Chadwick Boseman (1977 – 2020)
O ator Chadwick Boseman, estrela do blockbuster “Pantera Negra”, morreu na noite de sexta (28/8) de câncer de cólon em sua casa, ao lado de sua família, aos 43 anos. Boseman manteve sua luta contra a doença em segredo do público, mas sua família revelou que ele tinha sido diagnosticado há quatro anos. “Um verdadeiro lutador, Chadwick perseverou em tudo e trouxe para vocês muitos dos filmes que vocês tanto amam”, disse sua família em um comunicado. “De ‘Marshall’ a ‘Destacamento Blood’ e vários outros, todos foram filmados durante e entre incontáveis cirurgias e quimioterapia. Mas a grande honra de sua carreira foi dar vida ao Rei T’Challa em ‘Pantera Negra’.” Kevin Feige, presidente da Marvel Studios e Chefe Criativo da Marvel, classificou o falecimento de Boseman de “absolutamente devastador. Ele era nosso T’Challa, nosso Pantera Negra e nosso querido amigo. Cada vez que ele pisava no set, ele irradiava carisma e alegria, e cada vez que ele aparecia na tela, ele criava algo verdadeiramente indelével”. “Ele incorporou muitas pessoas incríveis em seu trabalho, e ninguém era melhor em dar vida a grandes homens. Ele era tão inteligente, gentil, poderoso e forte quanto qualquer pessoa que retratou. Agora ele ocupa seu lugar ao lado deles como um ícone para todos os tempos. A família da Marvel Studios lamenta profundamente sua perda, e estamos de luto esta noite com sua família.” Robert A. Iger, presidente executivo e presidente do conselho da The Walt Disney Company, também emitiu uma declaração em luto por Boseman. “Estamos todos com o coração partido pela trágica perda de Chadwick Boseman – um talento extraordinário e uma das almas mais gentis e generosas que já conheci. Ele trouxe enorme força, dignidade e profundidade para seu papel inovador de Pantera Negra; destruindo mitos e estereótipos, tornando-se um herói tão esperado para milhões ao redor do mundo e inspirando todos nós a sonhar mais alto e exigir mais do que o status quo. “Ficamos tristes por tudo o que ele foi, assim como por tudo o que estava destinado a se tornar. Para seus amigos e milhões de fãs, sua ausência da tela é apenas eclipsada por sua ausência de nossas vidas. Todos nós da Disney enviamos nossas orações e sinceras condolências à família dele. ” Chadwick Boseman nasceu e foi criado na cidade de Anderson, na Carolina do Sul, e mais tarde estudou na Howard University, formando-se em 2000 com um Bacharelado de Belas Artes em Direção. Depois disso, fez cursos de teatro em Londres e conseguiu seu primeiro papel na TV em 2003, um episódio de “Third Watch”. Ele passou a aparecer em séries como “Law & Order”, “CSI: NY” e “ER”, até conseguir seu primeiro papel recorrente em 2008, na série “Lincoln Heights”. No mesmo ano, foi escalado no primeiro filme, “No Limite – A História de Ernie Davis”. A grande virada em sua carreira veio cinco anos depois, quando se tornou o protagonista de “42: A História de uma Lenda” (2013), cinebiografia do pioneiro do beisebol Jackie Robinson, o primeiro jogador negro a entrar na liga principal do esporte. O papel veio quando ele estava pensando em mudar de carreira e se tornar diretor, após assinar dois curta-metragens. “42” adiou definitivamente os planos de passar para trás das câmeras, tornando Boseman um ator requisitado. Em seguida, ele integrou o elenco de outro drama esportivo, “A Grande Escolha” (2014) e encarou mais uma cinebiografia, “Get on Up: A História de James Brown” (2014), encarnando o pai do funk. A mudança para as fantasias de ação com grandes orçamentos e muitos efeitos visuais se deu em “Deuses do Egito” (2016), filme que rendeu polêmica ao escalar atores brancos como egípcios. Ele não se esquivou da situação racista e foi incisivo durante as entrevistas de divulgação. “Quando me abordaram com o roteiro do filme, eu rezei para que essa polêmica acontecesse. E eu sou grato que aconteceu, porque, na verdade, eu concordo com ela”, disse na época à revista GQ, lamentando que Hollywood “não faz filmes de US$ 140 milhões estrelados por negros e pardos”. A atitude demonstrada durante o caos de “Deuses do Egito” poderia prejudicar um ator como ele em outros tempos. Mas em 2016 ajudou a mudar o jogo, encerrando a tradição de embranquecimento cinematográfico de Hollywood. Logo em seguida, Boseman jogaria a pá de cal no preconceito contra protagonistas negros em produções milionárias. Ele virou super-herói da Marvel em seu filme seguinte, “Capitão América: Guerra Civil” (2017), aparecendo pela primeira vez como T’Challa, príncipe de Wakanda, que se tornava rei e o lendário herói Pantera Negra. Mas foi só o aperitivo, num contrato para cinco produções, servindo de teaser para o filme solo do herói, “Pantera Negra”. Mais que um blockbuster de enorme sucesso mundial, com bilheteria de US$ 1,3 bilhão, “Pantera Negra” representou um fenômeno cultural, criando o bordão “Wakanda Forever”, com tudo o que ele representa. Não só um país extremamente avançado, Wakanda foi encarado como uma ideia, afrofuturismo como o cinema jamais tinha ousado apresentar, que subvertia gerações de colonialismo cinematográfico e a representação da África como um continente miserável. A África de “Pantera Negra” era um lugar de dar orgulho por sua inovação e progresso. Como T’Challa, Boseman reinou sobre essa visão, que empoderava não apenas homens negros, mas também mulheres negras, apresentadas como guerreiras imbatíveis e cientistas inigualáveis. O diretor Ryan Coogler pretendia continuar a explorar esse mundo numa continuação, anunciada para 2022, mas o ator vai ficar devendo o filme. Ele realizou quatro dos longas de seu contrato, aparecendo ainda na dobradinha “Vingadores: Guerra Infinita” e “Vingadores: Ultimato”, maior bilheteria do cinema em todos os tempos. Entre as aparições como Pantera Negra, Boseman ainda estrelou “Marshall: Igualdade e Justiça” (2017), outra cinebiografia, desta vez de Thurgood Marshall, o advogado que se tornaria o primeiro juiz afro-americano da Suprema Corte dos EUA. Ele ainda voltou a se reunir com os diretores de “Vingadores: Ultimato”, desta vez como produtores, no thriller de ação “Crime sem Saída” (2019), mas seus últimos trabalhos foram com cineastas negros. Neste ano, ele posou novamente como um herói lendário no filme “Destacamento Blood”, de Spike Lee. E chegou a terminar sua participação em “A Voz Suprema do Blues” (Ma Rainey’s Black Bottom), como um trumpetista ambicioso da banda da rainha do blues Ma Rainey. Baseado numa peça de August Wilson (“Fences”), o filme do diretor George C. Wolfe é coestrelado por Viola Davis e ainda não tem previsão de estreia. “A Voz Suprema do Blues” será sua derradeira aparição nas telas, mas ele ainda poderá ser ouvido numa participação especial no lançamento da série animada “What If”, da Disney+ (Disney Plus), onde deixou registrada sua voz como Pantera Negra pela última vez. A morte do jovem astro no auge de sua carreira deixou o mundo do entretenimento atordoado e dominou as redes sociais na madrugada, com reações de surpresa e lamentações, inclusive uma declaração inédita da DC Comics, declarando “Wakanda Forever” para “o herói que transcende universos”. “Este é um golpe esmagador”, disse o cineasta Jordan Peele no Twitter, um dos muitos que expressaram choque quando a notícia foi confirmada. “Estou devastado”, afirmou Chris Evans, o Capitão América da Marvel, acrescentando que “ele ainda tinha tanto por criar”. “Isso me quebrou”, assumiu a atriz Issa Rae. “Uma perda imensa”, resumiu o Twitter oficial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA.
Diretores de Vingadores: Ultimato querem filmar Guerras Secretas da Marvel
Os diretores de “Vingadores: Guerra Infinita” e “Vingadores: Ultimato”, Anthony e Joe Russo, estão em campanha não assumida para comandar um próximo filme dos Vingadores, centrado na saga “Guerras Secretas”. Para quem não sabe, “Guerras Secretas” foi o primeiro megacrossover da Marvel, concebida em 1984 pelo então editor-chefe da empresa, Jim Shooter. A história foi contada numa minissérie de 12 edições e acompanhava uma série de conflitos, após heróis e vilões serem aprisionados por uma entidade superpoderosa (Beyonder) num planeta desconhecido para lutarem numa espécie de mortal kombat, tendo como prêmio a realização de todos os seus desejos. A publicação teve inúmeras repercussões, entre elas a introdução do simbionte que viraria Venom e a substituição do Coisa pela Mulher-Hulk no Quarteto Fantástico. O sucesso foi tanto que, um ano depois, a Marvel lançou “Guerras Secretas II”, seguido de perto por duas edições de Quarteto Fantástico dedicadas a “Guerras Secretas III”. O tema voltou em 2015, com outra “Guerras Secretas”. Para Joe, o mais empolgante foi ver todos os heróis reunidos, ainda mais que leu a história pela primeira vez aos 10 anos de idade. “Foi um dos primeiros quadrinhos importantes a fazer isso. Isso era realmente um evento no seu melhor”, disse o diretor, em entrevista ao BroBible. E eu também gosto da ideia de vilões se unindo a heróis. Anthony e eu gostamos de relacionamentos complicados entre heróis e vilões, nós gostamos de vilões que acreditam que são os heróis de suas próprias histórias, então tudo está embutido nesta noção de ‘Guerras Secretas’. Executar algo na escala de ‘Guerra Infinita’ estava diretamente relacionado à lembrança de ‘Guerras Secretas’, que é ainda maior em escala.” Anthony reforçou os comentários do irmão, acrescentando que eles adorariam encarar o desafio de realizar uma adaptação de “Guerras Secretas”. “Seria o maior filme que você poderia imaginar, e é isso que realmente nos deixa empolgados na história – a ambição disso é ainda maior que a ambição da Saga do Infinito.” Não é a primeira vez que eles citam a vontade de adaptar “Guerras Secretas”. Se a Marvel tiver planos de superar “Vingadores: Ultimato”, este projeto provavelmente fará parte das discussões de produção. Além dos Vingadores, a história inclui os personagens dos X-Men e do Quarteto Fantástico, que a Marvel reincorporou após a aquisição da Fox pela Disney. Veja abaixo a capa das publicações originais dos anos 1980.
Vingadores: Ultimato chega com nova personagem e cenas inéditas no streaming da Disney
Pouco mais de um ano após seu lançamento, “Vingadores: Ultimato” chegou ao streaming da Disney+ (Disney Plus), mas não da forma como os fãs apreciaram nos cinemas. O filme ganhou algumas cenas inéditas que não estavam, inclusive, nem no lançamento em DVD e Blu-Ray. As cenas mais diferentes incluem a aparição de Katherine Langford (“13 Reasons Why”) como versão adulta da filha de Tony Stark (Robert Downey Jr.) e uma cena alternativa para a morte da Viúva Negra (Scarlett Johansson). Apesar de não ter aparecido no filme original, a participação de Lagnford permite um reencontro do herói com sua filha, já adolescente, numa cena pós-morte, similar ao final de Gamora (Zoe Saldana) em “Vingadores: Guerra Infinita”. “A intenção era que sua futura filha o perdoasse e meio que lhe desse paz para ele ir. E a ideia parecia boa. Mas havia idéias demais em um filme que já era excessivamente complicado”, disse Joe Russo, um dos diretores do filme (ao lado de seu irmão Anthony Russo), sobre o motivo que levou ao corte da participação da atriz. Já a versão da morte da Viúva Negra conta com uma aparição de Thanos (Josh Brolin). No momento em que a heroína e o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) discutem sobre quem deve se sacrificar em Vormir, Thanos aparece com seu exército, iniciando uma batalha, que permite à Viúva Negra se separar do amigo e correr sozinha para pular do penhasco. No Brasil, apenas a versão original do filme foi disponibilizada – em streaming na Amazon Prime Video, além de em DVD e Blu-ray. Filme de maior bilheteria de todos os tempos, “Vingadores: Ultimato” faturou quase US$ 2,8 bilhões nos cinemas mundiais.
CEO da Disney revela briga com CEO da Marvel para filmar Pantera Negra e Capitã Marvel
Dois dos maiores sucessos de cinema da Marvel quase não foram lançados. O motivo? Preconceito. Quem fez a revelação foi ninguém menos que o CEO da Disney, Bob Iger, em seu livro de memórias, “The Ride of a Lifetime”, lançado nesta semana nos Estados Unidos. Ele conta em detalhes que precisou se livrar do CEO ultraconservador da Marvel Entertainment, Ike Perlmutter, um dos maiores contribuidores financeiros da campanha eleitoral de Donald Trump, para conseguir lançar “Pantera Negra” e “Capitã Marvel”. Perlmutter era dono de uma companhia de brinquedos que acabou assumindo as dívidas da Marvel e controlando a empresa a partir de 1997. Ele foi responsável por vender os direitos de personagens como o Homem-Aranha, X-Men, Quarteto Fantástico, Hulk, Demolidor e Justiceiro para empresas de cinema. E quando a Disney comprou a editora, o empresário israelense veio no pacote, criando problemas desde o início. Kevin Feige vivia tendo problemas com sua intromissão no Marvel Studios. Teria sido Perlmutter, por exemplo, quem mandou demitir Terrence Howard do papel de James Rhodes, porque o ator tinha salário que ele considerava muito alto, substituindo-o por Don Cheadle em “Homem de Ferro 2” – negros seriam todos iguais e o público nem notaria, segundo relatos. E ele criava dificuldades para todos os projetos imaginados por Feige, barrando a produção de filmes que tivessem minorias como protagonistas. Foi por isso que a Warner saiu na frente com “Mulher-Maravilha” e o filme da Viúva Negra, pedido pelos fãs, era sempre protelado. O israelense achava que filmes de heroínas ou heróis negros davam prejuízo. Um dos emails vazados na época do ataque hacker da Sony comprova a tese reacionária, mostrando que Perlmutter listava os desempenhos financeiros de “Elektra”, “Mulher-Gato” e “Supergirl” como justificativa para bloquear qualquer iniciativa de atender aos pedidos dos fãs sobre o filme da Viúva Negra ou de outras personagens femininas, além de heróis de minorias raciais. Bob Iger percebeu o problema e ficou do lado de Feige. “Estou nesta indústria há tempo suficiente para ouvir todo tipo de argumento ultrapassado, e eu aprendi sobre eles justamente isso: são apenas velhos que não sabem onde o mundo está hoje”, escreveu em seu livro. “Tínhamos a chance de fazer ótimos filmes e mostrar segmentos sub-representados e esses objetivos não eram mutuamente excludentes. Liguei para Ike e disse a ele para dizer à sua equipe que parasse de colocar obstáculos e ordenei que colocássemos ‘Pantera Negra’ e ‘Capitão Marvel’ em produção”. O CEO da Disney é modesto ao descrever o que fez. Ele não ficou só no pedido. Iger reestruturou todo o organograma da Marvel para tirar Perlmutter do caminho e fortalecer Feige. Na prática, desvinculou o Marvel Studios da Marvel Entertainment, transformando o estúdio presidido por Kevin Feige numa unidade da Disney. Assim, Feige deixou de ter Perlmutter como chefe, passando a responder diretamente aos cabeças do Walt Disney Studios, atualmente Alan Horn e Alan Bergman. E o resultado foram bilheterias cada vez maiores para os filmes da Marvel. Tanto “Pantera Negra” quanto “Capitã Marvel” renderam mais de US$ 1 bilhão, e o filme seguinte, “Vingadores: Guerra Infinita”, quebrou o recorde de faturamento mundial do cinema em todos os tempos. Além disso, “Pantera Negra” se tornou o primeiro título da Marvel indicado ao Oscar de Melhor Filme do ano. Ao mesmo tempo, a Marvel Television, que continuou sob controle de Perlmutter, passou a acumular cancelamentos, além de render o maior vexame recente sob o nome da Marvel: a série dos Inumanos. Feito à moda de Perlmutter, com baixo orçamento, diretor de filmes B e roteirista fraquíssimo, a série destruiu a franquia e virou um constrangimento por associar a Marvel à sua péssima realização. Por conta disso, quando começou a traçar os planos de lançamento da Disney+ (Disney Plus) (Disney Plus), Iger decidiu encarregar a divisão de Feige de produzir as séries da Marvel exclusivas da plataforma, em vez da Marvel Television. Atualmente, inclusive, discute-se planos para restringir a Marvel Television à produção de séries animadas. Caso a tendência se concretize, todas as novas séries baseadas em quadrinhos da companhia teriam produção do Marvel Studios. E Ike Perlmutter passaria a ser a “rainha da Inglaterra” da empresa, sem nenhuma influência nos destinos cinematográficos e televisivos dos personagens.
Marvel não tem planos para novo filme dos Vingadores… por enquanto
O recorde mundial de bilheterias de “Vingadores: Ultimato” foi bastante comemorado pelo comando da Disney, criando uma expectativa em relação à produção de um novo filme dos super-heróis. Entretanto, tal projeto não foi anunciado pelo presidente da Marvel Studios, Kevin Feige, durante a participação do estúdio na Comic-Con International, em San Diego. Questionado pelo site IGN no evento, o executivo confirmou que, no momento, não existe nenhum projeto em desenvolvimento para voltar a reunir os heróis num novo filme dos Vingadores. A atual fase de produções tem outro objetivo: reestruturar o MCU (sigla, em inglês, do Universo Cinematográfico da Marvel) após o impacto de “Vingadores: Ultimato”. “Nós tivemos um filme este ano chamado ‘Ultimato’, e ele é o fim para alguns personagens, como vocês viram”, disse Feige. “Então, a Fase 4 é sobre recomeços e sobre aprender coisas novas sobre personagens que você acha que conhece, como a Viúva Negra, conhecer novos, como Os Eternos, ir a novos lugares com Doutor Estranho e Thor e essas produções da Disney+ (Disney Plus), que serão espetaculares e nada do que as pessoas esperam”, explicou Feige. A Fase 3 foi encerrada por “Homem-Aranha: Longe de Casa”, que serviu de epílogo para a história dos Vingadores, refletindo a morte do Homem de Ferro – ainda que praticamente ignorando o sacrifício da Viúva Negra. Mas a Disney é uma empresa pragmática e não deve demorar a espremer novamente a galinha dos ovos de ouro. Afinal, foram anunciados apenas filmes até 2021. E as histórias parecem preparar terreno para uma versão reestruturada dos Vingadores.
Agents of SHIELD: Trailer revela reviravoltas do final da 6ª temporada
A Marvel divulgou um trailer dos últimos episódios da 6ª temporada de “Agents of SHIELD”, produzido para a Comic-Con. A prévia revela a evolução da trama, com ênfase no personagem de Clark Gregg, um alienígena com o mesmo DNA do falecido agente Coulson, e a descoberta gradual sobre a verdade de sua origem. Ainda faltam três episódios para o fim da temporada nos Estados Unidos. Depois disso, a série retorna para seus últimos capítulos em 2020. O anúncio de que a 7ª temporada encerrará a produção também foi feito na Comic-Con. No Brasil, “Agents of SHIELD” é exibida pelo canal pago Sony.
Agents of SHIELD vai acabar na 7ª temporada
Nem todas as notícias da Comic-Con International são o que os fãs de quadrinhos gostariam de ouvir. Nas primeiras horas do evento realizado em San Diego, nos Estados Unidos, a Marvel anunciou que a série “Agents of SHIELD” vai acabar em sua 7ª temporada, que irá ao ar no ano que vem. A má notícia foi dada pelo chefe de TV da Marvel, Jeph Loeb. “Quando você sabe o que está fazendo, você pode tomar maiores riscos, de vida ou morte. Essas opções repentinas agora estão à nossa disposição, já que não precisamos planejar o que acontecerá na próxima temporada”, disse Loeb, jogando a bomba no site Deadline, minutos antes de entrar no palco da sala H do Centro de Convenção de San Diego, onde encontrará fãs frustrados, ao lado de integrantes do elenco da série, como Clark Gregg, Ming-Na Wen, Chloe Bennet, Elizabeth Henstridge, Iain De Caestecker, Henry Simmons, Natalia Cordova-Buckley e Jeff Ward. Será o início da celebração da despedida de “Agentes of SHIELD”. “A temporada 6 é deslumbrante, isso é o que posso dizer. O lado amargo é que vai acabar. Mas é uma celebração, ainda tem coisas para acontecer. Vocês precisam ver como será!”, diz Loeb. Para ele, o importante é que a série conseguirá terminar em seus próprios termos, sem ser encerrada abruptamente antes dos planos. Apesar de ter surgido como primeiro derivado televisivo do Universo Cinematográfico da Marvel, faz tempo que nenhum personagem dos filmes aparece na série, como Nick Fury (Samuel L. Jackson), por exemplo. Mas Loeb sugere que isso deve mudar para a despedida. “Vocês vão ter de esperar para ver”. “Agents Of SHIELD” se junta a “Modern Family” e “How to Get Away With Murder” como as séries de mais longa duração que sairão da programação da rede ABC na próxima temporada. A Marvel, por sua vez, prepara uma leva de novas séries para a plataforma de streaming Disney+ (Disney Plus), que serão ainda mais ligadas ao Universo Cinematográfico, dedicada aos personagens Loki, Feiticeira Escarlate, Visão, Gavião Arqueiro, Falcão e Soldado Invernal.
Sebastian Stan alfineta e Tom Holland lamenta Gwyneth Paltrow não saber quem eles são
A atriz Gwyneth Paltrow já deu várias mostras de lembrar poucas coisas em relação ao seu trabalho no Universo Cinematográfico da Marvel, do qual faz parte como Pepper Potts. Depois de esquecer que filmou um participação em “Homem-Aranha: De Volta para Casa”, seus surtos de amnésia acabou rendendo alfinetadas dos colegas de elenco Sebastian Stan (Bucky/Soldado Invernal na saga) e Tom Holland (o Homem-Aranha). Stan publicou uma foto em seu Instagram em que aparece com os estilistas da grife Valentino na Fashion Week de Paris, ao lado de Paltrow, que, segundo o ator, não sabia quem ele era. “Também fiquei feliz de ter me reapresentado para a Gwyneth Paltrow pela terceira vez. Estamos no mesmo filme”, ele completou com um emoji “conformado”. Os dois atuaram em “Vingadores: Guerra Infinita” e “Ultimato”, e chegaram a participar juntos de cenas no mais recente lançamento. Além disso, ficaram lado a lado na pré-estreia mundial de “Guerra Infinita” em 2018. E foi naquele momento que a atriz questionou pela primeira vez quem ele era. Em um vídeo relembrado por uma fã no Twitter, ela pergunta: “Quem é aquele?”. O seu assessor, então, explica: “É o Sebastian Stan, que faz o Bucky. Ele é o Soldado Invernal.” “Ah… ok”, ela respondeu. Depois dessa gafe, veio a discussão com Jon Favreau sobre ela não ter feito “Homem-Aranha: De Volta para Casa”. Em uma conversa no programa “The Chef Show”, da Netflix, o ator e cineasta mencionou que os dois fizeram o filme juntos. Mas a atriz duvidou. “Nós não estávamos em ‘Homem-Aranha’”. “Sim, estávamos. No ‘De Volta ao Lar’”, ele explicou. “Não, eu fiz ‘Vingadores’”, contestou a atriz. “Você também participou de ‘Homem-Aranha’, lembra? Você encontra o Tom Holland e vai fazer uma coletiva de imprensa e eu te dou o anel”, confirma Favreau, lembrando do pedido de noivado abortado de Tony Stark. “Ah sim! Isso foi em ‘Homem-Aranha’? Ai meu Deus!”, reagiu Gwyneth, chocada. E foi assim que, em vídeo para o site PopSugar, Tom Holland demonstrou sua frustração e deu mais detalhes da falta de memória da atriz. “Ela não se lembra, isso ainda parte meu coração”, admitiu. E acrescentou lenha: “Quando a gente estava gravando ‘Ultimato’, ela estava no traje azul e eu, no do Homem-Aranha, aí ela veio e pediu uma foto comigo e com o Robert, mas quando ela postou, ela escreveu ‘Robert Downey Jr, eu e esse outro cara’.” Veja tudo isso em fotos e vídeos abaixo. Ver essa foto no Instagram Just barely managed to photobomb the great @pppiccioli and legend @realmrvalentino here… Thank you both for inviting me to my first couture show in ?????. Also glad I got to reintroduce myself to @gwynethpaltrow for the third time. We are in the same film…??♂️ #valentino #couture ?: @maxmontingelli Uma publicação compartilhada por Sebastian Stan (@imsebastianstan) em 4 de Jul, 2019 às 4:25 PDT GWENYTH PALTROW REALLY ASKED HER PUBLICIST WHO SEBASTIAN STAN WAS RIGHT IN THE MIDDLE OF THE INFINITY WAR PREMIERE JDKDKSJDJD PLEASE HELP ME pic.twitter.com/VXPu93rbNp — A (@fierysadness) 7 de junho de 2019 Ver essa foto no Instagram I love April 4th because it was the day god gave us @robertdowneyjr HAPPY BIRTHDAY, dear heart. Love me and that other guy in the photo Uma publicação compartilhada por Gwyneth Paltrow (@gwynethpaltrow) em 3 de Abr, 2018 às 11:38 PDT
Coulson volta como vilão no trailer da 6ª temporada de Agents of SHIELD
A rede ABC divulgou um pôster e um novo trailer da 6ª temporada de “Agents of SHIELD”, que revela maiores detalhes sobre o papel de Clark Gregg. O intérprete do falecido agente Coulson será o novo vilão da série. Sim, os roteiristas já tiveram essa ideia antes em relação a outros personagens – o traidor Ward (Brett Dalton) e o Fitz (Iain De Caestecker) do mundo virtual. A prévia revela que o ex-Coulson vem de outro planeta e representa uma ameaça para a SHIELD – e, claro, para a Terra. Só para variar, Daisy (Chloe Bennet) ainda menciona o fim do mundo. Os episódios do sexto ano vão estrear em 10 de maio nos Estados Unidos e a série já se encontra renovada para a 7ª temporada. No Brasil, “Agents of SHIELD” é exibida pelo canal pago Sony.
Vampira de True Blood vira mercenária espacial em fotos de Agents of SHIELD
A Marvel divulgou as fotos de três novos personagens de “Agents of SHIELD”, que entram na série em sua 6ª temporada. A atriz polonesa Karolina Wydra (a vampira Violet de “True Blood”) interpreta Izel, uma mercenária de outra galáxia que se junta à equipe da SHIELD para sobreviver a perigos do espaço. Ela aparece com cabelos vermelhos na foto acima. Christopher James Baker (de “Ozark”) vive Malachi, um misterioso assassino de um planeta distante. E o veterano Barry Shabaka Henley (de “Bosch”) interpreta o Dr. Marcus Benson, um professor de Ciências Naturais recrutado pela SHIELD. O perfil dos novos personagens aponta que a série voltará ao espaço, após o sucesso da trama sci-fi da 5ª temporada. Os episódios do sexto ano vão estrear em 10 de maio nos Estados Unidos e a série já se encontra renovada para a 7ª temporada.
Vingadores: Ultimato ganha última coleção de pôsteres de personagens
A Marvel divulgou uma coleção final de pôsteres de “Vingadores: Ultimato”, destacando os heróis da formação original da equipe: Homem de Ferro (Robert Downey Jr), Capitão América (Chris Hemsworth), Viúva Negra (Scarlett Johansson), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Os pôsteres mostram a mudança no visual dos personagens ao longo dos 11 anos do Universo Cinematográfico da Marvel. Em cartaz nos cinemas, “Vingadores: Ultimato” quebrou todos os recordes possíveis em sua estreia mundial, faturando US$ 1,2 bilhão em seu primeiro fim de semana.
Vingadores Ultimato é marco do entretenimento do século 21
Após o final surpreendente de “Vingadores: Guerra Infinita”, temos a conclusão não só dessa história, mas também da saga dos primeiros 11 anos (e 22 filmes) da Marvel Studios. Se o anterior deixou o público de queixo caído pela ousadia, “Vingadores: Ultimato” substitui o choque pela carga emocional mais intensa que você já viu em um filme de super-heróis. Enfim, leve uma caixa de lenços. Ao mesmo tempo em que se completam, “Guerra Infinita” e “Ultimato” se apresentam como filmes bem diferentes em tom e ritmo. Antes, os Vingadores foram pegos de surpresa e sem tempo algum para planejar um contra-ataque, uma resistência ou qualquer outra coisa capaz de fazer frente ao desespero. O que justifica um filme mais dinâmico, direto ao ponto, com soluções urgentes. Agora, chegou o momento de sentar e conversar para ver o que é possível ser feito. E o clima não é dos melhores, afinal os heróis lidam com o peso das consequências de “Guerra Infinita”. O que justifica um tom melancólico e praticamente sem um pingo de esperança. Mas é um gancho e tanto para os irmãos Anthony e Joe Russo trabalharem a importância do mito e a existência de heróis entre nós. Tema repetido e reciclado pelo cinema americano ao longo dos tempos, incluindo a ênfase nos pais e mentores como nossos heróis de carne e osso, algo que ganha força neste filme porque “Ultimato” significa o fim de um ciclo, uma virada de página, uma passagem para a próxima geração. Ou seja, uma jogada perfeita dos irmãos Russo e a razão pela qual é um filme movido pela catarse. Entretanto, a descrença e a lógica devem ficar do lado de fora do cinema, porque o filme é propositalmente confuso e talvez nem faça o menor sentido. São as emoções que fazem a trama fluir, não a história, que derrapa a cada tentativa de se ligar os pontos durante a projeção. O filme faz ainda menos sentido para quem não viu os 21 lançamentos anteriores da Marvel. Diferente de “Guerra Infinita”, que situa até mesmo os leigos na busca pelas Joias, é preciso conhecer a saga (ou a maior parte dela) para embarcar de cabeça em “Ultimato”. Na verdade, é um milagre que tudo se encaixe em “Vingadores: Ultimato”, e isso é mérito da direção dos irmãos Russo – aumentando a curiosidade sobre o que eles podem fazer fora desse universo. Eles conseguem tornar o drama tão intenso quanto a ação – e até o humor. Ao final, tudo funciona, dando maior sentido, inclusive, aos filmes que o precederam. Mais que um filme, temos um evento. O cinema não precisa ser sempre, mas pode ser divertido quando encarado como espetáculo. Ou seja, é possível ficar encantando sem se deparar com um Martin Scorsese, Stanley Kubrick ou Federico Fellini. O filme é grandioso não só pela longa duração (você cortaria qualquer cena das 3 horas?), mas pela escala que direciona os eventos para uma batalha final gigantesca que aproveita a tela inteira do cinema para se manifestar. E é incrível notar, durante o conflito, o quanto a trilogia “O Senhor dos Anéis”, de Peter Jackson, influenciou o cinema das duas últimas décadas. “Vingadores: Ultimato” gera uma comparação imediata com “O Retorno do Rei” em termos de ato final, despedidas, escopo da ação e o quanto as cenas grandiosas são do mesmo tamanho dos dilemas, motivações e laços entre os personagens. E é por isso que é tão dolorido dizer adeus para essa fase da Marvel. Às vezes é isso que conta: entregue um final emocionante e o público esquecerá qualquer furo e todo o resto. E que final, pessoal! É apoteótico, com toneladas de CGI, mas os atores não são esquecidos. Pelo contrário, eles são bastante valorizados. Se a maioria do elenco não teve momentos para brilhar em “Guerra Infinita”, “Ultimato” dá esse espaço a eles. E é incrível como todos evoluíram nos últimos 11 anos, especialmente Chris Hemsworth (Thor), Scarlett Johansson (Natasha/Viúva Negra) e Chris Evans (Steve Rogers/Capitão América), porque Robert Downey Jr já era um monstro quando essa brincadeira começou. “Vingadores: Ultimato” também é um agradecimento da Marvel a Downey e uma declaração de amor ao Homem de Ferro. Com o filme, a Marvel se torna definitivamente referência para o cinema de entretenimento e os Vingadores se torna a franquia mais influente de Hollywood neste século. Será difícil a Marvel superar esse feito, mas a tarefa é ainda mais árdua para a concorrência, que terá que apresentar algo tão ou mais relevante daqui para frente.










