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    29 autores da Globo assinam manifesto contra Regina Duarte

    13 de maio de 2020 /

    Regina Duarte trocou mais de meio século de aplausos, obtidos por sua carreira como atriz televisiva, por vaias pelo desempenho à frente da secretária de Cultura do governo Bolsonaro. E tudo indica que se trata de caminho sem volta. Pelo menos na Globo, onde exerceu a maior parte de seus trabalhos como atriz, ela tem as portas fechadas. Sua entrevista polêmica para a CNN Brasil acabou com o prestígio que possuía entre os teledramaturgos da empresa. Ao todo, 29 autores de novelas e séries da emissora assinaram a nota de repúdio lançada na semana passada contra as declarações feitas pela atriz na semana passada. A carta divulgada no sábado (9/5) reuniu atores, cantores, intelectuais, produtores, diretores e também vários roteiristas. “Como artistas, formamos a maioria que repudia as palavras e as atitudes de Regina Duarte como Secretária de Cultura. Ela não nos representa”, diz trecho do texto assinado por nomes importantes da Globo, como Alcides Nogueira, Geraldo Carneiro, Bia Corrêa do Lago, Maria Adelaide Amaral, Lícia Manzo e Vincent Villari, responsáveis pelas novelas mais recentes da mãe de Gabriela Duarte na rede carioca. Por sinal, o número de artistas que assinaram o manifesto contra a entrevista da ex-atriz disparou. Lançado com 500 nomes, em poucos dias o abaixo-assinado recebeu 5 mil assinaturas de integrantes contrariados do setor cultural. Entre os ex-colegas de trabalho de Regina, assinam o documento Adriana Esteves, Alice Braga, Ana Lúcia Torre, Cauã Raymond, Malu Mader, Marcelo Serrado, Marieta Severo, Marisa Orth, Miguel Falabella, Monica Iozzi, Paulo Betti, Renata Sorrah, Selton Mello, Alinne Moraes, Andréa Beltrão, Camila Pitanga, Debora Bloch, Débora Falabella, Elisa Lucinda, Julia Lemmertz, Malu Mader, Marieta Severo, Patrícia Pillar, Regina Braga, Renata Sorrah, Vladimir Brichta e Zezé Motta, entre outros. Ela também tem sido criticada publicamente por atores famosos da Globo, como Fabio Assunção e até Lima Duarte, seu par na famosa novela “Roque Santero”, dos anos 1980.

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    Rodrigo Santoro homenageia cinema brasileiro e artistas mortos em tempos de coronavírus

    11 de maio de 2020 /

    O ator Rodrigo Santoro publicou no Instagram um homenagem para o cinema brasileiro e os artistas mortos durante a pandemia do novo coronavírus. Em um vídeo chamado “O Povo Brasileiro”, Santoro aborda a situação da pandemia atual com uma narração que entrelaça títulos de filmes nacionais para incentivar a arte e a esperança. “Esses filmes representam parte da identidade brasileira. Não caberiam todos aqui. Foram feitos por nós para que o mundo pudesse testemunhar. Artistas, técnicos, produtores, músicos que cuidam das trilhas, enfim, tantos brasileiros contribuindo para escrever a nossa história ao longo do tempo. E isso ninguém vai poder apagar”, escreveu o ator ao lado do vídeo. Ao final, imagens dos artistas brasileiros recentemente falecidos, como Moraes Moreira, Ciro Pessoa e Rubens Fonseca, são lembradas e enaltecidas. A publicação contrasta como o silêncio da secretária de Cultura Regina Duarte sobre as mortes dos artistas. Em entrevista à CNN Brasil, ela disse que não era “obituário” para justificar sua falta de manifestação pública. Falta humanidade ao governo que ignora mortes e usa o lema nazista do Holocausto (“o trabalho liberta”) para promover ações que podem deflagrar genocídio de brasileiros em tempos de coronavírus. Ver essa foto no Instagram Esses filmes representam parte da identidade brasileira. Não caberiam todos aqui. Foram feitos por nós para que o mundo pudesse testemunhar. Artistas, técnicos, produtores, músicos que cuidam das trilhas, enfim, tantos brasileiros contribuindo para escrever a nossa história ao longo do tempo. E isso ninguém vai poder apagar. São a nossa herança, assim como "a esperança equilibrista" de Aldir, o "ficou tudo lindo de manhã cedinho" de Moraes, as palavras precisas e potentes de Rubem, o sorriso terno de Daisy, as aventuras intrépidas do Tio Maneco (Flávio querido), o som de Ciro, as obras de arte “só para baixinhos” de Azulay… e os que ainda seguem fazendo o que é belo e potente no nosso país🌻 #PatrimônioBrasileiro Uma publicação compartilhada por Rodrigo Santoro (@rodrigosantoro) em 9 de Mai, 2020 às 9:28 PDT

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    Mais de 500 artistas assinam manifesto contra Regina Duarte: “Ela não nos representa”

    10 de maio de 2020 /

    Um grupo formado por mais de 500 artistas, intelectuais e produtores culturais divulgou um manifesto de repúdio à Regina Duarte, secretária nacional de Cultura do governo Jair Bolsonaro. O texto reuniu assinaturas de atores, cantores, compositores, escritores, roteiristas, cineastas, artistas plásticos, fotógrafos e dançarinos em reação à polêmica entrevista da ex-atriz para a CNN Brasil, em que ela justificou muito mal a ausência de manifestações oficiais por ocasião de mortes de artistas ilustres, minimizou a ditadura militar brasileira, a tortura praticada no período, a crise sanitária do coronavírus e teve um chilique, interrompendo a entrevista, quando a emissora mostrou um vídeo enviado pela atriz Maitê Proença pedindo soluções para a classe artística em meio à pandemia. O grupo de artistas declara que faz parte da maioria que defende a democracia e apoia a independência das instituições para fazer valer a Constituição de 1988, pede respeito aos mortos e àqueles que “lutam pela própria sobrevivência no país devastado pela pandemia e pela nefasta ineficiência do poder público”, acrescenta que “não tolera os crimes cometidos por qualquer governo, que repudia a corrupção e a tortura e que não deseja a volta da ditadura militar”. O manifesto, com assinaturas de muitos antigos colegas da atriz na Globo, segue dizendo que não aceita “os ataques reiterados à arte, à ciência e à imprensa, e que não admite a destruição do setor cultural ou qualquer ameaça à liberdade de expressão”. E conclui afirmando: “Ela não nos representa.” Confira aqui a lista dos signatários e leia abaixo a íntegra do texto: “Brasil, 08 de maio de 2020 Somos artistas brasileiros e fazemos parte da maioria de cidadãs e cidadãos que defende a democracia e apoia a independência das instituições para fazer valer a Constituição de 1988. Fazemos parte da maioria que entende a gravidade do momento que estamos vivendo e pedimos respeito aos mortos e àqueles que lutam pela própria sobrevivência no país devastado pela pandemia e pela nefasta ineficiência do poder público. Fazemos parte da maioria de brasileiros que não tolera os crimes cometidos por qualquer governo, que repudia a corrupção e a tortura e que não deseja a volta da ditadura militar. Fazemos parte da maioria que não aceita os ataques reiterados à arte, à ciência e à imprensa, e que não admite a destruição do setor cultural ou qualquer ameaça à liberdade de expressão. Como artistas, intelectuais e produtores culturais, formamos a maioria que repudia as palavras e as atitudes de Regina Duarte como Secretária de Cultura. Ela não nos representa.”

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    Famílias de Aldir Blanc, Rubens Fonseca e Moraes Moreira desmentem Regina Duarte

    8 de maio de 2020 /

    As famílias de Aldir Blanc, Rubens Fonseca e Moraes Moreira desmentiram a secretária especial da Cultura, Regina Duarte, que na quinta (7/5), em sua polêmica entrevista à CNN Brasil, disse que, apesar de não ter se manifestado em público, tinha se comunicado diretamente com as famílias de falecidos ilustres da cultura brasileira. Regina Duarte não teria feito nenhum contato com eles. Parentes das três personalidades receberam mensagens frias e institucionais por Whatsapp e Twitter de Milton da Luz Filho, assessor da Secretaria Especial da Cultura em Brasília. As comunicações não tinham a assinatura de Regina Duarte e teriam surpreendido pelo tom “institucional”, “apesar das palavras bonitas”, de acordo com o porta-voz da família de Aldir Blanc. “A família ficou estarrecida com as declarações dela (Regina Duarte) na entrevista”, acrescentou o porta-voz, em entrevista à BBC News Brasil. Regina vinha sendo cobrada por colegas de classe pelo silêncio da Secretaria não só sobre a morte de Blanc, mas também de outros nomes da cultura brasileira. Na entrevista à CNN, ela argumentou que, em vez de homenagens públicas, tinha optado por enviar mensagens privadas às famílias e não por “papel timbrado” da Secretaria Especial de Cultura. Assim como Bolsonaro já tinha dito que não era coveiro para se manifestar sobre as mortes de brasileiros pelo coronavírus, Regina afirmou na entrevista que não era “obituário”, ao ser cobrada pela falta de pronunciamentos sobre os falecimentos. “Será que eu vou ter que virar obituário? Quantas pessoas a gente está perdendo? Teve uma semana que foram três. Tem pessoas que eu não conheço. Aldir Blanc eu admiro, mas não conheci.” “O país está cultuando a memória deles, não precisa da Secretaria de Cultura. Pode ser que eu esteja errando, vou me corrigir. Não fiz por mal, peço desculpas, falei com as famílias, lamentei a perda… Nessa hora a pessoa que está mais constrangida pela perda é a família, e eu queria falar com elas diretamente, não por um papel timbrado da Secretaria”, justificou a ex-atriz. Em vários países, não só secretários de Cultura, mas presidentes e primeiros-ministros se manifestam publicamente diante de perdas importantes. O registro público também é uma satisfação para as famílias, além de deixar claro o reconhecimento aos grandes artistas. A opção de fazer isso de forma privada sugere o contrário, que se trata de um reconhecimento envergonhado, escondido, nunca às claras, como se houvesse perseguição do governo até na morte a certas personalidades da arte. A filha do cantor Moraes Moreira, Maria Cecilia Moraes, disse que considerou a mensagem privada inadequada. “Agradecemos toda e qualquer manifestação de solidariedade diante da perda de nosso pai. No entanto, nos causa estranheza, e até mesmo um certo desconforto, que essa manifestação nos tenha chegado através de uma mensagem de WhatsApp, enviada por seu assessor no privado”, comentou ao jornal Folha de S. Paulo. Para ela, “a secretária fala em nome de um cargo público e de uma secretaria de Cultura que tem por função representar institucionalmente a cultura brasileira”. “O que temos a dizer é sobre nossa perplexidade quanto à ausência de qualquer manifestação pública dessa secretaria em relação a essa perda, que não é somente pessoal e familiar, mas, acima de tudo, uma perda para a cultura do Brasil.” Ainda muito abalada com a morte do pai, uma das filhas de Blanc, Patricia, foi além, ao desabar à BBC News Brasil que, após assistir trechos da entrevista de Regina Duarte à CNN Brasil, ficou “enojada”. Aldir Blanc, que morreu de covid-19 na última segunda-feira (4/5), aos 73 anos, foi autor de mais de 500 canções, entre elas “O Bêbado e a Equilibrista”, que compôs com João Bosco e que ficou famosa na voz da cantora Elis Regina. A canção atingiu o topo das paradas em 1979 e ficou conhecida como o Hino da Anistia, em um momento em que o Brasil caminhava para pôr fim à ditadura militar. Repleta de referências e metáforas, é considerada um clássico da música brasileira. Na entrevista concedida à CNN Brasil de seu gabinete em Brasília, Regina também minimizou a ditadura militar brasileira, a tortura praticada no período e teve um chilique, interrompendo a entrevista, quando a emissora mostrou um vídeo enviado pela atriz Maitê Proença pedindo soluções para a classe artística em meio à pandemia do novo coronavírus. Nas redes sociais, vários artistas, alguns ex-colegas de Regina, criticaram fortemente suas declarações. Em compensação, o ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, ficou “encantado” pela implosão ao vivo da ex-atriz. “Fiquei encantado com a Regina pela demonstração de humanismo, grandeza, perspicácia, inteligência, humildade, segurança, doçura e autoconfiança que nos transmitiu”, escreveu Villas Bôas no Twitter.

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    Maitê Proença se manifesta sobre chilique de Regina Duarte

    7 de maio de 2020 /

    A atriz Maitê Proença explicou, em live no Instagram, que queria apenas pedir a Regina Duarte para que ouvisse a classe artística, no vídeo que a secretária de Cultura fez questão de ignorar durante sua polêmica entrevista no canal pago CNN Brasil. Regina chegou a dar um chilique durante a entrevista, exibida ao vivo na tarde desta quinta (7/5), devido à mensagem gravada pela colega. No vídeo que Regina não quis ver, Maitê fez um desabafo. “A Cultura está perplexa com a falta de informação com o que tem sido feito: o proposto daquilo que foi prometido, o proposto. É inexplicável o silêncio sobre uma política para o setor. Nós estamos sobrevivendo de vaquinhas. Nesse túnel comprido, e sem futuro a vista para arte, que afinal, se faz juntando gente. Mas, afinal, até quando isso vai se sustentar. São muitos poucos os que têm reservas financeiras para milhares [de artistas] que estão à míngua. Enquanto isso, morrem os nossos gigantes: Rubens, Aldir… Nenhuma palavra de nosso presidente, de nossa secretária. Regina, eu apoiei desde o início o seu direito a posição que divergia da maioria. Regina, fala com a gente”, disse Maitê. Em sua live, Maitê explicou que era “um pedido para que ela converse com a classe dela, só isso”. “É o que ela devia ter feito. Ela não entrou ontem [no governo], está há dois meses. É hora de ter um plano, de conversar, de falar que está tentando e dar alguma satisfação”, continuou. Para Maitê, Bolsonaro demonstra não admirar a Cultura, porque fica falando que as artes roubam dinheiro com a Lei Rouanet. A atriz ainda lembrou que defendeu a colega de profissão em janeiro, dizendo que Regina “seria a melhor escolha para o comando da pasta”. “E achei realmente que, como gosto dela e a defendi para toda a classe, meti minha mão no fogo [na época]. A ponto das pessoas imaginarem que meu voto tinha ido para o mesmo lugar [para Bolsonaro], mas ainda assim ela não quis ouvir”, lamentou Maitê, afirmando ainda que Regina não ouviu direito seu recado e presumiu que fosse algo antigo. Isto, de fato, aconteceu. Regina Duarte deu chilique e ficou falando o tempo inteiro em que Maitê apareceu no vídeo, chegando a retirar o ponto do ouvido para não saber o que a colega tinha a dizer. Por incrível que pareça, esse não foi o comportamento mais triste da secretária de Cultura durante a entrevista. Antes de perder a compostura, ela também relativizou a tortura da ditadura militar, defendeu o período de exceção e chegou até a cantar uma música ufanista da época da repressão, sugerindo que aquele tempo era “gostoso”. As opiniões da ex-atriz deram força à hashtag #ForaRegina nas redes sociais. Criada por bolsominions que consideram Regina “esquerdista”, ela foi assumida por todos os demais espectros políticos do Twitter. Confira a entrevista polêmica aqui. E veja abaixo a íntegra do vídeo gravado por Maitê Proença para a CNN.

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    Após entrevista na CNN, #ForaRegina esfria na direita e esquenta em todo o resto

    7 de maio de 2020 /

    A campanha #ForaRegina, criada por bolsomions para fritar a “esquerdista” Regina Duarte na secretaria da Cultura, mudou de mãos. Após a polêmica entrevista da ex-atriz à CNN Brasil nesta quinta (7/5), os radicais extremo-bolsonaristas diminuíram o volume diário de críticas, demonstrando aprovação de sua fala, que relativizou a tortura da ditadura militar, defendeu o período de exceção, entoou música ufanista da época da repressão e completou com um chilique digno de Bolsonaro. Mas a tag voltou a subir nos trend topics, desta vez incentivada pelos demais usuários do Twitter, da direita não bolsonarista à esquerdistas autênticos. Até artistas entraram na campanha, como a veterana companhia teatral gaúcha Ói Nóis Aqui Traveiz. Repare abaixo. Para se diferenciar da tag da direita, também foram criadas as campanhas #ForaReginaDuarte e #ReginaALouca. Apareceu pra isso Regina?#ATAC #SomosTrabalhadorasDaCultura #SomosTodosTrabalhadoresDaCultura #forabolsonaro #foraregina #ditaduranuncamais https://t.co/sG8URD6ctC — Ói Nóis Aqui Traveiz (@oinois) May 7, 2020

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    Regina Duarte dá chilique em sua entrevista mais conturbada

    7 de maio de 2020 /

    A secretaria especial da Cultura, Regina Duarte, resolveu se alinhar totalmente com o governo Bolsonaro. Um dia após ter sido supostamente enquadrada pelo presidente, ela deu sua entrevista mais conturbada, com direito a imitar Bolsonaro até no modo de ficar indignada com a imprensa. A guinada (ainda mais) para a direita busca garantir sua permanência no cargo, apesar da campanha #ForaRegina, impulsionada por bolsonaristas mais radicais, permanecer firme nas redes sociais. Na entrevista ao jornalista Daniel Adjuto, da CNN, em seu gabinete em Brasília, a ex-atriz demonstrou ter adentrado de vez o mundo paralelo que só existe entre os bolsonaristas. O desempenho surreal pode até ter revertido a rejeição da minoria fanática, mas às custas de um provável aumento na rejeição entre profissionais da classe artística e principalmente dos brasileiros preocupados com a realidade, que ainda são maioria no país. “Demissão? Que demissão?”, chegou a dizer, teatralmente. “Lá fora, pelo menos, as pessoas parecem ter uma ansiedade em me verem fora. Falam ‘agora ela cai, agora ela cai’. Está um clima super bom, ele estava leve”, disse Regina, tratando como “ele” o peso-pesado do Planalto. Assim como fez o agora ex-Ministro da Saúde, ela descartou se demitir do governo de Jair Bolsonaro e anunciou que continua no cargo. Depois de 60 dias à frente da secretaria de Cultura, onde não fez nada, nem sequer emitiu notas sobre talentos brasileiros perdidos nos últimos dias, Regina Duarte finalmente disse o “sim” que Jair Bolsonaro queria ouvir. Como prova do alinhamento, a ex-atriz de 73 anos minimizou até as mortes causadas pela ditadura militar (1964-1985). “A humanidade não para de morrer. Se você fala em vida, tem morte. Stalin, quantas mortes? Hitler, quantas mortes? Não quero arrastar um cemitério de mortos nas minhas costas. Não desejo isso para ninguém. Sou leve, viva, estamos vivos, vamos ficar vivos”, afirmou. Regina repercutia uma crítica do ator Paulo Betti, que classificou como uma “perda muito grande” para a carreira profissional dela ter entrado no governo – que a revista científica britânica The Lancet acaba de definir como “maior ameaça” para a saúde do Brasil. “Acho essa coisa de esquerda e direita tão abaixo do patamar da Cultura. Apoio o governo porque acho que ele era e continua sendo o melhor. Se olhar pro retrovisor, vou dar trombada, olhar pra frente, ser construtivo e amar o país. Ficar cobrando coisas que aconteceram nos anos 60, 70, 80? Vamos embora pra frente? Pra frente Brasil… salve a seleção”. E começou a cantar a música que embalou a campanha da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970, contradizendo justamente o que acabara de dizer. Uma volta pra trás. Uma música da ditadura. O comentário superficial, que a trilha improvisada pendeu para esquizofrenia, ainda foi completado por uma analogia de aprovação da ditadura. “Não era gostoso cantar isso?” Constrangido, o entrevistador tentou argumentar que, no período da ditadura, muitas pessoas foram torturadas, censuradas e até mortas. “Se você falar vida, do lado tem a morte. Sempre houve tortura, censura. Sou leve, estou viva. Estamos vivo, vamos ficar vivos? Não vive quem fica arrastando cordéis de caixões”, ela retrucou. Até o âncora Reinaldo Gottino se manifestou diante da relativização das torturas. “Acho que a gente não pode minimizar a questão da ditadura, isso tem que ficar claro”, interferiu ele. Recusando-se a “carregar um cemitério”, ela também disse que a covid-19, que já matou mais de 8 mil pessoas no país, tem trazido “morbidez” aos brasileiros, que só falam sobre isso. Assim como Bolsonaro já tinha dito que não era coveiro, Regina afirmou que não era “obituário”, ao ser cobrada pela falta de pronunciamentos sobre os falecimentos de artistas ilustres. “Será que eu vou ter que virar obituário? Quantas pessoas a gente está perdendo? Teve uma semana que foram três. Tem pessoas que eu não conheço. Aldir Blanc eu admiro, mas não conheci.” “O país está cultuando a memória deles, não precisa da Secretaria de Cultura. Pode ser que eu esteja errando, vou me corrigir. Não fiz por mal, peço desculpas, falei com as famílias, lamentei a perda… Nessa hora a pessoa que está mais constrangida pela perda é a família, e eu queria falar com elas diretamente, não por um papel timbrado da Secretaria”, justificou a ex-atriz. Cobrada pela âncora Daniela Lima, ela afirmou: “Se eu estiver sendo cobrada significativamente por uma população que quer ser informada por cada óbito, eu abro um obituário. Não tem nenhum problema”. Em vários países, não só secretários de Cultura, mas presidentes e primeiros-ministros se manifestam publicamente diante de perdas importantes. O registro público também é uma satisfação para as famílias, além de deixar claro o reconhecimento aos grandes artistas. A opção de fazer isso de forma privada sugere o contrário, que se trata de um reconhecimento envergonhado, escondido, nunca às claras, como se houvesse perseguição do governo até na morte a certas personalidades da arte. Minimizando os problemas que enfrenta para nomear quem quer que seja para qualquer função, Regina disse que não sente “resistência do governo”. “Sinto resistência da burocracia, a dificuldade das coisas andarem. Uma nomeação leva quatro semanas, tem que passar por filtros, e filtros burocráticos, não é o que estão pensando”, ressaltou ela. Ao contrário da afirmação, há duas semanas Bolsonaro mandou demitir o pesquisador Aquiles Brayner, indicado por Regina para a diretoria do Departamento de Livro, Literatura e Bibliotecas. Ele caiu apenas três dias após sua nomeação, por não ter passado pelo filtro dos perfis radicais das redes sociais. Regina Duarte tampouco conseguiu nomear seu favorito ao posto de número dois da secretaria, o gestor público e produtor Humberto Braga, que igualmente foi alvo de uma campanha nas redes sociais com acusações de ser um “esquerdista” tentando se infiltrar no governo. Ela enfrenta resistência até às suas demissões. Afastado no dia da posse de Regina, o olavista Dante Mantovani, que acredita que rock é coisa do diabo, foi readmitido como presidente da Funarte por algumas horas na terça-feira (5/5). De manhã, virou novamente chefe da fundação, mas no fim do dia voltou a ser exonerado. Nenhum dos dois atos teve maiores explicações. Entre um e outro, um ex-assessor de Carlos Bolsonaro virou vice-presidente da Funarte sem que Regina soubesse. Na prática, Luciano da Silva Barbosa Querido agora é o presidente interino do órgão. A ex-atriz relativizou até seus problemas com olavistas, que diariamente pedem sua cabeça nas redes. “Eu evito me contaminar com as redes sociais. O presidente me avisou. Ele disse: ‘Tem certeza que você quer aceitar isso que eu estou te propondo? O jogo é muito pesado, você vai virar vidraça, vai levar muita pedrada’. Mas eu tenho minha consciência limpa. Se eu ficar longe, essas pedradas não vão me atingir. Eu tenho uma história, estou tranquila”, minimizou. Poliana, ela chega a ignorar até as críticas diretas do filósofo Olavo de Carvalho, consigliere de Bolsonaro, que já a atacou diversas vezes em seu Facebook. “Se existe, não chega até mim. Li dois livros [dele], no terceiro achei que tinha muito palavrão e parei de ler, não li mais. Não perdi o respeito. Mas não me interessei pelas coisas dele, fala muito palavrão, nomes feios”, rebateu, mostrando-se mais conservadora que o guru dos conservadores tupiniquins. Este método de fingir que não vê, não lê, não ouve e não quer saber foi colocado à prova durante a entrevista, com uma participação por vídeo de uma colega de Regina, a atriz Maitê Proença, que lhe dirigiu críticas à forma como estava conduzindo a pasta da Cultura. “Ai, eu não quero ouvir isso. Acho isso baixo nível. Vai botar uma fala dela?”, reclamou a secretária, que continuou falando durante toda a mensagem e teve o seu áudio cortado. Ela tirou o fone de ouvido com seu retorno e começou a sacudi-lo no ar, em protesto. “Eu não queria ouvir. Vocês estão me obrigando?”, brigou ela assim que seu áudio voltou. “Agora nós estamos ouvindo a senhora”, informou Daniela. “Obrigada! Precisei dar um chilique aqui”, ironizou Regina. “Pra quê [ver o vídeo]? Vai ficar desenterrando mensagem da Maitê Proença de dois meses atrás? Pra que isso? Quem é você? Desculpe, eu não quero ouvir! Ela tem meu telefone, ela fala comigo!”, protestou a secretária. “A Maitê enviou a mensagem pra gente hoje”, rebateu a apresentadora Daniela Lima. “Eu tinha tanta coisa bacana pra falar. Vocês estão desenterrando mortos, vocês estão carregando um cemitério nas costas. Vocês devem estar cansados. Pensei que a entrevista seria com você [Adjuto], mas aí começo a ouvir vozes no meu ouvido. Não foi combinado nada disso”, reclamou. Informado que Regina não falaria mais, Adjuto anunciou que estava encerrando a entrevista, e a mão de um auxiliar da secretária tentou tapar a câmera enquanto ela persistia em falar, reclamando de tudo. Ao retomarem a programação, os âncoras ainda comentaram o fato surreal que se desenrolou ao vivo para todo o Brasil. Veja abaixo o vídeo completo da entrevista bizarra.

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    Regina Duarte é enquadrada por Bolsonaro em meio à campanha #ForaRegina

    6 de maio de 2020 /

    Regina Duarte teria sido “enquadrada” por Jair Bolsonaro na presença de outras pessoas durante uma reunião da pasta da Cultura em Brasília nesta quarta (6/5). Segundo Daniel Adjuto, da CNN Brasil, o presidente disse à secretária da Cultura: “ou você adere às minhas ideias, ao meu governo, que é conservador, ou a porta está aberta”, nas palavras do jornalista. O canal pago também apurou que o ator ex-“Malhação” Mário Frias chegou a ser sondado para o lugar de Regina, que estaria sendo “fritada” pelo governo para pedir demissão. Em entrevista à CNN Brasil, Frias não confirmou a sondagem, mas se disse pronto para assumir a secretaria da Cultura. “Tem coisas na vida que a gente não escolhe. Essa é uma delas. Não tenho medo. Tenho vontade, é a minha área, não tenho pretensão nenhuma de ser o dono da verdade. Tenho muitos amigos que seriam o alicerce para um grande trabalho”, afirmou Frias, que parabenizou os recentes atos pró-governo, dizendo-se emocionado pelas manifestações que pediram fechamento do Congresso, do STF e ainda tiveram agressões a jornalistas. A revista digital Crusoé também ouviu de assessores presidenciais que Bolsonaro exigiu o alinhamento da atriz. Segundo esses relatos, Bolsonaro disse que foi eleito para cumprir uma agenda conservadora e que, se ela discordasse desses valores, poderia pedir para deixar o cargo. Ainda de acordo com a Crusoé, Bolsonaro disse a aliados ter perdido a paciência com a atriz. Ele já teria manifestado várias vezes sua insatisfação com nomeações de pessoas “de esquerda” para a secretaria. O presidente reclamou, em especial, que Regina estaria acatando recomendações de Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura do governo João Doria, um de seus principais adversários políticos. O governo tem paralisado a pasta da Cultura por conta dessas picuinhas. Há duas semanas, Bolsonaro mandou demitir o pesquisador Aquiles Brayner, indicado por Regina para a diretoria do Departamento de Livro, Literatura e Bibliotecas. Ele caiu apenas três dias após sua nomeação, sob pressão de perfis radicais nas redes sociais. Regina Duarte também não conseguiu nomear seu favorito ao posto de número dois da secretaria, o gestor público e produtor Humberto Braga, que igualmente foi alvo de uma campanha nas redes sociais com acusações de ser um “esquerdista” tentando se infiltrar no governo. Ela enfrenta resistência até às suas demissões. Afastado no dia da posse de Regina, olavista Dante Mantovani, que acredita que rock é coisa do diabo, foi readmitido como presidente da Funarte por algumas horas na terça-feira (5/5). De manhã, virou novamente chefe da fundação, mas no fim do dia voltou a ser exonerado. Nenhum dos dois atos teve maiores explicações. Esses fatos são exemplos da sabotagem sofrida cotidianamente por Regina à frente da pasta. Mas não fica só nisso. O próprio presidente dá respaldo para que até subalternos da secretária, como Sérgio Camargo, a achincalhem nas redes sociais. Não por acaso, Bolsonaro convidou pessoalmente Camargo, o polêmico diretor do Instituto Palmares e desafeto de Regina, para participar da reunião com a secretária. Camargo nem sabia do que se tratava. “Ele me ligou, obviamente aceitei o convite”, disse ao jornal O Globo. Ao sair do encontro, Camargo declarou à CNN que Regina Duarte “veio para morar em Brasília”, revelando que ela optou por se submeter, como fizeram alguns ministros antes de serem demitidos. Enquanto isso, aliados do presidente seguem espalhando nas redes sociais que a atual secretária está com os dias contados. Nesta quarta, simpatizantes de Bolsonaro, do AI-5 e do coronavírus subiram a hashtag #ForaRegina. “Espero que o senhor tenha dado uma boa enquadrada na ‘namoradinha do Brasil’ hoje”, escreveu um radical da seita. “Ou ela cumpre com o programa que elegemos nas urnas, ou então, deve ser exonerada imediatamente! #ForaRegina”. “#ForaRegina. O do Turismo tiramos depois!”, acrescentou outro, já preparando a próxima campanha. Nunca é demais lembrar que, para assumir o cargo de secretária de Cultura, Regina atendeu a um pedido pessoal de Jair Bolsonaro e precisou encerrar sua relação contratual de mais de 50 anos com a rede Globo. Ela abriu mão de sua carreira, benefícios e um salário muito maior para atender ao apelo do presidente, acreditando em promessas de “carta branca e porteira aberta” que não foram cumpridas. Mas se sair reclamando, vai virar só mais um Judas (entre muitos) a trair o Messias do Planalto, na perspectiva peculiar de quem trata jornalismo como fake news e fake news como informação.

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    Regina Duarte desabafa: “Tá esquisito, tá muito esquisito”

    5 de maio de 2020 /

    Empossada há dois meses, a secretária Especial da Cultura, Regina Duarte, disse acreditar que está sendo “dispensada” pelo presidente Jair Bolsonaro. “Que loucura isso, que loucura. Eu acho que ele está me dispensando”, desabafou a ex-atriz para uma assessora, em uma conversa que foi gravada acidentalmente pela revista digital Crusoé. Segundo a publicação, o diálogo se deu depois que Regina ficou sabendo que o maestro Dante Mantovani foi renomeado nesta terça-feira (5/5) à presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte). A Crusoé diz ter ouvido a conversa após ligar para a assessora, que atendeu a ligação enquanto falava com a secretária. “Eu já estava esperando. Essa noite eu passei a noite; acordava de uma em uma hora e falava assim: tá esquisito, tá muito esquisito”, diz a atriz em outro trecho da ligação. O áudio divulgado pela revista contém apenas trechos da conversa completa. A nomeação de Mantovani foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (5/5). O ato foi assinado pelo ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, apesar de a Fundação ser de competência da pasta de Regina. O mesmo ministro também tinha assinado a demissão de Mantovani, mas porque Regina ainda não tinha assumido como secretária. A demissão do olavista, que ficou conhecido após associar o rock ao aborto e satanismo, aconteceu no dia em que Regina tomou posse. Para quem não lembra, Dante Mantovani é o autor da seguinte pérola: “o rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo”. Ele informou à imprensa que foi sondado na semana passada para voltar ao cargo por um assessor do Palácio do Planalto. E que não sabia se Regina Duarte, supostamente sua chefe, foi ao menos avisada. Sua volta ao posto aconteceu na véspera de uma reunião marcada entre Regina e Bolsonaro. Por conta disso, a ex-atriz e todo o mundo especularam que o presidente espera que ela peça demissão no encontro. Mas enquanto a “ala ideológica” (ou terraplanista) festeja a provável queda de Regina, a “ala política” receita o impacto de uma nova crise no governo, prevendo que a nomeação de Mantovani pode se tornar um novo “caso Valeixo”, a gota d’água para fazer Regina Duarte pedir demissão. O constrangimento criado contra a ex-atriz gerou tamanha repercussão – graças a artigos como este – que Bolsonaro já teria voltado atrás. Segundo apurou Eliane Cantanhêde no jornal O Estado de S. Paulo, poucas horas após a publicação no Diário Oficial, o presidente tornou sem efeito o ato que renomeou Dante Mantovani para a presidência da Funarte. Para a colunista, Bolsonaro sentiu pressões de dentro e fora do Planalto para evitar uma nova crise. Entretanto, além de Mantovani, também foi nomeado Luciano Barbosa Querido, ex-auxiliar de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, para o cargo de número 2 da Funarte. Barbosa Querido trabalhou com Carlos na Câmara de Vereadores do Rio desde o início dos anos 2000 até o fim de 2017. A nomeação dele, publicada no “Diário Oficial da União”, foi assinada pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio. Ele também foi empossado no cargo sem consulta à Regina Duarte. Regina e o presidente devem almoçar no Planalto nesta quarta (6/5), num encontro que pode render o anúncio de uma renovação do “casamento” ou do “divórcio”.

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    Bolsonaro tenta forçar demissão de Regina Duarte

    5 de maio de 2020 /

    Após demitir ou levar à demissão seus dois ministros mais populares, Henrique Mandetta e Sergio Moro, agora Jair Bolsonaro se volta a outra integrante de sua equipe para quem prometeu “carta branca” e a quem recebeu no governo com elogios rasgados: a secretária de Cultura, Regina Duarte. O governo de Bolsonaro readmitiu nesta terça-feira (5/5) Dante Mantovani como presidente da Fundação Nacional de Arte (Funarte), uma das primeiras pessoas afastadas na época da posse da ex-atriz da Globo. Para quem não lembra, o olavista Dante Mantovani é o autor da seguinte pérola: “o rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo”. Ele informou à imprensa que foi sondado na semana passada para voltar ao cargo por um assessor do Palácio do Planalto. E que não sabe se Regina Duarte, supostamente sua chefe, foi ao menos avisada. Sua volta ao posto desautoriza a atriz. Ela acontece na véspera de uma reunião marcada (para quarta) entre Regina e o presidente, na qual, tudo indica, Bolsonaro espera que ela se demita. Ela também acontece duas semanas após o presidente mandar demitir o pesquisador Aquiles Brayner, indicado por Regina para a diretoria do Departamento de Livro, Literatura e Bibliotecas. Ele caiu apenas três dias após sua nomeação, sob pressão de perfis radicais nas redes sociais. Segundo Brayner, estes extremistas fazem um “grande complô para derrubar qualquer ação legítima no âmbito da cultura”. Regina Duarte também não conseguiu nomear seu favorito ao posto de número dois da secretaria, o gestor público e produtor Humberto Braga, que igualmente foi alvo de uma campanha nas redes sociais com acusações de ser um “esquerdista” tentando se infiltrar no governo. Empossada no cargo no começo de março, Regina Duarte enfrenta ataques e sabotagens diárias do presidente, do “gabinete do ódio” e seus (supostos) líderes extremistas Olavo de Carvalho e Carlos Bolsonaro, além de subalternos como Sérgio Camargo, o polêmico presidente da Fundação Palmares, que tem respaldo de Bolsonaro. Para assumir o cargo de secretária de Cultura, Regina atendeu a um pedido pessoal de Jair Bolsonaro e precisou encerrar sua relação contratual de mais de 50 anos com a rede Globo. Ela abriu mão de sua carreira, benefícios e um salário muito maior para atender ao apelo do presidente, acreditando em promessas que não foram cumpridas. Atualização: A repercussão da nomeação do presidente da Funarte foi tão grande que Bolsonaro mudou de ideia. Leia aqui. Entretanto, além de Mantovani, também foi nomeado Luciano Barbosa Querido, ex-auxiliar de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, para o cargo de número 2 da Funarte. Barbosa Querido trabalhou com Carlos na Câmara de Vereadores do Rio desde o início dos anos 2000 até o fim de 2017. A nomeação dele, publicada no “Diário Oficial da União”, foi assinada pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio. Ele também foi empossado no cargo sem consulta à Regina Duarte.

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    Dinheiro que pode salvar indústria audivisual está bloqueado há 17 meses por Bolsonaro

    2 de maio de 2020 /

    Jair Bolsonaro já demonstrou claramente como gosta de governar: criando crises para causar paralisias setoriais. O caso mais dramático acontece na área da Cultura. Ao tomar posse em Brasília, ele transformou o MinC em Secretaria e a subordinou ao Ministério da Cidadania. Poucos meses depois, trocou tudo de novo, transformando a Cultura num apêndice do Ministério do Turismo. Só que “esqueceu” de completar totalmente a mudança, criando impasses no organograma que deixam a pasta numa espécie de limbo, dividida entre dois ministérios. Paralelamente, Bolsonaro também “esqueceu” de nomear representantes de comitês e agências, vetou renovações de leis de incentivo, impediu patrocínios de estatais e reduziu a importância do secretário especial da Cultura até transformá-lo num cargo figurativo e tapa-buraco. Aliados do presidente espalham nas redes sociais que a atual secretária, Regina Duarte, já estaria com os dias contados. Ela foi empossada sob ataques de bolsonaristas e, dois meses depois, ainda não terminou o processo de definir os novos chefes de fundações, museus, entidades, pastas, etc, devido a vetos daquele que teria lhe dado “carta branca”. Quando cair, quem assumir seu lugar provavelmente recomeçará todas as nomeações de novo, com nova “carta branca” de Bolsonaro. A repetição escancarada do método revela a tática de mudar tudo, o tempo todo, para que nada aconteça e ninguém faça coisa alguma. Esta paralisia por incompetência planejada tem acumulado uma fortuna nos cofres do governo. E ajudado a quebrar setores que Bolsonaro considera inimigos. Em crise desde antes da pandemia do novo coronavírus, graças à suspensão de fontes de verbas que dependiam de liberação estatal, a indústria audiovisual brasileira experimenta uma agonia sem precedentes. Enquanto isso, o governo deixa parado mais de R$ 700 milhões do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), que deveriam ter sido liberados no começo de 2019. O método das demissões em série, desorganização estrutural e sabotagem assumida fizeram com que o governo Bolsonaro levasse 12 meses para viabilizar a criação do comitê responsável por formular editais e gerir o FSA. E mesmo formado há cinco meses, o comitê ainda não se reuniu uma vez sequer para deliberar sobre a verba – sua função primordial. Por conta disso, o dinheiro que poderia salvar a indústria audiovisual do país está bloqueado há 17 meses sob o caos criado propositalmente pelo governo Bolsonaro. Embora a secretaria da Cultura tenha sido transferida para o Ministério do Turismo, o comitê gestor do FSA ainda está ligado, em seu organograma, ao Ministério da Cidadania. Essa é uma das confusões propositais que impedem o andamento de muitas medidas. São propositais, porque o presidente não faz nada para colocar ordem na situação, apesar de apelos de representantes do setor e provavelmente da própria Regina Duarte. Mas não há pressa. Para manter tudo parado, Bolsonaro só avança para dar ré. Outro exemplo dessa estratégia de rodar parafuso espanado materializa-se na iniciativa de nomear para a Ancine pessoas que o mercado jamais pressionaria para que assumissem logo suas funções. Bolsonaro indicou em fevereiro um pastor, Edilásio Barra, o Tutuca, e a produtora de um festival evangélico, Veronica Blender, para duas de três vagas que estão abertas na diretoria da Ancine desde o ano passado. Nomes sem nenhuma representatividade, quase nulidades no mercado, e até agora nenhum dos dois foi sabatinado pelo Senado. A situação de Blender é até pior. Sua indicação sequer foi enviada para análise pelo Planalto. Com tanta inércia, o dinheiro do FSA continua aplicado e rendendo juros. Estes juros não podem ser revertidos diretamente em novos projetos. Eles são remetidos ao Tesouro Nacional. Como a taxa Condecine, que gera o montante do FSA, não deixou de ser cobrada, os mais de US$ 700 milhões declarados, relativos a taxação da indústria audiovisual em 2018, já dobraram e começam a triplicar. Os números totais não foram revelados. Mas o governo deve ter mais de US$ 1,5 bilhão da indústria audiovisual bloqueados, enquanto o setor quebra. Como o comitê gestor não formula editais nem providencia a gestão dessa verba, a Ancine resolveu formular sua própria política para o dinheiro, propondo emprestar à juros para cineastas e produtores. O dinheiro, que deveria servir como investimento em fomento, viraria assim instrumento bancário. Só que até esse desvio de objeto – pode chamar de acinte – precisaria de aval do comitê gestor… Enquanto isso, a indústria segue quebrando, porque subestima Bolsonaro. Muitos ainda acham que é possível argumentar com o governo do “e daí?”. Já deveria ser evidente que o FSA só será liberado por via judicial.

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    TV Brasil é proibida de fazer homenagem à atriz Letícia Sabatella

    29 de abril de 2020 /

    Uma homenagem à atriz Letícia Sabatella, que aconteceria na TV Brasil no sábado passado, foi cancelada na véspera pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação), responsável pela programação do canal. Letícia Sabatella seria tema de uma edição do programa “Recordar é Viver”, que trataria da sua carreira, mas, um dia antes do programa ir ao ar, segundo a apuração do colunista Anselmo Goes, do jornal O Globo, houve uma ordem para que fosse tirado da grade. Em vez do programa sobre a atriz, acabou indo ao ar uma edição sobre o humorista Agildo Ribeiro (1932-2018). Procurada, a EBC informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai comentar o caso. Já Sabatella falou ao Globo na tarde desta quarta-feira (29/4), contando que não sabia da homenagem nem da proibição de sua exibição. Questionada sobre a ordem da EBC, ela disse acreditar “fortemente” que foi censura. “A vida de artistas e ativistas tem se tornado cada dia mais difícil e exigido bastante resistência de nossa parte”, comentou. A atriz tem um posicionamento político abertamente contrário ao governo Bolsonaro. Em 25 de março, ela publicou um post nas redes sociais com a frase “Não há álcool gel que limpe as mãos de quem digitou 17”, em referência ao número de Bolsonaro na eleição. “Esse revanchismo demonstra muito medo ou covardia e, por fim, a fragilidade de quem o exerce”, acrescentou. A notícia gerou revolta entre os artistas que lamentam o aparelhamento das instituições pelos bolsonaristas – um processo, ironicamente, igual ao que Bolsonaro condenava nos governos petistas. Um post no Instagram do coletivo 342Artes, liderado pela produtora Paula Lavigne, condenou a ação da EBC. “A democracia segue sendo desrespeitada por Bolsonaro. Vamos nos calar? Toda nossa solidariedade à Letícia”, diz a mensagem do grupo. A publicação foi compartilhada por artistas como Caetano Veloso, Daniela Mercury, Paula Burlamaqui, Dira Paes, Alinne Moraes, Letícia Colin, Bianca Bin, Nathalia Dill, Juliana Alves e Laila Garin. Ver essa foto no Instagram Absurdo! Programa em homenagem à @leticia_sabatella foi censurado da programação da TV Brasil e removido da grade na véspera da exibição. A Democracia segue sendo desrespeitada por Bolsonaro. Vamos nos calar ? Toda nossa solidariedade à Letícia. #342Artes #LeticiaSabatella #censuranuncamais Uma publicação compartilhada por 342 Artes (@342artes) em 28 de Abr, 2020 às 7:50 PDT

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