Barry Keoghan admite vício em drogas
Ator de "Os Banshees de Inisherin" reconhece dependência química e conta como perdas familiares influenciaram sua trajetória
Retrospectiva | Os 50 melhores filmes internacionais de 2023
Os blockbusters, os lançamentos em streaming e o circuito de arte se encontram na retrospectiva dos melhores filmes live-actions internacionais do ano. A relação de destaques abrange os títulos lançados no Brasil entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2023, por isso há filmes exibidos e premiados no exterior em 2022. Por outro lado, muitos títulos da temporada do Oscar 2024, que só chegam no país a partir de janeiro de 2024, não foram considerados. Este é o balanço do que de melhor passou pelas telas do país no ano: OPPENHEIMER O blockbuster de Christopher Nolan (“Tenet”) é uma obra monumental sobre a vida de Julius Robert Oppenheimer, físico conhecido por sua participação na criação da bomba atômica durante a 2ª Guerra Mundial. Desafiando categorização, a produção é ao mesmo tempo um drama, um filme de guerra, um thriller e até mesmo um terror. E abre de forma ambivalente, em 1954 com um interrogatório destinado a desacreditar Oppenheimer, que, apesar de ser chamado de “o pai da bomba atômica”, tornou-se um oponente da arma por medo de uma reação em cadeia que poderia causar a destruição do mundo. A história é contada a partir do ponto de vista de Oppenheimer, com flashbacks de seus estudos pré-guerra na Europa, seus encontros com grandes mentes da época, as mulheres que amou e a invenção que precipitou a humanidade na era atômica. Apesar de repleto de diálogos, o longa nunca se perde em conceitos científicos complexos. Em vez disso, Nolan apresenta essas sequências como cenas de ação cativantes, com a música de Ludwig Göransson (que também trabalhou em “Tenet” com o diretor) criando uma atmosfera pesada e envolvente. Mesmo com um impressionante elenco de apoio, que inclui Matt Damon (“Jason Bourne”), Robert Downey Jr. (“Vingadores: Ultimato”) e Emily Blunt (“Um Lugar Silencioso”), o filme é carregado por Cillian Murphy (“Peaky Blinders”), intérprete do personagem-título, que facilita a transformação da narrativa épica, exaustiva e fascinante de Nolan numa reflexão sobre a origem do mundo moderno. OS BANSHEES DE INISHERIN Um dos filmes mais premiados do ano, a dramédia reúne os atores Colin Farrell e Brendan Gleeson com o diretor Martin McDonagh, que trabalharam juntos no ótimo “Na Mira do Chefe” (2008). Com diálogos rápidos e desnorteantes, o longa se passa em 1923, quando um sujeito mais velho (Gleeson) subitamente para de conversar com o seu antigo amigo (Farrell) na ilha irlandesa fictícia de Inisherin, sem lhe oferecer uma explicação para isso. A decisão acaba gerando irritação e consequências para ambos. O que começa com uma pequena desavença vai crescendo e se transforma praticamente em uma guerra, numa metáfora da polarização do mundo atual. Aplaudida por 14 minutos no Festival de Veneza, a produção conquistou os troféus de Melhor Roteiro (para McDonagh) e Melhor Ator (para Farrell) no evento cinematográfico italiano, os primeiros prêmios de um total que não para de crescer – foram cerca de 150 vitórias. Indicado em nove categorias do Oscar 2023, o longa atingiu média de 97% de críticas positivas no Rotten Tomatoes. CONTRATEMPOS A atriz francesa Laure Calamy (“Dix pour Cent”) venceu o prêmio de Melhor Atriz do Festival de Veneza pelo desempenho como a protagonista Julie, uma mãe solteira com dois filhos pequenos para criar. Quando finalmente consegue uma entrevista para um emprego, com chances de sair do aperto financeiro, ela se depara com uma greve nacional de trânsito. O cineasta Eric Gravel (“Crash Test Aglaé”) também foi premiado em Veneza pela direção, que transforma a aflição dramática de quem busca apenas melhorar de vida numa correria digna de thriller tenso. MONSTER Aclamado com 98% de aprovação no site Rotten Tomatoes e vencedor do troféu de Melhor Roteiro no último Festival de Cannes, o novo drama do mestre japonês Hirokazu Kore-eda (“Assuntos de Família”) se desenrola em três partes distintas, iniciando com um incêndio em um prédio que serve como um marco temporal e simbólico para a trama. A primeira seção acompanha a vida de Saori (Sakura Ando), mãe solteira, e seu filho Minato (Soya Kurokawa). Eles compartilham um lar amoroso, porém caótico, revelando uma relação delicada onde Saori ainda sofre pela morte do marido e Minato exibe comportamentos preocupantes. As ações de Minato, incluindo uma confissão sobre o professor Michitoshi (Eita Nagayama), desencadeiam uma cadeia de mal-entendidos e conflitos com a escola. À medida que a história retorna ao incêndio, a perspectiva se altera para Michitoshi, oferecendo uma visão alternativa dos eventos e questionando as noções de culpa e intenção. O filme se torna ainda mais complexo com o terceiro foco em Yori (Hinata Hiiragi), colega de Minato, cuja realidade oscila entre ser um agressor, vítima ou uma figura mais enigmática. Ao longo do filme, observa-se que Minato luta para compreender e expressar seus sentimentos, que parecem estar relacionados à sua sexualidade emergente. A maneira como Kore-eda aborda este aspecto é característica de seu estilo: com empatia e uma perspectiva humana profunda, sem recorrer a estereótipos ou dramatização excessiva – o que lhe valeu a Palma Queer no Festival de Cannes. O sentido do título é multifacetado e simbólico, refletindo os vários mal-entendidos, julgamentos precipitados e percepções distorcidas que os personagens têm uns dos outros. Cada personagem, em algum momento, pode ser visto como um “monstro” aos olhos dos outros. Entretanto, não são necessariamente figuras aterrorizantes ou malévolas, mas pessoas comuns envolvidas em situações complicadas ou mal compreendidas. A história desafia o espectador a refletir sobre como julgamentos apressados podem levar a perceber os outros de maneira distorcida, oferecendo-se como uma lição de empatia. O ritmo meticuloso, seu tom sensível e a trilha sonora de Ryuichi Sakamoto (vencedor do Oscar por “O Último Imperador”), que faleceu em março, antes da première da produção, ampliam a experiência cinematográfica, construindo um ambiente que complementa a montanha-russa emocional retratada. O resultado é uma das melhores obras de um diretor conhecido por só fazer filmes bons. FOLHAS DE OUTONO O 20º longa-metragem do premiado diretor Aki Kaurismäki (“O Porto”) venceu o Prêmio do Júri do último Festival Cannes. Sua narrativa compassiva e despojada acompanha dois indivíduos solitários da classe trabalhadora em Helsinque: Holappa (Jussi Vatanen), um frequentador assíduo de um bar de karaokê, e Ansa (Alma Pöysti), uma funcionária de supermercado que vive sozinha. O cenário outonal pinta Helsinque com tons de cinza e uma atmosfera melancólica, onde os personagens navegam por suas existências marginais. Ela é demitida por pegar um bagel vencido no trabalho e ele enfrenta uma batalha constante com o alcoolismo. Apesar de viverem vidas desencorajadoras, uma noite no bar de karaokê muda o curso de suas trajetórias, quando eles se encontram e vislumbram a possibilidade de um amanhã melhor. Mas, ao contrário das típicas comédias românticas americanas, não há um florescer imediato de romance. Em vez disso, Kaurismäki opta por explorar a gradual descoberta de uma centelha que pode despertar suas almas. Com uma duração concisa de 81 minutos, o filme contém momentos de humor característico de Kaurismäki, como a cena em que Ansa e Holappa assistem “Os Mortos Não Morrem” de Jim Jarmusch, oferecendo uma visão singular sobre a vida cotidiana, a resiliência humana e a busca por conexão – os principais temas da filmografia do mestre finlandês. GODZILLA MINUS ONE Celebrando o 70º aniversário do icônico kaiju japonês, o estúdio Toho lançou sua abordagem mais sombria e introspectiva do monstro gigante, resgatando o Godzilla assustador e poderoso dos primeiros lançamentos. A produção japonesa se destaca pelas sequências de ação bem coreografadas e efeitos visuais impressionantes, apesar de seu orçamento relativamente modesto. Além disso, sua trama também revive os elementos que inspiraram o surgimento da franquia, como a obliteração de Hiroshima e Nagazaki por bombas atômicas no fim da 2ª Guerra Mundial. O caos criado por Godzilla era originalmente uma metáfora para a devastação da guerra e as armas nucleares. Não por acaso, a trama é ambientada em 1946 e segue Koichi Shikishima (interpretado por Ryunosuke Kamiki), um piloto kamikaze desonrado. Após falhar em sua missão suicida, Koichi enfrenta o monstro icônico, que ameaça destruir Ginza e Tóquio. O filme explora a culpa do sobrevivente e sua busca por redenção, enquanto tenta reunir um grupo para combater a criatura. A ação combina cenas emocionantes de ação com melodrama patriótico, capturando com eficácia o sofrimento e a resiliência dos personagens em meio à devastação pós-guerra. A história é intensificada por essa carga emocional, tornando cada confronto com o kaiju não apenas um espetáculo visual, mas também um momento de catarse coletiva. Com isso, a obra não se limita a ser um simples filme de monstro, mas se torna uma exploração da psique japonesa no pós-guerra, uma celebração da resistência humana e da capacidade de superar adversidades inimagináveis. O cineasta Takashi Yamazaki é considerado um gênio dos efeitos visuais, tendo trabalho no game “Onimusha 3” (2003), na adaptação live-action do anime cult “Patrulha Estelar” (2010) e no filme anterior do monstro, “Shin Godzilla” (2016). Como diretor, ele é mais conhecido por assinar animações, como “Friends: Aventura na Ilha dos Monstros” (2011), “Lupin III: O Primeiro” (2019) e os dois “Stand by Me Doraemon” (2014 e 2020). BLACKBERRY A comédia baseada em fatos reais aborda a ascensão e queda da BlackBerry, a empresa canadense de tecnologia que revolucionou o mercado de smartphones no início dos anos 2000. O enredo foca nos co-fundadores Mike Lazaridis, interpretado por Jay Baruchel (“Fubar”), e Doug Fregin, interpretado pelo diretor e co-roteirista do filme, Matt Johnson (“Nirvanna the Band the Show”). A dupla, inicialmente focada em pagers e modems, vê sua inovação ganhar forma e mercado com a entrada de Jim Balsillie, interpretado por Glenn Howerton (“It’s Always Sunny in Philadelphia”), um investidor que traz uma abordagem empresarial agressiva à empresa. O filme explora a dinâmica entre esses três personagens principais, cada um com sua própria visão e abordagem para o negócio. Lazaridis é o visionário tímido, Fregin o extrovertido peculiar e Balsillie o alfa agressivo e focado. Essa mistura de personalidades inicialmente impulsiona o sucesso da BlackBerry, mas também semeia as sementes de sua eventual queda, especialmente diante do lançamento do iPhone pela Apple em 2007, um evento que a equipe da BlackBerry subestima. Baseado num livro de não ficção, o longa captura de forma debochada o rápido crescimento e declínio da empresa, que em seu auge chegou a ocupar cerca de 45% do mercado de telefonia móvel nos Estados Unidos. A narrativa se desenrola em um estilo de falso documentário, que adiciona comédia à situações reais – exibidas praticamente como surreais. Ou seja, seu tom está mais para “A Grande Aposta” (2015) do que para “A Rede Social” (2010). E agradou em cheio a crítica americana, que rasgou elogios e deu uma aprovação de 98% no Rotten Tomatoes. A SOCIEDADE DA NEVE O drama de sobrevivência do cineasta espanhol J.A. Bayona é uma recriação dramática do desastre aéreo envolvendo o voo 571 da Força Aérea Uruguaia em 1972. Este evento, que se tornou conhecido como “Milagre dos Andes” e “Sobreviventes dos Andes”, envolveu a queda de um avião na cordilheira chilena, transportando uma equipe uruguaia de rúgbi, com seus amigos e familiares. Baseada no livro de 2009 do jornalista uruguaio Pablo Vierci, a produção oferece uma narrativa autêntica, destacando a resiliência humana e a realidade angustiante do canibalismo enfrentado pelos sobreviventes. O elenco, composto por atores latino-americanos relativamente desconhecidos, adiciona realismo à história, capturando as dificuldades da situação extrema vivida pelos personagens. A produção contou com filmagens em locações reais, nas próprias montanhas dos Andes e na Serra Nevada, na Espanha. A história é principalmente narrada por Numa Turcatti (Enzo Vogrincic), um estudante de direito, que originalmente optou por não participar da viagem. A narrativa alterna entre os eventos anteriores ao acidente, destacando o espírito jovial da equipe de rúgbi de Old Christians, e os momentos após a queda, com cenas intensas do acidente e dos esforços para sobrevivência em condições extremas. A representação do acidente é marcada por realismo e tensão, seguida pela luta...
Top 10 de lançamentos digitais tem filme do Oscar e sucessos de cinema
Sucessos de cinema, filme do Oscar e lançamentos exclusivos do streaming preenchem o Top 10 das melhores estreias digitais da semana. Confira abaixo os destaques das plataformas de assinatura e locadores digitais. | OS BANSHEES DE INISHERIN | STAR+ Um dos filmes mais premiados do ano, a dramédia reúne os atores Colin Farrell e Brendan Gleeson com o diretor Martin McDonagh, que trabalharam juntos no ótimo “Na Mira do Chefe” (2008). Com diálogos rápidos e desnorteantes, o longa se passa em 1923, quando um sujeito mais velho (Gleeson) subitamente para de conversar com o seu antigo amigo (Farrell) na ilha irlandesa fictícia de Inisherin, sem lhe oferecer uma explicação para isso. A decisão acaba gerando irritação e consequências para ambos. O que começa com uma pequena desavença vai crescendo e se transforma praticamente em uma guerra, num retrato da polarização do mundo atual. Aplaudida por 14 minutos no Festival de Veneza, a produção conquistou os troféus de Melhor Roteiro (para McDonagh) e Melhor Ator (para Farrell) no evento cinematográfico italiano, os primeiros prêmios de um total que não para de crescer – já superou 130 vitórias. Indicado em nove categorias do Oscar 2023, o longa tem média de 97% de críticas positivas no Rotten Tomatoes. | BATEM À PORTA | VOD* O novo terror do diretor M. Night Shyamalan (“Tempo”) acompanha um casal gay e sua filhinha adotiva durante um fim de semana juntos no campo. Quando menos esperam, eles se veem cercados por pessoas violentas que invadem sua cabana e os aterrorizam com comportamento de seita. Amarrados pelo fortão do grupo, interpretado por Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), o casal é obrigado a fazer uma escolha: um deles deve se sacrificar para que o mundo não acabe. Submetidos à tortura psicológica, aos poucos os reféns começam a ponderar a possibilidade de tudo ser verdade. A maior reviravolta da trama é o fato não ter reviravolta, algo raro nos filmes do diretor, que desta vez entrega um suspense claustrofóbico e pouco sangrento, que conduz a um desfecho incontornável. A produção adapta um romance de Paul G. Tremblay e, além de Bautista, destaca em seu elenco Jonathan Groff (“Mindhunter”) e Ben Aldridge (“Pennyworth”) como o casal, além de Rupert Grint (“Servant”), Nikki Amuka-Bird (“Avenue 5”) e Abby Quinn (“Louco por Você/Mad About You”) como os demais cavaleiros do apocalipse. | ALERTA MÁXIMO | VOD* O thriller de ação traz Gerard Butler (“Invasão ao Serviço Secreto”) como um piloto de voo comercial, que se vê forçado a aterrissar seu avião lotado numa zona de guerra por causa de uma terrível tempestade. Mas escapar do desastre é só o começo da história. Em pouco tempo, ele precisa se juntar a um criminoso algemado (Mike Colter, o “Luke Cage”) para salvar seus passageiros, que são aprisionados por guerrilheiros. De forma curiosa, essa história lembra um pouco a premissa de “Eclipse Mortal” (2000), só que sem os elementos de ficção científica. Mas a crítica americana entrou a bordo, considerando o longa melhor que as produções genéricas de ação estreladas pelo ator escocês nos últimos anos – 76% de aprovação no Rotten Tomatoes. Os méritos pertencem ao diretor francês Jean-François Richet, que vem causando boas impressões desde seu clássico “Inimigo Público nº 1” (2008). O sucesso de bilheteria garantiu a produção de uma continuação. | FÚRIAS FEMININAS | NETFLIX Ação selvagem e visceral, o filme escrito, dirigido e estrelado por Veronica Ngo segue a estética gun-fu, de armas de fogo e artes marciais, que experimenta enorme sucesso nos cinemas com “John Wick”. A produção vietnamita se passa nos anos 1990 e funciona como prólogo de “Fúria Feminina” (2019), também disponível na Netflix. A trama acompanha três mulheres com um passado marcado por abusos sexuais que se unem para se vingar de um sindicato do crime em Saigon. Este é apenas o segundo longa dirigido por Veronica Ngo, que é bem mais conhecida como atriz de filmes de ação. Após estrear em Hollywood em “O Tigre e o Dragão: A Espada do Destino” (2016), ela foi vista até em “Star Wars: Os Últimos Jedi” como a personagem Rose Pico. Também apareceu em “The Old Guard” (2020) e “A Princesa” (2022), além do primeiro “Fúria Feminina”, e usa toda sua experiência em artes marciais para fazer uma obra à altura do longa original e do cultuado “The Raid – Operação Invasão” (2011). Com 71% de aprovação no Rotten Tomatoes e repleto de cenas fortes, traz coreografias de lutas femininas mais brutais que as de muitos protagonistas masculinos. | OPERAÇÃO HUNT | VOD* Estrelado e dirigido por Lee Jung-jae, ator principal do fenômeno “Round 6”, o thriller de ação intensa acompanha dois agentes da Agência Central de Inteligência Sul-Coreana, que desconfiam um do outro. Os dois precisam desmascarar a identidade de um traidor infiltrado no alto escalão da agência, como parte de um plano para assassinar o presidente sul-coreano, mas ambos se acusam de ser o espião. Estreia de Jung-jae atrás das câmeras, o filme venceu cinco prêmios internacionais e também traz em seu elenco Jung Woo-sung (“Illang: A Brigada Lobo”) e Go Yoon-Jung (“A Alquimia das Almas”). | EMILY, A CRIMINOSA | TELECINE O suspense criminal estrelado por Aubrey Plaza (“The White Lotus”) venceu o troféu de Melhor Roteiro de Estreia na edição de 2023 do Spirit Awards, o Oscar do cinema independente dos EUA. O primeiro longa do diretor-roteirista John Patton Ford acompanha a endividada Emily (Plaza) que, sem alternativa financeira, é recrutada por uma gangue de golpistas de cartão de crédito para realizar compras em nome de vítimas insuspeitas. Entusiasmada com o dinheiro fácil, ela vai cada vez mais fundo no submundo dos pequenos crimes de Los Angeles, até começar a querer fazer seu próprio esquema ilegal. Ao mesmo tempo que leva tensão crescente à tela, o filme também retrata a falta de perspectivas de uma geração que sai da faculdade com dívidas volumosas de crédito escolar apenas para encontrar um mercado saturado e a fila do desemprego. Sombrio, tenso e envolvente, tem impressionantes 94% de aprovação no Rotten Tomatoes com mais de 170 críticas positivas. | TERRIFIER 2 | VOD* Depois de causar desmaios e vômitos nos cinemas, o terror do Palhaço Art (interpretado por David Howard Thornton) traz sua chacina para o streaming. Nem a morte é capaz de detê-lo. Morto no primeiro filme (disponível na Amazon Prime Video e em VOD), ele ressuscita para voltar a desmembrar jovens durante a noite de Halloween. A reação extrema do público se deve ao conteúdo violento do filme, que inclui cenas de mutilações, esfaqueamentos, escalpelamento e tortura. Esse cardápio levou diversas pessoas a saíram dos cinemas durante a exibição nos EUA, não aguentando assistir ao filme todo. É fortíssimo, mas os efeitos gore (sanguinolentos) são o melhor do filme, uma vez que o diretor-roteirista Damien Leone não deu tanta atenção ao roteiro, arrastado, cheio de furos e praticamente nonsense em suas exageradas 2h18o de bilhe. Enquanto o primeiro era uma história de serial killer, o novo é um filme de fantasmas, com assombrações, pesadelos e milagres do além (para não dizer do nada), com referências a famosos terrores slashers dos anos 1980, de “Pague para Entrar, Reze para Sair” (1981) até “A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos” (1987). | BEM-VINDOS A BORDO | MUBI O drama francês acompanha o cotidiano de uma comissária de bordo vivida por Adèle Exarchopoulos (“Azul É a Cor Mais Quente”). Levando sua rotina de trabalho no modo automático, um dia é dispensada pela empresa de aviação e se vê obrigada a lidar com o que a vida lhe reservou em seu retorno para casa. Vencedor do Festival de Gijón e premiado em Cannes, o filme é o primeiro longa do casal Julie Lecoustre e Emmanuel Marre, que chamou atenção ao conquistar o troféu de Melhor Curta no Festival de Locarno de 2018 (com “D’un château l’autre”). Adèle Exarchopoulos também disputa o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz pelo papel principal. | MORTE A PINOCHET | VOD* O primeiro longa de ficção de Juan Ignacio Sabatini dramatiza a Operação Século 20 da Frente Patriótica Manuel Rodríguez, grupo terrorista de esquerda que tentou matar o ditador do Chile Augusto Pinochet em 1986 – após 15 anos da ditadura mais brutal da América Latina. Usando sua experiência como documentarista, o diretor incluiu um prólogo composto por imagens de arquivo (em formato 4:3) que contextualizam o filme num cenário de opressão política e social, com violência nas ruas, e um epílogo com o testemunho de um protagonista real que sobreviveu ao ataque fracassado. Basicamente um grupo de jovens idealistas, a FPMR acreditava que poderia mudar o destino do país com um ato ousado que muitos consideravam impossível: matar o tirano. O professor de educação física Ramiro, a psicóloga Tamara, e Sasha, nascida na favela, marcam o ataque armado para uma tarde de domingo. E o resultado nas telas, entre a moldura documental, é um thriller de ação, ainda que com narração poética da protagonista Tamara, interpretada por Daniela Ramírez (“Isabel: La Historia Íntima de la Escritora Isabel Allende”). | A FARSA | VOD* O suspense francês traz Pierre Niney (“Yves Saint Laurent”) como um gigolô e Marine Vacth (“O Amante Duplo”) como um vigarista que tramam um esquema com milionários sob o sol ardente da Riviera Francesa. Em busca de uma vida de luxo, os dois amantes seduzem uma ex-estrela de cinema e um corretor de imóveis, com o objetivo de fazerem uma limpa em suas fortunas. Isabelle Adjani (“O Que as Mulheres Querem”) e François Cluzet (“Estaremos Sempre Juntos”) vivem os alvos numa trama cheia de reviravoltas e referências a clássicos de Hollywood, escrita e dirigida por Nicolas Bedos (“Belle Epoque”). * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.
“Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” quebra recorde de prêmios do Sindicato dos Atores
O Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (SAG, na sigla em inglês) consagrou “Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” com quatro troféus em sua premiação anual, o SAG Awards. Trata-se de um feito recordista. Ate então, nunca antes um filme ou série tinha conquistado tantas vitórias no evento das estrelas de Hollywood. Exibida pelo YouTube da Netflix, após o final do contrato com a TNT, a cerimônia realizada na noite deste domingo (26/2) no Fairmont Century Plaza, em Los Angeles, premiou Michelle Yeoh, a protagonista de “Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, além de Ke Huy Quan e Jamie-Lee Curtis como os Melhores Coadjuvantes. Para completar, os astros de “Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” também foram eleitos o Melhor Elenco, e transformaram a premiação numa homenagem a James Hong, que na quarta passada (22/2) completou 94 anos. Brendan Fraser, astro de “A Baleia”, completou a premiação cinematográfica como Melhor Ator. Todos os discursos foram emocionantes, mas Ke Huy Quan e Michelle Yeoh chamaram a atenção para o feito histórico de suas premiações, como primeiros asiáticos a vencerem os troféus de suas categorias. “Acho que se eu falar, meu coração vai explodir”, disse Yeoh ao subir ao palco. “Isso é para todas as garotas que se parecem comigo”, ela proclamou. Geralmente, os premiados pelo Sindicato dos Atores também vencem o Oscar de suas categorias, já que a maioria dos eleitores das duas premiações é formada pelas mesmas pessoas. No ano passado, a coincidência foi de 100%, com vitórias de Will Smith (“King Richard: Criando Campeãs”), Jessica Chastain (“Os Olhos de Tammy Faye”), Troy Kotsur (“No Ritmo do Coração”) e Ariana DeBose (“Amor, Sublime Amor”), sem esquecer que “No Ritmo do Coração” venceu como Melhor Elenco antes de levar o Oscar de Melhor Filme. Nas categorias televisivas, os destaques ficaram com Jason Bateman (“Ozark”) e Jennifer Coolidge (“The White Lotus”) em Drama, Jeremy Allen White (“O Urso”) e Jean Smart (“Hacks”) em Comédia, Sam Elliott (“1883”) e Jessica Chastain (“George & Tammy”) em Minissérie, e as séries “The White Lotus” e “Abbott Elementary”, vencedoras do troféu Melhor Elenco de Drama e Comédia, respectivamente. Confira abaixo o discurso emocionado de Michelle Yeoh, com direito a palavrão, e logo a seguir a lista completa dos vencedores. Grab your tissues and prepare to be moved by the ICONIC Michelle Yeoh! #SAGAwards pic.twitter.com/ZPHoOkHb7u — SAG Awards® (@SAGawards) February 27, 2023 Melhor Elenco de Filme “Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Melhor Ator Brendan Fraser, “A Baleia” Melhor Atriz Michelle Yeoh, “Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Melhor Ator Coadjuvante Ke Huy Quan, “Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Melhor Atriz Coadjuvante Jamie-Lee Curtis, “Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Melhores Dublês em Filme “Top Gun: Maverick” Melhor Elenco em Série de Drama “The White Lotus” Melhor Ator em Série de Drama Jason Bateman, “Ozark” Melhor Atriz em Série de Drama Jennifer Coolidge, “The White Lotus” Melhor Elenco em Série de Comédia “Abbott Elementary” Melhor Ator em Série de Comédia Jeremy Allen White, “O Urso” Melhor Atriz em Série de Comédia Jean Smart, “Hacks” Melhor Ator em Telefilme ou Minissérie Sam Elliott, “1883” Melhor Atriz em Telefilme ou Minissérie Jessica Chastain, “George & Tammy” Melhor Performance de Dublês em Série “Stranger Things” Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por SAG Awards® (@sagawards)
BAFTA 2023: “Nada de Novo no Front” é o grande vencedor do “Oscar britânico”
A Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (BAFTA, na sigla em inglês) consagrou o drama alemão de guerra “Nada de Novo no Front” em sua premiação anual de cinema, realizada neste domingo (19/2) no Royal Festival Hall de Londres, com a apresentação do ator Richard E. Grant (“Loki”). Líder em indicações, a produção da Netflix disputava 14 prêmios e venceu metade, incluindo Melhor Filme, Melhor Filme em Língua Não Inglesa, Melhor Direção e Melhor Roteiro Adaptado. Os dois últimos foram conquistados pelo cineasta alemão Edward Berger. Dois filmes atingiram quatro vitórias. “Os Banshees de Inisherin” levou os BAFTA Awards de Melhor Filme Britânico, Roteiro Original (para o cineasta Martin McDonagh) e Ator e Atriz Coadjuvantes (Barry Keoghan e Kerry Condon, respectivamente). E “Elvis” conquistou o troféu de Melhor Ator (Austin Butler), Figurino, Casting e Maquiagem e Cabelo. O prêmio de Melhor Atriz ficou com Cate Blanchett, por “Tár”, a cineasta Charlotte Wells (“Aftersun”) foi considera a Melhor Estreia do ano, “Pinóquio por Guillermo del Toro” foi a Melhor Animação e Emma Mackey (da série “Sex Education”) recebeu os votos de Estrela em Ascensão por “Emily”. Confira abaixo a lista completa dos premiados no BAFTA Awards de 2022. Melhor Filme “Nada de Novo no Front” Melhor Filme Britânico “Os Banshees de Inisherin” Melhor Filme de Língua Não Inglesa “Nada de Novo no Front” (Alemanha) Melhor Direção Edward Berger, por “Nada de Novo no Front” Melhor Roteiro Original Martin Mcdonagh (“Os Banshees de Inisherin”) Melhor Roteiro Adaptado Edward Berger, Lesley Paterson e Ian Stokell (“Nada de Novo no Front”) Melhor Atriz Cate Blanchett (“Tár”) Melhor Ator Austin Butler (“Elvis”) Melhor Atriz Coadjuvante Kerry Condon (“Os Banshees de Inisherin” ) Melhor Ator Coadjuvante Barry Keoghan (“Os Banshees de Inisherin”) Melhor Documentário “Navalny” Melhor Animação “Pinóquio por Guillermo del Toro” Melhor Trilha Sonora Volker Bertelmann (“Nada de Novo no Front”) Melhor Fotografia James Friend (“Nada de Novo no Front”) Melhor Edição Paul Rogers (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) Melhor Design de Produção Florencia Martin e Anthony Carlino (“Babilônia”) Melhor Figurino Catherine Martin (“Elvis”) Melhor Cabelo e Maquiagem Jason Baird, Mark Coulier, Louise Coulston e Shane Thomas (“Elvis”) Melhor Som Lars Ginzsel, Frank Kruse, Viktor Prášil e Markus Stemler (“Nada de Novo no Front”) Melhores Efeitos Especiais Richard Baneham, Daniel Barrett, Joe Letteri e Eric Saindon (“Avatar: O Caminho da Água”) Melhor Casting Nikki Barrett e Denise Chamia (“Elvis”) Melhor Estreia de Roteirista, Diretor ou Produtor Britânico Charlotte Wells (Roteiro/Direção) – “Aftersun” Melhor Estrela em Ascensão (Voto do Público) Emma Mackey, por “Emily” Melhor Curta Britânico “An Irish Goodbye” Melhor Curta Britânico em Animação “O Menino, A Toupeira, A Raposa e o Cavalo”
Ator de “Eternos” será Billy The Kid no cinema
O ator Barry Keoghan, que viveu um dos Eternos da Marvel e disputa o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em “Os Banshees de Inisherin”, vai estrelar uma cinebiografia de Billy the Kid, famoso fora-da-lei do Velho Oeste americano. “Já vimos muitas versões de Billy the Kid na tela antes”, disse Keoghan ao site Deadline. “Meu interesse era tentar contar uma versão que quebrasse a fachada daquele pistoleiro legal, calmo e controlado, o Billy the Kid que todos estamos acostumados a ver. Eu queria humanizá-lo de alguma forma”. O projeto vai se apoiar na ascendência irlandesa de Billy the Kid e nos problemas que ele enfrentou durante a infância. Nascido em Nova York como Henry McCarty, ele ficou órfão aos 15 anos quando sua mãe morreu e seu padrasto o abandonou. Sua primeira prisão por roubo ocorreu um ano depois e, aos 18 anos, Billy já era procurado por assassinato após uma briga no Arizona. Sua notoriedade aumentou a partir daí e ele foi morto aos 21 anos pelo xerife Pat Garrett. “Este não é apenas um projeto pessoal para Barry”, afirmou o produtor Ed Guiney, que já trabalhou com Keoghan em “O Sacrifício do Cervo Sagrado” (2017) e “Calm with Horses” (2019). “Essa abordagem é algo novo e é uma versão da história que esperamos que o mundo queira ver.” O próprio Keoghan perdeu a mãe quando tinha apenas 12 anos e cresceu em um sistema de adoção. Ele conta que entende as pressões que McCarty/Kid enfrentou e que o levaram a uma vida de crime. “Lembro-me de ler sobre ele quando criança, mas conforme estávamos nos aprofundando no projeto, descobrimos muitas coisas sobre sua vida”, disse o ator. “Existem tantos relatos de testemunhas oculares e muitas versões diferentes de sua história que não se encaixam, mas que contribuíram para a lenda.” “Eu queria sair da lenda que foi construída pelos jornais e enfrentar a pressão que ele deve ter sentido naqueles primeiros dias”, continuou Keoghan. “Ele fugiu a vida toda. Eu me sentia relacionado a Billy no sentido de ele ser o filhinho da mamãe, mas, obviamente, tomei um caminho diferente, transformando minhas circunstâncias em algo positivo, em vez de me rebelar contra elas. No entanto, há uma alma e uma vulnerabilidade em Billy que acho importante trazer, para entendê-lo como uma pessoa real, e não como o mito em que ele se tornou”. O filme vai voltar a reunir o ator com o cineasta Bart Layton, que já trabalhu com ele em “Animais Americanos” (2018). E foi justamente durante as filmagens de “Animais Americanos” que Keoghan teve o primeiro contato com o projeto. “Quanto mais analisávamos a história e a veracidade dela, mais interessante a perspectiva se tornava”, disse Layton. “Nossa compreensão de Billy the Kid é realmente a versão cartunesca. Mas quanto mais pesquisávamos e discutíamos, mais parecia que Barry havia nascido para fazer esse papel. Há um aspecto de criança encurralada em Billy que eu acho que Barry realmente entende, e da violência pela qual ele foi imortalizado, nem tudo foi intencional ou premeditado. Muito disso foram as circunstâncias que o levaram adiante”. Keoghan tentou tirar o projeto do papel no início de 2020, mas foi impedido pela pandemia. Agora parece que finalmente vai acontecer. A ideia é começar a produção no início de 2024, mas ainda não há previsão de lançamento. A história de Billy the Kid já foi contada diversas vezes no cinema, e o personagem já foi interpretado por atores como Paul Newman (em “Um de Nós Morrerá”), Kris Kristofferson (“Pat Garrett e Billy the Kid”), Emilio Estevez (“Os Jovens Pistoleiros”) e Val Kilmer (“Billy the Kid: A Lenda”). Além disso, a Paramount+ acaba de lançar uma série biográfica sobre o pistoleiro adolescente. Barry Keoghan será visto a seguir na minissérie “Masters of the Air”, desenvolvida para a plataforma de streaming Apple TV+, e no suspense “Saltburn”, novo trabalho da cineasta Emerald Fennell (“Bela Vingança”), ambos ainda sem previsão de estreia.
Cinemas recebem terror, animação e filmes do Oscar 2023
Os cinemas recebem nesta quinta (2/2) o novo terror de M. Night Shyamalan, diretor dos clássicos “O Sexto Sentido”, “A Vila” e do recente “Tempo”, além de uma animação de gato falante e dois indicados ao Oscar. Com distribuição mais ampla, a animação “O Grande Mauricinho” chega em 550 telas, seguida por “Batem à Porta”. Já os filmes do Oscar tem que brigar por espaço em telas limitadas. São “Os Banshees de Inisherin”, segundo título com mais indicações – nove ao todo – e “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, que volta aos cinemas após passagem-relâmpago no ano passado, aproveitando o status de ter sido o filme mais nomeado do Oscar 2023, disputando 11 estatuetas. Confira abaixo a programação completa de estreias desta semana. | BATEM À PORTA | O novo terror do diretor M. Night Shyamalan (“Tempo”) acompanha um casal gay e sua filhinha adotiva durante um fim de semana juntos no campo. Quando menos esperam, eles se veem cercados por pessoas violentas que invadem sua cabana e os aterrorizam com comportamento de seita. Amarrados pelo fortão do grupo, interpretado por Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), o casal é obrigado a fazer uma escolha: um deles deve se sacrificar para que o mundo não acabe. Submetidos à tortura psicológica, aos poucos os reféns começam a ponderar a possibilidade de tudo ser verdade. A maior reviravolta da trama é o fato não ter reviravolta, algo raro nos filmes do diretor, que desta vez entrega um suspense claustrofóbico e pouco sangrento, que conduz a um desfecho incontornável. A produção adapta um romance de Paul G. Tremblay e, além de Bautista, destaca em seu elenco Jonathan Groff (“Mindhunter”) e Ben Aldridge (“Pennyworth”) como o casal, além de Rupert Grint (“Servant”), Nikki Amuka-Bird (“Avenue 5”) e Abby Quinn (“Louco por Você/Mad About You”) como os demais cavaleiros do apocalipse. | OS BANSHEES DE INISHERIN | Um dos filmes mais premiados do ano, a dramédia reúne os atores Colin Farrell e Brendan Gleeson com o diretor Martin McDonagh, que trabalharam juntos no ótimo “Na Mira do Chefe” (2008). Com diálogos rápidos e desnorteantes, o longa se passa em 1923, quando um sujeito mais velho (Gleeson) subitamente para de conversar com o seu antigo amigo (Farrell) na ilha irlandesa fictícia de Inisherin, sem lhe oferecer uma explicação para isso. A decisão acaba gerando irritação e consequências para ambos. O que começa com uma pequena desavença vai crescendo e se transforma praticamente em uma guerra, num retrato da polarização do mundo atual. Aplaudida por 14 minutos no Festival de Veneza, a produção conquistou os troféus de Melhor Roteiro (para McDonagh) e Melhor Ator (para Farrell) no evento cinematográfico italiano, os primeiros prêmios de um total que não para de crescer – já superou uma centena de vitórias. Indicado em nove categorias do Oscar 2023, o longa tem média de 97% de críticas positivas no Rotten Tomatoes. | O GRANDE MAURICINHO | A divertida coprodução britânica e alemã mostra uma grande evolução na animação computadorizada realizada na Europa. Comprovando que a prática leva a perfeição, um dos codiretores, Toby Genkel, fez vários desenhos fracos antes de acertar a mão – entre eles, “Epa! Cadê o Noé?” (2015) e “Missão Cegonha” (2017). Em clima de conto de fadas, o desenho acompanha um gato muito esperto chamado Mauricinho, que inventa um golpe para ganhar dinheiro fácil. Ele faz amizade com um grupo de ratos e passa a viajar de cidade em cidade oferecendo-se para resolver misteriosos problemas de infestação… de ratos! Tudo vai bem com o golpe, até que Mauricinho e os roedores chegam à cidade de Bad Blintz e conhecem Marina, uma menina muito inteligente, que pode fazer o plano ir por água abaixo. A versão brasileira tem dublagens de Marcelo Adnet como Mauricinho e Sophia Valverde como Marina. | TUDO EM TODO LUGAR AO MESMO TEMPO | A comédia sci-fi estrelada por Michelle Yeoh (“Star Trek: Discovery”) volta aos cinemas após conquistar 11 indicações na premiação do Oscar 2023, inclusive como Melhor Filme. Maior sucesso da História do estúdio indie A24 (de filmes como “Midsommar” e “Ex Machina”), o filme dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert conta a história de uma mãe de família exaurida pela dificuldade de pagar seus impostos, quando descobre a existência do multiverso e de muitas versões dela mesma em diferentes realidades. Não só isso: um de seus maridos de outro mundo lhe revela que o destino do multiverso está em suas mãos. E para impedir o fim de todos os mundos, a personagem vivida por Michelle Yeoh precisará incorporar as habilidades da totalidade de suas versões para enfrentar Jamie Lee Curtis (“Halloween”) e outras ameaças perigosas que a aguardam em sua missão. O elenco ainda destaca Ke Huy Quan (que foi o menino Short Round de “Indiana no Templo da Perdição”) como o marido de Yeoh, Stephanie Hsu (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) como sua filha e o veterano James Hong (“Aventureiros do Bairro Proibido”), entre outros. Além dos cinemas, o filme também pode ser visto em casa. Ele está disponível desde julho do ano passado nas locadoras digitais – plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras. | OPERAÇÃO HUNT | Estrelado e dirigido por Lee Jung-jae, ator principal do fenômeno “Round 6”, o thriller de ação intensa acompanha dois agentes da Agência Central de Inteligência Sul-Coreana, que desconfiam um do outro. Os dois precisam desmascarar a identidade de um traidor infiltrado no alto escalão da agência, como parte de um plano para assassinar o presidente sul-coreano, mas ambos se acusam de ser o espião. Estreia de Jung-jae atrás das câmeras, o filme venceu cinco prêmios internacionais e também traz em seu elenco Jung Woo-sung (“Illang: A Brigada Lobo”) e Go Yoon-Jung (“A Alquimia das Almas”). | GEMINI – O PLANETA SOMBRIO | A sci-fi russa acompanha astronautas em busca de um novo planeta, que são confrontados por algo desconhecido com planos próprios para o local. Mesmo com baixo orçamento, os efeitos são melhores que a direção, o roteiro e o elenco desse eurotrash inspirado por “Alien”. | PORTO – UMA HISTÓRIA DE AMOR | Um dos últimos filmes do ator Anton Yelchin (“Star Trek”), morto em 2016 num acidente em sua própria casa, é um romance indie filmado na cidade do Porto, em Portugal. A trama acompanha um casal de estrangeiros que vive uma noite de amor, mas a forma como os eventos são filmados pelo estreante Gabe Klinger deixa um mistério sobre os momentos que eles passaram juntos. Os personagens de Yelchin e a francesa Lucie Lucas (“Clem”) precisam buscar em suas memória as lembranças de um momento inesquecível, que foi escondido pelas consequências do tempo. | ANDANÇA – OS ENCONTROS E AS MEMÓRIAS DE BETH CARVALHO | O documentário do ator e diretor Pedro Bronz (“A Farra do Circo”) conta a história de uma das maiores sambistas do Brasil, que ajudou a revelar grandes nomes e a revitalizar o gênero musical, com acesso a vasto acervo pessoal nas mais diferentes mídias: super-8, vh-s, mini-dv, k7 e fotos. O filme se debruça sobre esse material de Beth Carvalho para traçar um recorte único, íntimo da carreira e da vida dessa singular figura da cultura nacional. | BTS – YET TO COME IN CINEMAS | Documentário do show que foi realizado em Busan, na Coreia do Sul, em outubro de 2022, quando o grupo se despediu do público – a princípio provisoriamente – para embarcar em carreiras solos e serviço militar obrigatório. Exibição entre 1º e 4 de fevereiro.
Oscar 2023 minimiza cinema de arte em concessão aos maiores blockbusters dos últimos anos
Após anos dedicados ao cinema independente e artístico, o Oscar deu uma guinada significativa nesta terça (24/1), buscando equilibrar o espaço de valorização do cinema de arte com a consagração das grandes bilheterias. Cheia de blockbusters, a lista contem até ironia, já que um dos indicados como obra de festival é dirigido por Steven Spielberg, o cineasta responsável pelo conceito moderno de blockbusters no mercado dos EUA. “Os Fabelmans” venceu o Festival de Toronto, na única vez que o diretor de “Tubarão” e “E.T. – O Extraterrestre” disputou um evento internacional. Seus concorrentes incluem os dois filmes de maior bilheteria do mundo entre 2022 e 2023, “Avatar: O Caminho da Água” (mais de US$ 2 bilhões) e “Top Gun: Maverick” (US$ 1,4 bilhão). Embora não esteja na lista de Melhor Filme, outra das maiores bilheterias do período, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” (US$ 840 milhões), também foi lembrada em cinco categorias de prestígio. Entre os candidatos a Melhor Filme, “Elvis” (US$ 287 milhões) é outro com grande apelo comercial. E até o longa com maior quantidade de indicações, “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” (US$ 104 milhões), nomeado 11 vezes, é o título de maior bilheteria da história do estúdio indie A24. Ao todo, os 10 indicados a Melhor Filme arrecadaram US$ 1,574 bilhão em bilheteria doméstica (EUA e Canadá), superando os US$ 1,519 bilhão da classe de 2010 (que incluiu nada menos que o primeiro “Avatar”), de acordo com a contabilização da Comscore. Essas obras devem atrair o público de volta à transmissão do Oscar. Desde a vitória de “Moonlight” em 2017, a rede ABC (da Disney), que transmite a premiação para os EUA e o mundo, vive reclamado da falta de apelo popular dos filmes que concorrem ao prêmio, fator que seria responsável por baixas audiências. Até um filme sul-coreano (“Parasita”) andou vencendo a estatueta da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Quando “Titanic”, de James Cameron, ganhou o Oscar de Melhor Filme em 1998, mais de 55,3 milhões americanos sintonizaram a transmissãor. Já a vitória do indie “Nomadland” em 2021 estabeleceu o recorde negativo do evento, vista ao vivo por 9,85 milhões de telespectadores nos Estados Unidos. Por conta desse abismo entre o gosto do público e os filmes do Oscar, a Academia chegou até a cogitar, brevemente, a inclusão de uma categoria de Filme Popular na competição, mas abandonou as discussões após o tema se provar controverso entre seus membros. No ano passado, uma tentativa para contemplar o público pelo Twitter foi rapidamente dominada por bots e minions de Zack Snyder. Neste ano, porém, os filmes mais vistos estão na disputa. A expectativa, enfim, é de aumento de interesse e crescimento de audiência na transmissão. Claro, vale sempre lembrar que os favoritos da crítica são outros e podem estragar a festa preparada para agradar ao público. Há três produções europeias na lista, incluindo o vencedor do último Festival de Cannes, “Triângulo da Tristeza”, do sueco Ruben Östlund. E não dá para esconder que o amplo favoritismo está com a comédia irlandesa “Os Banshees de Inisherin”, de Martin McDonagh, consagrada com dois troféus no Festival de Veneza – enquanto o drama alemão de guerra “Nada de Novo no Front” apenas ocupa a vaga de representante solitário da Netflix na disputa pelo prêmio maior da Academia. Para completar, dois dramas independentes americanos parecem preencher cota: “Tár”, de Todd Field, e “Entre Mulheres”, de Sarah Polley – embora “Os Fabelmans”, de Spielberg, também jure pertencer a essa estirpe. O azarão absoluto da disputa é claramente “Entre Mulheres”, que apesar do desempenho elogiado de suas atrizes não emplacou uma delas sequer nas categorias de intepretação. Desprestigiada pela Academia, até Sarah Polley foi ignorada nas vagas de Melhor Direção. Isto é impressionante: no ano de “Mulher Rei”, injustamente ignorado, “Entre Mulheres”, “Till”, “Corsage” e “Aftersun”, nenhuma cineasta feminina foi lembrada para o prêmio de Melhor Direção. Claro que há talento envolvido na direção de “Top Gun: Maverick” e na equipe de efeitos de “Avatar: O Caminho da Água”, mas não há como negar que a seleção da Academia torna o Oscar 2023 um dos mais masculinos dos últimos anos. Um Oscar que parece privilegiar obras masculinas que deram muito dinheiro para a indústria cinematográfica. De fato, se apenas um filme da lista pudesse servir de exemplo para descrever a seleção dos indicados em 2023, seria claramente “Triângulo da Tristeza”. Ainda inédito no Brasil, o longa é uma sátira aos super-ricos. Milionários brancos abastados, que confundem dinheiro com classe.
“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” lidera indicações ao Oscar
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA anunciou nessa terça-feira (24/1) os indicados à 95ª cerimônia do Oscar. E a sci-fi indie “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” foi a grande campeã de nomeações, sendo mencionada em 11 categorias, incluindo Melhor Filme. O filme do estúdio A24 também foi nomeado na categoria de Melhor Direção, Melhor Roteiro (ambos para Daniel Kwan & Daniel Scheinert), Melhor Atriz (para Michelle Yeoh), Melhor Ator Coadjuvante (para Ke Huy Quan, grande favorito da premiação) e duas vezes em Melhor Atriz Coadjuvante (para Jamie Lee Curtis e Stephanie Hsu). A produção alemã “Nada de Novo no Front” e a comédia irlandesa “Os Banshees de Inisherin”, também se destacaram com nove indicações, seguidas pela cinebiografia “Elvis”, com oito, e o drama autobiográfico “Os Fabelmans”, de Steven Spielberg, mencionado em sete categorias. Além destes, a disputa pelo prêmio de Melhor Filme ainda conta com “Avatar: O Caminho da Água”, “Tár”, “Top Gun: Maverick”, “Triângulo da Tristeza” e “Entre Mulheres”. Nas categorias de atuação, Austin Butler (“Elvis”), Colin Farrell (“Os Banshees de Inisherin”), Brendan Fraser (“A Baleia”), Paul Mescal (“Aftersun”) e Bill Nighy (“Living”) disputam o prêmio de Melhor Ator. E Cate Blanchett (“Tár”), Ana de Armas (“Blonde”), Andrea Riseborough (“To Leslie”) e Michelle Williams (“Os Fabelmans”) concorrem ao lado de Michelle Yeoh pelo troféu de Melhor Atriz. A cerimônia do Oscar vai acontecer em 12 de março no Dolby Theatre, em Los Angeles, EUA, com apresentação de Jimmy Kimmel. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Melhor Filme “Nada de Novo no Front” “Avatar: O Caminho da Água” “Os Banshees de Inisherin” “Elvis” “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” “Os Fabelmans” “Tár” “Top Gun: Maverick” “Triângulo da Tristeza” “Entre Mulheres” Melhor Direção Martin McDonagh, por “Os Banshees de Inisherin” Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” Steven Spielberg, por “Os Fabelmans” Todd Field, por “Tár” Rubem Östlund, por “Triângulo da Tristeza” Melhor Atriz Cate Blanchett, por “Tár” Ana de Armas, por “Blonde” Andrea Riseborough, por “To Leslie” Michelle Williams, por “Os Fabelmans” Michelle Yeoh, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” Melhor Ator Austin Butler, por “Elvis” Colin Farrell, por “Os Banshees de Inisherin” Brendan Fraser, por “A Baleia” Paul Mescal, por “Aftersun” Bill Nighy, por “Living” Melhor Atriz Coadjuvante Angela Bassett, por “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” Hong Chau, por “A Baleia” Kerry Condon, por “Os Banshees of Inisherin” Jamie Lee Curtis, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” Stephanie Hsu, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” Melhor Ator Coadjuvante Brendan Gleeson, por “Os Banshees de Inishering” Brian Tyree Henry, em “Passagem” Judd Hirsch, em “Os Fabelmans” Berry Keoghan, por “Os Banshees de Inisherin” Ke Huy Quan, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” Melhor Roteiro Adaptado “Nada de Novo no Front” “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” “Living” “Top Gun: Maverick” “Entre Mulheres” Melhor Roteiro Original “Os Banshees de Inisherin” “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” “Os Fabelmans” “Tár” “Triângulo da Tristeza” Melhor Fotografia “Nada de Novo no Front” “Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades” “Elvis” “Império da Luz” “Tár” Melhor Edição “Os Banshees de Inisherin” “Elvis” “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” “Tár” “Top Gun: Maverick” Melhor Design de Produção “Nada de Novo no Front” “Avatar: O Caminho da Água” “Babilônia” “Elvis” “Os Fabelmans” Melhor Figurino “Babilônia” “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” “Elvis” “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” “Sra. Harris Vai a Paris” Maquiagem e Penteado “Nada de Novo no Front” “Batman” “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” “Elvis” “A Baleia” Efeitos Visuais “Nada de Novo no Front” “Avatar: O Caminho da Água” “Batman” “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” “Top Gun: Maverick” Melhor Som “Nada de Novo no Front” “Avatar: O Caminho da Água” “Batman” “Elvis” “Top Gun: Maverick” Melhor Trilha Sonora “Nada de Novo no Front” “Babilônia” “Os Banshees de Inisherin” “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” “Os Fabelmans” Canção Original Sofia Carson – “Applause” (de “Tell it Like a Woman”) Lady Gaga – “Hold My Hand” (de “Top Gun: Maverick”) Rihanna – “Lift Me Up” (de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”) M.M. Keeravaani – “Naatu Naatu” (de “RRR”) Son Lux – “This is a Life” (de “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”) Melhor Filme Internacional “Nada de Novo no Front” (Alemanha) “Argentina, 1985” (Argentina) “Close” (Bélgica) “EO” (Polônia) “The Quiet Girl” (Irlanda) Melhor Animação “Pinóquio de Guillermo Del Toro” “Marcel the Shell with Shoes On” “Gato de Botas 2: O Último Pedido” “A Fera do Mar” “Red – Crescer é uma Fera” Melhor Documentário “All That Breathes” “All The Beauty and the Bloodshed” “Fire of Love” “A House Made of Splinters” “Navalny” Melhor Curta-Metragem “An Irish Goodbye” “Ivalu” “Le Pupille” “Night Ride” “The Red Suitcase” Melhor Curta de Animação “O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo” “The Flying Sailor” “Ice Merchants” “My Year of Dicks” “An Ostrich Told Me the World is Fake and I Think I Believe It” Melhor Documentário de Curta-Metragem “The Elephant Whisperers” “Haulout” “How do You Measure a Year?” “The Martha Mitchell Effect” “Stranger at the Gate”
BAFTA Awards: “Nada de Novo no Front” domina indicações do “Oscar britânico”
A Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (BAFTA, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira (19/1) a lista de filmes, artistas e técnicos indicados à 76ª edição de seu prêmio anual. A relação é liderada pela produção alemã “Nada de Novo no Front”, citada em 14 categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Filme de Língua Não Inglesa. Com isso, o filme da Netflix teve o maior número de indicações ao prêmio desde 2011, quando “O Discurso do Rei” também apareceu em 14 categorias. Em seguida, aparecem o filme britânico “Os Banshees de Inisherin” e a sci-fi indie “Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, ambas com 10 indicações cada, e a cinebiografia “Elvis”, mencionada em nove categorias. O elogiado drama “Tár” também concorre a Melhor Filme. O prêmio de Melhor Ator será disputado por Austin Butler (indicado por “Elvis”), Colin Farrell (“Os Banshees de Inisherin”), Brendan Fraser (“A Baleia”), Daryl McCormack (“Boa Sorte, Leo Grande”), Bill Nighy (“Living”) e Paul Mescal (“Aftersun”). Já a categoria de Melhor Atriz conta com Ana de Armas (“Blonde”), Cate Blanchett (“Tár”), Viola Davis (“A Mulher-Rei”), Emma Thompson (“Boa Sorte, Leo Grande”), Danielle Deadwyler (“Till – A Busca por Justiça”) e Michelle Yeoh (“Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”). “É realmente a amplitude em todos os gêneros e estilos de narrativa de filmes, perspectivas, representação, é isso que me impressiona mais do que tudo”, disse a executiva-chefe do BAFTA, Jane Millichip, em comunicado. A premiação está marcada para o dia 19 de fevereiro. Confira abaixo a lista completa de indicados ao BAFTA Awards de 2022. Melhor Filme “Nada de Novo no Front” “Os Banshees de Inisherin” “Elvis” “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” “Tár” Melhor Filme Britânico “Aftersun” “Os Banshees de Inisherin” “Brian e Charles” “Império da Luz” “Boa sorte, Leo Grande” “Living” “Matilda: O Musical” “Veja Como Eles Correm” “As Nadadoras” “O Milagre” Melhor Filme de Língua Não Inglesa “Nada de Novo no Front” (Alemanha) “Argentina, 1985” (Argentina) “Corsage” (Áustria) “Decisão de Partir” (Coreia do Sul) “The Quiet Girl” (Irlanda) Melhor Direção Edward Berger, por “Nada de Novo no Front” Martin McDonagh, por “Os Banshees de Inisherin” Park Chan-Wook, por “Decisão de Partir” Daniel Kwan e Daniel Scheinert, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Todd Field, por “Tár” Gina Prince-Bythewood, por “A Mulher Rei” Melhor Roteiro Original “Os Banshees de Inisherin” “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” “Os Fabelmans” “Tár” “Triângulo da Tristeza” Melhor Roteiro Adaptado “Nada de Novo no Front” “Living” “The Quiet Girl” “Ela Disse” “A Baleia” Melhor Atriz Ana de Armas, por “Blonde” Cate Blanchett, por “Tár” Viola Davis, por “A Mulher-Rei” Emma Thompson, por “Boa Sorte, Leo Grande” Danielle Deadwyler, por “Till – A Busca por Justiça” Michelle Yeoh, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” Melhor Ator Austin Butler, por “Elvis” Colin Farrell, por “Os Banshees de Inisherin” Brendan Fraser, por “A Baleia” Daryl McCormack, por “Boa Sorte, Leo Grande” Bill Nighy, por “Living” Paul Mescal, por “Aftersun” Melhor Atriz Coadjuvante Angela Bassett, por “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” Hong Chau, por “A Baleia” Kerry Condon, por “Os Banshees de Inisherin” Dolly de Leon, por “Triângulo da Tristeza” Jamie Lee Curtis, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Carey Mulligan, “Ela Disse” Melhor Ator Coadjuvante Brendan Gleeson, por “Os Banshees de Inisherin” Barry Keoghan, “Os Banshees de Inisherin” Ke Huy Quan, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Eddie Redmayne, por “O Enfermeiro da Noite” Albrecht Shuch, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Micheal Ward, por “Império da Luz” Melhor Documentário “All That Breathes” “All the Beauty and the Bloodshed” “Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft” “Moonage Daydream” “Navalny” Melhor Animação “Pinóquio por Guillermo del Toro” “Marcel the Shell with Shoes On” “Gato de Botas 2: O Último Pedido” “Red: Crescer é uma Fera” Melhor Trilha Sonora “Nada de Novo no Front” “Babilônia” “Os Banshees de Inisherin” “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” “Pinóquio por Guillermo del Toro” Melhor Fotografia “Nada de Novo no Front” “Batman” “Elvis” “Império da Luz” “Top Gun: Maverick” Melhor Edição “Nada de Novo no Front” “Os Banshees de Inisherin” “Elvis” “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” “Top Gun: Maverick” Melhor Design de Produção “Nada de Novo no Front” “Babilônia” “Batman” “Elvis” “Pinóquio por Guillermo del Toro” Melhor Figurino “Nada de Novo no Front” “Amsterdam” “Babilônia” “Elvis” “Sra. Harris vai a Paris” Melhor Cabelo e Maquiagem “Nada de Novo no Front” “Batman” “Elvis” “Matilda: O Musical” “A Baleia” Melhor Som “Nada de Novo no Front” “Avatar: O Caminho da Água” “Elvis” “Tár” “Top Gun: Maverick” Melhores Efeitos Especiais “Nada de Novo no Front” “Avatar: O Caminho da Água” “Batman” “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” “Top Gun: Maverick” Melhor Elenco “Aftersun” “Nada de Novo no Front” “Elvis” “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” “Triângulo da Tristeza” Melhor Estreia de Roteirista, Diretor ou Produtor Britânico Charlotte Wells (Roteiro/Direção) – “Aftersun” Georgia Oakley (Roteiro/Direção), Hélène Sifre (Produção) – “Blue Jean” Marie Lidén (Direção) – Electric Malady Katy Braqnd (Direção) – Boa Sorte, Leo Grande Maia Kenworthy (Direção) – Rebellion Melhor Estrela em Ascensão (Voto do Público) Naomi Ackie, por “I Wanna Dance with Somebody: A História de Whitney Houston” Sheila Atim, por “Mulher Rei” Aimee Lou Wood, por “Living” Emma Mackey, por “Emily” Daryl McCormack, por “Boa sorte, Leo Grande” Melhor Curta Britânico “The Ballad of Olive Morris” “Bazigaga” “Bus Girl” “A Drifiting Up” “An Irish Goodbye” Melhor Curta Britânico em Animação “O Menino, A Toupeira, A Raposa e o Cavalo” “Middle Watch” “Your Mountain is Waiting”
“Elvis”, “Os Fabelmans”, “Avatar 2” e “Top Gun” disputam prêmio do sindicato dos produtores
O Sindicato dos Produtores dos EUA (PGA em inglês) divulgou a lista das produções indicadas para sua premiação anual, o PGA Awards. A lista, que serve como um bom termômetro para o Oscar, contém muitos dos filmes que já ganharam destaque em outras premiações, como “Os Fabelmans”, “Top Gun: Maverick” e “Elvis”, todos concorrentes ao prêmio principal. A relação de títulos celebra produções de grande orçamento, como “Avatar: O Caminho da Água”, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” e “Glass Onion: Um Mistério Knives Out”, mas também abre espaço para filmes do circuito “de arte”, como os dramas “Tár” e “Os Banshees de Inisherin”. Curiosamente, apesar da predominância de grandes estúdios, o indie A24 foi o único a emplacar duas indicações a Melhor Filme, com “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” e “A Baleia”. A categoria principal, chamada de Prêmio Darryl F. Zanuck, não conta com nenhum filme dirigido por mulheres, uma vez que o sindicato ignorou produções elogiadas como “Aftersun”, “Ela Disse”, “A Mulher-Rei” e “Entre Mulheres”. Concorrem ao prêmio de Melhor Animação os filmes “Guillermo del Toro’s Pinocchio”, “Minions 2: A Origem de Gru”, “Gato de Botas 2: O Último Pedido”, “Red: Crescer é uma Fera” e a produção indie “Marcel the Shell with Shoes On”, também da A24. Nas nomeações televisivas, a disputa está entre “Andor”, “Better Call Saul”, “Ozark”, “Ruptura” e “The White Lotus” na categoria de Série de Drama, “Abbott Elementary”, “Barry”, “O Urso”, “Hacks” e “Only Murders in the Building” em Comédia, e “Dahmer: Um Canibal Americano”, “The Dropout”, “Inventando Anna”, “Obi-Wan Kenobi” e “Pam & Tommy” como Minissérie. O fato de “The White Lotus” aparecer na categoria de Drama está sendo o detalhe mais comentado da seleção. A 34ª edição do PGA Awards vai acontecer no dia 25 de fevereiro no Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Prêmio Darryl F. Zanuck de Melhor Filme “Avatar: O Caminho da Água” (20th Century Studios) “Os Banshees de Inisherin” (Searchlight Pictures) “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” (Marvel Studios) “Elvis” (Warner Bros.) “Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” (A24) “Os Fabelmans” (Universal Pictures) “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” (Netflix) “Tár” (Focus Features) “Top Gun: Maverick” (Paramount Pictures) “A Baleia” (A24) Melhor Animação “Guillermo del Toro’s Pinocchio” (Netflix) “Marcel the Shell with Shoes On” (A24) “Minions 2: A Origem de Gru” (Universal Pictures/Illumination) “Gato de Botas 2: O Último Pedido” (DreamWorks Animation) “Red: Crescer é uma Fera” (Pixar) Prêmio Norman Felton de Melhor Série – Drama “Andor” (Disney+) “Better Call Saul” (AMC) “Ozark” (Netflix) “Ruptura” (Apple TV+) “The White Lotus” (HBO) Prêmio Danny Thomas de Melhor Série – Comédia “Abbott Elementary” (ABC) “Barry” (HBO) “O Urso” (FX) “Hacks” (HBO Max) “Only Murders in the Building” (Hulu) Prêmio David L. Wolper de Melhor Minissérie “Dahmer: Um Canibal Americano” (Netflix) “The Dropout” (Hulu) “Inventando Anna” (Netflix) “Obi-Wan Kenobi” (Disney+) “Pam & Tommy” (Hulu) Melhor Telefilme “Fire Island” (Hulu) “Abracadabra 2” (Disney+) “Pinocchio” (Disney+) “Predador: A Caçada” (Hulu) “Weird: The Al Yankovic Story” (The Roku Channel) Melhor Programa de Não Ficção “30 for 30” (ESPN) “60 Minutes” (CBS) “George Carlin’s American Dream” (HBO) “Lucy and Desi” (Amazon Prime Video) “Stanley Tucci: Searching for Italy” (CNN) Melhor Programa de Variedades e Entretenimento ao Vivo “The Daily Show with Trevor Noah” (Comedy Central) “Jimmy Kimmel Live!” (ABC) “Last Week Tonight with John Oliver” (HBO) “The Late Show with Stephen Colbert” (CBS) “Saturday Night Live” (NBC) Melhor Reality Show de Competição “The Amazing Race” (CBS) “Lizzo’s Watch Out for the Big Grrrls” (Amazon Prime Video) “RuPaul’s Drag Race All Stars” (VH1) “Top Chef” (Bravo) “The Voice” (NBC) Melhor Documentário (divulgado anteriormente) “All That Breathes” (HBO) “O Último Navio Negreiro” (Netflix) “Navalny” (HBO Max) “Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft” (National Geographic) “Nothing Compares” (Showtime) “Retrograde” (National Geographic) “O Território” (National Geographic)
Sindicato dos Diretores dos EUA divulga indicados a seu prêmio anual
O Sindicato dos Diretores de Hollywood (DGA em inglês) divulgou a lista dos indicados a sua premiação anual, DGA Awards. E desta vez apenas cineastas homens receberam indicações ao prêmio principal, de Melhor Direção em Longa-Metragem. Os indicados foram Todd Field (por “Tár”), Joseph Kosinski (“Top Gun: Maverick”), Martin McDonagh (“Os Banshees de Inisherin”), Steven Spielberg (“Os Fabelmans”) e a dupla Daniel Kwan & Daniel Scheinert (“Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo”). Geralmente, os indicados do DGA antecipam a lista de concorrentes ao Oscar da categoria. Num contraste gritante, o prêmio de Melhor Estreia na Direção foi quase todo dominado por mulheres: Alice Diop (“Saint Omer”), Audrey Diwan (“O Acontecimento”), Antoneta Alamat Kusijanovic (“Murina”), Charlotte Wells (“Aftersun”) e John Patton Ford (“Emily the Criminal”) – o único homem indicado na categoria. Os prêmios televisivos foram um pouquinho mais diversificados, com duas indicações femininas: Aoife McArdle (“Ruptura”) na categoria de Melhor Direção em Série de Drama e Amy Sherman-Palladino (“Maravilhosa Sra. Maisel”) em Melhor Direção em Série de Comédia. A competição de série dramática ainda conta com Jason Bateman (“Ozark”), Vince Gilligan (“Better Call Saul”), Sam Levinson (“Euphoria”) e Ben Stiller (“Ruptura”). E o prêmio de comédia inclui na disputa Tim Burton (“Wandinha”), Bill Hader (“Barry”), Christopher Storer (“O Urso”) e Mike White (“The White Lotus”). A cerimônia da 75ª edição do DGA Awards vai acontecer em 18 de fevereiro, no Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Melhor Direção em Longa-Metragem Todd Field (“Tár”) Joseph Kosinski (“Top Gun: Maverick”) Daniel Kwan & Daniel Scheinert (“Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo”) Martin McDonagh (“Os Banshees de Inisherin”) Steven Spielberg (“Os Fabelmans”) Melhor Direção de Estreia Alice Diop (“Saint Omer”) Audrey Diwan (“O Acontecimento”) John Patton Ford (“Emily the Criminal”) Antoneta Alamat Kusijanovic (“Murina”) Charlotte Wells (“Aftersun”) Melhor Direção em Documentário Sara Dosa (“Fire of Love”) Matthew Heinman (“Retrograde”) Laura Poitras (“All the Beauty and the Bloodshed”) Daniel Roher (“Navalny”) Shaunak Sen (“All That Breathes”) Melhor Direção em Série de Drama Jason Bateman (“Ozark”) Vince Gilligan (“Better Call Saul”) Sam Levinson (“Euphoria”) Aoife McArdle (“Ruptura”) Ben Stiller (“Ruptura”) Melhor Direção em Série de Comédia Tim Burton (“Wandinha”) Bill Hader (“Barry”) Amy Sherman-Palladino (“Maravilhosa Sra. Maisel”) Christopher Storer (“O Urso”) Mike White (“The White Lotus”) Melhor Direção em Telefilme ou Minissérie Eric Appel (“Weird: The Al Yankovic Story”) Deborah Chow (“Obi‑Wan Kenobi”) Jeremy Podeswa (“Station Eleven”) Helen Shaver (“Station Eleven”) Tom Verica (“Inventando Anna”) Melhor Direção em Programa Infantil Tim Federle (“Apresentando, Nate”) Bonnie Hunt (“Amber Brown”) Dean Israelite (“Clube do Terror”) Michael Lembeck (“Snow Day The Musical”) Anne Renton (“Best Foot Forward”) Melhor Direção em Programa de Variedades Paul G. Casey (“Real Time With Bill Maher”) Jim Hoskinson (“The Late Show with Stephen Colbert”) David Paul Meyer (“The Daily Show with Trevor Noah”) Liz Patrick (“Saturday Night Live”) Paul Pennolino (“Last Week Tonight with John Oliver”) Melhor Direção em Especial de Variedades Ian Berger (“The Daily Show with Trevor Noah Presents: Jordan Klepper Fingers the Globe ‑ Hungary for Democracy”) Hamish Hamilton (“Super Bowl LVI Halftime Show 2022”) James Merryman (“Norman Lear: 100 Years of Music and Laughter”) Marcus Raboy (“Mark Twain Prize 2022: Celebrating Jon Stewart”) Glenn Weiss (“The 75th Annual Tony Awards”) Melhor Direção em Reality Show Joseph H. Guidry (“The Big Brunch”) Carrie Havel (“The Go‑Big Show”) Rich Kim (“Lego Masters”) Michael Shea (“FBoy Island”) Ben Simms (“Running Wild with Bear Grylls”) Melhor Direção em Comercial Juan Cabral (“For All Life’s Moments, John Lewis”) Kim Gehrig (“Accessibility, Apple”) Craig Gillespie (“Hard Knocks, Apple Watch Series 7”) David Shane (“Detectives, iPhone 13 Pro”) Ivan Zachariáš (“Data Auction, iPhone”)










