Estreias | Percy Jackson, Rebel Moon, Maestro, Resistência e as novidades do streaming
Os 10 destaques da semana em streaming reúnem uma oferta reduzida de séries. São apenas três indicações, incluindo o esperado lançamento de “Percy Jackson e os Olimpianos” e a volta de “What If…?”. Com sete títulos, a seleção de cinema oferece mais variedade, com superproduções sci-fi, a maior bilheteria nacional do ano, o documentário recordista de Taylor Swift e filmes que devem aparecer no Oscar 2024. Confira a seleção de novidades: SÉRIES PERCY JACKSON E OS OLIMPIANOS | DISNEY+ A franquia literária de Rick Riordan vira série após dois filmes decepcionantes na década passada. Mas desta vez acerta em cheio, ao contar com a supervisão do escritor, responsável por tornar a produção bastante fiel à sua obra. A trama gira em torno do personagem-título, um garoto de 12 anos que descobre ser um semideus, filho de um deus grego e de uma mãe humana. Percy Jackson é vivido por Walker Scobbell, revelação do filme “O Projeto Adam” (2022). Ambientada em Nova York, a série inicia com o protagonista enfrentando desafios típicos da adolescência – bullying, dislexia e TDAH – até perceber que consegue ver criaturas estranhas que outros não veem. A narrativa se desenrola rapidamente após um incidente na escola, quando Percy é atacado por sua professora que se transforma em uma Fúria. Ele é resgatado por um caneta mágica dada por outro professor, Sr. Brunner (Glynn Turman), que também não é quem parece ser, e acaba descobrindo que seu amigo Grover (Aryan Simhadri) é um sátiro encarregado de protegê-lo. Levado ao Acampamento Meio-Sangue, ele conhece outros filhos de deuses, incluindo Jason Mantzoukas como Dionísio, diretor do acampamento, e Annabeth (Leah Sava Jeffries), filha de Atena, que se torna uma importante aliada. A trama é impulsionada pela busca do raio de Zeus, levando Percy e seus amigos em uma jornada épica, repleta de desafios mitológicos e criaturas perigosas. Sob a direção de James Bobin (“Alice Através do Espelho”), a narrativa se destaca por oferecer uma visão realista das crianças, equilibrando a aventura com as inseguranças típicas da idade. A produção está a cargo de Jon Steinberg (“The Old Man”) e Riordan, e o elenco também conta com Megan Mullally (“Will & Grace”), Glynn Turman (“A Voz Suprema do Blues”), Jason Mantzoukas (“The Good Place”), Virginia Kull (“NOS4A2”), Timm Sharp (“Juntos Mas Separados”), Lin-Manuel Miranda (“Em um Bairro de Nova York”), Toby Stephens (“Perdidos no Espaço”) e o falecido Lance Reddick (“John Wick”). A CRIATURA DE GYEONGSEONG | NETFLIX mbientada na primavera de 1945, na cidade de Gyeongseong, a nova série sobrenatural reúne dois dos maiores astros da Coreia do Sul, Park Seo-joon (em cartaz em “As Marvels”) e Han So-hee (“My Name”), que se unem pela primeira vez num mesmo projeto. Ele interpreta o homem mais rico de Gyeongseong e proprietário de uma casa de penhores, enquanto ela vive uma detetive famosa por sua capacidade de rastrear qualquer pessoa, até mesmo os mortos. Ambos se cruzam na investigação de casos de desaparecidos, que leva ao hospital onde estranhas experiências são criadas em laboratório. Mas uma vez no interior da instituição, os dois precisão lutar para sobreviver ao se depararem com uma criatura “nascida da ganância humana”. Escrita por Kang Eun-kyung (“Dr. Romântico”) e dirigida por Jeong Dong-yun (“Tudo Bem Não Ser Normal”), a atração combina ação, melodrama e terror, e também traz em seu elenco Wi Ha-joon (“Round 6”), Claudia Kim (“A Torre Negra”), Kim Hae-sook (“A Criada”), Jo Han-chul (“Alerta Vermelho”) e Ji Woo (“Estranhos Íntimos”). Dividida em duas partes, a série conclui com uma segunda leva de episódios em 5 de janeiro. WHAT IF…? | DISNEY+ A série animada em que o Vigia (voz de Jeffrey Wright) explora o multiverso retorna com novas versões alternativas dos heróis dos quadrinhos em sua 2ª temporada. As histórias exploram o que aconteceria se… Nebulosa se juntasse à Tropa Nova, Peter Quill atacasse os heróis mais poderosos da Terra, Hela encontrasse os Dez Anéis, os Vingadores se reunissem em 1602 e outras possibilidades, com direito até a uma trama natalina, focada em Happy Hogan. Um dos atrativos da produção criada por AC Bradley é o envolvimento dos atores do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). Alguns dos principais personagens são dublados por seus intérpretes dos filmes live-action, como Karen Gillan (Nebulosa) Hayley Atwell (Peggy Carter), Cate Blanchett (Hela), Elizabeth Olsen (Wanda Maximoff), Kat Dennings (Darcy Lewis) e Jon Favreau (Happy Hogan). Mas alguns protagonistas tiveram suas vozes substituídas, como Viúva Negra (Lake Bell), Capitão América (Josh Keaton) e, claro, Pantera Negra (que não teve seu intérprete revelado até o momento). São ao todo 9 capítulos, disponibilizados diariamente até o dia 30 de dezembro. E em breve chegam mais, porque “What If…?” já se encontra renovada para seu terceiro ano de produção e ainda ganhará a companhia de uma série derivada, “Marvel Zombies” – ainda sem previsão de lançamento. FILMES SALTBURN | PRIME VIDEO Escrito e dirigido pela vencedora do Oscar Emerald Fennell (“Bela Vingança”), o thriller aristo-gótico mergulha nas complexidades e prazeres ocultos das classes altas da Inglaterra. Situado entre os ambientes elitistas da Universidade de Oxford e a propriedade que dá nome ao filme, a narrativa segue Oliver Quick (interpretado por Barry Keoghan, de “Eternos”), um estudante bolsista de Oxford, que se encontra em um mundo de privilégios e riqueza após ser convidado a passar o verão na mansão de campo Saltburn, propriedade da família de um colega de aula carismático e rico, Felix Catton (Jacob Elordi). Este cenário pitoresco se torna o palco para uma série de eventos que desencadeiam obsessão, ressentimento e vingança. A história de “Saltburn” é uma viagem através da consciência de classe, envolvendo o espectador em uma sátira vívida de “Brideshead Revisited”, com referências à cultura pop dos anos 2000. Oliver entra neste mundo de riqueza e influência, fascinado e ao mesmo tempo deslocado. Ele rapidamente se torna o favorito de Felix, o que gera tensão e inveja entre os outros membros da elite. A estadia em Saltburn revela segredos e verdades ocultas sobre a família Catton, enquanto ele luta para manter sua identidade e moralidade em meio a um ambiente de indulgência e extravagância. Barry Keoghan oferece uma atuação marcante, com um desempenho que equilibra inocência e astúcia. Seu relacionamento com Felix é o coração da trama, explorando temas de obsessão, desejo e manipulação. A cinematografia de Linus Sandgren e a direção de arte de Suzie Davies criam um visual deslumbrante que complementa a narrativa, enquanto performances de destaque de Rosamund Pike (“A Roda do Tempo”), Richard E. Grant (“Loki”) e outros adicionam profundidade e humor ao filme. “Saltburn” se estabelece como uma análise astuta e estilizada das dinâmicas de poder e divisões sociais, marcando mais um sucesso na carreira de Fennell. MAESTRO | NETFLIX Bradley Cooper volta ao mundo da música após o sucesso de “Nasce uma Estrela”, em seu segundo filme como diretor. Desta vez, porém, a trama é biográfica, debruçando-se sobre a figura complexa de Leonard Bernstein, um renomado compositor e maestro americano – mais conhecido pelos brasileiros como o autor da trilha do musical “Amor, Sublime Amor”. Também intérprete do protagonista (com um notável nariz postiço), Cooper opta por uma abordagem não linear, contando a história de Bernstein através de uma série de vinhetas que cobrem diferentes períodos de sua vida. Outro aspecto distintivo da estrutura narrativa é o uso criativo da cor. As cenas iniciais são apresentadas em preto e branco, evocando a estética de fotografias antigas e filmes clássicos, o que confere às imagens um ar nostálgico e histórico. À medida que a história avança, o filme introduz cores, sinalizando mudanças temporais e emocionais na vida de Bernstein. Essa transição é usada de maneira eficaz para destacar a evolução dos personagens e dos tempos. O drama começa com Bernstein em seus anos finais, refletindo sobre sua vida e carreira, o que permite que o filme mergulhe em flashbacks de momentos cruciais de sua trajetória. Essas cenas, que vão desde sua estreia surpreendente na Filarmônica de Nova York até os problemas de seu casamento com Felicia Montealegre, facilitam a exploração tanto dos triunfos quanto dos desafios enfrentados pelo maestro e compositor. Boa parte do enredo se concentra na relação de Bernstein com sua esposa (interpretada por Carey Mulligan, de “Bela Vingança”), que abrange várias décadas, revelando as nuances de um relacionamento marcado pela admiração mútua, mas também por obstáculos decorrentes da sexualidade do compositor e de sua natureza artística expansiva. Mulligan entrega uma performance notável, capturando a evolução da personagem ao longo dos anos. Além disso, o filme utiliza a música para ilustrar os momentos pessoais intensos do protagonista, integrando performances musicais ao enredo de forma orgânica para celebrar a genialidade musical de Bernstein. ACAMPAMENTO DE TEATRO | STAR+ A comédia maluca sobre teatro infantil se passa num acampamento de verão onde monitores criativos, apaixonados e um pouco desequilibrados se juntam durante as férias escolares para ensinar teatro a uma nova turma de crianças. Porém, quando a fundadora do acampamento entra em coma, seu filho desinformado e pretensioso decide entrar em ação para salvar o local da falência, mesmo sem saber nada sobre teatro. Trabalhando em conjunto com os monitores do acampamento e professores excêntricos, ele lança uma missão desafiadora: criar uma peça de teatro genial em apenas três semanas com crianças completamente inexperientes. O filme é baseado num curta de 2020 da atriz Molly Gordon (“O Urso”) e do diretor de clipes Nick Lieberman, casal que faz sua estreia como cineastas na versão ampliada da trama. Além de escrever e dirigir com o namorado, Molly Gordon também estrela “Theater Camp” junto com Jimmy Tatro (“Economia Doméstica”), Ben Platt (“Querido Evan Hansen”), Ayo Edebiri (“O Urso”), Noah Galvin (“The Good Doctor”) e Amy Sedaris (“Ghosted: Sem Resposta”). O elenco e os diretores venceram um prêmio especial (Melhor Conjunto) no Festival de Sundance, durante sua première em janeiro passado, ocasião em que o filme foi coberto de elogios pela crítica e atingiu 86% de aprovação no agregador Rotten Tomatoes. RESISTÊNCIA | STAR+ A nova sci-fi de Gareth Edwards, diretor de “Godzilla” (2014) e “Rogue One: Uma História Star Wars” (2016), é um thriller de ação passado num futuro distópico, marcado pela guerra entre a humanidade e a inteligência artificial (IA). Com efeitos visuais de ponta, o longa se passa após um atentado que fez os EUA banirem todas as IA e acompanha o agente militar Joshua, interpretado por John David Washington (“Tenet”), em uma missão de invasão na Nova Ásia, região onde as IAs ainda são legais, para caçar e matar o Criador, arquiteto elusivo de uma IA avançada com o poder de encerrar as guerras e a própria humanidade. Só que a arma que ele recebeu instruções para eliminar é, na verdade, uma IA com forma de criança. Diante da descoberta – e de alguma reflexão – , ele surpreende ao mudar de lado, enfrentando desafios arriscados para proteger a jovem androide daqueles que querem destruí-la. A obra foi muito elogiada por sua abordagem ambiciosa num gênero frequentemente dominado por sequências e remakes. A narrativa não explora apenas a guerra entre humanos e IA, mas também mergulha em questões éticas e filosóficas, o que rendeu comparações a obras icônicas de ficção científica. De fato, a trama lembra vários outros filmes, evocando desde produções sobre a Guerra do Vietnã (como “Apocalypse Now”) até sci-fis sobre IAs (“IA”) e androides (“Blade Runner”). O roteiro original foi escrito por Edwards e Chris Weitz (também de “Rogue One”) e o elenco ainda conta com Gemma Chan (“Eternos”), Ken Watanabe (“A Origem”), Sturgill Simpson (“Dog: A Aventura de Uma Vida”), Allison Janney (vencedora do Oscar por “Eu, Tonya”) e a atriz mirim estreante Madeleine Yuna Voyles. REBEL MOON – PARTE 1: A MENINA DE FOGO | NETFLIX Zack Snyder, um diretor cujo trabalho frequentemente divide opiniões, conseguiu unanimidade com seu novo longa. A crítica internacional odiou de forma unificada – a aprovação é de apenas 25% no Rotten...
Estreias | Fim de “The Crown”, “Yu Yu Hakushu”, “Nosso Sonho”, “Barbie” e “Fuga das Galinhas 2” chegam ao streaming
Os destaques de streaming da semana contabilizam 5 séries e 10 filmes, com os conteúdos cinematográficos divididos entre 5 lançamentos de serviços de assinatura e 5 estreias de VOD para locação digital. Entre os títulos selecionados, incluem-se os episódios finais da premiada “The Crown”, a estreia de “Yu Yu Hakushu”, o longa inédito “Fuga das Galinhas: Ameaça dos Nuggets”, a chegada de “Barbie” à HBO Max e sucessos do cinema como “Five Nights at Freddy’s” e “Nosso Sonho” em VOD. As novidades também incluem uma plataforma nova, Universal+, que desembarca no Brasil numa parceria com a Vivo TV+ (e disponível apenas para assinantes desse serviço). O Top 15 selecionado pode ser conferido a seguir com maiores detalhes. SÉRIES YU YU HAKUSHO | NETFLIX A série live-action baseada no mangá de mesmo nome acompanha o aliciamento e treinamento de um jovem chamado Yusuke, após morrer e receber a proposta de voltar à vida como um detetive do sobrenatural. Criado por Yoshihiro Togashi (mesmo autor de “Hunter x Hunter”) em 1990, a publicação original foi editada até 1994, mas continuou popular graças ao anime da Toei Animation da mesma época, que além dos episódios exibidos de 1992 a 1995, também gerou dois longas-metragens derivados e séries de OVA (lançadas diretamente em vídeo) – a mais recente é de 2016. A trama segue Yusuke Urameshi, um adolescente delinquente que, após perder a vida em um ato de heroísmo, recebe uma segunda chance de viver como um “Detetive Espiritual”. Neste papel, Yusuke investiga vários casos envolvendo demônios e fantasmas no mundo humano, além de encontrar diversos personagens distintos, inclusive o vilão Toguro, antagonista dos primeiros episódios. Assim como fez com o sucesso “One Piece”, a Netflix decidiu contar a história do mangá desde o começo, antes de chegar à saga do Torneio das Trevas — ponto alto do anime. A produção é de Kaata Sakamoto e Akira Morii, dupla responsável por outra adaptação de anime bem-sucedido da Netflix, “Alice in Borderland”. Já o elenco destaca Takumi Kitamura (“Tokio Revengers 2”) como Yusuke, além de Shuhei Uesugi (“Seguidores”), Kanata Hongo (“Fullmetal Alchemist: A Alquimia Final”), Sei Shiraishi (“Girl Gun Lady”) e Jun Shison (“O Deus do Cinema”). THE CROWN 6 – PARTE 2 | NETFLIX Os seis episódios finais giram em torno da Rainha Elizabeth II, interpretada por Imelda Staunton, enquanto ela luta contra o impacto negativo causado pela morte de Diana, que reforçou a impressão de que a família real perdeu o contato com a população do país. Na despedida da série que começou com sua coroação, Elizabeth reflete sobre seu reinado como a monarca mais antiga da história e a vida que deixou de lado para se tornar rainha – com direito à flashbacks de sua juventude. A prévia também destaca a relação do Príncipe William com seu pai, o então Príncipe Charles (Dominic West), e o começo de seu relacionamento com Kate Middleton, dando início a um novo “conto de fadas” na realeza. A história abrangerá os anos de 1997 a 2005. Nesta fase, Ed McVey, Luther Ford e Meg Bellamy se juntam ao elenco, interpretando os príncipes William, Harry e Kate Middleton, respectivamente. O elenco também inclui Jonathan Pryce (“The Crown”) como Príncipe Philip, Lesley Manville (“Trama Fantasma”) como Princesa Margaret, Olivia Williams (“Meu Pai”) como Camilla Parker Bowles, Claudia Harrison (“Humans”) como a Princesa Anne e Bertie Carvel (“A Tragédia de Macbeth”) como o Primeiro Ministro Tony Blair. REACHER 2 | PRIME VIDEO A 2ª temporada traz o fortão Jack Reacher lutando para proteger os membros de sua antiga unidade do Exército dos EUA, quando eles começam a ser caçados por um assassino. Baseado em “Má Sorte e Problemas”, o 11º livro da série best-seller de Lee Child, os novos episódios trazem o veterano investigador da polícia militar, interpretado por Alan Ritchson, recebendo a informação de que os membros do batalhão de Investigações Especiais, sua antiga unidade do Exército dos EUA, estão sendo misteriosa e brutalmente assassinados. Encerrando seu estilo de vida errante, Reacher volta a se reunir com três de seus ex-companheiros de equipe, vividos por Maria Sten (“Monstro do Pântano”), Serinda Swan (“Inumanos”) e Shaun Sipos (“Krypton”), para ligar os pontos em um mistério onde os riscos aumentam a cada passo e levantar questões sobre quem os traiu – e quem morrerá em seguida. O elenco também inclui Ferdinand Kingsley (“Silo”) como um mercenário conhecido como “fantasma”, Robert Patrick (“Pacificador”) como o chefe de segurança de uma empresa privada de defesa com histórico questionável, e Domenick Lombardozzi (“Tulsa King”) como um detetive durão da polícia de Nova York. A série foi desenvolvida por Nick Santora (criador de “Scorpion”) e ainda conta com a participação do cineasta Christopher McQuarrie, que dirigiu os filmes do personagem (estrelados por Tom Cruise), como produtor. POKER FACE | UNIVERSAL+ A única série inédita da mais nova plataforma de streaming do país é a primeira atração televisiva criada por Rian Johnson, o cineasta de “Star Wars: Os Últimos Jedi” e “Entre Facas e Segredos”. Além de ter concebido a série, Johnson escreveu os roteiros, dirigiu os episódios e assina a produção, que é estrelada por Natasha Lyonne (de “Orange Is the New Black” e “Boneca Russa”) no papel de uma detetive particular excêntrica, chamada Charlie Cale. Ela está em fuga de um criminoso perigoso (Benjamin Bratt, de “Star”) e, a cada parada de sua jornada, depara-se com uma “galeria de personagens desonestos” diferente, sentindo-se compelida a corrigir injustiças quando seu superpoder secreto dispara – uma habilidade extraordinária de determinar se alguém está mentindo. O elenco grandioso de suspeitos, vítimas e testemunhas da 1ª temporada inclui Simon Helberg (em sua primeira série desde o final de “The Big Bang Theory”), Jameela Jamil (“Mulher-Hulk”), Joseph Gordon-Levitt (“Super Pumped: The Battle for Uber”), Chloë Sevigny (“Os Mortos Não Morrem”), Dascha Polanco (“Orange Is the New Black”), Lil Rel Howery (“Free Guy”), Adrien Brody (“A Crônica Francesa”), Stephanie Hsu (“Maravilhosa Sra. Maisel”), David Castañeda (“The Umbrella Academy”), Nicholas Cirillo (“Outer Banks”), Tim Meadows (“Os Goldbergs”), Niall Cunningham (“Life in Pieces”) e Ellen Barkin (“Animal Kingdom”). Sucesso de público e crítica nos EUA, a atração encontra-se renovada para a 2ª temporada. CAROL E O FIM DO MUNDO | NETFLIX A animação adulta se passa dias antes do apocalipse. Com um planeta misterioso avançando em direção à Terra, a extinção é iminente e inevitável. Enquanto a maioria da população pede demissão para perseguir os seus sonhos mais loucos, uma mulher quieta e sempre desconfortável se vê sozinha e perdida entre as massas hedonistas. Tudo o que Carol quer é continuar sua rotina. Entretanto, todos a sua volta querem que ela busque o sentido de sua existência. A série é criação de Dan Guterman (roteirista de “Community” e “Rick & Morty”), que a descreve como “uma carta de amor à rotina”, onde a protagonista serve de metáfora para o conforto da monotonia. Uma comédia animada e existencial sobre os rituais diários que preenchem as lacunas que constituem uma vida, enquanto todas as vidas se prepararam para acabar. A atriz Martha Kelly (“Baskets”) dupla a personagem principal na versão original em inglês. FILMES BARBIE | HBO MAX A maior bilheteria de cinema do ano chega à HBO Max na mesma semana em que liderou as indicações aos prêmios Globo de Ouro e Critics Choice. Sucesso de público e crítica, a comédia inspirada de Greta Gerwig (“Adoráveis Mulheres”) reinventa a icônica boneca como uma figura filosófica que enfrenta uma crise existencial no mundo idealizado e rosa das bonecas perfeitas. Margot Robbie (“O Esquadrão Suicida”) tem o papel da Barbie Estereotipada que, após uma festa na casa de praia, começa a questionar a perfeição de sua existência, embarcando numa jornada de autodescoberta. No mundo de Barbie, tudo é pré-definido para funcionar perfeitamente: as Barbies ocupam todos os possíveis cargos de trabalho, de juízas do Supremo Tribunal a cientistas, enquanto os Kens, incluindo o Ken Estereotipado interpretado por Ryan Gosling (“La La Land”), existem apenas para servir às suas contrapartes femininas. Quando a Barbie principal percebe que algo está errado – seu café da manhã queima, o leite está vencido, e seus pés arqueados se tornam chatos – ela busca a ajuda da Barbie Estranha, interpretada por Kate McKinnon (“Caça-Fantasmas”), que a manda ao mundo real em busca da garota que possui sua versão da boneca. Ao chegar lá na companhia de Ken (Ryan Gosling), Barbie enfrenta a realidade de uma sociedade ainda desequilibrada em relação aos direitos e papéis de gênero. E sem saber influencia Ken a realizar um golpe de estado na Barbilândia. A obra aborda de forma bem humorada e ao mesmo tempo séria questões de feminismo e patriarcado. Gerwig e seu Ken da vida real, o co-roteirista e marido Noah Baumbach, criam uma narrativa que diverte enquanto provoca reflexão. Reforçado por um elenco estelar – Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”), Helen Mirren (“A Rainha”), Simu Liu (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”), Alexandra Shipp (“X-Men: Fênix Negra”), Kingsley Ben-Adir (“Invasão Secreta”), Emma Mackey (“Sex Education”), Michael Cera (“Scott Pilgrim Contra o Mundo”), Issa Rae (“Insecure”), Ncuti Gatwa (“Sex Education”) e até a cantora Dua Lipa – , o filme questiona identidade, estruturas sociais e sexismo, provando que histórias importantes e inspiradoras podem surgir das franquias mais improváveis. FUGA DAS GALINHAS: A AMEAÇA DOS NUGGETS | NETFLIX A continuação da animação clássica “A Fuga das Galinhas” (2000) mostra uma inversão na trama. Grande sucesso de crítica e maior bilheteria de uma animação em stop-motion de todos os tempos, “A Fuga das Galinhas” contava a história de um grupo de galinhas que tentava fugir de uma granja para não virar torta. Na continuação, os protagonistas Rocky e Ginger agora vivem em um santuário longe dos humanos e tem uma filha, Molly. Tudo vai bem até que a adolescente rebelde resolve desafiar os pais e conhecer o mundo fora de sua ilha, onde acaba aprisionada e enviada para a nova versão da terrível granja da Sra. Tweedy, agora especializada em nuggets. Com isso, Ginger é forçada a colocar as galinhas de volta à ação, desta vez não para fugir, mas para invadir a granja. O primeiro longa foi assinado pelos lendários inovadores do stop-motion da Aardman, Peter Lord (“Piratas Pirados!”) e Nick Park (“Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais”), que agora trabalham apenas como produtores. A direção do novo longa é de Sam Fell (“ParaNorman”), que estreia no estúdio britânico Aardman após brilhar no americano Laika – os dois estúdios são os mais proeminentes da animação stop-motion em todo o mundo. Sem os dubladores originais, que incluíam Julia Sawalha (“Absolutely Fabulous”) e Mel Gibson (“Coração Valente”), as vozes de Ginger e Rocky são dubladas em inglês por Thandiwe Newton (“Westworld”) e Zachary Levi (“Shazam!”), enquanto a filha do casal tem a voz de Bella Ramsey (“Last of Us”). Apenas a Sra. Tweedy, que retorna com novo visual rejuvenescido, mantém sua velha voz, dublada por Miranda Richardson (da franquia “Harry Potter”) como no primeiro longa. SUNDOWN | PARAMOUNT+ Em seu segundo filme em inglês, o mexicano Michel Franco volta a trabalhar com o ator inglês Tim Roth (“Os Oito Odiados”), a quem já tinha dirigido em “Chronic”, lançado em 2015. A trama acompanha uma família rica em férias no litoral mexicano. Em meio à viagem relaxante, eles se veem obrigados a retornar para casa devido a uma situação urgente, mas o protagonista Neil, interpretado por Roth, finge perder seu passaporte para permanecer. E logo deixa claro sua relutância em se reunir com a família, apesar das preocupações contínuas expressas por sua irmã Alice (a francesa Charlotte Gainsbourg, de “Ninfomaníaca”). O enredo se desenvolve em torno das decisões de Neil e das consequências de sua escolha em permanecer em Acapulco. Ele inicia um relacionamento casual com uma mulher local, Berenice (a mexicana Iazua Larios, de “Apocalypto”), e se entrega a uma rotina tranquila na praia. Mas enquanto o público é convidado a refletir sobre as...
Estreias | Indiana Jones, Trolls, Scorsese e as novidades de streaming da semana
A lista de estreias de streaming da semana reúne sete filmes e três séries novas. A relação destaca longas que estiveram recentemente nos cinemas, de blockbusters como “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” e “Trolls 3: Juntos Novamente” ao conceituado “Assassinos da Lua das Flores”. Mas também há produções inéditas, como “O Mundo Depois de Nós”, além de três obras brasileiras de cinema e TV. Confira abaixo o Top 10 das dicas. FILMES ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES | VOD* O novo épico de Martin Scorsese (“O Irlandês”) desvenda a história real dos assassinatos da Nação Osage no início do século 20, quando várias mortes ocorreram após descobertas de grandes depósitos de petróleo nas terras indígenas em Oklahoma. A narrativa segue Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio), que se muda para Fairfax, Oklahoma, na década de 1920, para viver com seu tio, William Hale (Robert De Niro), conhecido como King Bill Hale, um influente pecuarista local. Sob a manipulação de seu tio, Ernest se envolve com Mollie (Lily Gladstone), uma mulher Osage, com o objetivo sombrio de herdar os direitos lucrativos de petróleo de sua família, caso os membros de sua família morram. O drama se intensifica à medida que membros da família de Mollie são assassinados um a um, destacando uma trama maior de ganância e exploração. A complexa rede de mentiras e corrupção é revelada gradualmente, com o envolvimento de vários membros da comunidade que, silenciosamente, consentem ou contribuem para os crimes. A interpretação de Gladstone como Mollie, que enfrenta a dor insuportável da perda enquanto descobre a verdade sobre seu marido e a conspiração em andamento, tem sido apontada como garantida no Oscar 2023. A colaboração entre Scorsese e seus dois atores favoritos, DiCaprio e De Niro, juntos pela primeira vez num filme do cineasta – após estrelarem separadamente suas obras mais famosas – é um atrativo à parte. E suas cenas são a base da história envolvente, roteirizada por Eric Roth (vencedor do Oscar por “Forrest Gump”) e baseado no livro homônimo de David Grann, que mistura crime verdadeiro com elementos de faroeste e consegue prender a atenção do espectador ao longo de suas quase 3 horas e meia de duração. Tão surpreendente quanto a extensão do filme só a vitalidade do diretor de 80 anos, que descobriu um novo terreno visual e dramático para se expressar, mergulhando pela primeira vez nos vastos espaços abertos e na atmosfera dos bangue-bangues clássicos para criar seu primeiro western, com indígenas, pistoleiros, fazendeiros corruptos e homens da lei. A decisão de filmar em locais autênticos em Oklahoma, proporcionando um pano de fundo realista e engajando comunidades locais no processo, aumenta a autenticidade e a riqueza visual e cultural da produção, que merecidamente arrancou elogios em sua première no Festival de Cannes e atingiu 96% de aprovação no agregador de críticas Rotten Tomatoes. INDIANA JONES E A RELÍQUIA DO DESTINO | DISNEY+ A despedida de Harrison Ford do papel de Indiana Jones decepcionou nas bilheterias – como quase tudo que a Disney lançou em 2023 – , mas é uma aventura empolgante, que entrega o que os fãs esperam da franquia. A trama começa com uma impressionante sequência de flashback, ambientada em 1944, que apresenta um Indy mais jovem, graças à tecnologia de rejuvenescimento digital, enfrentando nazistas para se apossar de um artefato crucial, a Antikythera de Arquimedes – um dispositivo de cálculo celestial que no filme tem poderes extraordinários. A história então avança para 1969, onde o agora idoso Dr. Jones, perto de se aposentar e vivendo em um apartamento decadente em Nova York, se vê envolvido em uma última aventura ao lado de Helena (Phoebe Waller-Bridge), a filha de seu falecido parceiro Basil (Toby Jones), e numa corrida com o cientista nazista Jürgen Voller (Mads Mikkelsen) pela tal relíquia. Dirigido por James Mangold (“Logan”), o filme leva Indy e seus aliados a uma série de locais exóticos, incluindo as estreitas ruas de Tânger e a tumba de Arquimedes na Sicília, cheia de quebra-cabeças à la “Código Da Vinci” e um segredo que desafia a física. O elenco de apoio inclui o retorno de algumas figuras queridas da franquia e a adição de novas, como a personagem de Waller-Bridge, Helena, que desempenha um papel significativo na trama. A história também encontra uma maneira de amarrar as pontas soltas de personagens antigos que haviam desaparecido sem explicação. Mesmo que não seja um clássico como os primeiros longas, sua combinação de nostalgia e ação vibrante proporciona uma despedida digna ao herói – além de superar o capítulo anterior, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, de 2008. TROLLS 3: JUNTOS NOVAMENTE | VOD* Em sua volta às telas, Poppy e Tronco, os personagens dublados em inglês por Anna Kendrick (“A Escolha Perfeita”) e Justin Timberlake (“O Preço do Amanhã”), são oficialmente um casal, apelidado de Troppy. Mas conforme ficam mais íntimos, Poppy descobre que Tronco tem um passado secreto: ele já fez parte da boyband favorita dela, BroZone, com seus quatro irmãos Floyd, John Dory, Spruce e Clay. Eles se separaram quando Tronco ainda era um bebê, assim como a família, e Tronco não vê seus irmãos desde então. Mas quando Floyd, é sequestrado, Tronco e Poppy embarcam em uma jornada emocionante para reunir os outros irmãos e resgatá-lo de um destino ainda pior do que a obscuridade da cultura pop. O detalhe é que essa historia é embalada por uma música do ‘N Sync, a boyband nada secreta do passado de Justin Timberlake, que voltou a gravar junta, 20 anos após sua separação, especialmente para a trilha sonora do filme. A animação também conta com a volta do diretor Walt Dohrn e com um elenco de dubladores que combina cantores e atores, como Camila Cabello (“Cinderella”), Eric André (“The Righteous Gemstones”), Amy Schumer (“Descompensada”), Andrew Rannells (“Um Pequeno Favor”), Troye Sivan (“The Idol”), Daveed Diggs (“Expresso do Amanhã”), Zooey Deschanel (“New Girl”), Kid Cudi (“Não Olhe para Cima”) e Anderson Paak (“Grown-ish”). MEU NOME É GAL | VOD* A cinebiografia aborda a vida da icônica cantora Gal Costa, focando os anos de 1966 a 1971, que marcam a transformação da tímida Gracinha, que se muda de Salvador para o Rio de Janeiro, na renomada tropicalista. Dirigido por Dandara Ferreira (que escreveu e dirigiu a série documental “O Nome Dela É Gal”) e Lô Politii (“Alvorada”), a produção abre com uma cena do show “Fa-Tal” em 12 de outubro de 1971 e, a partir daí, retrocede para mostrar a chegada de Gal ao Rio de Janeiro e seu reencontro com figuras importantes como Caetano Veloso (Rodrigo Lelis), Gilberto Gil (Dan Ferreira) e o empresário Guilherme Araújo (Luis Lobianco). Dando um show verdadeiro no papel principal, Sophie Charlotte não apenas atua, mas também canta as canções no longa. Para fãs de Gal e da geração da Tropicália, a obra oferece cenas antológicas, que recriam a fase mais rebelde da cantora. Entretanto, a apresentação desconexa de eventos prejudica a narrativa, contexto e até a compreensão da história para quem não é iniciado. A relação de Gal com sua mãe, interpretada por Chica Carelli, e com outros personagens importantes, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, é pouquíssimo desenvolvida. Além disso, a participação de Maria Bethânia, interpretada pela codiretora Dandara Ferreira, é tão breve que nada acrescenta à trama. Na comparação com outras cinebiografias musicais brasileiras, o longa se destaca por evitar os clichês mais comuns, focando-se em um período específico e crucial na carreira de artista, em vez de passar correndo por toda a sua vida. Embora nem assim consiga aprofundar questões importantes, a luta por autonomia da cantora ganha destaque, explorando suas relações e desafios em um período turbulento da história brasileira. Além disso, o filme confirma Sophie Charlotte como uma das melhores atrizes brasileiras da atualidade. Podem esperá-la nas premiações de melhores do ano. O MUNDO DEPOIS DE NÓS | NETFLIX O thriller psicológico, que mergulha nas profundezas de um apocalipse iminente, é uma viagem tensa e sombria pelos medos contemporâneos, desde a dependência da tecnologia até a desintegração social. A narrativa segue Amanda (Julia Roberts) e Clay (Ethan Hawke), um casal do Brooklyn que busca uma pausa da rotina agitada, levando seus filhos para uma casa de campo em Long Island. A tranquilidade é interrompida pela chegada inesperada do proprietário da casa (Mahershala Ali) e sua filha, que buscam refúgio após um apagão em Nova York. O que começa como uma comédia de costumes, rapidamente se transforma em um cenário maior e mais ameaçador, onde a falta de comunicação e estranhos fenômenos naturais sugerem um desastre global. Baseada no best-seller de Rumaan Alam, a filmagem de Sam Esmail, conhecido como criador de “Mr. Robot”, utiliza técnicas visuais complexas para contar a história, oferecendo respostas concretas às ambiguidades do livro. A adaptação se aprofunda nas tensões raciais e nas divisões de classe, mas estes temas são relevados conforme as famílias enfrentam ameaças desconhecidas. Marcada por uma crescente sensação de desastre, alimentada pela incapacidade de comunicação, o filme oscila entre o suspense e uma observação aguda da malaise contemporânea, destacando-se pelas atuações de Roberts e Ali, que entregam monólogos longos e perturbadores. O PRIMEIRO NATAL DO MUNDO | AMAZON PRIME VIDEO A comédia brasileira gira em torno da família Pinheiro Lima, cuja vida é virada de cabeça para baixo quando um dos filhos deseja que o Natal desapareça. Esse pedido inusitado é atendido, gerando uma série de confusões para todos. O elenco é liderado por Lázaro Ramos (“Ó Pai Ó 2”) como Pepê, um professor de história viúvo e pai de duas filhas, e Ingrid Guimarães (“De Pernas pro Ar”) como Tina, sua esposa, uma chef de cozinha divorciada e mãe de dois filhos. Juntos, eles embarcam em uma jornada para restaurar a data, suas tradições e o verdadeiro significado do Natal. A produção se diferencia ao focar no Natal no Brasil, um aspecto raramente explorado em produções de streaming do gênero – uma das raras exceções é “Tudo Bem no Natal que Vem”, com Leandro Hassum. Por isso, a comédia busca não só entreter, mas também colocar em destaque símbolos e valores culturais do Brasil na trama. Com direção de Susana Garcia (“Minha Mãe É uma Peça 3”) e Gigi Soares (“Novela”), o longa também destaca no elenco Fabiana Karla, Igor Jansen, Theo Matos, Valen Gaspar, Yasmin Londuik, Stella Miranda, Cézar Maracujá, Wilson Rabelo e uma participação especial de Rafael Infante. THE ARCHIES | NETFLIX Esse projeto curioso é uma versão indiana de “Riverdale”, que se passa nos anos 1960, é embalada pela música da época e vem com diversas coreografias sincronizadas para confirmar sua procedência de Bollywood. De forma surpreendente, os quadrinhos da Archie Comics são bastante populares na Índia. E, pelo visto, os desenhos animados também, já que a década escolhida para a ambientação do filme é a mesma da época em que a versão animada dos personagens estourou nas paradas de sucesso, com a gravação de “Sugar Sugar”. O teaser traz algumas referências dos quadrinhos clássicos, que também podem ser vistas em “Riverdale”, como o icônico restaurante Pop Tate’s. Outra curiosidade é que os personagens mantém os mesmos nomes americanos com que se tornaram conhecidos. O longa tem direção de Zoya Akhtar (“Gully Boy”) e foi escrito por Kagti, Akhtar e Ayesha DeVitre (“Kapoor & Sons”). E, com a exceção de Mihir Ahuja (“Candy”), intérprete de Jughead Jones, o elenco central é composto por atores iniciantes. SÉRIES AMERICAN HORROR STORIES 3 | STAR+ Criada pelos mesmos idealizadores de “American Horror Story”, Ryan Murphy e Brad Falchuck, a série derivada se diferencia da anterior por apresentar uma história de terror diferente a cada episódio – em vez de uma trama única por temporada como a atração que a originou. Na 3ª temporada são apenas quatro episódios. Em “Tapeworm”, uma modelo em ascensão não mede esforços em sua busca por sucesso, num enredo que aborda a temática da autoimagem e dos sacrifícios...
Estreias | 15 novidades para ver em streaming no fim de semana
A seleção de novidades do streaming reúne 9 séries e 6 filmes. A lista é encabeçada pela série biográfica sobre Betinho, lançamento oportuno sobre uma figura histórica que as novas gerações podem desconhecer. Já a melhor maratona fica por conta da 2ª temporada de “Sweet Home”, uma das continuações mais esperadas do ano entre fãs de terror e produções extremas sul-coreanas. A sessão de filmes traz “Oppenheimer”, principal título nas locadoras digitais, enquanto as plataformas celebram o Natal antecipado com duas comédias temáticas. Confira abaixo as sugestões de programação para sintonizar na sua nova Smart TV da Black Friday. SÉRIES BETINHO: NO FIO DA NAVALHA | GLOBOPLAY A minissérie retrata a luta do sociólogo e ativista Herbert de Souza, o Betinho, contra a fome e a miséria no Brasil. Numa militância permanente de uma existência inteira, Betinho superou uma doença crônica, a hemofilia, enfrentou tuberculose e foi contaminado com o HIV, mas sua obsessão pela vida o impulsionou a fundar o Ibase, responsável por estatísticas importantes na luta social, e o Ação da Cidadania, ONG dedicada ao combate a fome, que mudaram o Brasil. Sua trajetória exemplar foi inspiração para muitas iniciativas sociais, como o AfroReggae, fundado por José Júnior, criador da série, e chamou tanta atenção que acabou cantado por Elis Regina – ele é o “irmão do Henfil” na letra de “O Bêbedo e a Equilibrista”, que na época da canção estava exilado e impedido de voltar ao Brasil pela ditadura militar. Suas lutas se materializam na tela com interpretação de Júlio Andrade (“Sob Pressão”), acompanhado por Humberto Carrão (“Rota 66: A Polícia que Mata”) e Ravel Andrade (“Reality Z”), que é irmão de Julio na vida real, nos papéis dos irmãos de Betinho, o cartunista Henfil e o violonista Chico Mário. A mãe dos três é vivida por Marieta Severo (“A Grande Família”), na maturidade, e Silvia Buarque (“Reza a Lenda”), na juventude. O elenco também destaca Andréia Horta (“Elis”) no papel de Nádia Rebouças, publicitária que trabalhou com Betinho na ONG Ação da Cidadania e cunhou o slogan “quem tem fome tem pressa”. Desenvolvido pela AfroReggae Audiovisual e dirigida por André Felipe Binder (“Filhas de Eva”), a série cobre a história do Brasil dos anos 1960 aos 2000, utilizando cenas documentais para ilustrar momentos impactantes, como a repressão do golpe de 1964, a campanha pelas Diretas Já e a mobilização pelo impeachment de Collor. O detalhe é que a recriação de época é tão bem feita que pode causar confusão entre imagens factuais e encenação, como a cena em que acontece a decantada “volta do irmão do Henfil” – é Júlio Andrade e não o verdadeiro Betinho quem dá a entrevista de seu retorno do exílio. Com experiências em retratar figuras históricas, o ator, que já viveu Gonzaguinha e Paulo Coelho no cinema, incorpora Betinho de forma impressionante. A produção é mais um acerto da Globoplay no ano em que a plataforma se firmou como a principal fonte de séries de qualidade do Brasil. SWEET HOME 2 | NETFLIX A esperada 2ª temporada da série sul-coreana de terror apocalíptico acompanha a evolução do protagonista Hyun-soo, cuja imunidade à doença que transforma pessoas em monstros assassinos pode servir de base para uma cura. Lançados em 2020, os primeiros episódios eram ambientados em um condomínio isolado, em que vizinhos lutavam para sobreviver durante um surto que transformava as pessoas em criaturas deformadas, bizarras e violentas. Quando o prédio é comprometido, um grupo de sobreviventes consegue escapar, inclusive o contaminado Hyun-soo. Os novos episódios mudam o cenário para o caos do mundo exterior e abrigos militares. Com isso, também introduz novos personagens – e monstros. Expostos ao mundo exterior, os protagonistas se veem num cenário distópico pós-apocalíptico, onde os militares assumiram o controle, realizando triagens para determinar quem está contaminado, seguidas por execuções com lança-chamas num bunker protegido. A opção a essa “proteção” é enfrentar ataques coletivos de monstros na superfície. O elenco destaca Song Kang (“Meu Demônio Favorito”) como Hyun-soo, além de Lee Jin-wook (“Doona”), Lee Si-young (“Grid”), Go Min-si (“A Bruxa: Parte 1. A Subversão”) e Park Gyu-young (“Celebrity”). Já as novidades incluem Jung Jin-young, ex-integrante do grupo de k-pop B1A4, Yoo Oh-seong (“7 Assassins”), Oh Jung-se (“Tudo Bem Não Ser Normal””) e Kim Moo-yeol (“Junenile Justice”). Baseada no webtoon de mesmo nome, a série tem direção de Lee Eung-bok (de “Descendants of the Sun” e “Goblin”) e se encontra renovada até a 3ª temporada. CIRURGIAS E ARTIMANHAS | STAR+ Produção australiana da Disney, a aventura de época traz Thomas Brodie-Sangster (da franquia “Maze Runner”) como Artful Dodger, o personagem criado pelo escritor Charles Dickens no clássico literário “Oliver Twist” (1838). Ele é um famoso batedor de carteiras e o líder da gangue de menores infratores das ruas de Londres. Mas na série, que se passa anos depois dos acontecimentos literários, ele se encontra na Austrália, onde assumiu seu nome real, Jack Dawkins, e se tornou um médico cirurgião respeitável. Apesar disso, ainda mantém alguns hábitos inadequados, como a jogatina, que lhe deixam endividado com pessoas perigosas. A situação se complica ainda mais com a chegada de Fagin, seu ex-mentor do crime, deportado para a Austrália. A presença do antigo vilão ameaça revelar o passado criminoso de Jack e desafia a nova vida que ele construiu. Mas também serve como catalisador para o desenvolvimento da trama, especialmente quando tenta persuadir o protagonista a retornar ao mundo do crime para solucionar seus problemas financeiros. Vale apontar que a interpretação de David Thewlis (da franquia “Harry Potter”) humaniza o personagem em relação à sua contraparte literária cruel. Para completar, ainda há possível interesse romântico em Lady Belle Fox (Maia Mitchell), a filha do governador, que sonha em se tornar médica. Apesar de ser uma profissão inadequada na época para uma mulher de sua posição social, Belle demonstra-se determinada e acaba envolvendo Jack em seus planos. Os criadores David Maher e David Taylor têm uma longa história de colaboração em séries australianas, como “The Code” (2014), “Bite Clube” (2018), “Bloom” (2019) e “Amazing Grace” (2021). Na produção, eles se juntaram ao analista de roteiros James McNamara, ex-executivo da Icon, para criar uma série que oferece uma visão moderna e renovada de personagens clássicos, explorando temas como moralidade e redenção, além da espetacularização das primeiras cirurgias, enquanto mantém uma atmosfera divertida e envolvente. SLOW HORSES 3 | APPLE TV+ “Slow Horses” desafia as convenções dos thrillers de espionagem ao trocar cenários glamourosos e heróis impecáveis por personagens desorganizados e falíveis, e por dar menos ênfase às sequências de ação, apesar de bem executadas, em relação aos momentos mais sutis e desenvolvimento dos personagens. Raridade no gênero, sem ser uma paródia, sua trama se concentra em espiões incompetentes, oferecendo uma mistura de humor ácido, intriga e ação. Sob a liderança do desleixado e alcoólatra Jackson Lamb, interpretado por Gary Oldman (vencedor do Oscar por “O Destino de uma Nação”), a equipe de Slough House, uma espécie de depósito de arquivos inúteis do MI5, encara desafios que refletem seu próprio status marginalizado dentro da inteligência britânica. A 3ª temporada mantém a qualidade narrativa das anteriores, ao explorar personagens como Catherine Standish (Saskia Reeves, de “Luther”), a responsável pela organização do escritório de Slough House, e River Cartwright (Jack Lowden, de “Dunkirk”), um agente promissor relegado ao depósito após cometer um ato de traição. A dinâmica entre eles é destacada quando Standish é sequestrada, desencadeando uma série de eventos que obrigam Lamb e seus agentes a desvendar o mistério por trás do sequestro. O desempenho reservado de Reeves como uma veterana da inteligência com conhecimento tático é um ponto alto dos episódios. EXPLOSIVOS | NETFLIX A nova série dos criadores de “Cobra Kai”, o trio Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg e Josh Heald, é uma comédia de ação de alta octanagem sobre uma equipe de forças especiais de elite que frustra uma ameaça mortal a Las Vegas. Para comemorar, eles resolvem beber e cheirar todas, farreando até de manhã. Só que, nas primeiras horas do dia, a equipe descobre que a bomba nuclear que desativaram era falsa, e agora precisam correr contra o tempo e a ressaca para encontrar a verdadeira ameaça. Mas isso não é tudo. Os especialistas também têm que enfrentar problemas pessoais não resolvidos entre eles. À medida que a pressão aumenta, mais incapazes eles se mostram para impedir que Las Vagas seja completamente destruída. Para interpretar a dinâmica hilária entre os personagens, que lembra “Brooklyn Nine-Nine”, a produção reuniu alguns rostos bem conhecidos de outras séries, como Shelley Hennig (“Teen Wolf”), Nick Zano (“Legends of Tomorrow”), Terrence Terrell (“B Positive”), Paola Lázaro (“The Walking Dead”) e o veterano C. Thomas Howell (“SEAL Team”). MEU DEMÕNIO FAVORITO | NETFLIX A comédia sul-coreana tem uma premissa fantasiosa e inusitada, como costuma acontecer em muitos K-Dramas. A trama central gira em torno de Do Do-hee, uma herdeira de um império empresarial, desprezada por sua família por ser adotada. Enquanto seus familiares criam obstáculos para o grupo empresarial, Do-hee se esforça incansavelmente pelo sucesso da companhia. O enredo se aprofunda com a introdução de Jung Gu-won, um demônio conhecido por fazer acordos com humanos em troca de suas almas. Seu primeiro encontro ocorre em um restaurante, resultado de um equívoco. Após marcar um encontro às cegas, Do-hee confunde Gu-won com seu par. Entretanto, um acontecimento inesperado intensifica sua conexão. A tatuagem que confere a Gu-won seus poderes demoníacos é misteriosamente transferida para Do-hee, criando uma nova dinâmica entre eles. Essa mudança coloca Gu-won em uma posição vulnerável, pois ele perde temporariamente suas habilidades demoníacas e se torna dependente de Do-hee, que agora detém o controle. Isso inverte seus papéis: Gu-won, acostumado a ser o poderoso negociador de almas, agora precisa negociar e interagir com Do-hee sob circunstâncias muito diferentes, enquanto Do-hee ganha uma vantagem inesperada sobre ele. A química entre os atores Kim Yoo-jung (“Garota do Século 20”) e Song Kang (o protagonista de “Sweet Home”) traz um encanto especial às cenas, que criam um equilíbrio entre humor, tensão e – claro – romance. A Netflix vai disponibilizar episódios semanais da atração, com lançamento simultâneo à TV sul-coreana. | BOOKIE | HBO MAX A sitcom acompanha o cotidiano de Danny, um cobrador de apostas experiente que luta para sobreviver à iminente legalização das apostas esportivas, além de clientes instáveis, sua família disfuncional, colegas de trabalho tensos e um estilo de vida que o leva a todos os cantos de Los Angeles. O papel principal é vivido pelo comediante Sebastian Maniscalco (“Meu Pai é um Perigo”) e o elenco também conta com Omar J. Dorsey (“Halloween Ends”), Andrea Anders (“Ted Lasso”), Vanessa Ferlito (“NCIS: New Orleans”) e Jorge Garcia (“Lost”). Entretanto, o que mais chama atenção na produção é que ela volta a juntar o ator Charlie Sheen e o produtor Chuck Lorre, mais de uma década após a briga feia entre os dois, que resultou na demissão do astro da série “Two and a Half Men”. Desta vez, Sheen não é o protagonista, mas tem um papel recorrente. Para quem não lembra, o ator causou diversos escândalos em 2011, motivado por vício em drogas. Numa ocasião, xingou publicamente Lorre e a própria série, fazendo com que seu personagem terminasse a participação no programa morto, esmagado por um piano. Desde então, Sheen disse que se arrependeu por suas ações e que esperava fazer as pazes com o produtor. Além dele, “Bookie” também inclui uma participação de Angus T. Jones, que vivia o jovem sobrinho de Sheen em “Two and a Half Men”. Angus aparece irreconhecível em cena – gordo, careca e barbudo. BEM-VINDOS À AUSTRÁLIA | STAR+ O diretor Baz Luhrmann decidiu revisitar seu épico de 2008, “Austrália”, um filme que fracassou nas bilheterias e recebeu críticas negativas, e expandiu seus já longos 165 minutos de duração numa minissérie de seis episódios, com cenas deletadas, nova trilha e intervalos episódicos. Esta abordagem ressalta tanto as qualidades quanto os problemas da obra original. Por um...
Estreias | 10 novidades da semana para ver no streaming
A seleção de novidades do streaming destaca cinco séries e cinco filmes. A lista passa por “Rio Connection”, coprodução internacional da Globoplay, e a biografia de Brigitte Bardot entre as séries, além da animação Leo e a comédia candidata a cult “Bottoms”, sem esquecer do blockbuster “O Protedor: Capítulo Final” e do documentário musical “Elis e Tom, Só Tinha que Ser com Você” em VOD. Confira abaixo lista completa dos melhores lançamentos da semana. SÉRIES RIO CONNECTION | GLOBOPLAY Ambientada nos anos 1970, a série nacional explora a intricada rede de tráfico de heroína estabelecida no Brasil, formando uma rota estratégica para os Estados Unidos. A obra é dirigida por Mauro Lima (“Meu Nome Não É Johnny”), destacando-se por sua alta qualidade de produção e um elenco que combina talentos estrangeiros e brasileiros. A trama se aprofunda na vida de três criminosos europeus – Tommaso Buscetta (Valerio Morigi), Fernand Legros (Raphael Kahn) e Lucien Sarti (Aksel Ustun), com a presença marcante da atriz Marina Ruy Barbosa no papel de Ana Barbosa, uma cantora de boate que navega entre o glamour e os perigos associados ao submundo do crime. Inspirada em eventos reais, a trama desenrola-se em torno do plano do famoso mafioso Tommaso Buscetta e seus comparsas para usar o Rio como conexão do tráfico internacional. A trama mergulha nos detalhes da operação criminosa, destacando a compra da droga a preços baixos e a revenda por valores elevados. A série também explora a complexidade dos personagens, evitando retratá-los como criminosos unidimensionais e oferecendo uma visão mais humana e empática de suas vidas, apesar de suas ações sombrias. Coprodução internacional com a Sony, apesar de brasileira a série é falada em inglês. Conta com oito episódios e também inclui no elenco Nicolas Prattes, Gustavo Pace e Alexandre David, interpretando policiais brasileiros, além de Maria Casadevall, Carla Salle, Felipe Rocha e Rômulo Arantes Neto. COMPANHEIROS DE VIAGEM | PARAMOUNT+ A minissérie adapta o romance homônimo de Thomas Mallon, ambientado em Washington, D.C., durante os anos 1950 – a era McCarthy, auge do conservadorismo americano – , mas também avança no tempo para os anos 1980, período de intensa homofobia. Distribuída em oito episódios, a história acompanha a longa e apaixonada relação entre dois homens, Tim (interpretado por Jonathan Bailey), um jovem idealista e católico, e Hawk (Matt Bomer), um charmoso operador político. Os dois personagens, vindos de mundos distintos, se envolvem em um romance intenso e condenado à tragédia. A adaptação foi criada pelo escritor Ron Nyswaner, conhecido por seu trabalho em filmes e séries de temas LGBTQIA+, com destaque para o premiado longa “Philadelphia” de 1993, que foi um marco na representação do HIV/AIDS no cinema. Sua história combina política, romance queer e suspense de espionagem, utilizando dois períodos sombrios da história dos Estados Unidos como pano de fundo. Apesar de se desenrolar em torno de eventos reais, como a caça às bruxas de McCarthy (anticomunismo como fobia social) e a crise da AIDS nos anos 1980, a atração não se limita a ser apenas uma reconstituição histórica ou uma peça moral sobre a crueldade do governo em relação à comunidade LGBTQIA+. Em seu âmago, está um romance verdadeiro e cativante, reforçado pelas atuações de Bailey e Bomer, com direito a cenas de sexo bastante gráficas. De fato, a dinâmica de poder na relação sexual entre Hawk e Tim é explorada sem suavizar as arestas para o público heterossexual, o que faz da série uma das representações menos comedidas do amor gay, destacando-se por abordar o assunto de forma ousada. BRIGITTE BARDOT | FESTIVAL VARILUX DO CINEMA FRANCÊS Trazida ao Brasil pelo Festival Varilux do Cinema Francês, a minissérie é uma homenagem à emblemática atriz Brigitte Bardot, destacando os primeiros dez anos de sua carreira. Criada pela veterana cineasta Danièle Thompson (roteirista dos clássicos “Rainha Margot” e “Prima, Primo”) e seu filho Christopher Thompson, traz a argentina Julia de Nunez no papel icônico. E em alguns momentos, é possível confundir as duas, ainda que o carisma único da verdadeira Bardot seja inimitável. O elenco também destaca Victor Belmondo, neto do lendário ator Jean-Paul Belmondo, como o cineasta Roger Vadim, primeiro marido e responsável por revelar a estrela ao mundo. “Bardot” aborda os aspectos cruciais e desafios enfrentados pela atriz na França dos anos 1950, uma época marcada pelo sexismo e a dominação patriarcal, e culmina na sua transformação em sex symbol internacional nos anos 1960. Além de recriar diversos papéis antológicos em clássicos como “E Deus Criou a Mulher” (1956), de Roger Vadim, “A Verdade” (1960), de Henri-Georges Clouzot, e “Desprezo” (1963), de Jean-Luc Godard, o enredo também explora a vida privada, relações amorosas e a maneira como Bardot lidou com a atenção intensa da mídia, destacando sua luta contra a objetificação e a busca por sua identidade em meio à fama avassaladora. A cinematografia e as atuações são pontos fortes da produção, que, apesar de uma abordagem tradicional, oferece uma perspectiva renovada sobre a jornada da estrela. Com seis episódios, a produção pode ser vista na íntegra e de graça no site do Festival Varilux do Cinema Francês (https://variluxcinefrances.com/) até o dia 22 de dezembro. DOCTOR WHO: THE STAR BEAST | DISNEY+ O primeiro dos três especiais de 60 anos de “Doctor Who” marca a estreia da franquia na Disney+ e o retorno triunfante de David Tennant como o Doutor, acompanhado por Catherine Tate como sua companheira Donna Noble. O episódio também é o primeiro de uma nova fase sob comando do renomado Russell T Davies, de volta para ditar os rumos da série clássica, que ele relançou em 2005. A trama baseia-se em uma história em quadrinhos de 1980 do Doutor, que foi atualizada para incorporar a versão de Tennant, considerado o melhor intérprete do protagonista (à frente da série de 2005 a 2010). A trama começa com o reencontro do Doutor e Donna, que não se veem há 15 anos, para resolver o mistério do acidente de uma nave espacial em Londres, e embora o episódio mantenha elementos clássicos de “Doctor Who”, como viagens no tempo e encontros com alienígenas, ele também aborda temas mais profundos relacionados à identidade e à humanidade. A história de Donna, que teve as memórias de suas aventuras apagadas e agora é casada e mãe, adiciona complexidade à personagem, enquanto Tennant traz uma nova profundidade a seu papel, mesclando traços dos Doutores que vieram após sua versão original. O episódio também introduz uma série de novos personagens, incluindo Yasmin Finney como Rose Noble, filha de Donna. E prepara terreno para mais dois especiais como parte das celebrações do 60º aniversário da série: “Wild Blue Yonder” e “The Giggle”. Este último traz Neil Patrick Harris como um vilão clássico, o Fabricante de Brinquedos (The Toymaker), visto pela última vez em 1966, e serve de passagem para um novo protagonista. O ator Ncuti Gatwa (o Eric de “Sex Education”) será o Doutor a partir da 14ª temporada, prevista para ir ao ar em 2024. Para quem não sabe, o artifício narrativo que justifica as mudanças de intérpretes é simples: sempre que o Doutor é ferido de morte, ele(a) se transforma em outra pessoa, ganhando não apenas nova aparência, mas também um nova personalidade, ainda que mantenha intacta toda a sua memória. O truque foi a forma encontrada pelos produtores para continuar a série quando William Hartnell (1908–1975), o primeiro astro de Doctor Who, resolveu largar o papel na metade da 4ª temporada original (exibida em 1966). ROUND 6: O DESAFIO | NETFLIX O reality de competição é baseado em “Round 6”, série de maior audiência da Netflix em todos os tempos, e acompanha 456 competidores em uma disputa por um prêmio de US$ 4,56 milhões, o maior já entregue numa disputa televisiva. A competição é realizada em um cenário que replica a estética da série, incluindo os uniformes e os designs dos ambientes, mas sem a natureza sinistra do torneio sangrento. Em “O Desafio”, a violência letal é substituída por tintas que simulam a morte dos competidores eliminados. O programa tenta encontrar um meio-termo entre as competições convencionais e o conceito distópico de “Round 6”, introduzindo elementos de drama e táticas psicológicas. As dinâmicas sociais e as estratégias de jogo são elementos-chave nos episódios, com alianças e habilidades interpessoais se mostrando tão importantes quanto a habilidade nos jogos. Entretanto, a produção também é uma contradição, pois indica que a Netflix não compreendeu a mensagem crítica da trama de Hwang Dong-hyuk. A obra sul-coreana foi aclamada por sua representação intensa e brutal de pessoas desesperadas, que participam de jogos mortais por uma chance de escapar de dívidas esmagadoras, servindo como uma alegoria do capitalismo e da desigualdade socioeconômica, onde a dignidade humana e a vida são sacrificadas por entretenimento. A trama critica a exploração dos desfavorecidos e a indiferença dos milionários, usando a violência extrema e as situações desesperadoras dos personagens para enfatizar seu ponto. Quando a Netflix transforma o conceito em uma competição real, em vez de um comentário sobre a desumanização e a exploração, “Round 6” se materializa como a mesma forma de entretenimento que, ironicamente, procurava condenar. FILMES BOTTOMS | PRIME VIDEO A nova comédia juvenil de Emma Seligman, que ganhou destaque com “Shiva Baby” em 2020, se passa no ensino médio, onde duas melhores amigas lésbicas, desajeitadas e desesperadas para perder a virgindade, tem a ideia de ensinar aulas de autodefesa para impressionar as líderes de torcida, mas logo viram catalisadoras de uma revolta feminista. Os papéis principais são vividos por Rachel Sennott, que foi a protagonista de “Shiva Baby”, e Ayo Edebiri, uma das estrelas da premiada série “O Urso” (The Bear), da Star+. Ao desenvolver a narrativa, a diretora quis explorar um gênero do qual os personagens LGBTQIA+ são historicamente excluídos, oferecendo uma visão crua e cheia de piadas sexuais explícitas, que contrasta com a inocência dos filmes de high school. A trama é centrada na busca de PJ e Josie pela atenção de Isabel e Brittany, as estrelas da equipe de torcida. Ao perceberem que as tentativas convencionais de aproximação resultam em fracasso, elas decidem criar uma aula de autodefesa, que rapidamente se transforma em um clube de luta. Logo, o projeto começa a ganhar vida própria, como um espaço para as personagens explorarem e expressarem sua raiva e frustrações, criando uma atmosfera de empoderamento feminino, ainda que sob pretextos questionáveis. Divertidíssimo e politicamente ousado, o filme caiu nas graças da crítica americana, atingindo 91% de aprovação no Rotten Tomatoes. Sua abordagem subversiva remete ao cultuado “Heathers” (ou “Atração Mortal”), lançado em 1989. Ambos abusam do humor negro para desafiar as convenções dos filmes sobre adolescente, apresentando uma narrativa cínica, personagens de moral ambígua e uma crítica mordaz à cultura do ensino médio americano. LEO | NETFLIX A animação produzida e estrelada (na dublagem em inglês) por Adam Sandler segue um lagarto de 74 anos que vive em um aquário na sala de aula de uma escola primária. Compartilhando o espaço com uma tartaruga chamada Squirtle (voz de Bill Burr), Leo tem passado seus dias observando gerações de alunos enfrentarem seus desafios juvenis. Tudo muda quando ele se dá conta de sua própria mortalidade e decide que precisa ver o mundo fora do aquário. Só que, na tentativa de fuga, Leo vacila e permite que as crianças descubram seu maior segredo: ele pode falar. Assim, o pequeno lagarto transforma-se em uma espécie de conselheiro para os estudantes que cuidam dele. O filme, dirigido por Robert Marianetti, Robert Smigel e David Wachtenheim, conhecidos por seus trabalhos no humorístico “Saturday Night Live” (SNL), especialmente nos segmentos animados, é moldado por uma série de vinhetas onde Leo ajuda os estudantes com seus problemas pessoais, variando de ansiedade a dificuldades de socialização. Cada criança que leva Leo para casa descobre que ele pode falar, mas é persuadida a acreditar que só ela pode ouvi-lo. Através dessas interações, Leo oferece conselhos e apoio, encontrando um novo propósito em ajudar...
Estreias | 10 novidades do streaming para assistir no fim de semana
Os 10 principais destaques da programação de streaming da semana contabilizam sete séries e três filmes. A novidade mais esperada é “Monarch: Legado de Monstros”, continuação do blockbuster “Godzilla vs. Kong” em forma de série. “The Crown” também retorna para contar os últimos dias da Princesa Diana. E ainda há a nova criação das mentes responsáveis por “The OA”, o mistério “Um Assassinato no Fim do Mundo”, que merece especial atenção. A lista também traz nada menos que três produções brasileiras e a versão anime de “Scott Pilgrim”. Já entre os filmes, o destaque fica por conta de “Besouro Azul”, estreia de Bruna Marquezine em Hollywood, que chega à HBO Max. Confira abaixo as dicas em detalhes. SÉRIES MONARCH: LEGADO DE MONSTROS | APPLE TV+ A superprodução do estúdio Legendary leva a franquia dos monstros gigantes para a televisão, apresentando um desafio único ao adaptar as espetaculares batalhas de titãs para uma tela menor. Ambientada um ano após o “Dia G” – o confronto entre Godzilla, King Kong e os kaijus, que destruiu grande parte de São Francisco no filme “Godzilla vs. Kong” (2021) – a história segue Cate (Anna Sawai), uma professora da área da baía de São Francisco, que vai a Tóquio em busca de respostas sobre seu falecido pai, Hiroshi (Takehiro Hira). Lá, ela descobre que Hiroshi tinha uma segunda família, conhece um meio-irmão e investiga a conexão da família com a Monarch, uma organização secreta comparada à CIA, mas focada em monstros. Apesar de se relacionar também à trama de “Kong: Ilha da Caveira” (2017), a produção não exige conhecimento prévio sobre os filmes do Monstroverso, embora isso possa enriquecer a experiência. A série funciona como uma história de origem da Monarch, alternando-se entre o presente e eventos que se seguiram à 2ª Guerra Mundial. A dinâmica entre as diferentes eras é facilitada pelo uso de um mesmo personagem, com Wyatt Russell (“Falcão e o Soldado Invernal”) retratando um soldado americano na época da guerra e seu pai da vida real, Kurt Russell (“Guardiões da Galáxia Vol. 2”), aparecendo como sua versão mais velha. Visualmente, a produção é impressionante, com cenas de ação que evocam o Monstroverso, enquanto a trama se expande para locais tão distantes quanto o Alasca e a Argélia. Mas há um inevitável diferencial de escala – obviamente, Godzilla não aparece na maioria dos capítulos – , o que os escritores sabem usar a seu favor, ao manter um foco maior nos personagens humanos da história, que sempre ficam em segundo plano nos filmes. Criada por Chris Black (“Outcast”) e Matt Fraction (“Gavião Arqueiro”), a atração também é estrelada por Kiersey Clemons (“A Dama e o Vagabundo”), Joe Tippett (“Mare of Easttown”), Elisa Lasowski (“Versailles”) e o cantor japonês Ren Watabe (“461 Lunch Boxes”), além de trazer participação especial de John Goodman revivendo seu papel de “Kong: A Ilha da Caveira” (2017). UM ASSASSINATO NO FIM DO MUNDO | STAR+ A nova série de mistério de Brit Marling e Zal Batmanglij (a dupla criativa de “The OA”) mescla serial killer, mudança climática e avanços tecnológicos. O elenco é encabeçado por Emma Corrin (“The Crown”), que interpreta Darby Hart, uma detetive amadora e escritora, que se desdobra na narrativa em duas linhas temporais. Em flashbacks, Darby une forças a outro detetive amador, vivido por Harris Dickinson (“Um Lugar Bem Longe Daqui”), para investigar um serial killer. Anos depois, os dois parceiros se reencontram no “fim do mundo”, um retiro organizado por um bilionário da tecnologia (Clive Owen, de “Lisey’s Story”) num local distante em meio ao gelo. Contudo, quando um dos convidados é encontrado morto, ela precisa utilizar todas as suas habilidades para provar que se trata de um assassinato e impedir que o assassino tire mais vidas. Alterando-se entre o presente (ou futuro, pela evolução da Inteligência Artificial na trama) no retiro e flashbacks da investigação inicial, a trama busca explorar as relações e a evolução dos personagens, enquanto a cinematografia contrasta as duas linhas do tempo, realçando o calor dos flashbacks e o ambiente frio e isolado do presente. Apesar dos desafios na balancear a narrativa e em dar profundidade aos temas, a série mantém um bom nível de engajamento nas duas linhas temporais, em grande parte devido à presença magnética de Corrin na tela. O restante do elenco é formado pela própria Brit Marling (“The OA”), Joan Chen (“Ovelhas sem Pastor”), Raúl Esparza (“Candy”), Jermaine Fowler (“Um Príncipe em Nova York 2”), Ryan J. Haddad (“The Politician”), Pegah Ferydoni (“Almania”), Javed Khan (“Lapwing”), Louis Cancelmi (Billions”), Edoardo Ballerini (“7 Splinters in Time”), Britian Seibert (“The Knick”), Christopher Gurr (“A Idade Dourada”), Kellan Tetlow (“This Is Us”), Daniel Olson (“Nossa Bandeira É a Morte”), Neal Huff (“Radium Girls”) e a brasileira Alice Braga (“O Esquadrão Suicida”). THE CROWN 6 – PARTE 1 | NETFLIX A primeira parte da 6ª e última temporada de “The Crown” é toda focada na Princesa Diana, mostrando sua melancolia, o cerco dos paparazzi e os instantes que antecederam sua morte trágica. Os episódios giram em torno o final da vida da princesa interpretada por Elizabeth Debicki e seu relacionamento com os filhos, William e Harry, e com seu namorado Dodi Al Fayed, papel de Khalid Abdalla (“O Caçador de Pipas”), até o acidente em Paris, durante uma fuga de paparazzi que matou os dois. O elenco também inclui Imelda Staunton (“Harry Potter”) como rainha Elizabeth II, Jonathan Pryce (“Game of Thrones”) como Príncipe Philip, Lesley Manville (“Trama Fantasma”) como Princesa Margaret, Dominic West (“Tomb Raider”) como Príncipe Charles e Olivia Williams (“Meu Pai”) como Camilla Parker-Bowles. Criada por Peter Morgan (“A Rainha”), a série dramática acompanha a vida de Elizabeth II desde os anos 1950, quando assumiu o trono, até dias mais recentes, em seus últimos anos como Rainha do Reino Unido. Após os quatro episódios disponibilizados nesta quinta (16/11), a segunda parte, composta pelos seis episódios derradeiros, chegará ao streaming em 14 de dezembro. DNA DO CRIME | NETFLIX Série brasileira mais cara da Netflix, o thriller criminal se destaca por integrar ação intensa com uma investigação detalhada. A trama é baseada em uma história real que ocorreu na América do Sul entre 2013 e 2020, e começa com um assalto bem planejado em Ciudad del Este, no Paraguai. Mais de 50 assaltantes fortemente armados usam explosivos para entrar e fugir com US$ 44 milhões da sede de uma empresa de private equity. À medida que as investigações se desdobram, com o envolvimento de agentes federais brasileiros, sediados em Foz do Iguaçu, a história se aprofunda em uma complexa rede de crimes que cruza fronteiras. Os protagonistas são os agentes Benicio, interpretado por Romulo Braga (“O Rio do Desejo”), e Suellen, interpretada por Maeve Jinkings (“Os Outros”), ambos apoiados por seu chefe Rossi, vivido por Pedro Caetano ( de “O Escolhido”). Eles enfrentam o líder dos assaltantes, Sem Alma, interpretado por Thomas Aquino (também de “Os Outros”), num momento em que a polícia brasileira começa a usar amostras de DNA para encontrar criminosos. A descoberta de uma pista liga o roubo a outros crimes recentes e leva à revelação de um esquema ainda maior, misturando criminosos do Paraguai e do Brasil. Embora “DNA do Crime” não inove na narrativa das séries criminais, entrega ação intensa, com cenas de perseguição de carros e tiroteios reminiscentes do estilo visual de Denis Villeneuve em “Sicario”. Há também uma obsessão compartilhada com cidades de fronteira e a atmosfera especial que envolve as operações ilegais que ocorrem ali. A direção é dos cineastas Pedro Morelli (do filme “Zoom” e da série “Irmandade”) e Heitor Dhalia (do filme “Tungstênio” e da série “Arcanjo Renegado”), este último também listado como um dos criadores, ao lado do também cineasta Aly Muritiba (“Deserto Particular”) e dos roteiristas Bernardo Barcellos (“Quero Ter 1 Milhão de Amigos”) e Leonardo Levis (“Irmandade”). AMAR É PARA OS FORTES | PRIME VIDEO A série criada pelo músico Marcelo D2 lembra a estética do filme “Cidade de Deus”, e não é por acaso. Uma das diretoras é Katia Lund, codiretora do clássico de 2002. A produção conta a saga de duas mulheres negras cariocas que veem seus destinos entrelaçadosdurante uma operação policial no Dia das Mães. Rita (Tatiana Tiburcio) perde seu filho de 11 anos, Sushi (João Tiburcio), para a violência policial, e Edna (Mariana Nunes) é mãe de Digão (Maicon Rodrigues), o policial que matou a criança. Buscando justiça e redenção, ambas irão enfrentar a corrupção policial e a morosidade do sistema judiciário. Rita terá o apoio de seu filho mais velho, o artista plástico Sinistro (Breno Ferreira), que, junto com a comunidade da Maré, lutará por justiça para Sushi. Além de D2, a série tem criação de Antonia Pellegrino (“Tim Maia”) e Camila Agustini (“As Seguidoras”). Rica Amabis (“Manhãs de Setembro”) é responsável pela trilha sonora original. ANDERSON SPIDER SILVA | PARAMOUNT+ a minissérie biográfica acompanha a vida do campeão de UFC Anderson Silva da infância à consagração. A produção mostra o bullying sofrido pelo futuro astro das lutas, Seu Jorge (“Marighella”) como o adulto responsável por sua criação e muitas lutas no ringue. O lutador é vivido por Caetano Vieira e Bruno Vinícius na infância e juventude, quando aprendeu a lutar para sobreviver na periferia de Curitiba, enquanto sua versão adulta é interpretada por William Nascimento (“Genesis”), que passou três meses treinando em academias no Rio de Janeiro para encarnar o auge de um dos maiores campões de MMA do UFC. Parte dos roteiristas da série veio do projeto Narrativas Negras, que desenvolve conteúdo exclusivo para a ViacomCBS, conglomerado dono da Paramount+. Marton Olympio (“Alemão 2”) é o roteirista principal e Caito Ortiz (“Papai é Pop”) dirige a produção, que ainda destaca no elenco Tatiana Tiburcio (“Malhação: Viva a Diferença”), Douglas Silva (“Fuzuê”), Jean Paulo Campos (“Carrossel: O Filme”), Jeniffer Dias (“Rensga Hits!”), Larissa Nunes (“Coisa Mais Linda”), Milhem Cortaz (“O Lobo Atrás da Porta”) e Vaneza Oliveira (“3%”). SCOTT PILGRIM: A SÉRIE | NETFLIX A animação é inspirada nos quadrinhos de Bryan Lee O’Malley e no filme cult de Edgar Wright. Com estilo anime fofinho, seus episódios narram o romance entre o personagem-título e Ramona Flowers, a garota de seus sonhos, mas quando o crush está prestes a virar date, a situação vira uma luta interminável. É que, para namorar Ramona, Scott precisará enfrentar sete ex-namorados dela. O detalhe mais interessante da produção é que os atores que participaram da adaptação cinematográfica de 2010, “Scott Pilgrim contra o Mundo”, voltam a dar voz aos seus personagens. O elenco grandioso traz Michael Cera (“Arrested Development”) como a voz do personagem-título e Mary Elizabeth Winstead (“Aves de Rapina”) como Ramona, sem esquecer de Kieran Culkin (“Succession”), Chris Evans (“Vingadores: Ultimato”), Anna Kendrick (“A Escolha Perfeita”), Brie Larson (“Capitã Marvel”), Alison Pill (“The Newsroom”), Aubrey Plaza (“The White Lotus”), Brandon Routh (“Legends of Tomorrow”), Jason Schwartzman (“Fargo”), Satya Bhabha (“Sense8”), Johnny Simmons (“The Late Bloomer”), Mark Webber (“Sala Verde”), Mae Whitman (“Intimidade Forçada”) e Ellen Wong (“GLOW”). Até o diretor Edgar Wright retorna como produtor do desenho, juntando-se ao autor dos quadrinhos originais nos bastidores da produção. A adaptação é assinada pelo roteirista BenDavid Grabinski (“A Felicidade é de Matar”), a direção é de Abel Gongora (“Star Wars: Visions”) e a animação está a cargo do estúdio japonês Science SARU (“Devilman: Crybaby”). FILMES BESOURO AZUL | HBO MAX O primeiro filme de super-herói latino da DC – e estreia de Bruna Marquezine em Hollywood – conquistou a crítica internacional graças a um elenco carismático e ao uso extensivo da família do herói, que alimenta cenas de humor bem alinhadas com as sequências de ação. Mesmo assim, não escapa dos clichês dos filmes de origem e dos problemas crônicos das produções da DC, como vilões genéricos e efeitos visuais fracos. Em seu primeiro papel em inglês, Marquezine vive Jenny Kord, personagem que não existe na DC Comics, mas que no filme é apresentada como...
Teaser apresenta continuação da sci-fi “Code 8” com os primos Robbie e Stephen Amell
A Netflix divulgou o pôster e o teaser de “Code 8: Renegados – Parte II”, continuação da sci-fi independente estrelada e produzida pelos primos Robbie Amell (“A Babá”) e Stephen Amell (“Arrow”). A prévia mostra a evolução da franquia com efeitos visuais mais caros. A produção se provou um fenômeno, especialmente pela forma como foi feita. Tudo começou como um curta-metragem estrelado e bancado pelos primos em 2016, que eles usaram como “piloto” para lançar uma campanha de financiamento coletivo, visando produzir um longa-metragem. Conseguiram levantar quase US$ 2,5 milhões de mais de 27 mil investidores, e o resultado chegou em diversas plataformas de aluguel digital em dezembro de 2019, inclusive no Brasil, junto de críticas bastante elogiosas – 80% de aprovação no Rotten Tomatoes. Quatro meses depois de sua estreia digital, a Netflix incluiu o filme em seu catálogo, disponibilizando-o para seus assinantes em abril de 2020. E o sucesso só aumentou. “Code 8” se tornou um dos títulos mais vistos da plataforma. Por isso, a própria Netflix decidiu bancar a continuação, que permitiu aos Amell um orçamento maior e mais tranquilidade para realizar as filmagens. Robbie e Stephen Amell retomam seus papéis na continuação, que também conta com a volta do diretor Jeff Chan e fo roteirista Chris Paré – os dois também trabalharam juntos no terror “O Mistério de Grace” (2014). A trama de “Code 8” se passa num futuro em que cerca de 4% da população nasce com superpoderes. Mas em vez de virarem super-heróis, essas pessoas são discriminadas e acabam se juntando ao submundo do crime. Muitos delas por falta de alternativas. A “Parte II” vai introduzir uma jovem que descobre suas habilidades especiais após o assassinato do seu irmão por um grupo de policiais corruptos. Virando alvo dos criminosos fardados, ela vai precisar de ajuda de um ex-presidiário (Robbie) e seu parceiro de crime (Stephen) para escapar da perseguição das autoridades. A premissa também deveria virar série, mas o contrato era com a plataforma Quibi, que faliu poucos meses após ser lançada no ano passado. Ainda não há data de estreia prevista para “Code 8: Renegados – Parte II”, que chegará na Netflix em 2024.
Estreias | 10 novidades da semana para ver em streaming
A programação de streaming da semana tem mais séries bacanas que filmes. São 6 produções em episódios, incluindo quatro séries estreantes – entre elas, uma comédia estrelada por ninguém menos que a vencedora do Oscar Emma Stone. Já os quatro filmes se dividem entre novidades da Netflix, HBO Max e locações de VOD, todas recomendadíssimas. Confira todo os detalhes abaixo. SÉRIES THE CURSE | PARAMOUNT+ A primeira série desenvolvida pelos irmãos Safdie, diretores de “Bom Comportamento” (2017) e “Joias Brutas” (2019), traz Emma Stone (vencedora do Oscar por “La La Land”) e Nathan Fielder (“Nathan For You”) como um casal que apresenta um programa de reformas e decoração centrado em sua pequena comunidade interiorana. Durante uma gravação, o produtor vivido por Benny Safdie sugere que Asher dê dinheiro para uma criança necessitada. Como ele só tem US$ 100 na carteira, oferece o dinheiro diante das câmeras, mas depois pede de volta, querendo trocar por notas menores. Como resultado, a criança lança uma maldição sobre o sovina. Em tom de comédia ácida, a produção passa a mostrar como essa suposta maldição perturba o relacionamento do casal, que, enquanto grava seu problemático programa, também tenta conceber um filho. Além de estrelar, Emma Stone é produtora da atração, por meio de sua empresa Fruit Tree – em parceria com a Elara Pictures, de Josh e Benny Safdie, e o igualmente premiado estúdio A24 (vencedor do Oscar 2023 com “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”). FOR ALL MANKIND 4 | APPLE TV+ Desenvolvida por Ronald D. Moore, criador do reboot de “Battlestar Galactica” e da série “Outlander”, a aclamada ficção científica explora uma linha temporal alternativa da História, onde os astronautas soviéticos foram os primeiros a pousar na Lua. A trama imagina o impacto deste feito na guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética, mostrando uma realidade em que a continuidade de corrida espacial acelerou inovações tecnológicas e a conquista do espaço. Os novos capítulos avançam oito anos após o final da 3ª temporada, mostrando a ampliação da presença terrestre em Marte e a transformação de antigos inimigos em aliados. No novo ciclo, o enfoque do programa espacial é a mineração de asteroides ricos em minerais preciosos, que têm o potencial de transformar o futuro da humanidade. Contudo, tensões crescentes entre os residentes da base internacional em Marte ameaçam desmantelar todos os avanços alcançados. A 4ª temporada traz de volta integrantes já conhecidos, como Joel Kinnaman, Wrenn Schmidt, Krys Marshall, Edi Gathegi, Cynthy Wu e Coral Peña. Mas a produção também ganhou novos atores, incluindo Toby Kebbell (“Quarteto Fantástico”), Tyner Rushing (“Em Nome do Céu”), Daniel Stern (“Esqueceram de Mim”) e Svetlana Efremova (“The Americans”). OS BUCANEIROS | APPLE TV+ Adaptação da obra inacabada de Edith Wharton (1862-1937), a série se passa nos anos 1870 e acompanha cinco jovens americanas endinheiradas que, buscando ascender socialmente, atravessam o Atlântico rumo à sociedade londrina para encontrar maridos aristocratas. Nesse contexto, o casamento de Conchita Closson (Alisha Boe, de “13 Reasons Why”) com Lord Richard Marable (Josh Dylan, de “Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”) é apenas o início de uma série de eventos que colocam em cheque as normas culturais e sociais da época. A série é uma criação de Katherine Jakeways e se destaca por sua abordagem moderna, com uma trilha sonora contemporânea que contrasta com o cenário de época e um elenco jovem e atraente, onde Kristine Froseth (“Quem É Você, Alasca?”) brilha no papel de Nan St. George, a protagonista da narrativa. A história avança com as peripécias e os choques culturais enfrentados por essas mulheres, que buscam não apenas maridos, mas também autonomia e aceitação em um contexto de rigidez social. A presença delas na alta sociedade britânica causa alvoroço e admiração, e suas experiências vão desde a descoberta de identidades sexuais até a confrontação de violências domésticas. As personagens principais são retratadas com uma complexidade que vai além do esperado para o gênero, desafiando as expectativas e apresentando uma crítica social implícita na própria trama. O drama de época desenvolvido por Katherine Jakeways (“Tracey Ullman’s Show”) deve agradar em cheio aos fãs de “Bridgertown”, uma vez que ambos retratam bailes de debutantes e contratos de casamento. No entanto, a nova atração tem clima mais moderno e as histórias de amor enfocadas vão além de romances, destacando a forte amizade entre as protagonistas – a verdadeira história de amor da série. MALDITO RAP 2 | HBO MAX A nova criação de Issa Rae (“Insecure”) acompanha duas amigas (Aida Osman e KaMillion) que se reconectam depois de muito tempo e decidem começar um grupo de rap em Miami. Para isso, recebem a ajuda providencial de outra mulher talentosa (Jonica Booth) que aceita dar um rumo aos negócios. Mas enquanto uma quer usar o rap para conscientizar as pessoas e deixar sua marca, a outra está mais disposta a rebolar e ser sensual para vender discos. O impasse rende discussões sobre o papel das mulheres no rap, mas sem romper a amizade das duas, especialmente quando a opção é voltar para suas vidas como camareira de hotel e como mãe solteira. Na 2ª temporada, elas sofrem um choque de realidade, quando são colocadas pela gravadora como coadjuvantes de uma rapper de visual mais atrativo e comercial. Apesar de ser uma obra de ficção, a trama evoca a trajetória real do grupo de rap City Girls, que ficou conhecido em 2018 por ter uma integrante presa logo depois do lançamento da primeira música. E não se trata de acaso – as rappers Yung Miami e JT, do duo de Miami, são produtoras da atração. ÚLTIMAS FÉRIAS | STAR+ A nova série brasileira gira em torno de um grupo de jovens que têm uma viagem de férias surpreendida por uma tragédia. A trama acompanha os amigos Malu (Lara Tremouroux), Luiz (Filipe Bragança), Bruno (Ronald Sotto), Marcos (João Oliveira), Eric (Michel Joelsas), Ana (Luana Nastas) e Inês (Julianna Gerais), atletas de um clube esportivo que, ao final do ano de competições, vão seguir a vida em diferentes universidades. Para comemorar o fim do ciclo, eles combinam de passar as últimas férias juntos na casa dos pais de Malu, localizada em uma praia paradisíaca e deserta. Mas o que devia ser um momento de união e diversão logo se transforma num emaranhado de conflitos interpessoais que corroem as relações do grupo. Até que o corpo morto de um dos jovens é encontrado na praia e todos se tornam suspeitos do crime. A investigação conduzida pela jovem delegada Vera (Bella Camero) revela segredos, expondo detalhes perigosos e perturbadores. Com direção geral de Daniel Lieff, a produção da Pampa Film foi rodada no Paraná (Ilha do Mel e Curitiba) e em Santa Catarina (Porto Belo), e o elenco também inclui Eucir de Souza, Stella Rabello, Lourinelson Vladmir, Gabriel Hipólyto e Jakson Antunes, dentre outros. AKUMA KUN | NETFLIX A nova animação de terror produzida pela Toei é baseada num mangá clássico dos anos 1960, que é mais conhecido pela sua versão anime dos anos 1980. A trama criada por Shigeru Mizuki (criador também de “Gegege no Kitarô”) gira em torno de um garoto estranho envolvido com criaturas demoníacas. Akuma-kun é uma criança prodígio que deseja criar um mundo onde todos os seres humanos possam viver felizes e acredita que controlar o poder dos demônios é o caminho para atingir esse objetivo. Uma curiosidade é que as entidades referidas como demônios no enredo não se limitam às de origem cristã. O mangá apresenta várias criaturas descritas no folclore de todo o mundo, inclusive o Saci, que aparece no anime original. A adaptação foi escrita por Hiroshi Ônogi (roteirista de “Full Metal Alchemist: Brotherhood”) e a direção é de Jun’ichi Satô (da série clássica “Sailor Moon” e da franquia “Aria”) e Fumitoshi Oizaki (“Deaimon”). FILMES CRESCENDO JUNTAS | HBO MAX O livro original de Judy Blume, lançado no Brasil com o título “Você está aí Deus? Sou eu, Margareth”, foi um fenômeno de vendas responsável por praticamente criar o mercado de literatura para jovens adultos em 1970. A adaptação cinematográfica mantém a ambientação da década de 1970, acompanhando a jovem Margaret Simon, uma garota de 11 anos que se confronta com as turbulências da puberdade e os dilemas espirituais em um novo ambiente, após mudar-se com sua família de Nova York para Nova Jersey. A trama entrelaça questões de religião, amadurecimento e a busca por identidade, destacando-se pela abordagem direta de temas que eram, e muitas vezes ainda são, considerados tabus entre as famílias conservadoras. A adaptação cinematográfica, dirigida por Kelly Fremon Craig (do excelente “Quase 18”), traz Abby Ryder Fortson (a pequena Cassie de “Homem-Formiga e a Vespa”) no papel de Margaret, e Rachel McAdams (“Doutor Estranho no Universo da Loucura”) e Benny Safdie (da série “The Curse”, nesta página) como seus pais, oferecendo um retrato genuíno das dinâmicas familiares da época. A direção captura a essência da narrativa de Blume, enfatizando as experiências e emoções vividas pela protagonista e seu círculo social. Com impressionantes 99% de aprovação da crítica dos EUA, a trama transcende o tempo, dialogando com as audiências de hoje ao abordar o crescimento, as inseguranças, a autoaceitação e os desafios universais da transição para a vida adulta. O ASSASSINO | NETFLIX O novo thriller dirigido por David Fincher (“Milennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres”) gira em torno de um assassino profissional não nomeado, interpretado por Michael Fassbender (“X-Men: Apocalipse). O filme abre com o assassino meticulosamente preparando-se para realizar um serviço em Paris, enquanto compartilha sua filosofia de vida através de uma narração. A calma profissional do assassino é quebrada quando ele falha em completar o serviço, gerando consequências severas para ele e sua companheira, que é brutalmente atacada como retaliação pelo seu erro. Após o fracasso em Paris, o assassino retira-se para a República Dominicana, mas logo descobre que seus empregadores colocaram um contrato sobre ele. Com sua vida em perigo, ele embarca em uma missão de vingança que o leva a perseguir advogados e assassinos rivais por diversas localidades, desde Nova Orleans até Chicago. Durante sua jornada, ele se depara com uma assassina bem-falante interpretada por Tilda Swinton (“Era uma Vez um Gênio”), que oferece uma abordagem ainda mais niilista para a arte de matar, proporcionando momentos de alívio cômico e introspecção. Adaptação de uma graphic novel, a produção permite um reencontro entre Fincher e o roteirista Andrew Kevin Walker, com quem o diretor trabalhou num de seus filmes mais cultuados, “Seven – Os Sete Pecados Capitais” (1995). Executado com atenção meticulosa aos detalhes, a obra também evoca clássicos do gênero como “Os Assassinos” (1964) e “À Queima-Roupa” (1967), dois filmes estrelados por Lee Marvin, em sua busca por retratar, de forma estilizada, o submundo dos assassinos contratados. Produção original da Netflix, chega ao streaming em duas semanas (10/11). ASTEROID CITY | VOD* O mais recente filme de Wes Anderson transporta o público para uma cidade desértica fictícia da década de 1950, palco de uma competição astronômica. A narrativa episódica acompanha personagens peculiares, como Woodrow Steenbeck (Jake Ryan, de “Oitava Série”), um jovem astrônomo cujo pai, Augie (Jason Schwartzman, de “Quiz Lady”), guarda as cinzas de sua esposa em um recipiente Tupperware. Augie, um fotógrafo de guerra, se sente atraído por Midge Campbell (Scarlett Johansson, de “Vingadores: Ultimato”), uma atriz glamourosa cuja filha, Dinah (Grace Edwards, de “Disque Jane”), tem uma conexão especial com Woodrow. A chegada de um visitante extraterrestre desencadeia um bloqueio militar na cidade, adicionando um elemento de tensão à trama. O elenco grandioso também inclui Bryan Cranston (“Breaking Bad”), Jason Schwartzman (“A Crônica Francesa”), Edward Norton (“O Incrível Hulk”), Adrien Brody (“O Pianista”), Tilda Swinton (“Era Uma Vez um Gênio”), Jeffrey Wright (“Westworld”), Tom Hanks (“Elvis”), Willem Dafoe (“O Farol”), Jeff Goldblum (“Jurassic Park”), Margot Robbie (“Barbie”), Steve Carell (“The Office”), Maya Hawke (“Stranger Things”) e os cantores Seu Jorge (“Marighella”) e Jarvis Cocker...
Estreias | 15 novidades em streaming do fim de semana do Halloween
A programação de streaming da semana enfatiza filmes e séries de terror, refletindo a proximidade do Halloween. Por coincidência, há duas histórias de freiras e duas séries de antologia. Mas nem por isso faltam opções de outros gêneros, desde a nova animação blockbuster das Tartarugas Ninja até séries animadas adultas, sem esquecer produções nacionais, como a nova série “Fim”, de Fernanda Torres, que supostamente derrubou a Globoplay em sua estreia na noite de quarta (25/10), e o terceiro filme em que Carla Diaz vive Suzane von Richthofen. Vale apontar ainda que, entre duas opções muito mal-avaliadas da Netflix, preferimos prestigiar a nacional com Giovanna Lancelotti que a americana com Emily Blunt (mas esteja à vontade para sofrer com “A Máfia da Dor”). A relação é um Top 15 com 7 filmes e 8 séries. Confira os títulos abaixo. FILMES IRMÃ MORTE | NETFLIX O terror é um prólogo de “Verônica – Jogo Sobrenatural” (2017), que conta a história da personagem mais aterrorizante do filme original. Passada na Espanha pós-guerra, a trama acompanha Narcisa (Aria Bedmar, de “Silêncio”), uma jovem noviça com poderes sobrenaturais que chega a um antigo convento, agora convertido numa escola para meninas. Narcisa era uma criança antigamente celebrada por suas visões religiosas, que lhe trouxeram fama regional, mas de curta duração. Enquanto enfrenta uma crise de fé, eventos estranhos e perturbadores no convento a levam a descobertas terríveis sobre o passado brutal do local, conduzindo a consequências chocantes que se conectam aos eventos retratados anos depois em “Verónica”. Filmada no Monastério de San Jerónimo de Cotalba, a produção integra na trama elementos contextuais da época, apresentando uma perspectiva das jovens religiosas sobre o que acontecia dentro dos conventos, durante a Guerra Civil dos anos 1930 e a ditadura de Franco. O diretor é o mesmo do primeiro longa, Paco Plaza, mais conhecido pela trilogia de zumbis “[REC]”, feita em parceria com Jaume Balagueró. A FREIRA 2 | HBO MAX O terror é uma continuação do sucesso de 2018, que se tornou o título de maior bilheteria da franquia “Invocação do Mal” com US$ 365,5 milhões arrecadados ao redor do mundo. A sequência volta a trazer Taissa Farmiga como a Irmã Irene, novamente enfrentando a freira demoníaca Valak (Bonnie Aarons). Ambientado em 1956, alguns anos após o primeiro longa, a história começa com o amigo de Irmã Irene, Maurice (Jonas Bloquet), sendo possuído por Valak. Após um terrível evento na escola francesa onde Maurice trabalha, Irene se envolve na investigação, ajudada por uma nova freira, interpretada pela atriz Storm Reid (“Euphoria”). A direção é de de Michael Chaves, que fez sua estreia com “A Maldição da Chorona” e comandou “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” (2021), a mais recente produção desse universo de terror. A produção continua a cargo de James Wan, diretor dos dois primeiros “Invocação do Mal”, e Peter Safran, atual responsável pelo DC Studios ao lado de James Gunn. O roteiro foi escrito por Akela Cooper (“Maligno”) e revisado por Ian Goldberg e Richard Naing (ambos de “Fear the Walking Dead”). SOBRENATURAL: A PORTA VERMELHA | HBO MAX O quinto filme da franquia de terror se passa 13 anos após os acontecimentos do longa original e marca a estreia do ator Patrick Wilson (“Invocação do Mal”) como diretor. Com sua presença também no elenco, a trama traz o foco de volta à família original, os Lamberts, com Josh (Wilson), Renai (Rose Byrne, de “Vizinhos”) e seu filho já crescido Dalton (Ty Simpkins, visto recentemente em “A Baleia”) enfrentando problemas novos e mais assustadores. Vale lembrar que, enquanto os dois primeiros filmes traziam os Lamberts como personagens principais, o terceiro e quarto foram centrados na parapsicóloga Elise Rainier (Lin Shaye). Na trama, Josh está entrando na faculdade, quando começa a lembrar vagamente de ter sido assombrado na infância. Conforme as visões ficam mais nítidas, o terror também se torna mais próximo e faz com que a família decida acabar com todos os segredos para enfrentar tudo o que os assombra. O roteiro é assinado por Scott Teems (“Halloween Kills”), que se baseou numa história desenvolvida por um dos criadores da franquia, o roteirista Leigh Whannell. Whannell também produz o filme, junto com James Wan (diretor do original), Oren Peli (produtor da franquia) e Jason Blum (dono do estúdio Blumhouse). AS TARTARUGAS NINJA: CAOS MUTANTE | VOD* A nova animação das “Tartarugas Ninja” é mais divertida que todas as outras adaptações, mostrando os protagonistas como adolescentes atrapalhados com suas habilidades ninja. A produção também é muito mais bonita, ressaltando um visual estilizado que lembra rabiscos de quadrinhos, a cargo dos diretores Jeff Rowe e Kyler Spears (da também bela “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”). Diferentemente das versões anteriores que seguiram uma abordagem mais séria, “Caos Mutante” opta por seguir o estilo anárquico e punk underground dos quadrinhos originais de Kevin Eastman e Peter Laird. Com roteiro de Seth Rogen e Evan Goldberg (responsáveis por “The Boys”), o desenho acompanha as tartarugas que lutam contra o crime, que depois de um tempo agindo nas sombras – e nos esgotos – decidem conquistar os corações dos nova-iorquinos e serem aceitos como adolescentes normais – ou super-heróis. Com a ajuda da repórter estudantil April O’Neil, eles armam um plano para desbaratar um misterioso sindicato do crime, mas em vez disso se veem lutando contra um exército de mutantes. Além dos conflitos físicos, a trama também explora questões de aceitação e pertencimento, com um toque humorístico baseado na impulsividade adolescente dos personagens. Quem optar por assistir legendado, vai ouvir um elenco de dubladores famosos. A produção destaca ninguém menos que o astro chinês Jackie Chan (“O Reino Proibido”) como voz do mestre das artes marciais Splinter, o rato que ensina as tartarugas mutantes a se tornarem ninjas, Ayo Edebiri (“O Urso”) como April O’Neil, Paul Rudd (o Homem-Formiga) como Mondo Gecko, John Cena (o Pacificador) como Rocksteady, Seth Rogen (“Vizinhos”) como Bebop, Rose Byrne (“Vizinhos”) como Leatherhead, Giancarlo Esposito (“Better Call Saul”) como Baxter Stockman, Natasia Demetriou (“What We Do in the Shadows”) como Wingnut, Hannibal Burres (“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”) como Genghis Frog, Maya Rudolph (“Desencantada”) como Cynthia Utrom e os rappers Post Malone (“Infiltrado”) e Ice Cube (“Policial em Apuros”) como Ray Fillet e Superfly. Já os interpretes do quarteto quelônio são os jovens Micah Abbey (“Cousins for Life”), Shamon Brown Jr. (“The Chi”), Nicolas Cantu (“The Walking Dead: World Beyond”) e Brady Noon (“Virando o Jogo dos Campeões”), respectivamente como as vozes de Donatello, Michelangelo, Leonardo e Raphael. LOUCAS EM APUROS | VOD* A comédia de viagem acompanha quatro amigas asiático-americanas em apuros na China. Estreia na direção de Adele Lim, roteirista de “Podres de Ricos” e “Raya e o Último Dragão”, o filme gira em torno de Audrey (Ashley Park, de “Emily em Paris”), uma advogada criada por pais americanos que decide procurar sua mãe biológica em Pequim. Acompanhando Audrey está sua melhor amiga Lolo (Sherry Cola, de “Good Trouble”), uma artista que usa sua arte erótica para desafiar estereótipos e a fetichização dos asiáticos, Kat (Stephanie Hsu, de “Maravilhosa Sra. Maisel”), uma atriz que trabalha em uma popular telenovela chinesa e está tentando esconder sua extensa lista de ex-parceiros de seu noivo super cristão, e a lacônica Deadeye (Sabrina Wu, de “Doogie Kamealoha: Doutora Precoce”), uma fã obcecada de K-pop. A narrativa é impulsionada pelas diferenças de temperamento e personalidade das protagonistas, além da forma diferente com que cada uma lida com sua herança cultural chinesa. Mas o que realmente chama atenção na comédia é o tom escrachado, repleto de momentos ultrajantes, incluindo piadas escatológicas. A crítica americana se divertiu, dando 91% de aprovação no Rotten Tomatoes. A MENINA QUE MATOU OS PAIS: A CONFISSÃO | PRIME VIDEO O terceiro filme em que Carla Diaz vive a assassina Suzane von Richthofen é resultado do sucesso de “A Menina Que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, e vai atender pedidos do público que queriam mais detalhes da investigação, já que os longas originais se basearam em depoimentos do julgamento dos culpados. A nova produção acompanha Suzane, Daniel e Cristian Cravinhos nos dias após o crime e enfatiza a investigação que terminou com suas prisões. Escritos por Ilana Casoy e Raphael Montes (de “Bom Dia, Verônica”), os filmes anteriores trouxeram o ponto de vista de um dos condenados. Agora, o público conhecerá o ponto de vista da polícia, por meio da investigação chefiada pela delegada interpretada por Bárbara Colen (“Bacurau”). A direção está novamente a cargo de Maurício Eça e o elenco volta a trazer Carla Diaz como Suzane von Richtofen e Leonardo Bittencourt como Daniel Cravinhos, que planejaram a morte dos pais de Suzane em 2002, com a ajuda do irmão do rapaz, Cristian (Allan Souza Lima). Tudo acontece durante oito dias muito intensos, onde as verdades de cada personagem começam a vir à tona. O LADO BOM DE SER TRAÍDA | NETFLIX Na linha de “Cinquenta Tons de Cinza” e “365 Dias”, a produção é baseada no livro picante de mesmo nome escrito por Debora Gastaldo sob o pseudônimo Sue Hecker, que já vendeu mais de 16 milhões de e-books lidos. Com locações em São Paulo e Ilhabela, no litoral paulista, o longa conta a história de Babi, personagem de Giovanna Lancelotti (“Segundo Sol”), que, após ver seu sonho de casamento ser arruinado por uma traição, decide não entregar seu coração para mais ninguém. Até que uma paixão inesperada a coloca no centro de uma disputa arriscada regada a sexo, amor e perigo, envolvendo um juiz cheio de segredos, vivido por Leandro Lima (“Pantanal”). A produção representa uma surpresa ousada na carreira de Lancellotti, que costuma fazer comédias românticas e novelas da Globo. A adaptação foi escrita por Camila Raffanti, criadora de “Rio Heroes”, com colaboração de Davi Kolb, um dos roteiristas da 1ª temporada de “Bom Dia, Verônica”. A direção é de Diego Freitas, que estreou seu primeiro filme na Netflix, “Depois do Universo”, no ano passado. E o elenco ainda inclui a ex-BBB Camilla de Lucas, Micael (“Pantanal”), Bruno Montaleone (“Verdades Secretas”) e Louise D’Tuani (“Malhação”). * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal. SÉRIES 30 MOEDAS 2 | HBO Max Na série de terror do aclamado cineasta espanhol Álex de la Iglesia (“Balada do Amor e do Ódio”), o foco recai sobre um enredo místico e intrigante que envolve uma antiga relíquia bíblica. A narrativa segue o Padre Vergara (Eduard Fernández), um ex-convicto, exorcista e boxeador, que após um exorcismo malsucedido é exilado pela igreja para uma remota aldeia na Espanha. A sua intenção é deixar o passado para trás, mas a aldeia torna-se o epicentro de eventos bizarros e aterradores. Junto com o prefeito Paco (Miguel Ángel Silvestre) e a veterinária local Elena (Megan Montaner), eles descobrem que uma das 30 moedas de prata, pagas por Judas para trair Jesus, é a chave para os mistérios que assolam a aldeia. A série, criada e dirigida por de la Iglesia, e co-escrita com seu parceiro habitual Jorge Guerricaechevarría (que também assina “Irmã Morte”), segue um choque entre o bem e o mal, envolvendo uma conspiração de proporções bíblicas. Na 2ª temporada, a trama se expande para além da aldeia de Pedraza, mergulhando em lutas de poder pela posse das moedas de Judas, e o papel do Padre Vergara torna-se menos central, dando espaço para outros assumirem o protagonismo. A narrativa torna-se um thriller global, levando os envolvidos a locais variados, como instituições psiquiátricas e as ruas de Madrid, em uma sequência frenética de eventos. A edição mais ágil contribui para um ritmo acelerado, contrastando com a atmosfera de antologia de terror da temporada anterior. Os episódios exploram várias subtramas, cada...
Estreias | 10 séries e 5 filmes para ver em streaming
O melhor do streaming da semana não cabe num Top 10. Só de séries há 10 opções imperdíveis nas plataformas mais populares, enquanto as locadoras digitais recebem 5 filmes recém-saídos dos cinemas, oferecidos em VOD. Entre as séries, destacam-se a esperada 7ª temporada da espanhola “Elite”, que traz a cantora Anitta em seu elenco, além de novas minisséries de suspense, como “Garotas em Chamas” na Paramount+ e “Corpos” na Netflix, mais super-heróis, comédias e aventuras. Uma das maiores curiosidades é a coprodução portuguesa “Codex 632” na Globoplay, que apresenta uma trama de mistério ao estilo de “O Código Da Vinci” com Deborah Secco em seu elenco. Na lista de filmes, os destaques são “A Freira 2”, terror de maior bilheteria do ano, o documentário “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho, que representa o Brasil na busca por uma vaga no Oscar 2023, e mais três títulos vindos do circuito cinematográfico: “Gran Turismo – De Jogador a Corredor”, “Drácula – A Última Viagem do Demeter” e a cinebiografia musical “A Era de Ouro”. Para aproveitar bem a diversidade de opções, confira abaixo um pouco mais sobre cada título e decida se o programa do fim de semana será maratona ou cinema em casa. 10 SÉRIES ELITE 7 | NETFLIX Os novos capítulos marcam a estreia de Anitta na série teen espanhola, como professora de defesa pessoal de Sara (Carmen Arrufat). Além disso, a 7ª temporada destaca a volta do ator Omar Ayuso, que interpretou o personagem Omar durante as cinco primeiras temporadas do programa. Os espectadores também verão mais da aventura de Nico (Ander Puig) e Sonia (Nadia Al Saidi), a chegada de uma mãe perdida e misteriosa na vida de um dos personagens e um romance estilo Romeu e Julieta da máfia. O elenco ainda inclui o brasileiro André Lamoglia (“Juacas”) e a argentina Valentina Zenere (“Sou Luna”), e ganhará novos personagens vividos por Mirela Balić (“Código: Imperador”), Fernando Lindez (“SKAM”), Iván Mendes (“O Caderno de Sara”), Alejandro Albarracín (“O Inocente”) e os veteranos Maribel Verdú (“O Labirinto do Fauno”) e Leonardo Sbaraglia (“Dor e Glória”). Lançada em 2018, a série conquistou o público por combinar melodrama com investigações criminais e cenas de sexo entre adolescentes. Diante do sucesso, já se tornou a série espanhola mais longa da Netflix – e vai se tornar a mais duradoura de todas na plataforma em sua 8ª temporada, já anunciada. GAROTAS EM CHAMAS | PARAMOUNT+ O suspense britânico acompanha a Reverenda Jack Brooks (interpretada por Samantha Morton, de “The Walking Dead”), que chega a uma nova paróquia com sua filha Flo (Ruby Stokes, de “Lockwood and Co.”) na esperança de um novo começo. Entretanto, o vilarejo bucolico de Chapel Croft, em Sussex, é assombrado por um passado sombrio: há cinco séculos, duas garotas protestantes foram queimadas na fogueira e, há 30 anos, duas adolescentes desapareceram sem deixar rastros. Além disso, o antecessor de Jack se enforcou na igreja há três meses. A despeito da atmosfera sombria, Jack e Flo decidem permanecer na vila, mesmo quando um kit de exorcismo é deixado à porta da Igreja, revelando que as ameaças de Chapel Croft não são apenas históricas. Baseada no best-seller de C.J. Tudor, a minissérie se aprofunda na investigação desses mistérios, com Jack e Flo enfrentando visões e descobertas perturbadoras. A hostilidade dos aldeões, em especial do zelador da igreja (David Dawson, de “The Last Kingdom”) e do proprietário de terras local (Rupert Graves, de “Emma.”), revelam um emaranhado de segredos e relações de poder. O vilarejo, com seu passado de traição e desaparecimentos misteriosos, é um personagem à parte na trama, contribuindo para a atmosfera de suspense e terror que permeia a narrativa. A obra foi adaptada pelos roteiristas Hans Rosenfeldt (criador de “Marcella”) e Camilla Ahlgren (criadora de “Barracuda Queens”), e tem direção de Charles Martin (“His Dark Materials”) e Kieron Hawkes (“Fortitude”). CORPOS | NETFLIX A minissérie criminal britânica é baseada na graphic novel homônima de Si Spencer. A trama se passa em quatro décadas diferentes, abrangendo 150 anos, em que quatro detetives investigam o assassinato do mesmo corpo, que é inexplicavelmente encontrado várias vezes no mesmo local em Whitechapel, em Londres. A narrativa singular começa nos anos 1890, quando o detetive Edmond Hillinghead investiga um homicídio em um contexto dominado pelos crimes de Jack, o Estripador. Avançando para os anos 1940, Charles Whiteman descobre um cadáver em meio aos escombros da Blitz em Londres. Já na década de 2010, a detetive Sahara Hasan encontra um corpo não identificado no mesmo local. Por fim, no ano de 2050, a detetive Maplewood depara-se com o assassinato em um mundo pós-apocalíptico. Shira Haas (“Nada Ortodoxa”) vive Maplewood, Jacob Fortune-Lloyd (“O Gambito da Rainha”) é Whiteman, Amaka Okafor (“Sandman”) interpreta Hasan e Kyle Soller (“Anna Karenina”) tem o papel de Hillinghead. Cada um deles faz suas próprias descobertas sombrias sobre o cadáver. Além deles, o elenco destaca Stephen Graham (“Peaky Blinders”). O roteiro é assinado por Paul Tomalin, conhecido por “No Offence” e “Torchwood”, e a produção corre por conta da equipe responsável por “Peaky Blinders”. PATRULHA DO DESTINO 4 – PARTE 2 | HBO MAX A equipe mais bizarra da DC retorna para concluir a série em seus seis últimos episódios. A narrativa retoma do ponto onde pausou em janeiro, trazendo de volta o time excêntrico de super-heróis que, após uma armadilha, perde sua imortalidade e precisa enfrentar o supervilão Immortus. A trama mergulha no tema da mortalidade, uma reflexão constante ao longo da série, agora trazida à tona pela ameaça de Immortus, equilibrando momentos de ação, humor e reflexões profundas sobre vida e morte. Os capítulos exploram as consequências das decisões tomadas pelos membros da Patrulha do Destino, além de destacar suas interações e sentimentos mútuos. O destaque recai sobre os atores principais que, através de atuações convincentes, exploram a evolução emocional e os dilemas enfrentados pelos heróis, culminando em um clímax que ressalta a união e a aceitação de suas individualidades. Desenvolvida por Jeremy Carver (“The Exorcist”), a série é estrelada por April Bowlby (a Stacy de “Drop Dead Diva”) como Mulher-Elástica, Diane Guerrero (a Martiza de “Orange Is the New Black”) como Crazy Jane, Joivan Wade (Rigsy na série “Doctor Who”) como Ciborgue, além de Brendan Fraser (“A Baleia”) e Matt Bomer (de “White Collar” e “American Horror Story”) como dubladores e intérpretes das cenas de flashback dos personagens Homem-Robô e Homem Negativo, respectivamente. Para completar, Michelle Gomez (“O Mundo Sombrio de Sabrina”), introduzida no terceiro ano como a vilã Madame Rouge, também segue no elenco como uma versão regenerada de sua personagem. WHAT WE DO IN THE SHADOWS 5 | STAR+ A série criada por Jemaine Clement (“Flight of the Conchords”) e baseada no filme homônimo de 2014 dirigido por Clement e Taika Waititi (“Thor: Amor e Trovão”), possui uma abordagem humorística peculiar ao explorar as tradições vampíricas em contraste com a vida moderna. Os protagonistas são dois vampiros antiquados e uma vampira que não aceita desaforos, e ainda há um vampiro enérgico (que suga energias com sua chatice) e um assistente humano. Nos novos capítulos, Guillermo, o humano, almeja transformar-se em um vampiro e toma medidas para alcançar seu objetivo, desencadeando consequências inesperadas. Além disso, a série continua a apresentar situações humorísticas e absurdas, como a primeira incursão dos vampiros em um shopping. O elenco é formado por Matt Berry (da saudosa série “The IT Crowd”), Natasia Demetriou (“Year Friends”), Kayvan Novak (“As Aventuras de Paddington”), Harvey Guillen (“The Magicians”) e Mark Proksch (“The Office”), além de contar com a participação especial de Kristen Schaal (“O Último Cara da Terra”). A série já se encontra renovada até a 6ª temporada. UPLOAD 3 | PRIME VIDEO Primeira série criada por Greg Daniels desde o fim de “Parks and Recreation” em 2015, a comédia de ficção científica é uma espécie de “The Good Place” digital e capitalista, que se passa numa época em que os seres humanos podem continuar existindo após a morte, por meio do upload de suas consciências num céu virtual. Mas o negócio é caro e apenas os muito ricos conseguem uma pós-vida deluxe. Na trama, o remediado protagonista Nathan (vivido por Robbie Amell, o Nuclear da série “The Flash”) só vai pro céu porque Ingrid (Allegra Edwards, de “Briarpatch”), sua namorada rica e fútil, quer continuar a vê-lo via realidade virtual. Ao ter a consciência enviada para o paraíso, Nathan também passa a conviver com Nora (Andy Allo, de “A Escolha Perfeita 3”), funcionária responsável pelo atendimento aos clientes desse negócio, e os dois acabam se conectando de formas que não poderiam esperar. A 3ª temporada extrapola o triângulo amoroso ao mostrar um “download” de Nathan, que volta para o mundo real, onde passa a viver um romance com Nora. Só que Ingrid não se conforma com seu desparecimento do céu virtual e recria o namorado com um arquivo antigo de sua consciência. Com isso, Nathan se multiplica em dois e passa a experimentar simultaneamente uma vida real e outra virtual. HOW TO BE CARIOCA | STAR+ A nova série de Carlos Saldanha, diretor das animações “A Era do Gelo”, “Rio” e “Ferdinando”, e criador de “Cidade Invisível”, traz Seu Jorge e outros atores mostrando a hospitalidade carioca para turistas gringos, em clima leve de comédia. A trama é baseada no livro da americana Priscilla Goslin, lançado em 1992, que descreve, de maneira cômica, hábitos e manias dos cariocas. Na adaptação, turistas da Alemanha, Argentina, Israel, Angola e Síria vivem aventuras durante experiências com a cultura local do Rio de Janeiro. São seis episódios de 40 minutos e cada um é apresentado como um manual de sobrevivência carioca. O elenco também inclui Débora Nascimento, Douglas Silva, Nego Ney, Raquel Villar, Malu Mader, Heloísa Jorge, Dan Ferreira, Mart’Nalia, Sérgio Loroza, Nando Cunha, Verónica Llinás, Andrea Frigerio, Peter Ketnath, Ahmad Kontar, Swell Ariel Or, Lelis Twevekamba e a cantora Fernanda Abreu. Já a equipe de produção e criação é formada por Carlos Saldanha, Diogo Dahl (“Novo Mundo”) e Joana Mariani (“O Cheiro do Ralo”), com Saldanha assinando ainda a direção artística e Joana, a direção geral. Para completar, a trilha sonora traz Maria Gadú. CODEX 632 | GLOBOPLAY Espécie de “O Código Da Vinci” português, a série é baseada num best-seller de José Rodrigues dos Santos e foi coproduzida pela Globoplay e a RTP. A aventura gira em torno de Tomás de Noronha, professor universitário contratado para continuar uma investigação aberta pelo seu falecido mentor, Martinho Toscano, que morreu no Rio de Janeiro em circunstâncias misteriosas. Perito em criptanálise e línguas antigas, o personagem tenta descodificar uma cifra e um segredo: a verdadeira identidade e missão do navegador Cristóvão Colombo ao “descobrir” a América, algo que pode mudar radicalmente a percepção coletiva da História do mundo. Lançado em 2005, “Codex 632” foi o primeiro dos livros com aventuras de Tomás de Noronha, que se transformaram numa franquia com mais de uma dezena de títulos publicados. O ator português Paulo Pires, conhecido dos brasileiros por sua participação na novela dos anos 1990 “Salsa e Merengue”, da Globo, vive o papel principal. Ele também esteve recentemente na série espanhola “White Lines”, da Netflix. Além disso, a produção conta com participação de artistas brasileiras, com destaque para Deborah Secco, que vive a esposa do protagonista, além de Betty Faria e Paulo Borges. DOONA! | NETFLIX O K-drama romântico é baseado num webtoon popular e acompanha Joon, um estudante universitário que, ao se mudar para um novo apartamento no seu primeiro dia de faculdade, surpreende-se ao descobrir que a ex-estrela do K-Pop Lee Doo-na mora no mesmo prédio. Logicamente, ele não consegue resistir a seu charme brutal. Mas conquistar a idol, cuja personalidade explosiva afasta quem está perto, não será tarefa fácil, mesmo que consiga descobrir os segredos que ela esconde. A atriz e cantora Bae Suzy (“Apostando Alto”), ex-integrante do grupo Miss A, dá vida à Lee Doo-na, enquanto Yang Se-Jong (“Dr....
Estreias | As 10 melhores novidades de streaming da semana
A programação de filmes e séries online destaca dois lançamentos em VOD que acabam de passar nos cinemas: “Missão: Impossível – Acerto de Contas”, com Tom Cruise em mais uma aventura arriscada, e aquele que é considerado o melhor terror do ano, “Fale Comigo”. O gênero também está em alta entre as séries, com “A Queda da Casa Usher”, nova obra do diretor Mike Flanagan (“A Maldição da Residência Hill”), além da 3ª temporada de “Chucky” e o revival de “Goosebumps”, que oferece horror juvenil para antecipar o Halloween no Dia das Crianças. Confira abaixo a lisa completa com as 10 melhores novidades de streaming da semana. MISSÃO: IMPOSSÍVEL – ACERTO DE CONTAS PARTE 1 | VOD* Tom Cruise volta a fazer o impossível no papel de Ethan Hunt, o agente incansável da MIF (Força Missão Impossível), que desta vez enfrenta um inimigo conhecido como a Entidade, um programa de inteligência artificial prestes a ganhar consciência e ameaçar a existência do mundo. Como sempre, ele conta com o ótimo elenco de apoio composto por Rebecca Ferguson, Ving Rhames e Simon Pegg, além de Vanessa Kirby, vista no longa anterior, e da nova adição de Hayley Atwell (a “Agente Carter”), com quem se junta para explorar a paranoia mundial em torno da recente ascensão da inteligência artificial. Mas a trama em si é mera desculpa para um impressionante desfile de cenas vertiginosas passadas num cenário global, que vão desde o deserto árabe até a capital italiana, sem esquecer abismos da Noruega, enquanto Ethan e sua equipe envolvem-se em perseguições frenéticas de carros, saltos de paraquedas e trem em disparada. A dedicação de Cruise e sua insistência em realizar suas próprias cenas de ação se traduzem em sequências que justificam o nome de “Missão: Impossível” – e que são uma característica definidora da marca. Unanimidade entre a crítica, com 96% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme também tem um desfecho trágico para os fãs da franquia, enquanto prepara o terreno para o que está por vir no próximo capítulo da saga. FALE COMIGO | VOD* Com a fama de melhor terror dos últimos anos, o longa de estreia dos irmãos gêmeos Danny e Michael Philippou apresenta uma trama de possessão diferente de tudo que já foi feito. O filme acompanha um grupo de jovens na Austrália, que descobrem uma mão embalsamada que supostamente pertenceu a um médium ou satanista. Essa mão torna-se o objeto central de um jogo perigoso e viciante, que permite aos jogadores comunicar-se com os mortos. Ao segurar a mão e pronunciar as palavras “fale comigo”, o jogador pode ver o que parece ser um fantasma. Ao adicionar “eu te deixo entrar”, o espírito assume o controle do corpo do jogador até que alguém retire o objeto de suas mãos. Existem regras adicionais envolvendo uma vela e um tempo limite, para impedir que a possessão não dure mais de 90 segundos. A protagonista, Mia (Sophie Wilde, de “Eden”), uma adolescente introvertida que perdeu a mãe, é atraída por essa experiência sobrenatural, inicialmente tratada como uma atração de festa, mas logo descobre como a brincadeira pode ser mortal quando as regras são quebradas. A trama também aborda temas como a cultura da internet, onde a possessão demoníaca se torna uma tendência viral, e a busca por escapismo através de rituais perigosos. O filme foi um sucesso instantâneo no Festival de Sundance deste ano, quando caiu nas graças dos críticos e desencadeou uma guerra por seus direitos de distribuição – vencida pelo estúdio indie especializado A24. Com impressionantes 95% de aprovação da crítica, registrada no site Rotten Tomatoes, a obra chama atenção pelos efeitos assustadores e a habilidade dos diretores em equilibrar humor e terror. A QUEDA DA CASA USHER | NETFLIX A nova minissérie de terror do diretor Mike Flanagan volta ao tema das assombrações, que geraram suas melhores produções, “A Maldição da Residência Hill” (2018) e “A Maldição da Mansão Bly” (2020). Desta vez, a trama é baseada num clássico da literatura gótica de Edgar Allan Poe. Publicado em 1893, o conto original é um mergulho na loucura, isolamento e identidades metafísicas, que gira em torno de uma visita à casa de Roderick Usher, onde os moradores encontram-se sob uma estranha maldição. O texto clássico já ganhou várias adaptações no cinema – a mais antiga foi produzida em 1928 com roteiro do mestre do surrealismo Luis Buñuel e a mais famosa chegou aos cinemas em 1960, com o título brasileiro de “O Solar Maldito” e é considerada a obra-prima da carreira do diretor Roger Corman e do ator Vincent Price. O conto, porém, nunca foi estendida como uma minissérie de oito capítulos, o que resultou em diversas alterações. Na versão escrita, produzida e dirigida por Flanagan, a história se passa nos dias de hoje e é praticamente uma “Successsion” do terror, com os irmãos Roderick (Bruce Greenwood, de “Star Trek”) e Madeline Usher (Mary McDonnell, de “Battlestar Galactica”) à frente de um império de riqueza, privilégios e poder, construído por meio de crueldade. O passado sombrio da família vem à tona quando os herdeiros começam a morrer nas mãos de uma mulher misteriosa e assustadora, vivida por Carla Gugino (“A Maldição da Residência Hill”), que demonstra poderes sobrenaturais ao exercer sua vingança. Bem distinta da fonte original, a produção ainda insere diversas referências às obras de Poe como easter eggs na trama, seja um gato negro aqui ou um corvo acolá. Vale apontar que o elenco inclui várias figurinhas repetidas das séries e filmes anteriores de Flanagan, como Henry Thomas (“A Maldição da Residência Hill”), Kate Siegel (“A Maldição da Residência Hill”), T’Nia Miller (“A Maldição da Mansão Bly”), Katie Parker (“A Maldição da Mansão Bly”), Zach Gilford (“Missa da Meia-Noite”), Annabeth Gish (“Missa da Meia-Noite”), Michael Trucco (“Missa da Meia-Noite”), Samantha Sloyan (“Missa da Meia-Noite”), Rahul Kohli (“Missa da Meia-Noite”), Carl Lumbly (“Doutor Sono”), Robert Longstreet (“Doutor Sono”), Kyleigh Curran (“Doutor Sono”), Ruth Codd (“O Clube da Meia-Noite”), Sauriyan Sapkota (“O Clube da Meia-Noite”), Crystal Balint (“O Clube da Meia-Noite”), Aya Furukawa (“O Clube da Meia-Noite”), Matt Biedel (“O Clube da Meia-Noite”) e Igby Rigney (“O Clube da Meia-Noite”), enquanto os “novatos” se resumem a Mark Hamill (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), Paola Nuñez (“Bad Boys Para Sempre”), Willa Fitzgerald (“Pânico: A Série”), Malcolm Goodwin (“iZombie”) e Daniel Jun (“The Expanse”). O PRÓPRIO ENTERRO | AMAZON PRIME VIDEO A comédia de tribunal reúne os vencedores do Oscar Jamie Foxx (“Dupla Jornada”) e Tommy Lee Jones (“Ad Astra”). Baseado em fatos reais, o enredo acompanha Willie E. Gary (Foxx), advogado especializado em danos pessoais, que se junta ao proprietário de funerária Jeremiah Joseph O’Keefe (Jones) num processo litigioso contra o conglomerado funerário de Raymond Loewen (Bill Camp), mergulhando na complexidade e nos subterfúgios desse setor. O filme também oferece um olhar sobre a trajetória ambiciosa e pouco convencional de Gary, que inicialmente reluta em assumir o caso, mas é persuadido por um advogado mais jovem, que aponta que o caso será julgado em uma cidade majoritariamente negra. Isso leva a uma série de confrontos de tribunal entre Gary e Mame Downes, uma advogada negra interpretada por Jurnee Smollett (“Aves de Rapina”), contratada para defender o Grupo Loewen. A obra não se concentra apenas na batalha legal, mas também nas relações humanas e dilemas morais que a envolvem, tornando-se mais do que apenas um drama jurídico, mas um exame das questões sociais e raciais que afetam as pessoas fora do tribunal. Além disso, consegue equilibrar esses elementos mais pesados com momentos de humor e uma energia contagiante, que o transformam num tipo de entretenimento como não se via desde “Erin Brokovich” (2000). A direção é de Maggie Betts (“Noviciado”), que também assina o roteiro com o dramaturgo Doug Wright (“Contos Proibidos do Marquês de Sade”). O lançamento ocorre meses após Foxx ter enfrentado um problema de saúde ainda não esclarecido em abril. O ator já se recuperou completamente e este será seu segundo lançamento após o susto – o primeiro foi a comédia sci-fi “Clonaram Tyrone”, lançada em julho. As notícias sobre o problema de saúde surgiram em junho, e desde então o ator se manteve cercado por um círculo íntimo de apoio. ANGELA | AMAZON PRIME VIDEO O filme de true crime mais esperado do ano traz Isis Valverde (“Simonal”) como Angela Diniz, socialite que foi assassinada pelo próprio marido, num crime que se tornou divisor de águas no movimento feminista e no Direito brasileiros. Durante o julgamento do assassino, que deu quatro tiros no rosto da companheira em dezembro de 1976, no auge de uma discussão na Praia dos Ossos, em Búzios, Rio de Janeiro, a defesa alegou “legítima defesa da honra” para tentar absolvê-lo do caso. Raul “Doca” Street alegou ter matado “por amor”. O argumento gerou polêmica. Militantes feministas organizaram um movimento cujo slogan – “quem ama não mata” – virou, anos mais tarde, o título de uma minissérie da Globo. Até o grande poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) se manifestou: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”, referindo-se à estratégia da defesa de culpabilizar Angela Diniz por seu próprio assassinato. A tese da “legítima defesa da honra” constava no Código Penal da época, mas mesmo assim Doca Street foi condenado a 15 anos de prisão. Na década seguinte, a nova Constituição, elaborada ao fim da ditadura, acabou com essa desculpa para o feminicídio, mas só agora, em agosto de 2023, o STF (Supremo Tribunal Federal) a tornou oficialmente inconstitucional. Com boa recriação dos anos 1970, o diretor Hugo Prata (“Elis”) mostra o machismo da época e a dificuldade de Leila Diniz para se desvencilhar do marido violento, com medo de ser “malvista” pela sociedade. O elenco ainda destaca Gabriel Braga Nunes (“Verdades Secretas”) no papel de Doca Street, além de Bianca Bin (“O Outro Lado do Paraíso”), Emílio Orciollo Netto (“O Mecanismo”), Chris Couto (“Não Foi Minha Culpa”), Gustavo Machado (“A Viagem de Pedro”) e Carolina Manica (“Vale dos Esquecidos”). UMA QUESTÃO DE QUÍMICA | APPLE TV+ A minissérie estrelada e produzida por Brie Larson (“Capitã Marvel”) se passa nos anos 1950 e adapta o best-seller homônimo de Bonnie Garmus sobre uma química brilhante, que sofre com o machismo até se transformar numa celebridade televisiva. Na trama, Elizabeth Zott (Larson) é impedida de continuar sua carreira científica por não ser homem. Depois de ser demitida de seu laboratório, ela aceita um emprego como apresentadora de um programa de culinária na TV. Mas, em vez de mostrar receitas, surpreende ao passar a fazer comentários entre os pratos, mostrando a uma nação de donas de casa negligenciadas – e aos homens sintonizados – as delícias do feminismo. O elenco inclui Lewis Pullman (“Top Gun: Maverick”) como par romântico da protagonista, além de Aja Naomi King (“O Nascimento de Uma Nação”), Stephanie Koenig (“The Flight Attendant”), Kevin Sussman (“The Big Bang Theory”), Patrick Walker (“Gaslit”) e Thomas Mann (“Project X”). A adaptação foi feita pelo showrunner Lee Eisenberg (“The Office”) e a direção é de Sarah Adina Smith (“Pássaros da Liberdade”). CHUCKY 3 | STAR+ A 3ª temporada encontra o Brinquedo Assassino na Casa Branca. O boneco vai parar simplesmente com o filho do presidente dos EUA, interpretado por Devon Sawa em seu quarto papel na atração – após viver o padre Bryce e os irmãos Wheeler. Jennifer Tilly também faz parte da nova temporada, mantendo seu protagonismo na sagaa desde “A Noiva de Chucky” (1998). A versão seriada de “Chucky” foi desenvolvida por Don Mancini, que também é o criador do personagem. Ele escreveu o roteiro do primeiro “Brinquedo Assassino” em 1988 e desde então explora a franquia sem parar – roteirizou sete longas e dirigiu três deles. Além de escrever os roteiros e produzir os episódios, Mancini também dirigiu o capítulo inaugural da série. Continuação direta dos filmes, a série também recupera a dublagem clássica de Chucky, feita pelo ator Brad Dourif, num contraponto ao...
Confira as 10 principais novidades do streaming nesta semana
O Top 10 do streaming desta semana destaca novas temporadas de séries muito esperadas, como “Loki” e “Lupin”. Enquanto a produção da Marvel avança a narrativa atual do MCU, com viagens temporais e múltiplas realidades, “Lupin 3” volta a explorar as façanhas do ladrão Assane Diop, agora transformado no criminoso mais procurado da França. A apuração das melhores séries inclui ainda “Twisted Metal”, adaptação da famosa franquia de jogos para PlayStation, e a brasileira “A Divisão”, que chega à sua 3ª temporada retratando sequestros no Rio de Janeiro. Já entre os filmes, chama atenção a quantidade de títulos de terror, que antecipam o clima do Halloween, celebrado no final do mês. Além disso, “Besouro Azul” é o grande lançamento das locadoras digitais. Aprofunde-se mais na seleção, com trailers, sinopses e detalhes, conferindo a curadoria abaixo. LOKI 2 | DISNEY+ A melhor série do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) retoma sua história do ponto em que foi interrompida em 2021, após Sylvie (Sophie Martino) enviar o universo para o caos ao esfaquear Aquele Que Permanece – a variante de Kang (Jonathan Majors) que criou a TVA (sigla em inglês para Autoridade de Variância Temporal) para proteger a Linha do Tempo Sagrada. Como resultado, Loki (Tom Hiddleston) é transportado para a sede da TVA, mas no passado, e se vê preso num vortex temporal, que o faz ir e voltar no tempo sem parar. Para se salvar, ele precisa de ajuda de Mobius (Owen Wilson) e do novo personagem vivido por Ke Huy Quan (de “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”), um inventor/engenheiro/técnico de TI da TVA, enquanto a agência despacha tropas para exterminar Sylvie. Além de Sylvie, outros membros da TVA, o próprio Kang e até a Senhorita Minutos, a mascote da TVA, estão perdidos no tempo, conduzindo os próximos episódios para uma aventura temporal e pelo multiverso. Os principais integrantes da 1ª temporada estão de volta, incluindo Hiddleston, Di Martino, Majors, Wilson, Gugu Mbatha-Raw (Renslayer), Wunmi Mosaku (Hunter B-15) e Tara Strong (dublando a Senhorita Minutos). Roteirista da 1ª temporada e de “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, Michael Waldron continua à frente da atração, enquanto a direção dos novos episódios passou para a dupla Justin Benson e Aaron Moorhead, diretores de “Cavaleiro da Lua”. LUPIN 3 | NETFLIX A série segue as peripécias de Assane Diop (Omar Sy), um ladrão astuto que se inspira no personagem Arsène Lupin, uma figura icônica da literatura francesa, considerado o maior ladrão da ficção. Na parte 3, ele anuncia que vai roubar uma valiosa pérola negra e nem as ações preventivas da polícia conseguem impedi-lo. Entretanto, a trama tem uma reviravolta quando sua mãe é raptada por criminosos que desejam o fruto de seu roubo. As Partes 1 e 2 de “Lupin” conquistaram o público e tornaram a produção a série francesa mais vista da Netflix, graças a uma trama intensa e divertida que conduz Assane em um jogo de tudo ou nada. O clima de suspense, as referências e os easter eggs da trama, bem como a interpretação carismática de Omar Sy, foram alguns dos elementos que contribuíram para seu sucesso. BESOURO AZUL | VOD* O primeiro filme de super-herói latino da DC – e estreia de Bruna Marquezine em Hollywood – é melhor que seu trailer deixa entrever, graças a um elenco carismático e o uso extensivo da família do herói, que alimenta cenas de humor bem alinhadas com as sequências de ação. Entretanto, não escapa dos clichês dos filmes de origem e dos problemas crônicos das produções da DC, como vilões genéricos, efeitos visuais fracos e uma narrativa previsível. Em seu primeiro papel em inglês, Marquezine vive Jenny Kord, personagem que não existe na DC Comics, mas que no filme é apresentada como filha de Ted Kord (o segundo Besouro Azul dos quadrinhos), que ao tentar preservar o legado de seu pai desaparecido e impedir que sua tecnologia caia nas mãos de sua tia maligna, torna-se responsável por entregar o besouro alienígena a Jaime Reyes, vivido por Xolo Maridueña (“Cobra Kai”). O problema é que o artefato transforma o jovem no hospedeiro de uma arma de outro mundo. Ao se fundir à espinha de Jaime, o traje tecnológico extraterrestre possibilita ao adolescente do Texas aumentar sua velocidade e sua força, além de materializar armas, asas e escudos. Só que o uniforme tem uma agenda própria e não é sempre que obedece aos comandos do jovem – por sinal, a voz emitida pelo traje é fornecida pela cantora Becky G (“Power Rangers”). O roteiro foi escrito por por Gareth Dunnet-Alcocer (do remake de “Miss Bala”), a direção é de Ángel Manuel Soto (“Twelve”) e o elenco ainda destaca Adriana Barraza (“Rambo: Até o Fim”), Damian Alcázar (“O Poderoso Vitória”), Raoul Max Trujillo (“Mayans M.C.”), George Lopez (“As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl”), Harvey Guillén (“What We Do in the Shadows”) e Susan Sarandon (“Thema e Louise”) como a tia vilã de Marquezine. JOGO JUSTO | NETFLIX O suspense erótico, que foi adquirido por US$ 20 milhões em um dos maiores negócios do Festival de Sundance deste ano, acompanha o complexo relacionamento de um casal ambicioso. Vividos por Phoebe Dynevor (“Bridgerton”) e Alden Ehrenreich (“Han Solo: Uma História Star Wars”), eles competem pelo poder em uma firma financeira implacável. Quando uma promoção cobiçada surge, as trocas de apoio entre os amantes começam a azedar e se transformar em algo mais sinistro. À medida que a dinâmica de poder muda irrevogavelmente em seu relacionamento, o casal passa a enfrentar o verdadeiro preço do sucesso e os limites inquietantes da ambição. O filme marca a estreia da roteirista e diretora Chloe Domont, que já dirigiu episódios das séries “Ballers” da HBO e “Billions” da Showtime, e recebeu muitas críticas positivas após sua estreia em Sundance, atingindo 90% de aprovação no Rotten Tomatoes e elogios à sua abordagem do mundo pós-#MeToo. O elenco também inclui Eddie Marsan (“Ray Donovan”), Rich Sommer (“Mad Men”) e Sebastian De Souza (“The Great”). DEZESSEIS FACADAS | PRIME VIDEO A comédia de horror estrelada por Kiernan Shipka (“O Mundo Sombrio de Sabrina”) tem viagem no tempo e psicopata mascarado, numa espécie de mashup de “De Volta para o Futuro”, por sinal citado literalmente na trama, com “Sexta-Feira 13”. O filme acompanha o retorno de um infame serial killer, batizado de “Sweet Sixteen Killer”, na noite de Halloween, 35 anos após o chocante assassinato de três adolescentes, para reivindicar uma quarta vítima. A personagem de Shipka é Jamie, uma jovem de 17 anos que ignora avisos de sua mãe superprotetora (Julie Bowen, de “Modern Family”) e se depara com o maníaco mascarado. Em fuga por sua vida, ela acidentalmente viaja no tempo para 1987, ano dos assassinatos originais. Forçada a navegar pela cultura desconhecida e extravagante dos anos 1980, Jamie se une à versão adolescente de sua mãe (Olivia Holt, de “Manto e Adaga”) para derrotar o assassino de uma vez por todas, tentando evitar ficar presa no passado para sempre. Dirigido por Nahnatchka Khan (“Young Rock”), o terrir tem roteiro de David Matalon (“Até o Fim”), Sasha Perl-Raver (“Let’s Get Merried”) e Jen D’Angelo (“Abracadabra 2”). BOOGEYMAN – SEU MEDO É REAL | STAR+ Adaptação de um conto de Stephen King, o terror atmosférico acompanha uma adolescente e sua irmã mais nova que que se veem atormentadas por uma presença sinistra, enquanto ainda estão se recuperando da trágica morte da sua mãe. Com medo de um monstro que se esconde na escuridão – visto apenas pelas crianças – , elas tentam fazer com que seu pai, ainda em luto, perceba aquela ameaça antes que seja tarde demais. O elenco é formado por Sophie Thatcher (“Yellowjackets”), Vivien Lyra Blair (“Obi-Wan Kenobi”), Chris Messina (“Eu Me Importo”) e David Dastmalchian (“O Esquadrão Suicida”). O roteiro foi escrito por Scott Beck e Bryan Woods (roteiristas de “Um Lugar Silencioso”), em parceria com Mark Heyman (“Cisne Negro”), e a direção é de Rob Savage (“Cuidado com quem Chama”). CEMITÉRIO MALDITO: A ORIGEM | PARAMOUNT+ Prólogo da obra de Stephen King sobre o cemitério onde os enterros viram ressurreições, o filme se passa em 1969 e segue o jovem Jud Crandall (o personagem de John Lithgow no remake recente), que sonha em deixar sua cidade natal para trás, mas ao descobrir segredos sinistros é forçado a enfrentar uma história familiar sombria que o manterá para sempre conectado àquele local. Juntos, Jud e seus amigos de infância devem lutar contra um antigo mal que toma conta de Ludlow desde a sua fundação e que, uma vez desenterrado, tem o poder de destruir tudo em seu caminho. O elenco também inclui Jackson White (“Me Conte Mentiras”), Forrest Goodluck (“O Regresso”), Jack Mulhern (“Mare of Easttown”), Natalie Alyn Lind (“The Goldbergs”) e Isabella Star LaBlanc (“Solte o Ar Bem Devagar”), além de participações de Pam Grier (“Jackie Brown”), David Duchovny (“Arquivo X”) e Samantha Mathis (“Billions”). A adaptação foi escrita pela roteirista Lindsey Beer (“Sierra Burgess é uma Loser”), que também faz sua estreia na direção no projeto. MANSÃO MAL-ASSOMBRADA | DISNEY+ A adaptação cinematográfica da famosa atração dos parques da Disney dividiu a crítica dos EUA entre os que gostaram de sua proposta de terror infantil e os que lamentaram a falta de graça das piadas. A maioria ficou com o segundo o time. A trama gira em torno de um astrofísico interpretado por LaKeith Stanfield (“Judas e o Messias Negro”), que desenvolveu uma “câmera quântica” capaz de fotografar fantasmas e é convocado pelo Padre interpretado por Owen Wilson (“Loki”) para investigar as visitas espectrais noturnas na mansão mal-assombrada do título. Reunindo ainda uma médium excêntrica (Tiffany Haddish, de “Sócias em Guerra”) e um professor universitário ainda mais excêntrico (Danny DeVito, de “It’s Always Sunny in Philadelphia”), os protagonistas se juntam para identificar a origem da infestação de fantasmas na casa, recentemente adquirida por uma mãe solteira (Rosario Dawson, de “Ahsoka”) e seu jovem filho. Ao explorar o local, eles descobrem a bola de cristal de Madame Leota (Jamie Lee Curtis, de “Halloween”), que os alerta sobre uma aparição misteriosa conhecida apenas como o “Fantasma da Caixa de Chapéu” – um papel creditado a Jared Leto (“Morbius”), embora o personagem seja totalmente criado por CGI. Apesar de ser uma comédia infantil, “A Mansão Mal-Assombrada” não foge da escuridão inerente a uma história sobre uma casa com espíritos de centenas de pessoas mortas. Há uma quantidade considerável de discussão sobre perda e tristeza, e Stanfield entrega um monólogo sobre sua falecida esposa que é surpreendentemente triste para o que é essencialmente um filme para assustar crianças. Vale lembrar que “Mansão Assombrada” já foi transformada numa comédia com Eddie Murphy, que foi um fracasso de bilheterias em 2003. Mas o estúdio foi destemido e decidiu filmar um roteiro de Kate Dipold, responsável por “Caça-Fantasmas” – também conhecido como “a versão feminina” de “Os Caça-Fantasmas” – , que foi outra atração do gênero terrir infantil a dar prejuízo. A direção é de Justin Simien (“Cara Gente Branca”). TWISTED METAL | HBO MAX A série baseada na franquia de jogos para PlayStation traz Anthony Mackie (“Falcão e o Soldado Invernal”) como John Doe, que precisa atravessar um deserto pós-apocalíptico e entregar um pacote misterioso para conseguir uma vida melhor. Game clássico de combate veicular, “Twisted Metal” começou no PlayStation em 1995 e já conta com oito títulos, em que o jogador enfrenta diferentes motoristas assassinos numa perseguição mirabolante. Desenvolvida por Michael Jonathan Smith (“Cobra Kai”), a trama acompanha John Doe por estradas e cidades devastadas, incluindo Lost Vegas – as ruínas de Las Vegas – , em luta contra diferentes veículos, incluindo um caminhão de sorvete dirigido pelo pior dos vilões: Sweet Tooth, um palhaço aterrorizante que é dublado por Will Arnett (“BoJack Horseman”) e interpretado pelo musculoso lutador de WWE Samoa Joe. O elenco também inclui Stephanie Beatriz (“Brooklyn Nine Nine”), Neve Campbell (“Pânico”) e Thomas Haden Church (“Homem Aranha:...











