Roberto Farias (1932 – 2018)
O diretor Roberto Farias, um dos nomes mais importantes do cinema nacional, morreu na madrugada desta segunda-feira (14/5), aos 86 anos. A casa da morte não foi divulgada, mas ele faleceu em casa, após relatos de saúde fragilizada. Irmão do ator Reginaldo Faria, com quem trabalhou em seus principais filmes, Roberto iniciou a carreira na época das chanchadas, como assistente de direção de Watson Macedo (“Aviso aos Navegantes”), na Atlântida. Entre seus primeiros filmes como diretor estavam comédias da época, como “Rico Ri à Toa” (1957), estrelada por Zé Trindade, e “Um Candango na Belacap” (1961), com a dupla Ankito e Grande Otelo. Mas os destaques de sua carreira foram obras dramáticas, incluindo um clássico da filmografia nacional, “Assalto ao Trem Pagador” (1962), thriller que viabilizou o gênero policial no Brasil. O próprio Farias tinha feito uma incursão anterior ao gênero, “Cidade Ameaçada” (1960), sobre um perigoso criminoso de São Paulo, vivido por Jardel Filho, que chegou a participar da disputa da Palma de Ouro do Festival de Cannes. Mas “Assalto ao Trem Pagador” foi o longa que acabou com a romantização do “bandido do bem” no Brasil, um inspiração dos filmes dos foras-da-lei de Hollywood. “Assalto ao Trem Pagador” também marcou época ao deixar os cenários dos estúdios e invadir as ruas e favelas, dando mais realismo às cenas de ação. Por isso, é considerado o grande precursor dos filmes de crime no país, tendo influenciado de “Cidade de Deus” a “Tropa de Elite”. Farias ainda foi responsável pela invenção do cinema pop nacional, ao levar Roberto Carlos e a Jovem Guarda para as telas. O diretor assinou a trilogia “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” (1969), “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa” (1970) e “Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora” (1971), inspirados nos filmes dos Beatles – “Os Reis do Iê-Iê-Iê” e “Help” – e também incluiu participações de Erasmo Carlos e Wanderléa. Para completar, antecipou-se à abertura política com o primeiro filme de denúncia da prática de tortura da ditadura militar e o uso político da Copa do Mundo de 1970 para alienar os brasileiros, no impactante drama “Pra Frente, Brasil” (1982). Além de vencer o Festival de Gramado, o filme foi premiado em Berlim. Mas ele não foi só um grande diretor. Sua importância para a cultura brasileira também inclui o período em que presidiu a Embrafilme, entre 1974 e 1978, estimulando a produção daquela que é considerada a fase áurea do cinema nacional. Ele conseguiu convencer a ditadura que investir na produção de filmes brasileiros era uma forma de fortalecer a identidade nacional diante da influência americana, que dominava a cultura da época. E o resultado foi a liberação de uma verba jamais vista para a produção de filmes no país, elevando a participação dos filmes nacionais a 33% do total do parque exibidor, culminando no surgimento dos primeiros blockbusters brasileiros – como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), “Xica da Silva” (1976) e “A Dama da Lotação” (1978). Isto, claro, não o transformou num aliado da “direita”, como demonstrou o tapa na cara de “Pra Frente, Brasil”. Ele também assumiu a produção de um punhado de clássicos, cujos temas polêmicos não chegariam às telas sem seu empenho pessoal, entre eles “Azyllo Muito Louco” (1970), de Nelson Pereira dos Santos, “Toda Nudez Será Castigada” (1973), de Arnaldo Jabor, “A Rainha Diaba” (1974), de Antonio Carlos da Fontoura, e “Mar de Rosas” (1978), de Ana Carolina. Entretanto, “Pra Frente, Brasil” custou caro a Farias. Embora premiado, foi considerado “capaz de provocar incitamento contra o regime vigente, a ordem pública, as autoridades e seus agentes” e acabou vetado para exibição pública. Além disso, o fato de ter sido produzido com dinheiro público causou a demissão do sucessor de Farias na Embrafilme. Além disso, os militares exigiram o ressarcimento da verba da produção. Além de enfrentar dificuldades para realizar seu lançamento comercial, o diretor perdeu apoio da Embrafilme para novos projetos. Endividou-se e sua carreira sofreu, ainda que o filme tenha finalmente vindo à público um ano depois, após as eleições em que os candidatos do governo foram derrotados. Apaixonado por Fórmula 1, Farias ainda fez um documentário sobre Emerson Fittipaldi, “O Fabuloso Fittipaldi” (1973), e um vídeo sobre Ayrton Senna, “Acelere Ayrton” (1986). Mas só comandou mais um longa de ficção em toda a vida, “Os Trapalhões no Auto da Compadecida” (1987). Os anos seguintes foram dedicados à TV, principalmente à séries da TV Globo, como “As Noivas de Copacabana” (1982), “Contos de Verão” (1993), “Memorial de Maria Moura” (1994), “Decadência” (1995), “Sob Nova Direção” (2004-2007) e “Faça Sua História” (2008), seu último trabalho como diretor, realizado há uma década. Mas ele não se afastou completamente do cinema, tendo fundado a Academia Brasileira de Cinema (ABC), entidade que dirigiu nos últimos 11 anos, com a proposta de lançar um equivalente nacional à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar. A ABC criou o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que anualmente premia os melhores do cinema nacional. E em 2018 assumiu a função de selecionar o candidato brasileiro a uma vaga no Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira.
Foto oficial do remake revela o visual dos novos Trapalhões
A Globo divulgou a primeira foto oficial do remake de “Os Trapalhões”, que traz novos atores nas vagas de Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias. A imagem reúne o novo quarteto, formado por Lucas Veloso (novela “Velho Chico”), Bruno Gissoni (novela “Babilônia”), Mumuzinho (“Esquenta!”) e Gui Santana (ex-“Pânico”) em papéis batizados de Didico, Dedeco, Mumu e Zaca, inspirados no quarteto original. Renato Aragão e Dedé Santana também vão participar da produção como Didi e Dedé, tios de seus “substitutos”. Assim como acontecia no passado, o remake também terá outros personagens recorrentes, caso de Nego do Borel, que vai dar vida à nova versão de Tião Macalé. Com dez episódios, que serão exibidos na Globo e no canal pago Viva, o programa será uma homenagem aos 40 anos da série humorística original.
Luan Santana revela participação no novo programa de Os Trapalhões
Após participar do capítulo final da novela “Rock Story”, Luan Santana voltou a gravar uma participação numa produção da Globo. Desta vez, para mostrar seus dotes cômicos. Ele revelou em seu Instagram uma foto em que aparece ao lado dos Trapalhões Renato Aragão e Dedé Santana, além do ator Oscar Magrini. “Honra, né?! Está louco”, ele escreveu na legenda. Curiosamente, no texto ele se refere às gravações como um especial de 40 anos de “Os Trapalhões”. Mas o aniversário, na verdade, foi em março. Atualmente, a Globo produz um revival do programa clássico, com participação de Didi (Aragão) e Dedé (Santana) e uma nova geração de humoristas recriando os papéis do quarteto original. Um deles é Mumuzinho, que revive o saudoso Mussum e também postou uma foto ao lado de Luan Santana em seu Instagram. Veja abaixo. O novo programa de “Os Trapalhões” ainda não tem data definida para estrear. Ontem, no Especial de 40 anos de "Os Trapalhões". Honra, né?! Tá looco ? Uma publicação compartilhada por Luan Santana (@luansantana) em Jun 14, 2017 às 12:02 PDT Ontem tive a felicidade de receber esse cara que transborda simplicidade e humildade. Obrigado @luansantana pelo carinho de sempre, foi um prazer pra você contracenar comigo ???? #ostrapa2017 Uma publicação compartilhada por Mumuzinho (@mumuzinhoc) em Jun 14, 2017 às 6:47 PDT
Nego do Borel estrela clipe divertido com Maiara e Maraísa
A mistura de funk e sertanejo não é para todos os gostos, mas o clipe da nova música de Nego do Borel, em parceria com a dupla Maiara e Maraísa, resultou divertido. Nele, Nego do Borel exercita sua veia de humorista, fazendo caretas e até ensaiando a inflexão de seu bordão na nova série dos Trapalhões na rede Globo. Reparem como ele diz “Ih! Eu esqueci como namora!”. É o piloto do “Ih! Nojento”, que ele vai assumir de Tião de Macalé. No clipe de “Esqueci como Namora”, ele vive um truqueiro que tenta dar um perdido na namorada, mas é surpreendido e não tem como explicar porque prefere a balada à vida de casado. Maiara e Maraísa se alternam no papel da mulher traída, que cobra uma definição e acaba deixando o funkeiro na mão. O roteiro é de Ricardo Bertozzi e a direção de Bruno Murtinho, que chegou a vencer o saudoso VMA Brasil, da MTV, com o clipe “O Salto”, da banda O Rappa, em 2004. Atualmente, ele roda o documentário “Amazônia Groove”, sobre a música da Amazônia.
Mumuzinho compartilha primeira foto dos novos Trapalhões
Mumuzinho compartilhou em seu Instagram a primeira foto que reúne o elenco dos novos “Trapalhões”. Os atores que estarão no remake posaram para o clique ao se encontrem em um workshop preparatório para as gravações. A foto reúne Lucas Veloso (novela “Velho Chico”), Bruno Gissoni (novela “Babilônia”), Gui Santana (ex-“Pânico”), Mumuzinho (“Esquenta!”) e o cantor Nego do Borel – que vão interpretar personagens inspirados em Didi, Dedé, Zacarias, Mussum e Tião Macalé, respectivamente. Para evitar confusão, Lucas e Bruno serão Didico e Dedeco, uma vez que Renato Aragão e Dedé Santana, o Didi e o Dedé originais, também vão marcar presença nos novos episódios, como tios dos jovens. A Globo ainda não anunciou a data de estreia do programa, que tem direção de Ricardo Waddington (programa “Amor & Sexo” e novela “Boogie Oogie”), mas a expectativa é que entre no ar no segundo semestre deste ano. Mais um dia de workshop com essas feras. #remake #ostrapalhoes Uma publicação compartilhada por Mumuzinho (@mumuzinhoc) em Mai 11, 2017 às 7:53 PDT
Novos Trapalhões serão Didico e Dedeco
O remake de “Os Trapalhões” vai trazer os personagens Didico e Dedeco, apurou a coluna de Flávio Ricco no UOL. Isto porque Renato Aragão e Dedé Santana também participarão do programa como Didi e Dedé, os originais. Eles serão os tios dos novos personagens. Didico será interpretado por Lucas Veloso (novela “Velho Chico”), mas houve uma mudança de última hora no papel de Dedeco. O ator Armando Babaioff (novela “A Lei do Amor”) deixou o elenco por não conseguir conciliar seus outros compromissos com a agenda de gravações do programa e foi substituído por Bruno Gissoni (novela “Babilônia”). O elenco ainda inclui Guilherme Santana (ex-“Pânico”) como Zacarias, Mumuzinho (“Esquenta!”) interpretando Mussum e o cantor Nego do Borel como uma versão de Tião Macalé – do bordão “Nojento”. As gravações estão previstas para começar na próxima semana, com direção de Ricardo Waddington (programa “Amor & Sexo” e novela “Boogie Oogie”).
Nego do Borel entra no novo Trapalhões, que confirmou a participação de Dedé Santana
Uma das revelações do funk carioca, Nego do Borel fechou contrato com a Globo para participar do novo programa dos Trapalhões. Ele vai interpretar um tipo inspirado em Tião Macalé – do bordão “Nojento”. Será sua segunda investida na carreira de ator, participar de “Malhação” no ano passado. Além dele, Dedé Santana finalmente assinou contrato para participar do programa, como tio do novo Dedé. A demora na confirmação se deu porque o ator não queria ceder seu nome para a emissora usar no remake de “Os Trapalhões” sem que o canal pagasse o que ele desejava. “Ele está parado, sem contrato e precisa ganhar dinheiro. Ele não quer liberar o nome artístico quase de graça”, escreveu o colunista Léo Dias. Para completar, os episódios irão contar com a participação especial dos principais artistas da Globo. Para viver os Trapalhões, a emissora escalou Lucas Veloso (novela “Velho Chico”) no papel de Didi, Armando Babaioff (novela “A Lei do Amor”) como Dedé, Guilherme Santana (ex-“Pânico”) como Zacarias e Mumuzinho (“Esquenta!”) interpretando Mussum. O remake de “Os Trapalhões” terá direção-geral de Frederico Mayrink, da novela “Haja Coração” e o elenco já está em preparação no Projac, diariamente, inclusive com as presenças de Didi e Dedé em alguns dias.
Família de Zacarias acusa Os Trapalhões de abandono
As irmãs de Mauro Faccio Gonçalves, o eterno Zacarias dos Trapalhões, acusaram os demais integrantes da trupe de nunca mais procurarem a família do falecido comediante, nem atenderem suas ligações. A denúncia foi ao ar em entrevista a Geraldo Luis para o programa Domingo Show, da rede Record, que foi ao ar neste domingo (2/4). O intérprete de Zacarias morreu em 1990 em decorrência de uma insuficiência respiratória, aos 57 anos. Desde então, a família diz, o restante da trupe nunca mais apareceu para perguntar se estava tudo bem. “Depois que ele morreu, sumiu todo mundo. Pessoal que ligava para a nossa mãe sumiu. Ela tentou conversar com todos, ninguém atendeu mais. Eles vieram no dia do velório, deram os pêsames, ficaram uma hora mais ou menos e foram embora”, disse Marli Gonçalves. “Nunca mais. Acabou”, completou. O ex-produtor de Zacarias, Carlos Dias, também foi entrevistado para a reportagem e disse que, no fim da vida, o intérprete de Zacarias já não tinha uma boa relação com os ex-colegas de trupe. “Mauro não se dava mais com o Renato Aragão”, contou. Segundo ele, o ator só mantinha relação boa com Mussum. A família do ator vive até hoje em Sete Lagoas, interior de Minas Gerais, onde Zacarias chegou a trabalhar como vendedor de sapatos, funcionário de uma fábrica de café e bancário, antes de começar a carreira de comediante, em 1955. “Ele viveu o tempo que tinha que viver. Veio com a missão de alegrar o povo de Sete Lagoas. Fez muita gente feliz”, disse a irmã Marli no programa. Durante a entrevista, as duas irmãs contaram ainda que, pouco tempo antes de falecer, o comediante já previa que iria morrer, que “estava perto de ir”. Ele faleceu vítima de insuficiência respiratória. De acordo com a família, o comediante estava tomando remédios para emagrecer, mas sem o acompanhamento médico.
Volta dos Trapalhões abre apenas em 10º lugar nas bilheterias
A volta dos Trapalhões aos cinemas foi atrapalhada. “Os Saltimbancos Trapalhões – Rumo a Hollywood” abriu apenas em 10º lugar, com 36 mil espectadores e bilheteria em torno de R$ 500 mil. A trapalhada foi da distribuição, que subestimou o apelo do reencontro de Renato Aragão e Dedé Santana nas telas e o potencial da grife “Trapalhões” com uma distribuição numa centena de salas e em horário intercalado com outros filmes. Se os Trapalhões ficaram longe dos tempos em que lideravam as bilheterias nacionais, “Minha Mãe É uma Peça 2” continua impressionando. O besteirol de Paulo Gustavo repetiu o 2º lugar da semana passada, com 476 mil espectadores e R$ 7,6 milhões de arrecadação. Apenas R$ 100 mil a menos que o campeão, a animação “Moana”, da Disney, que também manteve a posição do último fim de semana. Entre as estreias da quinta (19/1) passada, “xXx: Reativado” foi quem se saiu melhor, com o 3º lugar e RS$ 7,4 milhões arrecadados. “La La Land” ficou em 5º e outro besteirol nacional, “Os Penetras 2”, em 6º. O Top 10 ainda conta com um quarto filme brasileiro. Para variar, mais um besteirol. A estreia do youtuber Christian Figueiredo “Eu Fico Loko” está em 8º. Em duas semanas em cartaz, o filme não repetiu a performance de “É Fada”, da Kéfera Buchmann. As informações são do ComScore e do Filme B.
Renato Aragão planeja fazer mais um filme em 2017
Renato Aragão se entusiasmou com a estreia do filme “Os Saltimbancos Trapalhões – Rumo a Hollywood”, que chegou aos cinemas na quinta-feira (19/1), e já faz novos planos profissionais. Aos 81 anos, ele planeja filmar outro longa-metragem ainda este ano. “Depois de rodar este filme, me deu vontade de fazer mais e continuar trabalhando no cinema. Esta é uma nova fase do Didi, agora com musicais”, disse o humorista, em entrevista para a revista Quem. Ele gostou da experiência musical de “Os Saltimbancos Trapalhões” e pretende se manter no gênero. “Já tenho planos de fazer mais um filme musical. Se Deus quiser, será tão lindo como este”, afirmou. “Devo rodar ainda em 2017.”
Estreias: Vin Diesel enfrenta Penetras e Trapalhões na luta pelo público de cinema
A semana está concorrida no cinema, numa prévia do que deve ser 2017. Tem Vin Diesel, besteirol, candidatos ao Oscar e até a volta dos Trapalhões. O retorno de Vin Diesel ao papel do agente radical Xander Cage em “xXx – Reativado”, que retoma a franquia de ação “Triplo X” após mais de uma década, estreia em 774 salas, incluindo 559 em 3D e todas as 12 salas IMAX do país. O filme não se leva a sério, é um verdadeiro besteirol de ação, a ponto de incluir até mesmo participação do jogador Neymar. Resta ver se entrevista desastrosa que Diesel deu a uma youtuber no Brasil não virou uma pedra em seu caminho. Outra continuação e besteirol assumido, “Os Penetras 2 – Quem Dá Mais” traz Marcelo Adnet, Mariana Ximenes e Eduardo Sterblitch mostrando sua influência televisiva ao apostar em piadas que usam a homossexualidade como motivo de riso. Esta zorra total abre em 433 salas do país, tamanha a expectativa dos distribuidores, após o sucesso recente da mãe de todos os besteiróis nacionais, “Minha Mãe É uma Peça 2”. Vale lembrar que o primeiro “Os Penetras” (2012) foi lançado em 271 salas e rendeu R$ 4,2 milhões. O terceiro maior lançamento é uma ampliação de circuito. Após uma semana de “pré-estreias” (sério gente, pré-estreias pagas são pré-estreias?) em 150 salas, o musical “La La Land” dobra sua distribuição para a “estreia” oficial em 304 salas. O longa do cineasta Damien Chazelle, do excelente “Whiplash” (2014), traz Ryan Gosling como pianista de jazz e Emma Stone como aspirante a atriz, apaixonando-se em meio a números musicais e lutando para conquistar seus sonhos com muitas coreografias. O filme venceu sete Globos de Ouro – todos a que concorreu – , quebrando o recorde de vitórias no prêmio, vem acumulando troféus e é favoritíssimo ao Oscar 2017, cuja lista de indicados será divulgada na próxima terça, dia 24. Antigos campeões de bilheterias do país, os Trapalhões tem um retorno subestimado em 178 salas. “Saltimbancos Trapalhões – Rumo a Hollywood” comemora várias marcas, como a retomada da parceria entre Renato Aragão e Dedé Santana no cinema, 18 anos após o último filme da dupla, o resgate da marca Trapalhões, no plural, depois de 26 anos e, claro, o fato de ser o 50º filme de Aragão. Espécie de remake/reboot/continuação do clássico “Os Saltimbancos Trapalhões” (1981), a produção de forte apelo nostálgico também é um musical, que adapta a recente versão teatral da trama, com músicas de Chico Buarque e uma homenagem simpática aos circos. Com tanta disputa de público, faltou cinemas para o circuito limitado, que exibirá apenas dois lançamentos. Um deles é o documentário “Axé: Canto do Povo de um Lugar”, que retraça a história da chamada “axé music” com depoimentos de diversos artistas baianos, como Daniela Mercury e Luiz Caldas. Chega em 23 salas. Curiosamente, a menor distribuição coube a outro longa cotadíssimo ao Oscar: o drama indie americano “Manchester à Beira-Mar”. O filme representa a consagração de Casey Affleck, que venceu o Globo de Ouro, o Gotham, o Critic’s Choice e a preferência de dezenas de associações críticas americanas como Melhor Ator do ano. Na trama, seu personagem retorna à sua cidade natal após a morte do irmão para cuidar de seu sobrinho, e é confrontado por expectativas e revisão de prioridades. Apesar de também aparecer em lista de melhores filmes do ano dos críticos americanos, vai estrear apenas em 19 salas e exclusivamente em seis capitais: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Recife. Para o resto do país, não faltarão besteiróis e recordes de público a ser comemorados pela indústria de moagem cultural. Clique nos títulos dos filmes para ver os trailers de cada estreia.
Didi e Dedé voltam a se juntar no trailer de Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood
A Downtown Filmes divulgou o primeiro trailer de “Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood”, 50º filme de Renato Aragão como Didi e que ainda marca a volta da grife “Os Trapalhões” aos cinemas, 18 anos após último filme em que Aragão filmou com o velho parceiro Dedé Santana, “Simão, o Fantasma Trapalhão” (1998). Trata-se de uma adaptação do recente musical de teatro “Os Saltimbancos Trapalhões” (2014), por sua vez inspirado no filme homônimo de 1981, estrelado pelos quatro trapalhões: Didi, Dedé, Mussum (1941-1994) e Zacarias (1934-1990). O detalhe é que o longa dos anos 1980 já era uma adaptação do musical infantil “Os Saltimbancos” (1977), com canções de Chico Buarque, que, por sua vez, também não era original, mas uma adaptação de um espetáculo italiano. É, portanto, a adaptação da adaptação da adaptação da adaptação. Entendeu, ô da poltrona? O saudosismo deve ser o maior apelo da produção, porque a prévia não parece especialmente engraçada, nem as coreografias vistas sugerem algo mais elaborado. O elenco ainda inclui Roberto Guilherme, outro membro do programa original “Os Trapalhões”, mais lembrado como o Sargento Pincel. A eles se unem Letícia Colin, Alinne Moraes, Emílio Dantas, Maria Clara Gueiros, Livian Aragão, Rafael Vitti, Nelson Freitas, Marcos Frota e Dan Stulbach. O longa conta a história da trupe do Grande Circo Sumatra que, juntos, tentam reverter a crise financeira da companhia. A trupe vai em busca de uma saída para a crise e Didi acredita – por meio de seus sonhos mirabolantes com animais falantes – que encontrarão a solução. Um novo show começa a ser criado, mas a ganância do Barão (Roberto Guilherme), a vigarice do Satã (Marcos Frota) e o poder manipulador do prefeito da cidade (Nelson Freitas) podem colocar tudo a perder. Dirigido por João Daniel Tikhomiroff (“Besouro”), “Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood” tem estreia marcada para 19 de janeiro.











