Bill Murray revive Feitiço do Tempo em comercial do Super Bowl
A Jeep aproveitou que o Super Bowl de 2020 caiu no Dia da Marmota (Groundhog Day) para reviver o filme que popularizou a data em todo o mundo, num comercial produzido para ir ao ar neste domingo (2/2) durante o intervalo da final do campeonato de futebol americano, espaço publicitário mais valorizado da TV dos EUA. Já antecipado no YouTube, o vídeo traz o ator Bill Murray revivendo seu papel no clássico “Feitiço no Tempo” (cujo nome original é Groundhog Day), como o jornalista Phil, que faz à contragosto a cobertura do Dia da Marmota em Punxsutawney, Pensilvânia – uma festa tradicional, ligada a uma superstição sobre a duração do inverno – e acaba ficando preso num looping temporal, acordando sempre no mesmo dia. Lançado em 1993, o filme escrito e dirigido por Harold Ramis se tornou um dos mais influentes de todos os tempos, inspirando dezenas de produções de diferentes gêneros sobre tramas de looping temporal. O comercial conta até com participação de Stephen Tobolowsky, que volta ao papel de Ned para cruzar com o personagem de Murray durante todas as manhãs. Desta vez, porém, o mau-humorado Phil não reclama tanto de seu destino. Isto porque algo mudou: graças à presença de um Jeep na fábula, os dias podem se repetir, mas nunca são iguais. Bom slogan comercial. Por sinal, Bill Murray será visto a seguir nos cinemas retomando outro personagem criado por Harold Ramis, o Dr. Peter Venkman, na continuação de “Os Caça-Fantasmas” que estreia em julho no Brasil.
Plataforma Quibi ganha seu primeiro comercial
A vindoura plataforma de streaming Quibi divulgou seu primeiro comercial. O vídeo foi produzido para exibição no domingo (2/2) durante o intervalo do Super Bowl (final do campeonato de futebol americano), espaço publicitário mais valorizado da TV dos EUA, mas já pode ser visto abaixo, antecipado no YouTube. Criada especificamente para celulares, a Quibi vai apresentar programas de até 10 minutos de duração. Seu nome, usado como sinônimo de atividade rápida no comercial, vem da junção das primeiras sílabas das palavras “quick” (ligeiro) e “bites” (pedaços). Jeffrey Katzenberg, o fundador da DreamWorks Animation, é o responsável pela iniciativa, que construiu um portfólio impressionante de projetos para seu lançamento. Entre outras produções em desenvolvimento, há desde séries de terror de Steven Spielberg (“Jogador Nº 1”), Guillermo del Toro (“A Forma da Água”) e Sam Raimi (“Evil Dead”), um drama sobre suicídio do cineasta Peter Farrelly (“Green Book”), um thriller de ação com Liam Hemsworth (“Jogos Vorazes”), um drama policial produzido por Antoine Fuqua (“O Protetor”), uma comédia estrelada e produzida por Anna Kendrick (“Um Pequeno Favor”), uma ficção científica com Don Cheadle (“Vingadores: Ultimato”) e Emily Mortimer (“Chernobyl”), uma comédia musical com Darren Criss (“Glee”), uma produção de super-heróis de Doug Liman (“No Limite do Amanhã”), uma adaptação do filme “Marcação Cerrada” (1999), um remake da série clássica “O Fugitivo” (1963), atrações não reveladas dos diretores Stephen Soderbergh (“Onze Homens e um Segredo”) e Paul Feig (“Um Pequeno Favor”), entre muitos projetos, incluindo reality shows. Cada programa terá capítulos de 7 a 10 minutos. O que vai na contra-mão dos novos hábitos de consumo alimentados pela Netflix, que popularizou longas maratonas de séries. A aposta é no baixo nível de atenção e foco de quem navega por celular. A plataforma conseguiu um aporte de US$ 1 bilhão de investidores como Sony Pictures, Disney, Warner Bros., MGM e Alibaba, e pretende oferecer 175 conteúdos semanais e 8,5 mil episódios ao longo de seu primeiro ano. Apesar da aposta no formato, as iniciativas de emplacar séries curtas e exclusivas de dispositivos móveis não deram certo até o momento – veja-se, como exemplo, a falta de repercussão dos lançamentos do Snapchat. A plataforma Quibi será inaugurada em 6 de abril nos EUA.
Comercial do Super Bowl brinca com sotaque carregado dos atores Chris Evans e John Krasinski
A Hyundai antecipou na internet seu comercial para o Super Bowl (final do campeonato de futebol americano) de domingo (2/2), cujo intervalo publicitário é o mais valorizado da TV dos EUA. O vídeo junta os atores Chris Evans (“Vingadores: Ultimato”), John Krasinski (“Um Lugar Silencioso”) e Rachel Dratch (“Saturday Night Live”), além do jogador de beisebol David “Big Papi” Ortiz para demonstrar a função Smart Parking do novo Hyundai Sonata. Ao ativar a função, o Sonata manobra sozinho para estacionar ou para sair de uma vaga, sem a necessidade de alguém no volante. A tecnologia espanta tanto que é confundida com um “carro fantasma” no comercial. Mas o que acaba roubando a cena é outro detalhe impressionante: o carregado sotaque bostoniano dos atores explicando o tal “smath pahk”. Veja abaixo como os astros de Boston realmente falam, quando não estão interpretando personagens. Nem os americanos de outras localidades conseguem entender o sotaque da capital e a maior cidade de Massachusetts.
Comercial do Super Bowl junta ícones da sci-fi: Flash Gordon, Star Trek, Star Wars e até Bill & Ted
A rede Wallmart antecipou na internet seu comercial especial do Super Bowl (final do campeonato de futebol americano), espaço publicitário mais valorizado da TV dos EUA. E é uma superprodução. A peça publicitária, que vai ao ar no domingo (2/2) no intervalo do jogo, reúne uma coleção icônica de personagens e referências clássicas do cinema sci-fi. Com a ideia de destacar o serviço de “outro mundo” do supermercado, mostrando funcionários da empresa atendendo Flash Gordon (interpretado pelo próprio Sam J. Jones), alienígenas de “Homens de Preto”, de “Marte Ataca” e de “A Chegada”, além Emmet e Wyldstyle de “Uma Aventura Lego”, Buzz Lightyear de “Toy Story” e até duas versões de Bill (Alex Winter), da comédia “Bill & Ted: Uma Aventura Fantástica”. Algumas entregas de sacolas são dignas de aventuras sci-fi, como a que teleporta os funcionários do mercado para a nave Enterprise, da franquia “Star Trek”, ou registra seu trabalho ao lado do carro voador de “Blade Runner”. Há ainda uma aparição da nave dos “Guardiões da Galáxia”. Mas também frustrações, como a espera por R2-D2 e C-3PO, de “Star Wars”, que se perderam no caminho, sem conseguir chegar ao ponto de retirada das mercadorias. Veja abaixo.
Maisie Williams canta música de Frozen em comercial do Super Bowl
Dois fenômenos da cultura pop recente se encontraram num comercial de carro produzido para o Super Bowl (final do campeonato de futebol americano), espaço publicitário mais valorizado da TV dos EUA. A publicidade da Audi, que vai ao ar no domingo (2/2) no intervalo do Super Bowl, traz Maisie Williams, a Arya Stark de “Game of Thrones”, cantando a icônica “Let It Go”, música-tema de “Frozen”. A ideia por trás dessa escolha musical é destacar o conforto do ar condicionado do veículo, enquanto o aquecimento global bomba no congestionamento do lado de fora. Assim, o verso sobre não se importar com o frio ganha outro contexto diante da onda de calor. Veja abaixo o vídeo, que teve sua estreia adiantada na internet.
Felipe Neto destaca importância da Educação Sexual em comercial da série Sex Education
A Netflix divulgou seu melhor comercial nacional desde que a Xuxa apareceu falando dos baixinhos de “Stranger Things”. Para divulgar a 2ª temporada de “Sex Education”, a plataforma contratou o youtuber Felipe Neto e produziu um vídeo divertido e politicamente engajado. No comercial, ele invade a escola de Moordale para enfrentar a disseminação de fake news sobre sexo, que mantém os jovens burros e desinformados, e potencialmente sujeitos a doenças e riscos desnecessários. “Eu nunca vi tanto adolescente fazendo m**** junto”, diz o youtuber, que embute até uma autocrítica, ao lembrar de seus primeiros vídeos lançados ainda em 2010. “Fazendo vídeo burro achando que estava arrasando”, completa. A desinformação sexual é consequência direta do veto ideológico-religioso de certos temas no currículo escolar – situação que piorou no Brasil atual. Mas Felipe promete combater as trevas com informação, divulgando uma história em quadrinhos que ensina Educação Sexual – e que realmente foi elaborada pela Netflix, baseada na série. “Digamos que eu tenho um pouquinho de experiência em afrontar autoridade para distribuir livro proibido”, ele diz no vídeo, lembrando a ocasião em que comprou livros com temática LGBTQIA+ para distribuir durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em represália à ameaça de censura do bispo prefeito Marcelo Crivella no ano passado. Eis porque o comercial é melhor que a maioria das campanhas engraçadinhas com celebridades que a Netflix popularizou: contexto. A 2ª temporada de “Sex Education” já está disponível em streaming. E os quadrinhos de Educação Sexual, inspirados pela série, podem ser lidos aqui.
Pabllo Vittar faz denúncia polêmica sobre “censura” para “bombar” clipe
Pabllo Vittar está denunciando uma curiosa “censura” no YouTube. Em tempos de Bolsonaro, basta dizer “é o lobo” para todos se mobilizarem. Mas o cantor drag queen – que, é bom frisar, mantém identidade social masculina – pode ter errado de tom, ao fazer uso de vitimização como estratégia de marketing. Vittar gravou um Stories no Instagram para alertar seus seguidores: “Como vocês viram ontem, meninas, recebemos uma restrição de idade no clipe de ‘Parabéns’ porque estou lá segurando um copo de vodka. Sendo que já havia uma mensagem lá dizendo ‘beba com moderação’. E mesmo assim eles quiseram restringir para maior de idade”, ele disse, em seu relato. Assumindo pose de vítima, Vittar afirmou que a censura aconteceu por ele ser drag queen. “A gente sabe também que há vários videoclipes muito mais nocivos no YouTube, com conteúdos muito mais explícitos e não são restritos, não são banidos. Nem sequer são lembrados. Mas atacam a drag queen”, teorizou. Em seguida, pediu para que os fãs ajudassem a fazer o clipe bombar mesmo com esse problema imposto pelo Youtube. “Vamos fazer de ‘Parabéns’ uma das músicas deste Carnaval querendo ou não. Diga não à censura seletiva, gente! E quero que vocês saibam que isso não vai ficar assim. Eu vou recorrer na justiça. Vou ter o meu clipe de volta”, completou. Diante da acusação, o YouTube se pronunciou, deixando claro o equívoco de Vittar. “O conteúdo do vídeo não viola as políticas do YouTube e foi enviado com restrição de idade pelo usuário que fez o envio. Configurações de restrição de idade podem ser editadas pelo YouTube Studio. Se precisar, estamos aqui para ajudar! Arrasa”, informou a plataforma. Ou seja, segundo o YouTube, a iniciativa de estabelecer uma classificação etária – e não “censura” – partiu de quem postou o vídeo. Muito provavelmente da própria gravadora do cantor. Fez mais: ainda se colocou a disposição para ensinar como mudar a classificação nas configurações. Mas Vittar não apagou os posts em que pede para o público ajudar a “bombar” o clipe, para transformar “Parabéns” em hit de carnaval. Em outro post, incentivou os seguidores a aumentarem a visualização do vídeo, acusando: “Essa censura seletiva tem que acabar”. Embora o governo federal e algumas prefeituras realmente tenham transformado ataques à comunidade LGBTQIA+ e à liberdade de expressão em “política cultural”, não parece ser este o caso do clipe do cantor. O vídeo em questão não traz Vittar apenas “segurando um copo de vodka”. “Parabéns” é uma propaganda assumida de vodka, com closes (plural) na marca e com uma direção de arte estudada para refletir as cores da embalagem do produto. Trata-se sim de um comercial de bebida, como a Pipoca Moderna apontou por ocasião de seu lançamento em outubro passado. E nem foi o primeiro da carreira de Vittar. Em 2018, o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) reforçou as restrições a comerciais de bebidas no Brasil, para incluir também as redes sociais e influenciadores digitais. Um dos pontos destacados foi justamente o fato de que “as mensagens são destinadas unicamente a adultos”. O comunicado ainda apontou que as plataformas digitais que fizerem esse tipo de comercial “deverão conter dispositivo de acesso seletivo, de modo a evitar a navegação por menores”. Portanto, se a gravadora de Vittar resolveu acatar a orientação do CONAR, não se trata de “censura”, mas observância da regulamentação que vale para todos os “influencers” – sem exceção para aqueles que são “drag queens”. Há tempos os clipes de Vittar são comerciais ambulantes de vários produtos. Se servem para incentivar consumo de mercadorias voltadas ao público adulto, devem estar sujeitos à regulamentação. A solução é simples: deixar os clipes promoverem apenas as músicas do artista. Mas Vittar não faz essa distinção e já está trabalhando com outro fabricante de bebida, desta vez refrigerante, num novo “clipe”. Como o YouTube não teve realmente nada a ver com a classificação etária de “Parabéns”, a suspeita de uma ação do CONAR passou a motivar uma mobilização online. “O clipe de ‘Parabéns’, lançado pelo cantor e drag queen brasileiro Pabllo Vittar, está sendo alvo de perseguição pelo CONAR. Existem diversos vídeos de outros artistas, majoritariamente heterossexuais, que contêm publicidade de marcas de bebidas alcoólicas (destilados) e que não foram notificados pelo CONAR. Exigimos, através desta petição, a retirada da restrição sobre o hit de Pabllo Vittar, pois o ato é visivelmente homofóbico. Caso contrário, que a restrição seja APLICADA A TODOS!”, diz o texto de um abaixo-assinado na plataforma Avaaz. A petição sugere que existem outros clipes com publicidade de bebida que não sofreram as mesmas restrições. De fato, é possível encontrar clipes do gênero no YouTube disponíveis para menores. “Make It Hot”, mais recente parceria entre Anitta e Major Lazer, é até mais explícito, ao mostrar o rótulo de uma garrafa em mega-close nos primeiros segundos de exibição. Também deveria ter classificação etária. Há até o caso de “Viaja na Skol Beats”, de MC Maiquinho, que identifica o produto no título da canção. Mas esses e outros precisariam ser denunciados para serem analisados pelo conselho. Interessados, podem tomar a iniciativa. O CONAR ainda não comentou o caso de “Parabéns”. Houve realmente uma reunião em dezembro sobre o vídeo, com anotação de decisão por “unanimidade”, mas até o momento ela não foi explicada nos relatórios de “Decisões” publicados no site oficial do conselho. O que há registrado é uma contestação de fevereiro do ano passado, em que a organização abriu representação ética contra uma ação publicitária feita pela cerveja Skol no clipe da canção “Seu Crime”. Na ocasião, a queixa foi sobre a idade de Vittar, que na época dizia ter 24 anos. Comerciais de bebida só podem ser feitos por maiores de 25 anos no Brasil. Vittar revelou que, na verdade, era mais velho do que dizia. E o clipe foi mantido no ar. Está lá na página do YouTube do cantor, inclusive para menores. Vale lembrar que, anteriormente, o CONAR deu parecer favorável – e unânime – para a exibição sem classificação etária de campanhas da Natura, do Boticário e do bombom Sonho de Valsa, que enfrentaram protestos conservadores por incluírem beijos LGBTQIA+. E que nenhum outro clipe de Vittar sofreu restrição. Estão todos disponíveis para menores. Nem sequer o clipe “censurado” saiu do ar. “Parabéns” já acumula mais de 50 milhões de visualizações. Por outro lado, existem várias peças, exposições, filmes e séries enfrentando homofobia e censura reais, impedidos de ser produzidos ou assistidos no Brasil. Pabllo Vittar se pronunciou sobre o ocorrido que aconteceu ontem com o clipe de “Parabéns” no YouTube. #DigaNãoACensuraSeletiva! pic.twitter.com/IqCYGgzK3M — Pabllo Daily (@PablloDailyV) January 21, 2020 Ver essa foto no Instagram PARABÉNS SEM RESTRIÇÃO JÁ! continuem assistindo o clipe vittarlovers e ouvindo nas plataformas, essa censura seletiva tem que acabar. Uma publicação compartilhada por Pabllo Vittar ✨ (@pabllovittar) em 21 de Jan, 2020 às 4:00 PST
Globoplay alfineta comercial de Bruno Gagliasso na Netflix
A Globoplay devolveu uma alfinetada na Netflix, depois que Bruno Gagliasso gravou um comercial fazendo teste para entrar numa série da plataforma. No vídeo, ele se dizia disposto a fazer qualquer papel, “não sendo novela” – numa referência a seus últimos personagens televisivos, que não o agradaram, nem à crítica. A gravação foi realizada para promover a assinatura de contrato do ator para estrelar duas produções em streaming. Mas a Globoplay não deixou passar batido, respondendo, de forma bem-humorada que “Tá liberado fazer séries e novelas por aqui”. O texto ainda acrescenta: “A boa notícia é que eu tenho os dois”, e inclui fotos de Gagliasso em vários papéis desempenhados na rede Globo. O ator começou a carreira profissional aos 17 anos e atuou em 15 novelas, 4 peças e 4 filmes. Destaque para o esquizofrênico Tarso Cadore em “Caminho das Índias” (Globo, 2009), o assassino em série Eduardo Borges da minissérie “Dupla Identidade” (Globo, 2014) e o vilão Timóteo Cabral de “Cordel Encantado” (Globo, 2011). Sua premiada carreira – são mais de 20 nomeações – incluem duas estatuetas do Emmy por “Caminho das Índias” e “Joia Rara”. Veja abaixo a resposta da Globoplay e clique aqui para lembrar como a provação começou. Ufa! Tá liberado fazer séries e novelas por aqui. A boa notícia é que eu tenho os dois. pic.twitter.com/v2eRmexqQZ — globoplay (@globoplay) December 12, 2019
Celebridades aleatórias viram garotas-propagandas de filmes e séries no Brasil
Os estúdios e canais brasileiros têm investido cada vez mais em peças promocionais que destacam participações de celebridades para promover seus produtos. A nova tendência publicitária foi evoluindo nos últimos anos, até chegar aos “depoimentos” e “reações” de famosos aleatórios sobre um filme ou uma série, sem que tenham qualquer relação com o produto – e nem com o universo abordado. O exemplo mais recente é um vídeo da Disney, que reúne Whindersson Nunes, Malena, Natalia Bridi e Lucas Lima “demonstrando o amor que sentem pela saga” “Star Wars” e “suas expectativas para ‘StarWars: A Ascensão Skywalker””. As aspas são da página oficial do vídeo no YouTube. Qual a importância da opinião desse quarteto para os fãs da saga? Eles não estão no filme. Não viram o filme. Mas são “influencers”, balaio em que cabem todas as graduações de famosidades a quem as agências recorrem – sabia que existem mais de 1 milhão de “influencers” mapeados no Brasil? – , enquanto ignoram sites e publicações “especializadas” que focam simplesmente… o público-alvo do produto. A culpa, aparentemente, é das campanhas bem-sucedidas da Netflix, que começaram a incluir famosos em comerciais de suas séries. Há dois anos, um vídeo de “Orange Is the New Black” chegou a juntar Valesca Popozuda, Inês Brasil e Narcisa Tamborindeguy. Vale ainda citar, como ponto alto da tendência, um revival do “Xou da Xuxa”, dos anos 1980, na divulgação de “Stranger Things”. Era criativo. Virou apelativo com a ideia da Sony de incluir Sergio Mallandro em “MIB: Homens de Preto – Internacional”. Até a própria Netflix parece não saber mais o fazer, colocando Larissa Manoela para “reagir” à 2ª temporada de “Elite”. A virada, porém, aconteceu no YouTube da Fox Premium, que lançou uma “série” de vídeos em que YouTubers sortidos “comentam” “The Resident” e aceitam “desafios” relacionados à série – como “desenhar um fígado” ou jogar um game relacionado à medicina. “Super-relevante”. O que vocês acham? É de bom gosto? Melhor continuar pagando “influencers” aleatórios? Afinal, alguém tem que ficar com a verba dos estúdios, que nunca vem para os verdadeiros influenciadores: os sites e as publicações especializadas.
Elliott e E.T. se reencontram após 37 anos em vídeo emocionante
A provedora americana de internet e TV paga Xfinity promoveu neste Dia de Ação de Graças (28/11) um emocionante reencontro entre E.T. e seu velho amigo Elliott, após 37 anos. Um comercial de 4 minutos voltou a trazer o ator Henry Thomas ao papel do menino gentil que salvou o pequeno extraterrestre em 1982. O tempo passou, Elliott se tornou adulto, mas o E.T. continua igual, uma fofura só. Novamente na Terra para uma visita rápida, o E.T. é apresentado à família do amigo. Elliott agora tem dois filhos, um deles muito parecido com ele próprio quando era criança, o que inicialmente confunde o extraterrestre. A filha, por sua vez, lembra a pequena Drew Barrymore. Várias cenas do clássico de Steven Spielberg são reencenadas no reencontro, mas a Xfinity aproveita para destacar sem sutilezas o que mudou desde que o E.T. caiu na Terra pela primeira vez: uma invenção chamada “internet”, que funciona com o logotipo da empresa. Ah, e óculos de realidade virtual. E cupcakes! O vídeo não tem legendas em português, mas é possível entendê-lo facilmente. Veja abaixo.
Pabllo Vittar volta a transformar clipe em propaganda de bebida
A cara de pau de Pabllo Vittar merece mesmo parabéns, título de seu novo vídeo. Vendido como clipe, na verdade o vídeo de “Parabéns” vende produto de beleza e vodka, a música é só a trilha sonora do comercial. A direção de publicidade até adequou o cenário das gravações à cor dos produtos, conformando-se em ser uma embalagem comercial. Trata-se do cúmulo de uma tendência que já virou corriqueira nos vídeos de Vittar. Não por acaso, um de seus autoproclamados clipes foi até alvo de ação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que abriu representação ética contra o merchandising da cerveja Skol em “Seu Crime”. O Conar estabelece que qualquer pessoa que apareça em peças publicitárias divulgando bebidas alcoólicas deva ser (e aparentar ser) maior de 25 anos. Em todas as informações disponibilizadas na internet, a data de nascimento do artista consta como 1º de novembro de 1994. Mas Vittar apresentou documentos em que comprovaria ser mais velho. Enfim, agora postou outro anúncio de bebida em seu canal no YouTube. Música e anúncio têm participação de Márcio Victor, cantor do grupo de pagode baiano Psirico, o que é um detalhe… interessante, após ele se assumir gay. A direção é do próprio Vittar (que mantém identidade social masculina) em parceria com o coreógrafo Flávio Verne, e deve ter sido inspirada por “Fergalicious”, o clipe de 171 milhões de views em que Fergie também sai de um bolo.
Dior suspende campanha de perfume com Johnny Depp após polêmica nas redes sociais
A grife francesa Dior tirou do ar na sexta (30/8) uma campanha estrelada por Johnny Depp, após a reação negativa das redes sociais à associação de um perfume com nativos-americanos. A publicidade disparou entre os tópicos do Twitter devido à analogia feita entre índios e o nome da fragrância, “Sauvage”. “Estou impressionado com a insensibilidade racial idiota consistente das grandes corporações. Você pensaria que a Dior poderia pensar duas vezes antes de lançar uma fragrância ‘inspirada na cultura nativa americana’, nomear de Sauvage e trazer Johnny Depp como seu rosto. Como … NINGUÉM viu nada errado com isso?”, perguntou um usuário. “Dior, se você quiser ser autêntica, deve fazer um perfume chamado ‘Colonizador’, uma jornada profunda na alma colonial, em um território roubado”, atacou outro, com a hashtag #boycottdior anexada ao comentário. Uma das críticas foi feita pela atriz Kawennáhere Devery Jacobs (da série “American Gods”), que escreveu no Twitter: “Você está me dizendo que a Dior está lucrando com a cultura e a imagem indígena, e contratou JOHNNY DEPP para estrelar o anúncio de um perfume chamado SAUVAGE?! E achou que era OK?” A empresa argumenta que o anúncio não é racista ou faz apropriação cultural, pois os nativos-americanos estiveram envolvidos em criação para que o produto respeitasse suas crenças, cultura e tradição. Também alega que Depp se identifica como parte nativo-americano. O ator diz ter sangue indígena e foi adotado pelos Comanches na época em que filmou “O Cavaleiro Solitário” (2013), no papel do índio Tonto. Depp também protagonizou campanhas anteriores do perfume, mas elas não tinham ligação com nativos-americanos. O novo comercial trazia Depp tocando guitarra à beira de uma fogueira no deserto, enquanto um nativo-americano dança ao fundo. Mas a campanha tem outras imagens e ainda inclui a atriz Tanaya Beatty (de “Crepúsculo”), descendente da nação Da’Naxda’xw. Diante da repercussão, a Dior apagou os tuítes com teasers sobre o produto e o vídeo do comercial, disponibilizado no YouTube. O lançamento oficial da campanha estava marcado para domingo (1/9).









