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    Little Richard (1932 – 2020)

    9 de maio de 2020 /

    O cantor, músico e ator Little Richard, um dos pais do rock’n’roll, morreu aos 87 anos, de causa ainda não revelada. Ele vendeu 30 milhões de discos em todo mundo e influenciou gerações de artistas que atingiram ainda maior projeção, como Elvis Presley, Beatles, Elton John e Prince. Pioneiro incontestável, desbravou todo o potencial do piano como instrumento de rock, ensinou Mick Jagger a dançar e Paul McCartney a cantar. Little Richard se destacou, ao lado de Chuck Berry e Fats Domino, na primeira leva de artistas de R&B (rhythm and blues) a fazer sucesso entre o público branco americano. Mas antes de assinar seu primeiro contrato musical em 1951, ele era apenas Richard Wayne Penniman, um jovem caipira de Macon, no estado da Geórgia, que só tocava em lugares segregados. Filho de diácono batista, ele começou a cantar na igreja. Mas a religião lhe traiu muitas vezes. A primeira, aos 15 anos de idade, quando foi expulso de casa pelo pai crente, devido a seus modos afeminados. Isso o levou ao “vaudeville” para sobreviver, onde chegou a tocar travestido para atrair plateias interessadas em freakshows. Foram nesses shows restrito aos negros que Little Richard conheceu sua maior inspiração, o “príncipe do blues” Billy Wright, que se apresentava em ternos coloridos, tinha um topete enorme e um bigode estreitíssimo. O jovem Richard logo passou a imitá-lo. Os shows energéticos que se seguiram chamaram atenção da indústria. Ele assinou com a RCA em 1951. Mas suas músicas só começaram a chegar no rádio em 1955 e por outra gravadora, a Specialty Records, quando o produtor Robert Blackwell o encorajou a revisitar sua época do vaudeville e cantar uma música que costumava entoar, com palavras inventadas e que começava com um grito. Era “Tutti Frutti” e sua carreira deslanchou. Mesmo assim, nada superava vê-lo ao vivo, tocando piano como ninguém – de pé diante do piano, com o pé sobre o piano, de pé em cima do piano. Jerry Lee Lewis tentou superá-lo colocando fogo no instrumento. Mas chegou depois de Little Richard ter incendiado a juventude dos EUA. Quando Elvis assinou com a RCA, Little Richard já era astro de cinema. Ele fez parte do elenco de “Música Alucinante” (Don’t Knock the Rock, 1956), ao lado de Bill Haley and the Comets, cantou a música-título de “Sabes o que Quero” (The Girl Can’t Help It, 1956) e arrebentou em “O Rei do Rock and Roll” (Mister Rock and Roll, 1957) com “Lucille”. Foi no primeiro filme que eternizou as performances de suas músicas mais famosas, “Long Tall Sally” e aquela que começa a frase icônica “A-wop-bop-a-loo-lop-a-lop-bam-boom!”, a célebre “Tutti-Frutti”, uma das canções mais regravadas de todos os tempos. Tanto Elvis quanto os Beatles gravaram versões das duas músicas. Na verdade, os Beatles gravaram até o lado B de “Long Tall Sally”, “Slippin’ and Slidin'” – além de incluir “Lucille” e “Good Golly, Miss Molly” em seu repertório. Paul McCartney foi uma das poucas pessoas do mundo capaz de cantar como Little Richard, porque o próprio Little Richard lhe ensinou em 1962, na época em que tocaram e conviveram juntos entre shows na Inglaterra e na Alemanha. Mas antes de escolher seu sucessor, a indústria tentou embranquecer suas canções à força, dando seu repertório para o ídolo pop Pat Boone gravar. As músicas de Boone eram versões literalmente pálidas das originais. Mesmo assim, era o galã quem aparecia na TV tocando “Tutti-Frutti”. O sucesso de Elvis trouxe nova versão de “Tutti-Frutti” para as paradas. Só que em vez de popularizar o artista original, Elvis acabou substituindo-o. Até a juventude inglesa reconhecer na década seguinte que Little Richard era insubstituível. Beatles e Rollings Stones chegaram a servir de bandas de abertura para shows do cantor, em reverência a seu talento. Mas Richard, que foi o primeiro artista para quem fãs atiraram calcinhas no palco, acabou se convertendo à religião no auge da carreira. Ele apelou a Deus ao achar que ia morrer durante uma forte turbulência num voo para shows na Austrália e, depois de sobreviver, jurou ter visto um sinal dos céus – o satélite Sputnik reentrando na atmosfera. Em 1958, ele formou uma banda evangélica e passou a cantar gospel. A fase não foi longa. Ao embarcar em turnê com esse repertório, passou a ser vaiado por fãs que queriam ouvir rock. Em 1962, ele encontrou os Beatles e retomou seus antigos hits. No ano seguinte, os Stones abriram seu show. Ele se tornou adorado pelo público britânico e chegou a ganhar um especial na TV, que, a perdido dos fãs, foi reprisado várias vezes. E em 1964 contratou um guitarrista chamado Jimi Hendrix para integrar sua banda. A carreira musical, porém, jamais retomou o sucesso original nos EUA. Para complicar, ele passou a enfrentar a ira de religiosos por ter trocado a música de Deus pela música do diabo. A conversão religiosa acabou prejudicando até sua identidade sexual. Ele chegou a casar (entre 1959 e 1963) e passou a vida tentando negar rumores de que era homossexual. De fato, disse que considerava a homossexualidade “contrária à natureza”, anos depois de confessar publicamente que era gay em 1995. Ele começou a aparecer mais na TV que no rádio a partir dos anos 1960. Chegou a participar até do programa de Pat Boone, além de encontrar os Monkees num especial. E de repente se descobriu ator, explodindo na nova carreira nos anos 1980. Após ser escalado num episódio de “Miami Vice”, teve seu primeiro grande papel cinematográfico na comédia “Um Vagabundo na Alta Roda” (1986) e ainda contribuiu com uma música inédita para a trilha sonora. Esta revitalização coincidiu com sua premiação no Grammy em 1988, quando se autodeclarou “o arquiteto do rock’n’roll!”, com a plateia aplaudindo de pé. Desde então, tornou-se convidado frequente de programas de TV, séries e filmes, conquistando novos fãs com seu “timing cômico único”. A lista de aparições inclui o blockbuster “O Último Grande Herói” (1993), com Arnold Schwarzenegger, e se encerra com “Um Chefe Muito Radical” (1998), produção estrelada pelo comediante Carrot Top. Além disso, em 2000, sua vida foi dramatizada num telefilme com seu nome, dirigido por Robert Townsend (“Ritmo & Blues – O Sonho do Sucesso”). Little Richard continuou excursionando e fazendo shows para plateias entusiasmadas até que as dores de quadril se tornaram insuportáveis. Ele anunciou a aposentadoria em 2013, mas ainda continuou saudado pelo público em aparições ocasionais. A última foi no ano passado, quando recebeu um prêmio pela carreira do governador do Tennessee, nos EUA. “Deus abençoe Little Richard, um dos meus maiores heróis musicais”, escreveu Ringo Starr, baterista dos Beatles, nas redes sociais. “Ele foi uma das minhas maiores inspirações na adolescência”, disse Mick Jagger, a voz dos Rolling Stones. “Quando fizemos uma turnê juntos, eu observei atentamente seus movimentos todas as noites, para saber como entreter e envolver o público, e ele generosamente ainda me deu conselhos. Ele contribuiu tanto para a música que eu vou sentir sua falta para sempre”, acrescentou. “Uma perda muito triste”, ecoou Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin. “As canções de Little Richard impulsionaram o rock’n’roll”.

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    Rolling Stones disponibilizam shows antigos no YouTube. Veja

    3 de maio de 2020 /

    Os Rolling Stones anunciaram que vão exibir documentários de antigas turnês em seu canal no YouTube, para ajudar a entreter os fãs durante o período de isolamento social. O projeto recebeu o nome de “Extra Licks” e vai durar seis semanas, apresentando um show diferente a cada domingo, sempre a partir das 16 horas. O primeiro vídeo já foi disponibilizado neste domingo (3/5) e traz 53 minutos de shows da turnê de 2016, realizados na Argentina, Brasil (no Morumbi) e no Peru, durante a última passagem da banda pela América Latina. Partes dessa performance já apareceram no documentário da turnê, “Olé Olé Olé: A Trip Across Latin America”, lançado em Blu-ray há quatro anos e que também inclui cenas no Brasil. Depois disso, os Stones só fizeram mais uma turnê mundial, a “No Filter Tour”, que foi interrompida duas vezes, primeiro por uma cirurgia cardíaca de Mick Jagger e mais recentemente pela pandemia do novo coronavírus.

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  • Música

    Rolling Stones lança clipe de música nova inspirada pela quarentena do coronavírus

    23 de abril de 2020 /

    A quarentena preventiva contra o novo coronavírus provou-se criativa para os Rolling Stones, inspirando a primeira canção nova da banda desde 2012. “Living on a Ghost Town” foi finalizada pelos músicos durante o período de isolamento, após sessões em estúdio no ano passado, e ganhou um clipe que reflete o esvaziamento atual das ruas em todo o mundo. O vídeo mostra cidades desertas, como Londres, Los Angeles, Oslo, Cidade do Cabo, Toronto, Margate e Kyoto, sob o impacto da pandemia. E graças ao contexto das imagens e à produção caprichada da canção, os roqueiros septuagenários voltam a soar incrivelmente atuais, mais de meio século depois de dizer que o tempo estava do lado deles. Em comunicado, a banda contou que começou a gravar o blues, com arranjo de dub reggae, em Los Angeles em 2019. Depois, à medida que o isolamento social começou a se disseminar pelo mundo, eles ajustaram parte da letra e acrescentaram detalhes finais na mixagem. “Estávamos trabalhando em novo material antes do isolamento, e achamos que esta canção poderia ressoar nos tempos que estamos vivendo agora”, explicou Mick Jagger. Keith Richards acrescentou que a faixa foi pensada para um novo disco, “aí a merda atingiu o ventilador… Mick e eu decidimos que esta precisava ser trabalhada agora mesmo”. “A vida era tão linda, depois fomos todos isolados. Me sinto como um fantasma vivendo em uma cidade-fantasma”, reflete a letra. O single é a segunda manifestação musical dos Stones durante a pandemia. A banda foi a principal atração da “live das lives” de sábado passado (18/4), tocando por videoconferência “You Can’t Always Get What You Want” no evento “One World: Together at Home”. Antes de “Living in a Ghost Town”, o último conteúdo original inédito dos Stones foram duas canções novas incluídas no álbum de hits “GRRR!”, em 2012 – “Doom and Gloom” e “One More Shot”. Mas vale observar que o título, o tema e até certos elementos musicais da nova gravação evocam um grande sucesso dos anos 1980, “Ghost Town”, da banda The Specials. Soam diferentes, mas compartilham diversas semelhanças, como pode ser facilmente verificado na comparação abaixo.

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    Veja os 20 melhores shows do festival digital One World: Together at Home

    19 de abril de 2020 /

    Ainda não há levantamento oficial, mas o festival “One World: Together at Home”, espécie de “Live Aid” online, deve ter batido recordes de audiência com sua sintonia global ao longo do sábado (18/4). Apesar disso, boa parte do evento foi dedicado a discursos e vídeos sobre a crise sanitária, com o espaço dedicado à música dividido entre talentos díspares. Considerado a “live das lives”, o festival online teve curadoria de Lady Gaga, que juntou artistas de diferentes gerações numa mistura desencontrada de nomes consagrados e representantes do pop menos memorável. Não bastasse o excesso de musiquinhas melosas, chamou atenção a preferência de pós-adolescentes por karaokês constrangedores de clássicos cinquentenários – só Billie Eilish acertou o tom. Coube aos veteranos Rolling Stones dar o melhor show da noite (mesmo com bateria pré-gravada e Charlie Watts tocando o ar), graças ao ainda impressionante vocal de Mick Jagger – em grande contraste ao fiapo de voz de Paul McCartney. Já na turma pop, Taylor Swift foi facilmente a mais emociante, com música inspirada na luta de sua mãe contra o câncer. Destaque da nova geração, a francesa Christine and the Queens representou bem a turma eletrônica, minoritária na seleção. Mas faltou reggae, música brasileira, mais rock, rap e talentos da cena indie para compensar o excesso enjoativo de breguice. Para completar, Beyoncé aparecer para não cantar só foi pior que a ausência de Madonna. Confira abaixo 20 shows que se destacaram na “live das lives”, pelo filtro da Pipoca Moderna – sem ordem de preferência, mas declaradamente em campanha pela versão Lollapalooza desse tipo de evento.

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    Lady Gaga junta Paul McCartney e Rolling Stones na maior live do mundo. Saiba onde e quando ver

    18 de abril de 2020 /

    A maior live de todos os tempos, “One World: Together at Home”, acontece na tarde deste sábado, com curadoria e apresentação de Lady Gaga. A cantora reuniu diversos músicos do mundo inteiro, que darão shows direto de suas casas, com transmissão ao vivo pela internet. A lista de estrelas inclui deste os veteranos Paul McCartney, Stevie Wonder, Elton John e a banda The Rolling Stones, até estrelas da nova geração, como Taylor Swift, Billie Eilish, Lizzo e a banda The Killers. Além de artistas famosos do pop rock, a live ainda contará com participações de celebridades como as apresentadoras Oprah Winfrey e Ellen DeGeneres, as atrizes Amy Poehler, Awkwafina (que é rapper) e Lupita Nyong’o e o casal David e Victoria Beckham. Organizado pela ONG Global Citizen e com apoio da Organização Mundial da Saúde, o festival online tem o objetivo de homenagear os profissionais de saúde e visa angariar fundos para o combate à Covid-19. Trata-se de um verdadeiro “Live Aid digital”, que terá ampla cobertura da mídia. No Brasil, os shows podem ser vistos ao vivo a partir das 15h na Amazon Prime Video, das 16h no Multishow (na TV e no YouTube) e na Globoplay (inclusive para não assinantes). E ainda terão reprise noturna nos canais pagos MTV, Comedy Central, Paramount, TNT e Sony, às 21 horas, e no E!, à meia-noite. A exibição na TV aberta ficou para a madrugada, às 0h44 na Globo, com apresentação de Tiago Leifert.

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    Clássico psicodélico dos Rolling Stones ganha clipe em homenagem a seus 50 anos

    30 de agosto de 2017 /

    Os Rolling Stones lançaram um lyric video para “2000 Light Years From Home”, uma das músicas pioneiras do rock espacial, que completa 50 anos. O clipe antecipa o relançamento do álbum clássico “Their Satanic Majesties Request” (1967), considerado um dos discos mais psicodélicos de todos os tempos – obra-prima para alguns, “Sgt. Peppers” de segunda mão para outros. Dirigido por Lucy Dawkins (do documentário “My Secret World: The Story of Sarah Records”) e Tom Readdy (compositor de efeitos da série animada “Nina Needs to Go”), o vídeo é uma colagem psicodélica que evoca a arte do disco, mas também os primeiros curtas de ficção científica do cinema, dirigidos por Georges Méliès (1861–1938). As imagens desfilam astronautas, gurus, flores, outros mundos, dançarinas de can-can, exploradores renascentistas, demônios e garotas em trajes de banho, enquanto a letra surge na tela. A música clássica já tinha um registro, realizado com a banda, que pode ser visto abaixo para refrescar memórias. Mick Jagger declarou que escreveu a letra da música na Prisão de Brixton, onde esteve devido por três dias por porte de drogas, em junho de 1967. A edição de 50 anos de “Their Satanic Majesties Request” já está disponível para pré-venda e inclui versões remasterizadas das faixas do disco, além de um livro de 20 páginas com comentários do cineasta Rob Bowman e do ensaio fotográfico que o grupo fez para o LP original. O relançamento está marcado 22 de setembro pela gravadora ABKCO Records.

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    Anita Pallenberg (1944 – 2017)

    13 de junho de 2017 /

    Morreu Anita Pallenberg, atriz e modelo de carreira intimamente ligada aos Rolling Stones. Ela tinha 73 anos e a causa da morte não foi revelada. Nascida em 1944 na Itália, Pallenberg estudou na Alemanha e era fluente em quatro idiomas. Sua carreira artística começou em Nova York, quando ela entrou na trupe do Living Theatre, participando da peça “Paradise Now”, repleta de nudez, numa época em que também era uma habitué da Factory de Andy Warhol. Em 1965, enquanto trabalhava como modelo, Pallenberg e um amigo conseguiram entrar nos camarins de um show de Rolling Stones em Munique, e isso levou a um romance com o guitarrista Brian Jones. Ela também namorou brevemente Mick Jagger, antes de iniciar um relacionamento duradouro com Keith Richards, com quem teve três filhos (um deles, morreu ainda bebê). Os dois ficaram juntos até 1980. Sua estreia no cinema aconteceu em 1967, protagonizando “Degree of Murder”, segundo longa do mestre alemão Volker Schlondorff, no qual assassinava um ex-amante e seduzia os dois homens que a ajudavam a se livrar do cadáver. A trilha sonora era de Brian Jones. Ao se estabelecer em Londres, Anita participou de grandes clássicos do cinema psicodélico. Além de aparecer em “O Muro das Maravilhas” (1968) e “Candy” (1968), viveu a Rainha Negra em “Barbarella” (1968), de Roger Vadim, seduzindo Jane Fonda, e foi muito íntima de Mick Jagger em “Performance” (1970), de Nicolas Roeg, que ficou dois anos aguardando liberação da censura britânica. As cenas de sexo, consideradas muito fortes para a época, eram resultado de muito “ensaio” – noite adentro, segundo “Life”, a autobiografia de Keith Richards. Ela ainda estrelou o filme seguinte de Schlondorff, “O Tirano da Aldeia” (1969), e “Dillinger Morreu” (1969), do italiano Marco Ferreri, no qual contracenou com Michel Piccoli. Mas os fãs de rock talvez a conheçam melhor por sua voz. É dela a principal voz do corinho de “Sympathy for the Devil”, dos Rolling Stones. Sua presença também tem proeminência no documentário dirigido por Jean-Luc Godard em 1968, que tem o título da canção. Sua própria carreira ficou para trás quando nasceram seus filhos, a partir de 1969, que também foi o ano em que Brian Jones morreu. Por isso, há quem diga que ela foi a Yoko Ono dos Stones, afastando Jones da banda – ele nunca teria superado sua rejeição. Mas Anita contribuiu com críticas que levaram a uma remixagem extensiva do disco “Beggar’s Banquet” (1968) e com o sexo e as drogas que acompanharam as gravações de “Exile on Main Street” (1972). No meio disso tudo, ela só fez um longa-metragem nos anos 1970, ao lado da amiga roqueira Nico: “Le Berceau de Cristal” (1976), dirigido por Philippe Garrel. Em compensação, virou personagem favorita dos tabloides, por conta de seu envolvimento com drogas e pelo suicídio de um jovem em sua casa, mais especificamente na cama que ela compartilhava com Keith Richards em 1979. O relacionamento do casal não resistiu ao escândalo, mas o guitarrista não se tornou rancoroso, descrevendo-a de forma poderosa em seu livro. “Eu gosto de mulheres espirituosas. E com Anita, você sabia que estava enfrentando uma valquíria – ela é quem decide quem morre numa batalha”. Nos anos seguintes, sua memória acabou resgatada por clipes da música pop. A banda Duran Duran, batizada com o nome de um personagem de “Barbarella”, usou cenas em que ela aparecia na sci-fi de 1968 no clipe de “Wild Boys” (1985). Mas foi Madonna quem interrompeu sua aposentadoria precoce, convidando-a para participar do vídeo de “Drowned World/Substitute for Love” em 1999. Dois anos depois, Anita ressurgiu como o Diabo num episódio da série “Absolutely Fabulous”, contracenando com outra velha amiga, a cantora Marianne Faithfull, escalada no papel de Deus. A aparição fez tanto sucesso que, por um breve período, ela experimentou um renascimento de sua carreira, estrelando cinco filmes em sequência: “Mister Lonely” (2007), de Harmony Korine, “Chéri” (2009), de Stephen Frears, e três longas de Abel Ferrara – “Go Go Tales” (2007), “Napoli, Napoli, Napoli” (2009) e “4:44 – O Fim do Mundo” (2011). De forma impressionante, Anita Pallenberg só trabalhou com cineastas cultuados.

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    Documentário sobre a recente turnê latina dos Rolling Stones ganha trailer

    10 de setembro de 2016 /

    Os Rolling Stones divulgaram, em seu canal no YouTube, o trailer de um novo documentário. O que há de diferente desta vez é que o filme retrata a recente turnê da banda britânica pela América Latina. A prévia abre com uma panorâmica da baía da Guanabara, mas seu principal destaque é o primeiro show dos Stones em Havana. Graças ao processo de abertura política de Cuba, o vídeo registra como gerações de fãs puderam mostrar sua apreciação pelos Stones, um gesto que já foi considerado atitude política e proibido pela ditadura de Fidel Castro. Isto mesmo: gostar de rock já foi considerado crime em Cuba. Vale lembrar que, nesta mesma época, a juventude esquerdista brasileira também fazia passeatas de protesto contra a guitarra elétrica. Nada que o tempo e a história não vinguem, ao expor ao ridículo. Intitulado “Olé Olé Olé: A Trip Across Latin America”, o documentário combina shows, bastidores, entrevistas, depoimentos de fãs e reflexão histórica. A première mundial vai acontecer no próximo domingo (18/9), durante o Festival de Toronto, mas ainda não há previsão para seu lançamento comercial.

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    Boato espalha que Harry Styles será Mick Jagger em filme sobre os Rolling Stones

    17 de junho de 2016 /

    O tabloides britânicos são mundialmente conhecidos por publicarem fofocas como se fossem notícias. Ainda assim, a “notícia” do Daily Star de que o cantor Harry Styles, ídolo da boy band One Direction, estaria pronto para interpretar Mick Jagger num filme sobre os Rolling Stones, foi repercutida por muitos jornais “sérios”. Citando uma fonte anônima, o tabloide transformou um rumor numa avalanche na internet. Segundo a reportagem, “alguém de Hollywood” notou que Styles era parecida com Jagger nos cenários de sua estreia como ator. O cantor atualmente está filmando “Dunkirk”, próximo lançamento de Christopher Nolan. O filme dos Stones, de todo modo, existe. Trata-se de “Exile on Main Street: A Season in Hell with the Rolling Stones”, sobre os bastidores do décimo álbum da banda britânica, com roteiro adaptado do livro homônimo escrito por Robert Greenfield. Segundo o site Deadline, a produção encontra-se realmente em fase de busca dos atores para interpretar Mick Jagger e Keith Richards. Mas as filmagens estão previstas para começar apenas no fim do ano, com direção de Andrew Goddard, mais conhecido por dirigir séries como “Doctor Who”, “Dontown Abbey”, “Dracula” e “Demolidor”. Considerado o disco mais importante dos Stones, “Exile on Main Street” foi gravado entre 1969 e 1972, mas principalmente em 1971, após a banda se refugiar numa mansão no litoral sul da França, na Riviera, fugindo da receita federal britânica, para quem os músicos deviam impostos altíssimos. Transformando o porão da casa em estúdio, eles criaram clássicos do rock, ao mesmo tempo em que consumiram uma quantidade excessiva de drogas e festejaram sem parar, arrastando as gravações por meses. O disco só foi finalizado após Bill Wyman ameaçar não voltar mais para a casa, fazendo com que as visitas constantes fossem proibidas e Keith Richards desse um tempo na heroína. Mesmo assim, a banda precisou viajar para os EUA para completar as gravações num estúdio de Los Angeles. Um documentário bem apurado sobre o álbum foi lançado em 2010, “Stones in Exile”, com direção de Stephen Kijak (“Scott Walker: 30 Century Man”).

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    Exile on Main Street: Bastidores de disco clássico dos Rolling Stones vão virar filme

    15 de junho de 2016 /

    Os conturbados bastidores das gravações do clássico álbum “Exile on Main Street” dos Rolling Stones vão virar filme. Intitulada “Exile on Main Street: A Season in Hell with the Rolling Stones”, a produção será baseada no livro homônimo escrito por Robert Greenfield. Segundo o site Deadline, o filme encontra-se em fase de busca dos atores para interpretar Mick Jagger e Keith Richards. As filmagens estão previstas para começar no fim do ano, com roteiro da dupla estreante Brandon e Philip Murphy, e direção de Andrew Goddard, mais conhecido por dirigir séries como “Doctor Who”, “Dontown Abbey”, “Dracula” e “Demolidor”. Considerado o disco mais importante dos Stones, ele foi gravado entre 1969 e 1972, mas principalmente em 1971, após a banda se refugiar numa mansão no litoral sul da França, na Riviera, fugindo da receita federal britânica, para quem os músicos deviam impostos altíssimos. Transformando o porão da casa em estúdio, eles criaram clássicos do rock, ao mesmo tempo em que consumiram uma quantidade excessiva de drogas e festejaram sem parar, arrastando as gravações por meses. O disco só foi finalizado após Bill Wyman ameaçar não voltar mais para a casa, fazendo com que as visitas constantes fossem proibidas e Keith Richards desse um tempo na heroína. Mesmo assim, a banda precisou viajar para os EUA para completar as gravações num estúdio de Los Angeles. Um documentário bem apurado sobre o disco foi lançado em 2010, “Stones in Exile”, com direção de Stephen Kijak (“Scott Walker: 30 Century Man”).

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