Carla Diaz grava participação em documentário sobre “Chiquititas”
A atriz Carla Diaz postou nas redes sociais algumas fotos de sua participação em “Anos Depois”, documentário sobre “Chiquititas”, novela do SBT que ela estrelou há 25 anos. “Eu estava sumida porque fiquei a tarde inteira gravando algo muito especial. Vocês que viveram essa época de ‘Chiquititas’ querem ver esse documentário?”, escreveu Carla em nos stories do Instagram. Junto das fotos dos bastidores do filme, a intérprete da pequena Maria escreveu: “Gravado! Foi um prazer! Uma vez Chiquititas, sempre Chiquititas”. O projeto é da produtora Bituin Filmes e foi iniciativa de ex-atores mirins da novela, como Jander Veeck (o Zeca), enquanto Aretha Oliveira (a Pata) é uma das mais envolvidas, mostrando bastidores de gravações no Instagram. A direção é de Cristian de Ciancio. No comunicado enviado à imprensa, Fernanda Souza, a protagonista Mili das primeiras temporadas, definiu o documentário como um passeio nostálgico. “Hoje tenho 38 anos, então o documentário fez a gente reviver coisas que aconteceram 25 anos atrás. Não sei se eu vivi outra coisa tão arrebatadora em tão curto espaço de tempo”, diz. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Carla Diaz (@carladiaz)
“Casos de Família” sai do ar após 18 anos
Um dos programas mais polêmicos do SBT, “Casos de Família” vai sair do ar no dia 7 de setembro, após mais de 18 anos. Em nota divulgada nesta terça-feira (23/8), a emissora informou que as gravações serão suspensas ainda esta semana. Telegráfico, o comunicado deixou em aberto uma eventual retomada da atração no ano que vem. “A emissora informa que o programa poderá voltar em 2023, com nova temporada e novas histórias. Vale lembrar que a apresentadora Christina Rocha permanecerá contratada do SBT. No horário da atração serão exibidas novelas. Casos de Família ficará no ar até 7 de setembro”. A suspensão do programa coincide com o início do programa eleitoral gratuito na televisão. Mas seu fim já era ventilado devido aos baixos índices de audiência. No ar desde maio de 2004, a atração foi apresentada até 2009 por Regina Volpato, e, desde então, conta com Cristina Rocha em seu comando. Ele foi criado numa época em que barracos davam boa audiência na TV. Cada edição era baseada em conflitos diferentes entre membros da mesma família, vizinhos e até no ambiente de trabalho, e muitas vezes incluía gritos, xingamentos e briga generalizada entre os participantes. Mas também teve distribuição de beijos em desconhecidos por casais brigados. Além dos convidados, a plateia também participava ativamente do programa com opiniões e perguntas sobre as histórias relatadas. Apesar do climão garantir a audiência, a justificativa do programa para se basear em conflitos era orientar e até mesmo solucionar os casos apresentados, contando com a participação de um psicólogo. Mas a produção também era questionada pela autenticidade dos relatos. Frequentemente, participantes do “Casos de Família” eram vistos em outros programas, como “Programa do Ratinho” no SBT e “Você na TV” e “Teste de Fidelidade” da RedeTV!. Por outro lado, uma edição do programa terminou com Christina denunciando à polícia um agressor confesso da esposa. Mas, como um autêntico relato de mundo cão, a esposa não quis dar prosseguimento à acusação.
Globo e SBT vão exibir programas de Jô Soares
As redes Globo e SBT decidiram alterar suas programações para homenagear Jô Soares, falecido na madrugada desta sexta (5/8) em São Paulo. A Globo exibirá um episódio do humorístico “Viva o Gordo” após o “Globo Repórter”, por volta das 23h45. O programa foi o primeiro liderado pelo humorista na emissora. Lançado em 1981, era exibido semanalmente às segundas-feiras e representou a culminação do trabalho de Jô, após participar de várias atrações clássicas, como “A Praça É Nossa” e “Família Trapo” na Record, e “Faça Humor, Não Faça a Guerra”, “Satiricon” e “Planeta dos Homens” na Globo. Cheio de esquetes com personagens inesquecíveis, bordões marcantes e muito deboche sobre a política e costumes do país, “Viva o Gordo” marcou época pelas criações de Jô Soares, como o Capitão Gay, o Reizinho, Gardelón e outros. A atração durou até 1987, quando o humorista mudou para o SBT por um cachê milionário e lançou o “Veja o Gordo” e seu primeiro programa de entrevistas, “Jô Soares Onze e Meia”. O SBT, por sinal, vai exibir uma edição histórica do talk show no lugar do “The Noite” que iria ao ar nesta sexta. O programa selecionado foi o que marcou a despedida de Jô do canal em dezembro de 1999, antes de sua volta à Globo, reunindo diante do entrevistador ninguém menos que Hebe Camargo, Gugu Liberato e Carlos Alberto de Nóbrega. Depois do programa “Operação Mesquita”, a madrugada do SBT terá mais edições do “Jô Soares Onze e Meia”, com participações de ícones como Ronald Golias, Zeca Pagodinho, Hebe Camargo e Dercy Gonçalves, entre outros. E na madrugada de domingo (7/8), a emissora também vai reprisar uma edição do “Viva o Gordo”. Já a Globo estenderá os tributos a vários programas, como “Conversa com Bial”, “É de Casa” e “Altas Horas”, com reprises de momentos e homenagens ao artista. Além disso, a sessão Supercine exibirá o filme “O Xangô de Baker Street” (2001), baseado num best-seller escrito por Jô, durante a madrugada deste sábado (6/8).
Jô Soares morre em São Paulo aos 84 anos
O ator, humorista, escritor e diretor Jô Soares morreu na madrugada desta sexta-feira (5/8), aos 84 anos. A notícia foi dada por sua ex-esposa, Flavia Pedras, no Instagram. “Aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida. A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor”, ela escreveu, ao comunicar o falecimento. A causa da morte não foi divulgada, mas Jô estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o fim do mês passado, revelou sua assessoria. José Eugênio Soares nasceu em 1 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro. Queria ser diplomata, mas o senso de humor e a criatividade o levaram para outra direção. Em 1954, iniciou sua carreira nas telas com a chanchada “Rei do Movimento”, primeiro de quatro filmes estrelados por Ankito de que participou. Também trabalhou com Oscarito na famosa comédia “O Homem do Sputnik” (1959), de Carlos Manga, além de Ronald Golias em “Tudo Legal” (1960), de Victor Lima. Paralelamente, Jô começou a aparecer numa esquete semanal do humorístico “A Praça É Nossa”. E depois de dez anos sentando ao lado de Manuel de Nóbrega, voltou a contracenar com Golias na revolucionária sitcom “Família Trapo”, que em 1967 já fazia o que “Sai de Baixo” repetiria décadas mais tarde. O sucesso do programa da Record e sua transformação em protagonista, no clássico do cinema marginal “A Mulher de Todos” (1969), de Rogério Sganzerla, chamou a atenção da Globo. E em 1970, a emissora fisgou Jô para o lançamento de “Faça Humor, Não Faça a Guerra”, a primeira produção moderna de humor do canal carioca – na verdade, bastante avançada para a época – , que ainda contava com o talento de Renato Côrte Real. Jô voltou a dividir a tela com outros humoristas famosos em “Satiricom” (lançado em 1973) e no popular “Planeta dos Homens” (de 1976), onde escreveu roteiros e apresentou personagens que marcaram época. No mesmo ano, assinou seu único filme como diretor, “O Pai do Povo” (1976), que também escreveu e estrelou como o último homem fértil da Terra, convocado a dar continuidade à espécie humana. A versatilidade o levou a conquistar seu primeiro programa “solo”: “Viva o Gordo”, em 1981. Mas com a audiência nas alturas, decidiu trocar a Globo pelo SBT, onde lançou uma versão extremamente parecida, chamada “Veja o Gordo”, em 1988. Essa encarnação não teve vida longa, mas o interesse de Jô ao fazer a mudança de canal era outro. Ele conseguiu de Sílvio Santos a promessa de comandar um programa noturno de entrevistas, que estreou no mesmo ano do humorístico. “Jô Soares Onze e Meia” acabou virando o primeiro talk show da TV brasileira, abrindo caminho para outros humoristas seguirem sua deixa. Realizado como entrevistador, Jô nunca mais quis encabeçar programas de humor. Mas não largou completamente a atuação, fazendo pequenas e pontuais participações em filmes como “Cidade Oculta” (1986), de Chico Botelho, “Sábado” (1995), de Ugo Giorgetti, “O Xangô de Baker Street” (2001), de Miguel Faria Jr., e “Giovanni Improtta” (2013), de José Wilker. “O Xangô de Baker Street”, por sinal, foi uma adaptação de um best-seller escrito pelo próprio Jô, que imaginava a vinda de Sherlock Holmes ao Brasil colonial para investigar um caso na corte de D. Pedro II. Virou um enorme sucesso de bilheteria. Ele acabou voltando para a Globo no ano 2000, 12 anos depois de largar “Viva o Gordo”, para continuar a fazer entrevistas e alegrar as noites da TV brasileira com “O Programa do Jô”, que conduziu até se aposentar das telas em 2016.
SBT negocia versão brasileira do reality “Hotel de los Famosos”
O SBT negocia a produção da versão brasileira do reality show “Hotel de los Famosos”, um grande sucesso da TV argentina lançado em março passado, que mistura elementos do “BBB” e “A Fazenda”. Reality de confinamento com jogos e funções rotativas, o programa original acompanhou 16 famosos trancados num hotel de luxo sem serviços, que a cada semana disputam provas para definir quem assume os papéis de hóspedes e quem serão os funcionários, com uma eliminação por semana. Os hóspedes ficam em quartos espaçosos e têm direito à piscina, spa e bar, além de buffet de café da manhã e outras refeições. Já os funcionários precisam ficar numa área de serviço com pouco conforto e realizar várias tarefas de manutenção e serviço ao hóspede, como lavar roupa, preparar o café e outras refeições, cuidar dos espaços verdes e da piscina, reparação e manutenção geral das instalações, sob ordens de gerentes da produção. Os direitos são de Diego Guebel, conhecido no Brasil como criador do “CQC” (2008-2015) e por ter sido diretor da Band na década passada. Caso o contrato seja fechado, a versão brasileira já vai estrear em 2023. A informação foi publicada inicialmente pelo colunista Flávio Ricco e confirmada por várias fontes. Silvio Santos já deu a aprovação. Na Argentina, o reality elevou a audiência do canal El Trece, que chegou a atingir 15 pontos, um número bastante elevado para os padrões locais. Veja abaixo o trailer da atração original.
SBT demite jornalista envolvido no caso Klara Castanho
O SBT demitiu o jornalista Matheus Baldi, que entrou no programa “Fofocalizando” em maio e ficou mais conhecido após aparecer no “Fantástico” como o responsável pelo vazamento da gravidez de Klara Castanho, vítima de estupro. Ele confirmou o corte nas redes sociais, após não aparecer no ar nesta sexta (15/7), apontando como motivo a redução do programa. “Eu não estava no ‘Fofocalizando’ porque eu cheguei lá, conversei com o diretor, e ele me explicou que, quando eu fui contratado, o programa tinha uma hora e quarenta minutos. Eu era o integrante mais novo do programa. Depois de algum tempo, esse tempo foi reduzido”, disse. “Agora, com uma hora, eram muitos participantes para esse tempo de duração. Então, foi necessário fazer esse ajuste. Não teve nada mais do que isso. Sou muito grato ao SBT e o programa é incrível”, explicou Baldi. Quando a participação de Baldi no vazamento da gravidez de Klara Castanho veio à tona, Chris Flores usou seu espaço no “Fofocalizando” para negar que o programa tenha dado palco para o assunto antes da atriz se pronunciar. Na ocasião, Baldi também rejeitou ser culpado pela exposição de Klara. Sobre o assunto, ele disse que uma fonte muito confiável havia falado sobre a gravidez de Klara por telefone – soube-se depois que tinha sido uma enfermeira do hospital em que a atriz deu à luz. Ele explicou que mandou uma mensagem por e-mail para a assessoria de Castanho para formalizar a informação. Com a falta de retorno, decidiu publicar a notícia nas redes sociais. Minutos depois, Baldi recebeu uma ligação da assessoria, que explicou que não foi apenas uma gravidez, que Klara tinha sido vítima de estupro e o assunto não podia ter vazado. A própria atriz entrou na ligação. Ele contou que ela pediu “‘Pelo amor de Deus, pela minha vida, apague esse post, porque eu não quero falar sobre gravidez’. E eu disse ‘claro’, e apaguei”. Segundo Baldi, a postagem ficou poucos minutos no ar, mas a história acabou voltando com força logo depois, num vídeo surreal de Antonia Fontenelle que acusou Klara de ser monstruosa e cometer crime por dar a criança para doação. Klara se viu obrigada a contar todos os detalhes para o público, publicando um post em 26 de junho que descreveu como “o relato mais difícil da minha vida”. Apesar disso, outro colunista de fofocas, Leo Dias, não se conteve e publicou em seguida os dados do nascimento da criança, incluindo hora e local de nascimento, que são protegidos por lei, expondo ainda mais a jovem. “Nunca mais mexi nessa história e não posso ser responsabilizado por tudo o que, depois, as pessoas, sabendo do que se tratava, fizeram”, disse Baldi.
SBT demite Leo Lins após piada sobre criança deficiente
O humorista Leo Lins foi demitido do SBT após fazer piada com o Teleton e uma criança com hidrocefalia durante um show de stand-up. Ele deixou o quadro de integrantes do programa “The Noite”, com Danilo Gentili. A assessoria do SBT confirmou a notícia: “Leo Lins não faz mais parte do quadro de elenco do SBT. Ele não tem mais contrato conosco”. Sua dispensa aconteceu após a repercussão de um vídeo em que Lins debocha de uma criança com hidrocefalia. “Eu acho muito legal o Teleton, porque eles ajudam crianças com vários tipos de problemas. Vi um vídeo de um garoto no interior do Ceará com hidrocefalia. O lado bom é que o único lugar na cidade onde tem água é a cabeça dele. A família nem mandou tirar, instalou um poço. Agora o pai puxa a água do filho e estão todos felizes”, disse Leo Lins durante a apresentação de seu show de stand-up. A piada revoltou a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), que emitiu um comunicado na tarde desta segunda (4/7) em protesto. “A AACD repudia veementemente a ‘piada’ feita por Leo Lins em vídeo divulgado recentemente nas redes sociais do comediante. Em uma fala extremamente infeliz e bastante capacitista, ele ataca pessoas com hidrocefalia, chama as pessoas com deficiência de ‘crianças com vários tipos de problemas’ e mostra desrespeito aos moradores do Ceará”, diz a nota. Em seu Instagram, Leo Lins revelou estar sofrendo com ataques de haters após a viralização do vídeo. Ele compartilhou na rede social um xingamento de um internauta e ironizou: “Todo o amor da cultura do cancelamento”, escreveu. Leo Lins já havia sido condenado, no ano passado, a pagar uma indenização de R$ 15 mil para uma transexual por ter feito piadas sobre sua mudança de gênero. E precisou indenizar em mais R$ 5 mil a influenciadora Thais Carla ao ironizar um vídeo em que ela demonstrava a dificuldade de pessoas gordas para ter acesso às poltronas de avião – “exalando inequívoca gordofobia”, segundo a sentença.
Rubens Caribé (1965-2022)
O ator Rubens Caribé, galã de novelas da Globo e do SBT, morreu neste domingo (5/6), aos 56 anos. Ele enfrentava um câncer de boca há alguns anos e passava tratamento contra a doença. Destaque do teatro paulista nos 1990 e 2000, o ator foi integrante do Teatro do Ornitorrinco e chegou à televisão embalado pelo sucesso de crítica – venceu vários prêmios da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) ao longo da carreira. Sua estreia nas telas ocorreu na minissérie “Anos Rebeldes”, de 1992, e em seguida fez sua primeira novela, integrando “Fera Ferida” (1993). Fez ainda “Malhação” (em 1995) e as séries “Retrato de Mulher” (1994) e “Contos de Verão” na Globo, antes de começar um giro pelas concorrentes. No SBT, destacou-se com as novelas “Sangue do Meu Sangue” (1995) e “Os Ossos do Barão” (1997), além da série “Antônio Alves, Taxista” (1996). Depois fez “Canoa do Bagre” (1997) na Record e “Serras Azuis” (1998) na Band, antes de ter nova passagem pela Globo em episódios de “Você Decide” e na série “Sandy & Júnior” (1999). A carreira itinerante ainda incluiu passagens por “Pícara Sonhadora” (2001) e os humorísticos “Ô… Coitado!” (2000) e “Meu Cunhado” (2005) no SBT, a longa novela “Cidadão Brasileiro” (2006), na Record, mais uma volta para a Globo em “Sete Pecados” (2007) e sua última passagem pelo SBT em “Uma Rosa com Amor” (2010), sua novela final. Caribé também fez um punhado de filmes, especializando-se em produções criminais como “Sombras de Julho” (1995), de Marco Altberg, “Inversão” (2010), de Edu Felistoque, e “Cano Serrado” (2019), de Erik de Castro. Seu último trabalho nas telas foi a participação em dois episódios de “Cidade Invisível”, sucesso da Netflix, em 2021. Mas seu principal palco sempre foi o teatro, onde estrelou as mais diversas montagens, de “Sonhos de uma Noite de Verão”, de Shakespeare, até o musical “Hair”. Rubens era casado com o músico Ricardo Severo e virou sex simbol LGBTQIAP+ ao posar nu para a revisa G Magazine, num dos ensaios mais populares da história da publicação. Vários colegas lamentaram sua morte nas redes sociais. Mika Lins resumiu: “Um dia triste para o teatro”.
Atriz diz que SBT abafou caso de pedofilia em equipe de novela infantil
A atriz mirim Duda Wendling, que participou da novela “Cúmplices de um Resgate”, disse que dois membros da equipe da novela eram pedófilos. Em entrevista ao podcast BarbaCast, ela acusou o SBT de, mesmo demitindo os homens, abafar o caso. Segundo a atriz, um dos profissionais era o preparador de elenco Beto Silveira, que morreu no mês passado e estaria cumprindo prisão domiciliar pelo crime. Ela não deu o nome do outro, que chegou a lhe dar um selinho, mas fazia parte da equipe de Silveira. “Dentro do SBT, na época que eu trabalhava lá, tiveram dois pedófilos. Um era o nosso preparador de elenco infantil, para vocês terem uma ideia de como era o lugar”, disse a atriz, atualmente com 15 anos. Quando atuou em “Cúmplices de um Resgate”, Duda tinha entre 8 e 9 anos. Ela diz que, pela falta de uma figura paterna em sua vida, chamava Beto Silveira de pai. “Ele morreu há um mês, estava passando por uma doença. Não lembro se era câncer, então não tenho 100% de certeza para falar. Ele já estava na prisão domiciliar […] E tinha um pedófilo que acompanhava o preparador, preso em flagrante com dois figurantes da novela. Ele estava em chamada de vídeo com as duas crianças, as mães entenderam, chamaram a polícia. A polícia foi lá, fez revista e achou roupas de crianças”, relatou. Os casos de pedofilia não teriam acontecido no SBT, mas sim numa academia privada de preparação de atores. “Ele tinha uma academia de atores chamada Beto Silveira, que hoje não tem mais esse nome, porque não vai manter um nome de pedófilo. Várias pessoas começaram a denunciar e ele foi preso”, contou a atriz. Wendling explicou que as crianças faziam exercícios de preparação em que era necessário estar com os olhos fechados. Silveira aproveitava esses momentos para tocar nas regiões íntimas das crianças. “Era o momento em que tinha mais relatos de que ele mexia com as crianças, tocava nas partes íntimas das crianças”, disse, ressaltando que isso não aconteceu com ela. Quando a produção da emissora anunciou que Silveira havia sido demitido, não revelou ao elenco o motivo da saída. “Dois dias depois uma amiga da minha mãe mandou o processo [pelo crime de pedofilia] para ela e perguntou se ela tinha visto”, disse a atriz. Ao questionar a psicóloga da emissora, a mãe de Duda teria sido repreendida. “A minha mãe foi até a psicóloga perguntar se [a história] era verdade, ela disse que não e que se minha mãe ficasse espalhando e apavorando outros pais, eu iria ser mandada embora da novela. Obviamente que calei minha boca. Quando ele morreu, minha mãe fez um desabafo na internet e as outras mães começaram a procurar ela”, continuou. “Eu acho que tem gente da novela que vai assistir isso e descobrir agora, porque não foi divulgado”, acrescentou. “É assunto proibido no SBT. Muitas mães só foram descobrir que ele era pedófilo agora. Eu sinto muito se algum ator ou atriz de ‘Chiquititas’, novela antes da minha, passou por alguma coisa. Eles não vão lembrar, passou muito tempo”, disse a atriz. A atriz diz que nunca sofreu qualquer tentativa de abuso do preparador, afirmando inclusive que aprendeu muito com ele. “Comigo, ele nunca tentou nada, graças a Deus”. Entretanto, reclamou do assédio do outro funcionário. “Ele tentou me dar um selinho e eu liguei na hora para minha mãe. Na hora de se despedir ele me roubou um selinho. Minha mãe ficou ligada e tentou não me deixar preocupada, porque ela estava no Rio e eu em São Paulo”, contou a atriz, que não mencionou o nome do segundo homem. A assessoria de imprensa do SBT emitiu uma nota após a entrevista. “O SBT tomou conhecimento hoje da entrevista da atriz mirim Duda Wendling e de sua mãe a um podcast, e vem esclarecer que as situações retratadas, que supostamente envolvem a emissora, são totalmente infundadas. A emissora condena com severidade qualquer tipo de assédio e comportamento abusivo e mantém canais de denúncias voltados para seus colaboradores, e tomará as medidas cabíveis.” No ano passado, Duda Wendling revelou que entrou em depressão após sair do elenco de “Cúmplices de um Resgate”. Ela interpretava a personagem Dóris e foi trocada no meio da novela. Na época, a mãe de uma colega a ofendeu nas redes sociais. Ela tinha apenas nove anos de idade. Questionada pelo motivo de sua saída, a atriz explicou em janeiro passado que, mesmo recebendo um bom salário, decidiu deixar a produção em nome da saúde mental. “O dinheiro que eu recebia era bom, mas isso não pagava o trauma que eu estava sofrendo lá. Eu e minha mãe decidimos não assinar a renovação de contrato”, afirmou. Depois de sair do SBT, ela estrelou a série “Valentins”, do canal infantil Gloob, e a novela “Verão 90”, na Globo.
Último programa infantil da TV aberta sai do ar nesta sexta
O programa infantil “Bom Dia e Cia” sairá do ar nesta sexta-feira (1/4) após ser exibido por 27 anos. Criado pelo renomado diretor Nilton Travesso em 1993, com apresentação de Eliana, “Bom Dia e Cia” teve até Maisa como apresentadora e era atualmente comandado por uma das filhas do dono do canal SBT, Silvia Abravanel. Além de ser o mais longevo produto do gênero na TV aberta brasileira, também foi o último. Febre durante os anos 1980 e 1990, os programas infantis que consagraram as apresentadoras Xuxa, Angélica e Eliana se tornaram deficitários após mudanças na legislação brasileira, que estabeleceram como irregular a prática de comunicação mercadológica criada estrategicamente para ser direcionada às crianças. Derradeiro remanescente do formato, “O Bom Dia e Cia”, tinha uma audiência baixa, que oscilava entre 2 e 3 pontos diários – 1 ponto de audiência equivale a 1% do universo pesquisado em cada praça. O fim do programa não recebeu anúncio oficial. Ele veio à tona pela simples ausência de seu título na grade de programação da próxima semana no SBT. A ordem de encerrar a produção teria partido do próprio Silvio Santos, que comunicou a decisão à direção da rede SBT. Em viagem aos EUA, Sílvio definiu que não terá mais atração infantil na grade de programação da emissora. A partir de segunda, o telejornal “Primeiro Impacto” passará a ter seis horas de duração, indo das 6 horas ao meio-dia, quando começa a exibição do “Notícias Impressionantes”.
“The Big Bang Theory” se despede da TV aberta no Brasil
O SBT perdeu os direitos de exibição da série “The Big Bang Theory” (2007-2019) após 11 anos. A emissora exibia o programa na TV aberta com o título de “Big Bang: A Teoria”, de forma diferente da TV paga que sempre preservou o nome original. A última exibição de “Big Bang: A Teoria” no SBT vai acontecer neste sábado (26/3), às 4h. Como forma de despedida, o canal deve maratonar os últimos episódios da 12ª temporada. A saída do ar se deve à decisão da Warner, produtora da sitcom, que pretende concentrar seus principais títulos na HBO Max, sua plataforma de streaming lançada no ano passado. A mesma estratégia tem sido seguida pela Disney para priorizar seu streaming, o que tem deixado poucos programas licenciados na TV aberta brasileira. Só que a tendência não se restringe à TV aberta. Um sinal claro do que será o futuro foi vislumbrado já no ano passado, quando a série “Friends” (1994-2004) deixou de ir ao ar na TV paga após mais de duas décadas. Para completar, neste mês a Disney anunciou o fechamento de dois canais pagos de seu grupo de entretenimento.
Françoise Forton (1957–2022)
A atriz Françoise Forton morreu no domingo (16/12), no Rio de Janeiro, aos 64 anos. Estrela de novelas que marcaram época, ela estava em tratamento contra um câncer. Ela iniciou a carreira aos 13 anos, no filme “Marcelo Zona Sul” (1970), e entrou na Globo aos 16, aparecendo em um episódio da versão original de “A Grande Família”, em 1973, interpretando a namorada de Tuco (Luiz Armando Queiroz). Ela seguiu na televisão com a novela “Fogo sobre Terra” em 1974, interpretando a rebelde Estrada-de-Fogo, seu primeiro de muitos papéis importantes nas telenovelas da emissora. Em 1975, protagonizou “Cuca Legal” como Virgínia, uma das três mulheres de Mário Barroso (Francisco Cuoco), emendando o papel com a ativista Mariana, que lutava pelos direitos da mulheres na novela das dez “O Grito”. No mesmo ano, fez dois filmes da era da pornochanchada, “Relatório de Um Homem Casado” (1974) e “O Sósia da Morte” (1975). Tinha 18 quando o último foi lançado, estampando sua nudez no pôster. Seu papel mais famoso de mocinha veio no ano seguinte, 1976, quando protagonizou “Estúpido Cupido”, novela ambientada nos anos 1960. Sua personagem era Maria Tereza, uma moça sonhadora que desejava sair da pequena Albuquerque para ser eleita Miss Brasil. Porém, o namorado João (Ricardo Blat), aspirante a jornalista, morre de ciúmes e pretende se casar com ela, colocando-se como empecilho a seus planos. Foi um fenômeno de audiência. Mas após o fim da novela ela passou sete anos afastada da televisão, voltando só em 1983 na Rede Bandeirantes, onde fez a novela “Sabor de Mel” e a série “Casa de Irene”. Forton retornou à Globo em 1988 na novela “Bebê a Bordo”, em que interpretou a sensual Glória, e se destacou no ano seguinte em outro sucesso, “Tieta”, como a vilã Helena, esposa de Ascânio (Reginaldo Faria). Ainda atuou em “Meu Bem, Meu Mal” (1990), foi uma das “Perigosas Peruas” (1992), integrou “Sonho Meu” (1993), “Quatro por Quatro” (1994) e teve seu grande destaque como vilã em “Explode Coração”, a primeira telenovela a ser gravada no Projac, na pele de Eugênia Avelar, mulher requintada e fria, apaixonada pelo protagonista Júlio (Edson Celulari). A lista de novelas de sua segunda passagem pela Globo também inclui “Anjo de Mim” (1996), “Por Amor” (1997), “Uga Uga” (2000), “O Clone” (2001) e “Kubanacan” (2003). Depois de viver a fútil Concheta, a atriz passou a trabalhar no SBT, onde estrelou dois remakes de novelas mexicanas, “Seus Olhos” (2004) e “Os Ricos Também Choram” (2005). Em seguida, assinou contrato com a Rede Record, onde permaneceu até o ano de 2011, participando de “Luz do Sol” (2007), “Caminhos do Coração” (2008), “Os Mutantes” (2008) e “Ribeirão do Tempo” (2010). No mesmo ano, filmou “Leo e Bia”, filme do cantor Oswaldo Montenegro. E em seguida voltou à Globo, fazendo participações em “Amor à Vida” (2013), “I Love Paraisópolis” (2015) e “Tempo de Amar” (2017). Seus últimos trabalhos foram bastante diversificados: a série “Prata da Casa” (2017) na Fox, o filme sertanejo “Coração de Cowboy” (2018) e a novela “Amor sem Igual” (2019), da Record.











