Andrew Garfield será o astrônomo Carl Sagan em filme da Netflix
Andrew Garfield foi escalado para interpretar o astrônomo Carl Sagan no novo filme do chileno Sebastian Lelio. Será o segundo trabalho do diretor na Netflix, após “O Milagre” – que foi indicado a Melhor Filme Britânico no BAFTA do ano passado. Intitulado “Voyagers”, o drama biográfico ainda conta com a atriz Daisy Edgar-Jones (“Normal People”) no papel de Ann Druyan, par romântico do personagem de Garfield. O ator e Edgar-Jones já trabalharam juntos antes, na minissérie “Em Nome do Céu” (2022), o que rendeu a primeira indicação de Garfield ao Emmy e a segunda indicação ao Globo de Ouro de Edgar-Jones. Carl Sagan (1934-1996) foi um astrônomo, astrofísico, cosmólogo, escritor e divulgador científico americano, que ficou conhecido por seu trabalho de popularização da astronomia. Ele escreveu mais de 20 livros e muitos deles se tornaram best-sellers. Seu livro mais famoso, “Cosmos”, foi transformado em uma série de televisão que foi exibida em mais de 60 países. Sagan também foi um importante defensor do programa espacial americano e trabalhou como consultor científico em diversas missões da NASA. O filme vai se concentrar justamente em sua parceria com a NASA. A trama se passa em 1977, quando a agência espacial americana se preparava para lançar as primeiras sondas interestelares da humanidade. Na ocasião, uma equipe liderada por Sagan criou discos fonográficos para acompanhá-los. Mas o que começa como uma missão contra o relógio se transforma em uma história de amor épica e inesperada entre Sagan e sua colaboradora Ann Druyan. O roteiro original foi escrito por Lelio e Jessica Goldberg (produtora-roteirista da série sci-fi “Away”), com base em entrevistas com Druyan e muitos outros que trabalharam no projeto durante a década de 1970. Garfield vai começar a filmar “Voyagers” após terminar “We Live in Time”, de John Crowley (“Modern Love”), que está filmando atualmente no Reino Unido ao lado de Florence Pugh (“O Milagre”). Veja abaixo o trailer do programa “Cosmos”, apresentado por Carl Sagan e cocriado por ele e sua esposa, Ann Druyan, em 1980.
Florence Pugh investiga “O Milagre” em trailer da Netflix
A Netflix divulgou o pôster e o trailer de “O Milagre” (The Wonder), drama sobrenatural estrelado por Florence Pugh (“Viúva Negra”). Baseado no romance homônimo de Emma Donoghue, o filme se passa na Irlanda, no ano de 1859, e acompanha uma enfermeira (personagem de Pugh) e uma freira levadas a uma pequena vila para observar uma menina que supostamente sobrevive há meses sem comer. Elas devem determinar as causas do aparente milagre ou farsa. A menina diz que sua alimentação é fornecida diretamente por Deus e não precisa de outras substâncias da Terra. O filme tem direção do chileno Sebastián Lelio (“Uma Mulher Fantástica”), que também escreveu o roteiro em parceria com Alice Birch (“Normal People”). O elenco ainda conta com Niamh Algar (“Raised by Wolves”), Ciarán Hinds (“Belfast”), Toby Jones (“Jurassic World: Reino Ameaçado”), Tom Burke (“Mank”), Elaine Cassidy (“A Descoberta das Bruxas”), David Wilmot (“Station Eleven”), Brían F. O’Byrne (“Lincoln Rhyme: A Caçada pelo Colecionador de Ossos”) e Kíla Lord Cassidy (“Viewpoint”). “O Milagre” estreia em 16 de novembro na Netflix.
Florence Pugh investiga milagre em fotos de filme da Netflix
A Netfix divulgou 13 fotos e um pôster do filme “O Milagre” (The Wonder), dirigido pelo chileno Sebastián Lelio (“Uma Mulher Fantástica”) e estrelado por Florence Pugh (“Viúva Negra”). Além de destacarem o elenco da produção, as imagens também mostram Lelio dirigindo Pugh em algumas cenas. Baseado no romance homônimo de Emma Donoghue, o filme se passa na Irlanda, no ano de 1859, e acompanha uma enfermeira (personagem de Pugh) chamada para cuidar de uma criança que supostamente sobrevive há meses sem comer. O roteiro foi escrito pelo próprio Lelio em parceria com Alice Birch (“Normal People”). O elenco ainda conta com Niamh Algar (“Raised by Wolves”), Ciarán Hinds (“Belfast”), Toby Jones (“First Cow – A Primeira Vaca da América”), Tom Burke (“Mank”), Elaine Cassidy (“A Descoberta das Bruxas”), David Wilmot (“Station Eleven”), Brían F. O’Byrne (“Lincoln Rhyme: A Caçada pelo Colecionador de Ossos”) e Kíla Lord Cassidy (“Viewpoint”). “O Milagre” estreia em 16 de novembro na Netflix.
Festival de San Sebastián divulga seleção com novo filme de Florence Pugh
O Festival de San Sebastián divulgou a lista completa com os filmes selecionados para a sua 70ª edição, que vai acontecer entre os dias 16 e 24 de setembro. Entre os destaques estão “The Wonder”, dirigido pelo chileno Sebastián Lelio (“Uma Mulher Fantástica”) e estrelado por Florence Pugh (“Viúva Negra”), e “Top/Walk Up”, do cineasta coreano Hong Sang-soo (“A Mulher que Fugiu”). Produção da Netflix, “The Wonder” é uma adaptação do romance “O Milagre”, escrito por Emma Donoghue. A trama se passa na Irlanda, no ano de 1859, e acompanha uma enfermeira chamada para cuidar que uma criança que supostamente sobrevive há meses sem comer. Já “Top/Walk Up” conta a história de um cineasta de meia-idade que se reúne com a filha que ele não vê há anos. Os dois visitam um prédio com o intuito de alimentar o desejo da filha por design de interiores. Outros títulos de destaque são “Winter Boy”, dirigido pelo cineasta francês Christophe Honoré (“Conquistar, Amar e Viver Intensamente”), “Sparta”, novo trabalho do diretor austríaco Ulrich Seidl (“Paraíso: Esperança”), e “A Hundred Flowers”, que marca a estreia na direção do produtor japonês Genki Kawamura (responsável pelas animações “Seu Nome” e “O Tempo com Você”). A lista completa dos filmes selecionados pode ser conferida abaixo. O festival ainda vai prestar homenagens ao cineasta canadense David Cronenberg (“Crimes do Futuro”) e à atriz Juliette Binoche (série “A Escada”), na consagração do prestigioso Prêmio Donostia. Além da homenagem, Juliette Binoche também estampa o cartaz oficial da festival. FILMES EM COMPETIÇÃO “The Substitute”, de Diego Lerman “Great Yarmouth – Provisional Figures”, de Marco Martins “A Hundred Flowers”, de Genki Kawanura “Il Boemo”, de Pert Vaclav “Winter Boy”, de Christophe Honore “The Kings Of The World”, de Laura Mora “Pornomelancholia”, de Manuel Abramovich “Forever”, de Frelle Petersen “Runner”, de Marian Mathias “Sparta”, de Ulrich Seidl “The Wonder”, de Sebastian Lelio “Top/Walk Up”, de Hong Sango-Soo FORA DE COMPETIÇÃO “Tax Me If You Can”, de Yannick Kergoat
Florence Pugh vai estrelar adaptação da autora de “O Quarto de Jack”
A atriz Florence Pugh (“Midsommar”) vai estrelar o drama de época “The Wonder”, adaptação para o cinema do romance homônimo de Emma Donoghue, lançado no Brasil como “O Milagre”. A escritora é conhecida pelo livro que inspirou o filme premiado “O Quarto de Jack” – que rendeu o Oscar de Melhor Atriz para Brie Larson em 2016. A trama segue uma enfermeira inglesa que em meados do século 19 viaja a um pequeno vilarejo na Irlanda para observar o que alguns consideram um milagre: uma criança que sobreviveu sem comida por meses. Enquanto os turistas se aglomeram no casebre da menina de 11 anos para testemunhar a ocorrência bizarra, um jornalista é enviado para cobrir a sensação. A adaptação foi escrita por Alice Birch, roteirista de séries como “Normal People” e “Succession”, que começou a carreira assinando “Lady Macbeth”, justamente o filme que lançou a carreira de Florence Pugh em 2016. Já a direção está a cargo do chileno Sebastián Lelio (“Desobediência”). O filme ainda não tem previsão de estreia, mas Florence Pugh será bastante vista neste ano no papel de Yelena Belova, nova heroína do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) que será introduzida em julho no filme “Viúva Negra” e voltará no final do ano na série do Gavião Arqueiro (Hawkeye).
Scarlett Johansson será nova versão de A Noiva de Frankenstein
A atriz Scarlett Johansson (“Viúva Negra”) vai estrelar “Bride”, filme descrito como uma nova versão de “A Noiva de Frankenstein” (1935). Segundo a sinopse oficial, a trama acompanha uma mulher criada para ser uma esposa ideal, mas que acaba rejeitando seu criador e é forçada a fugir de sua existência confinada, enfrentando um mundo que a vê como um monstro. É a partir desta trajetória que ela encontra sua verdadeira identidade e a força para se afirmar como uma criação própria. “É mais que necessário que a ‘Noiva’ saia da sombra de sua contraparte masculina e fique sozinha”, disse a atriz no comunicado da produção. “Estamos extremamente animados para emancipar esta anti-heroína clássica e reanimar sua história para refletir a mudança que vemos hoje.” A direção está a cargo do chileno Sebastián Lelio, diretor de “Uma Mulher Fantástica”, Melhor Filme em Língua Estrangeira do Oscar 2018. Mas o longa não é a superprodução da Universal, que traria Javier Bardem como uma nova versão de Frankenstein e tentava fechar com Angelina Jolie para o papel da Noiva, antes do fracasso de “A Múmia” (2017) jogar a ideia no lixo. As filmagens serão produzidas pelo estúdio indie A24 visando lançamento na plataforma de streaming Apple TV+, num contrato firmado em 2018, que ainda inclui o novo longa de Sofia Coppola, “On the Rocks”, e o romance adolescente “The Sky is Everywhere”, baseado no best-seller de Jandy Nelson.
Trailer revela antologia de curtas feita por diretores famosos em quarentena
A Netflix divulgou o pôster e o trailer de “Feito em Casa” (Homemade), uma antologia de curtas realizados durante a quarentena preventiva contra a pandemia de covid-19, assinada por uma equipe seleta – e impressionante – de 17 cineastas de várias regiões do mundo. A prévia dá uma ideia de como são variadas e criativas as histórias materializadas sem ajuda de equipe e nas condições de cada diretor em isolamento social. Cada curta tem de cinco a sete minutos e uma das curiosidades da produção é que ela registra a primeira parceria entre o diretor chileno Pablo Larrain (“Neruda”) e a atriz americana Kristen Stewart (“As Panteras”), que vão trabalhar juntos a seguir em “Spencer”, cinebiografia da princesa Diana. Larrain é o produtor do projeto e ele encomendou um dos curtas a Stewart, que fez em Los Angeles seu segundo trabalho no formato, após estrear como curtametragista em “Come Swim”, de 2017. Ela não é a única atriz americana a assinar um dos curtas. Maggie Gyllenhaal contribuiu com um filme de Vermont, fazendo sua estreia como diretora, antes de lançar seu primeiro longa na função, “The Lost Daughter”, adaptação de Elena Ferrante estrelada por Dakota Johnson. Seu curta é estrelado por seu parceiro, o ator Peter Sarsgaard – e, segundo Larrain, é o mais surpreendente de todos. Além das atrizes, outra “iniciante” é a diretora de fotografia Rachel Morrison (“Pantera Negra”), que também assina um dos curtas na véspera de descortinar seu primeiro longa, “Flint Strong”, cinebiografia de uma boxeadora olímpica. Mas a lista também inclui cineastas experientes e premiados, como o italiano Paolo Sorrentino (“A Grande Beleza”), a japonesa Naomi Kawase (“Esplendor”), o malinês Ladj Ly (“Os Miseráveis”), o casal libanês Nadine Labaki e Khaled Mouzanar (“Cafarnaum”), a zambiana Rungano Nyoni (“Eu Não Sou uma Bruxa”), a mexicana Natalia Beristáin (“No Quiero Dormir Sola”), o alemão Sebastian Schipper (“Victoria”), o chinês Johnny Ma (“Viver para Cantar”), as britânicas Gurinder Chadha (“A Música da Minha Vida”), de origem indiana, e Ana Lily Amirpour (“Garota Sombria Caminha pela Noite”), de origem iraniana, o americano filho de brasileiros Antonio Campos (“Simon Assassino”), o chileno Sebastián Lelio (“Uma Mulher Fantástica”) e, claro, o próprio Larrain, que descreve a experiência da antologia como um “festival de cinema muito estranho, bonito e único”. O filme estreia na próxima terça, dia 30 de junho, em streaming.
Trailer do remake de Gloria destaca interpretação de Julianne Moore e elogios rasgados da crítica
A A24 divulgou o pôster e o trailer de “Gloria Bell”, remake do drama chileno “Gloria”, dirigido pelo cineasta original, Sebastián Lelio, em sua estreia em Hollywood. O filme original de 2013 venceu o troféu Platino (o Oscar latino) e foi premiado nos festivais de Berlim e Havana, entre outros. O remake chega igualmente exaltado, com elogios que transbordam na prévia e ocupam metade do cartaz. E são rasgadíssimos. Afinal, após sua exibição no Festival de Toronto, o site Rotten Tomatoes passou a registrar uma média de 100% de aprovação da crítica. Vale lembrar, ainda, que entre “Gloria” e “Gloria Bell”, o diretor Sebastián Lelio realizou “Uma Mulher Fantástica”, que venceu o Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro, e estreou em inglês com o drama britânico “Desobediência”, indicado em cinco categorias ao BIFA (premiação do cinema indie britânico). “Gloria Bell” traz Julianne Moore (vencedora do Oscar por “Para Sempre Alice”) como uma mulher divorciada de meia idade que decide se abrir para novos romances e conhece Arnold (John Turturro, de “Transformers”). Mas quando ela apresenta o namorado para os filhos e o ex-marido, as coisas não vão como o esperado. O elenco também inclui Michael Cera (“Arrested Development”), Brad Garrett (“Everybody Loves Raymond”), Sean Astin (“Stranger Things”), Holland Taylor (“Mr. Mercedes”), Rita Wilson (“Um Herói de Brinquedo”), Jeanne Tripplehorn (“Criminal Minds”) e Alanna Ubach (“Girlfriends’ Guide to Divorce”). Curiosamente, o filme não deve chegar aos cinemas a tempo de dar a Julianne Moore uma chance de vencer seu segundo Oscar. A estreia está marcada para 8 de março nos Estados Unidos e ainda não há previsão para o lançamento no Brasil.
A Favorita lidera indicações ao prêmio do cinema independente britânico
A principal premiação do cinema independente britânico, conhecida pela sigla BIFA (British Independent Film Awards), anunciou os indicados a sua edição deste ano. E o filme “A Favorita”, do grego Yorgos Lanthimos, saiu na frente com 13 indicações. Todas as três atrizes principais do longa receberam reconhecimento, destacando Olivia Colman na categoria de Melhor Atriz, por sua interpretação da fragilizada Rainha Anne, que se vê manipulada por duas conselheiras diferentes, interpretadas por Rachel Weisz e Emma Stone, qualificadas pelos próprios produtores do longa como Atrizes Coadjuvantes. Weisz, por sinal, foi duplamente indicada. Ela também disputa o prêmio de Melhor Atriz por “Desobediência”, drama do diretor Sebastián Lelio (“Uma Mulher Fantástica”) em que faz par romântico com Rachel McAdams, também indicada, mas como Coadjuvante. O segundo filme com mais indicações foi o thriller “American Animals”, de Bart Layton, que disputa 11 categorias. Ele é seguido por “Beast”, de Michael Pearce, com 10 indicações, e “Você Nunca Esteve Realmente Aqui”, de Lynne Ramsay, com 8. Todos os filmes citados disputam o troféu de Melhor Filme Independente Britânico do ano. Contrariando discursos machistas dos homens responsáveis pelas seleções dos festivais de Cannes e Veneza, a premiação revela grande equilíbrio entre contribuições masculinas e femininas na lista dos melhores de 2018, As mulheres, inclusive, dominam categorias como melhor revelação e, ao todo, representam 40% das indicadas em todas as categorias. A cerimônia de premiação do BIFA acontece no dia 2 dezembro. Confira abaixo lista completa de indicações. Melhor Filme Independente Britânico “American Animals”, de Bart Layton “Beast”, de Michael Pearce “Desobediência”, de Sebastián Lelio “A Favorita”, de Yorgos Lanthimos “Você Nunca Esteve Realmente Aqui”, de Lynne Ramsay Melhor Direção Andrew Haigh, por “A Rota Selvagem” Yorgos Lanthimos, por “A Favorita” Bart Layton, por “American Animals” Michael Pearce, por “Beast” Lynne Ramsay, por “Você Nunca Esteve Realmente Aqui” Melhor Roteiro Deborah Davis & Tony McNamara, por “A Favorita” Bart Layton, por “American Animals” Sebastián Lelio & Rebecca Lenkiewicz, por “Desobediência” Michael Pearce, por “Beast” Lynne Ramsay, por “Você Nunca Esteve Realmente Aqui” Melhor Atriz Gemma Arterton, por “The Escape” Jessie Buckley, por “Beast” Olivia Colman, por “A Favorita” Maxine Peake, por “Funny Cow” Rachel Weisz, por “Desobediência” Melhor Ator Joe Cole, por “A Prayer Before Dawn” Steve Coogan, por “Stan & Ollie” Rupert Everett, por “The Happy Prince” Joaquin Phoenix, por “Você Nunca Esteve Realmente Aqui” Charlie Plummer, por “A Rota Selvagem” Melhor Atriz Coadjuvante Nina Arianda, por “Stan & Ollie” Rachel McAdams, por “Desobediência” Emma Stone, por “A Favorita” Rachel Weisz, por “A Favorita” Molly Wright, por “Apostasy” Melhor Ator Coadjuvante Steve Buscemi, por “A Rota Selvagem” Barry Keoghan, por “American Animals” Alessandro Nivola, por “Desobediência” Evan Peters, por “American Animals” Dominic West, por “Colette” Melhor Revelação Jessie Buckley, por “Beast” Michaela Coel, por “No Ritmo da Sedução” Liv Hill, por “Jellyfish” Marcus Rutherford, por “Obey” Molly Wright, por “Apostasy” Melhor Estreia em Direção Richard Billingham, por “Ray & Liz” Daniel Kokotajlo, por “Apostasy” Matt Palmer, por “Calibre” Michael Pearce, por “Beast” Leanne Welham, por “Pili” Melhor Estreia em Roteiro Karen Gillan, por “The Party’s Just Beginning” Daniel Kokotaklo, por “Apostasy” Bart Layton, por “American Animals” Matt Palmer, por “Calibre” Michael Pearce, por “Beast” Melhor Estreia em Produção Kristian Brodie, por “Beast” Jacqui Davies, por “Ray & Liz” Anna Griffin, por “Calibre” Marcie MacLellan, por “Apostasy” Faye Ward, por “Stan & Ollie” Melhor Documentário “Being Frank: The Chris Sievey Story”, de Steve Sullivan “Evelyn”, de Orlando von Einsiedel “Island”, de Steven Eastwood “Nae Pasaran”, de Felipe Bustos Serra “Under the Wire”, de Christopher Martin Melhor Filme Independente Internacional “Capernaum”, de Nadine Labaki “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski “Domando o Destino”, de Chloé Zhao “Roma”, de Alfonso Cuarón “Assunto de Família”, de Hirokazu Koreeda Melhor Elenco “A Favorita” “Beast” “American Animals” “Stan & Ollie” “Apostasy” Melhor Fotografia Ole Bratt Birkeland, por “American Animals” Magnus Nordenhof Jonk, por “A Rota Selvagem” Robbie Ryan, por “A Favorita” Tom Townend, por “Você Nunca Esteve Realmente Aqui” David Ungaro, por “A Prayer Before Dawn” Melhor Figurino Jacqueline Durran, por “Paterloo” Andrea Flesch, por “Colette” Sandy Powell, por “A Favorita” Guy Sperenza, por “Stan & Ollie” Alyssa Tull, por “An Evening with Beverly Luff Linn” Melhor Edição Joe Bini, por “Você Nunca Esteve Realmente Aqui” Marc Boucrot, por “A Prayer Before Dawn” Nick Fenton, Julian Hart & Chris Hill, por “American Animals” Yorgos Macropsaridis, por “A Favorita” Ben Wheatley, por “Happy New Year, Colin Burstead” Melhores Efeitos Especiais “O Homem das Cavernas” “Dead in a Week (Or Your Money Back)” “Paterloo”
Desobediência marca a estreia provocante de Sebastian Lelio em inglês
Não é exagero dizer que o diretor chileno Sebastian Lelio é visto pelo mercado internacional como um dos novos cineastas mais relevantes do momento. Seus dois longas anteriores, “Gloria” (2013) e “Uma Mulher Fantástica” (2017) rodaram diversos dos festivais mais prestigiados do mundo, culminando com o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira em 2018. “Desobediência”, seu primeiro longa falado em inglês, vem como a grande prova do diretor até então, tendo que demonstrar que permanece com o mesmo espírito e criatividade que fez com que se destacasse ainda no Chile, e que também é capaz de dar conta de uma produção claramente mais cara, com mais obrigações a cumprir, com estrelas internacionais no elenco, etc. Lelio demonstra segurança, e faz um filme com temática e estilo muito parecidos ao que realizou anteriormente. Sua elegância nos cortes, na maneira de apresentar os personagens e deixar que os subtextos falem por si, e na direção de atores permanecem elogiáveis. É frustrante, porém, que tantas qualidades sejam colocadas em risco por um terceiro ato expositivo e convencional. Ronit (Rachel Weisz) é uma fotógrafa que mora em Nova York. É uma mulher forte e independente, que saiu de casa há muitos anos e leva a vida do jeito que quer. Ela é informada que seu pai morreu, o que a faz retornar ao lugar de onde veio, uma comunidade tradicional judaica, com regras muito rigorosas, principalmente para as mulheres. Seu pai era o líder, e seu retorno causa muitas dúvidas e desconfiança a todos. Nesse ambiente agitado, ela reencontra seu irmão, Dovid (Alessandro Nivola) e uma amiga de infância, Esti (Rachel McAdams), com quem havia tido um romance na época. O que ela não sabia é que os dois agora são casados, e a relação entre Ronit e Esti fica mais complexa após o retorno da fotógrafa. Quando focado na impossibilidade das personagens em serem felizes, e na conseguinte desobediência às leis, o filme é poderoso. Lelio constrói muito bem, de maneira cadenciada, a reaproximação de Ronit à comunidade, demonstrando visualmente, e através da expressão de Weisz, o quanto ela é diferente daquele lugar. Sua antiga casa é um lugar de cores frias, com atmosfera austera, clima denso – até por conta do luto – o que contrasta de maneira radical com os cenários que tem ao seu alcance em Nova York. E assim também são as pessoas para com ela, que possuem questões, dogmas, que representam uma vida a qual ela não pertence. Reencontrar seu irmão e um antigo amor nessas condições estabelece uma gama de questões em jogo, até numa conversa banal na cozinha, que demonstram perícia de Lelio para criar situações em que a compreensão de que o que não é dito é mais urgente do que o que se ouve. A delicada condução da relação entre Ronit, Esti e Dovid demonstra que a busca pela felicidade é a mesma para todos, mas as condições sociais em que cada um se insere modifica de maneira decisiva o trajeto. São três pessoas claramente honestas, que se importam pelas demais, mas que ferem o outro apenas por seguirem o que acreditam, ou por seguirem sua busca pessoal pelo que as faz felizes. É importante ressaltar as atuações de Weisz, McAdams e Nivola, que mesmo que tenham sido exigidos por conta de personagens com dramas intensos, conduzem-se longe do histrionismo, direcionando essa intensidade para as expressões, olhares, silêncios. As cenas possuem densidade dramática muito bem conduzida, afastando maniqueísmos, tornando a relação entre eles adulta, amarga e dolorida, pois assim é a vida. E exatamente por ser um trabalho de sutilezas, é bastante provável que sejam ignorados em premiações por aí. Há ecos inevitáveis de “Azul É A Cor Mais Quente” por conta do teor sexual que interliga as três personagens. Tal escolha oferece mais matizes sobre cada um, e dialogam com o sermão que ouvimos no início, sobre o equilíbrio entre o instinto e a obediência. E ocasionam a melhor cena do filme, a que as personagens mais se revelam. Fica difícil falar sem expor a trama, mas é realmente decepcionante o terceiro ato, quando toda a sutileza é colocada de lado para criar momentos de emoção imediata, jogando fácil pra que lágrimas venham ao fim. É tão complicado que faz com que se reveja detalhes dos personagens, se crie dúvidas em relação ao que vimos anteriormente, pois não se tratam de contradições dos personagens, ou novos fatos, mas sim uma maneira malsucedida de chegar a um final que concilia as coisas, com tudo ficando bem na medida do possível. É quase outro filme, outro jogo. Quase como se Lelio achasse que se o desfecho fosse com a mesma secura, poderia afastar a audiência. Infelizmente conseguiu efeito reverso. Torço pra que a trajetória “americana” de Lelio seja bem sucedida, caso ele decida permanecer fazendo filmes por lá. “Desobediência” é um filme elogiável, mesmo com deslizes, ficando acima da média da produção americana. Não é tão bom quanto “Gloria”, mas tem algo diferente a oferecer.
Uma Mulher Fantástica é o grande vencedor do Prêmio Platino 2018
O drama “Uma Mulher Fantástica” foi o grande vencedor do Prêmio Platino do Cinema Ibero-Americano, evento que almeja ser o Oscar das produções faladas em português e espanhol. A produção chilena venceu, ao todo, cinco prêmios, entre eles alguns dos principais da cerimônia: Melhor Filme, Direção e Roteiro para Sebastían Lelio, além de Melhor Edição e o esperado troféu de Melhor Atriz para Daniela Vega, com direito a tombo no palco. “Caí muitas vezes na vida, e tive oportunidade de sentir a humanidade daqueles que me ajudaram a levantar”, ela disse, aproveitando para criar uma metáfora. “Uma Mulher Fantástica” já tinha vencido o Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro, ocasião em que os telespectadores brasileiros da transmissão passaram a conhecer Daniela Vega como “aquela moça (que) na verdade é um rapaz”, na explicação do comentarista Rubens Ewald Filho. Realizada na noite de domingo (29/4) em um resort de Cancún, a premiação também rendeu um troféu para uma profissional brasileira. Renata Pinheiro venceu a categoria de Direção de Arte por “Zama”, coprodução entre Argentina e Brasil com direção da cineasta argentina Lucrecia Martel. E fez questão de demonstrar suas raízes tupiniquins com um “Lula livre”. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Melhor Filme: “Uma Mulher Fantástica”, de Sebastían Lelio (Chile) Melhor Direção: Sebastián Lelio, por “Uma Mulher Fantástica” (Chile) Melhor Atriz: Daniela Veiga, por “Uma Mulher Fantástica” (Chile) Melhor Ator: Alfredo Castro, por “Los Perros” (Chile) Melhor Documentário: “Muchos Hijos, un Mono y un Castillo”, de Gustavo Salmerón (Espanha) Melhor Fotografia: Rui Poças, por “Zama” (Argentina/Brasil) Melhor Direção de Arte: Renata Pinheiro, por “Zama” (Argentina/Brasil) Melhor Edição: Soledad Salfate, por “Uma Mulher Fantástica” (Chile) Melhor Som: Guido Berenblum e Manuel de Andres, por “Zama” (Argentina/Brasil) Melhor Música Original: Alberto Iglesias, por “Cordilheira” (Argentina) Melhor Animação: “As Aventuras de Tadeo 2: O Segredo do Rei Midas”, de Enrique Gato e David Alonso (Espanha) Melhor Roteiro: Sebastián Lelio e Gonzalo Maza, por “Uma Mulher Fantástica” (Chile) Melhor Filme de Estreia: “Verano 1993”, de Carla Simón (Espanha) Prêmio ao Cinema de Educação de Valores: “Handia”, de Aitor Arregi e Jon Garaño (Espanha) Prêmio Honorário pela Carreira: Adriana Barraza (México) Melhor Minissérie ou Telessérie: “El Misterio del Tiempo” (Espanha) Melhor Atriz em Minissérie ou Telessérie: Blanca Suárez, por “Las Chicas Del Cable” (Espanha) Melhor Ator em Minissérie ou Telessérie: Julio Chávez, por “El Maestro” (Argentina)
Oscar de Uma Mulher Fantástica impacta projeto de direitos transexuais no Chile
O cinema pode mesmo ajudar a mudar o mundo. Após a conquista do Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira pelo chileno “Uma Mulher Fantástica” e a participação da atriz trans Daniela Vega na cerimônia de premiação, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, impôs “suma urgência” a um projeto de lei que garante o reconhecimento jurídico de pessoas transexuais, como a protagonista do longa. Não por acaso, Bachelet recebe nesta quarta-feira (7/3), no palácio presidencial de La Moneda, o diretor Sebastián Lelio e o elenco do filme, responsável por acender o debate sobre os direitos da comunidade trans no Chile. “É uma rara coincidência que uma importante mostra de arte, como é o cinema, instale na agenda pública um debate que foi tremendamente anônimo de organizações de pessoas trans durante muitíssimo tempo”, ressaltou a porta-voz da presidência, Paula Narváez. O sucesso do filme “significou um empurrão muito importante, já que pôs na discussão pública o tema e a necessidade de inclusão das pessoas trans”, acrescentou o ativista Rolando Jiménez, porta-voz do Movimento de Integração e Libertação Homossexual, para a agência France Press. Na prática, isto significa acelerar a apreciação do projeto de identidade de gênero no Senado chileno. O projeto de lei entrou no Congresso em 2013 e foi aprovado pela Câmara de Deputados em janeiro. Com a decisão da presidente, ele deverá ser debatido no Senado ainda nesta semana, a última do governo de Bachelet, antes dela passar o cargo ao conservador Sebastián Piñera. “O crescente consenso de que o Chile tenha uma lei de identidade de gênero deve se transformar em fatos concretos. Por isso, decidi dar suma urgência ao projeto que está em sua última etapa no Congresso. As pessoas transgênero não podem continuar esperando!”, escreveu Bachelet em sua conta de Twitter. O projeto estabelece o direito à retificação do nome e do sexo no registro de adultos, quando estes não coincidem com a identidade de gênero.









