Uzo Aduba vai estrelar nova versão da série Em Terapia
O canal pago americano HBO resolveu retomar a série “Em Terapia” (In Treatment), que tinha abandonado há dez anos. A atração vai ganhar uma 4ª temporada, que terá Uzo Aduba como nova psicanalista. O papel marcará o primeiro trabalho como protagonista da atriz, que já venceu o prêmio Emmy por dois desempenhos de coadjuvante, nas séries “Orange Is the New Black” e “Mrs. America”. A ideia é começar a gravar os episódios ainda em 2020 para um lançamento em 2021. Para quem já esqueceu, a antiga versão do programa, exibida entre 2008 e 2010, acompanhava o ator Gabriel Byrne como o psicanalista Paul, que lidava com seus pacientes e com sua vida pessoal ao longa de diversas sessões. Na 4ª temporada, a Dra. Brooke (Aduba) vai lidar com três novos pacientes em episódios de 30 minutos. Enquanto a nova versão “In Treatment” (título original) segue sem previsão de estreia, a versão brasileira da série segue sendo produzida pela Globoplay. Também chamada de “Em Terapia”, a atração nacional está na 4ª temporada e é atualmente estrelada por Selton Mello (“O Mecanismo”) e Morena Baccarin (“Gotham”). Ambas as séries são baseadas na produção israelense “BeTipul”, criada em 2005 e que durou só duas temporadas.
O Amante Duplo: Suspense erótico de François Ozon ganha trailer americano
O suspense “O Amante Duplo” (“L’Amant Double”), novo trabalho do diretor francês François Ozon (“Uma Nova Amiga”), ganhou seu primeiro trailer para o mercado norte-americano. A prévia reforça os elementos eróticos da trama, em que Marine Vacth é envolvida por um homem e manipulada, ao mesmo tempo em que destaca elogios da crítica e a comparação com obras de Brian de Palma e David Cronenberg. Vacth já tinha trabalhado com Ozon em “Jovem e Bela” (2013), e agora interpreta uma jovem frágil que se apaixona pelo seu psicanalista, vivido por Jérémie Renier (“Potiche”). Mas ela não demora a perceber que o seu amante está escondendo parte de sua identidade. O filme teve sua avant-premiére mundial no Festival de Cannes do ano passado e estreou nos cinemas franceses logo em seguida, mas só vai ganhar lançamento comercial nos EUA em fevereiro. O Brasil será o último país do mundo a exibir a produção, com estreia marcada apenas para 21 de junho.
François Ozon leva o thriller erótico ao limite ginecológico no Festival de Cannes
Um dos filmes mais esperados pela crítica francesa no Festival de Cannes, o thriller erótico “L’Amant Double”, novo longa de François Ozon (“Frantz”), dividiu opiniões, chegando a chocar o público normalmente blasé. Arrancando arroubos de “genial” e “lixo”, no mínimo deixou uma impressão forte. Não foi por acaso que a primeira foto divulgada pela produção trazia seus atores nus. Aquela era uma cena tímida do filme, como demonstrou o primeiríssimo take da produção: um close-up ginecológico da protagonista, a corajosa Marine Vacht, que o próprio Ozon lançou em Cannes em 2013, no drama “Jovem e Bela”. Assim como naquele filme, “L’Amant Double” também aborda perturbações da mente feminina. Na trama, Vacht procura um psicólogo para deixar de somatizar suas angústias, que lhe causam dores constantes. As sessões são tão boas que ela se apaixona e planeja se casar com o médico, vivido pelo belga Jérémie Renier, presença constante nos filmes dos irmãos Dardenne. Mas ele esconde a existência de um irmão gêmeo sedutor, também terapeuta. E a descoberta precipita na jovem uma obsessão. Na entrevista coletiva, Ozon disse que se divertiu testando até onde poderia levar o gênero do thriller erótico, que ele já tinha visitado em “A Piscina” (2003). “Eu vinha de uma experiência com uma narrativa mais tradicional (o drama de época ‘Frantz’), então foi natural me voltar para o filme de gênero, o thriller erótico, e brincar com os seus códigos. Sempre procuro não me repetir”, explicou o diretor. Sobre a cena inesquecível que abre o longa, o diretor assumiu que quis mostrar algo diferente e provocador de imediato, uma imagem que não tinha visto com tanto destaque numa tela grande de cinema. “Como menino, eu não fui a clínicas ginecológicas. E ainda sou um menino curioso”, comentou. Na tela, a imagem explícita rapidamente se funde com outro close, do olho lacrimejante da protagonista. O efeito desconcertou o público, rendendo aplausos e gargalhadas nervosas. “É uma forma de estabelecer de cara as intenções do filme, que fala de uma mulher curiosa e cheia de emoções aprisionadas dentro de si”, explicou pacientemente Ozon. “Ao mostrar a genitália e os olhos da personagem, estamos abrindo o jogo desde o início sobre o caminho que estamos seguindo, que é descobrir o que acontece com o corpo e a mente dessa mulher”. E que viagem revela este caminho, repleta de perversões sexuais que o presidente do júri do festival deste ano, Pedro Almodóvar aprovaria – como demonstram filmes como “Kika” (1993) e “A Pele que Habito” (2011). Mas as principais influ~encias são thrillers de Brian De Palma (“Vestida para Matar”) e Peter Cronenberg (“Gêmeos – Mórbida Semelhança”). O próprio Ozon assumiu suas influências. “Eu amo a forma como De Palma desconstrói o thriller e como ele se diverte brincando com os códigos do gênero”, disse Ozon, acrescentando: “Cronenberg também”. “Eu sou um cineasta cinéfilo, então eu acho que não são necessariamente coisas específicas que me influenciam, mas um conjunto de elementos do meu inconsciente”, acrescentou. Mesmo assim, a semelhança com “Gêmeos – Mórbida Semelhança” é a mais óbvia da trama. Ozon confessou que quis rever o filme de Cronenberg para se distanciar dele, antes de começar a filmar. “Eu me vi forçado a rever o filme de Cronenberg. A diferença é que em ‘Gêmeos’, a história é contada do ponto de vista dos irmãos. A minha é contada da perspectiva da vítima deles”, adiantou, quase dando spoiler.
Novo suspense de François Ozon, selecionado para o Festival de Cannes, ganha primeiro trailer
A Mars Films divulgou o pôster e o primeiro trailer de “L’Amant Double”, novo suspense do diretor francês François Ozon (“Uma Nova Amiga”), que vai disputar a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2017. A prévia é bastante tensa, mostrando Marine Vacth manipulada e revidando. Vacth já tinha trabalhado com Ozon em “Jovem e Bela” (2013), e agora interpreta uma jovem frágil que se apaixona pelo seu psicanalista, vivido por Jérémie Renier. Mas ela não demora a perceber que o seu amante está escondendo parte de sua identidade. Por sua vez, esta é a terceira parceria de Renier com o cineasta, após “Les Amants Criminels” (1999) e “Potiche – Esposa Troféu” (2010). “L’Amant Double” terá sua premiére mundial no Festival de Cannes e estreia nos cinemas franceses logo em seguida, no dia 26 de maio. Ainda não há previsão para seu lançamento no Brasil, mas vale lembrar que o filme anterior de Ozon, “Frantz”, premiado no Festival de Veneza, permanece inédito nos cinemas brasileiros, previsto apenas para junho.
Primeira foto do novo thriller de François Ozon traz os protagonistas nus
O premiado cineasta francês François Ozon (“Uma Nova Amiga”) divulgou no Twitter a primeira foto do seu próximo filme, o thriller erótico “L’Amant Double”, protagonizado por Jérémie Renier e Marine Vacth. Na imagem ousada, os dois aparecem nus, no que aparenta ser uma sessão de terapia. Vacth, que já tinha trabalhado com Ozon em “Jovem e Bela”, interpreta uma jovem frágil que se apaixona pelo seu psicanalista, Paul (Renier). Porém, após algum tempo, a jovem vai perceber que o seu amante está escondendo parte de sua identidade. Renier tem o papel do psicanalista, em sua terceira colaboração com o cineasta, após “Les Amants Criminels” (1999) e “Potiche – Esposa Troféu” (2010). “L’Amant Double” deve estrear neste ano num dos grandes festivais europeus de cinema, Cannes ou Veneza.
Desculpe o transtorno, mas sete filmes nacionais estreiam nesta semana
Um terror é o principal lançamento no circuito nacional pela segunda semana consecutiva. Retomando a franquia que popularizou a estética dos vídeos encontrados (found footage) em 1999, “Bruxa de Blair” dará sustos no escuro de 734 cinemas pelo Brasil. A continuação acompanha uma nova equipe de documentaristas na floresta onde os integrantes do filme original desapareceram, e foi rodado em segredo por Adam Wingard (“Você É o Próximo”), um dos diretores mais incensados da nova geração do terror/suspense. A surpresa dividiu opiniões, com 53% de aprovação no site Rotten Tomatoes – bem melhor que a primeira sequência, lançada em 2000 com apenas 13%. O segundo filme americano nos shoppings é “Conexão Escobar”, que traz Bryan Cranston (série “Breaking Bad) como um agente da alfândega que enfrenta o cartel do narcotraficante colombiano Pablo Escobar. Chega em 119 salas após implodir nas bilheterias dos EUA e sem ter gerado um terço do hype da série “Narcos” sobre o mesmo tema. Mas a crítica gringa gostou (67% de aprovação). De todo modo, o que chama atenção na semana é a quantidade de estreias nacionais. São nada menos que sete longas: dois documentários e cinco obras de ficção, com destaque para um drama adolescente absolutamente imperdível. Apesar disso, apenas um dos lançamentos conta com distribuição ampla. “Desculpe o Transtorno” leva a 318 telas a tentativa de Gregório Duvivier emplacar como protagonista de comédia romântica, na esteira do colega de Porta dos Fundos Fábio Porchat. Nesta missão, ele contou com ajuda dos incautos que tornaram viral um texto de propaganda, publicado em sua coluna num grande jornal, supostamente como declaração de amor à ex-esposa, que, “por coincidência”, é seu interesse amoroso no filme. Houve quem achasse o texto profundo. Mas a comédia não passa de uma versão besteirol de “O Médico e o Monstro”, em que Duvivier faz o público sofrer com suas duas personalidades, um estereótipo de paulista e um clichê de carioca. O roteiro foi escrito por Adriana Falcão e Tatiana Maciel, que assinaram juntas “Fica Comigo Esta Noite” (2006), e a direção é de Thomas Portella, que retorna ao humor de sua estreia, “Qualquer Gato Vira-Lata” (2011), após o terror banal “Isolados” (2014) e o ótimo policial “Operações Especiais” (2015). O contraste é brutal com o outro lançamento do gênero, “Turbulência”, que chega em apenas quatro salas no interior do Rio. Acompanhando os encontros e desencontros de dois casais, o filme tem uma história de aeroporto como pano de fundo, como em “Ponte Aérea” (2014), mas é muito amador, com elenco de coadjuvantes de novela, cenografia “Casas Bahia”, falta de timing humorístico e tom histérico permanente. A equipe vem da produção de séries da TV Rio Sul, braço da Globo no interior carioca, e é sub-Globo em tudo. Igualmente televisivo, “Os Senhores da Guerra” tem ambição épica, porém suas cenas de batalha são encenadas como minissérie da Globo – ou, no caso, da RBS TV, cujo padrão é bem mais elevado que o da TV Rio Sul. Assim como nos longas anteriores de Tabajara Ruas (“Netto Perde Sua Alma”), a produção foca conflitos históricos do Rio Grande do Sul, desta vez a Revolução Federalista do século 19. A carga dramática ganha contornos folhetinescos com a divisão política de uma família, que coloca irmão maragato contra irmão ximango. A distribuidora não revelou o circuito, mas o lançamento chega, além do RS, ao menos em São Paulo. Também rodado no Sul do país, “Lua em Sagitário” é um drama adolescente que acompanha uma garota entediada com seu cotidiano, numa cidadezinha catarinense na fronteira com a Argentina. Em busca de novidades, ela descobre o amor, o rock e os últimos hippies brasileiros. Um deles, claro, é Sergei. A outra é a recém-falecida Elke Maravilha, em seu derradeiro papel. Mas vale prestar atenção na jovem protagonista, a estreante Manuela Campagna, que passa meiguice extrema. Com vivência em documentários, a diretora Marcia Paraiso faz uma boa estreia na ficção, apesar de alguns problemas de dicção de seu elenco. Já o melhor da lista é, disparado, “Mate-me por Favor”, filme de estreantes, que mesmo assim rendeu os prêmios de Melhor Atriz e Direção para a Valentina Herszage e Anita Rocha da Silveira, respectivamente. Interessante como as melhores estreias da semana são dois primeiros filmes de novas diretoras, focados em adolescentes e sem atores globais. “Mate-Me por Favor”, inclusive, seguiu carreira internacional, exibido nos festivais de Veneza, Munique, IndieLisboa e SXSW, arrancando elogios da imprensa internacional – mas não foi submetido à comissão do Oscar. Escrito pela própria diretora, “Mate-me por Favor” explora medo e desejo, manifestando as pulsões de eros e thanatos na descoberta da sexualidade de um grupo de adolescentes numa região violenta, marcada pelo assassinato de meninas da sua idade, com reflexo na repressão feminina. Redondinho, rende várias leituras, prende a atenção do começo ao fim e já tem lugar garantido na seleção de melhores do ano da Pipoca Moderna. Mas pode ser difícil vê-lo, pois a distribuição é limitada e não teve seu circuito divulgado. Por falar em pulsão, há ainda um documentário nacional, “Hestórias da Psicanálise – Leitores de Freud”, que chega em 20 telas, dedicado a refletir a leitura de Sigmund Freud no Freud. Bem feito e convencional. O outro documentário é parte ficção. “Olympia” reflete sobre a realização das Olimpíadas no Rio e seu impacto, repisando o pisoteado tema da corrupção. O diretor Rodrigo Mac Niven (“O Estopim”) parte da construção do campo de golfe num terreno de reserva ambiental, mas o escândalo se passa numa cidade fictícia chamada Olympia, onde as pessoas nascem com asas, que logo são cortadas. A alegoria dilui a denúncia, colateralmente lembrando que no Rio tudo inspira carnaval. A programação se completa com dois lançamentos europeus em circuito limitado. Apesar da popularidade dos personagens, a animação espanhola “Mortadelo & Salaminho – Em Missão Inacreditável” estará disponível em cerca de 20 salas com exclusividade na rede Cinépolis. A produção usa computação gráfica para dar novas dimensões à obra clássica de Francisco Ibáñez e terá, inclusive, algumas exibições em 3D, mas seu humor não reflete a graça dos quadrinhos originais. Por fim, o francês “Meu Rei” chega a oito salas do Rio de Janeiro. Sorte dos cariocas, pois é o melhor filme internacional da semana. Dirigido pela bela atriz, que virou brilhante cineasta Maïween (vejam também “Polissia”), acompanha um romance que se torna um relacionamento abusivo, com cenas de amor e violência doméstica, estendendo-se por anos. Emmanuelle Bercot foi premiada como Melhor Atriz do Festival de Cannes por seu papel, e o elenco ainda inclui Vincent Cassel e Louis Garrel – todos, mais a diretora, indicados ao César, o “Oscar francês”. A expectativa é que o circuito se expanda nas próximas semanas para outras cidades.




