Superior Donuts é cancelada na 2ª temporada
A rede CBS cancelou a série de comédia “Superior Donuts” após sua 2ª temporada. A atração, que exibe seu último episódio na segunda (14/5), tinha 5 milhões de telespectadores e registrava 0,89 ponto na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes). Cada ponto equivale a 1,3 milhão de adultos na medição da consultoria Nielsen. A série registrava a audiência mais baixa do canal nas noites de segunda, que a CBS pretende reinventar na próxima temporada. Por conta disso, a rede também cancelou “Scorpion”, que era exibida no mesmo dia – com média de 5,2 milhões de telespectadores ao vivo. Criada pelo trio Bob Daily, Garrett Donovan e Neil Goldman (que trabalharam juntos no remake de “The Odd Couple”), a série era baseada numa peça de Tracy Letts (“Álbum de Família”) e girava em torno do relacionamento do velho dono de uma pequena loja de donuts, inaugurada em 1969, e seu jovem empregado, que se define como artista empreendedor, num bairro alegre de Chicago. O veterano ator Judd Hirsch (da série clássica “Taxi”) e Jermaine Fowler (série “Crashing”) lideravam o elenco, que também incluía Katey Sagal (“Sons of Anarchy”), David Koechner (“The Office”), Maz Jobriani (“Better Off Ted”) e Rell Battle (“Euro Club”).
Man with a Plan, Life in Pieces e Instinct são renovadas
Além da renovação de “Criminal Minds”, a rede CBS comunicou o retorno das comédias “Man with a Plan” e “Life in Pieces”, além da série policial “Instinct”, tão genérica que chegou a copiar a trama de um episódio de “Bones”. Novata da turma, lançada em março, “Instinct” foi alardeada como o primeiro drama da TV aberta americana com protagonista gay. Baseado no romance homônimo do escritor James Patterson (autor do livro que inspirou a série “Zoo”), a série gira em torno do Dr. Dylan Reinhart (Alan Cumming, da série “The Good Wife”), um ex-agente da CIA que se tornou escritor e professor, e que é procurado pela polícia para auxiliar uma investigação, após um serial killer se inspirar num de seus livros para cometer assassinatos. Mas, apesar da distinção LGBT do protagonista, a premissa criada por Michael Rauch (roteirista-produtor de “Royal Pains”) é bastante convencional, alimentada pelo conflito de uma parceria forçada entre um detetive da polícia (Bojana Novakovic, de “Eu, Tônia”) e um assistente amador – fórmula que tem sido requentada desde que Eddie Murphy estreou no cinema há 36 anos com “48 Horas”. Junte-se à receita o elemento literário e o resultado fica ainda mais próximo do óbvio, ou melhor, do casal de “Castle”. Não por acaso, a rede CBS é responsável pelas produções mais convencionais da TV americana. E, ironicamente, vinha sendo criticada pela falta de diversidade entre os personagens de suas séries. Com 7,8 milhões de telespectadores, “Instinct” poderia ser considerado mais um sucesso policial do canal, mas a baixa pontuação de 0,8 na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes) revela outra obviedade: que o público que acompanha séries de fórmulas batidas é bem mais velho que o desejado. Cada ponto equivale a 1,3 milhão de adultos na medição da consultoria Nielsen. Também estreante, “Man with a Plan” encerrou sua 1ª temporada na segunda (7/5) com 5,7 milhões de telespectadores e 0,98 ponto na demo. A série marcou a volta de Matt LeBlanc (o eterno Joey de “Friends”) para a TV aberta, após o cancelamento de “Episodes”. Trata-se de um sitcom tradicional com claque, centrada num homem que começa a passar mais tempo em casa. A diferença é que a prévia revela mais cenários que a sala da família que costuma ser o centro desse tipo de produção. Na trama desenvolvida pelo casal Jeff & Jackie Filgo (produtores de “That ’70s Show”), LeBlanc vira dono de casa e pai em tempo integral quando sua mulher (Liza Snyder, de “Yes, Dear”) resolve aceitar um emprego, apenas para descobrir como a vida doméstica é difícil. Veterana do trio, “Life in Pieces” foi renovada para sua 4ª temporada com 6,5 milhões de telespectadores e 1,1 ponto na demo. Criada pelo roteirista/produtor Justin Adler (série “Less Than Perfect”), gira em torno de uma família enorme, em que todos se atrapalham. O que evita os lugares mais comuns é o elenco, grandioso em mais de um sentido, já que inclui os veteranos Dianne Wiest (“O Tiro Que Não Saiu Pela Culatra”) e James Brolin (“Carros Usados, Vendedores Pirados!”), além de atores conhecidos como Colin Hanks (série “Fargo”), Betsy Brandt (série “Breaking Bad”), Thomas Sadoski (série “The Newsroom”) e Zoe Lister Jones (série “Friends with Better Lives”).
Brooklyn Nine-Nine é resgatada e voltará para sua 6ª temporada em outro canal
O cancelamento de “Brooklyn Nine-Nine” durou só 24 horas. Aproveitando os protestos e o clamor popular, os produtores iniciaram intensas negociações para resgatar a série em outro canal e comemoraram o apoio da NBC para continuar no ar. A série foi resgatada e voltará para sua 6ª temporada. Apenas em outro canal. As negociações foram rápidas, porque “Brooklyn Nine-Nine” é uma produção da NBCUniversal, estúdio que faz parte do mesmo conglomerado da rede NBC (Comcast). “Desde que vendemos este programa para a Fox, eu me arrependi de deixá-lo escapar, e já era hora de voltar para sua legítima casa”, disse o presidente de entretenimento da NBC, Robert Greenblatt, no comunicado do resgate/renovação. “Mike Schur, Dan Goor e Andy Samberg cresceram na NBC, e estamos todos entusiasmados com o fato de que uma das mais inteligentes, mais engraçadas e melhores comédias de elenco em muito tempo ocupará seu lugar em nossa programação de comédia”. Após o anúncio de resgate, o elenco foi às redes sociais agradecer aos fãs, em reconhecimento pelo apoio. Em seus posts, assumiram que a permanência no ar não aconteceu apenas por boa vontade da NBC, mas devido ao barulho causado por quem se mostrou inconformado com o cancelamento. Nem os próprios atores sabiam que a série era tão adorada. Veja abaixo alguns dos posts emocionados de Andy Samberg (via o Twitter de seu grupo Lonely Island), Melissa Fumero, Joe Lo Truglio, Terry Crews, Stephanie Beatriz, Chelsea Peretti, Joel McKinnon Miller e Dirk Blocker, além dos agradecimentos dos co-criadores da série, Mike Schur (Ken Tremendous) e Dan Goor, aos “melhores fãs do mundo”. #Brooklyn99 IS COMING BACK FOR SEASON 6 YOU GUYS ON NBC!!!!! You did this!! You got loud and you were heard and you saved our show!! Thank you!! Thank you to NBC!! NINE NINE!!!!! pic.twitter.com/cTycfF4FoR — Melissa Fumero (@melissafumero) May 12, 2018 Thank you to everyone for the crazy outpouring of support. It means the world to us. It wouldn’t have happened without you. — The Lonely Island (@thelonelyisland) May 12, 2018 It’s NINE o’clock and the NINE NINE is now on NBC. We are so grateful for our fans. THANK YOU. You made this happen. And we’re excited about this amazing new chapter for Brooklyn Nine-Nine. ❤️??? — JoeLoTruglio (@JoeLoTruglio) May 12, 2018 WE ARE BACK! @NBC PICKED US UP FOR A 6TH SEASON!!!???????????THANK YOU INTERNET!!!!!!!!!!!! "NINE NINE" pic.twitter.com/JSiILkHQes — terrycrews (@terrycrews) May 12, 2018 SQUAD YOU DID IT #BROOKLYN99 WILL BE ON NBC FOR OUR 6th SEASON! — Stephanie Beatriz (@iamstephbeatz) May 12, 2018 NBC TAKIN B99 OFFA FOXES HANDSIES BBBBBSSSSSSssss pic.twitter.com/qXFr3Ic27G — Chelsea Peretti (@chelseaperetti) May 12, 2018 Thanks NBC!!!Thanks our amazing Fans!!We’re back on!!!More Brooklyn coming your way!!!#brookyln99 — Joel McKinnon Miller (@JoelMcKMiller) May 12, 2018 Just learned – NBC, baby!!!99! GOBSMACKED, and oh so excited! My wife and I will begin sufficient celebrations immediately! — Dirk Blocker (@DirkBlocker) May 12, 2018 pic.twitter.com/10LLG2mNMC — Ken Tremendous (@KenTremendous) May 12, 2018 Hey everyone, just wanted to say no big deal but….NBC JUST PICKED #BROOKLYN99 UP FOR SEASON 6!!!Thanks in no small part to you, the best fans in the history of the world! Nine-nine!!!!!!!!! — Dan Goor (@djgoor) May 12, 2018
Um ano após ser cancelada, The Last Man Standing tem volta confirmada à televisão
A Fox confirmou o resgate de “Last Man Standing”, que havia sido cancelada há um ano pela rede ABC. A série de comédia protagonizada por Tim Allen tem, assim, o revival mais rápido já visto – em comparação com “Arquivo X” e “Roseanne”, por exemplo. Ou o resgate mais demorado de todos os tempos – em comparação com “The Mindy Project” e “Nashville”. O próprio Allen já tinha vazado a existência de negociações para o revival há uma semana. Mas a Fox aguardou para anunciar o retorno numa data simbólica: no aniversário de um ano do cancelamento. Na época, a decisão da ABC foi considerada incompreensível, já que a série tinha público de renovação, vista em média por 6,4 milhões de telespectadores ao vivo. “‘Last Man Standing’ terminou cedo demais, e o clamor dos fãs tem sido ensurdecedor”, disseram em comunicado os presidentes da Fox TV, Gary Newman e Dana Walden. “Queríamos remontar o show desde a gravação final, há um ano, e Tim também não perdeu a esperança. Graças aos milhões de telespectadores dedicados e ao irreprimível Tim Allen, o cancelamento não foi o fim de ‘Last Man Standing’. ” Allen vai reprisar seu papel como Mike Baxter, o único homem numa família repleta de mulheres – esposa e três filhas – , que se sentia extremamente incomodado pelo crescente empoderamento feminino do mundo atual. Na descrição oficial: um homem “que tenta manter sua masculinidade em um mundo cada vez mais dominado por mulheres”. “Claro que estou animado!”, Allen disse em um comunicado. “Quando eu ouvi a oferta para criar mais episódios de ‘Last Man Standing’, eu dei um soco no ar com tanta força que acabei com um mau jeito nas costas… Eu não poderia ser mais grato aos fãs que escreveram petições e mantiveram a paixão e o incrível apoio pelo programa”, completou. A série de comédia protagonizada por Tim Allen entre 2011 e 2017 voltará para sua 7ª temporada no outono norte-americano (entre setembro e novembro). Sua volta pela Fox é estimulada por dois fatores. Trata-se de uma produção da casa, mais especificamente da 20th Century Fox Television, o que facilitou o acordo. O outro detalhe determinante foi o enorme sucesso do revival de “Roseanne”, sitcom que compartilha o mesmo viés político conservador de “Last Man Standing”. Muitos críticos comentaram, há um ano, que a ABC tinha cometido um erro estratégico ao cancelar a série criada por Jack Burditt (roteirista das clássicas “Mad About You” e “Just Shoot Me”), porque ela tinha boa audiência na demografia dos eleitores de Donald Trump, perfil raro entre as séries exibidas nos Estados Unidos. Afinal, os produtores de TV tendem a priorizar uma agenda progressista, evitando ao máximo ideais reacionários, como as preocupações machistas do personagem de Allen em sua sitcom. Mas, ao mesmo tempo que cancelou “Last Man Standing”, a ABC reforçou a produção de séries sobre famílias inclusivas, mostrando claramente um viés politizado em sua programação. Ou seja, o cancelamento foi mesmo uma decisão política. E não é só a ABC que torcia o nariz para a própria série. Vale observar que “Last Man Standing” nem sequer tem avaliação no site Rotten Tomatoes, porque a crítica simplesmente não se interessa por ela. Só o povão que elegeu Trump prestigiava. Não por acaso, Allen chegou até a se fantasiar de Trump num episódio. Já a Fox não compartilha da mesma agenda da ABC, a ponto de o canal Fox News, do mesmo conglomerado, ser considerado quase porta-voz de Trump. Uma curiosidade dessa negociação é que ela acontece após a Disney (dona da ABC) comprar o estúdio Fox, que detém os direitos de produção de “Last Man Standing”. Ainda não há previsão para a troca de comando, que depende de aprovação do governo (de Trump), e tampouco está claro como se dará a relação entre o estúdio Fox e o canal Fox, que continuará com os proprietários atuais.
Série Great News, de Tina Fey, é cancelada na 2ª temporada
A rede NBC anunciou o cancelamento da série de comédia “Great News” em sua 2ª temporada. A atração estreante nunca foi um grande sucesso, mas perdeu mais de 1 milhão de telespectadores, desabando de 3,5 milhões na 1ª temporada para 2,1 milhões no final do segundo ano. Aí, não adiantou o bom relacionamento com sua produtora, Tina Fey, que foi responsável por uma das comédias de maior reconhecimento crítico do canal nos últimos anos, “30 Rock” (ou, como querem os tradutores da TV aberta, “Um Maluco na TV”). Criada por Tracey Wigfield (roteirista de “30 Rock” e “The Mindy Project”), “Great News” tinha uma premissa capaz de cruzar “Mary Tyler Moore” (1970–1977) e “Um Senhor Estagiário” (2015). A trama gira em torno do ambiente de trabalho tumultuado de uma produtora de telejornal, vivida por Briga Heelan (série “Love”), que além de precisar lidar com o estresse diário do emprego e um âncora intratável (John Michael Higgins, de “A Escolha Perfeita”), vê-se em apuros ainda maiores quando seu chefe (Adam Campbell, da série “Unbreakable Kimmy Schmidt”) decide contratar a mãe dela (interpretada pela veterana comediante Andrea Martin, de “Casamento Grego”) como sua nova estagiária.
The Crossing, Deception, Kevin (Probably) Saves the World e Alex, Inc são canceladas na 1ª temporada
A rede ABC cancelou quatro séries recém-lançadas. Os dramas “The Crossing” e “Deception” e as comédias “Kevin (Probably) Saves the World” e “Alex, Inc” não voltarão para uma 2ª temporada. Ainda em exibição, “The Crossing” e “Deception” até tiveram boas estreias, entre as melhores da ABC em três anos. A primeira abriu 5,4 milhões de telespectadores ao vivo e 1,0 ponto na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes) no começo de abril, mas a trama repleta de clichês do gênero sci-fi não segurou o público, que caiu para 3,6 milhões e 0,5 ponto. Criada por Dan Dworkin e Jay Beattie (da série “Scream”), “The Crossing” trazia Steve Zahn (série “Treme”) como o xerife de uma cidadezinha que tem que lidar com a chegada de refugiados em sua praia. De forma misteriosa, eles aparecem sem barco e dizendo fugir de uma guerra devastadora. O detalhe é que a guerra só vai acontecer no futuro. Para completar, alguns deles começam a demonstrar superpoderes. “Deception” tinha mais público, mas experimentou uma queda maior, de 5,9 milhões de telespectadores ao vivo e 1,2 ponto na demo para 3,9 milhões e 0,7 ponto. A trama girava em torno de um mágico famoso, chamado Cameron Black, que decide ajudar o FBI a resolver um mistério e logo passa a solucionar um caso por semana, usando os truques e segredos de sua profissão como guia para a resolução de crimes impossíveis. Criada por Chris Fedak (criador de “Chuck”), a ideia remete a “Truque de Mestre” (2013), além de evocar a interação volátil entre um leigo presunçoso e uma policial/agente federal sexy, que é o lugar-comum de “The Mentalist” (2008-2015), “Castle” (2009–2016), “Limitless” (2015–2016), “Rosewood” (2015-2017), “Lucifer” (2015-) e inúmeras outras séries de procedimento. O mágico é vivido por Jack Cutmore-Scott (“Kingsman: Serviço Secreto”) e a agente sexy por Ilfenesh Hadera (“Baywatch”). Já as comédias nunca flertaram com a possibilidade de renovação. Estrelada por Jason Ritter (série “Parenthood”), “Kevin (Probably) Saves the World” começou com 4,2 milhões telespectadores e 1 ponto, desabando episódio a episódio, até terminar em março com 2,5 milhões e 0,7 – a pior audiência dentre as séries de comédia do canal. Na trama, Kevin era um divorciado fracassado que passa a ser assediado por uma mulher que só ele vê. Dizendo ser do céu, ela afirma que ele foi escolhido para salvar o mundo. Mas, para cumprir seu destino, precisará melhorar de atitude e de vida. Curiosamente, a premissa foi concebida por Tara Butters e Michele Fazekas, que já tinham produzido uma narrativa inversa, sobre um cara comum aliciado pelo diabo na divertida – e cultuada – série “Reaper” (2007–2009). Por fim, “Alex, Inc” estreou em março com 4,6 milhões de telespectadores e 1,12 ponto, mas seu episódio mais recente foi visto por 3 milhões e registrou 0,7 na demo. A série marcou a volta de Zach Braff à televisão, sete anos após o final de “Scrubs”. E era basicamente uma extensão das ideias de “Lições em Família” (2014), a comédia indie em que o diretor-roteirista-ator interpretava um sonhador em crise, forçado a reexaminar sua vida e carreira, tendo mulher e filhos para sustentar. Apesar dessa semelhança, não foi o ator quem criou a premissa, mas o roteirista Matt Tarses (criador de “Mad Love”). Os dois tinham trabalho juntos em “Scrubs”.
Rede ABC renova cinco séries de comédia
A rede ABC anunciou a renovação de cinco séries de comédia sobre famílias modernas: “Black-ish”, “Fresh Off the Boat”, “Speechless”, “American Housewife” e “Splitting Up Together”. Elas se juntam a “Modern Family”, que chegará à sua 10ª e possivelmente última temporada no canal. O quarteto renovado tem famílias de várias configurações, inclusive de pais separados, caso de “Splitting Up Together”, a caçula da turma. Lançada em março deste ano, a série marca a volta de Jenna Fischer aos sitcoms, após marcar época como a recepcionista Pam, de “The Office”. Na trama, ela e o marido (Oliver Hudson, de “Rules of Engagement”) resolvem se separar, mas sem se separar de verdade, já que também decidem continuar a morar juntos, para acomodar suas finanças e a criação dos filhos. Após seis episódios, a atração desenvolvida por Emily Kapnek (criadora de “Suburgatory”) foi aprovada com uma média de 4,4 milhões de telespectadores e 1,3 ponto na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes). Cada ponto equivale a 1,3 milhão de adultos na medição da consultoria Nielsen. Já “Speechless” e “American Housewife” vão chegar aos seus terceiros anos, após desempenhos similares – respectivamente: 4,3 milhões e 1,1 ponto, e 4,5 milhões e 1,2 ponto. Criada por Scott Silveri (criador de “Joey”, “Perfect Couples” e “Go On”), “Speachless” tem o diferencial de lidar com a família de um adolescente cadeirante. A atração é estrelada por Minnie Driver (“Dou-lhes Um Ano”) como Maya, uma mãe apaixonada por seu marido e os três filhos pré-adolescentes, um deles com necessidades especiais. O elenco também inclui Cedric Yarbrough (“Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor”) como o cuidador do menino, cuja presença na trama evoca imediatamente o filme francês “Intocáveis” (2011). “American Housewife” é uma criação de Sarah Dunn (roteirista da clássica “Spin City”) e gira em torno da mãe vivida por Katy Mixon (série “Mike & Molly”). Sua personagem é Katie, que também é mãe de três crianças complicadas e sofre com seu temperamento forte, enquanto tenta criar sua família normal de classe média em uma cidade rica, repleta de esposas perfeitas e filhos ideais. Única série sobre família asiática na TV americana – e a primeira com protagonistas asiáticos da TV aberta desde 1994 – , “Fresh off the Boat” vai chegar a sua 5ª temporada com a menor audiência da turma – 3,8 milhões de telespectadores e 1 ponto na demo. Criada por Nahnatchka Khan (série “Apartment 23”), a trama é inspirada no livro de memórias do chef Eddie Huang e investe no tom nostálgico, ao estilo de “Todo Mundo Odeia o Cris”, “Os Goldbergs” e “Anos Incríveis”. Passada nos anos 1990, conta como a família taiwanesa do menino Eddie se adapta ao choque cultural de morar em Orlando, na Flórida. O elenco é encabeçado por Randall Park (que estará em “Homem Formiga e a Vespa”) e Constance Wu (que estará em “Podres de Ricos”), e a produção conta com o cineasta Jake Kasdan (do fenômeno “Jumanji: Bem-Vindo à Selva”). “Black-ish” também chega na 5ª temporada, mas em meio a muitas tensões nos bastidores. Seu criador, Kenya Barris (autor dos roteiros de “Viagem das Garotas” e do novo “Shaft”), estaria ensaiando trocar a TV pelo streaming, após ter se desentendido publicamente com o canal. No mês passado, a ABC vetou a exibição de um episódio politicamente temático do “Black-ish”, citando “diferenças criativas” com Barris. “Dadas as nossas diferenças criativas, nem ABC nem eu estávamos felizes com a direção do episódio e concordamos em não colocá-lo no ar”, Barris disse na época. Além disso, a rede não tem apostado em novas criações do roteirista, tendo recusado “Libby e Malcolm”, série política que seria estrelada por Felicity Huffman e Courtney B. Vance, “Unit Zero”, que mostraria Toni Collette na CIA, além de uma comédia com Alec Baldwin, que implodiu após o ator desistir do projeto. Assistida por 4,2 milhões de telespectadores ao vivo, com 1,1 ponto na demo, “Black-ish” já foi mais popular, mas, em compensação, rende frutos para o ABC Studios, como o spin-off “Grown-ish”, exibido no canal pago Freeform – do mesmo conglomerado. A série tem seis indicações ao Emmy e Tracee Ellis Ross venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz, por sua performance como a mãe sofredora da família Johnson.
Séries Brooklyn Nine-Nine, The Last Man on Earth e The Mick são canceladas
A Fox anunciou o cancelamento de três séries de comédias de sua programação: “Brooklyn Nine-Nine”, “The Last Man on Earth” e “The Mick” não voltarão para novas temporadas. Infelizmente, seus produtores não puderam se programar para encerrar suas tramas numa temporada abreviada, uma vantagem conquistada por “New Girl”, que exibirá seu último episódio na próxima terça-feira (15/5). “Brooklyn Nine-Nine” foi o cancelamento mais sentido, porque era a produção mais premiada do canal, com dois Globos de Ouro (Melhor Série de Comédia e Ator para Andy Samberg) e um Critics Choice (Melhor Ator Coadjuvante para Andre Braugher). Uma hashtag com o nome da série virou trending topics no Twitter, com fãs lamentando a decisão da emissora. Entretanto, a audiência vinha em queda livre – de 2,1 milhões de telespectadores ao vivo em 2017 para 1,7 milhão e 0,7 ponto na demo em sua 5ª e agora última temporada. Só não era a pior audiência do canal, porque a Fox também produziu o terror “The Exorcist”. Os números baixos também assombraram “The Last Man on Earth”, apesar de queda menos acentuada – dos mesmos 2,1 milhões para 1,9 milhões e 0,7 ponto na 4ª e derradeira temporada. Novata da turma, “The Mick” acabou com o mesmo desempenho: 2,1 milhões ao vivo e 0,7 ponto em sua 2ª temporada. Assim, do total de sete séries de comédia exibidas na última temporada, a Fox só decidiu continuar com uma: a estreante “The Orville” – que tem média de 4,3 milhões de telespectadores. Vale lembrar que o canal ainda não definiu o destino das também estreantes “Ghosted” e “L.A. to Vegas”.
Santa Clarita Diet é renovada para a 3ª terceira temporada
A Netflix anunciou nas redes sociais a renovação de “Santa Clarita Diet” para sua 3ª terceira temporada. Veja o post oficial abaixo. A série de comédia, em que Drew Barrymore vive uma mãe suburbana zumbi, voltará com mais 10 episódios em 2019. Criada por Victor Fresco (série “Better Off Ted”), “Santa Clarita Diet” acompanha um casal de corretores imobiliários que tem sua vida suburbana perfeita colocada em cheque por um vírus zumbi. Quando a mulher começa a manifestar desejos carnais, em mais de um sentido, o marido se esforça para manter as aparências. O elenco inclui Timothy Olyphant (série “Justified”) como o marido de Barrymore, além de Liv Hewson (série “Dramaworld”) como a filha do casal e Skyler Gisondo (“Férias Frustradas”) como o nerd adolescente que os ajuda a lidar com a transformação da mãe suburbana numa impiedosa canibal. A 2ª temporada foi disponibilizada em 23 de março. pic.twitter.com/TskYrLPt5T — Netflix Brasil (@NetflixBrasil) May 8, 2018
5ª temporada de Arrested Development ganha primeiro trailer legendado
A Netflix divulgou sete fotos, o pôster e o primeiro trailer legendado da 5ª temporada de “Arrested Development”. A prévia tem uma narração à moda antiga e cenário de sitcom, mas nem tudo está igual, como demonstram um cabelo platino, uma mão mecânica, uma campanha política e um escândalo varrido para baixo do tapete cenográfico. A nova temporada marca o 15º aniversário da série, que foi originalmente exibida de 2003 a 2006 na rede americana Fox, tendo conquistado uma farta coleção de prêmios e consagrando-se como uma das séries de comédia mais elogiadas pela crítica na década passada. Mesmo assim – e com um elenco de primeira – nunca conquistou grande audiência. Na verdade, a Fox ensaiou cancelá-la desde o final da 1ª temporada, mas os prêmios do Emmy e Globo de Ouro a mantiveram no ar por três anos. Fora do ar, virou cult. E acabou resgatada pela Netflix para uma 4ª temporada em 2013, seis anos após a exibição de seu último episódio na TV aberta americana. A 5ª temporada, por sua vez, chega ao streaming após novo hiato de cinco anos. Os atores, porém, continuam juntos, como a família fictícia da trama, que perdeu tudo, graças às falcatruas de seu patriarca. Os novos episódios continuarão a história de Michael Bluth (Jason Bateman), seu filho George Michael (Michael Cera), dos pais George Bluth Sr. (Jeffrey Tambor) e Lucille (Jessica Walter), dos irmãos George Oscar Bluth II (Will Arnett), Buster Bluth (Tony Hale) e Lindsay Funke (Portia de Rossi), do cunhado Tobias (David Cross) e da sobrinha Maeby (Alia Shawkat). O elenco permanece inalterado – e unido – , apesar do escândalo sexual que levou o veterano Jeffrey Tambor a ser demitido da série “Transparent”, na Amazon, que lhe rendeu dois prêmios Emmy e um Globo de Ouro de Melhor Ator de Série de Comédia. Os novos episódios chegam ao streaming em 29 de maio.
Tim Allen revela negociações para volta da série Last Man Standing
Um ano depois de ser cancelada pela rede ABC, “Last Man Standing” pode ser resgatada pela Fox. A novidade foi sugerida pelo astro Tim Allen, estrela da série, em mensagem a seus seguidores nas redes sociais. O revival ainda estaria em fase inicial de planejamento, mas Allen está otimista, ao falar que uma nova temporada “pode se tornar uma realidade”. Veja abaixo. A volta da série pela Fox é estimulada por dois fatores. Trata-se de uma produção da casa, mais especificamente da 20th Century Fox Television, o que facilita o acordo. O outro detalhe determinante foi o enorme sucesso do revival de “Roseanne”, sitcom que compartilha o mesmo viés político conservador de “Last Man Standing”. Muitos críticos comentaram que a ABC cometeu um erro estratégico ao cancelar a série de Tim Allen, porque ela tinha boa audiência na demografia dos eleitores de Donald Trump como poucas outras séries exibidas nos Estados Unidos. Afinal, os produtores de TV tendem a priorizar uma agenda progressista, evitando ao máximo ideais reacionários, como as preocupações machistas do personagem de Allen em sua sitcom. Na série, Allen sofria por ser o único homem numa família repleta de mulheres – esposa e três filhas – e se sentia extremamente incomodado pelo crescente empoderamento feminino do mundo atual. Para se ter noção do respaldo do público, “Last Man Standing” tinha uma das audiências mais consistentes da ABC. A 6ª temporada, encerrada em março de 2017, foi vista em média por 6,4 milhões de telespectadores, contra 6,7 milhões da temporada anterior. E o detalhe: com a desvantagem de ser exibida às sextas, dia de pior público da TV americana. Ao mesmo tempo, a progressista “Modern Family” da mesma ABC foi assistida por 5,7 milhões de telespectadores na atual temporada, em franco declínio – perde uma média de 1 milhão de telespectadores a cada ano. Mas enquanto “Modern Family” venceu prêmios e rende discussão, pouca gente repercutiu a persistência de Tim Allen em contar as mesmas piadas conservadoras, semana após semana. De forma significativa, “Last Man Standing” nem sequer tem avaliação no site Rotten Tomatoes, porque a crítica simplesmente não se interessou por ela. Só o povão que elegeu Trump gostava. Não por acaso, Allen chegou até a se fantasiar de Trump num episódio. Os proprietários atuais da Fox tem o mesmo perfil conservador da série, a ponto de o canal Fox News ser quase porta-voz de Trump. O problema para este projeto supostamente sob medida é que a Disney, tradicionalmente mais liberal (e dona da ABC), comprou o estúdio Fox, que detém os direitos de produção de “Last Man Standing”. Ainda não há previsão para a troca de comando, que depende de aprovação do governo (de Trump), mas essa pode ser uma pedra no caminho da produção, embora o próprio Tim Allen seja bastante querido pela Disney – ele é o dublador de Buzz Lightyear nos desenhos de “Toy Story”. They heard all your voices people!! LMS just might be a reality. Keep it up. Who wants more #LastManStanding ? — Tim Allen (@ofctimallen) May 3, 2018
Série de comédia 9JKL é cancelada ao final da 1ª temporada
A rede americana CBS cancelou “9JKL” ao final da sua 1ª temporada. A série era vista por cerca de 5 milhões de telespectadores por episódio, mas amargava as piores críticas da fall season, com apenas 13% de aprovação no site Rotten Tomatoes. E seu cancelamento quase passou batido, já que o anúncio veio misturado com a notícia da interrupção de “Living Biblically” e não mereceu um comunicado específico da emissora. “9JKL” era baseada na vida real do comediante Mark Feuerstein (protagonista da série “Royal Pains”), que criou a série com Dana Klein (criadora de “Friends with Better Lives”). A trama girava em torno de um ator de TV desempregado, que após o divórcio aceita morar de favor num apartamento vazio do prédio de sua família, ao lado dos pais e do irmão casado. A situação acomoda seus problemas financeiros, mas acaba com qualquer vestígio de sua privacidade. O elenco também incluía Linda Lavin (“Um Senhor Estagiário”), Elliott Gould (série “Ray Donovan”), David Walton (série “About a Boy”), Liza Lapira (série “Super Fun Night”) e Matt Murray (série “Kevin from Work”). Como a CBS já tinha cancelado anteriormente “Me, Myself & I”, três das quatro novas séries de comédia que a emissora levou ao ar no outono fracassaram e foram canceladas. Por coincidência, todas eram exibidas nas noites de segunda-feira nos Estados Unidos. Em compensação, a quarta série nova de comédia lançada pelo canal foi “The Young Sheldon”, maior sucesso recente da TV americana, que retornará em sua 2ª temporada.










