Joaquin Phoenix vai estrelar filme do diretor de Hereditário e Midsommar
O cineasta Ari Aster, que causou comoção com os terrores “Hereditário” (2018) e “Midsommar: O Mal Não Espera a Noite” (2019), definiu seu próximo projeto. Mais uma vez produzido pelo estúdio indie A24, o longa será chamado “Disappointment Blvd.” e será estrelado por ninguém menos que Joaquin Phoenix, vencedor do Oscar como “Coringa”. Segundo a sinopse adiantada, “Disappointment Blvd.” é um “retrato íntimo de um dos empresários mais bem-sucedidos de todos os tempos” e sua história se passará ao longo de várias décadas. Todos os outros detalhes da trama estão sendo mantidos em sigilo. Aster vai escrever, dirigir e coproduzir o filme com Lars Knudsen. Não há previsão para o começo das filmagens, mas Phoenix, que encerrou recentemente outro filme da A24, o drama “C’mon C’mon”, de Mike Mills, também está comprometido com o diretor Ridley Scott para estrelar “Kitbag”, produção para a Apple TV+ em que viverá Napoleão Bonaparte.
Darren Aronofsky troca grandes estúdios pelo cinema independente
O cineasta Darren Aronofsky (de “Noé” e “Cisne Negro”) vai voltar ao cinema independente. Ele fechou com o estúdio A24 para realizar seu próximo filme, “The Whale”, que será estrelado por Brendan Fraser (“Patrulha do Destino”). O filme é uma adaptação da peça de mesmo nome de Samuel D. Hunter. O próprio dramaturgo vai escrever o roteiro. A produção de 2012 foi elogiada pelo New York Times e ganhou vários prêmios – como o Drama Desk Award, o Lucille Lortel Award e um GLAAD Media Award. “Adaptar minha peça em um roteiro foi um verdadeiro trabalho de amor para mim”, disse Hunter. “Esta história é profundamente pessoal e estou muito grato por ter a chance de atingir um público mais amplo. Sou fã de Darren desde que vi “Réquiem para um Sonho”, quando era um calouro na faculdade, escrevendo minhas primeiras peças, e sou muito grato por ele ter trazido seu talento e visão singulares para este filme. ” “The Whale” é o primeiro filme de Aronofsky desde a polarização gerada pelo longa “Mãe!”, produção da Paramount estrelada por Jennifer Lawrence em 2017.
Globo de Ouro gera polêmica por classificar Minari como Filme Estrangeiro
A Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, responsável pelo Globo de Ouro, tornou-se alvo de protestos de vários integrantes da indústria do cinema dos EUA ao classificar o filme americano “Minari”, vencedor do Festival de Sundance deste ano, na disputa de Melhor Filme Estrangeiro. O longa de Lee Isaac Chung estrelado por Steven Yeun (“The Walking Dead”) é uma produção americana, filmada nos EUA por um cineasta americano, que acompanha a luta de uma família de imigrantes sul-coreanos para atingir o sonho americano. “’Minari’ é o melhor filme e o filme mais americano que vi este ano”, tuitou Phil Yu, do popular site Angry Asian Man, puxando o protesto. “Isso é uma besteira completa.” Yu foi um dos primeiros a manifestar sua indignação após a seleção dos filmes estrangeiros do Globo de Ouro ser divulgada. Outra foi a cineasta Lulu Wang, que enfrentou o mesmo problema no ano passado quando seu filme “A Despedida” (The Farewell) foi classificado como Filme Estrangeiro no Globo de Ouro. “Eu não vi um filme mais americano do que ‘Minari’ este ano”, tuitou Wang. “É uma história sobre uma família de imigrantes, NA América, perseguindo o sonho americano. Nós realmente precisamos mudar essas regras antiquadas que caracterizam os americanos apenas como base em porcentagem de diálogos em inglês.” As regras de elegibilidade do Globo de Ouro declaram que qualquer filme com pelo menos 50% de diálogos em outros idiomas entra na categoria Língua Estrangeira. Grande parte de “Minari” é falado em coreano, mas há muitos diálogos em inglês, numa história completamente americana. Outros filmes com menos diálogos em inglês já foram considerados americanos anteriormente pelo Globo de Ouro, o que levou alguns comentários a sugerir racismo da parte dos organizadores do evento. Harry Shum Jr (“Caçadores de Sombras”), por exemplo, reparou que “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino, teve apenas 30% de diálogos em inglês, comparados aos textos em alemão e francês e italiano da produção, e não foi considerado Estrangeiro pelo Globo de Ouro. “’Minari’ é um filme americano”, concluiu ele, na comparação. Além disso, “Babel”, de Alejandro Iñárritu , que incluía cinco idiomas diferentes, também foi considerado americano pelo Globo de Ouro em 2007. E não se pode esquecer que o recente “Me Chame pelo Seu Nome” inclui uma quantia considerável de conversas italianas, foi filmado na Itália e tem diretor italiano, mas também foi considerado americano pelo Globo de Ouro em 2018. O roteirista-produtor Phil Lord (“Anjos da Lei”) foi direto ao ponto no Twitter: “A questão, em relação a ‘Minari’ e o Globo de Ouro, não é um descuido. É uma escolha. As regras poderiam e deveriam ter mudado depois do ano passado [por causa de ‘A Despedida’]. Este ano, muitas pessoas argumentaram que ‘Minari’ é um filme americano. Esta é uma decisão cuidadosamente considerada, deliberada e preconceituosa”. Ele acrescentou: “Eu simplesmente não consigo ver porque QUALQUER filme em qualquer idioma seria desqualificado de competir nas categorias de melhor filme. Qual é a razão? ” Daniel Dae Kim (“Hawaii Cinco-0”) escreveu que colocar ‘Minari’ na categoria de Melhor Filme Estrangeiro era o “equivalente, em cinema, a ser xingado ‘volte para seu país’, quando esse país é na verdade os EUA”. Ming Na Wen (“The Mandalorian”) também não ficou feliz. “Isso me irrita em muitos níveis. PAREM COM ESTA ESTUPIDEZ!!”, ela escreveu. “Um filme como ‘Minari’ é o mais americano possível!!! Corrija isso, Globo de Ouro. Especialmente em 2020.” “Só para constar, ‘Minari’ é um filme americano escrito e dirigido por um cineasta americano que se passa na América com um ator principal americano e produzido por uma produtora americana”, tuitou Simu Liu, intérprete de Shang Chi, o Mestre do Kung Fu da Marvel. “… E sem dar spoiler, é uma BELA história de uma família de imigrantes tentando construir uma vida a partir do zero. O que poderia ser mais americano do que isso?” Andrew Phung (“Kim Convenience”) tuitou: “Um lembrete triste e decepcionante de que um filme sobre o sonho americano, ambientado na América, estrelado por um americano, dirigido por um americano e produzido por uma empresa americana, é de alguma forma estrangeiro”. Min Jin Lee, autor de Pachinko, que atualmente está sendo desenvolvido como uma série da Apple, acresentou: “’Minari’ é um filme americano sobre novos americanos. Todos na América, exceto os indígenas, vieram de outro lugar por escolha ou força. A língua inglesa não é uma língua nativa. Chega dessa bobagem sobre os asiático-americanos serem permanentemente estrangeiros. Terminei.” A Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood ainda não se manifestou sobre a polêmica. Veja abaixo o trailer de “Minari”.
Emma Stone vai estrelar série dos diretores de Joias Brutas
A atriz Emma Stone, vencedora do Oscar por “La La Land”, vai se juntar aos irmãos Safdie, diretores de “Joias Brutas”, em sua primeira série de comédia. Produzida para o canal Showtime, “The Curse” vai acompanhar como uma suposta maldição perturba o relacionamento de dois jovens recém-casados. Na trama, eles tentam conceber um filho e co-estrelam um problemático programa da HGTV, um canal de decoração da TV americana (que faz parte do conglomerado Discovery). O elenco também inclui Nathan Fielder (“Nathan For You”) como o marido de Stone e Benny Safdie no papel de produtor do programa da HGTV. Além de estrelar, Emma Stone também vai produzir a atração, por meio de sua empresa Fruit Tree, em parceria com a Elara Pictures, de Josh e Benny Safdie, e o estúdio A24. A empresa de Stone tem um contrato de desenvolvimento com o A24. “A inteligência feroz e sagacidade da incomparável Emma Stone fazem dela a parceira perfeita para as mentes engenhosas dos irmãos Safdie e da comédia subversiva de Nathan Fielder”, disse a vice-presidente do Showtime Amy Israel em comunicado. “Juntos, eles prometem criar uma sátira que é inesperada e profundamente humana. O Showtime continua a brilhar como um farol para cineastas visionários que procuram criar programas ambiciosos e singulares”, completou. “The Curse” marca a mais recente incursão de Stone numa série. Ela também estrelou e produziu a fantasia “Maniac” para a Netflix em 2018. Já os Safdies estreiam na TV, após brilharem nos filmes “Amor, Drogas e Nova York” (2014), “Bom Comportamento” (2017) e “Joias Brutas” (2019).
Astro de The Walking Dead pode se tornar primeiro ator asiático indicado ao Oscar
O ator sul-coreano Steven Yeun, mais conhecido como o Glenn de “The Walking Dead”, pode se tornar o primeiro asiático indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator. O estúdio indie A24 revelou que pretende lançar uma campanha pela indicação de Yeun por seu desempenho no drama “Minari”, que venceu o Festival de Sundance deste ano. Junto com Yeun, o estúdio vai destacar o trabalho de Han Ye-ri na categoria de Melhor Atriz e de seus colegas de elenco, Alan S. Kim, Will Patton e Youn Yuh-Jung, nas categorias de Coadjuvantes. A falta de representação asiática nas categorias de atuação tem sido uma das lacunas mais gritantes na longa história da Academia. Se qualquer um dos atores de “Minari” for nomeado, será a primeira vez que a Academia indicará um coreano em uma categoria de atuação, apesar da vitória de “Parasita” no Oscar deste ano. No filme dirigido por Lee Isaac Chung, Yeun interpreta Jacob, um pai sul-coreano que traz sua família para os EUA, iniciando uma fazenda na década de 1980. Sua luta para vencer os obstáculos comoveu o público e o júri de Sundance, que premiaram duplamente o longa. Mas não é de hoje que Yeun vem chamando a atenção dos festivais. Ele já tinha marcado presença em “Em Chamas”, produção sul-coreana premiada no Festival de Cannes de 2018. Ainda sem previsão de estreia comercial, “Minari” tem 100% de aprovação, em críticas publicadas durante sua passagem por festivais e apuradas pelo site Rotten Tomatoes. Veja abaixo o trailer emocionante da produção.
Scarlett Johansson será nova versão de A Noiva de Frankenstein
A atriz Scarlett Johansson (“Viúva Negra”) vai estrelar “Bride”, filme descrito como uma nova versão de “A Noiva de Frankenstein” (1935). Segundo a sinopse oficial, a trama acompanha uma mulher criada para ser uma esposa ideal, mas que acaba rejeitando seu criador e é forçada a fugir de sua existência confinada, enfrentando um mundo que a vê como um monstro. É a partir desta trajetória que ela encontra sua verdadeira identidade e a força para se afirmar como uma criação própria. “É mais que necessário que a ‘Noiva’ saia da sombra de sua contraparte masculina e fique sozinha”, disse a atriz no comunicado da produção. “Estamos extremamente animados para emancipar esta anti-heroína clássica e reanimar sua história para refletir a mudança que vemos hoje.” A direção está a cargo do chileno Sebastián Lelio, diretor de “Uma Mulher Fantástica”, Melhor Filme em Língua Estrangeira do Oscar 2018. Mas o longa não é a superprodução da Universal, que traria Javier Bardem como uma nova versão de Frankenstein e tentava fechar com Angelina Jolie para o papel da Noiva, antes do fracasso de “A Múmia” (2017) jogar a ideia no lixo. As filmagens serão produzidas pelo estúdio indie A24 visando lançamento na plataforma de streaming Apple TV+, num contrato firmado em 2018, que ainda inclui o novo longa de Sofia Coppola, “On the Rocks”, e o romance adolescente “The Sky is Everywhere”, baseado no best-seller de Jandy Nelson.
Filme premiado com astro de The Walking Dead ganha trailer emocionante
O estúdio indie A24 divulgou o pôster e o trailer de “Minari”, filme que venceu o Festival de Sundance deste ano, conquistando tanto o prêmio do júri quanto do público. A prévia destaca alguns dos elogios à obra do diretor Lee Isaac Chung (“Lucky Life”), que tem impressionantes 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, mas principalmente cenas dramáticas poderosas. Se o vídeo de dois minutos é capaz de emocionar, imaginem a obra completa. Baseado na infância do diretor, o filme acompanha um menino coreano-americano de 7 anos de idade, cuja vida vira de cabeça para baixo quando seu pai decide mudar sua família para a zona rural do Arkansas. O elenco destaca Steven Yeun (o Glenn de “The Walking Dead”), Han Ye-ri (“O Compromisso”), Youn Yuh-Jung (“Sense8”) e o menino Alan S. Kim em sua estreia no cinema. A estreia está marcada para novembro na Europa e ainda não há previsão de lançamento nos EUA e no Brasil.
Zendaya vai viver a cantora Ronnie Spector no cinema
A cantora Zendaya está em negociações avançadas para viver a cantora Ronnie Spector, líder do grupo vocal feminino Ronettes, em uma cinebiografia produzida pelos estúdios A24 e New Regency. A própria Spector escolheu pessoalmente a atriz vencedora do Emmy por “Euphoria” para retratá-la. As duas também vão compartilhar a produção do filme, junto com Marc Platt, que atualmente está produzindo as adaptações para o cinema de “A Pequena Sereia” e “Wicked”. O filme será baseado na autobiografia “Be My Baby”, que Spector escreveu com Vince Waldron, e as negociações com Zendaya acontecem antes mesmo do roteiro começar a ser escrito. Segundo o site da revista Variety, também há negociações paralelas com a vencedora do Pulitzer, Jackie Sibblies Drury, para assinar a adaptação. Refletindo a autobiografia, o filme dará ênfase ao início da carreira da cantora, particularmente à formação do grupo Ronettes, o sucesso comercial com o hit “Be My Baby” e o envolvimento com o produtor Phil Spector, com quem Ronnie acabou se casando. Mas também deverá mostrar o divórcio e a batalha da cantora para recuperar os direitos de suas músicas. Zendaya será visto a seguir na superprodução sci-fi “Duna”, com Timothée Chalamet, e “Malcom & Marie”, drama indie que ela filmou ao lado de John David Washington durante a quarentena – e que foi recentemente vendido para a Netflix por US$ 30 milhões. Relembre abaixo dois grandes hits das Ronettes, com Ronnie ao centro.
Zendaya fica “sem palavras” ao comemorar primeira indicação ao Emmy
Zendaya foi ao Instagram comemorar sua primeira indicação ao Emmy, revelada na manhã desta terça (28/7). Ela vai disputar o troféu da Academia da Televisão na categoria de Melhor Atriz em Série de Drama por seu papel em “Euphoria”, da HBO. “Estou sinceramente sem palavras, meu coração está transbordando de amor e gratidão. Estou tão incrivelmente honrada por trabalhar ao lado de pessoas talentosas que chamo de família”, escreveu a atriz, publicando uma foto em preto e branco dos bastidores da série, que começou chamando atenção pelo tom polêmico, mas logo se tornou um grande sucesso de crítica e público. Ela prosseguiu: “Sou uma pequena peça de um quebra-cabeça bonito e tenho muito orgulho de todos vocês”, disse, referindo-se aos colegas de trabalho. “Obrigado a todos que assistiram e deram vida ao programa, obrigado a (o criador) Sam Levinson, a HB0, ao (estúdio) A24 por tudo e à Academia da Televisão por esse lindo reconhecimento, obrigado, obrigado, obrigado”, finalizou, demonstrando seu entusiasmo pela repetição dos agradeciemntos. Debutante na categoria, Zendaya vai disputar o prêmio com a pesos pesados: Olivia Colman, por “The Crown”, Laura Linney, por “Ozark”, Jennifer Aniston, por “The Morning Show”, e Jodie Comer e Sandra Oh, ambas por “Killing Eve”. A cerimônia de premiação vai acontecer em 20 de setembro. Ver essa foto no Instagram I’m honestly speechless, my heart is just overflowing with love and gratitude. I’m so incredibly honored to work beside the talented people that I get to call family. I am a small piece of a big beautiful puzzle and I’m so proud of all of you. Thank you to everyone out there who’s watched and given our show life, thank you @samlev00 @hbo @a24 for everything and @televisionacad for this beautiful acknowledgment, thank you, thank you, thank you. We out here Emmy nominated y’all!! Uma publicação compartilhada por Zendaya (@zendaya) em 28 de Jul, 2020 às 2:34 PDT
Sob a Pele: Estúdios disputam direitos para transformar sci-fi com Scarlett Johansson em série
Os direitos de uma série baseada no filme “Sob a Pele” (Under the Skin, 2013), que trazia Scarlett Johansson como uma alienígena devoradora de homens, estão sendo disputados pela financiadora do filme, a empresa Silver Reel, e o estúdio A24, responsável pela produção de cinema. O diretor e roteirista Jonathan Glazer desenvolveu a versão cinematográfica de “Sob a Pele” por mais de uma década, baseado-se vagamente num romance de ficção científica homônimo do escritor Michael Faber, publicado em 2000. Mas sua empresa faliu, colocando os direitos da adaptação do filme no mercado para cobrir as dívidas. Silver Reel e A24 estão determinados a transformar a premissa do filme numa série e quem der o lance maior vai produzi-la. A história se passa no norte da Escócia e segue um extraterrestre que viaja pelo interior dando carona a homens, drogando-os e levando-os a um local secreto, enquanto fica nua na tela.
The Green Knight: Terror medieval com Dev Patel ganha primeiro trailer
O estúdio indie americano A24 divulgou o pôster e o primeiro trailer de “The Green Knight”. Em clima de terror medieval e repleto de imagens impressionantes, a prévia oferece uma visão alternativa para a lenda dos Cavaleiros da Távola Redonda. Na trama, Sir Gawain (Dev Patel, de “Lion”) parte em uma jornada para combater uma criatura sobrenatural gigante. O filme tem direção de David Lowery (“Meu Amigo, O Dragão”) e ainda destaca em seu elenco Alicia Vikander (“Tomb Raider”), Joel Edgerton (“O Rei”), Sean Harris (“Missão: Impossível – Efeito Fallout”), Barry Keoghan (“Dunkirk”), Erin Kellyman (“Han Solo”), Kate Dickie e Ralph Ineson (ambos de “A Bruxa”). A estreia de “The Green Knight” está marcada para 29 de maio nos EUA e ainda não há previsão para seu lançamento no Brasil.
O Farol é estudo da natureza humana em forma de terror
Novo trabalho do cineasta Robert Eggers (do ótimo terror “A Bruxa”), “O Farol” acompanha dois faroleiros, um jovem (Robert Pattinson) e um experiente (Willem Dafoe), deixados numa ilha árida e deserta para operarem o farol de lá. A trama se passa no século 19 e, assim como em “A Bruxa”, o diretor adota um ritmo mais lento, mais contemplativo, e constrói a sua narrativa por meio de diálogos retirados de documentos antigos. Visando aproximar-se da época retratada, Eggers optou por filmar com película preto e branco e no formato de tela 1.19:1, dando ao filme a aparência de obra antiga e desgastada. Este formato de tela era comum na época de transição do cinema mudo para o cinema falado. E “O Farol” homenageia esse período, especialmente o cinema expressionista alemão, tanto na imagem quanto no som. Boa parte do início do filme é rodada inteiramente sem diálogos. A ausência de falas, porém, é compensada pela cacofonia de sons diegéticos (o vento, o maquinário, o farol, etc) e extradiegéticos (a trilha sonora marcante). Estes sons servem como pequenos desconfortos que guiarão os personagens por uma lenta espiral de loucura. E Eggers enfatiza essa loucura ao aproximar sua câmera do rosto dos dois atores. Williem Dafoe encarna o experiente faroleiro como alguém satisfeito com a sua função. Ele encontrou o seu propósito e não deseja mais nada para si – por mais que o trabalho tenha lhe custado a família. Já Robert Pattinson oferece um contraponto. Embora fale do seu desejo de se acalmar e morar em um local tranquilo, seu personagem é uma espécie de um tubarão, um ser que precisa estar em constante movimento. O trabalho no farol é provisório, como tudo na sua vida. Não é de se estranhar, portanto, que suas atitudes mudem justamente quando ele passa a se sentir preso naquele lugar. Os planos fechados usados pelo diretor capturam toda a expressividade das atuações, compostas com um exagero proposital e ampliadas pelas sombras que marcam os rostos dos atores. A bela direção de fotografia de Jarin Blaschke (mesmo de “A Bruxa”) faz uso da escuridão para transformar homens em silhuetas e diminuir ainda mais a razão de aspecto da imagem – ampliando, com isso, a sensação de claustrofobia. A fotografia expressionista também serve para ilustrar as dicotomias entre os dois personagens. Enquanto o experiente faroleiro sente um prazer orgástico em ser engolido pela luz do farol, o outro fica relegado às sombras. E tais sombras simbolizam os segredos e a loucura prestes a emergirem. Aos poucos, visões de monstros marinhos se misturam com lembranças e segredos do passado. Realidade e fantasia se confundem até se tornarem indiscerníveis. Capaz de criar imagens belíssimas, como aquela na qual um navio desaparece em meio à névoa, condenando os personagens à solidão, Eggers não está interessado em fornecer respostas fáceis para o público. Seu interesse é em observar como aquelas pessoas reagem às situações extremas em que são colocadas. Quais caminhos eles percorrem quando não há para onde ir. “O Farol” é uma obra que se utiliza de monstros e metáforas para estudar a natureza humana, o trauma, a solidão e a loucura. É também, assim como o trabalho anterior do cineasta, um excelente filme de terror.










