A atriz Hayden Panettiere revelou que passou parte de sua adolescência e vida adulta lutando contra o vício em opioides e bebidas alcoólicas. “Eu estava no topo do mundo e arruinei tudo”, ela confessou, em entrevista à revista People.
A ex-estrela de “Nashville” contou que recebia “pílulas da felicidade” desde que tinha 15 anos. Segundo quem lhe entregava, os comprimidos eram para “torna-la animada durante as entrevistas”.
“Eu não tinha ideia de que isso não era apropriado, ou que porta se abriria pra mim quando se tratasse do meu vício”, explicou.
Com o passar dos anos e a chegada de um papel de destaque em “Heroes”, Panettiere continuou consumindo drogas. “Minha salvação é que eu não poderia fazer bagunça enquanto estava trabalhando”, afirmou.
“Mas as coisas ficaram fora de controle [fora do set]. E, à medida que envelheci, as drogas e o álcool tornaram-se algo que eu quase não conseguia viver sem.”
Como se a sua trajetória não estivesse sendo dolorosa o suficiente, a protagonista de “Nashville” enfrentou uma depressão pós-parto após a chegada de Kaya, sua filha com Wladimir Klitschko.
“Nunca tive a intenção de prejudicar a minha filha, mas não queria passar nenhum tempo com ela. Havia apenas essa cor cinza na minha vida”, lamentou Panettiere, que disse também enfrentar crises em seu relacionamento na época.
“Ele não queria ficar perto de mim. Eu não queria estar perto de mim, mas sim com os opioides e o álcool. Eu estava fazendo qualquer coisa para me sentir feliz por um momento”, desabafou. “Mas depois eu me sentiria pior do que antes. Eu estava em um ciclo de autodestruição.”
A atriz acrescentou que o alcoolismo progrediu para um cenário em que ela acordava tremendo de abstinência e “só podia funcionar com goles de álcool”.
Ela também revelou que foi hospitalizada com icterícia. “Os médicos me disseram que meu fígado ia ceder, [e que] eu não era mais uma jovem de 20 anos que poderia simplesmente se recuperar”, afirmou.
Em 2018, Panettiere tomou a decisão de enviar Kaya para a casa do pai, na Ucrânia, enquanto enfrentava os vícios. “Foi a coisa mais difícil que tive que fazer. Mas eu queria ser uma boa mãe – e, às vezes, isso significa deixar os filhos”, disse.
Panettiere passou por processos de reabilitação, terapia e internação no ano passado, mas deixa evidente que a luta continua e que se manter distante das drogas é uma escolha diária.
“Acho que cheguei ao fundo do poço, mas lá há aquele alçapão que se abre. Isso não tem sido fácil e houve muitos altos e baixos. Mas eu não me arrependo nem das piores coisas que aconteceram comigo. Eu me sinto incrivelmente realizada. Sinto que eu tive uma segunda chance.”
Atualmente, Panettiere está reprisando o papel de Kirby Reed na produção de “Pânico 6”.