Ron Harper, das séries “Planeta dos Macacos” e “O Elo Perdido”, morre aos 91 anos
Ator protagonizou várias séries de curta duração, mas ficou mais conhecido nos anos 1970 pelas duas fantasias televisivas
Morreu Marty Krofft, criador dos Banana Splits, “A Flauta Mágica” e “O Elo Perdido”
Marty Krofft, um dos nomes mais influentes na programação televisiva infantil, morreu no sábado (25/11) aos 86 anos, vítima de insuficiência renal. Em parceria com seu irmão Sid, Marty criou um império no entretenimento, marcando época com programas inesquecíveis como “Banana Splits” e “O Elo Perdido”. Nascido em Montreal em 9 de abril de 1937, Marty encontrou no teatro de marionetes, juntamente com Sid, um caminho para a criatividade e inovação. Banana Splits Os irmãos Krofft iniciaram sua carreira como fantocheiros e logo foram recrutados pela rede NBC em 1968 para criar as fantasias da parte live-action de “Banana Splits”. Psicodélica e inovadora, a série apresentava segmentos animados e um seriado de aventura live-action (“A Ilha do Perigo”) ancorados pela apresentação de quatro personagens carismáticos – o cachorro Fleegle, o gorila Bingo, o leão Drooper e o elefante Snorky. A genialidade dos Krofft se manifestou na criação desses personagens únicos e no design de suas fantasias. Cada personagem tinha uma personalidade distinta e, juntos, formavam uma banda de rock que encantava crianças – e enfrentava o clube das Uvas Azedas – todas as manhãs de sábado de 1968 a 1970. A série fez História ao introduzir um novo formato de entretenimento, com apresentadores de desenhos e contexto musical, estabelecendo um padrão para futuros programas infantis. Reprisada por várias décadas, é lembrada até hoje. A Flauta Mágica e os Monstros Marinhos O sucesso de “Banana Splits” abriu portas para que em 1969 os irmãos criassem “A Flauta Mágica” (H.R. Pufnstuf), uma série sobre um garoto náufrago em uma ilha mágica, que representou outro avanço significativo na televisão infantil da época. Combinando atores com personagens em fantasias extravagantes e um cenário muito colorido, a produção foi outra explosão psicodélica na telinha. A história girava em torno de Jimmy, um jovem que chega a uma ilha mágica após ser atraído por Witchiepoo, uma bruxa malvada, que deseja roubar sua flauta mágica falante. Logo ao chegar, Jimmy encontra Pufnstuf, um amigável dragão e prefeito da ilha, que o ajuda a tentar retornar para casa enquanto protege sua flauta mágica. Apesar disso, Jimmy nunca saiu da ilha, porque a série foi cancelada após 17 episódios. Em seguida, eles criaram “Buggaloos” (1970), sobre uma banda de rock formada por insetos, e “Lidsville” (1971), em que um adolescente vai parar num mundo de chapéus falantes. Ambas foram inovadoras e muitas vezes surreais, mas o melhor ainda estava por vir. Em 1973, os Krofft voltaram à fantasia sobrenatural com um projeto de dinâmica e visual semelhante à “A Flauta Mágica”: “Sigmund e os Monstros Marinhos”. A série acompanhava Sigmund, um amigável monstro marinho que foi expulso de sua casa por sua família por não querer assustar humanos. Ele logo encontra amizade em dois irmãos surfistas, Johnny e Scott, que o escondem em seu clube secreto. A série explorava temas como aceitação, amizade e a importância de ser verdadeiro consigo mesmo, tudo dentro de um cenário lúdico e colorido. Durou duas temporadas, até 1975, quando os Marty e Sid já estavam priorizando sua atração mais lembrada. O Elo Perdido Lançado em 1974, “O Elo Perdido” (The Land of the Lost) foi o projeto mais ambicioso dos Krofft e representou outro marco na programação infantil. Ambientada em um mundo pré-histórico, a série de aventura narrava as aventuras da família Marshall, que, após um acidente durante um passeio de bote, ia parar em uma terra desconhecida habitada por dinossauros, os misteriosos Pakuni (hominídeos com sua própria língua e cultura) e os temíveis Sleestak (reptilianos humanoides inteligentes que os caçavam). A mistura de ação ao vivo e efeitos especiais inovadores para a época tornaram a atração um fenômeno de audiência. A produção se destacou por seu uso pioneiro de efeitos especiais e animatrônicos, especialmente na criação dos dinossauros e dos Sleestak. Essa abordagem atraiu o público para acompanhar a jornada da família Marshall em busca do caminho de casa. Junto da aventura, a trama apresentava temas como cooperação, resiliência e a importância do conhecimento e da inovação. Além disso, cada personagem da família Marshall – Rick, Will e Holly – tinha suas próprias forças e vulnerabilidades, criando uma dinâmica familiar como poucas séries da época. Com três temporadas, “O Elo Perdido” não foi apenas um sucesso de audiência. Ele se tornou um elemento cultural significativo, evidenciado por sua popularidade duradoura, reprises, adaptações e a presença contínua na cultura pop. Outros projetos Além dessas produções emblemáticas, os Kroffts produziram uma variedade de outros programas nos anos 1970 – incluindo as sci-fi “The Lost Saucer” e “Far Out Space Nuts” em 1975, e vários projetos derivados da sitcom “A Família Brady” (The Brady Bunch). Destacam-se na lista “Mulher Elétrica e Garota Dínamo” (Electra Woman and Dyna Girl), uma série de super-heroínas da era das discotecas, que combatiam o crime com trajes estilosos, e “Dr. Shrinker”, sobre um cientista louco que inventa um raio redutor e encolhe um grupo de jovens. Ambas foram exibidas em 1976 e, embora não tenham repetido o sucesso das anteriores, também influenciaram produções que se seguiram. Nos anos 1980, eles buscaram variar suas produções com “Pryor’s Place”. Lançada em 1984, a atração era ambientada em um ambiente urbano e estrelada pelo renomado comediante Richard Pryor. Misturando humor, música e fantoches para tratar de questões importantes como bullying e inclusão, a produção foi outra iniciativa pioneira dos Krofft, reconhecida com uma indicação ao Emmy. Mas a presença de um astro conhecido por fazer humor adulto num programa infantil foi considerada ousada demais para o público conservador, fazendo com que só durasse uma temporada. Em compensação, os irmãos tiveram um de seus maiores e mais inovadores sucessos logo depois, juntando fantoches e sátira política. Diferentemente de suas produções infantis, “D.C. Follies” foi primeiro programa dos Krofft direcionado a um público adulto. Os episódios se passavam em uma taverna fictícia em Washington, D.C., onde marionetes de figuras políticas conhecidas interagiam com o barman humano, interpretado por Fred Willard. Os personagens representavam figuras políticas reais, como presidentes e jornalistas, e a série comentava, de forma humorística, os eventos e a política da época. Durou duas temporadas, de 1987 a 1989, e recebeu duas indicações ao Emmy. Exibida no começo da década de 1990, “Toby Terrier and His Video Pals” foi uma tentativa dos Krofft de se adiantarem às mudanças tecnológicas. A série girava em torno de Toby Terrier, um cão animado, e seus amigos, e foi uma das primeiras a incorporar interatividade, utilizando uma tecnologia especial que permitia às crianças interagir com o programa por meio de um brinquedo específico. Novamente, demonstraram estar à frente de seu tempo. Últimas produções Eles passaram vários anos fazendo especiais temáticos e programas musicais antes de emplacar outra série original, “Mutt & Stuff”, lançada em 2015 na Nickelodeon. Este programa infantil focava em Cesar Millan, conhecido como um “Encantador de Cães”, e seu filho Calvin, em um ambiente povoado tanto por cães reais quanto por fantoches caninos. Com viés educativo, o programa ensinava às crianças lições valiosas sobre o cuidado com os animais, amizade e respeito pela diversidade. Suas duas temporadas foram indicadas a quatro prêmios Emmy. Nos últimos anos, o catálogo clássico dos Kroffs também tem sido revisitado em vários projetos de remakes, desde o filme “O Elo Perdido” (2009), com Will Ferrell e Danny McBride, até a série “Sigmund e os Monstros Marinhos” (2016) na Amazon, sem esquecer um terror trash estrelado pelos personagens de “Banana Splits” em 2019. O legado de Marty Krofft vai muito além dos programas que ele criou. Produtor e roteirista, ele inspirou gerações de criadores de conteúdo e foi homenageado, junto do irmão Sid, com um Prêmio Especial em 2018 pelas realizações da carreira no Daytime Emmy, o principal prêmio da programação diurna da TV americana. Ainda vivo, seu irmão mais velho se despediu nas redes sociais com um texto emocionado. “Estou desolado com a perda do meu irmão mais novo. Sei o que todos vocês significavam muito para ele. Foram vocês que fizeram tudo isso acontecer. Obrigado por estarem conosco todos esses anos. Com amor, Sid.” Lembre abaixo a abertura de algumas séries clássicas concebidas com a criatividade dos Kroffts.
A Maldição da Chorona estreia em 1º lugar na América do Norte
Em plena Páscoa, uma praga fez sucesso nos cinemas norte-americanos. “A Maldição da Chorona” estreou em 1º lugar neste fim de semana nos Estados Unidos e Canadá. Com US$ 26,5M (milhões), liderou as bilheterias, mas não virou uma praga bíblica, já que teve um dos faturamentos mais fracos do chamado “universo Invocação do Mal”. A produção não contou com aval da crítica. Na verdade, só não teve a pior avaliação entre os filmes produzidos por James Wan porque “A Freira” o precedeu. Mesmo assim, foi considerado podre com 32% de aprovação no site Rotten Tomatoes – “A Freira” é podríssima, com 26%. O mercado internacional adicionou mais US$ 30M ao lançamento, gerando ao todo US$ 56,5M para os cofres da Warner. Isto significa que o filme, orçado em US$ 9 milhões, deu lucro na estreia. A Warner comemorou dobradinha no ranking, com “Shazam!” no 2º lugar em sua terceira semana em cartaz. Orçado em US$ 100M, o filme do super-herói da DC Comics atingiu US$ 121,3M no mercado doméstico e já tem US$ 322,8M em todo o mundo. O 3º lugar ficou com a segunda estreia da semana, o drama evangélico “Superação: O Milagre da Fé”, que no Brasil ficou conhecido como “o filme do Bolsonaro”. Fez US$ 11,1M em sua estreia, mais do que costumam render as produções que botam “fé” no título. O fato de ser o principal lançamento religioso da Páscoa na América do Norte, somado à presença da atriz Chrissy Metz, da série-fenômeno “This Is Us”, ajudou sua decolagem. A semana só teve dois lançamentos amplos, nenhum deles superprodução, diante da expectativa causada pelo calendário da semana que vem – a estreia de “Vingadores: Ultimato”, que deve bater todos os recordes. De resto, vale registrar uma façanha rara no ranking: dois títulos subiram posições em relação à semana passada. Na espera por “Vingadores”, “Capitã Marvel” escalou do 6º para o 4º lugar e atingiu número redondo nas bilheterias norte-americanas: US$ 400M – já são mais de US$ 1 bilhão em todo o mundo. E a animação “O Elo Perdido”, que estreou em 9º na semana passada, atingiu o 8º. Como consolo, ela superou o candidato frustrado a blockbuster “Hellboy”, que despencou para o 10º lugar em sua segunda semana, consagrando-se como um dos maiores fiascos de 2019. Confira abaixo os demais rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá, e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. A Maldição da Chorona Fim de semana: US$ 26,5M Total EUA e Canadá: US$ 26,5M Total Mundo: US$ 56,5M 2. Shazam! Fim de semana: US$ 17,3M Total EUA e Canadá: US$ 121,3M Total Mundo: US$ 322,8M 3. Superação: O Milagre da Fé Fim de semana: US$ 11,1M Total EUA e Canadá: US$ 11,1M Total Mundo: US$ 20,5M 4. Capitã Marvel Fim de semana: US$ 9,1M Total EUA e Canadá: US$ 400M Total Mundo: US$ 1B 5. A Chefinha Fim de semana: US$ 8,4M Total EUA e Canadá: US$ 29,3M Total Mundo: US$ 34,1M 6. Dumbo Fim de semana: US$ 6,8M Total EUA e Canadá: US$ 101,2M Total Mundo: US$ 307,8M 7. Cemitério Maldito Fim de semana: US$ 4,8M Total EUA e Canadá: US$ 49,5M Total Mundo: US$ 95,6M 8. O Elo Perdido Fim de semana: US$ 4,3M Total EUA e Canadá: US$ 12,9M Total Mundo: US$ 12,9M 9. Nós Fim de semana: US$ 4,2M Total EUA e Canadá: US$ 170,4M Total Mundo: US$ 245,7M 10. Hellboy Fim de semana: US$ 3,8M Total EUA e Canadá: US$ 19,6M Total Mundo: US$ US$ 19,6M
Shazam mantém 1º lugar enquanto Hellboy implode nos EUA
“Shazam!” enfrentou quatro estreias neste fim de semana, mas não teve dificuldades para se manter no topo da bilheteria dos Estados Unidos e Canadá. A adaptação da DC Comics fez mais US$ 25M (milhões) em seu segundo fim de semana, atingindo US$ 94,9M em dez dias em cartaz na América do Norte. No mundo inteiro, já são US$ 258,8M. A surpresa ficou com a disputa do 2º lugar, em que “A Chefinha” (Little) superou “Hellboy”. A comédia com premissa fantasiosa, um “De Repente 30” às avessas e com elenco negro, faturou US$ 15,4M, quantia bastante comemorada, já que a produção custou apenas US$ 20M. Além disso, a crítica achou medíocre, com 49% de aprovação no agregador Rotten Tomatoes. Para se ter noção do quanto “A Chefinha” é “prioridade”, o filme só vai chegar no Brasil em agosto. “Hellboy”, por outro lado, custou US$ 50M – sem considerar as despesas de marketing. E implodiu com US$ 12M. O desempenho muito abaixo das expectativas – e das aberturas dos dois filmes anteriores do personagem, em 2004 e 2008 – foi salgado por críticas extremamente negativas da imprensa americana, que renderam média de 15% de aprovação no Rotten Tomatoes. A Millennium segurou os números do mercado internacional, mas as projeções apontam um início ainda pior no exterior. Esta combinação de sinais apocalípticos representa o fim da franquia. Os outros dois lançamentos da semana foram o drama teen “After” e a animação “O Elo Perdido”, que ficaram em 8º e 9º lugares, respectivamente. Considerado o pior lançamento da semana, “After” teve apenas 13% de aprovação e rendeu US$ 6,2M. Já “O Elo Perdido” agradou à crítica, com 89%, mas teve a pior abertura de uma produção do estúdio Laika, especializado em animação em stop motion, com US$ 5,8M. Até então, a pior abertura da Laika tinha sido seu filme anterior, “Kubo e as Cordas Mágicas” (2016), com US$ 12,6M. Mas este longa, adorado pela crítica, ganhou indicação ao Oscar, o que não deve ocorrer com “O Elo Perdido”, levando em conta sua avaliação abaixo do padrão elevadíssimo do estúdio. “After” já estreou no Brasil e “O Elo Perdido” não tem previsão de lançamento no país. Confira abaixo os demais rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá, e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Shazam! Fim de semana: US$ 25,1M Total EUA e Canadá: US$ 94,9M Total Mundo: US$ 258,8M 2. A Chefinha Fim de semana: US$ 15,4M Total EUA e Canadá: US$ 15,4M Total Mundo: US$ 17,3M 3. Hellboy Fim de semana: US$ 12M Total EUA e Canadá: US$ 12M Total Mundo: US$ 22M 4. Cemitério Maldito Fim de semana: US$ 10M Total EUA e Canadá: US$ 41,1M Total Mundo: US$ 76,8M 5. Dumbo Fim de semana: US$ 9,1M Total EUA e Canadá: US$ 89,9M Total Mundo: US$ 266,9M 6. Capitã Marvel Fim de semana: US$ 8,6M Total EUA e Canadá: US$ 386,5M Total Mundo: US$ 1B 7. Nós Fim de semana: US$ 6,9M Total EUA e Canadá: US$ 163,4M Total Mundo: US$ 235,9M 8. After Fim de semana: US$ 6,2M Total EUA e Canadá: US$ 6,2M Total Mundo: US$ 18,4M 9. O Elo Perdido Fim de semana: US$ 5,8M Total EUA e Canadá: US$ 5,8M Total Mundo: US$ 5,8M 10. The Best of Enemies Fim de semana: US$ 2M Total EUA e Canadá: US$ 8,1M Total Mundo: US$ US$ 8,1M



