Mulher-Maravilha 1984 tem audiência recorde em streaming nos EUA
Recém-lançada em VOD no Brasil, “Mulher-Maravilha 1984” teve um impacto grandioso em streaming nos EUA, onde foi lançado simultaneamente nos cinemas e na HBO Max. Embora nenhum número tenha sido divulgado oficialmente pela WarnerMedia, após um mês de exibição os primeiros resultados de auditorias independentes começam a vir à tona. Uma pesquisa de público da empresa de pesquisas Screen Engine/ASI descobriu que o filme teve a maior semana de estreia de qualquer filme disponibilizado em plataformas digitais nos EUA em 2020, superando a concorrência direta de “Soul”, animação da Pixar que chegou na Disney+ (Disney Plus) no mesmo dia. A estreia norte-americana aconteceu no Natal e muitas famílias teriam aproveitado o feriado para assistir ao longa da Warner. Quanto a números, a consultoria Nielsen apresentou um relatório contundente, que celebra o recorde de “Mulher-Maravilha 1984” como a maior estreia de filme já medida pelo serviço. Segundo a Nielsen, na semana de 21 a 27 de dezembro, os usuários da HBO Max gastaram 2,25 bilhões de minutos assistindo ao filme da super-heroína. Isso é equivalente a cerca de 14,9 milhões de reproduções completas do filme de 151 minutos. É também 580 milhões de minutos a mais que “Soul” (1,67 bilhões de minutos). Em apenas uma semana. Mesmo assim, não se trata da audiência completa, porque só contabiliza filmes assistidos em aparelhos de TV – deixando de fora computadores, tablets e celulares. Após o lançamento do filme, a HBO Max chegou a comemorar o desempenho, sem revelar muitos detalhes. Entre as afirmações, o serviço disse que metade de seus assinantes assistiram ao longa. A informação é complementada pelo relatório da Screen Engine, que indica que a plataforma aumentou seu número de assinantes em 20% na semana de estreia de “Mulher-Maravilha 1984”. Diante desses revelações, a HBO Max divulgou novo comunicado nesta sexta (29/1), reverberando o bom desempenho. “O impacto da ‘Mulher Maravilha 1984’ na HBO Max não pode ser subestimado”, disse o vice-presidente executivo e gerente geral da plataforma, Andy Forssell. “Como mostram os dados da Nielsen, foi um grande presente de Natal para o consumidor no momento em que ele queria e precisava. Essa parceria com a Warner Bros. é claro que continua ao longo deste ano, mas começou com a chegada da ‘Mulher Maravilha’ no dia de Natal com grande sucesso. ” A Warner, que já tinha definido a estratégia de lançar seus filmes de 2021 simultaneamente nos cinemas e na HBO Max, aperfeiçoou o plano assim que percebeu esse “grande sucesso”, adiantando estreias, enquanto todos os estúdios atrasaram suas títulos para fugir das salas vazias, devido à pandemia de coronavírus. O adiantamento, porém, visa cobrir “buracos” na programação de streaming, de forma a ter pelo menos um grande lançamento de cinema na HBO Max durante todos os meses do ano.
Netflix oficializa Tom Sturridge como Sandman e Gwendoline Christie como novo Lúcifer
A Netflix divulgou o elenco dos primeiros episódios de “The Sandman”, série que adapta a famosa história em quadrinhos escrita por Neil Gaiman nos anos 1980. O próprio Gaiman está à frente do projeto, que terá Tom Sturridge (“Longe Deste Insensato Mundo”) como protagonista. O nome do ator londrino já circulava extraoficialmente há meses, por cortesia do site Collider, que adiantou a escalação em setembro do ano passado. Ele vai viver o personagem-título, também conhecido como Morfeu e Sonho (Dream), um dos Perpétuos. Em inglês, todos os Perpétuos tem nomes começados pela letra D – como Death (Morte), Destiny (Destino), Desire (Desejo), etc. A principal novidade da lista coube à Gwendoline Christie (a Brienne de “Game of Thrones”), que vai interpretar Lúcifer, Rei do Inferno. O personagem aparece brevemente na trama, mas foi uma participação tão impactante que acabou gerando um spin-off nos quadrinhos – que, por sua vez, deu origem à série “Lucifer”. A escalação de Christie significa que “Sandman” não terá crossover com “Lucifer”, apesar de as duas produções serem exibidas pela Netflix. Trata-se de uma oportunidade perdida para apresentar a origem da famosa série. Mas também reflete o fato de que “Lucifer” não tem absolutamente nada a ver com a versão do personagem nos quadrinhos. A escalação de uma mulher para o papel, por sua vez, compartilha uma decisão tomada no filme “Constantine”, quando o anjo Gabriel foi (maravilhosamente) vivido por Tilda Swinton. Aliás, o próprio John Constantine aparece no primeiro volume de “Sandman”, que está sendo adaptado pela Netflix… De todo modo, Lúcifer tem uma participação pequena na trama de “Sandman”, de um ou no máximo dois episódios. Os outros atores apresentados pela plataforma seguem a mesma linha. Vão viver personagens que não passam de figurantes/easter eggs na longa história de “Sandman”. A exceção é Vivienne Acheampong (“Convenção das Bruxas”), que será a versão feminina e negra de Lucian, o chefe da livraria dos Sonhos e mais leal seguidor de Sandman, com presença recorrente nos quadrinhos. Além disso, o pesadelo encarnado por Boyd Holbrook (“Logan”), o Coríntio, destaca-se na trama como antagonista inicial. O detalhe é que o vilão faz parte do Volume 2 da saga. E é nesta altura que surge a irmã favorita do Sonho, a Morte, sugerindo que a personagem deve aparecer ainda na 1ª temporada da série. Sua escalação é uma das mais aguardadas, já que seus desenhos originais foram inspirados pelo visual da cantora Siouxsie Sioux. O elenco divulgado também traz Sanjeeve Bhaskar (“Yesterday”) e Asim Chaudhry (“People Just Do Nothing”) como Caim e Abel. Embora sejam referências bíblicas, os personagens são parte do universo da DC Comics desde os anos 1950, tendo apresentado antologias de terror – e até encontrado Batman, entre outros heróis. Eles são os anfitriões, respectivamente, das histórias da Casa dos Mistérios e da Mansão dos Segredos. A lista se completa com Charles Dance (“Game of Thrones”), que viverá o mágico Roderick Burgess, responsável por capturar o Sonho por equívoco no começo do século 20, dando início aos eventos da série. O próprio Neil Gaiman (“American Gods”) está trabalhando na adaptação com o roteirista Allan Heinberg (do filme da “Mulher-Maravilha”). A produção também inclui David S. Goyer (roteirista de “Batman – O Cavaleiro das Trevas”) como executivo pela Warner Bros. Television. “Nos últimos 33 anos, os personagens do Sandman respiraram, andaram e falaram na minha cabeça”, disse Gaiman, em comunicado. “Estou incrivelmente feliz que agora, finalmente, eles podem sair da minha cabeça e entrar na realidade. Mal posso esperar para que as pessoas possam ver o que temos visto, conforme Sonho e o resto dos personagens ganham carne e osso de alguns dos melhores atores que existem. Isso é surpreendente, e eu sou muito grato aos atores e a todos os colaboradores de ‘The Sandman’ – Netflix, Warner Bros., DC, a Allan Heinberg e David Goyer, e as legiões de artesãos e gênios na série – por transformar o mais louco de todos os meus sonhos em realidade.” Com 11 episódios encomendados, a série de “Sandman” será uma das mais caras adaptações da DC Comics já produzidas. Motivo pelo qual a HBO desistiu de sua produção, deixando a Netflix ficar com a joia dos quadrinhos adultos da WarnerMedia. Ainda não há previsão de estreia. Parece até um sonho… O elenco de Sandman, minha nova série que está sendo produzida com o @neilhimself, já está entre nós. pic.twitter.com/zX15DhRDPv — netflixbrasil (@NetflixBrasil) January 28, 2021
HBO Max desenvolve série de Harry Potter
A plataforma de streaming HBO Max está desenvolvendo a primeira série live-action (com atores) baseada no universo de “Harry Potter”, criado pela escritora J.K. Rowling. O projeto foi revelado pelo site The Hollywood Reporter, após alguns escritores serem sondados para o trabalho. As fontes do THR dizem que ideias gerais foram discutidas e o projeto está em estágio exploratório inicial. O objetivo das primeiras reuniões com roteiristas é encontrar uma premissa que sirva para lançar a série, que, portanto, ainda não definiu se acompanhará os personagens vistos nos filmes, se será uma continuação com os filhos deles ou mesmo um prólogo como “Animais Fantásticos”. Como as conversas estão em estágios extremamente iniciais, nenhum contrato ainda foi firmado. Questionada sobre a produção, a WarnerMedia negou tudo. “Não há série de ‘Harry Potter’ em desenvolvimento no estúdio ou na plataforma de streaming”, disse a empresa em comunicado enviado ao THR. O que não deixa de ser verdade, se contratos não foram assinados. O site, porém, mantém sua versão e aponta que expandir o mundo de “Harry Potter” é uma prioridade para HBO Max e Warner Bros. Há poucos dias, o estúdio mobilizou um executivo, Tom Ascheim, para cuidar especificamente da franquia. Isto só faria sentido diante de planos de crescimento da marca. Ascheim também atua como presidente de produções para crianças, jovens adultos e clássicos da Warner, e se reporta diretamente à chefe da WarnerMedia, Ann Sarnoff. Ao anunciar a nova função de Ascheim na quinta (21/1), a Warner não divulgou nenhum plano contrato para o futuro de “Harry Potter”. O problema para tirar novos projetos do papel é que “Harry Potter” tem complicadas questões de direitos. A escritora J.K. Rowling controla a franquia e tem voz ativa em tudo que envolve a propriedade, e no momento enfrenta crise de popularidade por defender posições transfóbicas em público – e também nas suas obras. Além disso, os filmes do bruxinho estão com a NBCUniversal, que fechou um rico contrato de direitos de sete anos com a Warner Bros por direitos de transmissão na TV paga e no streaming nos Estados Unidos. Esse negócio, que termina em abril de 2025, inclui ainda a exploração de iniciativas digitais, bem como conteúdo e eventos de parques temáticos. Por isso, os filmes passaram apenas brevemente na HBO Max e integrarão a plataforma recém-lançada da NBCUniversal, Peacock, em data a ser determinada ainda este ano. Vale observar também que séries de fantasia demoram geralmente entre três e cinco anos para se materializar. Basta ter, como parâmetro, o spin-off de “Game of Thrones”, na HBO, e a adaptação de “O Senhor dos Anéis” na Amazon. Portanto, qualquer planejamento atual só levaria à produções lançadas após o final do contrato com a NBCUniversal.
Na Mira do Perigo, com Liam Neeson, lidera bilheterias dos EUA pela segunda semana
Liam Neeson é o campeão da ação da pandemia. Ele já tinha liderado as bilheterias por duas semanas em outubro com “Legado Explosivo” e agora domina janeiro com “Na Mira do Perigo”, que chega à sua segunda semana no topo da arrecadação da América do Norte. O faturamento, porém, é baixo. A produção da Open Road rendeu US$ 2,03 milhões no fim de semana, o que totaliza US$ 6,09 milhões em dez dias. Este desempenho fraquíssimo reflete as bilheterias minguadas dos últimos dias, quando nem filmes de grandes orçamentos como “Mulher-Maravilha 2020” (lançada simultaneamente em streaming) e “Monster Hunter” (lançado exclusivamente nos cinemas) tiveram boas arrecadações. Com cerca de um mês em cartaz, “Mulher-Maravilha 2020” fez US$ 35 milhões e “Monster Hunter” US$ 10 milhões nos EUA e Canadá. Apenas a Universal está festejando a temporada. Não apenas por “Croods 2: Uma Nova Era” continuar em 2º lugar nas bilheterias e já somar US$ 41 milhões no mercado doméstico, mas porque este filme e outros relativos sucessos da temporada foram disponibilizados em PVOD (locação digital premium), onde lideram o ranking como os mais alugados, rendendo mais dinheiro para o estúdio que nos cinemas. A conta é simples e todos os grandes estúdios já a fizeram, o que explica os recentes adiamentos anunciados por Sony, Disney, Paramount e MGM. Até a Universal, que venceu a disputa histórica com os exibidores para diminuir a janela de exclusividade para lançamentos nos cinemas (faturando com o PVOD), também teve títulos adiados. Apesar do começo da vacinação, ainda vai demorar para a situação se normalizar e o impacto contínuo da pandemia de coronavírus tende a piorar cada vez mais as finanças dos donos de cinema. A expectativa de quebra-quebra só aumentou com o novo recuo dos estúdios, que desistiram de fazer lançamentos de impacto no primeiro semestre de 2021. O pior é que um novo ciclo de adiamentos não está descartado.
Titãs: Atriz deficiente viverá Barbara Gordon na nova temporada
A produção da série “Titãs” oficializou a intérprete de Barbara Gordon, a Batgirl original, nos episódios da 3ª temporada da atração, que agora será exibida na plataforma HBO Max. Em uma postagem em seu Instagram, a atriz e cantora Savannah Welch finalmente pôde se dizer “honrada” por ter sido escolhida para viver a personagem icônica. Em 15 anos de carreira, ela já apareceu em filmes como “A Árvore da Vida” (2011) e “Boyhood: Da Infância à Juventude” (2014), além da série “Six” (em 2018), mas o papel será seu maior trabalho, além de representar uma segunda chance em sua carreira. Um detalhe da escalação de Welch sugere a forma como Barbara será retratada. A atriz sofreu um acidente em 2016 e precisou amputar uma das pernas, o que interrompeu sua ascensão. Nos quadrinhos, Barbara teve uma longa fase como cadeirante. Ela chegou a aposentar o uniforme de Batgirl quando se viu confinada em uma cadeira de rodas após um ataque do Coringa. Mas superou a restrição especializando-se em informática e virando a Oráculo, fonte de informações cruciais para Batman, além de formar seu próprio grupo de vigilantes femininas, as Aves de Rapina, transformando Canário Negro e Caçadora em suas “pernas”. Welch começou a treinar para lutar numa cadeira de rodas em novembro passado. Sem revelar qual era o trabalho, ela postou um vídeo de seus ensaios com bastão no Instagram, comentando: “Sempre sonhei em treinar para cenas de ação quando tinha as duas pernas, mas em mais de 15 anos de atuação, nunca tive a chance… até agora. Acontece que ‘corpo capaz’ é um termo que podemos redefinir como acharmos adequado”. Veja abaixo. Apesar de registrar a fase cadeirante, a série vai mostrar um desenvolvimento diferente para a personagem. A filha do Comissário Gordon aparecerá no antigo posto do pai, comandando o Departamento de Polícia de Gotham City. Já outra característica importante da evolução da personagem nos quadrinhos foi mantida. A nova versão televisiva de Barbara teve, no passado, um relacionamento amoroso com Dick Grayson (Brenton Thwaites), o Robin/Asa Noturna, que deve gerar faíscas quando os dois se reencontrarem na nova temporada. Este relacionamento existiu nos quadrinhos e os dois até hoje esquentam o clima quando se encontram nas publicações da DC Comics. Savannah Welch será a quarta intérprete de Barbara Gordon nas telas. A personagem surgiu em 1967, quando executivos de televisão encomendaram uma heroína para atrair público feminino para a série “Batman”, que estava perdendo audiência em sua 3ª temporada. Yvonne Craig não só foi a primeira intérprete como também modelo físico para a heroína, que foi integrada aos quadrinhos simultaneamente à sua estreia na série. Apesar de ter se tornado uma das mais populares heroínas da DC Comics, ela só voltou a ganhar carne e osso 30 anos depois, quando Alicia Silverstone vestiu seu capuz em “Batman & Robin” (1997). Finalmente, em 2002, a versão Oráculo de Barbara Gordon estreou na série “Birds of Prey” (lançada no Brasil com o título equivocado de “Mulher Gato”), interpretada por Dina Meyer. A 3ª temporada de “Titãs” ainda não tem previsão de estreia. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Savannah Rose Welch (@savannahwelch) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Savannah Rose Welch (@savannahwelch)
Zack Snyder diz que nova Liga da Justiça será filme de 4 horas
Nas primeiras entrevistas sobre a nova versão de “Liga da Justiça”, após a oficialização do projeto, Zack Snyder disse que o conteúdo poderia ser uma minissérie. Durante o evento DC FanDome, ele anunciou que o lançamento chegaria à plataforma HBO Max com quatro episódios com uma hora de duração cada. Entretanto, ele parece ter mudado de ideia. Em resposta a um fã na rede social Vero, o cineasta afirmou que sua reedição de “Liga da Justiça” será um filme com 4h de duração. “Quatro horas sólidas”, ele escreveu, quando perguntado se a produção seria um longa-metragem desta duração. Vale observar que a resposta curta pode ser apenas um mal-entendido, pois a questão surgiu em meio a outra discussão, a respeito da possibilidade da Warner exibir o conteúdo no cinema. Snyder afirmou que sim. E considerando que o diretor restaurou o formado de IMAX da produção original, o circuito das telas gigantes parece ser o caminho mais natural para a projeção cinematográfica. Além disso, Snyder confirmou que o filme não terá uma cena pós-créditos e que a estreia deve acontecer em março. O filme vai restaurar as cenas filmadas por Snyder e que foram abandonadas quando Joss Whedon assumiu o comando do longa nas refilmagens, aproveitando que o diretor original pediu para se afastar após uma tragédia pessoal. Segundo o cineasta, 80% das imagens nunca foram vistas pelo público.
Na Mira do Perigo: Novo filme de ação de Liam Neeson lidera bilheterias nos EUA
“Na Mira do Perigo” (The Marksman), novo thriller de ação de Liam Neeson, liderou a bilheteria do fim de semana na América do Norte, onde 60% de todos os cinemas estão fechados. A produção da Open Road, que tem estreia marcada para 18 de fevereiro no Brasil, foi o segundo filme de Neeson lançado durante a pandemia. O anterior, “Legado Explosivo”, também abriu em 1º lugar em outubro passado. Curiosamente, ambos foram rejeitados pela crítica. “Na Mira do Perigo” conquistou apenas 33% de aprovação na média do Rotten Tomatoes. O chefe da Open Road, Tom Ortenberg, comemorou os US$ 3,2 milhões arrecadados pelo longa entre sexta e domingo (17/1), dizendo em comunicado que “é uma verdade universal que mesmo em um mercado deprimido existem oportunidades”. “Como ‘Legado Explosivo’, ‘Na Mira do Perigo’ preencheu uma lacuna no mercado. São distribuidores de médio porte como nós que conseguem preencher o vazio e atender às necessidades. Há uma grande sede de produto entre os consumidores e a oportunidade está aí. A competição é leve e podemos comercializar e distribuir filmes por menos dinheiro”. A animação “Os Croods 2: Uma Nova Era”, da Universal/DreamWorks Animation, ficou com o 2º lugar, somando mais US$ 2 milhões para atingir US$ 40,1 milhões após oito fins de semana em cartaz. O desempenho é considerado um sucesso não apenas devido à pandemia, mas principalmente porque o filme já está disponível em PVOD (locação digital premium) nos EUA há quatro semanas. A boa arrecadação de “Os Croods 2” é, na verdade, mundial. Antes mesmo de estrear no Brasil, o desenho já somou US$ 134,8 milhões em todo o mundo. O lançamento nacional só vai acontecer em 25 de março. O Top 3 norte-americano provavelmente se completa com “Mulher-Maravilha 1984”, mas os valores dos ingressos vendidos ainda não foram divulgados pela Warner. O site Box Office Mojo especula que o filme tenha arrecadado US$ 1,9 milhão no fim de semana, elevando seu montante para US$ 36 milhões nos EUA e Canadá desde seu lançamento em 25 de dezembro. Em todo mundo, seriam US$ 135 milhões, bem menos que os cerca de US$ 200 milhões gastos na filmagem. Mas a Warner já anunciou uma continuação, dizendo-se feliz com o resultado do lançamento simultâneo em streaming. A heroína da DC Comics atraiu muitos assinantes novos para a HBO Max, mas esses números também estão sendo mantidos em segredo pela empresa.
Comercial da HBO Max torna filmes inéditos da Warner em atrações de streaming
A HBO Max divulgou um novo comercial, para atrair assinantes para a plataforma, que celebra a programação completa de filmes da Warner Bros. em 2021 como títulos que irá lançar em streaming, simultaneamente aos cinemas nos EUA – e em outros países em que começará a operar neste ano. A decisão polêmica da WarnerMedia azedou as relações do estúdio com os profissionais de cinema e vai cobrar um preço muito maior que os executivos da empresa imaginavam. Neste momento, a Warner realiza reuniões atrás de reuniões com os produtores dos filmes afetados, que não foram avisados antecipadamente sobre esta estratégia. E vai precisar compensar financeiramente todos os parceiros que possuem cláusulas de divisão de lucro de bilheterias pela iniciativa unilateral. Cineastas como Christopher Nolan e M. Night Shyamalan já falaram mal do estúdio publicamente. Nolan chegou a batizar a HBO Max de “pior serviço de streaming” do mundo e sugerir que a Warner traiu o cinema. Mas os cinemas estão inviabilizados pela pandemia de coronavírus. A Warner teria avaliado que 2021 será igual ou pior que 2020, com mais salas fechadas e bilheterias irrisórias. Diante da decisão de adiar tudo para 2022 ou lançar em streaming, optou pela segunda opção e manteve aberta a possibilidade de exibir os filmes nos cinemas que estiverem funcionando. Alguns filmes são caríssimos, como demonstram as primeiras cenas de “Godzilla vs. Kong” e as imagens inéditas de “O Esquadrão Suicida” exibidas no comercial. A lista também inclui “Duna”, “Mortal Kombat” e até “Matrix 4”, num total de 17 títulos previstos para 2021. “Estamos vivendo em uma época sem precedentes que exige soluções criativas, incluindo esta nova iniciativa para a Warner Bros. Pictures Group”, disse a presidente da WarnerMedia Studios, Ann Sarnoff, em comunicado. “Ninguém deseja mais que nós que os filmes voltem às telas grandes. Sabemos que conteúdo inédito é a força vital da exibição cinematográfica, mas temos que equilibrar isso com a realidade de que a maioria dos cinemas nos Estados Unidos provavelmente operará com capacidade reduzida ao longo de 2021. Com esse plano exclusivo de um ano, podemos apoiar nossos parceiros de exibição com um fluxo constante de filmes de nível mundial, ao mesmo tempo que damos aos espectadores, que podem não ter acesso aos cinemas ou não estão prontos para voltar ao cinema, a chance de ver nossos incríveis filmes de 2021.” A WarnerMedia tem planos de expandir o alcance da HBO Max para a América Latina (e o Brasil) já no começo de 2021, de modo que muitos dos 17 títulos de cinema previstos para 2021 também poderão ser vistos simultaneamente em streaming no país.
James Gunn revela começo das gravações da série do Pacificador
O diretor James Gunn, de “Os Guardiões da Galáxia”, anunciou em seu Twitter que começou a gravar a série do Pacificador, derivada de seu vindouro filme do Esquadrão Suicida. No post, o cineasta lembrou que começou a escrever o roteiro do programa de brincadeira, como uma forma de se divertir enquanto trabalhava na edição do filme da DC Comics e no script de “Guardiões da Galáxia Vol. 3” para a Marvel. O primeiro dia de gravação foi na sexta (15/1). Desenvolvida para a plataforma HBO Max, “Peacemaker” será estrelada por John Cena (“Bumblebee”), intérprete do vilão Pacificador no filme “O Esquadrão Suicida”. Produzido por Gunn, Cena e Peter Safran (produtor de “Aquaman”), a atração irá explorar a origem do Pacificador, embora o cineasta aponte que isso não a torna automaticamente um prólogo de “O Esquadrão Suicida”. A série também pode apresentar aparições de outros membros da Força Tarefa X (mais conhecida como Esquadrão Suicida) e tem confirmada a presença do anti-herói Vigilante, que será vivido por Freddie Stroma (“Bridgerton”). O elenco também contará com Danielle Brooks (a Taystee de “Orange is the New Black”), Robert Patrick (até hoje lembrado como vilão T-1000 de “O Exterminador do Futuro 2”), Christopher Heyerdahl (“Van Helsing”), Chukwudi Iwuji (“Cidade Pássaro”), Lochlyn Munro (“Riverdale”), Annie Chang (“Shades of Blue”), Jennifer Holland (“Brightburn: Filho das Trevas”) e Steve Agee (também de “Brightburn”). Os dois últimos aparecerão em “O Esquadrão Suicida”, respectivamente como a agente da NSA Emilia Harcourt e o agente penitenciário John Economos. Com oito episódios, a atração ainda não recebeu uma data de estreia na HBO Max. 5 months ago, while quarantining, I started writing a TV series, mostly for fun, in-between Guardians drafts & cutting #TheSuicideSquad. I wrote the 1st season of #Peacemaker in 8 weeks. & now, here I am, on the 1st day of shooting. Life is surreal. Let’s go (& go safely!) ❤️☮️🕊 pic.twitter.com/dAyAJmwYVB — James Gunn (@JamesGunn) January 15, 2021
Novo filme de Mortal Kombat ganha primeiras fotos
A Warner divulgou as primeiras fotos oficiais de “Mortal Kombat”, reboot cinematográfico da franquia de games. São ao todo nove fotos, que destacam o elenco principal: atores sem trajetória de blockbusters como Ludi Lin (“Power Rangers”), Mehcad Brooks (“Supergirl”), Sisi Stringer (“Colheira Maldita”), Tadanobu Asano (“Midway – Batalha em Alto Mar”), Josh Lawson (“House of Lies”), Jessica McNamee (“Megatubarão”), Max Huang (“Operação Zodíaco”), Chin Han (“Marco Polo”), Hiroyuki Sanada (“Westworld”), Joe Taslim (“Warrior”) e Lewis Tan (“Into the Badlands”). A produção está a cargo de James Wan (diretor de “Invocação do Mal” e “Aquaman”), que contratou o pouco experiente Simon McQuoid para dirigir o longa, a partir de um roteiro desenvolvido por Dave Callaham (“Os Mercenários”) e Oren Uziel (“Anjos da Lei 2”). A franquia já rendeu dois filmes nos anos 1990. O primeiro foi dirigido por Paul W.S. Anderson (franquia “Resident Evil”) em 1995 e é considerada a primeira adaptação bem-sucedida de um videogame. A sequência, “Mortal Kombat: Aniquilação” (1997), ficou a cargo de John R. Leonetti, que por coincidência trabalhou com James Wan como diretor de fotografia de “Invocação do Mal” (2013). Mas o filme foi um fracasso. Depois disso, veio uma série de TV, “Mortal Kombat: Conquest”, com apenas uma temporada em 1998, e a série de streaming de Kevin Tancharoen, “Mortal Kombat: Legacy”, que durou duas temporadas em 2011 e 2012. Antes marcado para janeiro, o filme chegou a sair do calendário, antes de ressurgir com nova data de lançamento, após mudança de estratégia da Warner para enfrentar a pandemia. O novo “Mortal Kombat” vai chegar simultaneamente aos cinemas e na HBO Max em 16 de abril nos EUA. No Brasil, o lançamento está marcado para um dia antes, em 15 de abril – por enquanto, apenas nos cinemas.
The 100: Último episódio vai ao ar no canal Warner
O canal pago Warner exibe nesta quinta (14/1), a partir das 23h40, o último capítulo da série “The 100”. Originalmente baseada na série de livros de mesmo nome, escrita por Kass Morgan, a saga dos últimos sobreviventes da humanidade ganhou rumo próprio desde seu lançamento em 2014, graças às reviravoltas originais criadas pelo showrunner Jason Rothenberg. A trama chega à sua conclusão com novas lutas contra inimigos em diferentes mundos, e inclui até a descoberta de que a Terra não foi completamente destruída como se imaginava. Enfrentando novos e velhos inimigos, traições e a chegada de aliados inéditos, Clarke (Eliza Taylor) continua a lutar para manter seus amigos vivos, nem que tenha que se sacrificar (novamente) por eles. Num vídeo divulgado após o encerramento das sete temporadas de aventuras futuristas nos EUA, Rothenberg fez um balanço positivo da experiência. “Terminar a série e ter luxo de terminar do jeito que queria é uma oportunidade de dizer algo. O jeito que a história termina é como a história precisava terminar”, definiu, justificando o aumento de conflitos, inimigos e mortes na trama. Na despedida, ele também aproveitou para elogiar dois atores em especial, Marie Avgeropoulos (a Otavia) e Richard Harmon (Murphy), que tiveram os arcos de maior evolução, começando de um jeito e terminando de outro completamente diferente durante a produção, além de brilharem com seus desempenhos ao longo de sete temporadas. Intitulado “The Last War”, o capítulo final foi escrito e dirigido por Rothenberg. Veja o trailer dramático do final abaixo.
Intérprete de Ciborgue retoma briga com a Warner pelo filme do Flash
Ray Fisher e a WarnerMedia continuam em clima litigioso, após o ator denunciar abusos nos bastidores das refilmagens de “Liga da Justiça” e exigir uma investigação independente contra atitudes do diretor Joss Whedon e dos produtores Jon Berg e Geoff Johns. Após acusar o presidente da DC Films, Walter Hamada, de tentar acobertar o caso, o intérprete do herói Ciborgue disse que não trabalharia mais em nenhum filme produzido pelo executivo. Assim, a Warner anunciou o corte de sua participação no vindouro filme do Flash. Isto originou uma nova disputa de versões. Fisher publicou um longo texto de duas páginas em seu Twitter na noite de quarta (13/1), em que confirmou ter sido removido do elenco de “The Flash”. “Eu recebi confirmação oficial de que a Warner Bros. decidiu me remover do elenco de ‘The Flash’. Eu discordo fortemente desta decisão, mas não me surpreendo. Apesar do que havia sido noticiado, o envolvimento do Ciborgue em ‘The Flash’ era muito maior do que apenas uma ponta – e embora eu lamente perder a oportunidade de levar Victor Stone de volta às telas, chamar atenção às ações de Walter Hamada se provarão muito mais importantes para o mundo”. A WarnerMedia, a empresa-mãe da Warner Bros., contestou as alegações de Fisher de que ele foi removido do filme, observando que o ator se recusou a participar do longa ao dizer publicamente que não voltaria a trabalhar com Hamada. “No verão passado, Fisher foi convidado a repetir seu papel como Ciborgue em ‘The Flash’”, disse a WarnerMedia em um comunicado. “Dada sua declaração de que não participará de nenhum filme associado ao Sr. Hamada, nossa produção está agora seguindo adiante”. A WarnerMedia também negou ter rompido com Geoff Johns, o ex-chefe dos filmes da DC, que Fisher alegou que estava saindo da empresa após a investigação de suposta má conduta nos bastidores de “Liga da Justiça”. Johns é um dos roteiristas de “Mulher-Maravilha 1984”, criador e showrunner de “Stargirl”, além de produtor de várias séries da DC Comics. “A Warner Bros. continua a fazer negócios com Geoff Johns, que continua a produzir ‘Stargirl’, ‘Batwoman’, ‘Patrulha do Destino’, ‘Superman & Lois’ e ‘Titãs’ para o estúdio, entre outros projetos”, acrescentou a empresa. Fisher tem feito várias alegações por meio das redes sociais, inclusive apontando que a saída de Joss Whedon da vindoura série “The Nevers”, que o cineasta criou para a HBO, teria sido consequência de sua denúncia e da investigação que se seguiu, apesar da suposta resistência inicial de Hamada em lhe dar ouvidos. Hamada não era o chefe da DC Films durante a produção de “Liga da Justiça”. o ex-diretor da New Line assumiu o cargo em janeiro de 2018, dois meses depois do filme implodir nas bilheterias. No entanto, Fisher diz que Hamada tentou acobertar os supostos maus-tratos cometidos por Whedon, que assumiu a cadeira de diretor depois que o cineasta original, Zack Snyder, deixou a produção devido à morte de sua filha. Ele também teria tentado livrar Geoff Johns das acusações. Agora é Ann Sarnoff, presidente e CEO da WarnerMedia Studios and Networks Group, quem se pronuncia contra as afirmações de Fisher. “Acredito em Walter Hamada e que ele não impediu ou interferiu na investigação”, disse Sarnoff em nota. “Além disso, tenho total confiança no processo e nas conclusões da investigação. Walter é um líder respeitado, conhecido por seus colegas e por mim como um homem de grande caráter e integridade. Como eu disse no anúncio recente de extensão do acordo de Walter, estou animada com o caminho que ele está levando a DC Films e ansiosa para trabalhar com ele e o resto da sua equipe para construir o Multiverso DC”. Apesar disso, Fisher não está recuando. Nas redes sociais, ele se ofereceu para “submeter-se a um teste do polígrafo para apoiar minhas alegações contra [Hamada]”. A investigação das alegações de Fisher foi encerrada em dezembro, com a Warner divulgando um comunicado, dizendo que “medidas corretivas foram tomadas”. A impressão, porém, é que apenas Whedon, que disse estar se afastando de “The Nevers” por vontade própria, e o próprio Fisher foram prejudicados.










