Extrema direita europeia ataca público de filme gay na Geórgia
O público do premiado “And Then We Danced” foi agredido na première do filme na Geórgia, país da antiga União Soviética, por um grupo de manifestantes da extrema direita do país. O longa, que conta uma história de amor LGBTQIA+, entre dois jovens dançarinos georgianos de balé, gerou quebra-quebra nas ruas da capital do país na sexta-feira (8/11). Centenas de manifestantes se juntaram para bloquear as ruas no lado de fora do cinema em que aconteceu a première no centro de Tbilisi, com o objetivo de cercar e atacar o público do filme. Uma mulher foi parar no hospital e dois policiais que tentaram conter as hostilidades acabaram feridos. Cantando “Vida longa à Georgia” e “Vergonha”, os agressores – alguns segurando cruzes e símbolos religiosos – tentaram forçar a entrada ao cinema, mas foram impedidos pela polícia. “Não é apenas um filme. É um insulto à nossa fé, às nossas tradições e a tudo que é sagrado para nós”, disse um dos manifestantes, identificado como Guram Damenia, para a imprensa do país. A polícia afirmou neste sábado que prendeu mais de 25 pessoas durante o ato violento. Dirigido por Levan Akin, georgiano residente na Suécia, “And Then We Danced” teve première no Festival do Cannes e já venceu uma dezena de prêmios em festivais ao redor do mundo. O filme também é o candidato da Suécia a uma vaga na disputa do Oscar de Melhor Filme Internacional e tem 93% de aprovação da crítica de língua inglesa, segundo o site Rotten Tomatoes. Akin emitiu um comunicado condenando a violência – nada cristã – dos grupos que usam a religião para tentar impedir a exibição do filme, batendo inclusive em mulheres. “Muitas pessoas me perguntaram o que aconteceu na Geórgia em relação à estréia de ‘And Then We Dance’ na sexta-feira. Alguns grupos de extrema direita e a Igreja basicamente condenaram o filme e planejam impedir as pessoas de participar das sessões esgotadas. É absurdo que as pessoas que compraram ingressos precisem ser corajosos e arriscarem ser assediados ou até agredidos apenas para assistirem a um filme. Eu fiz este filme com amor e compaixão. É a minha carta de amor à Geórgia e à minha herança. Com essa história, eu queria recuperar e redefinir a cultura georgiana para incluir todos, não apenas alguns. Infelizmente, porém, os tempos em que vivemos são sombrios e os protestos violentos apenas provam como é vital enfrentar essas forças sombrias da maneira que pudermos”. Veja abaixo o trailer oficial de “And Then We Danced”, com legendas em inglês. O longa faz parte da mostra Mix Brasil, que começa sua 27ª edição na quinta-feira (14/11) em São Paulo.
Silicon Valley: Última temporada da série ganha trailer
A HBO divulgou o trailer da 6ª e última temporada de “Silicon Valley”, que mostra Richard (Thomas Middleditch) no meio de uma guerra tecnológica por causa do uso indevido de dados de usuários na internet. Lançada em 2014, a série é ambientada no Vale do Silício, região na Califórnia que reúne empresas de tecnologia como Apple e Google, e acompanha um grupo de amigos que tenta emplacar sua própria empresa de informática. Os atores Thomas Middleditch, Kumail Nanjiani, Zach Woods, Martin Starr e Amanda Crew formam o núcleo principal do elenco. O comediante T.J. Miller (o Fuinha de “Deadpool”) também fez parte da produção até sua 4ª temporada, mas acabou saindo do elenco após uma série de polêmicas envolvendo o seu nome, incluindo abusos de álcool e drogas, acusações de assédio sexual e uma bizarra prisão por fazer falsa ameaça de bomba. O final de “Silicon Valley” vai acontecer no mesmo ano em que a HBO se despediu de dois de seus maiores sucessos de público e crítica, as séries “Game of Thrones” e “Veep”. Os episódios finais da série começam a ser exibidos no domingo (27/10).
The Sinner: Trailer da 3ª temporada traz Matt Bomer como principal suspeito
O canal pago americano USA Network divulgou o primeiro trailer completo da 3ª temporada de “The Sinner”, que destaca a participação do ator Matt Bomer como principal suspeito do próximo caso misterioso do detetive Harry Ambrose (Bill Pullman). Bomer vai viver Jamie, que espera o seu primeiro filho com a mulher quando um acidente muito suspeito abala sua jovem família. O papel marca a volta do ator para o canal que, entre 2009 e 2014, exibiu “White Collar”, a série que o projetou. Mais recentemente, ele apareceu em produções como “American Horror Story” e “The Last Tycoon”, e atualmente estrela “Doom Patrol” (a série da Patrulha do Destino), renovada para sua 2ª temporada. Além dele, o trailer do terceiro ano da série criada por Derek Simonds também dá ênfase a mais um personagem suspeito, vivido por Chris Messina (“Objetos Cortantes”). A série é disponibilizado no Brasil pela Netflix.
Ballerina: Diretor de Anjos da Noite vai comandar spin-off de John Wick
O primeiro filme derivado da franquia “John Wick” definiu o seu diretor. “Ballerina” será dirigido por Len Wiseman, que lançou a franquia “Anjos da Noite” em 2003, além de ter comandado “Duro de Matar 4.0” (2007) e o remake de “O Vingador do Futuro” (2010). O longa será focado em um elemento visto apenas de relance em “John Wick 3: Parabellum”, lançado este ano. Quando o personagem de Keanu Reeves visita A Diretora (Anjelica Huston), a cena revela garotas sendo treinadas em artes marciais e balé. Uma dessas assassinas letais vai ancorar a trama de “Ballerina”. Co-roteirista de “Parabellum”, Shay Hatten assina a trama do spin-off, que tem produção do diretor Chad Stahelski e do astro Keanu Reeves, responsáveis pelo sucesso da saga principal. Hatten tem só 25 anos e era estagiário na produtora Team Downey, do ator Robert Downey Jr. (o Homem de Ferro), mas chama atenção em Hollywood desde que sua história “Maximum King” (uma comédia de humor sobre os bastidores fictícios das filmagens do trash “Maximum Overdrive” por Stephen King) foi parar na Black List (a lista dos melhores roteiros não filmados). Ainda não foi divulgado se Reeves também vai aparecer no longa, reprisando seu papel de John Wick numa participação especial. Paralelamente, o estúdio Lionsgate também prepara um quarto filme de “John Wick” para 2023 e uma série focada no Hotel Continental, outro elemento importante do universo do personagem.
Warner “oficializa”: Coringa não é herói e seu filme não faz apologia da violência
A Warner Bros. emitiu um comunicado oficial nesta terça (24/9), em que afirma que o filme “Coringa”, que estreia em outubro, não faz apologia da violência na vida real e que o personagem não é o herói. Algo que a maioria dos leitores de quadrinhos sabe. Mas que virou “questão crítica” para o público em geral. A manifestação aconteceu poucas horas após familiares e vítimas de um atentado armado de 2012, que aconteceu durante uma sessão de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” num shopping da cidade de Aurora, no Colorado (EUA), divulgarem uma carta aberta ao estúdio em que mostram preocupação sobre “Coringa”, que chega aos cinemas em outubro, pedindo para a Warner ser mais responsável com a questão. A carta chega a sugerir que o estúdio apoie iniciativas em prol do desarmamento da sociedade. “A violência armada em nossa sociedade é uma questão crítica, e estendemos nossa mais profunda simpatia a todas as vítimas e famílias afetadas por essas tragédias. Nossa empresa tem uma longa história de doações para vítimas de violência, incluindo Aurora, e nas últimas semanas nossa empresa-mãe se juntou a outros líderes empresariais para convidar políticos a lidar com essa epidemia”, diz o comunicado do estúdio. “Ao mesmo tempo, a Warner Bros. acredita que uma das funções da narrativa é provocar conversas difíceis sobre questões complexas. Não se engane: nem o personagem fictício Coringa, nem o filme, representam apoio a qualquer tipo de violência no mundo real. Não é a intenção do filme, dos cineastas ou do estúdio manter esse personagem como um herói”, completou. Em 2012, um homem identificado como James Holmes, invadiu uma sessão de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” em Aurora, matou 12 pessoas e deixou outras 70 feridas. As lembranças do episódio foram trazidas novamente à tona com o marketing de “Coringa”, sobre um dos vilões mais sanguinários dos quadrinhos de Batman. “Eu não preciso ver uma foto de Holmes, só preciso ver um cartaz promocional de Coringa para ver a foto do assassino”, afirmou Sandy Phillips, que perdeu a filha no massacre em Aurora, em entrevista às redes de TV americanas. Para Phillips, o lançamento de “Coringa” é como um “tapa na cara”. “Minha preocupação é como uma pessoa que está à beira de se tornar um atirador pode ser encorajada por esse filme”, considerou. O ator Joaquin Phoenix chegou a abandonar uma entrevista do jornal britânico The Telegraph, ao ser questionado sobre o impacto que o filme pode ter no público. Mas ele tocou no tema em entrevista à IGN, quando deu a entender que o público de cinema não era debiloide. “Eu acho que a maioria de nós sabe entender a diferença entre o que é certo e o que é errado. Então, eu não acho que é responsabilidade do cineasta ensinar ao público o que é moral ou a diferença entre certo e errado”, afirmou. O diretor Todd Phillips adotou postura parecida e disse que o filme faz alertas importantes para problemas sociais. “O filme faz alertas sobre falta de amor, trauma infantil, falta de compaixão no mundo. Eu acho que as pessoas podem lidar com a mensagem”, destacou ao IGN. Vale lembrar que psicopatas podem ser influenciados por qualquer coisa. Desde o olhar de um cachorro até trechos de um livro, como “O Apanhador no Campo de Centeio”, considerado obra-prima da literatura americana e uma das “inspirações” para o assassinato de John Lennon.
Artistas se manifestam em campanha que dá voz às crianças alvejadas pelas balas “perdidas” do Rio
Um grupo de atores se engajou numa campanha do movimento 342 Artes, que pretende lançar uma série de videos com estrelas da TV e do cinema brasileiros lendo cartas escritas por crianças e moradores do Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. A ideia surgiu depois que 1,5 mil cartas dessas crianças foram entregues à Justiça estadual do Rio. E o resultado foi apenas uma declaração do presidente do TJ-RJ, Claudio de Mello Tavares, que pôs em dúvida a veracidade e credibilidade das cartas. Tavares é o mesmo desembargador que deferiu uma liminar (logo cassada pelo STF) proibindo a venda de uma história em quadrinhos com beijo gay na Bienal do Livro do Rio. Diante do pouco caso da Justiça carioca, a campanha vai apresentar as histórias das crianças que estão sendo vitimadas pelo clima de guerra civil no Rio de Janeiro, cidade em que a atuação da polícia registra o maior número de mortes em todo o país. O primeiro vídeo foi disponibilizado no canal do YouTube do 342 Artes na segunda-feira (23/9), dois dias depois do assassinato da menina Ágatha Felix, de oito anos de idade, no Complexo do Alemão, por bala “perdida” numa operação policial. Veja abaixo. São, no total 15 vídeos, com artistas como Deborah Bloch, Claudia Abreu, Mariana Ximenes, Otavio Muller, Herson Capri e Fabio Assunção, entre outros, e com pessoas com ligação com a Maré, como Monica Benício, viúva de Marielle Franco. O objetivo é chamar atenção para a violência oficializada pelo Estado e conclamar o Judiciário a reexaminar o arquivamento de um processo que denuncia as forças policiais no Rio.
The Sinner: Teaser da 3ª temporada destaca participação de Matt Bomer
O canal pago americano USA Network divulgou o primeiro teaser da 3ª temporada de “The Sinner”, que destaca a participação do ator Matt Bomer como principal suspeito do próximo caso misterioso do detetive Harry Ambrose (Bill Pullman). Bomer vai viver Jamie, que espera o seu primeiro filho com a mulher quando um acidente muito suspeito abala sua jovem família. O papel marca a volta do ator para o canal que, entre 2009 e 2014, exibiu “White Collar”, a série que o projetou. Mais recentemente, ele apareceu em produções como “American Horror Story” e “The Last Tycoon”, e atualmente estrela “Doom Patrol” (a série da Patrulha do Destino), renovada para sua 2ª temporada. O criador de “The Sinner”, Derek Simonds, permanece como showrunner no terceiro ano, que só vai estrear em 2020, em data ainda não revelada. A série é disponibilizado no Brasil pela Netflix.
Diretor de filme LGBTQIA+ atacado por Bolsonaro diz sofrer ameaças de morte
O cineasta Bruno Victor Santos revelou que vem recebendo ataques nas redes sociais após seu filme “Afronte” ser mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) numa live. O projeto da adaptação do curta numa série foi citado entre por Bolsonaro numa live em agosto, em que o presidente se manifestou contra produções de temática LGBTQIA+, afirmando que não iria liberar verba para esse tipo de “filmes”. “Um discurso de ataque tão direto do presidente valida que outras pessoas façam o mesmo”, escreveu o diretor num desabafo publicado pelo site The Intercept Brasil. “E eu recebi ataques extremamente dolorosos, desde apoios à fala [de Bolsonaro] e à censura, até gente falando da cor da minha pele, da minha orientação sexual.” Bruno conta que ele foi chamado de “cosplay de Marielle Franco” em um dos ataques. Ele considera motivo de orgulho ser comparado à figura da vereadora assassinada em 2018, mas o motivo da associação é o pior possível. “O que eles estão falando que eu mereço ter uma morte parecida com a dela. E eu fiquei com medo, me retirei das redes sociais. E sei que essas pessoas são covardes e gostam de violência, e que elas querem que a população preta, principalmente LGBT, continue sendo massacrada”, declarou. Codirigdo por Bruno Victor e Marcus Azevedo, o curta “Afronte” mostra a realidade vivida por negros homossexuais no Distrito Federal. Exibido no Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade e no Festival de Brasília em 2017, a obra venceu o Prêmio Saruê, concedido pelo jornal Correio Braziliense no evento da capital – o nome é homenagem ao longa-metragem “O País de São Saruê”, de Vladimir Carvalho, retirado do Festival de Brasília em 1971 por conta da censura. “Confesso que não entendi nada. Olha, a vida particular de quem quer que seja, ninguém tem nada a ver com isso, mas fazer um filme mostrando a realidade vivida por negros homossexuais no DF, não dá para entender. Mais um filme que foi para o saco”, disse o Bolsonaro, deixando claro a ordem de impedir a produção do projeto. Seis dias depois, uma portaria do Ministério da Cidadania suspendeu o edital para a produção das séries atacadas pelo presidente – que, na ocasião da live, achava que eram filmes. Para não fazer as séries, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, encontrou uma brecha. Ele mandou suspender tudo alegando falta de nomeação dos membros do Comitê Gestor do FSA, responsável por direcionar as verbas arrecadadas com o Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional, taxa cobrada da indústria de cinema, TV e telefonia) para seus respectivos programas de fomento. O detalhe é que a formação do comitê depende das indicações do governo. E, passados nove meses de sua posse, Bolsonaro ainda não indicou nenhum representante. O decreto prevê a suspensão do edital por 180 dias, podendo prorrogar o prazo caso o comitê gestor continue sem as indicações dos membros do governo. Trata-se, portanto, de uma inação intencional, como estratégia para censurar obras, cujo efeito colateral, pela justificativa apresentada, travou o financiamento de todo o setor. Como (apenas) a Pipoca Moderna vem alertando, isto não afetou apenas as séries que tiveram seu edital suspenso. Todos os projetos audiovisuais estão impedidos de receber financiamento, com base na justificativa apresentada. E isso já traz consequências claras para o setor. Após a fala de Bolsonaro e a ação de Osmar Terra, entidades LGBTQIA+ denunciam o presidente na Procuradoria Geral da República por homofobia e o MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro já instaurou um inquérito civil para apurar a suspensão do edital. A suspeita de homofobia também é uma das questões apuradas. Além disso, a suspensão do edital está enfrentando processos da entidades representantes da indústria audiovisual brasileira. Bolsonaro já foi condenado por declarações homofóbicas em 2011, tendo que pagar R$ 150 mil, por danos morais, ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDDD) do Ministério da Justiça. Isto porque na época o crime não era equiparado ao racismo, que contempla penas de reclusão. Isto mudou neste ano, em entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) que igualou as punições a todos os atos de intolerância.
Festival de Gramado emite nota contra violência sofrida por artistas no evento
O Festival de Gramado emitiu nota repudiando a violência sofrida por artistas que atravessaram o tapete vermelho na noite de sábado (24/8), em que aconteceu a premiação do evento. Ao longo do festival, diversos cineastas criticaram declarações e decisões do governo sobre o setor audiovisual, incluindo a suspensão, na véspera do evento, de um edital voltado a financiamento de séries, para prejudicar produções com temática LGBTQIA+. A decisão do governo também tirou dinheiro de produções evangélicas e paralisou todo o financiamento do audiovisual brasileiro. Mas simpatizantes de Bolsonaro resolveram contra-atacar com táticas de violência fascista, jogando comida, objetos e pedras de gelo nos artistas que erguiam cartazes contra a censura, enquanto gritavam “mito”. Emiliano Cunha, diretor de “Raia 4”, eleito o Melhor Filme na votação da crítica, foi um dos alvos da agressão. Ele estava com sua filha de dois anos no colo, e mencionou o fato ao receber sua premiação. “Estou tremendo aqui não pela emoção de receber um kikito, mas porque agora há pouco eu estava passando com minha filha de dois anos no colo e um cara nos jogou pedras de gelo. Quando eu me virei para ele mostrando que eu estava com minha filha, ele voltou a jogar. Só quando eu apontei a câmera aí ele se escondeu, como costumam fazer os covardes que realizam esse tipo de agressão”, disse no palco do festival. Leia a nota da organização na íntegra: “A cidade de Gramado e o Festival de Cinema têm uma história sólida, de fortalecimento e crescimento mútuo. São 47 anos ininterruptos de encontros que trazem à cidade atores, produtores e público do Brasil e América Latina para as mostras, os debates e outras atividades paralelas ligadas à cultura cinematográfica e ao mercado do audiovisual. Os dias em que acontece o Festival também mobilizam atividades paralelas, festas e shows, reforçando a vocação turística da cidade. O último fim de semana do Festival é particularmente concorrido, enchendo a cidade de diferentes públicos, entre cinéfilos e pessoas que buscam outros eventos. Todos são bem-vindos e o tapete vermelho do Festival é democrático. Os espaços em seu entorno são públicos e de livre circulação. Servem de atrativo para os que apenas querem ver artistas e também para os profissionais do audiovisual que acreditam na importância e na história do mais antigo e respeitado Festival de Cinema do Brasil. Conviver com esta diversidade de motivos e desejos para estar na cidade é democrático e fundamental para a harmonia de tudo e todos. Como sempre fez em sua tela, o Festival de Cinema de Gramado acolhe, contempla e evidencia diferentes estéticas e opiniões, sendo historicamente um espaço para debates e manifestações. O que não se pode admitir é a violência como prática ou resposta a ideias e opiniões diferentes. Só a tolerância e o respeito seguirão fortalecendo a história da cidade, do festival, reforçando e saudando o convívio de todos”.
Donald Trump culpa a indústria dos games pela onda de atentados nos Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos não é Johnny Bravo, mas também é capaz de raciocínios impressionantes. Em discurso contra a onda crescente de atentatos da extrema direita racista americana, Donald Trump resolveu condenar… os videogames. Após dizer a frase que toda a mídia reproduziu, “O ódio não tem lugar na América. O ódio deturpa a mente, devasta o coração e devora a alma”, Trump embutiu em seu discurso de repúdio aos massacres do fim de semana passado uma critica aos games de tiros, culpando-os por incentivar a prática de assassinatos armados nos Estados Unidos. O presidente disse que há “necessidade de parar com a glorificação da violência na nossa sociedade, incluindo os horríveis e infelizes jogos violentos, agora, algo comum.“ Trump também afirmou que “é muito fácil hoje para jovens perturbados rodearem-se de uma cultura que celebra a violência. Temos que parar ou reduzir substancialmente e tem de começar de imediato”, afirmou. Ou seja, o presidente dos Estados Unidos sugere que a indústria de games, uma das mais lucrativas de seu país, pare ou reduza drasticamente sua produção. De imediato. Já os fabricantes de armas nem sequer são mencionados nesse raciocínio. Nem de imediato nem nunca. Os atentados do fim de semana passado aconteceram nos arredores de supermercados da rede Wallmart, que vende armas junto de alimentos para a família. Não é a primeira vez que a retórica dos políticos do Partido Republicano condena videogames por massacres cometidos por jovens e ignora que as armas utilizadas foram adquiridas legalmente, devido às leis que incentivam o porte e o uso de armamento no país. A tática de condenar a indústria cultural para dissimular a culpa da indústria armamentista nasceu durante o atentado cometido na escola de Columbine, em 1999. Na ocasião, políticos também culparam, além dos videogames, o filme “Matrix” e o cantor Marilyn Manson pela violência. Já as leis que permitem a venda de armas em supermercados jamais são mencionadas. Os grandes fabricantes de revólveres, rifles e balas são os maiores financiadores do Partido Republicano nos Estados Unidos. Em resposta ao presidente americano, a ESA (Electronic Software Association), organização que representa editores e desenvolvedores de jogos, divulgou um comunicado que refuta as alegações de gatilho de violência, argumentando o óbvio: games de tiros não existem apenas nos Estados Unidos e os outros países não enfrentam a mesma epidemia de atentados. “Numerosos estudos científicos estabeleceram que não há conexão causal entre videogames e violência. Mais de 165 milhões de americanos gostam de videogames e bilhões de pessoas jogam videogames em todo o mundo. No entanto, outras sociedades, onde os videogames são jogados com avidez, não enfrentam os níveis trágicos de violência que ocorrem nos EUA”, repara a organização.
Astro do cinema de ação de Hong Kong é esfaqueado na China
O ator Simon Yam, um dos mais famosos do cinema de Hong Kong, foi esfaqueado na barriga neste sábado (20/7), durante participação de um evento promocional na província de Guangdong, no sul da China. Um homem correu até o palco, esfaqueou o ator e fez um corte em sua mão direita, de acordo com a mídia local. Simon Yam foi hospitalizado imediatamente e sua vida não está em perigo, disse a polícia local em um comunicado. “Estamos extremamente chocados com este incidente”, disse a empresa que trabalha com o ator em um comunicado publicado no Weibo, o Twitter chinês. O astro de 64 anos foi operado com sucesso no estômago e em outros órgãos. A polícia informou que prendeu um suspeito no caso. Um dos atores favoritos dos mestres do cinema de ação de Hong Kong, Simon Yam tem uma filmografia gigantesca e repleta de clássicos criminais, como “Bala na Cabeça” (1990), de John Woo, “À Flor da Pele” (1992), de Ringo Lam, “Eleição” (2005), de Johnnie To, “Comando Final (2005), de Wilson Yip, e “Vingança” (2009), também de To. Ele ainda estrelou os filmes de artes marciais “O Grande Mestre” (2008), de Yip, e “O Homem do Tai Chi” (2013), dirigido por Keanu Reeves, mas o público ocidental talvez se lembre mais dele como o vilão de “Lara Croft: Tomb Raider – A Origem da Vida” (2003).
Pamela Anderson denuncia ex-namorado da seleção de futebol da França por abusos
Dois dias depois de anunciar o fim de seu relacionamento com o zagueiro francês Adil Rami, jogador do Olympique de Marselha, que foi campeão do mundo com a França em 2018, a atriz Pamela Anderson (“SOS Malibu”) tornou públicas denúncias de abusos físicos e psicológicos cometidos pelo ex-namorado contra ela. As acusações foram feitas em uma troca de mensagens entre Pamela e uma outra mulher com quem Rami teve relacionamento e é identificada como S. pela atriz. Segundo a imprensa americana, trata-se de Sidonie Biémont, com quem o atleta teve dois filhos em 2016. Nas conversa, que foi publicada pela atriz no site de sua fundação, Pamela relata duas ocasiões em que teria sido agredida por Rami. Na primeira, teve o seu cabelo puxado durante uma briga em Los Angeles. Em outra, teve a mão esmagada a ponto de ter que procurar atendimento em um hospital. “Ele foi muito cruel comigo às vezes. Ele me jogou, puxando meu cabelo em Los Angeles no verão passado. Porque eu o deixei para ir ao hotel depois de uma sessão de fotos com amigos. Eu não queria ficar com ele por mais tempo com seus amigos em uma casa em Hollywood. Eles festejavam todas as noites, me deixando em casa”, escreveu Pamela. “No verão anterior, ele me perseguiu por toda a parte em Los Angeles e em St. Tropez – este verão foi o pior. Ele esmagou minhas duas mãos. Eu precisei ir ao hospital (6 meses depois) porque estava com muita dor. Eu não conseguia abrir uma garrafa de água. Eles precisaram me colocar para dormir para fazer injeções. Minhas mãos estavam ficando melhores e ele me machucou novamente”, completou. Na troca de mensagens, as duas mulheres conversam e chegam a um consenso de que Adil Rami estava levando uma vida dupla, enganando as duas. “Nós terminamos em junho de 2016 mas, por quase um ano e meio, continuamos a nos ver como amantes, ele sendo realmente discreto e me dizendo que tudo acabaria em breve. Então, no início de 2019, nós paramos o caso porque acho que valho mais do que ser escondida e tratada assim. Sinta-se livre para me ligar ou me encontre em Paris. E eu realmente desejo que você seja feliz”, escreveu S., segundo Pamela. No texto de apresentação da troca de mensagens, a atriz voltou a atacar Adil Rami, a quem já tinha chamado de “monstro” ao anunciar o fim do relacionamento na última terça-feira (25/6), e ainda ironizou o comunicado do francês no qual ele negava alegações de abuso. “Ele é um narcisista pervertido e perigoso. Só cuida de si mesmo, mesmo em seu post. Ele não nega ser abusivo. Ele só está bravo que as pessoas saibam. Ele quer continuar a ferir, trair, mentir, f… quem ele quiser e parecer machista para seus amigos doentes. Ele pensou que poderia fugir disso. Ele é o retrato de um sociopata. Nada de atencioso ou gentil, ele não sabe o que é amor. Ele definitivamente não sabe amar”, escreveu. “Ele e todos como ele devem ser expostos. Exponham todos eles, não tenham medo. Apoie outras que passam pela mesma coisa. Não acobertem abusos. Acabou a época em que homens que destroem corações e vidas podem dormir em paz, enquanto suas vítimas não conseguem dormir. O abuso não deve ficar oculto. Não é um negócio pessoal, é uma epidemia. E ele só se importa com sua imagem e dinheiro. Sua família é bajuladora. Eles só ganham dinheiro com ele e o protegem. Eles permitem que os homens abusivos em suas famílias. E eles deveriam ter vergonha”, completou.





