de Rose contra Jill soem irônicas é que Jill foi a primeira pessoa que defendeu Rose e alertou seus chefes para a horrível experiência que a atriz sofreu”, afirmou a família no comunicado, destacando a culpa de Rose McGowan no suicídio de Jill Missick. For Jill: May your family find some measure of solace during this pain. That one man could cause so much damage is astounding, but tragically true. The bad man did this to us both. May you find peace on the astral plane. May you find serenity with the stars. Uma publicação compartilhada por Rose McGowan (@rosemcgowan) em 10 de Fev, 2018 às 11:22 PST












