Família revela causa da morte de Diane Keaton
Atriz vencedora do Oscar por “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” faleceu em 11 de outubro, aos 79 anos, em Los Angeles
Diane Keaton, estrela de “O Poderoso Chefão” e “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”, morre aos 79 anos
Atriz premiada com o Oscar marcou o cinema americano e virou referência de estilo, com uma carreira que atravessou seis décadas
Francis Ford Coppola é internado em hospital de Roma para procedimento cardíaco
Cineasta de "Apocalypse Now" e "O Poderoso Chefão" foi hospitalizado em Roma para tratamento com cardiologista que o acompanha há mais de 30 anos
Albert S. Ruddy, produtor de “O Poderoso Chefão”, morre aos 94 anos
Vencedor de dois Oscars, ele também criou as séries "Guerra, Sombra e Água Fresca" e "Chuck Norris, o Homem da Lei"
“Psicose” é eleito melhor filme de todos os tempos pela Variety
A revista americana Variety publicou nesta quarta (21/12) a sua primeira lista com os 100 melhores filmes de todos os tempos. A veterana revista especializada, que recentemente completou 117 anos, é pioneira na cobertura de cinema, tendo sido a primeira publicação a contabilizar bilheterias de filmes, além de ter criado palavras novas, como “showbiz”, que hoje fazem parte do vocabulário do entretenimento. Mas mesmo com sua longa tradição no gênero, nunca tinha feito uma lista de melhores filmes de todos os tempos. A relação foi compilada a partir de escolhas individuais de 30 críticos, redatores e editores da publicação e seu site. E o resultado colocou o filme “Psicose” (1960) em 1º lugar. O longa-metragem de Hitchcock é seguido pelo clássico “O Mágico de Oz” (1939) na 2ª posição, e por “O Poderoso Chefão” (1972), em 3º lugar. Velho campeão dessas listas, “Cidadão Kane” (1941) apareceu em 4º, acompanhado por um filme bem mais moderno, “Pulp Fiction – Tempos de Violência” (1994). A compilação marca um contraste bem grande com a recente lista da revista britânica Sight & Sound, do British Film Institute, que conta com a participação de alguns dos críticos e estudiosos de cinema mais importantes do mundo. Como diferença mais notável, “Jeanne Dielman” (1975), da belga Chantal Akerman, 1º colocado na Sight & Sound, ficou na 78ª posição na lista da Variety. Por ser uma revista americana, a Variety também selecionou uma grande maioria de produções de Hollywood, tanto clássicas (como “Cantando na Chuva” e “Casablanca”) quanto contemporâneas (como “Batman – O Cavaleiro das Trevas” e “Toy Story”). Além de liderar a lista com “Psicose”, Alfred Hitchock ainda emplacou mais dois filmes entre os favoritos da Variety: “Um Corpo que Cai” (1958) e “Interlúdio” (1946) – mas não “Janela Indiscreta” (1954)! Não foi o único. Billy Wilder e Francis Ford Coppola mereceram o mesmo destaque. A filmografia clássica de Wilder contou com o noir “Pacto de Sangue” (1944) e as comédias “Quanto Mais Quente Melhor” (1959) e “Se Meu Apartamento Falasse” (1960). Essa seleção também chamou atenção por uma ausência gritante: “Crepúsculo dos Deuses” (1950). Já Coppola compareceu com seus filmes dos anos 1970: “O Poderoso Chefão” (1972), “O Poderoso Chefão II” (1974) e “Apocalypse Now” (1979). Entre os filmes internacionais, somente uma produção brasileira foi mencionada: “Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1980), de Hector Babenco, em 80º lugar. Mas estão lá os suspeitos de sempre: Kurosawa (“Os 7 Samurais”), Fellini (“8½”), Truffaut (“Os Incompreendidos”), Buñuel (“A Bela da Tarde”), Dreyer (“O Martírio de Joana D’Arc”), Godard (“Acossado”), Murnau (“Aurora”), Renoir (“A Regra do Jogo”), De Sica (“Ladrão de Bicicletas”), Antonioni (“A Aventura”), Bresson (“Um Condenado à Morte Escapou”), Polanski (“O Bebê de Rosemary” e “Chinatown”) e Almodóvar (“Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”), ao lado de mestres da velha (Ford, Capra, Curtis, Chaplin, Peckinpah) e da nova Hollywood (Scorsese, Tarantino, Spielberg, Lynch, Coen). O título mais antigo é “Intolerância” (1916), filme mudo de D.W. Griffith, e o mais novo é “Parasita” (2019), do sul-coreano Bong Joon Ho, vencedor do Oscar de 2020. Confira abaixo a lista completa. 1. “Psicose” (1960) 2. “O Mágico de Oz” (1939) 3. “O Poderoso Chefão” (1972) 4. “Cidadão Kane” (1941) 5. “Pulp Fiction – Tempos de Violência” (1994) 6. “Os Sete Samurais” (1954) 7. “2001 – Uma Odisseia no Espaço” (1968) 8. “A Felicidade Não Se Compra” (1946) 9. “A Malvada” (1950) 10. “O Resgate do Soldado Ryan” (1998) 11. “Cantando na Chuva” (1952) 12. “Os Bons Companheiros” (1990) 13. “A Regra do Jogo” (1939) 14. “Faça a Coisa Certa” (1989) 15. “Aurora” (1927) 16. “Casablanca” (1942) 17. “Nashville” (1975) 18. “Persona” (1966) 19. “O Poderoso Chefão 2” (1974) 20. “Veludo Azul” (1986) 21. “…E o Vento Levou” (1939) 22. “Chinatown” (1974) 23. “Se Meu Apartamento Falasse” (1960) 24. “Era uma Vez em Tóquio” (1953) 25. “Levada da Breca” (1938) 26. “Os Incompreendidos” (1959) 27. “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Bala” (1967) 28. “Luzes da Cidade” (1931) 29. “Pacto de Sangue” (1944) 30. “Guerra nas Estrelas: O Império Contra-Ataca” (1980) 31. “Rede de Intrigas” (1976) 32. “Um Corpo que Cai” (1958) 33. “8½” (1963) 34. “No Tempo das Diligências” (1939) 35. “O Silêncio dos Inocentes” (1991) 36. “Sindicato de Ladrões” (1954) 37. “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” (1977) 38. “Lawrence da Arábia” (1962) 39. “Quanto Mais Quente Melhor” (1959) 40. “Fargo” (1996) 41. “Meu Ódio Será Sua Herança” (1969) 42. “Moonlight: Sob a Luz do Luar” (2016) 43. “Shoah” (1985) 44. “A Aventura” (1960) 45. “Titanic” (1997) 46. “Interlúdio” (1946) 47. “Caminhos Perigosos” (1973) 48. “O Piano” (1993) 49. “O Massacre da Serra Elétrica” (1974) 50. “Acossado” (1960) 51. “Apocalypse Now” (1979) 52. “A General” (1926) 53. “Amor à Flor da Pele” (2000) 54. “Mad Max 2 – A Caçada Continua” (1981) 55. “Pather Panchali” (1955) 56. “O Bebê de Rosemary” (1968) 57. “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005) 58. “E.T. O Extraterrestre” (1982) 59. “Os Renegados” (1985) 60. “Moulin Rouge – Amor em Vermelho” (2001) 61. “A Paixão de Joana d’Arc” (1928) 62. “Jovens, Loucos e Rebeldes” (1993) 63. “Bambi” (1942) 64. “Carrie, a Estranha” (1976) 65. “Um Condenado à Morte Escapou” (1956) 66. “Paris Is Burning” (1990) 67. “Ladrões de Bicicleta” (1948) 68. “King Kong” (1933) 69. “Bom Trabalho” (1999) 70. “12 Anos de Escravidão” (2013) 71. “O Casamento do Meu Melhor Amigo” (1997) 72. “Ondas do Destino” (1996) 73. “Intolerância” (1916) 74. “Meu Amigo Totoro” (1988) 75. “Boogie Nights – Prazer Sem Limites” (1997) 76. “A Árvore da Vida” (2011) 77. “007 Contra Goldfinger” (1964) 78. “Jeanne Dielman” (1975) 79. “Esperando o Sr. Guffman” (1996) 80. “Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1980) 81. “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008) 82. “Parasita” (2019) 83. “Kramer vs. Kramer” (1979) 84. “O Labirinto do Fauno” (2006) 85. “Assassinos por Natureza” (1994) 86. “Close-Up” (1990) 87. “A Noviça Rebelde” (1965) 88. “Malcolm X” (1992) 89. “A Bela da Tarde” (1967) 90. “O Iluminado” (1980) 91. “Cenas de Um Casamento” (1974) 92. “Pink Flamingos” (1972) 93. “O Samurai” (1967) 94. “Missão Madrinha de Casamento” (2011) 95. “Toy Story” (1995) 96. “Os Reis do Iê, Iê, Iê” (1964) 97. “Alien – O 8.º Passageiro” (1979) 98. “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (1988) 99. “12 Homens e uma Sentença” (1957) 100. “A Primeira Noite de um Homem” (1967)
Morre Sacheen Littlefeather, atriz indígena que fez História no Oscar
A atriz e ativista Sacheen Littlefeather, que causou furor ao discursar contra a representação indígena de Hollywood no Oscar de 1973, morreu no domingo (2/10) aos 75 anos, na cidade de Novato, no norte da Califórnia, cercada por seus entes queridos. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que se reconciliou com Littlefeather em junho e organizou uma celebração em sua homenagem há apenas duas semanas, revelou a notícia em suas mídias sociais durante a noite. Littlefeather divulgou em 2018 que havia sido diagnosticada com câncer de mama em estágio 4, com metástase. Em seus últimos meses de vida ela recebeu um pedido formal de desculpas da Academia pela maneira como a tratou em 1973, quando ela subiu ao palco como representante enviado por Marlon Branco para receber o Oscar que ele ganhou pelo trabalho em “O Poderoso Chefão” (1972). Na ocasião, Littlefeather leu uma mensagem de Brando na qual criticava, entre outras coisas, os estereótipos nativos americanos perpetuados pela indústria do entretenimento. “Quando vocês nos estereotipam, vocês nos desumanizam”, ela apontou, sob uma mistura sonora de vaias e aplausos. Naquele momento, John Wayne, que estava nos bastidores, precisou ser seguro por seis seguranças para não invadir o palco e comprar briga com a jovem indígena. Ninguém estava preparado para o que aconteceu. Foi o primeiro discurso político num Oscar – e a única vez que o troféu foi recusado por seu vencedor. A surpresa causou indignação e foi considerado uma brincadeira de mau gosto na época. De fato, durante muito tempo, o feito foi reduzido a uma pegadinha de Marlon Brando. O desdém foi potencializado quando veio à tona que Sacheen Littlefeather era uma atriz. De fato, Sacheen Littlefeather era uma atriz. Mas uma atriz apache legítima, que atuou em “O Julgamento de Billy Jack” e “A Volta dos Bravos”, mas após seu discurso histórico perdeu o registro do sindicato e precisou abandonar a profissão. Em 2022, a Academia admitiu que o discurso levou Littlefeather a ser “boicotada profissionalmente, pessoalmente atacada, assediada e discriminada pelos últimos 50 anos”. A própria Littlefeather já havia afirmado isso em um documentário curta-metragem intitulado “Sacheen”, que foi lançado em 2019. No curta, ela disse que até Brando a abandonou após a repercussão negativa. Além disso, a polêmica a colocou na lista negra de Hollywood e, consequentemente, ela não conseguiu mais nenhum trabalho como atriz. Já envolvida com ativismo político, ela passou então a se dedicar de vez às causas indígenas, mas se voltou à questão da saúde. Formada em saúde holística pela Universidade de Antioch com especialização em medicina nativa americana, ela passou a escrever uma coluna de saúde para o jornal da tribo Kiowa em Oklahoma, deu aulas no programa de medicina tradicional indígena no Hospital St. Mary em Tucson, Arizona, e trabalhou com Madre Teresa para ajudar pacientes com AIDS na área da baía de San Francisco, posteriormente tornando-se membro do conselho fundador do Instituto Indígena-Americano de AIDS de San Francisco. Littlefeather também continuou seu envolvimento com as artes, fundando uma organização nacional de atores indígenas no início dos anos 1980 e continuando a ser uma defensora da inclusão dos nativos americanos em Hollywood, para que atores brancos não fossem escalados – e pintados de “redface” – em papéis indígenas. Seu discurso por inclusão e representatividade hoje é considerado um marco histórico, precursor de uma reviravolta completa em Hollywood. Num reconhecimento tardio, a Academia resolveu lhe pedir desculpas por meio de uma carta assinada por seu presidente, David Rubin, e enviada em junho passado, e convidá-la participar de uma atividade do Museu do Cinema, com direito a uma programação totalmente desenvolvida por ela, que aconteceu em 17 de setembro. “Em relação ao pedido de desculpas da Academia para mim, nós indígenas somos pessoas muito pacientes – faz apenas 50 anos! Precisamos manter nosso senso de humor sobre isso o tempo todo. É o nosso método de sobrevivência”, ela disse, por meio de um comunicado à imprensa. Duas semanas antes de sua morte, ela participou de um evento da Academia pela segunda vez em sua vida, na comemoração do museu em sua homenagem. Na ocasião, deixou claro que sabia que seu fim era iminente. “Em breve, estarei cruzando para o mundo espiritual”, ela comentou. “Estou aqui para aceitar esse pedido de desculpas, não por mim mesma, mas por todas as nossas nações que também precisam ouvir e merecem este pedido de desculpas. Olhem para o nosso povo. Olhem uns para os outros e tenham orgulho de sermos sobreviventes, todos nós. Por favor, quando eu me for, lembrem-se que, sempre que defenderem sua verdade, vocês manterão minha voz e as vozes de nossas nações e nosso povo vivas”, completou, sob aplausos. Leia abaixo a íntegra do pedido de desculpas da Academia à atriz. “Cara Sacheen Littlefeather, Escrevo para você hoje uma carta que devo há muito tempo em nome da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, com humilde reconhecimento de sua experiência no 45º Oscar. Quando você subiu no palco em 1973 para não aceitar o Oscar em nome de Marlon Brando, mencionando a deturpação e maus-tratos dos nativos americanos pela indústria cinematográfica, você fez uma declaração poderosa que continua a nos lembrar da necessidade de respeito e a importância da dignidade humana. O abuso que você sofreu por causa dessa declaração foi descabido e injustificado. A carga emocional que você viveu e o custo para sua própria carreira em nossa indústria são irreparáveis. Por muito tempo, a coragem que você demonstrou não foi reconhecida. Por isso, oferecemos nossas mais profundas desculpas e nossa sincera admiração. Não podemos realizar a missão da Academia de ‘inspirar a imaginação e conectar o mundo através do cinema’ sem o compromisso de facilitar a mais ampla representação e inclusão que reflita nossa diversificada população global. Hoje, quase 50 anos depois, e com a orientação da Academy’s Indigenous Alliance, estamos firmes em nosso compromisso de garantir que as vozes indígenas – os contadores de histórias originais – sejam contribuintes visíveis e respeitados para a comunidade cinematográfica global. Dedicamo-nos a promover uma indústria mais inclusiva e respeitosa que alavanque um equilíbrio entre arte e ativismo para ser uma força motriz para o progresso. Esperamos que você receba esta carta com espírito de reconciliação e como reconhecimento de seu papel essencial em nossa jornada como organização. Você está para sempre respeitosamente enraizado em nossa história. Com calorosas saudações, David Rubin Presidente, Academia de Artes e Ciências Cinematográficas”.
James Caan: Morre o astro de “O Poderoso Chefão”
O ator James Caan, que marcou a história do cinema como Sonny Corleone em “O Poderoso Chefão” (1972), morreu na noite de quarta-feira (6/7) em Los Angeles, de causa não revelada, aos 82 anos. Caan é sempre lembrado por sua atuação explosiva como o filho mais velho de Dom Corleone (Marlon Brando) no clássico de Francis Ford Coppola. De presença hipnotizante em cena, o papel de herdeiro do império do crime da família Corleone lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Originalmente, a Paramount havia escalado outro ator no papel, mas Coppola, que era um velho amigo e já havia dirigido Caan em “Caminhos Mal Traçados” (1969), insistiu que só ele poderia fazer justiça ao personagem. Nascido em Nova York, Caan tinha até o sotaque do personagem e se encaixou como uma luva na produção. James Edmund Caan nasceu em 26 de março de 1940. Filho de imigrantes judeus da Alemanha, cresceu em Sunnyside, Queens, e estudou na faculdade de Long Island na mesma classe de Coppola. O início da carreira de ator foi em peças do circuito off-Broadway e participações em séries de TV no começo dos anos 1960. Seus primeiros papéis nas telas se materializaram em episódios de “Cidade Nua” e “Rota 66”, em 1961. Já a estreia no cinema foi uma figuração na comédia “Irma La Douce” (1963), de Billy Wilder. Ele começou a se destacar a partir do western “Assim Morrem os Bravos” (1965), escrito por Sam Peckinpah. Por seu papel, como um soldado da cavalaria dos EUA, recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de estreante mais promissor. O reconhecimento lhe rendeu escalação no clássico “El Dorado” (1967), penúltimo filme de Howard Hawks, ao lado de John Wayne e Robert Mitchum, e abriu caminho para seus primeiros trabalhos como protagonista – no suspense “O Terceiro Tiro” e na sci-fi “No Assombroso Mundo da Lua”, ambos também lançados em 1967. Um ano antes de estrelar “O Poderoso Chefão”, Caan ainda foi indicado ao Emmy de Melhor Ator por sua performance em “Glória e Derrota”, telefilme em que interpretou o jogador de futebol americano Brian Piccolo, diagnosticado com câncer terminal logo após se tornar profissional. Muitos críticos consideram a produção da rede ABC um dos melhores telefilmes já feitos. Com a enorme diferença de tom entre “Glória e Derrota” e “O Poderoso Chefão”, Caan mostrou a versatilidade que o acompanharia por toda a carreira, permitindo-lhe alternar-se entre dramas sensíveis, thrillers nervosos e comédias malucas. Foram mais de 100 papéis e muitos destaques. Só nos anos 1970, a lista inclui o drama criminal “O Jogador” (1974), de James Toback, a sci-fi “Rollerball: Os Gladiadores do Futuro” (1975), o thriller “Elite de Assassinos” (1975), de Sam Peckinpah, a comédia “A Última Loucura de Mel Brooks” (1976), de Mel Brooks, e o épico de guerra “Uma Ponte Longe Demais” (1977), de Richard Attenborough. Mas poderia ter feito filmes ainda mais populares. No auge da carreira, ele recebia tantas ofertas que não conseguiu encaixar alguns clássicos, como “Conexão Francesa” (1971), “Um Estranho no Ninho” (1975) e “Kramer vs. Kramer” (1979), três produções que renderam Oscars de Melhor Ator para seus intérpretes. Além disso, deixou passar o papel de Han Solo em “Star Wars” – foi a opção original de George Lucas. Coppola também tentou convencê-lo a viver o Capitão Willard em “Apocalypse Now” (1979), mas os dois só voltaram a trabalhar juntos em “Jardins de Pedra” (1987). Determinado a não desempenhar o mesmo papel repetidamente, Caan preferiu desafios que contrariavam expectativas, como viver o cantor e dançarino Billy Rose ao lado de Barbra Streisand em “Funny Lady” (1975) ou fazer dueto com Bette Midler em “Para Eles, com Muito Amor” (1991). Mesmo ao encarar tramas mafiosas, como em “Profissão: Ladrão” (1981), de Michael Mann, ele buscou cercar essas produções com escolhas inesperadas, como dois dramas do cineasta francês Claude Lelouch – “Outro Homem, Outra Mulher” (1977) e “Retratos da Vida” (1981). Mas Caan ficou cansado de atuar e decidiu dirigir um filme em 1980: “Hide in Plain Sight”, baseado na história real de um homem que descobre que seus filhos e ex-mulher sumiram, quando o namorado dela foi colocado no programa de proteção a testemunhas. O filme não fez sucesso e, junto com a perda de sua irmã por leucemia e o desgosto com os trabalhos que lhe ofereciam, o astro resolveu largar Hollywood, ficando ausente das telas de 1983 a 1986. Neste período, se dedicou a treinar crianças em times de futebol americano e basquete. Até que seu velho amigo Coppola o convenceu a retornar à atuação, interpretando um sargento do Exército dos EUA no traumático drama de guerra “Jardins de Pedra”. Em sua volta, Caan decidiu aceitar cheques mais altos para enveredar por gêneros mais comerciais e, por isso, também deixou sua marca na sci-fi “Missão Alien” (1988), que deu origem a uma franquia, na adaptação de quadrinhos “Dick Tracy” (1991) e no terror “Louca Obsessão” (1991), que rendeu o Oscar de Melhor Atriz para sua colega de cena, Kathy Bates. Em contrapartida, também ajudou a deslanchar a carreira de alguns diretores estreantes – ou no segundo filme – , como Wes Anderson, com quem trabalhou em seu primeiro longa independente, “Pura Adrenalina” (1996), além de James Gray em “Caminho sem Volta” (2000), Christopher McQuarrie em “À Sangue Frio” (2000) e Jon Favreau em “Um Duende em Nova York” (2003), antes mesmo que Hollywood reconhecesse devidamente seus talentos. Ele também fez duas comédias com Adam Sandler, “À Prova de Balas” (1996) e “Este é o Meu Garoto” (2012), e, ao se cansar da fama de mafioso, zoou dos clichês em “Mickey Olhos Azuis” (1999). Quando os filmes começaram a ficar repetitivos, Caan resolveu ir para a TV, passando quatro temporadas como dono de cassino em “Las Vegas” (2003-2007), outra como chefe da máfia de Miami em “Magic City” (2013) e mais uma na pele de um antigo astro de beisebol em “Back in the Game” (2013-2014). Além disso, virou dublador na animação “Tá Chovendo Hambúrguer” (2009) e sua continuação de 2013. Assim como sua filmografia, a vida pessoal de Caan também foi uma montanha-russa. Ele foi casado quatro vezes e teve cinco filhos. O mais famoso é Scott Caan, que seguiu os passos do pai, estrelando a franquia “Onze Homens e um Segredo” e o reboot da série “Hawaii-Five-0” – que contou com participação do velho Caan num episódio de 2012. O quarto casamento terminou após três pedidos de divórcio e a denúncia do ator de que a esposa estava gastando todo o seu dinheiro e forçando-o a aparecer em filmes muito ruins, como “Sicilian Vampire” (2016), simplesmente para pagar as contas. E, de fato, seus últimos filmes passaram longe da qualidade das obras que lhe renderam reconhecimento. Seu último filme, “Fast Charlie” (também conhecido como “Gun Monkeys”), foi finalizado neste ano e representa uma volta aos papéis mafiosos. Dirigido por Phillip Noyce, será lançado em 2023.
Trailer de “The Offer” revela bastidores tumultuados de “O Poderoso Chefão”
A Paramount+ divulgou o segundo trailer legendado de “The Offer”, que faz os bastidores da produção de “O Poderoso Chefão” parecerem mais excitantes que o próprio longa. Não faltam cenas de violência, tensão, humor e dramaticidade, com destaque para a participação da máfia real no destino do filme que, como lembra a prévia, “quase não foi feito”. A minissérie de 10 episódios foi concebida por Michael Tolkin, roteirista de “O Jogador” (1992) e da recente minissérie premiada “Escape from Dannemora” (2021), e é baseada nas experiências nunca antes reveladas de Al Ruddy, o produtor do filme de 1972 – e também criador da cultuada série dos anos 1960 “Guerra, Sombra e Água Fresca” (Hogan’s Heroes). Sempre festejada como um marco do cinema, um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos e um consenso da crítica, a produção vencedora de três Oscars na verdade teve um desenvolvimento turbulento, com bastidores perigosamente conturbados. A história será contada com roteiros de Nikki Toscano (“Hunters”) e direção de Dexter Fletcher, que assinou “Rocketman” (2019) e finalizou “Bohemian Rhapsody” (2018). O elenco estelar destaca Miles Teller (“Whiplash”) no papel de Al Ruddy, Juno Temple (“Ted Lasso”) como sua secretária Bettye McCart, Colin Hanks (“Fargo”) como o executivo Barry Lapidus, Matthew Goode (“Watchmen”) como o lendário produtor Robert Evans, Giovanni Ribisi (“Sneaky Pete”) como o mafioso real Joe Colombo, Justin Chambers (“Grey’s Anatomy”) na pele do astro Marlon Brando e Dan Fogler (“Animais Fantásticos e Onde Habitam”) vivendo o cineasta Francis Ford Coppola, entre muitos outros atores. A estreia está marcada para a próxima quinta, dia 28 de abril.
The Offer: Trailer mostra bastidores mafiosos de “O Poderoso Chefão”
A Paramount+ divulgou novos pôster e trailer de “The Offer”, que faz os bastidores da produção de “O Poderoso Chefão” parecerem mais excitantes que o próprio longa. Não faltam cenas de violência, tensão, humor e dramaticidade, com destaque para a participação da máfia real no destino do filme que, como lembra a prévia, “quase não foi feito”. A minissérie de 10 episódios foi concebida por Michael Tolkin, roteirista de “O Jogador” (1992) e da recente minissérie premiada “Escape from Dannemora” (2021), e é baseada nas experiências nunca antes reveladas de Al Ruddy, o produtor do filme de 1972 – e também criador da cultuada série dos anos 1960 “Guerra, Sombra e Água Fresca” (Hogan’s Heroes). Sempre festejada como um marco do cinema, um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos e um consenso da crítica, a produção vencedora de três Oscars na verdade teve um desenvolvimento turbulento, com bastidores perigosamente conturbados. A história será contada com roteiros de Nikki Toscano (“Hunters”) e direção de Dexter Fletcher, que assinou “Rocketman” (2019) e finalizou “Bohemian Rhapsody” (2018). O elenco estelar destaca Miles Teller (“Whiplash”) no papel de Al Ruddy, Juno Temple (“Ted Lasso”) como sua secretária Bettye McCart, Colin Hanks (“Fargo”) como o executivo Barry Lapidus, Matthew Goode (“Watchmen”) como o lendário produtor Robert Evans, Giovanni Ribisi (“Sneaky Pete”) como o mafioso real Joe Colombo, Justin Chambers (“Grey’s Anatomy”) na pele do astro Marlon Brando e Dan Fogler (“Animais Fantásticos e Onde Habitam”) vivendo o cineasta Francis Ford Coppola, entre muitos outros atores. A estreia está marcada para 28 de abril.
Oscar 2022 terá tributos às franquias “O Poderoso Chefão” e “007”
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA anunciou que a cerimônia do Oscar 2022 contará com tributos às franquias “O Poderoso Chefão” e “007”. A programação do evento incluirá uma homenagem aos 50 anos do lançamento de “O Poderoso Chefão” (1972), filme aclamado dirigido por Francis Ford Coppola, que venceu o Oscar em 1973, e uma celebração dos 60 anos do primeiro longa da franquia de James Bond, “007 Contra o Satânico Dr. No” (1962). O Oscar 2022 está marcado para o dia 27 de março, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Pela primeira vez, a cerimônia não será exibida no Brasil pela TV aberta. A transmissão ao vivo vai ocorrer apenas pela plataforma Globoplay e o canal pago TNT.
The Offer: Série sobre “O Poderoso Chefão” ganha primeiro trailer
A plataforma Paramount+ divulgou o trailer de “The Offer”, minissérie sobre os bastidores do clássico do cinema “O Poderoso Chefão” (1972). A prévia mostra como a produção foi agitada e cheia de reviravoltas. A minissérie de 10 episódios foi concebida por Michael Tolkin, roteirista de “O Jogador” (1992) e da recente minissérie premiada “Escape from Dannemora” (2021), e é baseada nas experiências nunca antes reveladas de Al Ruddy, o produtor do filme de 1972 – e também criador da cultuada série dos anos 1960 “Guerra, Sombra e Água Fresca” (Hogan’s Heroes). Sempre festejada como um marco do cinema, um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos e um consenso da crítica, a produção vencedora de três Oscars na verdade teve um desenvolvimento turbulento, com bastidores muito conturbados. A história será contada com roteiros de Nikki Toscano (“Hunters”) e direção de Dexter Fletcher, que assinou “Rocketman” (2019) e finalizou “Bohemian Rhapsody” (2018). O elenco estelar destaca Miles Teller (“Whiplash”) no papel de Al Ruddy, Colin Hanks (“Fargo”) como o executivo Barry Lapidus, Matthew Goode (“Watchmen”) como o lendário produtor Robert Evans, Justin Chambers (“Grey’s Anatomy”) na pele do astro Marlon Brando e Dan Fogler (“Animais Fantásticos e Onde Habitam”) vivendo o cineasta Francis Ford Coppola, entre muitos outros atores. A estreia está marcada para 28 de abril.
“O Poderoso Chefão” celebra 50 anos com restauração em 4K. Veja o trailer
A Paramount divulgou o pôster e o trailer da restauração de “O Poderoso Chefão” (The Godfather). O clássico mafioso dirigido por Francis Ford Coppola completa 50 anos em 2022 e está ganhando uma versão em 4K HDR comemorativa, para ser relançado nos cinemas e nas plataformas de streaming. Além do filme original de 1972, estrelado por Al Pacino e Marlon Brando, também foram restauradas as duas continuações sob a supervisão de Coppola. Mas apenas o primeiro voltará a ser exibido nos cinemas, com estreia marcada para o dia 24 de fevereiro nos EUA. Os três longas serão lançados em streaming a partir de 22 de março. “Tenho muito orgulho de O Poderoso Chefão, que certamente definiu o primeiro terço da minha vida criativa”, disse Francis Ford Coppola, em comunicado sobre a restauração. “Com este tributo ao 50º aniversário, estou especialmente feliz de ‘O Poderoso Chefão 3 – Desfecho: A Morte de Michael Corleone’ estar incluído, pois capta a visão original de Mario e minha ao concluir definitivamente nossa trilogia épica. Também é gratificante comemorar esse marco com a Paramount ao lado dos fãs maravilhosos que amam a trilogia há décadas, das gerações mais jovens, que ainda o consideram relevante hoje, e daqueles que o descobrirão pela primeira vez.” As adaptações cinematográfica de Coppola dos romances de Mario Puzo acompanham a ascensão e a queda da família Corleone. Os dois primeiros longas da trilogia venceram o Oscar de Melhor Filme – em 1973 e 1975. A nova versão é a segunda restauração pela qual passam os filmes. A primeira foi em 2007, concluída pelo historiador de cinema e preservacionista Robert Harris. Mas desde então a tecnologia evoluiu enormemente. Será a primeira vez que os filmes poderão ser exibidos em 4K, padrão das novas televisões. “Nós nos sentimos privilegiados por restaurar esses filmes e um pouco admirados a cada dia que trabalhamos neles”, disse Andrea Kalas, vice-presidente sênior da Paramount Archives. “Pudemos testemunhar em primeira mão como a brilhante fotografia, trilha sonora, desenho de produção, figurino, edição, performances e, claro, roteiro e direção tornaram-se notoriamente mais do que a soma de suas partes. Foi nosso compromisso honrar o trabalho excepcional de todos os envolvidos.”











