Retrospectiva: Os 50 melhores filmes de 2022
Listar os melhores filmes do ano é sempre uma atividade de mergulho cinéfilo profundo. Afinal, o cinema não se resume aos blockbusters que todo mundo viu. Nem mesmo à sala de cinema propriamente dita, já que alguns filmes fundamentais chegam direto pelo streaming. Além de apresentar os destaques, a seleção abaixo também tem o objetivo de despertar a curiosidade dos leitores para os filmes eleitos, que por ventura não foram vistos em 2022. Por isso, a amplitude de 50 títulos. Um listão para desbravar. Foram considerados apenas filmes lançados comercialmente no Brasil em 2022, tanto nos cinemas como nos serviços digitais. A organização é por ordem alfabética, de “A Lenda do Cavaleiro Verde” a “X – A Marca da Morte”, sem distinção hierárquica ou de gêneros. E para quem quiser conferir melhor, ainda há indicações de onde assistir (se disponíveis em streaming). Siga abaixo. | A LENDA DO CAVALEIRO VERDE | AMAZON PRIME VIDEO, VOD* Em clima de terror medieval e repleto de imagens impressionantes, “A Lenda do Cavaleiro Verde” oferece uma visão alternativa para a fábula dos Cavaleiros da Távola Redonda. Na trama, Sir Gawain (Dev Patel, de “Lion”) parte em uma jornada condenada e cheia de desafios para enfrentar uma criatura sobrenatural gigante, mesmo sabendo que viaja rumo à morte certa, com a esperança de que seja uma morte com honra. O filme tem direção de David Lowery (“Meu Amigo, O Dragão”), especialista em fantasias de visual deslumbrante, e ainda destaca em seu elenco Alicia Vikander (“Tomb Raider”), Joel Edgerton (“O Rei”), Sean Harris (“Missão: Impossível – Efeito Fallout”) e Barry Keoghan (“Eternos”). | A MULHER DE UM ESPIÃO | MUBI O cineasta japonês Kiyoshi Kurosawa alterna sua filmografia entre terrores cultuados e dramas premiados. O novo trabalho pertence ao segundo grupo e conquistou nove prêmios internacionais, inclusive Melhor Direção no Festival de Veneza de 2020. A trama gira em torno da decisão de um comerciante de deixar sua esposa no Japão para viajar até a China no começo da 2ª Guerra Mundial, onde testemunha um ato de barbárie. Suas ações causam mal-entendidos, ciúmes e problemas legais para a mulher. | A MULHER REI | VOD* O épico de ação traz Viola Davis (“O Esquadrão Suicida”) como líder de um exército de guerreiras africanas do século 19 – que foram a inspiração real das Dora Milaje dos quadrinhos e filmes do “Pantera Negra”. Durante dois séculos, as Agojie defenderam o Reino de Daomé, uma das nações africanas mais poderosas da era moderna, contra os colonizadores europeus e tribos vizinhas que tentavam invadir o país, mas sua transformação em personagens de cinema pela diretora Gina Prince-Bythewood (“The Old Guard”) deve mais à ficção dos quadrinhos mesmo, evocando as amazonas de “Mulher-Maravilha”, com todas as cenas de lutas e adrenalina que isso implica. A trama se concentra na relação da general Nanisca (Davis) com uma nova geração de guerreiras, destacando a ambiciosa Nawi (Thuso Mbedu, de “The Underground Railroad”), enquanto combatem lado a lado contra forças escravagistas. Há ainda uma interessante conexão com o tráfico de escravos para o Brasil. Elogiadíssimo, o filme atingiu 95% de aprovação entre a crítica do Rotten Tomatoes e um raro A+ entre o público americano no CinemaScore. E seu elenco ainda destaca Lashana Lynch (“007 – Sem Tempo Para Morrer”), a cantora Angélique Kidjo (“Arranjo de Natal”), Hero Fiennes Tiffin (“After”) e John Boyega (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) como o rei de Daomé. | A PIOR PESSOA DO MUNDO | VOD* A obra mais premiada do dinamarquês Joachim Trier (“Mais Forte que Bombas”), vencedora de 19 prêmios internacionais, indicada a dois Oscars (Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional) e com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, acompanha uma mulher que se aproxima dos 30 anos com uma crise existencial. Vários de seus talentos foram desperdiçados e seu namorado está pressionando para que eles se estabeleçam. Uma noite, ela invade uma festa, conhece um homem charmoso e se joga em um novo relacionamento, esperando encontrar uma perspectiva diferente em sua vida. Elogiadíssima pelo desempenho, a norueguesa Renate Reinsve (“Oslo, 31 de Agosto”) foi consagrada como Melhor Atriz no Festival de Cannes e se tornou assediadíssima por Hollywood para novos projetos. | ADEUS, IDIOTAS | AMAZON PRIME VIDEO, VOD* Esta comédia de humor sombrio foi a grande vencedora do prêmio César, considerado o “Oscar francês”. O longa conquistou ao todo cinco estatuetas na cerimônia de 2021, incluindo Melhor Filme, Direção e Roteiro Original para o cineasta Albert Dupontel. A trama absurda acompanha uma mulher gravemente doente (Virginie Efira, de “Benedetta”) que tenta encontrar seu filho há muito perdido com a ajuda de um burocrata suicida (o próprio Dupontel) e um ativista cego (Nicolas Marié). Os três se aliam após a tentativa de suicídio do burocrata ser confundida com um ataque armado à repartição pública em que se encontram. Com o esvaziamento súbito do prédio cercado pela polícia, os homens decidem ajudar a mulher sem a frieza dos funcionários da instituição que a embarreiravam. | AFTERSUN | MUBI (6/1) O premiado drama britânico acompanha as lembranças de uma mulher chamada Sophie. Ela recorda a alegria e a melancolia de um feriado de verão na Turquia, que passou com o pai 20 anos atrás, quando era criança. Nesse passeio pela memória, eventos reais se misturam a fragmentos e fatos imaginários, enquanto ela busca preencher lacunas e reconciliar a imagem do pai com quem conviveu com as verdades sobre o homem que nunca conheceu. A estreia da diretora Charlotte Wells venceu 15 prêmios internacionais, inclusive nos festivais de Cannes e Deuville, além de concorrer a mais cinco troféus no Spirit Awards 2023 (o Oscar do cinema independente) e render uma indicação a Paul Mescal (“A Filha Perdida”), intérprete do pai, ao troféu de Melhor Ator Europeu do Ano no European Film Awards. | ARGENTINA, 1985 | AMAZON PRIME VIDEO O drama histórico é inspirado na luta real dos promotores Julio Strassera e Luis Moreno Ocampo, que ousaram investigar e processar a ditadura militar da Argentina no ano de 1985. Sem se deixar intimidar pela influência dos militares, que continuava poderosa na nova democracia a ponto de amedrontar os profissionais do Ministério Público, os dois reuniram uma equipe jurídica de jovens, que, sem ter carreira para perder, viraram heróis improváveis na luta contra a impunidade. Sob constante ameaça a si mesmos e suas famílias, eles enfrentaram tudo até trazer justiça às vítimas da junta militar – ao contrário do que aconteceu no Brasil, onde a “anistia” escondeu os crimes da ditadura brasileira. A direção é do premiado Santiago Mitre (“Paulina”) e o elenco repleto de estrelas destaca Ricardo Darín (“O Segredo de Seus Olhos”) e Peter Lanzani (“O Clã”) como Strassera e Ocampo. Premiado nos prestigiosos festivais de Veneza (Itália) e San Sebastián (Espanha), e finalista no Oscar 2023 como representante da Argentina, atingiu 97% de aprovação no Rotten Tomatoes. | ATHENA | NETFLIX Premiado no Festival de Veneza, o filme ultraviolento apresenta uma batalha campal entre os moradores de um subúrbio francês, o Athena do título, e tropas de choque da polícia, após a morte acidental de uma criança gerar uma revolta popular. Visualmente impressionante, o filme é uma extensão dos clipes do diretor Roman Gavras, que já tinha abordado a tensão das periferias no clipe “Stress”, da dupla eletrônica Justice, e mostrado seu forte apuro estético em “Gosh”, de Jamie XX. Para seu longa-metragem, o filho do famoso cineasta político Costa-Gavras (“Z”, “Estado de Sítio”, “Os Desaparecidos”) se juntou ao malinês Ladj Ly, autor do roteiro de “Athena” – que venceu uma prateleira de prêmios com seu longa de estreia, “Os Miseráveis” (2019), também sobre conflito entre polícia e garotos do subúrbio. Opção porrada. | BATMAN | HBO MAX, VOD* A superprodução da Warner Bros. foi uma das maiores bilheterias de 2022. Longo, ambicioso e sombrio, também é o filme que os fãs esperavam que fosse. Nem pior nem melhor, seu tom extremamente sério combina com a abordagem de Christopher Nolan, enquanto o visual expressionista o aproxima do “Batman” de Tim Burton. A maior diferença é que o novo diretor, Matt Reeves, mostra-se mais integrado à visão sinergética do conglomerado, introduzindo vários elementos na trama para multiplicá-los em séries de streaming e na inevitável continuação. Se Robert Pattinson interpreta o primeiro Batman emo, por outro lado demonstra a melhor química com uma Mulher-Gato do cinema, papel desempenhado por Zoe Kravitz com um visual inspirado na Selina Kyle dos quadrinhos de “Batman: Ano Um”. Esta fase, por sinal, é exatamente a época explorada pela trama, antes da fama do herói se solidificar no submundo do crime. O período ainda permite apresentar os demais vilões em seus primeiros passos – e bem diferentes dos quadrinhos – , como um Pinguim mafioso (Colin Farrell) e principalmente um Charada serial killer (Paul Dano), mais perigoso que nas publicações da DC Comics – cometendo crimes tão brutais que tornam este “Batman” nada apropriado para crianças. | BELFAST | VOD* Vencedor do Festival de Toronto e do Oscar de Melhor Roteiro Original de 2022, o novo filme de Kenneth Branagh (“Morte no Nilo”) recria as lembranças da infância do diretor-roteirista na cidade do título durante os anos 1960. Predominantemente em preto e branco, a trama de época é apresentada pelo olhar de um menino de uma família trabalhadora e alterna momentos de nostalgia alegre com cenas de tensão, evocando os sonhos, as músicas e até as séries do período, mas também os perigos da era dos “troubles”, quando enfrentamentos entre nacionalistas que queriam a independência do país e as autoridades leais ao Reino Unido costumavam virar batalhas campais. A tensão da ameaça de confrontos nas ruas e a cobrança constante de posicionamentos políticos levam o pai do menino a considerar mudar-se com a mulher e os filhos para a Inglaterra. Mas essa possibilidade aperta o coração da criança, que não quer separar-se dos avôs que adora e da menina que finalmente começou a reparar nele. O elenco da produção destaca Jamie Dornan (“Cinquenta Tons de Cinza”) e Caitriona Balfe (“Outlander”) como os pais, Judi Dench (“007 – Operação Skyfall”) e Ciaran Hinds (“Game of Thrones”) como os avôs, Lewis McAskie (“Here Before”) como o irmão mais velho e o menino Jude Hill no papel de alter-ego mirim de Branagh em sua estreia no cinema. | BELLE | VOD* Versão futurista da fábula de “A Bela e a Fera”, “Belle” também é uma parábola crítica sobre as farsas da internet e os perigos das redes sociais. A trama gira em torno de uma cantora virtual chamada Belle, que tem sua turnê interrompida no metaverso pela viralização de uma criatura batizada pela mídia de a Fera. Nada, porém, é o que parece, já que Belle é o avatar de uma adolescente “caipira” e pouco popular chamada Suzu, e a criatura misteriosa que surge em seu caminho não é realmente uma ameaça, mas uma vítima de bullying digital e cancelamento. O anime é assinado por Mamoru Hosoda, responsável por “Mirai”, filme indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2019 e diretor de obras cultuadas como “Crianças Lobo” (2012), “Guerras de Verão” (2009) e “A Garota que Conquistou o Tempo” (2006). | BENEDETTA | GLOBOPLAY, VOD* A nova provocação de Paul Verhoeven (“Instinto Selvagem”) é das mais polêmicas de sua trajetória, ao trazer cenas de sexo lésbico e blasfêmias variadas em um convento do século 15. O roteiro de David Birke, que volta a trabalhar com o cineasta após a parceria em “Elle” (2016), é supostamente inspirado na história real de Benedetta Carlini, uma noviça que desde muito cedo foi considerada milagrosa. Seu impacto na vida da comunidade de Toscana é imediato e chama atenção do Vaticano. Mas logo sua pureza é confrontada pela chegada de uma jovem tentadora ao convento, que decide seduzi-la. Segunda produção consecutiva em francês do cineasta holandês, “Benedetta” é estrelada por Virginie Efira (“Elle”) e Daphné Patakia (“Versailles”),...
“Aftersun” vence prêmio de melhor filme independente britânico do ano
O aclamado longa-metragem de estreia da cineasta escocesa Charlotte Wells, “Aftersun”, foi o grande vencedor do BIFA (British Independent Film Awards), principal premiação do cinema independente do Reino Unido. O filme lançado neste fim de semana no Brasil conquistou sete troféus na cerimônia realizada na noite de domingo (4/12) em Londres. Além de Melhor Filme Independente Britânico do ano, também levou os troféus de Melhor Direção, Direção de Estreante, Roteiro, Fotografia, Edição e Supervisão Musical. “Aftersun” acompanha as lembranças de uma mulher chamada Sophie, que recorda a alegria e a melancolia de um feriado de verão com o pai na Turquia, há 20 anos atrás, quando era criança. Nesse passeio pela memória, eventos reais se misturam a fragmentos e fatos imaginários, enquanto ela busca preencher lacunas e reconciliar a imagem do pai com quem conviveu e as verdades sobre o homem que nunca conheceu. A estreia da diretora Charlotte Wells já tinha vencido 15 prêmios internacionais, inclusive nos festivais de Cannes e Deuville, além de concorrer a mais cinco troféus no Spirit Awards 2023 (o Oscar do cinema independente) e ter render uma indicação a Paul Mescal (“A Filha Perdida”), intérprete do pai, ao troféu de Melhor Ator Europeu do Ano no European Film Awards. Outro filme de cineasta feminina se destacou na premiação: “Blue Jean”, de Georgia Oakley, ganhou três prêmios: Melhor Performance Principal para Rosy McEwen (“O Alienista”), Melhor Performance Coadjuvante para Kerrie Hayes (“As Crônicas de Frankeinstein”) e Melhor Roteirista Estreante para a própria cineasta. A premiação ainda destacou Safia Oakley-Green (“The Colour Room”) como de prêmio de Revelação do ano por seu papel em “The Origin”, longa-metragem de estreia de Andrew Cumming, e as atrizes Tamara Lawrance (“Invasão”) e Letitia Wright (“Pantera Negra”) conquistaram o troféu de Melhor Performance Conjunta pelo papel de gêmeas em “The Silent Twins”, de Agnieszka Smoczynska. Já o prêmio de Melhor Filme Independente Internacional ficou com o norueguês “A Pior Pessoa do Mundo”, de Joachim Trier. O BIFA ainda homenageou a atriz Samantha Morton (“The Walking Dead”) com o Prêmio Richard Harris, dedicado às contribuições de sua carreira para o cinema britânico. Veja abaixo o trailer do grande vencedor, “Aftersun”, que pode ser visto atualmente nos cinemas brasileiros.
Estreias: “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” e os melhores filmes pra ver em casa
O multiverso indie chega às locadoras digitais. A programação de filmes da semana destaca o maior “blockbuster” independente do ano: “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, um filme de ação e fantasia que virou unanimidade crítica. Há também a bizarrice biológica de David Cronenberg, um terror tailandês de arrepiar, duas produções brasileiras e vários filmes premiados, com destaque para “A Pior Pessoa do Mundo”, que foi indicado a quase 100 prêmios, entre eles dois Oscars, e venceu 22 vezes. Confira abaixo a sugestão semanal dos 10 melhores lançamentos para programar seu cinema em casa. | TUDO EM TODO O LUGAR AO MESMO TEMPO | VOD* Maior sucesso da História do estúdio indie A24 (de filmes como “Midsommar” e “Ex Machina”), a sci-fi com 95% de aprovação da crítica americana no Rotten Tomatoes conta a história de uma mãe de família exaurida pela dificuldade de pagar seus impostos, quando descobre a existência do multiverso e de muitas versões dela mesma em diferentes realidades. Não só isso: um de seus maridos de outro mundo lhe revela que o destino do multiverso está em suas mãos. E para impedir o fim de todos os mundos, a personagem vivida por Michelle Yeoh (“Star Trek: Discovery”) precisará incorporar as habilidades da totalidade de suas versões para enfrentar Jamie Lee Curtis (“Halloween”) e outras ameaças perigosas que a aguardam em sua missão. O elenco ainda destaca Ke Huy Quan (que foi o menino Short Round de “Indiana no Templo da Perdição”) como o marido de Yeoh, Stephanie Hsu (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) como sua filha e o veterano James Hong (“Aventureiros do Bairro Proibido”), entre outros. Roteiro e direção são dos Daniels, pseudônimo da dupla Daniel Kwan e Daniel Scheinert (ambos de “Um Cadáver Para Sobreviver”), e a produção já é considerada cult. | CRIMES OF THE FUTURE | MUBI A sci-fi bizarra marca a volta do diretor David Cronenberg aos horrores biológicos do começo de sua carreira – e até os efeitos parecem de época, sem nenhum tratamento computadorizado. Centrado em mutações biológicas e performances de arte corporal, o filme chama mais atenção por sua ideias subversivas – frases como “cirurgia é o novo sexo” – e pela ambientação decadente – num futuro em que tudo parece antigo, sem computadores nem celulares – do que pela trama, tão nonsense quanto a de “Videodrome” (1983) e com muitas pontas soltas sem resolução. Nesse futuro onde a tecnologia parece alienígena, as pessoas estão sofrendo mutações espontâneas, com o surgimento de novos órgãos internos. O protagonista, vivido por Viggo Mortensen (“Green Book”), é um performer conhecido por transformar seu corpo em espetáculo, extraindo, com a ajuda da esposa (Léa Seydoux, de “007 – Sem Tempo para Morrer”), suas próprias mutações diante de uma plateia extasiada. Ele também é um assistente voluntário de uma organização burocrática criada para catalogar o surgimento de novos órgãos – e sua biologia única encanta os dois encarregados desse processo, vividos por Kristen Stewart (“Spencer”) e Don McKellar (“Ensaio contra a Cegueira”). Como se não bastasse, secretamente ainda é um informante da polícia. Ele se infiltra entre revolucionários pró-mutação, fingindo permitir que suas performances se tornem plataformas para a próxima fase da evolução humana. | A PIOR PESSOA DO MUNDO | VOD* A obra mais premiada do dinamarquês Joachim Trier (“Mais Forte que Bombas”), vencedora de 19 prêmios internacionais, indicada a dois Oscars (Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional) e com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, acompanha uma mulher que se aproxima dos 30 anos com uma crise existencial. Vários de seus talentos foram desperdiçados e seu namorado está pressionando para que eles se estabeleçam. Uma noite, ela invade uma festa, conhece um homem charmoso e se joga em um novo relacionamento, esperando encontrar uma perspectiva diferente em sua vida. Elogiadíssima pelo desempenho, a norueguesa Renate Reinsve (“Oslo, 31 de Agosto”) foi consagrada como Melhor Atriz no Festival de Cannes. | DOWNTON ABBEY: UMA NOVA ERA | VIVO PLAY, VOD* O segundo filme baseado na série britânica volta a trazer a maioria do elenco original numa trama que é literalmente cinematográfica, por mostrar a produção de um filme na propriedade da família Crawley. Em sua volta às telas, os personagens também embarcam numa viagem de veraneio, após a Condessa de Grantham (Maggie Smith) herdar uma villa na Riviera Francesa – e deixar todos curiosos para descobrir o mistério por trás dessa herança. E além de encher a tela com a paisagem esplendorosa do litoral francês, a trama ainda inclui um casamento. O roteiro é de Julian Fellowes, que conduziu a série de época entre 2010 e 2015, e a direção está a cargo do cineasta Simon Curtis (“Sete Dias com Marilyn”). | A MEDIUM | VIVO PLAY, VOD* Longe de ser um terror hollywoodiano, “A Médium” é uma história assustadora baseada na espiritualidade tailandesa. O diretor Banjong Pisanthanakun é especialista no gênero, responsável pelo sucesso “Espíritos” (2004), que virou franquia, e vários outros horrores made in Thailand. Sua abordagem segue de perto a escola “found footage” (mais “Holocausto Canibal” que “A Bruxa de Blair”), com equipe de (falsos) documentaristas mobilizada para acompanhar um exorcismo com rituais muito diferentes dos apresentados nos terrores católicos. Na trama, Nim, uma importante médium que mora ao norte da Tailândia, percebe comportamentos cada vez mais sinistros em sua jovem sobrinha Mink, indicando que talvez ela esteja sendo possuída por uma entidade maligna ancestral. A médium logo descobre que a jovem é vítima de algo que aconteceu em sua família, muitos anos atrás. E a câmera tremida deixa tudo muito mais realista e arrepiante. | A SUSPEITA | VIVO PLAY, VOD* Glória Pires foi premiada no último Festival de Gramado como Melhor Atriz pelo desempenho neste filme, em que interpreta uma policial diagnosticada com Alzheimer. Enquanto se conforma com sua aposentadoria, a investigação de seu último caso aponta um esquema que pode torná-la suspeita de assassinato. Logo, ela percebe que precisará encontrar o verdadeiro culpado, enquanto luta contra os lapsos de memória e recusa os conselhos de pegar leve. Diretor de novelas da Globo, Pedro Peregrino fez sua estreia no cinema à frente deste thriller policial, que foi escrito por dois roteiristas experientes, Newton Cannito (“Bróder”, “Reza a Lenda”) e Thiago Dottori (“VIPs” e “Turma da Mônica: Laços”), em parceria com a produtora Fernanda De Capua (“Domingo”). | INFLUENCER DE MENTIRA | STAR+ Escrita e dirigida pela atriz Quinn Shephard (“Sol da Meia-Noite”), a comédia segue Danni Sanders (Zoey Deutch, de “Zumbilândia: Atire Duas Vezes”), uma aspirante a escritora que é praticamente invisível, sem perspectivas românticas nem seguidores nas redes sociais. Quando ela decide fingir ser uma influencer digital para alavancar seu status social, simples e inocentes montagens para mostrá-la em Paris viram seu pior pesadelo. Isto porque a capital francesa vira palco de um atentado, transformando Danni na principal personagem da mídia sobre o ocorrido. Acumulando fama e seguidores como sobrevivente fake do ataque mortal, ela se vê enredada numa ficção muito maior que jamais imaginou. O elenco também destaca um irreconhecível Dylan O’Brien (“Amor e Monstros”), bem loiro e tatuado, além de Embeth Davidtz (“The Morning Show”), Sarah Yarkin (“O Massacre da Serra Elétrica”), Brennan Brown (“Chicago Med”) e Karan Soni (“Deadpool”). | MINHAS FÉRIAS COM PATRICK | MUBI A comédia rendeu o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz para Laure Calamy. A história em si é típica do cinema do país, acompanhando uma farsa entre amantes. Calamy vive a professora amante do pai de um de seus alunos, que resolve encontrá-lo “por coincidência” nas férias com a esposa e o filho. O passeio pela locação bucólica, porém, envolve um burro (o animal, não o marido) não muito cooperativo. Vagamente inspirada num conto de Robert Louis Stevenson do final do século 19, “Minhas Férias com Patrick” é o segundo filme dirigido por Caroline Vignal, lançado 20 anos após a estreia da cineasta com “Les Autres Filles” (2000). | A FESTA | MUBI A comédia britânica ironiza a esquerda intelectual com humor ferino e fotografia em preto e branco, mas divide opiniões – talvez porque a esquerda intelectual não tenha gostado de se reconhecer no enquadramento da cineasta Sally Potter (“Ginger & Rosa”). Mesmo quem desdenha, dá o braço a torcer para a interpretação de Patricia Clarkson (“A Livraria”), que rouba as cenas como convidada da festa do título, realizada pela personagem de Kristin Scott Thomas (“O Destino de uma Nação”) para comemorar sua indicação a um cargo político. Clarkson ganhou o BIFA, o prêmio do cinema indie britânico. | BARBA, CABELO E BIGODE | NETFLIX O ex-BBB Lucas Penteado interpreta Richardsson, um jovem que termina o Ensino Médio e entra na fase de descobrir o que fazer com a própria vida. Embora sua mãe (Solange Couto) tenha grandes sonhos para seu futuro, a vontade dele é cortar cabelos no Saigon, salão administrado por ela e que enfrenta crise financeira no bairro carioca da Penha. Sem apoio da mãe, ele busca realizar seu sonho por conta própria, envolvendo-se em várias confusões, enquanto espalha cortes estilosos pelo Rio de Janeiro. A direção é de Rodrigo França (“Como Esquecer um Grande Amor”) e Letícia Prisco (diretora assistente de “Minha Mãe é uma Peça 3”), e o elenco também inclui Juliana Alves, Rebecca, MV Bill, MC Carol, Yuri Marçal, Jeniffer Dias, Sérgio Loroza e Neuza Borges. * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Google Play, Microsoft Store, Loja Prime e YouTube, entre outras, sem necessidade de assinatura mensal.
Oscar 2022 é nesta noite. Conheça os indicados
O Oscar 2022 acontece na noite deste domingo (23/3) no Dolby Theatre em Los Angeles, com apresentação de três comediantes: Wanda Sykes (“The Other Two”), Amy Schumer (“Viagem das Loucas”) e Regina Hall (“Nove Desconhecidos”). Pela primeira vez fora da TV aberta brasileira desde que começou a ser transmitido pela TV Tupi em 1970, o evento poderá ser acompanhado ao vivo, a partir das 20h, pelo canal pago TNT e pela plataforma de streaming Globoplay (que vai abrir o sinal e permitir que o público assista gratuitamente). A lista de indicados à premiação foi revelada em 8 de fevereiro. Entre surpresas e confirmações de expectativas, o filme com o maior número de citações é “Ataque dos Cães”, que disputa 12 prêmios e garantiu um momento histórico para Jane Campion. A cineasta neozelandeza se tornou a primeira mulher a disputar duas vezes o Oscar de Melhor Direção, após ter sido indicada pela primeira vez em 1994, com “O Piano”. Ela ainda concorre na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. “Ataque dos Cães” também é o filme com mais atores na 94ª edição do Oscar. Benedict Cumberbatch foi indicado a Melhor Ator, Kirsten Dunst a Atriz Coadjuvante e Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee entraram juntos na categoria de Ator Coadjuvante. Outro marco foi alcançado por Denzel Washington, ao atingir sua 10ª indicação à honraria máxima do cinema, por seu desempenho em “A Tragédia de Macbeth”. Uma das principais “surpresas” do Oscar apareceu justamente nas categorias de interpretação. Kristen Stewart, no primeiro reconhecimento da Academia americana a seu talento (após já ter vencido um César, o Oscar francês), acabou ficando com a vaga que Lady Gaga dava como quase certa, numa inversão do que aconteceu no prêmio do Sindicato dos Atores. Elogiadíssima pela crítica, a protagonista de “Spencer” tinha sido esnobada pelos colegas no SAG Awards, enquanto a cantora, sem a mesma unanimidade na imprensa, foi considerada pelo Sindicato dos Atores como uma das melhores atrizes do ano pelo risível “Casa Gucci”. Mais uma surpresa positiva foi a presença de Penélope Cruz, que já tinha sido premiada como Melhor Atriz no Festival de Veneza por “Mães Paralelas” – drama espanhol que ainda disputa Melhor Trilha Sonora. Seu marido, Javier Bardem, também foi indicado como Melhor Ator por “Apresentando os Ricardos”, marcando um retorno do casal ao Oscar, após vencerem prêmios como Coadjuvantes. Estas indicações se somam às inclusões do japonês “Drive My Car”, do dinamarquês “Flee” e do norueguês “A Pior Pessoa do Mundo” em mais categorias que a evidente Melhor Filme Internacional para reforçar uma tendência irreversível de internacionalização da Academia. O Oscar, porém, não perdeu de vista seu legado hollywoodiano, representado pela inclusão de Steven Spielberg na disputa de Melhor Direção. O veterano cineasta alcançou uma marca histórica com a indicação, tornando-se o primeiro diretor a concorrer ao prêmio em seis décadas diferentes – nos anos 1970 por “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, nos 1980 por “Os Caçadores da Arca Perdida” e “ET: O Extraterrestre”, nos 1990 por “A Lista de Schindler” e “O Resgate do Soldado Ryan”, nos 2000 por “Munique”, nos 2010 por “Lincoln” e agora por “Amor, Sublime Amor”. Ele já venceu duas vezes. Embora a lista da Academia tenha corrigido supostas distorções da temporada de premiação, graças à Disney acabou criando outra, com a inclusão de “Dos Oruguitas” e não o fenômeno “We Don’t Talk About Bruno” na disputa de Melhor Canção por “Encanto”. O estúdio simplesmente não inscreveu a música mais popular do desenho animado na competição! Em compensação, Beyoncé, Billie Eilish e o veterano Van Morrison foram confirmados com suas respectivas gravações e cantarão no evento. Confira abaixo a lista completa dos indicados ao Oscar 2022. Melhor Filme “Belfast” “Não Olhe Para Cima” “Duna” “Licorice Pizza” “Ataque dos Cães” “No Ritmo do Coração” “Drive My Car” “King Richard: Criando Campeãs” “O Beco do Pesadelo” “Amor, Sublime Amor” Melhor Atriz Jessica Chastain – “Os Olhos de Tammy Faye” Olivia Colman – “A Filha Perdida” Penélope Cruz – “Mães Paralelas” Nicole Kidman – “Apresentando os Ricardos” Kristen Stewart- “Spencer” Melhor Ator Javier Bardem – “Apresentando os Ricardos” Benedict Cumberbatch – “Ataque dos Cães” Andrew Garfield – “Tick, tick… Boom!” Will Smith – “King Richard: Criando Campeãs” Denzel Washington – “A Tragédia de Macbeth” Melhor Atriz Coadjuvante Jessie Buckley – “A Filha Perdida” Ariana DeBose – “Amor, Sublime Amor” Judi Dench – “Belfast” Kirsten Dunst – “Ataque dos Cães” Aunjanue Ellis – “King Richard: Criando Campeãs” Melhor Ator Coadjuvante Ciarán Hinds – “Belfast” Troy Kotsur – “No Ritmo do Coração” Jesse Plemons – “Ataque dos Cães” J.K. Simmons – “Apresentando os Ricardos” Kodi Smit-McPhee – “Ataque dos Cães” Melhor Direção Kenneth Branagh – “Belfast” Ryûsuke Hamaguchi – “Drive My Car” Jane Campion – “Ataque dos Cães” Steven Spielberg – “Amor, Sublime Amor” Paul Thomas Anderson – “Licorice Pizza” Melhor Roteiro Adaptado Sian Heder – “No Ritmo do Coração” Ryûsuke Hamaguchi e Takamasa Oe – “Drive My Car” Denis Villeneuve, Jon Spaihts e Eric Roth “Duna” Maggie Gyllenhaal – “A Filha Perdida” Jane Campion – “Ataque dos Cães” Melhor Roteiro Original Kenneth Branagh – “Belfast” Adam McKay e David Sirota – “Não Olhe Para Cima” Zach Baylin – “King Richard: Criando Campeãs” Paul Thomas Anderson – “Licorice Pizza” Eskil Vogt e Joachim Trier – “A Pior Pessoa do Mundo” Melhor Fotografia Greig Fraser – “Duna” Ari Wegner – “Ataque dos Cães” Dan Laustsen – “Beco do Pesadelo” Bruno Delbonnel – “A Tragédia de Macbeth” Janusz Kaminski – “Amor, Sublime Amor” Melhor Edição Hank Corwin – “Não Olhe Para Cima” Joe Walker – “Duna” Pamela Martin – “King Richard: Criando Campeãs” Peter Sciberras – “Ataque dos Cães” Myron Kerstein e Andrew Weisblum – “Tick, tick… Boom!” Melhor Design de Produção “Duna” “Ataque dos Cães” “O Beco do Pesadelo” “A Tragédia de Macbeth” “Amor, Sublime Amor” Melhor Figurino Jenny Beavan – “Cruella” Massimo Cantini Parrini e Jacqueline Durran – “Cyrano” Jacqueline West e Robert Morgan – “Duna” Luis Sequeira – “O Beco do Pesadelo” Paul Tazewell – “Amor, Sublime Amor” Maquiagem e Penteado “Um Príncipe em Nova York 2” “Cruella” “Duna” “Os Olhos de Tammy Faye” “Casa Gucci” Efeitos Visuais “Duna” “Free Guy” “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” Melhor Som “Belfast” “Duna” “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Ataque dos Cães” “Amor, Sublime Amor” Melhor Trilha Sonora Nicholas Britell – “Não Olhe Para Cima” Hans Zimmer – “Duna” Germaine Franco – “Encanto” Alberto Iglesias – “Mães Paralelas” Jonny Greenwood – “Ataque dos Cães” Canção Original “Be Live”, de Beyoncé Knowles-Carter e Darius Scott – “King Richard: Criando Campeãs” “Dos Oruguitas”, de Lin-Manuel Miranda – “Encanto” “Down To Joy”, de Van Morrison – “Belfast” “No Time to Die”, de Billie Eilish e Finneas O’Connell – “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Somehow You Do”, de Diane Warren -“Four Good Days” Melhor Filme Internacional “Drive My Car” (Japão) “Flee” (Dinamarca) “A Mão de Deus” (Itália) “A Felicidade das Pequenas Coisas” (Butão) “A Pior Pessoa do Mundo” (Noruega) Melhor Animação “Encanto” “Flee” “Luca” “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” “Raya e o Último Dragão” Melhor Documentário “Ascension” “Attica” “Flee” “Summer of Soul (Ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada)” “Writing With Fire” Melhor Curta-Metragem “Ala kanchuu – Take and run” “The Long Goodbye” “The Dress” “On My Mind” “Please Hold” Melhor Curta de Animação “Affairs of the art” “Bestia” “Boxballet” “Robin Robin” “The Windshield Wiper” Melhor Documentário de Curta-Metragem “Audible” “The Queen of Basketball” “Lead Me Home” “Three Songs For Benazir” “When We Were Bullies”
Thriller de ação, comédia nacional e filme do Oscar são destaques nos cinemas
Os cinemas recebem cinco filmes novos nesta quinta (24/3). As distribuições mais amplas são o thriller “Ambulância” e a comédia nacional “Me Tira da Mira”, enquanto os demais são exibidos apenas em circuito limitado. Na véspera do Oscar 2022, que acontece no domingo (27/3), o filme mais importante da semana deveria ser “A Pior Pessoa do Mundo”, mas poucos vão poder vê-lo antes da premiação, em que disputa duas estatuetas, já que estará em cartaz em apenas 20 salas. Confira abaixo todas as estreias, com mais detalhes e seus respectivos trailers. AMBULÂNCIA – UM DIA DE CRIME O novo thriller de ação de Michael Bay (“Transformers”) traz Yahya Abdul-Mateen II (“A Lenda de Candyman”) e Jake Gyllenhaal (“Homem-Aranha: Longe de Casa”) improvisando a fuga de um assalto malsucedido numa ambulância roubada. A produção também destaca Eiza González (“Em Ritmo de Fuga”) como uma paramédica feita refém e todos os tiros e explosões que já espera dos filmes do diretor. Curiosamente, “Ambulância” é o segundo remake consecutivo de thriller dinamarquês estrelado por Gyllenhaal, que está também no recente “O Culpado”, na Netflix. O “Ambulancen” original foi lançado em 2005 e venceu alguns prêmios internacionais. O remake transforma o suspense de baixo orçamento num espetáculo de efeitos explosivos, com roteiro assinado por Chris Fedak, cocriador das séries “Chuck” e “Prodigal Son”, em sua estreia no cinema. A PIOR PESSOA DO MUNDO A obra mais premiada do dinamarquês Joachim Trier (“Mais Forte que Bombas”), vencedora de 19 prêmios internacionais, indicada a dois Oscars (Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional) e com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, acompanha uma mulher que se aproxima dos 30 anos com uma crise existencial. Vários de seus talentos foram desperdiçados e seu namorado está pressionando para que eles se estabeleçam. Uma noite, ela invade uma festa, conhece um homem charmoso e se joga em um novo relacionamento, esperando encontrar uma perspectiva diferente em sua vida. Elogiadíssima pelo desempenho, a norueguesa Renate Reinsve (“Oslo, 31 de Agosto”) foi consagrada como Melhor Atriz no Festival de Cannes. GAROTO CHIFFON A comédia acompanha um ator em crise, atormentado por fracassos românticos e profissionais, que escapa de Paris para encontrar refúgio com sua mãe, encontrando-a um pouco mais invasiva que o esperado. Escrito, dirigido e estrelado por Nicolas Maury, concorreu ao César (o Oscar francês) de Melhor Filme de Estreia. Mas na verdade foi o segundo longa realizado pelo ator da série “Dix pour Cent”. MADRUGADA EM PARIS O ator Vincent Macaigne foi indicado ao César pelo desempenho no novo drama de Elie Wajeman (“Os Anarquistas”) em que vive um médico noturno. Ele cuida de pacientes de bairros vulneráveis, mas também daqueles que ninguém quer ver: os viciados. Dividido entre a mulher e a amante e arrastado pelo primo farmacêutico para um perigoso esquema de receitas falsas, sua vida se torna um caos. ME TIRA DA MIRA A comédia besteirol de Hsu Chien Hsin (“Quem vai Ficar com Mário?”) tem como chamariz seus bastidores em família, já que Cleo (“Mais Forte que o Ódio”) contracena com o irmão Fiuk (“Júlio Sumiu”) e o pai Fábio Jr (“Fala Sério, Mãe!”). Na trama, Cleo é uma policial que, com a ajuda de sua terapeuta, infiltra-se numa clínica new age para investigar uma morte suspeita. Mas o fiapo de história é só desculpa para mostrar uma grande farofa de celebridades, com direito a Gkay (“Detetive Madeinusa”), Viih Tube (“Amiga do Inimigo”), Mel Maia (“Tudo Por um Popstar”), Kaysar Dadour (“Carcereiros: O Filme”), Cris Vianna (“Quem Vai Ficar com Mário?”), Sérgio Guizé (“O Homem Perfeito”), Silvero Pereira (“Bacurau”) e Júlia Rabello (“Confissões de uma Garota Excluída”).




