Liam Neeson será o novo chefe dos Homens de Preto no cinema
O ator Liam Neeson (“Busca Implacável”) vai trocar seus thrillers violentos habituais pela comédia de ação como o chefe da divisão britânica dos Homens de Preto, no spin-off da franquia, também conhecida como “MIB” (abreviatura de Men in Black, homens de preto em inglês). A produção vai trazer Chris Hemsworth e Tessa Thompson, que trabalharam juntos em “Thor: Ragnarok”, como uma nova dupla de Homens de Preto, sob direção de F. Gary Gray (“Velozes e Furiosos 8”). O filme não contará com a participação dos atores Will Smith e Tommy Lee Jones, que estrelaram os três longas anteriores, focando-se em outra divisão da organização secreta dedicada a policiar e acobertar a presença de alienígenas na Terra. A ideia é relançar os “Homens de Preto” sem reinventar a franquia, do mesmo modo como “Jurassic World” fez com “Jurassic Park”. O roteiro aprovado pela Sony foi escrito por Matt Holloway e Art Marcum, que assinaram juntos “Homem de Ferro” (2008) e “Transformers: O Último Cavaleiro” (2017). Apesar de ainda não ter título oficial, o spin-off de “Homens de Preto” já tem data de estreia: 14 de junho de 2019.
Westworld é renovada para a 3ª temporada
O canal pago HBO anunciou a renovação de “Westworld”, dois dias após a exibição do segundo capítulo da 2ª temporada. O anúncio foi acompanhado por um vídeo no Twitter e um pronunciamento oficial. “Tem sido um prazer extraordinário trabalhar com os talentosos Jonathan Nolan e Lisa Joy, assim como com o elenco e a equipe. Da narrativa inspirada aos efeitos visuais incríveis, estamos ansiosos para ver para onde o próximo capítulo nos levará”, afirmou o presidente de programação da HBO, Casey Bloys, em comunicado, citando nominalmente os criadores da série. Por enquanto, não há informações sobre a data de estreia da 3ª temporada. Initiate extreme excitement. #Westworld will return for Season 3. pic.twitter.com/HRbYuTOBiF — HBO (@HBO) May 1, 2018
Janelle Monáe lança álbum visual com músicas de Dirty Computer e trama de sci-fi distópica
A cantora e atriz Janelle Monáe (“Estrelas Além do Tempo”) lançou um versão visual de “Dirty Computer”, seu disco mais recente, que reúne diversos clipes. Mas ao contrário do que fez Beyoncé com “Limonade”, exibido com exclusividade na HBO, o “filme” de Janelle foi disponibilizado na íntegra no YouTube. O filme é uma ópera pop-hop espacial, com muitos efeitos visuais, clima sci-fi e ganhou até um “pôster de cinema”. Veja abaixo. Por meio dos clipes, “Dirty Computer” conta a história de “Jane 57821” (Monáe), que surge amarrada a uma cadeira em uma instalação austera, onde uma voz desencarnada diz que ela é “um computador sujo” que precisa de uma limpeza. Ela discorda, porque se considera um espírito livre, que desafia uma distopia de um futuro próximo, ao se empoderar e celebrar seu amor pela rebelde Zen (Tessa Thompson, de “Thor: Ragnarok”, suposta namorada da cantora) e a comunidade negra queer que aceita as duas. Ao longo da seleção musical, Jane luta para manter sua identidade enquanto dois técnicos de laboratório assistem e limpam suas memórias mais preciosas. Ela explicou o significado da trama distópica para a revista Rolling Stone. “Eu quero que garotas e garotos, pessoas não-binárias, gays, heterossexuais e queer que estejam tendo dificuldade em lidar com sua sexualidade, lidando com o sentimento de ostracismo ou intimidação, apenas por serem seus eus únicos, saibam que vejo vocês. Este álbum é para vocês. Sejam orgulhosos”, disse Janelle, em entrevista.
HBO abre o sinal para a estreia da 2ª temporada de Westworld no Brasil
A HBO abriu o sinal para todos os assinantes da NET e Claro TV neste final de semana para atrair maior público para a estreia da 2ª temporada de “Westworld”, que vai ao ar neste domingo (22/4), às 22 horas. Além disso, a abertura permitirá maratonar toda a temporada inaugural de “Westworld” através do canal HBO 2, que vai exibir todos os episódios do primeiro ano. Inspirada no longa “Westworld – Onde Ninguém Tem Alma” (1973), escrito e dirigido por Michael Crichton (o autor de “Parque dos Dinossauros”), a série foi criada pelo casal Jonathan Nolan (roteirista de “Interestelar” e criador da série “Person of Interest”) e Lisa Joy (roteirista da série “Pushing Dasies”), e tem produção do cineasta J.J. Abrams (“Star Wars: O Despertar da Força”). A série tem um elenco de peso, que inclui Ed Harris, Evan Rachel Wood, Jeffrey Wright, Thandie Newton, James Marsden, Tessa Thompson e o brasileiro Rodrigo Santoro.
Novo clipe de Janelle Monáe celebra poder explícito da cor-de-rosa com atriz de Thor: Ragnarok
A cantora e atriz Janelle Monáe (“Estrelas Além do Tempo”), lançou o clipe de “Pynk”, que inclui participação da atriz Tessa Thompson (“Thor: Ragnarok”), alimentando ainda mais as especulações de que as duas, inseparáveis, são namoradas. Elas já dançam juntas em clipes desde 2015 (“Yoga”) e foram bem além disso em “Make Me Feel”, um hino ao amor bissexual. A nova música também é um hino. Conta com vocais da canadense Grimes para celebrar o “p*ssy power”. E o clipe vai direto ao assunto. Rodado no deserto, o vídeo reúne a cantora, a atriz e dançarinas usando calças sugestivas, cujo design remete claramente à anatomia feminina. Tudo em tom rosado, acompanhando Janelle cantar que “pynk” é a cor da língua que vai até lá embaixo, cor dos lábios em volta do paraíso além das florestas e coxas, cor do mais profundo interior e dos cérebros que reagem aos estímulos, “enquanto todos enlouquecemos”. A direção é da holandesa Emma Westenberg, conhecida por comerciais de moda. “Pynk” faz parte do disco “Dirty Computer”, que tem previsão de estreia para 27 de abril.
Rodrigo Santoro posta teaser de Westworld em seu Instagram
O ator Rodrigo Santoro divulgou um teaser de “Westworld” em seu Instagram, antecipando o lançamento do trailer completo da a 2ª temporada, que a HBO irá disponibilizar nesta quinta (29/3). O brasileiro foi destaque entre a primeira leva de fotos dos novos episódios. Na trama, ele vive o pistoleiro Hector. Além dos demais personagens, que incluem Dolores (Evan Rachel Wood), Teddy (James Marsden), Bernard (Jeffrey Wright), Maeve (Thandie Newton), o Homem de Preto (Ed Harris), Ashley (Luke Hemsworth), Charlotte (Tessa Thompson) e a recepcionista Angela (Talulah Riley), a nova temporada deve trazer três novidades interpretadas pelo libanês Fares Fares (“Rogue One: Uma História Star Wars”), o sueco Gustaf Skarsgård (série “Vikings”) e a americana Betty Gabriel (“Corra!”). A 2ª temporada de “Westworld” estreia em 22 de abril. Ready to bring yourself back online? The #Westworld Season 2 trailer drops worldwide tomorrow, March 29 at 11AM ET/8AM PT. Trailer da segunda temporada de #Westworld entra no ar amanhã ao meio dia.? #hbo #ww #hbobr #hectorescaton Uma publicação compartilhada por Rodrigo Santoro (@rodrigosantoro) em 28 de Mar, 2018 às 5:13 PDT
Pôster de Westworld diz que o caos assume o controle da 2ª temporada
O canal pago HBO divulgou o pôster da 2ª temporada de “Westworld”, que traz um abutre robótico num cenário desértico, ao lado do chapéu do Homem de Preto (Ed Harris), acompanhando pela frase “O caos assume o controle”. Os novos episódios de “Westworld” vão mostrar o que acontece após a rebelião dos robôs que encerrou a temporada inaugural. A estreia está marcada para 22 de abril. Chaos takes control.#Westworld premieres 4.22 at 9PM on @HBO. pic.twitter.com/IA3FEXUs3n — Westworld (@WestworldHBO) March 22, 2018
Dificilmente haverá sci-fi melhor que Aniquilação em 2018
Nada como um segundo filme para comprovar se um diretor, que acertou de primeira, é mesmo um gênio, ou apenas mais um entre os meros humanos com sorte de principiante. Alex Garland, roteirista que também virou diretor com o ótimo “Ex Machina”, brilhou em sua estreia atrás das câmeras com uma ficção científica cerebral, dramática, existencial, filosófica e feminista. E com a cerebral, dramática, existencial, filosófica e feminista “Aniquilação”, comprova que “Ex Machina” não foi uma jogada de sorte. De fato, seu novo trabalho mostra que a ficção científica moderna precisa de suas ideias e histórias para se renovar como um gênero relevante e inspirador para os fãs e o próprio cinema. Os melhores exemplares do gênero não são as viagens alucinantes da imaginação humana através do tempo e o espaço sem o mínimo compromisso com a realidade. São aqueles que colocam os dois pés no chão, sem que isso esteja evidente e debaixo dos narizes dos espectadores. São filmes que se agarram aos momentos mais discutidos e importantes de suas épocas ou costumes, dores, incertezas e preconceitos que a sociedade e, principalmente, as minorias enfrentam. São aqueles em que vemos nas telas as representações físicas de questões que se passam dentro de nós mesmos. Então é melhor você se desapegar do materialismo e da inquietante busca por respostas, porque “Aniquilação” é, sobretudo, sobre as falhas que tornam as pessoas humanas. Na verdade, sobre nossa capacidade, mesmo que inconsciente, porém inerente, de fazer merda. A autodestruição. E é só quando a alcançamos que resolvemos partir rumo à criação – um ciclo doentio, mas que justifica a existência. Baseado no primeiro livro de uma trilogia de Jeff VanderMeer, “Aniquilação” traz Natalie Portman como Lena, bióloga e veterana do exército que ainda sofre com a provável morte do marido, o militar Kane (Oscar Isaac), desaparecido há um ano após embarcar numa missão secreta. Mas o filme começa mesmo quando ele misteriosamente retorna do nada e entra em coma. Lena descobre que Kane foi o único de diversas expedições a conseguir sair vivo de uma área conhecida como “The Shimmer”, uma muralha ou uma bolha cuja estrutura visual lembra uma mistura entre a aurora boreal e a gosma de “Os Caça-Fantasmas 2”. Mas o que seria aquilo? A origem é extraterrestre? Seria um recado de Deus? Ou a resposta estaria ligada à ciência? Ou ao resultado da ação do Homem contra a natureza? Eis a questão. O importante neste momento é estudar o fenômeno e tentar impedir seu crescimento, afinal pode engolir o mundo todo em pouco tempo. Se isso é bom ou ruim, Lena entrará lá para descobrir ao lado de mais quatro mulheres, entre cientistas, geólogas e militares (Jennifer Jason Leigh, Tessa Thompson, Gina Rodriguez e Tuva Novotny). Você não precisa saber mais nada, se não quiser correr o risco de estragar a experiência de assistir a um filme que vai virar sua cabeça do avesso e te deixar pensando por um bom tempo no que acabou de ver. Ainda aqui? Ok. Daqui pra frente, encare “Aniquilação” como uma espécie de pesadelo em forma de ficção científica. Não tem sustos, mas sobra medo. À primeira vista, a razão passa longe das tentativas de compreender a trama e as sensações provocadas pelo filme começam a se tornar mais importantes que qualquer coisa que você vê na tela. Vale muito mais saber que Lena parte numa jornada rumo a uma nova vida após os erros que cometeu no passado. Não é o que está dentro do Shimmer que importa, mas o que se passa no interior de cada personagem e os segredos que elas mantêm umas das outras – características que geralmente acontecem em épicos, onde o que acontece na mente dos personagens tem uma escala maior que a imensidão de imagens que vemos na tela. “Aniquilação” não é um épico clássico como “Ben-Hur” ou “O Senhor dos Anéis”, mas são épicas as suas motivações e ambições, ao mesmo tempo intelectuais e viscerais. Por outro lado, algumas sequências são momentos de puro horror, que poucos filmes de terror conseguiram atingir. Alex Garland provoca da primeira à última cena e isso representa o talento de um diretor/roteirista com total respeito pela inteligência de seu espectador. Tanto nas discussões em torno da interpretação da história quanto nas referências que deixa durante o filme, nunca de maneira gratuita e óbvia, o cineasta traz à tona influências de “Alien: O Oitavo Passageiro”, de Ridley Scott, “Sob a Pele”, de Jonathan Glazer, “A Árvore da Vida”, de Terrence Malick, “A Fonte da Vida” e “mãe!”, ambos de Darren Aronofsky, “O Predador”, de John McTiernan, “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick, “O Enigma de Outro Mundo”, de John Carpenter, “A Chegada”, de Denis Villeneuve, e “A.I.: Inteligência Artificial”, de Steven Spielberg. E seu ato final rende o clímax mais esquisito do ano. É verdade que os efeitos visuais nessa parte do filme poderiam ser melhores ou apresentar um acabamento mais refinado, mas Alex Garland quer mostrar coisas estranhas e inéditas aos nossos olhos. Na verdade, ao final, ninguém vai questionar se o final tem bons efeitos ou não, ou se foi lento até ali ou não, porque a imersão é tão profunda que aceitamos como real qualquer projeção imaginada pelo cineasta – resultado que não seria possível sem a presença impactante de Natalie Portman, que é uma força da natureza, a fotografia alucinógena de Rob Hardy, e a trilha horripilante de Geoff Barrow e Ben Salisbury. O tempo dirá se “Aniquilação” é melhor que aparenta e merece figurar entre os grandes filmes do século. Ou se será engolido e considerado subproduto das referências de todos os exemplares citados neste texto. Mas é difícil ignorar que o cinema precisa de mais diretores corajosos como Alex Garland, que não deixam o estúdio mexer em seus filmes e propõem desafios às plateias acostumadas a blockbusters geralmente vazios. Ele pagou seu preço, que foi o presidente do estúdio vender a obra para a Netflix, com um lançamento em streaming no Brasil, em vez da merecida tela grande em que atordoaria ainda mais. Isto não muda um fato inescapável: dificilmente haverá sci-fi melhor em 2018.
Casal de heróis de Thor: Ragnarok vai virar Homens de Preto
Os atores Chris Hemsworth e Tessa Thompson vão repetir a parceria bem-sucedida de “Thor: Ragnarok” (2017) no próximo filme da franquia “Homens de Preto”. Segundo o site The Hollywood Reporter, os contratos ainda não foram assinados, mas ambos estão entusiasmados pela possibilidade de voltar a atuar juntos. Às vezes descrito como um spin-off, outras como reboot, o novo filme da Sony não contará com a participação dos atores Will Smith e Tommy Lee Jones, que estrelaram os três longas originais da franquia, focando outros agentes da organização secreta dedicada a policiar e acobertar a presença de alienígenas na Terra. A ideia é relançar os “Homens de Preto” sem reinventar a franquia, do mesmo modo como “Jurassic World” (2015) fez com “Jurassic Park” (1993). O roteiro aprovado foi escrito por Matt Holloway e Art Marcum, que assinaram juntos “Homem de Ferro” (2008) e “Transformers: O Último Cavaleiro” (2017). A direção estará a cargo de F. Gary Gray, que comandou o sucesso “Velozes e Furiosos 8” (2017). E, mesmo sem título, o filme já tem data de estreia, marcada pela Sony para o dia 17 de maio de 2019 nos Estados Unidos.
Rodrigo Santoro é um dos destaques nas fotos da 2ª temporada de Westworld
O canal pago HBO divulgou novas imagens oficiais da 2ª temporada de “Westworld”. Elas destacam os protagonistas Dolores (Evan Rachel Wood), Teddy (James Marsden), Bernard (Jeffrey Wright), Maeve (Thandie Newton), o Homem de Preto (Ed Harris), Ashley (Luke Hemsworth), Charlotte (Tessa Thompson) e Hector (Rodrigo Santoro), além de registrar mudanças no visual da recepcionista Angela (Talulah Riley), que terá papel maior na nova temporada, e um trio de novidades. As fotos apresentam dois novos funcionários da área tecnológica do parque, os programadores Antoine Costa e Karl Strand, vividos pelo libanês Fares Fares (“Rogue One: Uma História Star Wars”) e o sueco Gustaf Skarsgård (série “Vikings”). Também é possível ver mais uma contratada para a equipe de segurança. Betty Gabriel (“Corra!”) aparece ao lado de Hemsworth como Maling, nova encarregada de restaurar a ordem no parque. A 2ª temporada de “Westworld” estreia em 22 de abril.
Netflix divulga pôster nacional e o primeiro trailer legendado de Aniquilação
A Netflix começou a fazer a divulgação de “Aniquilação”, filme elogiadíssimo pela crítica americana, que a Paramount não botou fé e negociou com o serviço de streaming após financiar toda a sua produção. O pôster e o primeiro trailer legendado chegam um dia antes da estreia da sci-fi nos cinemas americanos, onde terá lançamento limitado nesta sexta (23/2), antes de também virar streaming. A prévia demonstra o visual psicodélico da adaptação do livro homônimo, que inicia a trilogia literária “Southern Reach”, de Jeff VanderMeer. Na trama, cinco mulheres de campos científicos diversos embarcam numa expedição a uma região abandonada e contaminada, da qual poucos retornam, e os que retornam não sobrevivem muito tempo. Dirigido pelo britânico Alex Garland (do premiado “Ex Machina: Instinto Artificial”), o longa reúne Natalie Portman (“Thor”), Tessa Thompson (“Thor: Ragnarok”), Gina Rodriguez (série “Jane the Virgin”), Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”) e Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”) em seu elenco. “Aniquilação” chega na Netflix em 12 de março.
Despachado para a Netflix, Aniquilação arranca elogios rasgados dos críticos americanos
A Paramount pode ter comemorado muito cedo o feito de passar adiante duas bombas sci-fi para a Netflix. Enquanto “The Coverfield Paradox” se provou um desastre radioativo, “Aniquilação”, que será exibido nos cinemas apenas nos Estados Unidos e por período limitado, está sendo saudado como uma obra inovadora pela crítica americana. O filme tem 89% de aprovação no site Rotten Tomatoes – que deu 17% para “The Coverfield Paradox”. Mas graças à pouca fé do estúdio, não terá um como deveria – chega nesta sexta (23/2) em duas mil salas na América do Norte – 1,4 mil a menos que a comédia “A Noite do Jogo”, também bem-avaliada (leia mais sobre isso aqui). “Aniquilação” também tinha estreia marcada para fevereiro nos cinemas brasileiros e alimentava grandes expectativas pelo elenco composto por Natalie Portman (“Thor”), Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), Tessa Thompson (“Thor: Ragnarok”), Gina Rodriguez (série “Jane the Virgin”) e Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”). Agora vai sair direto em streaming, repetindo a sina do ótimo filme de estreia do diretor Alex Garland, “Ex Machina: Instinto Artificial” (2014), que venceu o Oscar de Melhores Efeitos Visuais e foi indicado na categoria de Melhor Roteiro Original, e acabou menosprezado com um lançamento direto em DVD por aqui. Em entrevista ao site Collider, o diretor não escondeu seu descontentamento com a decisão do estúdio. “Fiquei decepcionado. Fizemos o filme para o cinema. Veja, não tenho nenhum problema com a tela pequena. A melhor coisa que vi recentemente foi ‘The Handmaid’s Tale’, então acho que há um potencial incrível em tal contexto, mas se você está fazendo isso você faz exatamente para essa mídia e pensa dentro desses termos. Ao menos, o filme será lançado nos cinemas nos Estados Unidos. Uma das grandes vantagens da Netflix é que atingirá muita gente e você não precisa ter aquela preocupação se as pessoas vão aparecer no fim de semana de estreia, pois se não aparecerem o filme sai em duas semanas. Tem lados positivos e negativos, mas do meu ponto de vista e dos envolvidos na produção, foi feito para ser visto na telona.” Segundo fontes do site Deadline, a Paramount tomou a decisão de negociar com a Netflix após as sessões de teste, que renderam um racha entre os produtores David Ellison e Scott Rudin. O público não reagiu bem às primeiras exibições do filme e Ellison, avaliando-o como “muito intelectual” e complicado, teria exigido mudanças no tom e no desfecho para deixá-lo mais comercial. Como Rudin ficou do lado do diretor e “Aniquilação” não foi alterado, Ellison, que vem amargando uma sequência de fracassos comerciais com “Vida”, “Baywatch” e “Tempestade: Planeta em Fúria”, praticamente desistiu do longa, após ter gastado uma fortuna para realizá-lo. As reações da crítica demonstram que ele cometeu um grande erro. “Aniquilação” era a chance de a Paramount ter um blockbuster bem-avaliado após produzir a maioria dos candidatos ao Framboesa do Ouro 2018, a premiação dos piores do ano – “Transformers: O Último Cavaleiro”, “Baywatch”, “Mãe!” e “Pai em Dose Dupla 2”. Veja uma mostra do que os críticos norte-americanos acharam do filme: “Com sua estreia ‘Ex Machina’, um estudo extraordinário de inteligência artificial e falácia humana, Garland mostrou potencial como um verdadeiro visionário de ficção científica e dá seu próximo passo com ‘Aniquilação’. Alguns espectadores vão curtir a audácia, outros poderão achá-lo o filme mais louco desde ‘Mãe!’. É um conto completamente bizarro que deixará o público tonto em relação ao que acabou de ver, mas ainda assim é genuinamente satisfatório” – Brian Truitt, jornal USA Today. “‘Aniquilação’ é uma prova perfeita de que ele é um diretor e visionário para valer – não só por criar um mundo imersível, mas um mundo tão fascinante que você vai querer investigar repetidamente. Foi uma longa espera desde ‘Ex Machina’, mas Garland provou que valeu a pena esperar” – Eric Eisenberg, site CinemaBlend. “Em termos de tom, há muito aqui, mas nunca excessivamente exagerado ou incongruente. Existem algumas cenas particularmente sangrentas de horror corporal (uma dissecação específica é garantia de pesadelos) e o gosto de Garland por imagens delirantes garante que muitas cenas no filme deixarão uma impressão duradoura” – Benjamin Lee, jornal The Guardian. “‘Aniquilação parece fabulosamente verdejante e ameaçador, a combinação certa para um filme que deseja receber o espectador em seu mundo para abalá-lo. Trata-se de um prato refinado de carne vermelha cinematográfica – perfeitamente cozido no lado de fora, mas sangrento por dentro” – Todd McCarthy, revista The Hollywood Reporter. “Sem receio de parecer um sonho e impenetrável, mas com uma evidente essência sinistra, ‘Aniquilação’ é uma fantasmagoria de outro nível, uma meditação profunda sobre as qualidades objetivas e subjetivas da autodestruição. Uma experiência visionária com dimensão monumental, capaz de deixar Kubrick orgulhoso” – Rodrigo Perez, site The Playlist. “Uma jornada a um coração de trevas estranho, ‘Aniquilação’ parece que foi criado a partir de uma combinação de genes de ‘Apocalypse Now’, de Francis Ford Coppola, ‘O Enigma de Outro Mundo’, de John Carpenter, e ‘2001 – Uma Odisseia no Espaço’, de Stanley Kubrick, com um surrealismo tão prolongado e fascinante que fez meus olhos arder, principalmente porque eu não queria piscar para não perder nenhum momento de insanidade” – Nick Schager, site Daily Beast. “Sim, ‘Aniquilação’ é um tipo de ficção científica intelectual e complicada, mas os lançamentos do gênero nos últimos anos tem se provado ambiciosos e um filme como o de Garland também poderia ser apreciado por vários tipos de espectadores” – Molly Freeman, site ScreenRant. A Netflix disponibiliza o filme em 12 de março no Brasil.









