Jimmy Kimmel vai apresentar o Oscar pela quarta vez
O comediante Jimmy Kimmel foi oficializado como apresentador do Academy Awards 2024, mais conhecido como Oscar 2024, que acontece em 10 de março. Será a quarta vez que Kimmel apresentará a cerimônia de premiação. “Sempre sonhei em apresentar o Oscar exatamente quatro vezes”, brincou Kimmel em comunicado sobre sua participação. Kimmel também apresentou o Oscar em 2017, 2018 e 2023. No intervalo entre 2019 e 2022, o Oscar ficou sem apresentador fixo e registrou suas piores audiências de todos os tempos. Vale lembrar que, logo em sua estreia, o Oscar registrou um de suas maiores gafes, quando Warren Beaty e Faye Dunaway anunciaram o vencedor errado, numa mistura de envelopes, dizendo o nome de “La La Land”, quando o verdadeiro vencedor foi “Moonlight”. Kimmel conseguiu fazer o melhor possível diante do caos. “Após seu retorno triunfante ao palco do Oscar no ano passado, estamos honrados em ter Jimmy de volta para nos guiar em uma das celebrações mais queridas do entretenimento”, disse Craig Erwich, presidente da ABC Entertainment, Hulu e Disney Branded Television Streaming Originals. “Ele é um membro muito valioso de nossa família Disney, e não poderíamos estar mais gratos por ele e por toda a sua equipe.” Os indicados à a 96ª edição do prêmio serão revelados em 23 de janeiro.
Teaser de “Divertida Mente 2” bate recorde de visualizações da Disney
A Disney revelou que o primeiro teaser de “Divertida Mente 2”, divulgado na quinta-feira (9/11), bateu o recorde de divulgações do estúdio, desbancando “Frozen 2” de 2019, com surpreendentes 157 milhões de visualizações em suas primeiras 24 horas. O filme teve uma exibição particularmente forte no TikTok, onde obteve 78 milhões de visualizações. O sucesso chega pouco menos de um mês após a criação de um centro de conteúdo inédito da Disney no TikTok, em comemoração ao 100º aniversário do estúdio. O primeiro “Divertida Mente” contou a história de Riley, uma pré-adolescente que passa por diversas emoções conflitantes ao se mudar do Meio-Oeste dos EUA para San Francisco. Por isso, as emoções Alegria (voz original de Amy Poehler), Medo (Tony Hale), Raiva (Lewis Black), Nojinho (Liza Lapira) e Tristeza (Phyllis Smith) precisam se dividir no centro de controle dentro da mente da menina, onde eles a ajudam com conselhos diários. Só que enquanto Riley se esforça para se ajustar à nova vida, a turbulência em seu Quartel-General mental aumenta, criando grandes instabilidades. Comemoração do recorde Após o recorde, o diretor de criação da Pixar, Pete Docter, que dirigiu o primeiro filme e produz o novo, emitiu um comunicado. “Estamos emocionados que tantas pessoas sintonizaram para conferir o novo trailer de Divertida Mente 2”. Docter afirmou que quando o primeiro filme estreou, ele viu claramente que havia “muito para explorar” em relação ao mundo de Riley, mais do que “poderia caber em um filme”. Desta vez, porém, nem ele e nem Ronnie Del Carmen, que escreveram e dirigiram o filme premiado, estão envolvidos com a sequência. Docter virou o poderoso chefão da Pixar em 2018 e, desde o lançamento de “Soul” (2020), tem se concentrado no trabalho executivo. O novo roteiro foi escrito por Meg LeFauve, que participou da criação de “Divertida Mente” como co-roteirista do longa original, enquanto a direção ficou a cargo de Kelsey Mann, que estreia na função após trabalhar na animação de outros filmes da Pixar, como “Universidade Monstros” (2013), “O Bom Dinossauro” (2015) e “Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica” (2020). Doctor elogiou o diretor da sequência e a equipe, dizendo que os criativos “fizeram um ótimo trabalho… expandindo o mundo e introduzindo novas emoções que estamos muito ansiosos para que o público descubra”. Quantas emoções O teaser da continuação mostrou as cinco emoções apresentadas no primeiro filme sendo acordadas de madrugada para uma reforma completa em seu centro de controle e descobrindo que compartilharão o local com novas emoções. A primeira a se apresentar é a Ansiedade (dublada em inglês por Maya Hawke, de “Stranger Things”). O novo filme acompanhará a evolução mental de Riley, conforme ela cresce e experimenta a adolescência. Além da Ansiedade de cor laranja, típica da idade, ela também conhecerá Vergonha, Inveja e Tédio. As novas figuras tiveram seus visuais revelados no primeiro pôster do filme, onde Vergonha surge rosa, Tédio é roxo e Inveja tem a cor ciano – também conhecida como turquesa. “Não poderíamos estar mais gratos em ver o tipo de resposta que o teaser recebeu até agora. Obrigado a todos que conferiram – mal podemos esperar para que todos vejam o filme quando chegar aos cinemas no próximo verão”, concluiu Docter. “Divertida Mente 2” tem previsão de lançamento nos cinemas em 14 de junho de 2024, quase nove anos após o primeiro filme.
Divertida Mente 2 | Teaser apresenta novas emoções
A Disney divulgou o primeiro pôster e o teaser de “Divertida Mente 2”, continuação do filme da Pixar que venceu o Oscar de Melhor Animação em 2016. A prévia mostra as cinco emoções apresentadas no primeiro filme sendo acordadas de madrugada para uma reforma completa em seu centro de controle, descobrindo que compartilharão o local com novas emoções, conforme Riley entra na adolescência. A primeira a se apresentar é a Ansiedade (dublada em inglês por Maya Hawke, de “Stranger Things”). O primeiro “Divertida Mente” contou a história de Riley, uma pré-adolescente que passa por diversas emoções conflitantes ao se mudar do Meio-Oeste dos EUA para San Francisco. Por isso, as emoções Alegria (voz original de Amy Poehler), Medo (Tony Hale), Raiva (Lewis Black), Nojinho (Liza Lapira) e Tristeza (Phyllis Smith) precisam se dividir no centro de controle dentro da mente da menina, onde eles a ajudam com conselhos diários. Só que enquanto Riley se esforça para se ajustar à nova vida, a turbulência em seu Quartel-General mental aumenta, criando grandes instabilidades. O novo filme acompanha a evolução mental de Riley, conforme ela cresce e experimenta novas emoções. Além da Ansiedade de cor laranja, típica da adolescência, ela também conhecerá Vergonha, Inveja e Tédio. As novas figuras tiveram seus visuais revelados no primeiro pôster do filme, onde Vergonha surge rosa, Tédio é roxo e Inveja tem a cor ciano – também conhecida como turquesa. Vale lembrar também que “Divertida Mente” já teve uma continuação. A Pixar lançou um curta, “O Primeiro Encontro da Riley”, como bônus do DVD do filme, que mostrava a garotinha um pouco mais velha e na expectativa de seu primeiro encontro com um potencial namorado. Desta vez, porém, Pete Docter e Ronnie Del Carmen, que escreveram e dirigiram o filme premiado, deram lugar a novos nomes no comando da sequência. Docter virou o poderoso chefão da Pixar em 2018 e, desde o lançamento de “Soul” (2020), tem se concentrado no trabalho executivo. O roteiro foi escrito por Meg LeFauve, que participou da criação de “Divertida Mente” como co-roteirista do longa original, enquanto a direção ficou a cargo de Kelsey Mann, que estreia na função após trabalhar na animação de outros filmes da Pixar, como “Universidade Monstros” (2013), “O Bom Dinossauro” (2015) e “Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica” (2020). “Divertida Mente 2” tem previsão de lançamento nos cinemas em 14 de junho de 2024, quase nove anos após o primeiro filme.
Burt Young, intérprete de Paulie em “Rocky”, morre aos 83 anos
O ator Burt Young, que ficou conhecido nas telas como Paulie, cunhado e amigo de Rocky Balboa (Sylvester Stallone) na saga “Rocky”, faleceu aos 83 anos em 8 de outubro, em Los Angeles. O falecimento foi confirmado apenas nesta semana pelo jornal The New York Times. Young, cujo nome de batismo era Gerald Tommaso DeLouise, nasceu em Queens, Nova York, e após servir na corporação de Fuzileiros Navais dos EUA na década de 1950, estudou no renomado Actors Studio de Lee Strasberg, iniciando assim sua carreira artística. Seu talento estendia-se também à pintura e à escrita, tendo suas obras exibidas em galerias ao redor do mundo. Seu filme “Uncle Joe Shannon” (1978) é um exemplo de seu talento diversificado, onde atuou como protagonista e também contribuiu para o roteiro. Um durão clássico Ele acumulou mais de 160 créditos em filmes e séries, destacando-se em papéis de personagens durões, muitas vezes ligados ao submundo do crime. Entre seus trabalhos notáveis estão participações em clássicos como “Chinatown” (1974), de Roman Polanski, e “Era uma Vez na América” (1984), de Sergio Leone, além de ter firmado parceria com Sam Peckinpah em dois longas, “Elite de Assassinos” (1975) e “Comboio” (1978). Um lutador Mas foi seu papel como Paulie Pennino em “Rocky, um Lutador” (1976) que catapultou Young para o estrelato, rendendo-lhe uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Irmão da tímida Adrian (Talia Shire) e amigo leal de Rocky, Paulie tornou-se um personagem querido pelo público, marcando presença em todas as seis sequências originais da franquia – até “Rocky Balboa”, em 2006. Young explorou a complexidade de Paulie, demonstrando sua lealdade e vulnerabilidade, elementos que enriqueceram a narrativa dos filmes. Últimos trabalhos Depois de Rocky, ele trabalhou em vários outros filmes e séries, incluindo “Família Soprano”, da HBO, numa participação especial como Bobby Baccalieri Sr., um gangster doente que sai da aposentadoria para um último assassinato. No episódio, Tony Soprano (interpretado por James Gandolfini) compara o personagem de Young ao Exterminador do Futuro. O artista também foi visto recentemente na série “Bonecas Russas”, da Netflix, e em diversos thrillers criminais feitos para o mercado de VOD. No último lançamento, foi o detetive protagonista de “The Final Code” (2021), porém deixou mais dois filmes do gênero em produção. A homenagem de Rocky Sylvester Stallone prestou homenagem ao colega de elenco em uma postagem no Instagram, descrevendo-o como um “amigo querido” e destacando sua importância tanto para a franquia quanto para sua vida pessoal. “Você era um homem e artista incrível, eu e o mundo sentirão muito a sua falta”, escreveu o intérprete de Rocky.
Gwyneth Paltrow transformou Oscar que tirou de Fernanda Montenegro em peso de porta
Para Fernanda Montenegro, seria uma merecida consagração histórica. Mas para Gwyneth Paltrow, o Oscar que ela tirou da brasileira em 1999 é apenas um peso para uma porta em seu jardim. Gwyneth Paltrow surpreendeu a crítica negativamente ao vencer o Oscar de Melhor Atriz em 1999 por “Shakespeare Apaixonado”, superando o desempenho magistral de Fernanda por “Central do Brasil” e até Cate Blanchett por “Elizabeth” e Maryl Streep por “Um Amor Verdadeiro”. Agora, ela revelou que sua estatueta fica jogada no chão de seu quintal, servindo como peso de porta. Em uma participação na série “73 Questions” da Vogue, a atriz mostrou o prêmio em seu jardim e afirmou: “É o meu peso de porta”. Ela complementou dizendo que “funciona perfeitamente”. Oscar a deixa desconfortável Não é a primeira vez que a atriz comenta sobre a falta de carinho com a estatueta. Em 2005, ela mencionou em entrevista para a Entertainment Weekly que mantinha o Oscar “escondido no fundo da estante em meu quarto”. A atriz associou o troféu a sentimentos ambíguos, indicando que o prêmio a fazia se sentir desconfortável. Sua escolha como vencedora foi a mais criticada na categoria de Melhor Atriz entre todas as edições do Oscar. Veja abaixo o destino do Oscar de Gwyneth Paltrow.
Scorsese mudou final de “Os Infiltrados” para não criar franquia
O diretor Martin Scorsese assumiu a culpa pelo criticado final de “Os Infiltrados”. O filme vencedor do Oscar de 2007 é um remake de “Conflitos Internos” (Infernal Affairs), policial de Hong Kong cultuadíssimo de 2002, dirigido por Andrew Lau. Muitos cinéfilos consideram o filme de Lau superior ao de Scorsese e um dos pontos que são apontados como grande diferencial é justamente o fim, uma vez que a versão chinesa não cede ao moralismo hollywoodiano. Durante uma entrevista à GQ, Scorsese revelou que a Warner Bros. pediu-lhe que ele alterasse o final para que refletisse a produção original. O estúdio queria que um dos dois protagonistas sobrevivesse. O diretor protestou e não cedeu. “O que eles queriam era uma franquia”, disse Scorsese. “Não se tratava de uma questão moral de uma pessoa viver ou morrer.” Ninguém vive Os Infiltrados rendeu a Scorsese seu primeiro troféu de Melhor Diretor, além de conquistar Oscars de Melhor Filme e Roteiro (inferior ao original). Na trama, Matt Damon vive um espião da máfia irlandesa infiltrado na polícia, que se destaca como bom policial, enquanto Leonardo DiCaprio interpreta um policial disfarçado de mafioso, cada vez mais ambientado no crime. Ambos acabam mortos no desfecho. Segundo Scorsese, o público adorou o final nas exibições-teste, mas o estúdio ficou “muito triste, porque simplesmente não queria aquele filme. Eles queriam a franquia. O que significa que não posso mais trabalhar aqui.” Scorsese criticou a obsessão de Hollywood por franquias. “O perigo é o que isso está causando à nossa cultura, porque agora haverá gerações que pensarão que os filmes são apenas isso.” Ele estendeu a crítica aos filmes da Marvel e acrescentou: “Acho que o conteúdo fabricado não é realmente cinema”. Uma frase corajosa para o diretor que fez clássicos originais ignorados pela Academia, apenas para ser premiado com um remake hollywoodiano. Decisão moralista O final de Scorsese reflete um ponto de vista cristão ocidental por ser extremamente moralista, em sua decisão de punir ambos os “pecadores” e não permitir arco de redenção. Já a história original de “Conflitos Internos” termina com um dos protagonistas vivos, marcando o início de um trilogia com prólogo e continuação, ambos lançados antes do remake americano. Toda a franquia original é cultuadíssima. Veja abaixo os trailers do remake e do original.
Mostra de São Paulo terá “Maestro”, novo filme de Bradley Cooper
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo revelou o pôster e os primeiros destaques de sua 47ª edição. Novos filmes O título mais esperado é “Maestro”, segundo longa dirigido por Bradley Cooper após estrear com “Nasce uma Estrela”. A obra é uma cinebiografia do compositor americano Leonard Bernstein, responsável pela trilha do musical “Amor, Sublime Amor”, e traz o próprio Cooper no papel-título, além de Carey Mulligan (“Bela Vingança”). Produção da Netflix, o filme teve première mundial no recente Festival de Veneza. Outro destaque é “Evil Does Not Exist”, do cineasta japonês Ryûsuke Hamaguchi, que venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional com “Drive My Car”, no ano passado. Seu novo filme também já é premiado. Venceu o Grande Prêmio do Júri do Festival de Veneza. A trama se passa num vilarejo na periferia de Tóquio, que tem seus costumes ameaçados por planos de construção de luxo. A relação ainda inclui “About Dry Grasses”, do turco Nuri Bilge Ceylan, que rendeu a Merve Dizdar o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, e “Afire”, do alemão Christian Petzold, vencedor do Grande Prêmio do Júri em Berlim, além de “La Chimera”, parceira da italiana Alice Rohrwacher com a brasileira Carol Duarte, e “Cerrar los Ojos”, do espanhol Víctor Erice. Filmes clássicos Já o pôster psicodélico da edição tem assinatura do cineasta italiano Michelangelo Antonioni (1912-2007), que será homenageado em uma retrospectiva com 23 títulos e leitura de um roteiro inédito na programação da Mostra deste ano. A ilustração do pôster foi feita pelo diretor de “Blow Up” nos anos 1960. Outros clássicos foram confirmados na programação, com a exibição de versões restauradas. Uma delas é “Le Retour à la Raison” (1923), primeiro trabalho do americano Man Ray, que será apresentado numa coletânea com outros três curtas-metragens do cineasta, com uma nova trilha sonora criada pela banda Sqürl, de Jim Jarmusch. “Amor Louco” (1969), do francês Jacques Rivette, “O Sangue” (1989) e “Vale Abraão” (1993), dirigidos, respectivamente, pelos portugueses Pedro Costa e Manoel de Oliveira, o brasileiro “Corisco & Dadá (1996)”, do diretor cearense Rosemberg Cariry, e “Underground: Mentiras de Guerra” (1995), do sérvio Emir Kusturica, completam a lista. Para completar as novidades, a Petrobras está de volta como patrocinadora, juntando-se ao Itaú após o governo Bolsonaro proibir a estatal de apoiar eventos culturais. A Mostra desta ano vai acontecer entre os dias 19 de outubro de 1º de novembro. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por @mostrasp Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por @mostrasp Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por @mostrasp
Pedágio: Filme brasileiro na seleção do Festival de Toronto ganha trailer internacional
A Paris e a Biônica Filmes divulgaram o pôster e o trailer internacionais de “Pedágio”, dirigido por Carolina Markowicz, que foi selecionado para os festivais de Toronto, no Canadá, e San Sebastián, na Espanha. A seleção em Toronto marca a volta da diretora ao evento canadense. No ano passado, Carolina apresentou seu longa de estreia “Carvão” no mesmo festival. A prévia mostra a tensão entre os dois personagens centrais, mãe e filho vividos por Maeve Jinkings (“Os Outros”) e Kauan Alvarenga (que trabalhou no curta “O Órfão”, da diretora). Trama controversa e atual Maeve Jinkings, que também estrelou “Carvão” e volta a trabalhar com a cineasta, tem o papel de Suellen, uma funcionária de pedágio nas cercanias de Cubatão, São Paulo, que certo dia percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra. Mas tudo por uma causa nobre: conseguir pagar um caríssimo tratamento para o que considera ser um grande problema do seu filho, “seu jeito diferente”. Trata-se da infame cura gay, oferecida por um famoso pastor estrangeiro. O filme retrata a opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+ e apresenta o drama com humor ácido. A diretora e roteirista Carolina Markowicz comentou sobre a relevância do tema: “O fosso conservador que vivemos nos últimos tempos serviu para deixar bem à vontade cada indivíduo que se achasse no direito de proferir críticas e até agressões à população LGBTQIA+”. Rodado em Cubatão, o filme tem produção da Biônica Filmes, O Som e a Fúria e Globo Filmes, e seu elenco ainda inclui Thomás Aquino (também de “Os Outros”), Aline Marta Maia (“Carvão”) e Isac Graça (da série portuguesa “Três Mulheres”). O filme ainda não tem previsão de estreia comercial.
Sandra Bullock teria se chateado ao descobrir que venceu Oscar por história fake
Sandra Bullock ficou com o “coração partido” ao descobrir que a história de “Um Sonho Possível” (2009) teria sido forjada, segundo o jornal The Daily Mail. A artista venceu o Oscar de Melhor Atriz pelo filme, que conta a suposta trajetória de Michael Oher, um adolescente negro que teria sido adotado pela família branca Tuohy e acabou explodindo como atleta de futebol americano. Uma fonte ligada à atriz revelou que ela ficou indignada com as acusações feitas por Oher na segunda-feira (14/8). O ex-NFL moveu um processo contra os tutores por se aproveitarem de sua fama e por forjarem a adoção retratada no longa-metragem. Ele alega que nunca foi adotado e ainda cedeu, sem saber, os direitos de sua vida para os Thuoys, que lucraram com o filme, enquanto ele não ganhou nenhum centavo. “Sandra odeia que uma história tão maravilhosa, um filme espetacular e um momento espetacular em sua vida agora tenham sido contaminados. Agora as pessoas não vão assistir e, se o fizerem, terão uma reação completamente diferente à sua intenção original”, explicou. “Houve tanto trabalho duro colocado no filme que todos pensaram que era a verdade e agora que foi questionado, apenas perturba Sandra sem fim que um momento em sua vida que foi tão especial, agora tem uma perspectiva completamente diferente.” Devolução do Oscar Com a repercussão, os internautas pediram a devolução do Oscar de Sandra Bullock, porém o ator que viveu Michael Oher defendeu sua colega de elenco. “Fazer um pedido como esse não faz sentido. Sandra não tem nada a ver com a história real que estamos vendo agora. Ela teve uma atuação brilhante e isso não deve ser manchado”, pontuou Quinton Aaron. “Obviamente, o meu coração lamenta pela situação. Eu sempre estive sob a impressão, como todo mundo, que aquela era uma boa família. Foi difícil ler aquela reportagem para mim, e mando minhas orações para todos os envolvidos. Espero que isso se resolva da melhor forma possível para todo mundo”, ele acrescentou. Os Thuoys negam as acusações e dizem que Oher tinha ameaçado o casal anteriormente de divulgar uma história negativa sobre eles a menos que recebesse US$ 15 milhões. O caso está na Justiça.
Filme brasileiro é selecionado para os festivais de Toronto e San Sebastián
O drama brasileiro “Pedágio”, dirigido por Carolina Markowicz, foi selecionado para os festivais de Toronto, no Canadá, e San Sebastián, na Espanha. A seleção em Toronto marca a volta da diretora ao evento canadense. No ano passado, Carolina apresentou seu longa de estreia “Carvão” no mesmo festival. O elenco principal da única produção brasileira no evento destaca Maeve Jinkings e Thomás Aquino (ambos de “Os Outros”), Kauan Alvarenga (que trabalhou no curta “O Órfão”, da diretora), Aline Marta Maia (“Carvão”) e Isac Graça (da série portuguesa “Três Mulheres”). Trama controversa e atual Maeve Jinkings também estrelou “Carvão” e volta a trabalhar com a cineasta no papel de Suellen, uma funcionária de pedágio nas cercanias de Cubatão, São Paulo, que certo dia percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra. Mas tudo por uma causa nobre: conseguir pagar um caríssimo tratamento para o que considera ser um grande problema do seu filho, “seu jeito diferente”. Trata-se da infame cura gay, oferecida por um famoso pastor estrangeiro. O filme retrata a opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+ e apresenta o drama com humor ácido. A diretora e roteirista Carolina Markowicz comentou sobre a relevância do tema: “O fosso conservador que vivemos nos últimos tempos serviu para deixar bem à vontade cada indivíduo que se achasse no direito de proferir críticas e até agressões à população LGBTQIA+”. Rodado em Cubatão, o filme tem produção da Biônica Filmes, O Som e a Fúria e Globo Filmes. Na corrida pelo Oscar O Festival de Toronto acontece de 7 a 17 de setembro, enquanto o de San Sebastián é realizado de 22 a 30 de setembro. Além da seleção nos prestigiados eventos internacionais, “Pedágio” está em busca de uma vaga no Oscar. O filme está inscrito entre os longas brasileiros que tentarão uma vaga na disputa de melhor filme internacional em 2024.
Sixto Rodriguez, lenda do folk rock, morre aos 81 anos
Sixto Rodriguez, um dos músicos latinos mais lendários do mundo, conhecido principalmente pelo documentário “Procurando Sugar Man” de 2012, faleceu aos 81 anos nesta quarta-feira (9/8). A família confirmou a notícia em suas redes sociais, sem revelar a causa e outros detalhes sobre sua morte. Uma trajetória inesperada Filho de imigrantes mexicanos nascido em Detroit, nos Estados Unidos, Sixto lançou apenas dois álbuns: “Cold Fact” em 1970 e “Coming from Reality” em 1971. Nenhum deles obteve sucesso nos Estados Unidos, mas foram levados para a África do Sul, onde Sixto se tornou uma celebridade, sem sequer saber disso à época. O músico, cansado de não encontrar seu espaço no meio musical, deixou os palcos e trabalhou em subempregos nos Estados Unidos. Contudo, com a chegada da internet nos anos 1990, sua obra foi redescoberta. Em busca da comprovação de que ele ainda estava vivo, um grupo de fãs conseguiu encontrá-lo e contar-lhe sobre seu sucesso internacional. Assim, ele organizou uma turnê com ingressos esgotados na África do Sul em 1998. Ele voltou a cantar e a fazer turnês, mas só se tornou realmente grande em 2012, quando o documentarista sueco Malik Bendjelloul, impressionado com sua história de vida, lançou o filme “Procurando Sugar Man”. O documentário traçou o percurso errático do músico, que havia sido alvo de boatos, incluindo que havia se suicidado em pleno palco. O filme acabou ganhando o Oscar de Melhor Documentário em 2013. Impacto social Sixto, chamado assim por ser o sexto filho em sua família, cantava um folk rock típico do início dos anos 1970. A canção “Sugar Man”, lançada em “Cold Fact”, tornou-se um clássico. Cantando sobre a opressão sofrida pelos trabalhadores pobres nos Estados Unidos, ganhou conexão imediata com os sul-africanos contrários ao regime do Apartheid. Ele virou um ídolo no país sem nunca ter tido consciência disto. Também fez grande sucesso na Austrália e na Nova Zelândia. A vida sem música Sem saber do sucesso internacional e sem conseguir viver de sua música, ele trabalhou na construção civil, especializando-se demolição, e também como faxineiro diarista. Apesar das dificuldades, também tentou carreira política, em candidaturas derrotadas para o Detroit City Council (equivalente ao cargo de vereador), à prefeitura de Detroit e à Michigan House of Representatives (equivalente a deputado estadual), entre 1989 e 2000. Reconhecimento tardio Depois de sua extraordinária história ser imortalizada no documentário “Procurando Sugar Man”, ele conquistou um sucesso tardio nos Estados Unidos e experimentou orenascimento de sua carreira musical. Isto lhe permitiu comprar uma casa em leilão em Detroit e continuar ativo politicamente em sua comunidade. Em uma entrevista em 2008, Sixto refletiu sobre sua jornada: “Foi uma grande odisseia. Durante todos esses anos, você sabe, sempre me considerei um músico. Mas a realidade aconteceu”. Veja o trailer de “Procurando Sugar Man”:
William Friedkin, diretor de “O Exorcista”, morre aos 87 anos
O diretor William Friedkin, vencedor do Oscar por “Conexão Francesa” (1971) e responsável pelo icônico “O Exorcista” (1973), faleceu nesta segunda-feira (7/8) em Los Angeles aos 87 anos. Com uma carreira de mais de cinco décadas, ele era um dos diretores mais admirados da “Nova Hollywood”, uma onda de cineastas brilhantes que deixaram sua marca na década de 1970, como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Michael Cimino, Peter Bogdanovich, Steven Spielberg e George Lucas, entre outros. Início de carreira Nascido em Chicago em 29 de agosto de 1935, Friedkin era filho único de uma ex-enfermeira que ele chamava de “santa” e de um pai que alternava entre empregos para pagar as contas. Ambos vieram com suas famílias judaicas em fuga da Ucrânia após os pogroms do início do século 20. Friedkin começou sua carreira cuidando das entregas de correio de uma estação de TV de Chicago, WGN, onde rapidamente ascendeu para a direção de programas de televisão ao vivo e documentários. Ele afirmou ter dirigido cerca de 2 mil programas de TV durante esses primeiros anos, incluindo o documentário de 1962 “The People vs. Paul Crump”, sobre a reabilitação de um homem no corredor da morte. O documentário ganhou o Golden Gate Award no San Francisco Film Festival e o levou a liderar a divisão de documentários da WBKB e, posteriormente, a um trabalho dirigindo documentários para o produtor David L. Wolper. A transição para o cinema aconteceu com “Good Times” (1967), uma comédia musical estrelada pelo casal de cantores Sonny e Cher. O filme, que parodiava vários gêneros de filmes populares da época, como westerns, filmes de espionagem e dramas de guerra, foi uma oportunidade para Sonny e Cher mostrarem seu talento cômico e musical. Embora não tenha sido um grande sucesso de bilheteria, a obra serviu como um trampolim para a carreira de Friedkin. Após “Good Times”, Friedkin dirigiu outra comédia musical, “Quando o Strip-Tease Começou” (1968), e o suspense “Feliz Aniversário” (1968), adaptação da peça homônima de Harold Pinter, que recebeu elogios da crítica e ajudou a estabelecer a reputação do cineasta. Este filme, juntamente com outra adaptação de teatro, “Os Rapazes da Banda” (1970), demonstrou a habilidade de Friedkin em trabalhar com material dramático complexo e temas provocativos. Primeiro impacto O cineasta começou a dizer a que veio com “Os Rapazes da Banda”, drama baseado na peça de Mart Crowley sobre um grupo de homossexuais em Nova York. O longa marcou época como uma das primeiras produções de Hollywood a retratar personagens gays de maneira aberta e sem julgamentos, e é considerado uma das obras mais importantes da representação LGBTQIAPN+ no cinema. Na época, foi um escândalo, mas não afetou sua carreira como muitos lhe avisaram. Na verdade, teve efeito contrário. A influência de “Os Rapazes da Banda” na trajetória de Friedkin não pode ser subestimada. O filme demonstrou a habilidade do cineasta em lidar com material provocativo e complexo, e estabeleceu-o como um diretor disposto a correr riscos e a desafiar as convenções de Hollywood. A consagração de “Conexão Francesa” A consagração de Friedkin veio no ano seguinte com “Conexão Francesa” (1971), um thriller policial baseado em uma história real sobre dois detetives da polícia de Nova York que tentam interceptar um grande carregamento de heroína vindo da França. Filmado com um orçamento modesto de US$ 1,5 milhão, fez bom uso da experiência documental do diretor para registrar realismo visceral e suspense de tirar o fôlego. A sequência de perseguição de carro do policial Popeye Doyle, interpretado por Gene Hackman, a um trem elevado sequestrado no Brooklyn, é frequentemente citada como a melhor cena de perseguição de carro já filmada. Ela foi rodada sem permissões oficiais nas ruas do Brooklyn, de forma clandestina e em meio ao tráfego real. Friedkin queria que a sequência fosse o mais autêntica possível, então ele e sua equipe filmaram uma perseguição real em alta velocidade, com Hackman de fato dirigindo seu carro. “Conexão Francesa” dominou o Oscar de 1972, vencendo o prêmio de Melhor Filme, Ator (Gene Hackman), Edição, Roteiro Adaptado e, claro, Melhor Direção. A revolução de “O Exorcista” Friedkin conseguiu superar a tensão de “Conexão Francesa” com “O Exorcista”, adaptação do best-seller de terror de William Peter Blatty sobre a possessão demoníaca de uma jovem. Lançado no final de dezembro de 1973, tornou-se um sucesso fenomenal, um dos maiores sucessos de bilheteria de Hollywood até aquela data, com vendas de ingressos de mais de US$ 200 milhões. Foi também o primeiro terror a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme – além de outras 9 estatuetas, incluindo novamente Melhor Direção. O filme é famoso por suas cenas intensas e efeitos especiais inovadores. Durante as filmagens, Friedkin usou várias técnicas para obter as reações desejadas de seus atores. Por exemplo, ele disparou uma arma no set para assustar Jason Miller (que interpretou o Padre Karras) e obter uma reação de choque genuína. Além disso, a cena em que Regan (Linda Blair), a menina possuída, vomita sopa de ervilha no Padre Karras foi realizada com uma mangueira escondida e a sopa foi realmente atirada no ator. Para completar, como teste para ver se a boneca animatrônica de Regan, que girava a cabeça em 360 graus, seria convincente o suficiente, pediu para a equipe levá-la em passeios de táxi, deixando motoristas apavorados – foi a primeira pegadinha de terror da História. Mas “O Exorcista” (1973) não foi um marco apenas no gênero de terror, com sua bilheteria recorde e tratamento de superprodução. Seu lançamento desempenhou um papel crucial na formação da era moderna dos blockbusters. O filme foi um fenômeno cultural e comercial, arrecadando mais de US$ 441 milhões em todo o mundo, um feito impressionante para a época. A década de 1970 foi um período de transição significativa para a indústria cinematográfica. Antes de “O Exorcista”, os filmes eram geralmente lançados em um pequeno número de cinemas e só depois se expandiam para um lançamento mais amplo. No entanto, “O Exorcista” quebrou esse molde com um lançamento em larga escala, chegando a centenas de cinemas simultaneamente. Esse método de distribuição, agora conhecido como “lançamento de saturação”, foi uma estratégia de marketing inovadora que ajudou a maximizar a receita do filme e a criar um burburinho imediato. Além disso, “O Exorcista” foi um dos primeiros filmes a usar uma campanha de marketing extensa e agressiva, com trailers provocativos e pôsteres icônicos que se tornaram sinônimos do filme. Essa abordagem de marketing, que agora é padrão na indústria cinematográfica, foi pioneira na época e contribuiu para o sucesso estrondoso do filme. O efeito de “O Exorcista” na indústria cinematográfica abriu caminho para os blockbusters que se seguiram, como “Tubarão” (1975) e “Guerra nas Estrelas” (1977), que usaram os mesmos métodos de saturação e campanhas de marketing agressivas para alcançar um público amplo e gerar receitas recordes, dando início ao cinema moderno. A ressaca Após o sucesso de “Conexão Francesa” e “O Exorcista”, Friedkin tornou-se um dos diretores mais venerados de Hollywood. No entanto, seu filme seguinte foi um documentário de 1975 em que entrevistava um de seus ídolos, o alemão Fritz Lang, diretor do clássico “Metrópolis” (1927) e de vários filmes noir famosos. Depois, decidiu fazer um remake de “O Salário do Medo”, o clássico thriller francês de Henri-Georges Clouzot de 1953. “O Comboio do Medo” (1977) trouxe Roy Scheider no papel originalmente interpretado por Yves Montand, mas a maioria dos críticos achou o filme longo e pouco emocionante em comparação ao original. Foi lançado ao mesmo tempo que “Guerra nas Estrelas” e sumiu rapidamente. Pelo menos, ganhou revisão histórica e voltou a ser considerado um filme importante com o passar do tempo, ao contrário de seu filme seguinte, a comédia policial “Um Golpe Muito Louco” (1978), pouquíssimo lembrada. Nova polêmica O diretor voltou a ousar com “Parceiros da Noite” (1980), com Al Pacino como um detetive de Nova York que se infiltra em bares gays e na subcultura S&M da cidade para resolver um assassinato. O filme provocou forte oposição de ativistas gays, que se opuseram à representação da comunidade e o consideraram nocivo à sua luta por aceitação, para grande desgosto de Friedkin. Mas este longa também se tornou cultuado com o passar dos anos. Alguns críticos e espectadores reavaliaram o filme, argumentando que, apesar de suas falhas, ele oferece uma visão fascinante e complexa da subcultura gay de Nova York no final dos anos 1970. Além disso, a performance intensa de Al Pacino e a direção estilizada de Friedkin foram reconsideradas, e o filme é atualmente reconhecido por sua abordagem sem rodeios de um tema que era considerado tabu na época. Influência nos anos 1980 Depois de marcar o cinema dos anos 1970, Friedkin criou nova estética cinematográfica que acabou adotada por vários cineastas dos 1980 com “Viver e Morrer em Los Angeles” (1985), outro de seus filmes emblemáticos. O thriller policial, que segue dois agentes federais (William Petersen e John Pankow) em uma caçada implacável a um falsificador de dinheiro (Willem Dafoe), é conhecido por sua paleta de cores vibrantes, cinematografia estilizada, abordagem fashion do mundo do crime e trilha sonora sintetizada pulsante, composta pela banda britânica Wang Chung. Esses elementos combinados criaram uma atmosfera que capturou a essência da cultura pop dos anos 1980. Friedkin criou uma nova linguagem, influenciada pela crescente popularidade dos videoclipes da época, aproveitando as técnicas visuais inovadoras que estavam sendo usadas nesse meio para criar uma obra que era tanto uma experiência sensorial quanto uma narrativa de suspense. Ele combinou cenas que pareciam sair da MTV com algumas de suas marcas mais conhecidas, incluindo outra perseguição de carros que é considerada uma das melhores de todos os tempos. Síntese visual dos anos 1980, o filme teve uma influência significativa para as produções de ação que se seguiram, especialmente os filmes de Tony Scott e Michael Bay. Volta matadora no século 21 Friedkin continuou a dirigir suspenses, terrores e filmes de ação, como “Síndrome do Mal” (1987), “A Árvore da Maldição” (1990), “Jade” (1995). “Regras do Jogo” (2000), “Caçado” (2003) e “Possuídos” (2006), mas nenhum deles teve um terço da repercussão de seus trabalhos anteriores. Seu último filme, “Killer Joe – Matador de Aluguel” (2011), foi um thriller sombrio estrelado por Matthew McConaughey como um assassino de aluguel, contratado por um jovem traficante de drogas (Emile Hirsch) para matar sua mãe e coletar o dinheiro do seguro. Quando o traficante não consegue pagar o adiantamento de Joe, ele sugere uma alternativa perturbadora: a irmã mais nova do jovem (Juno Temple) como “garantia sexual” até que o pagamento seja feito. Chocante, mas irresistivelmente envolvente, o filme baseado numa peça de Tracy Letts, foi classificado como NC-17, a mais elevada classificação etária permitida nos cinemas dos EUA, que normalmente limita a distribuição e a bilheteria de um filme. Friedkin não quis negociar e conseguiu lançar o filme sem cortes apenas para maiores de idade. Sacrificando o sucesso comercial, “Killer Joe” causou ótima impressão entre os críticos e ajudou a relançar Matthew McConaughey como um ator a ser levado a sério, capaz de uma performance ao mesmo tempo charmosa e aterrorizante, que ele não demonstrava ser capaz em suas comédias românticas – dois anos depois, McConaughey ganhou o Oscar de Melhor Ator por “Clube de Compra Dallas” (2013). Muitos alardearam “Killer Joe” como a volta de Friedkin à boa forma cinematográfica. Últimas obras O último lançamento do diretor em vida foi o documentário “The Devil and Father Amorth” (2017), sobre o padre exorcista Gabriele Amorth (que inspirou o recente filme de terror “O Exorcista do Papa”). Mas ele deixou finalizado o longa de ficção “The Caine Mutiny Court-Martial”, que terá première mundial nos próximos dias, durante o Festival de Veneza. O filme é baseado no livro de Herman Wouk, que narra o julgamento de um oficial da marinha por motim, após assumir o comando de um navio por sentir que o capitão estava agindo de maneira instável e colocando a vida da tripulação em risco. A...
Academia investiga venda do Oscar de Orson Welles por “Cidadão Kane”
A estatueta do Oscar que Orson Welles ganhou por escrever seu épico de 1941, “Cidadão Kane”, foi vendida por US$ 645 mil em um leilão realizado pela Heritage Auctions. No entanto, a venda pode não ter sido totalmente legal, devido a uma estipulação em um termo assinado pela filha de Welles, Beatrice, ao receber o troféu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Estatueta substituta com cláusula de venda A peça vendida não era o Oscar original que Welles ganhou, mas uma substituição que Beatrice solicitou em 1988, três anos após a morte de seu pai em 1985, aos 70 anos de idade. Beatrice pediu à Academia uma substituição, já que a família do cineasta não conseguiu encontrar o Oscar original entre seus pertences quando ele faleceu. A Academia atendeu e enviou uma estatueta substituta, mas ela veio com uma estipulação em um termo que Beatrice assinou. O termo declarava que a estatueta não poderia ser vendida a menos que fosse primeiro oferecida de volta à Academia pelo preço de apenas um dólar. Este é o acordo padrão que a Academia implementou em 1950, depois que Oscars ganhos antes disso foram vendidos ou leiloados. A história se complica A história se complica ainda mais, pois, em 1994, o Oscar “perdido” original de Welles foi colocado em leilão na Sotheby’s de Londres. A estatueta foi vinculada a Gary Graver, um diretor de fotografia que estava trabalhando no inacabado filme de 1974 de Welles, “O Outro Lado do Vento”. Graver alegou que Welles lhe deu o Oscar como pagamento por trabalhar no projeto financeiramente restrito. Graver então vendeu o Oscar por US$ 50 mil para uma empresa não identificada que o colocou em leilão na Sotheby’s com um lance inicial de US$ 250 mil. Quando a Sotheby’s notificou Beatrice para verificar se o Oscar era autêntico, ela processou e o tribunal decidiu que o Oscar não foi dado como “pagamento”, devolvendo o Oscar original para ela. Ela até tentou vender o original em 2003, já que ele não era coberto pela cláusula da Academia. Ainda assim, a organização tentou impedir que ela vendesse o troféu. Ao final, um juiz decidiu a favor de Beatrice e ela vendeu a estatueta por um valor não especificado. Esse comprador desconhecido tentou por anos revendê-la sem sucesso até 2011, quando arrematou impressionantes US$ 871,5 mil. O Oscar ganho pelo co-roteirista de “Cidadão Kane”, Herman J. Mankiewicz, foi leiloado um ano depois por outra soma considerável, US$ 588,4 mil. A questão da legalidade Embora o leilão da Heritage tenha listado vários itens que vieram do Patrimônio de Welles – como três estatuetas do Grammy (US$ 45 mil), a máquina de escrever de Welles (US$ 81,2 mil) e três certificados de indicação ao Oscar de “Cidadão Kane” (US$ 105 mil), o Oscar substituto não foi listado como vindo da família. O consignatário não foi identificado, embora a listagem tenha dito que viria com um certificado de autenticidade. A Heritage também tem uma política que garante que todo consignatário deve ser legítimo e capaz de vender legalmente o item. Se o Oscar substituto veio de Beatrice, a questão permanece por que ela não o listaria sob o Patrimônio de Welles, como fez com os outros itens. A Heritage também tem uma política que permite que os vencedores do leilão ofereçam imediatamente o item à venda por meio deles assim que o leilão termina, e o comprador misterioso parece estar fazendo exatamente isso, oferecendo-o novamente à venda por US$ 967 mil. A Academia investigará Ainda assim, o comprador (e agora potencial vendedor) ainda não foi identificado, embora pareça que a Academia lançará uma investigação de algum tipo. “Eles estarão investigando isso”, disse um porta-voz da organização em uma breve declaração sobre a venda.











