PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Etc,  Filme

    Carol Duarte e Democracia em Vertigem vencem Prêmio Platino

    29 de junho de 2020 /

    O cinema brasileiro somou novas conquistas e reconhecimento internacional na 7ª edição dos Prêmios Platino de Cinema Ibero-americano. Entre os premiados, que foram anunciadas nesta segunda-feira (29/6) pela organização do evento no YouTube, destacaram-se Carol Duarte, vencedora do troféu de Melhor Atriz por “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz, e o filme “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, o Melhor Documentário Ibero-Americano do ano. A 7ª edição dos Prêmios Platino deveria ter sido a terceira consecutiva a acontecer no Teatro Gran Tlachco de Xcaret, na Riviera Maya, no México. Entretanto, devido à pandemia do novo coronavírus, a cerimônia de gala acabou realizada de forma virtual – com apresentação do mexicano Omar Chaparro e da colombiana Majida Issa. A lista de premiados acabou consagrando o filme “Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar, e a série “La Casa de Papel”, ambas produções espanholas. “Dor e Glória” venceu 6 troféus, como Melhor Filme, Direção, Roteiro, Ator (Antonio Banderas), Música Original e Edição. Quase tantos prêmios quanto os 7 troféus da cerimônia do Goya, premiação da Academia Espanhola de Artes Cinematográficas. Por sua vez, “La Casa de Papel”, da Netflix, arrebatou as categorias de Melhor Série, Melhor Ator em Série (Álvaro Morte) e Melhor Atriz Coadjuvante em Série (Alba Flores). Os Prêmios Platino são promovido pela Entidad de Gestión de Derechos de los Productores Audiovisuales (Egeda), juntamente com a Federação Ibero-Americana de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais (Fipca), e tem como objetivo a promoção do cinema ibero-americano. Confira abaixo o vídeo da premiação e a lista completa dos premiados. Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção: “Dor e Glória” Melhor Direção: Pedro Almodóvar (“Dor e Glória”) Melhor Interpretação Masculina: Antonio Banderas (“Dor e Glória”) Melhor Interpretação Feminina: Carol Duarte (“A Vida Invisível”) Melhor Música Original: Alberto Iglesias (“Dor e Glória”) Melhor Filme de Animação: “Buñuel No Labirinto Das Tartarugas” Melhor Documentário: “Democracia em Vertigem” Melhor Roteiro: Pedro Almodóvar (“Dor e Glória”) Melhor Obra de Estreia de Ficção Iberoamericana: “A Camareira” Melhor Edição: Teresa Font (“Dor e Glória”) Melhor Direção de Arte: Juan Pedro de Gaspar (“Mientras Dure La Guerra”) Melhor Fotografia: Jasper Wolf (“Monos”) Melhor Direção de Som: Lena Esquenazi (“Monos”) Premio Platino de Cinema e Educação de Valores: “O Despertar das Formigas” Melhor Série Íbero-Americana: “La Casa de Papel” Melhor Interpretação Masculina em Série: Álvaro Morte (“La Casa de Papel”) Melhor Interpretação Feminina em Série: Cecilia Suárez (“La Casa de Las Flores”) Melhor Interpretação Coadjuvante Masculina em Série: Gerardo Romano (“El Marginal III”) Melhor Interpretação Coadjuvante Feminina em Série: Alba Flores (“La Casa de Papel”)

    Leia mais
  • Filme

    Rosa Maria Sardà (1941 – 2020)

    11 de junho de 2020 /

    A atriz espanhola Rosa Maria Sardà, conhecida no Brasil por atuar em “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999), de Pedro Almodóvar, morreu na manhã desta quinta-feira (11/6), de câncer aos 78 anos. Sua longa carreira abrange cinco décadas, com aparições no cinema, teatro e televisão. Ela começou a se destacar nos anos 1970 por suas aparições televisivas com a trupe de comédia catalã La Trinca. Mas foi só na década seguinte que chegou ao cinema, onde trabalhou com os principais realizadores da Espanha, ao longo de três décadas. Além de atuar para Almodóvar, ela estrelou três filmes de Fernando Trueba – “A Garota dos Seus Sonhos” (1998), “El Embrujo de Shanghai” (2002) e “A Rainha da Espanha” (2016) – , mais seis de Ventura Pons – “Actrius” (1997), “Caresses” (1998), “Beloved/Friend” (1999), “Anita Não Perde a Chance” (2001), “Barcelona (Un Mapa)” (2007) e “Any de Gràcia” (2011). E ainda participou da trilogia “Victòria!” (1982-84), de Antoni Ribas, “Moros y Cristianos (1987), de Luis García Berlanga, “Torrente 2: Missão Marbella” (2001), de Santiago Segura, “Maktub” (2011), de Paco Aranga, etc. Foram mais de 40 filmes! Entre os prêmios que conquistou, venceu dois Goya (o Oscar espanhol) como Melhor Atriz Coadjuvante – pelas comédias “Por qué lo Llaman Amor Cuando Quieren Decir Sexo?” (1993), de Manuel Gómez Pereira, e “Sin Vergüenza” (2001), de Joaquín Oristrell. Ela também recebeu a Medalha de Ouro da Academia de Cinema da Espanha e um troféu Gaudí, da Academia de Cinema Catalã, pelas realizações da carreira. “Com grande tristeza damos adeus a uma das maiores atrizes da cena espanhola. Amada por todas em vida e agora na memória”, disse o ator Antonio Banderas, despedindo-se da amiga no Twitter.

    Leia mais
  • Filme

    Goya 2020: Dor e Glória é o grande vencedor do “Oscar espanhol”

    26 de janeiro de 2020 /

    “Dor e Glória” foi o grande vencedor dos prêmios Goya, a mais importante distinção do cinema espanhol. O novo longa de Pedro Almodóvar venceu ao todo sete estatuetas na cerimônia realizada na noite de sábado (26/1), incluindo Melhor Filme. O próprio Almodóvar levou para casa dois troféus, de Melhor Direção e Roteiro Original, enquanto Antonio Banderas conquistou o prêmio de Melhor Ator. Banderas também disputa o Oscar de Melhor Ator, enquanto “Dor e Glória” está indicado na categoria de Melhor Filme Internacional na premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA. O “Oscar espanhol”, por sua vez, também concentrou troféus em “Mientras Dure la Guerra”, de Alejandro Amenábar, que conquistou 5 categorias, entre elas Melhor Ator Coadjuvante para Eduard Fernández. Os prêmios internacionais foram para o francês “Os Miseráveis”, considerado o Melhor Filme Europeu, e o argentino “A Odisséia dos Tontos”, Melhor Filme Ibero-Americano.

    Leia mais
  • Filme

    A Vida Invisível fica fora do Oscar 2020

    16 de dezembro de 2019 /

    O Brasil está fora da disputa pelo Oscar 2020 de Melhor Filme Internacional. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos divulgou nesta segunda (16/12), uma lista com um primeiro corte de indicados, e “A Vida Invisível”, o concorrente brasileiro, não ficou entre os 10 pré-selecionados. A lista reúne filmes que estavam sendo considerados favoritos ao prêmio, como “Parasita”, de Bong Joon Ho, “Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar, e “Les Misérables”, de Ladj Ly. A seleção também emplacou “Uma Mulher Alta”, de Kantemir Balagov, lançado no fim de semana passado nos cinemas brasileiros, e “Atlantics”, de Mati Diop, disponibilizado pela Netflix em novembro. Ao contrário deste ano, em que “Roma”, de Alfonso Cuarón, venceu o então chamado Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, nenhum título latino-americano foi selecionado. “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz, era o candidato sul-americano de maior projeção, após vencer a mostra Um Certo Olhar, no Festival de Cannes, e conseguir indicação ao Spirit Awards, considerado o “Oscar do cinema independente americano”. Além disso, vinha aparecendo em listas de Melhores do Ano da imprensa americana. As chances de Oscar para o Brasil agora estão na categoria de Melhor Documentário, onde “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, conseguiu emplacar entre os pré-selecionados. Os finalistas de todas as categorias serão anunciados no dia 13 de janeiro e os vencedores conhecidos em 9 de fevereiro, em cerimônia transmitida ao vivo para o Brasil pelos canais TNT e Globo. Confira abaixo a lista das 10 produções que seguem na disputa por 5 indicações ao Oscar de Melhor Filme Internacional. “Aqueles que Ficaram” (Hungria) “Atlantics” (Senegal) “Corpus Christi” (Polônia) “Dor e Glória” (Espanha) “Honeyland” (Macedônia do Norte) “Les Misérables” (França) “Parasita” (Coreia do Sul) “The Painted Bird” (República Tcheca) “Truth and Justice” (Estônia) “Uma Mulher Alta” (Rússia)

    Leia mais
  • Filme

    A Favorita é o Melhor Filme Europeu de 2019 em premiação consagradora

    8 de dezembro de 2019 /

    “A Favorita”, produção britânica dirigida pelo grego Yorgos Lanthimos, foi o grande vencedor da premiação da Academia Europeia de Cinema, numa cerimônia realizada na noite de sábado (7/12) em Berlim. Venceu, ao todo, oito categorias, entre elas as de Melhor Filme Europeu, Melhor Comédia, Direção e ainda consagrou Olivia Colman, que, após vencer o Oscar no começo do ano, chegou ao fim de 2019 com o troféu de Melhor Atriz europeia. A obra de Yorgos Lanthimos dominou a premiação, superando “J’Accuse”, de Roman Polanski, “Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar, “Os Miseráveis”, de Ladj Ly, “Systemsprenger”, de Nora Fingscheidt, e “O Traidor”, de Marco Bellocchio, todos eles nomeados para o prêmio de Melhor Filme Europeu. O espanhol Antonio Banderas ficou com o prêmio de Melhor Ator, por “Dor e Glória”, e a cineasta francesa Céline Sciamma com o troféu de Melhor Roteiro, por “Retrato de uma Jovem em Chamas”. Pela primeira vez, a Academia Europeia também atribuiu um prêmio para Melhor Série de Ficção, distinguindo a produção alemã “Babylon Berlin”, de Achim von Borries, Henk Handloegten e Tom Tykwer. O evento também prestou homenagens para o cineasta alemão Werner Herzog e a atriz francesa Juliette Binoche, com prêmios pelas realizações de suas carreiras. E ainda contou com a presença do diretor ucraniano Oleg Sentsov, recém-libertado após ficar cinco anos preso na Rússia, acusado de terrorismo. Ele anunciou uma iniciativa da Academia, a criação da Coligação Internacional de Cineastas em Risco, destinada a apoiar “realizadores que enfrentem perseguições políticas por causa do seu trabalho”. Confira abaixo a lista dos premiados. Melhor Filme “A Favorita” Melhor Direção Yorgos Lanthimos (“A Favorita”) Melhor Atriz Olivia Colman (“A Favorita”) Melhor Ator Antonio Banderas (“Dor e Glória”) Melhor Roteiro Céline Sciamma (“Retrato de uma Jovem em Chamas”) Melhor Documentário “For Sama” Melhor Comédia “A Favorita” Melhor Animação “Buñuel In The Labyrinth Of The Tur­tles” Melhor Fotografia Robbie Ryan (“A Favorita”) Melhor Cenografia Antxón Gómez (“Dor e Glória”) Melhor Montagem Yorgos Mavropsaridis (“A Favorita”) Melhor Figurino Sandy Powell (“A Favorita”) Melhor Maquiagem Nadia Stacey (“A Favorita”) Melhor Som Eduardo Esquide, Nacho Royo-Villanova e Laurent Chassaigne (“A Noite de 12 Anos”) Melhores Efeitos Visuais Martin Ziebell, Sebastian Kaltmeyer, Neha Hirve, Jesper Brodersen e Torgeir Busch (“About Endlessness”) Prêmio Descoberta/Fipresci (Prêmio da Crítica) “Os Miseráveis” Prêmio do Público “Guerra Fria” Melhor Curta-Metragem “The Christ­mas Gift” Melhor Série “Babylon Berlin”

    Leia mais
  • Filme

    Goya 2020: Filmes de Amenábar e Almodóvar lideram indicações

    2 de dezembro de 2019 /

    A organização do prêmio Goya, equivalente espanhol ao Oscar, revelou os indicados à sua edição de 2020 nesta segunda-feira (2/12). A lista acabou destacando os novos longas dos veteranos Alejandro Amenábar e Pedro Almodóvar, “Enquanto a Guerra Durar” e “Dor e Glória”, respectivamente com 17 e 16 indicações cada um. A disputa de Melhor Filme Espanhol do ano também inclui “A Trinchera Infinita”, do trio Aitor Arregi, Jon Garaño e Jose Mari Goenaga, que concorre em 15 categorias, além de “Intemperie”, de Benito Zambrano, e “O que Arde”, de Oliver Laxe. O filme “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, chegou a ser indicado pelo Brasil para concorrer a uma vaga na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano, mas acabou ficando fora da lista final, que reuniu “A Odisseia dos Tontos” (Argentina), “Araña” (Chile), “El Despertar de las Hormigas” (Costa Rica) e “Monos” (Colômbia). A lista completa dos indicados pode ser conferida neste link, que leva ao site oficial do evento. A premiação do Goya 2020 será realizada no dia 25 de janeiro em Málaga, na Espanha.

    Leia mais
  • Filme

    Revista Time escolhe Dor e Glória, de Pedro Almodóvar, como Melhor Filme do ano

    26 de novembro de 2019 /

    O drama espanhol “Dor e Glória”, dirigido por Pedro Almodóvar, foi escolhido como o Melhor Filme de 2019 pela revista Time, que publicou nesta segunda-feira (25/11) uma lista com um Top 10 do ano, elaborada pelos editores. “‘Dor e Glória’ pode ser o filme mais resplandecente e comovente de Almódovar, um panorama de cores vibrantes e emoções ainda mais intensas”, afirma o artigo. A publicação ainda classifica o trabalho de Antonio Banderas, o ator protagonista, como “a atuação de sua vida”, e descreve Penélope Cruz, que interpreta a mãe do personagem principal, como “radiante”. Antonio Banderas venceu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes por seu desempenho. O 2º colocado na lista é “O Irlandês”, de Martin Scorsese, seguido por “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino. Além de “O Irlandês”, outros dois filmes da Netlix aparecem na relação, “História de um Casamento”, dirigido por Noah Baumbach e protagonizado por Scarlett Johansson e Adam Driver, em 4º lugar, e “Meu Nome É Dolemite”, comédia estrelada por Eddie Murphy, em 8º lugar. O sul-coreano “Parasita”, de Bong Joon-ho, que venceu Cannes e é um dos favoritos ao Oscar de Melhor Filme Internacional, entrou em 6º lugar, atrás de “Adoráveis Mulheres”, adaptação dirigida por Greta Gerwig, e à frente de “Entre Facas e Segredos”, de Rian Johnson. “Um Lindo Dia na Vizinhança”, com Tom Hanks, e “As Golpistas”, com Jennifer Lopez, completam a lista em 9º e 10º lugares, respectivamente. Confira os títulos em ordem abaixo. 1. Dor e Glória 2. O Irlandês 3. Era Uma Vez em… Hollywood 4. História de um Casamento 5. Adoráveis Mulheres 6. Parasita 7. Entre Facas e Segredos 8. Meu Nome É Dolemite 9. Um Lindo Dia na Vizinhança 10. As Golpistas

    Leia mais
  • Filme

    Academia Europeia de Cinema indica filmes de Polanski, Bellocchio e Almodóvar como Melhores do Ano

    9 de novembro de 2019 /

    A Academia Europeia de Cinema anunciou os indicados a seus prêmios anuais. Na lista, divulgada neste sábado (9/11) durante o Festival de Sevilha, na Espanha, quatro filmes se destacam com o mesmo número de nomeações. Empatados em número de categorias, aparecem o espanhol “Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar, o italiano “O Traidor”, de Marco Bellocchio, o britânico “A Favorita”, de Yorgos Lanthimos, e o francês “An Officer and a Spy” (J’accuse), de Roman Polanski. As indicações ao filme de Polanski foram as que mais chamaram atenção. Não pela qualidade do filme, que, inclusive, foi premiado no Festival de Veneza deste ano, mas pelo timing. Polanski volta a ser celebrado um dia após ser novamente acusado de ter cometido estupro nos anos 1970. Em denúncia publicada pelo jornal Le Parisien na sexta (8/11), a fotógrafa francesa Valentine Monnier afirmou que o cineasta a estuprou em 1975 na Suíça, quando ela tinha 18 anos. Ela foi a sexta mulher a acusar o diretor de crime sexual, embora apenas um caso tenha ido à julgamento e levado Polanski a se exilar na França, para escapar da condenação nos Estados Unidos em 1977. Os quatro filmes citados vão disputar o troféu de Melhor Filme Europeu do ano, juntamente com o francês “Les Miserables”, de Ladj Ly, e o alemão “Systemsprenger” (“System Crasher”), de Nora Fingscheidt. Almodóvar, Polanski, Bellocchio e Lanthimos estão ainda na disputa de Melhor Direção, juntando-se à francesa Celine Sciamma por “Retrato de um Jovem em Chamas”. Nas categorias de interpretação, destacam-se as presenças da vencedora do Oscar Olivia Colman por “A Favorita”, António Banderas por “Dor e Glória”, Jean Dujardin por “J’accuse”, e Adèle Haenel por “Retrato de um Jovem em Chamas”. Esta última também esteve nas manchetes da imprensa francesa nesta semana, igualmente às voltas de denúncia de abuso sexual, mas na condição de vítima, tendo acusado o diretor que lançou sua carreira cinematográfica, Christophe Ruggia, de assédio quando ela tinha 12 anos de idade. Os Prêmios Europeus de Cinema (European Film Awards) visam reconhecer a excelência dos filmes produzidos na Europa e são entregues anualmente pela Academia Europeia de Cinema, composta por cerca de 3,5 mil profissionais da indústria cinematográfica do continente. A 32ª cerimônia de premiação vai acontecer em Berlim, Alemanha, no dia 7 de dezembro. Confira abaixo a lista dos indicados. Melhor Filme Les Misérables – Ladj Ly J’accuse – Roman Polanski Dor e Glória – Pedro Almodóvar System Crasher – Nora Fingscheidt A Favorita – Yorgos Lanthimos O Traidor – Marco Bellocchio Melhor Direção Pedro Almodóvar – Dor e Glória Marco Bellocchio – O Traidor Yorgos Lanthimos – A Favorita Roman Polanski – J’Accuse Céline Sciamma – Retrato de uma Jovem em Chamas Melhor Atriz Olivia Colman – A Favorita Trine Dyrholm – Queen Of Hearts Noémie Merlant & Adèle Haenel – Retrato de uma Jovem em Chamas Viktoria Miroshnichenko – Beanpole Helena Zengel – System Crasher Melhor Ator Antonio Banderas- Dor e Glória Jean Dujardin – J’Accuse Pierfrancesco Favino – O Traidor Levan Gelbakhiani – And Then We Danced Alexander Scheer – Gundermann Ingvar E. Sigurðsson – A White, White Day Melhor Roteiro Pedro Almodóvar – Dor e Glória Marco Bellocchio, Ludovica Rampoldi, Valia Santella & Francesco Piccolo – O Traidor Ladj Ly, Giordano Gederlini & Alexis Manenti – Les Misérables Robert Harris & Roman Polanski – J’Accuse Céline Sciamma – Retrato de uma Jovem em Chamas Melhor Documentário For Sama – Waad Al-kateab & Edward Watts Honeyland – Ljubomir Stefanov & Tamara Kotevska Putin’s Witnesses – Vitaly Mansky Selfie – Agostino Ferrente The Disappearance Of My Mother – Beniamino Barrese Melhor Comédia Ditte & Louise – Niclas Bendixen Tel Aviv On Fire – Sameh Zoabi A Favorita – Yorgos Lanthimos Melhor Animação Buñuel In The Labyrinth Of The Tur­tles – Salvador Simó J’ai Perdu Mon Corps – Jérémy Clapin L’ex­tra­or­di­naire Voy­age de Marona – Anca Damian Les Hi­ron­delles de Kaboul – Zabou Breitman e Eléa Gobbé-Mévellec Curta-Metragens Cães que Ladram aos Pássaros Rekon­strukce The Christ­mas Gift Les Ex­tra­or­di­naires Mésaven­tures de la Jeune Fille de Pierre

    Leia mais
  • Filme

    Cineastas Vingadores: Coppola, Amodóvar e Meirelles se juntam a Scorsese contra os super-heróis

    24 de outubro de 2019 /

    Os cineastas tradicionais abriram guerra contra os filmes de super-heróis. A deixa de Martin Scorsese (“Os Bons Companheiros”), que disse que os filmes da Marvel “não são cinema”, mas parques temáticos, foi repercutida por Francis Ford Coppola, ironicamente criador de uma franquia temática (“O Poderoso Chefão”), comentada por Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”) e reforçada por Pedro Almodóvar (“Dor e Glória”). Meirelles foi o mais honesto, ao dizer que não se interessa pelo gênero porque lhe dá sono. “Eu sei que eles são grandes, mas eu não os assisto”, disse o diretor brasileiro à revista The Hollywood Reporter. “Quero dizer, eu gosto da técnica, às vezes assisto fragmentos e trailers e todo o VFX (efeitos visuais) e a produção são realmente espetaculares, há pessoas de primeira classe envolvidas. Mas não consigo me envolver com a história, fico com sono. Às vezes eu assisto no cinema e depois de meia hora estou com sono. São muito opressivos. Não me interessam em nada”, afirmou. Já Coppola extrapolou, num discurso durante o recebimento do prêmio Lumière, na França, chamando as produções de “desprezíveis”. “Quando Martin Scorsese diz que os filmes da Marvel não são cinema, ele está certo, pois esperamos aprender algo do cinema, esperamos ganhar alguma coisa, alguma clareza, algum conhecimento, alguma inspiração. Eu não sei se alguém ganha alguma coisa de ver o mesmo filme de novo e de novo. Martin pegou leve ao dizer que os filmes da Marvel não são cinema, pois eu os acho desprezíveis”, comentou. Por fim, Almodóvar chamou os filmes da Marvel de assexuados, dizendo que os heróis parecem “castrados” por não se relacionarem intimamente no decorrer das histórias. “Aqui nos Estados Unidos, talvez exista uma autocensura que não permite que os roteiristas escrevam sobre outros tipos de histórias. Existem muitos, muitos filmes sobre super-heróis. E a sexualidade não existe para super-heróis. Eles são castrados”, afirmou o cineasta espanhol. A afirmação parece sugerir que todos os filmes deveriam ter sexo – algo meio europeu e meio bobo. Mas a verdade é que “Deadpool”, um filme de super-herói, e sua continuação “Deadpool 2” têm várias cenas de sexo do herói com sua namorada. O problema desses cineastas com os filmes de super-heróis, porém, é outro. “Pantera Negra”, por exemplo, não só foi considerado cinema como o oposto de desprezível para a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, tornando-se o primeiro lançamento do gênero indicado ao Oscar de Melhor Filme neste ano. Isso representa uma ameaça. Com a Academia abraçando os filmes de super-heróis, os diretores tradicionalmente acostumados com a adulação de seus pares veem diminuir sua condição de eternos favoritos a prêmios em seu próprio quintal. Não apenas isso. “Coringa” venceu o Festival de Veneza, reduto tradicional do cinema de arte. E agora os cineastas veteranos encaram a possibilidade concreta de a adaptação de quadrinhos de Todd Phillips disputar o Oscar 2020 como favorito contra, vejam só, os novos filmes de Scorsese e Almodóvar. A tática, portanto, é desqualificar o gênero como um todo para desacreditar o rival.

    Leia mais
  • Filme

    Disputa de Melhor Filme Internacional do Oscar 2020 bate recorde de inscrições

    7 de outubro de 2019 /

    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (7/10) que 93 países inscreveram seus representantes para concorrer ao Oscar 2020 de Melhor Filme Internacional (antiga categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira). Trata-se de um número recorde de inscrições, superando as 92 registradas em 2007, até então o ano com a maior quantidade de inscritos. A lista inclui as primeiras indicações já feitas por três países: Gana, Nigéria e Uzbequistão. O candidato brasileiro é “A Vida Invisível”, de Karim Ainouz, que venceu a mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes, mas outros dois filmes da relação também trazem atores brasileiros: o cubano “O Tradutor”, estrelado por Rodrigo Santoro, e o italiano “O Traidor”, que além de incluir a atriz Maria Fernanda Cândido é uma coprodução brasileira. Apesar da farta seleção, os filmes que são considerados favoritos não passam de um punhado. São eles o sul-coreano “Parasita”, de Bong Joon-ho, vencedor do Festival de Cannes, o espanhol “Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar, que rendeu troféu para o ator Antonio Banderas em Cannes, o senegalês “Atlantique”, de Mati Diop, primeira mulher negra a competir e ganhar prêmio em Cannes, e o francês “Les Miserables”, de Ladj Ly, que assim como o brasileiro “A Vida Invisível” contará com apoio financeiro da Amazon para disputar sua vaga. Também chama atenção o fato de o candidato japonês, “Weathering With You”, ser uma animação. 10 dos 93 candidatos serão pré-selecionados por um comitê e revelados no dia 16 de dezembro. Desta dezena sairão os cinco finalistas, apresentados durante o anúncio de todos os indicados ao Oscar, no dia 13 de janeiro. A cerimônia de premiação está marcada para 9 de fevereiro, com transmissão ao vivo para o Brasil pelos canais TNT e Globo. Confira abaixo a lista completa dos selecionados, a maioria com seus títulos internacionais (no inglês da Academia). África do Sul: “Knuckle City”, de Jahmil XT Qubeka Albânia: “The Delegation”, de Bujar Alimani Alemanha: “System Crasher”, de Nora Fingscheidt Arábia Saudita: “The Perfect Candidate”, de Haifaa Al Mansour Argélia: “Papicha”, de Mounia Meddour Argentina: “Heroic Losers”, de Sebastián Borensztein Armênia: “Lengthy Night”, de Edgar Baghdasaryan Austrália: “Buoyancy”, de Rodd Rathjen Áustria: “Joy”, de Sudabeh Mortezai Bangladesh: “Alpha”, de Nasiruddin Yousuff Bielorrússia: “Debut”, de Anastasiya Miroshnichenko Bélgica: “Our Mothers”, de César Díaz Bolívia: “I Miss You”, de Rodrigo Bellott Bósnia e Herzegovina: “The Son”, de Ines Tanovic Brasil: “Vida Invisível”, de Karim Aïnouz Bulgária: “Ága”, de Milko Lazarov Cambógia: “In the Life of Music”, de Caylee So e Sok Visal Canadá: “Antigone”, Sophie Deraspe: diretor Cingapura: “A Land Imagined”, de Yeo Siew Hua Chile: “Spider”, de Andrés Wood China: “Ne Zha”, de Yu Yang Colômbia: “Monos”, de Alejandro Landes Coreia do Sul: “Parasit”, de Bong Joon Ho Costa Rica: “The Awakening of the Ants”, de Antonella Sudasassi Furniss Croácia: “Mali”, de Antonio Nuic Cuba: “O Tradutor”, de Rodrigo Barriuso e Sebastián Barriuso República Tcheca: “The Painted Bird”, de Václav Marhoul Dinamarca: “Queen of Hearts”, de May el-Toukhy Egito: “Poisonous Roses”, de Ahmed Fawzi Saleh Equador: “The Longest Night”, de Gabriela Calvache Eslováquia: “Let There Be Light”, de Marko Skop Eslovênia: “History of Love”, de Sonja Prosenc Espanha: “Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar Estônia: “Truth and Justice”, de Tanel Toom Etiópia: “Running against the Wind”, de Jan Philipp Weyl Filipinas: “Verdict”, de Raymund Ribay Gutierrez Finlândia: “Stupid Young Heart”, de Selma Vilhunen França: “Les Misérables”, de Ladj Ly Geórgia: “Shindisi”, de Dimitri Tsintsadze Gana: “Azali”, de Kwabena Gyansah Grécia: “When Tomatoes Met Wagner”, de Marianna Economou Holanda: “Instinct”, de Halina Reijn Honduras: “Blood: Passion: and Coffee”, de Carlos Membreño Hong Kong: “The White Storm 2 Drug Lords”, de Herman Yau Hungria: “Those Who Remained”, de Barnabás Tóth Islândia: “A White: White Day”, de Hlynur Pálmason Índia: “Gully Boy”, de Zoya Akhtar Indonésia: “Memories of My Body”, de Garin Nugroho Irã: “Finding Farideh”, de Azadeh Moussavi e Kourosh Ataee Ireland: “Gaza”, de Garry Keane e Andrew McConnell Israel: “Incitement”, de Yaron Zilberman Itália: “O Traidor”, de Marco Bellocchio Japão: “Weathering with You”, de Makoto Shinkai Kazaquistão: “Kazakh Khanate The Golden Throne”, de Rustem Abdrashov Quênia: “Subira”, de Ravneet Singh (Sippy) Chadha Kosovo: “Zana”, de Antoneta Kastrati Kirgistão: “Aurora”, de Bekzat Pirmatov Letônia: “The Mover”, de Davis Simanis Líbano: “1982”, de Oualid Mouaness Lituânia: “Bridges of Time”, de Audrius Stonys e Kristine Briede Luxemburgo: “Tel Aviv on Fire”, de Sameh Zoabi Malásia: “M for Malaysia”, de Dian Lee e Ineza Roussille México: “The Chambermaid”, de Lila Avilés Mongólia: “The Steed”, de Erdenebileg Ganbold Montenegro: “Neverending Past”, de Andro Martinović Marrocos: “Adam”, de Maryam Touzani Nepal: “Bulbul”, de Binod Paudel Nigéria: “Lionheart”, de Genevieve Nnaji Macedônia: “Honeyland”, de Ljubo Stefanov e Tamara Kotevska Noruega: “Out Stealing Horses”, de Hans Petter Moland Paquistão: “Laal Kabootar”, de Kamal Khan Palestino: “It Must Be Heaven”, de Elia Suleiman Panamá: “Everybody Changes”, de Arturo Montenegro Peru: “Retablo”, de Alvaro Delgado Aparicio Polônia: “Corpus Christi”, de Jan Komasa Portugal: “The Domain”, de Tiago Guedes Reino Unido “The Boy Who Harnessed the Wind”, de Chiwetel Ejiofor República Dominicana: “The Projectionist”, de José María Cabral Romênia: “The Whistlers”, de Corneliu Porumboiu Rússia: “Beanpole”, de Kantemir Balagov Senegal: “Atlantique”, de Mati Diop Sérbia: “King Petar the First”, de Petar Ristovski Suécia: “And Then We Danced”, de Levan Akin Suíça: “Wolkenbruch’s Wondrous Journey into the Arms of a Shiksa”, de Michael Steiner Taiwan: “Dear Ex”, de Mag Hsu e Chih-Yen Hsu Tailândia: “Krasue: Inhuman Kiss”, de Sitisiri Mongkolsiri Tunísia: “Dear Son”, de Mohamed Ben Attia Turquia: “Commitment Asli”, de Semih Kaplanoglu Ucrânia: “Homeward”, de Nariman Aliev Uruguai: “The Moneychanger”, de Federico Veiroj: diretor Uzbequistão: “Hot Bread”, de Umid Khamdamov Venezuela: “Being Impossible”, de Patricia Ortega Vietnã: “Furie”, de Le Van Kiet

    Leia mais
  • Filme

    Pedro Almodóvar será homenageado pelo Festival de Veneza

    14 de junho de 2019 /

    O cineasta Pedro Almodóvar será homenageado pelo Festival de Veneza com um Leão de Ouro honorário. Ele e a atriz Julie Andrews (a Mary Poppins original), cujo Leão de Ouro foi anunciado em março, terão as carreiras celebradas na próxima edição do mais antigo festival de cinema do mundo. É tradição do evento homenagear um diretor e um intérprete todos os anos. O diretor e roteirista espanhol já tem um prêmio do Festival de Veneza em sua estante, pelo roteiro de “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (1988). Ele também venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999) e Roteiro Original por “Fale com Ela” (2002), e foi premiado em Cannes por “Tudo Sobre Minha Mãe” e “Volver” (2006), além de vir de uma participação vitoriosa na edição do festival francês deste ano, onde o seu “Dor e Glória” rendeu o prêmio de melhor ator para Antonio Banderas. Em comunicado oficial, Almodóvar agradeceu a honra concedida pelo Festival de Veneza, e disse ter boas memórias do evento. A estreia de “Maus Hábitos” (1983) no festival foi lembrada pelo diretor como “a primeira vez que um de seus filmes viajou para fora da Espanha”. “Veneza foi o lugar do meu batismo internacional, e foi uma experiência maravilhosa. Estou muito animado e honrado com o presente que é este Leão de Ouro”, disse o cineasta espanhol. Diretor espanhol mais premiado de sua geração, Almodóvar ainda destaca, entre seus filmes notáveis, “Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão” (1980), “Matador” (1986), “A Lei do Desejo” (1987), “Ata-me” (1989), “Carne Trêmula” (1997), “Má Educação” (2004), “Volver” (2006), “A Pele Que Habito” (2011) e “Julieta” (2016).

    Leia mais
  • Filme

    Sul-coreano Bong Joon-ho vence a Palma de Ouro no Festival de Cannes

    25 de maio de 2019 /

    O filme “Parasite”, do sul-coreano Bong Joon-ho, foi o vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2019. Um dos favoritos da crítica, o longa é uma sátira de humor negro sobre a injustiça social e narra a história de uma família pobre, em um apartamento infestado por pragas, que forja um diploma para que um dos filhos arranje emprego. Ele vai trabalhar em uma luxuosa mansão, como professor particular de uma menina milionária, e passa a indicar seus parentes para trabalhos em outras funções na mansão – mesmo que, para isso, eles precisem prejudicar outras pessoas. O diretor mexicano Alejandro González Iñárritu, presidente do júri da mostra competitiva, afirmou que a premiação de “Parasite” foi unânime entre os votantes. A conquista representa uma reviravolta na trajetória do cineasta sul-coreano, que foi mal-recebido em sua passagem anterior pelo festival, simplesmente porque seu filme “Okja” (2017) era uma produção da Netflix. Desde então, o festival barrou produções de streaming em sua competição. Com a consagração de “Parasite”, feito sem participação do serviço de streaming, Cannes ressalta sua posição de que filmes da Netflix não são cinema – ou, ao menos, não são dignos de competir no festival. “Roma”, por exemplo, foi barrado na competição do ano passado – mas venceu o Festival de Veneza e três Oscars. O Grande Prêmio do Júri, considerado o 2º lugar da competição, foi para “Atlantique”, da franco-senegalesa Mati Diop. Drama sobre um casal de namorados do Senegal que se separa depois que o rapaz tenta a sorte em uma travessia a barco para a Europa, o filme foi o primeiro de uma diretora negra a competir pela Palma de Ouro. A cineasta é sobrinha de um dos diretores mais importantes do continente africano, Djibril Diop Mambéty (de “A Viagem da Hiena”, de 1973). O brasileiro “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, dividiu o Prêmio do Júri, equivalente ao 3º lugar, com “Les Misérables”, do francês Ladj Ly. Mais detalhes sobre a conquista da produção brasileira podem ser lidos aqui. Já “Les Misérables” também se destacou na competição por ter um diretor negro. O drama aborda criminalidade de menores e repressão violenta, a partir do ponto de vista de um policial novato. Nenhum dos três filmes que receberam os prêmios do júri tiveram a mesma receptividade de “Parasite”. Se não pertenciam à grande faixa de mediocridade da seleção do festival, tampouco estavam entre os favoritos da crítica a receber algum reconhecimento na competição. Dentre eles, “Bacurau” foi o que se saiu melhor na média apurada pelo site Rotten Tomatoes, com 88% de aprovação, seguido por “Atlantique”, com 87%, e “Les Misérables”, com 75%. Em termos de comparação, “Parasite” teve 96%. O prêmio de Melhor Direção ficou com os veteranos irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne por “Le Jeune Ahmed” (o jovem Ahmed), sobre um jovem muçulmano que é seduzido pela radicalização islâmica. Por coincidência, o longa belga também teve pouca repercussão crítica. De fato, foi considerado um dos mais fracos de toda a competição, com apenas 54% de aprovação no Rotten Tomatoes. Neste caso, o prestígio dos Dardenne, que já venceram duas Palmas de Ouro – por “Rosetta”, em 1999, e por “A Criança”, em 2005 – , pode ter influenciado a decisão do júri. Outro veterano, o espanhol Antonio Banderas, venceu o prêmio de Melhor Ator por “Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar. No filme, ele vive o alterego de Almodóvar, um cineasta deprimido que revisita trechos da própria vida, reencontrando antigos amores e relembrando a forte relação com sua mãe. A inglesa Emily Beecham (a Viúva da série “Into the Badlands”) ficou com o prêmio de Melhor Atriz por “Little Joe”, da austríaca Jessica Hausner. No longa, ela interpreta uma cientista que cria uma flor capaz de trazer felicidade às pessoas. Mas ao perceber que seu experimento pode ser perigoso, passa a questionar sua própria criação. “Dor e Glória” e “Little Joe” também não eram favoritos da crítica, com 88% e 71%, respectivamente. Para não dizer que a premiação foi uma decepção completa, o prêmio de Melhor Roteiro ficou com um dos filmes mais celebrados do festival: “Portrait de la Jeune Fille en Feu” (retrato da garota em fogo), da francesa Céline Sciamma, que também venceu a Palma Queer, de Melhor Filme LGBTQIA+ de Cannes. A trama se passa no século 18 e mostra como uma pintora, contratada por uma aristocrata para retratar sua filha, apaixona-se pelo seu “tema”. A produção francesa também apaixonou a crítica internacional e atingiu 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Já o filme vencedor do Prêmio da Crítica – e que também tem 100% no RT – , “It Must Be Heaven”, do palestino Elia Suleiman, recebeu uma… Menção Especial. Entre os demais filmes que saíram sem reconhecimento, encontram-se “Era uma Vez em Hollywood”, de Quentin Tarantino, “O Traidor”, de Marco Bellocchio, e “Sorry We Missed You”, de Ken Loach. Por sinal, o filme de Tarantino chegou a receber 95% de aprovação no Rotten Tomatoes – mais que “Parasite”. O balanço inevitável da premiação leva a concluir que o Festival de Cannes 2019 foi mesmo fraquíssimo. Tivessem sido premiados os favoritos da crítica, o evento teria outro peso, ao apontar caminhos. Mas a verdade é que a seleção foi terrível, com muitos filmes medíocres, como o dos irmãos Dardenne, e até um título que conseguiu a façanha de sair do festival com 0% de aprovação, “Mektoub, My Love: Intermezzo”, de Abdellatif Kechiche – cineasta que já venceu a Palma de Ouro por “Azul É a Cor Mais Quente” (2013). O Festival de Cannes 2019 apostou no passado, com a inclusão de diversos diretores consagrados, mas pode ter prejudicado seu futuro ao subestimar obras mais contundentes de uma nova geração, representada por Suleiman e Sciamma. Claro que “Parasite” foi uma escolha esperta, mas as opções politicamente corretas e de prestígio de museu acabam pesando contra a relevância do festival. Em 2018, a mostra de Cannes já tinha ficado na sombra da seleção do Festival de Veneza. Este ano, corre risco de ser ultrapassada com folga.

    Leia mais
 Mais Pipoca
Mais Pipoca 
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie