O jornal americano New York Post publicou com exclusividade nesta terça (2/8) que o filme “Batgirl” foi totalmente descartado pela Warner. Apesar de quase pronto, ele não será lançado nos cinemas nem exibido em streaming.
Segundo as fontes da publicação, as exibições testes para o público foram um desastre completo. O filme teria sido tão mal recebido que o estúdio considerou engavetá-lo para não prejudicar a marca e o universo das produções de Batman.
“Eles acham que a indescritível ‘Batgirl’ não tem remédio”, disse a fonte.
Os sites Deadline, Variety e The Hollywood Reporter confirmaram o engavetamento, que torna “Batgirl” o maior desperdício de dinheiro da história de Hollywood.
O filme supostamente custou US$ 70 milhões para ser produzido – embora a fonte do New York Post afirme que a Warner acabou gastando mais de US$ 100 milhões.
Mas a explicação para o cancelamento é diferente nas publicações voltadas à cobertura de cinema: seria consequência da estratégia da nova administração da Warner, após a fusão com a Discovery, que não quer mais filmes feitos apenas para o streaming, especialmente se podem queimar franquias com potencial cinematográfico.
Apesar de a sinopse não ter sido revelada, o filme deveria contar a história de como a filha do Comissário Gordon se inspirou em Batman para adotar uma identidade secreta e combater o crime.
A personagem-título tinha interpretação de Leslie Grace (“Em um Bairro de Nova York”), marcando a primeira aparição de uma Batgirl negra e latina em qualquer mídia. E o elenco contaria com a volta de J.K. Simomns como James Gordon, revivendo sua participação no DCU (Universo Cinematográfico da DC Comics) após “Liga da Justiça”, além de trazer Michael Keaton como Batman, após retomar o papel no vindouro filme do Flash.
O roteiro era de Christina Hodson, que não brilhou em “Aves de Rapina” e também assina o vindouro filme do Flash. Já a direção foi assinada pela dupla Adil El Arbi e Bilall Fallah (“Bad Boys para Sempre”), que recentemente trabalhou na elogiada série “Ms. Marvel” na Disney+.
O cancelamento acontece após “Batgirl” passar batido, sem nenhuma menção, no painel da Warner durante a Comic-Con Internacional, que aconteceu em San Diego em julho. Já na ocasião, a ausência deste e de outros projetos baseados nos quadrinhos da DC chamou muita atenção.
Outro detalhe importante é que o responsável por autorizar o filme já não está mais na Warner.
Quando era presidente do estúdio, Toby Emmerich encomendou a produção inicialmente para o streaming, mas depois passou a considerar uma exibição cinematográfica, refletindo a mudança de status de “Besouro Azul”, outra adaptação de quadrinhos que também começou como filme da HBO Max e virou prioridade cinematográfica.
Mas Emmerich deixou o cargo em junho para formar sua própria produtora, após a Warner Bros. se fundir com a Discovery. O novo CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav, substituiu o executivo por Michael De Luca e Pam Abdy, ambos ex-MGM, com a missão de focar em lançamentos para o cinema.