A presidente da rede ABC, Karey Burke, confirmou as especulações em torno da cerimônia do Oscar 2019, que, após a desistência do comediante Kevin Hart (“Jumanji: Bem-Vindo à Selva”), não terá um apresentador oficial.
Durante o encontro semestral entre executivos da indústria televisiva e imprensa organizado pela TCA (Associação dos Críticos de TV dos EUA), Burke disse que o evento do dia 24 de fevereiro contará com diversas celebridades para apresentar os prêmios, e que há planos para “uma abertura bem emocionante”.
Convidado a ser o anfitrião da premiação, Kevin Hart desistiu de apresentar o Oscar na mesma semana em que aceitou o convite, após o ressurgimento de antigos tuítes de seu passado homofóbico. Recusando-se a se desculpar, porque supostamente já teria feito isso, ele preferiu abandonar o posto a fazer uma postagem simples nas redes sociais.
Karey disse que a decisão de limar o apresentador foi tomada após a “bagunça”, nas palavras dela, envolvendo a saída de Hart.
“Depois disso, ficou muito claro que nós iríamos seguir em frente e simplesmente ter vários apresentadores apresentando o Oscar. Nós todos concordamos com essa ideia bem rapidamente”, explicou.
Ela também reforçou que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza o Oscar, prometeu à ABC no ano passado que a transmissão de 2019 teria apenas três horas – 30 minutos a menos do que nos últimos anos.
“Então os produtores, eu acho, decidiram sabiamente não ter um anfitrião e se concentrar nos apresentadores de prêmios e nos filmes como estrelas”, resumiu Karey, antes de concluir: “Esta é a melhor maneira de manter o evento com 3 horas vigorosas”.
O Oscar já foi realizado sem apresentador oficial anteriormente, nos anos de 1939, 1969, 1970, 1971 e 1989. Mas a última vez foi um desastre, pois para compensar a ausência de um piadista no começo da transmissão, os produtores realizaram um musical de mau gosto, com Rob Lowe e a Branca de Neve protagonizando o pior momento da história do Oscar.