Spirit Awards: “A Filha Perdida” vence o Oscar do cinema independente
A produção da Netflix “A Filha Perdida” foi a grande vencedora da 37ª edição do Film Independent Spirit Awards, considerado o Oscar do cinema independente. Realizada na noite de domingo (6/3) em Santa Mônica, Califórnia, a premiação teve os comediantes Nick Offerman (“Parks and Recreation”) e Megan Mullally (“Will & Grace”) como apresentadores e foi uma noite de gala para o streaming. Além de Melhor Filme, o longa de estreia da atriz Maggie Gyllenhaal como diretor e roteirista ainda venceu os troféus de Melhor Direção e Roteiro. Adaptação do romance homônimo de Elena Ferrante, a obra protagonizada por Olivia Colman apresenta a maternidade como um experiência de vida sufocante e frustrante, e também está na disputa de três Oscars – mas não de Melhor Filme. Curiosamente, “Ataque dos Cães”, favorito ao Oscar, não foi indicado ao Spirit Awards deste ano. O que diferencia as duas produções da Netflix é apenas o orçamento – a organização Film Independent estabelece um teto de US$ 22,5 milhões para que um filme seja considerado elegível. Afinal, a gigante do streaming não é de forma alguma um estúdio indie. Entre os vencedores da noite, ainda houve destaque para Troy Kotsur, Melhor Ator Coadjuvante por “No Ritmo do Coração”, que fez história como o primeiro ator surdo a ganhar um Spirit Award. Detalhe: “No Ritmo do Coração” também representa uma vitória do streaming. A Apple TV+ exibiu o longa com exclusividade nos EUA. Já o filme “Zola”, que abriu vantagem na largada com sete indicações, venceu dois prêmios: Melhor Atriz (Taylour Paige) e Edição. O prêmio de Melhor Ator ficou com Simon Rex por “Red Rocket”, novo filme de Sean Baker (“Projeto Flórida”), e o de Melhor Atriz Coadjuvante com Ruth Negga por “Identidade”, mais uma produção da Netflix. De todos os intérpretes premiados, apenas Troy Kotsur está indicado ao Oscar – e é favorito em sua categoria. A edição de 2022 do Spirit Awards foi realmente uma das que mais se distanciou das indicações da Academia. Mas mesmo com poucos títulos em comum, consolidou o favoritismo de mais dois candidatos ao Oscar: o registro musical “Summer of Soul” como Melhor Documentário e o drama japonês “Drive My Car” como Melhor Filme Internacional. A premiação ainda inclui categorias televisivas, que consagraram a série “Reservoir Dogs”, a atriz Thuso Mbedu, de “The Underground Railroad”, e Lee Jung-jae, de “Round 6”, que se tornou o primeiro ator sul-coreano de série a vencer o troféu indie. Seu agradecimento pelo troféu pode ser conferido após a lista completa dos vencedores abaixo. Melhor Filme “A Filha Perdida” Melhor Direção Maggie Gyllenhaal, “A Filha Perdida” Melhor Filme de Estreia “7 Days” Melhor Atriz Taylour Paige, “Zola” Melhor Ator Simon Rex, “Red Rocket” Melhor Atriz Coadjuvante Ruth Negga, “Identidade” Melhor Ator Coadjuvante Troy Kotsur, “No Ritmo do Coração” Melhor Roteiro Maggie Gyllenhaal, “A Filha Perdida” Melhor Roteiro de Estreia Vanessa Block e Michael Sarnoski, “Pig” Melhor Fotografia “Identidade” Melhor Edição “Zola” Prêmio Robert Altman (Combo de direção e elenco) “Mass” Melhor Documentário “Summer of Soul” Melhor Filme Internacional “Drive My Car” Prêmio Alguém para Acompanhar (Diretor revelação) Alex Camilleri, “Luzzu” Prêmio Mais Verdadeiro que Ficção (Revelação em documentários) “Faya Dayi” Prêmio John Cassavetes (Filmes de baixíssimo orçamento) “Shiva Baby” Prêmio de Produtores Lizzie Shapiro Melhor Série Nova “Reservation Dogs” Melhor Série Nova Documental “Black and Missing” Melhor Atriz em Série Thuso Mbedu, “The Underground Railroad” Melhor Ator em Série Lee Jung-jae, “Round 6”
“No Ritmo do Coração” e “Round 6” são maiores vencedores do SAG Awards
O SAG Awards 2022, premiação do Sindicato dos Atores dos EUA, aumentou na noite de domingo (27/2) a consagração de “No Ritmo do Coração”, que começou sua trajetória de vitórias há mais de um ano, conquistando o Festival de Sundance em janeiro de 2021. O drama indie interpretado majoritariamente por atores surdos venceu o prêmio de Melhor Elenco do ano. Além disso, Troy Kotsur, que viveu o pai da família surda da trama, levou o troféu de Melhor Ator Coadjuvante, na primeira vez que um ator com deficiência auditiva ganhou um prêmio do SAG-AFTRA, entidade dos atores americanos. Intérprete de sua esposa no filme, Marlee Matlin disse para a imprensa reunida no evento em Santa Monica, na Califórnia, que aguardava uma premiação como aquela há décadas, desde que se tornou a primeira atriz surda a vencer um Oscar, com “Filhos do Silêncio” (1986). “É uma noite pela qual espero há 35 anos”, disse ela. “As pessoas que votaram em nós no SAG-AFTRA, eles sabem que somos seus pares, seus iguais. Somos todos atores e esse [reconhecimento] tem que realmente dar mais oportunidades para outros atores por aí, quem ou o que quer que eles sejam.” Entre os prêmios cinematográficos, o SAG-AFTRA também distribuiu troféus para Jessica Chastain, Melhor Atriz por “Os Olhos de Tammy Faye”, para Will Smith, Melhor Ator por “King Richard: Criando Campeãs”, e para Ariana DeBose, Melhor Atriz Coadjuvante por “Amor, Sublime Amor”. Com sua vitória, Ariana DeBose também fez História, tornando-se a primeira mulher LGBTQIAP+ não branca a ser premiada pelo sindicato. “Acho que é apenas indicativo de que as portas estão se abrindo”, ela disse à imprensa. “É uma honra ser vista, é uma honra ser uma afro-latina – uma mulher de cor abertamente queer, dançarina, cantora e atriz. É também indicativo para mim que não serei o última, e essa é a parte importante. Estou focada no fato de que, se eu for a primeira de qualquer coisa, isso significa que não serei a última.” Os prêmios televisivos, por sua vez, consagraram “Succession” e “Ted Lasso” nas categorias de Melhor Elenco de Drama e Comédia, respectivamente. Além disso, Jason Sudeikis venceu como Melhor Ator de Comédia pelo papel-título de “Ted Lasso”. A lista de Comédia se completa com Jean Smart, Melhor Atriz por “Hacks” Grande surpresa da noite, a série sul-coreana “Round 6” levou os dois troféus individuais de Drama. Lee Jung-Jae e Jung Ho-Yeon foram eleitos Melhor Ator e Melhor Atriz, respectivamente. Há dois anos, o SAG-AFTRA tinha consagrado o elenco sul-coreano de “Parasita” como o melhor do ano entre os filmes, mas esta é a primeira vez que atores de uma série não falada em inglês recebem o reconhecimento do sindicato americano. “Round 6” ainda conquistou o prêmio de Melhor Elenco de Dublês, tornando-se a produção mais premiada da noite, com três estatuetas. Confira abaixo todos os troféus do SAG Awards 2022. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por SAG Awards (@sagawards) Melhor Elenco de Filme “No Ritmo do Coração” Melhor Ator Will Smith (“King Richard: Criando Campeãs”) Melhor Atriz Jessica Chastain (“Os Olhos de Tammy Faye”) Melhor Ator Coadjuvante Troy Kotsur (“No Ritmo do Coração”) Melhor Atriz Coadjuvante Ariana DeBose (“Amor, Sublime Amor”) Melhores Dublês em Filme “007 – Sem Tempo Para Morrer” Melhor Elenco em Série de Comédia “Ted Lasso” Melhor Ator em Série de Comédia Jason Sudeikis (“Ted Lasso”) Melhor Atriz em Série de Comédia Jean Smart (“Hacks”) Melhor Elenco em Série de Drama “Succession” Melhor Ator em Série de Drama Lee Jung-Jae (“Round 6”) Melhor Atriz em Série de Drama Jung Ho-yeon (“Round 6”) Melhor Atriz em Minissérie Kate Winslet (“Mare of Easttown”) Melhor Ator em Minissérie Michael Keaton (“Dopesick”) Melhor Performance de Dublês em Série “Round 6” Prêmio Especial pela Carreira Helen Mirren Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por SAG Awards (@sagawards)
Os talentos que fizeram história na lista do Oscar 2022
A lista de indicados ao Oscar 2022 registrou alguns feitos históricos. Vários “pela primeira vez” e até um “pela décima vez”. Denzel Washington foi quem atingiu sua 10ª indicação à honraria máxima do cinema, por seu desempenho em “A Tragédia de Macbeth”. Ele já tem dois Oscars, como Melhor Ator Coadjuvante em 1990, por “Tempos de Glória”, e Melhor Ator em 2002, por “Dia de Treinamento”. A marca aumenta seu destaque como ator negro mais reconhecido de todos os tempos. Outro recorde foi atingido por Steven Spielberg na disputa de Melhor Direção. O veterano cineasta alcançou uma marca histórica com a indicação, tornando-se o primeiro diretor a concorrer ao prêmio em seis décadas diferentes – nos anos 1970 por “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, nos 1980 por “Os Caçadores da Arca Perdida” e “ET: O Extraterrestre”, nos 1990 por “A Lista de Schindler” e “O Resgate do Soldado Ryan”, nos 2000 por “Munique”, nos 2010 por “Lincoln” e agora por “Amor, Sublime Amor”. Assim como Denzel, ele já venceu duas vezes. Kenneth Branagh quebrou um recorde diferente, ao se tornar a pessoa mais indicada em diferentes categorias do Oscar. Ele chegou à sete categorias com as três indicações por “Belfast”: Melhor Filme (como produtor), Roteiro Original e Direção. As demais indicações de sua carreira incluem Melhor Ator (por “Henrique V”), Ator Coadjuvante (“Sete Dias com Marilyn”), Roteiro Adaptado (“Hamlet”) e Curta-Metragem (“Swan Song”), além de uma menção anterior em Direção (“Henrique V”). A cineasta Jane Campion igualmente fez História como a primeira mulher a disputar duas vezes o Oscar de Melhor Direção. Ela foi indicada pela primeira vez em 1994 com “O Piano” – e ainda concorre neste ano na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. O Oscar ainda reuniu, pela primeira vez, dois casais entre os indicados a prêmios de interpretação. Kirsten Dunst e Jesse Plemons concorrem ao Oscar de Melhor Atriz e Ator Coadjuvante (por “Ataque dos Cães”), enquanto os espanhóis Penélope Cruz e Javier Bardem disputam as categorias de Melhor Atriz e Ator (por “Mães Paralelas” e “Apresentando os Ricardos”, respectivamente). Entre os intérpretes, Troy Kotsur ainda virou o primeiro ator surdo a ser indicado ao prêmio. Ele disputa o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “No Ritmo do Coração”, onde, curiosamente, faz par com Marlee Matlin, a única atriz surda vencedora do Oscar, por “Filhos do Silêncio” em 1987. Ao todo, nove atores receberam as primeiras nomeações de suas carreiras: Kristen Stewart (“Spencer”), Jessie Buckley (“A Filha Perdida”), Ariana DeBose (“Amor, Sublime Amor”), Aunjanue Ellis (“King Richard”), Ciarán Hinds (“Belfast”) e os citados Troy Kotsur (“No Ritmo do Coração”), Kirsten Dunst, Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee (“Ataque dos Cães”). Quem ainda não chegou lá, mas pode virar recordista se vencer, é o compositor Lin-Manuel Miranda, indicado pela segunda vez ao Oscar de Melhor Canção por “Encanto”. Caso leve o troféu, ele entrará no clube VIP do EGOT, sigla que se refere às conquistas do Emmy (troféu da televisão dos EUA), Grammy (da música), Oscar (cinema) e Tony (teatro). Só lhe falta a validação da Academia para atingir a consagração completa do entretenimento americano. Na relação de filmes, a principal façanha ficou por conta da indicação tripla de “Flee”. A produção norueguesa dirigida por Jonas Poher Rasmussen é o primeiro longa indicado simultaneamente nas categorias de Melhor Filme Internacional, Animação e Documentário. Muitos questionaram porque “Mães Paralelas”, a nova obra de Pedro Almodóvar, não apareceu também na lista de Melhor Filme Internacional, tendo rendido indicações para Penélope Cruz e sua trilha sonora. O motivo foi o pior possível: a Espanha simplesmente esnobou o filme e não o inscreveu na disputa (o comitê do país selecionou “El Buen Patrón”, que não foi indicado). Enquanto a Academia não mudar as regras da categoria (restrita à indicações burocráticas de comitês sem relação com o Oscar), esse tipo de falha vai seguir dando o que falar – e lamentar. Em compensação, o diretor Ryûsuke Hamaguchi conseguiu um feito que nem Akira Kurosawa conquistou: “Drive My Car” se tornou o primeiro longa japonês indicado ao Oscar de Melhor Filme. Vencedor do Festival de Sundance, “No Ritmo do Coração” também deixou sua marca como o primeiro título da Apple (exibido com exclusividade na Apple TV+ nos EUA) indicado na categoria principal. E vale apontar que a Netflix tem dois títulos nesta lista: “Ataque dos Cães” e “Não Olhe para Cima”. Para completar, quem disse que filme ruim não disputa o Oscar? Com apenas 49% de aprovação da crítica, “Um Príncipe em Nova York 2” conseguiu uma indicação em Melhor Maquiagem e Cabelo, categoria que, de forma vergonhosa, já chegou a premiar um filme ainda pior: “Esquadrão Suicida” (só 26% no Rotten Tomatoes) em 2017.
Os Melhores Filmes de 2021
O ano em que três gerações de Homem-Aranha se encontraram, que Daniel Craig se despediu do papel de James Bond e que não olhar para cima virou sinônimo de bolsonarismo foi muito rico para o cinema. Mas também foi o ano em que o streaming multiplicou as opções de telas. Se escolher os melhores sempre é uma tarefa difícil, por invariavelmente deixar favoritos de fora, a seleção se tornou ainda mais complexa no ano em que “filmes” também deixaram, definitivamente, de significar cinema. Para diminuir as inevitáveis omissões, os melhores de 2021 foram divididos num Top 20 internacional, incluindo títulos de cinema e streaming, e um Top 10 nacional. Além disso, as duas listas são acompanhadas por uma seleção extra, dedicada aos principais títulos de cada gênero cinematográfico, que serve para hierarquizar e dar uma mapeada geral no entretenimento em clima de retrospectiva. As listas também funcionam como dicas, com a identificação das plataformas onde o leitor pode assistir cada título já disponibilizado em streaming ou VOD – lembrando que alguns ainda estão em cartaz nos cinemas ou aguardam lançamento digital. Top 20 internacional A lista internacional inclui vários filmes premiados, desde o vencedor do Oscar “Nomadland”, lançado em abril aos cinemas brasileiros, até o drama bósnio “Quo Vadis, Aida?”, eleito o melhor do ano pela Academia Europeia de Cinema – e só disponibilizado em VOD no Brasil. Também há títulos que ajudaram a definir o ano pela capacidade de gerar discussões, como a sátira negacionista “Não Olhe para Cima” e o fenômeno “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, filme mais visto de 2021, que bateu recordes de público ao consagrar a fórmula de sucesso/construção de universo da Marvel. Veja abaixo os títulos que entraram na seleção, organizados em ordem alfabética. A FILHA PERDIDA | Netflix A MÃO DE DEUS | Netflix A NOITE DO FOGO | Cinema AMOR SUBLIME AMOR | Cinema ANNETTE | MUBI ATAQUE DOS CÃES | Netflix AZOR | Cinema BELA VINGANÇA | Telecine CAROS CAMARADAS | Telecine CHIVA BABY | MUBI CRUELLA | Disney+ DRUK – MAIS UMA RODADA | Telecine HOMEM-ARANHA: SEM VOLTA PARA CASA | Cinema MEU PAI | Paramount+ NÃO OLHE PARA CIMA | Netflix NO RITMO DO CORAÇÃO | VOD* NOMADLAND | Telecine O ESQUADRÃO SUICIDA | HBO Max QUO VADIS, AIDA | Telecine UNDINE | Cinema Top 10 nacional A lista nacional é essencialmente dramática, com temas políticos, sociais e sexuais. A temática sugere uma reação da arte contra o governo que desde a posse age ostensivamente para destruir a indústria cultural brasileira – via cortes de patrocínio, estrangulamento de incentivos, vetos, ameaças e descaso incendiário. As demissões, fechamentos e perdas de espaços culturais resultantes desta política alimentam os números negativos da economia, que retrocederam o país à era da inflação de dois dígitos. Não por acaso, o filme de maior bilheteria de 2021, “Marighella”, foi também o que enfrentou mais dificuldades para estrear, empacado na burocracia da Ancine, e o que sofreu as principais críticas de funcionários do governo. Mas “Marighella” não é o único a trazer questionamentos que incomodam os poderosos atuais. Do racismo estrutural enfrentado em “Cabeça de Nêgo” ao desmatamento criminoso denunciado por “A Última Floresta”, o cinema brasileiro foi um ato de resistência em 2021, contra todas as dificuldades criadas pelo pior presidente da História. 7 PRISIONEIROS | Netflix A NUVEM ROSA | Telecine A ÚLTIMA FLORESTA | Netflix CABEÇA DE NÊGO | Globoplay DESERTO PARTICULAR | Cinema MARIGHELLA | Globoplay O SILÊNCIO DA CHUVA | Globoplay MEU NOME É BAGDÁ | Cinema PIEDADE | Cinema RAIA 4 | Telecine Melhores por Gênero Alguns filmes que se destacaram em seus gêneros não entraram nas listas anteriores. Outros apareceram duplamente. Veja abaixo a relação dos títulos que foram melhores que seus concorrentes em seus respectivos nichos. Melhor Drama QUO VADIS, AIDA | Telecine Melhor Comédia NÃO OLHE PARA CIMA | Netflix Melhor Terrir UM LOBO ENTRE NÓS | Amazon Prime Video Melhor Terror SANTA MAUD | VOD* Melhor Suspense BELA VINGANÇA | Telecine Melhor Sci-Fi DUNA | HBO Max Melhor Filme de Super-Herói HOMEM-ARANHA: SEM VOLTA PARA CASA | Cinema Melhor Thriller de Ação 007 – SEM TEMPO PARA MORRER | VOD* Melhor Fantasia Infantil CRUELLA | Disney+ Melhor Animação A FAMÍLIA MITCHELL E A REVOLTA DAS MÁQUINAS | Netflix Melhor Teen NO RITMO DO CORAÇÃO | VOD* Melhor Romance MEMÓRIAS DE UM AMOR | VOD* Melhor Musical AMOR SUBLIME AMOR | Cinema Melhor Documentário & Filme Queer PEQUENA GAROTA | VOD* Filme Mais Estiloso NOITE PASSADA NO SOHO | Cinema * Os lançamentos em VOD podem ser encontrados nas plataformas Apple TV, Google Play, Looke, Microsoft Store, NOW, Vivo Play e YouTube, entre outras.
Spirit Awards: Conheça os indicados ao “Oscar do cinema independente”
O Film Independent Spirit Awards, conhecido como o Oscar do cinema independente, anunciou suas indicações nesta terça-feira (14/12). E, ao contrário de sua contraparte nova-iorquina, o Gotham Awards, a relação californiana não foi um festival de agrados à Netflix. Por outro lado, muitos filmes até então ignorados na temporada de premiações entraram na lista, que deu mais importância a título pouco badalados, deixando de lado produções consagradas, como “No Ritmo do Coração”, vencedor do Festival de Sundance e indicado apenas na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Troy Kotsur). ZOLA O grande destaque foi “Zola”, filme inspirado em uma thread do Twitter e estrelado por Taylour Paige (“A Voz Suprema do Blues”), Riley Keough (“Mad Max: Estrada da Fúria”) e Colman Domingo (“Fear the Walking Dead”), que recebeu sete indicações. O segundo filme com mais nomeações foi “The Novice”, thriller protagonizado por Isabelle Fuhrman (“Jogos Vorazes”), que recebeu cinco indicações. THE NOVICE A única produção da Netflix lembrada entre os títulos de cinema, “A Filha Perdida”, fechou o pódio com quatro indicações. O Spirit Awards premia apenas filmes produzidos por pequenos estúdios e com orçamento de no máximo US$ 22,5 milhões. Mesmo assim, a Netflix é uma área cinzenta. Estreia da atriz Maggie Gyllenhaal como diretora, “A Filha Perdida” foi realizado originalmente por quatro produtoras pequenas, que se associaram à Netflix para sua distribuição, e já venceu 12 troféus na temporada. A FILHA PERDIDA Entre os títulos internacionais, o destaque ficou com a produção italiana “A Chiara”, que disputa três prêmios, inclusive o de Melhor Filme do ano. É o mesmo número de categorias disputada por “Sempre em Frente”, novo filme de Mike Mills (“Mulheres do Século 20”) estrelado por Joaquin Phoenix (“Coringa”). A cerimônia de premiação indie acontecerá no dia 6 de março de 2022 de forma presencial em suas habituais tendas na praia de Santa Monica, Califórnia, após ter sido realizada virtualmente em 2021 devido à pandemia de covid-19. A CHIARA Na edição passada, o vencedor do Spirit Awards foi o filme “Nomadland”, da diretora Chloé Zhao, que também venceu o Oscar. Confira abaixo lista completa dos indicados ao Film Independent Spirit Awards 2022. SEMPRE EM FRENTE Melhor Filme “A Chiara” “Sempre em Frente” “A Filha Perdida” “The Novice” “Zola” Melhor Direção Janicza Bravo, “Zola” Maggie Gyllenhaal, “A Filha Perdida” Lauren Hadaway, “The Novice” Mike Mills, “Sempre em Frente” Ninja Thyberg, “Pleasure” Melhor Filme de Estreia “7 Days” “Holler” “Queen of Glory” “Test Pattern” “Wild Indian” Melhor Atriz Isabelle Fuhrman, “The Novice” Brittany S. Hall, “Test Pattern” Patti Harrison, “Together Together” Taylour Paige, “Zola” Taylor Reece, “Catch the Fair One” Melhor Ator Clifton Collins, Jr., “Jockey” Frankie Faison, “The Killing of Kenneth Chamberlain” Michael Greyeyes, “Wild Indian” Udo Kier, “O Canto do Cisne” Simon Rex, “Red Rocket” Melhor Atriz Coadjuvante Jessie Buckley, “A Filha Perdida” Amy Forsyth, “The Novice” Ruth Negga, “Identidade” Revika Anne Reustle, “Pleasure” Suzanna Son, “Red Rocket” Melhor Ator Coadjuvante Colman Domingo, “Zola” Meeko Gattuso, “Queen of Glory” Troy Kotsur, “No Ritmo do Coração” Will Patton, “Sweet Thing” Chaske Spencer, “Wild Indian” Melhor Roteiro Mike Mills, “Sempre em Frente” Maggie Gyllenhaal, “A Filha Perdida” Benjamin Cleary, “O Canto do Cisne” Nikole Beckwith, “Together Together” Janicza Bravo e Jeremy O. Harris, “Zola” Melhor Roteiro de Estreia Matthew Fifer, “Cicada” Fran Kranz, “Mass” Vanessa Block e Michael Sarnoski, “Pig” Shatara Michelle Ford, “Test Pattern” Lyle Mitchell Corbine Jr., “Wild Indian” Melhor Fotografia “A Chiara” “Blue Bayou” “The Humans” “Identidade” “Zola” Melhor Edição “A Chiara” “The Killing of Kenneth Chamberlain” “The Novice” “The Nowhere Inn” “Zola” Prêmio Robert Altman (Combo de direção e elenco) “Mass” Melhor Documentário “Ascension” “Flee” “In the Same Breath” “Procession” “Summer of Soul” Melhor Filme Internacional “Compartment No. 6” “Drive My Car” “Madres Paralelas” “Pebbles” “Petite Maman” “Prayers for the Stolen” Prêmio Alguém para Acompanhar (Diretor revelação) Alex Camilleri, “Luzzu” Gillian Wallace Horvat, “I Blame Society” Michael Sarnoski, “Pig” Prêmio Mais Verdadeiro que Ficção (Revelação em documentários) “North by Current” “Faya Dayi” “Try Harder!” Prêmio John Cassavetes (Filmes de baixíssimo orçamento) “Cryptozoo” “Jockey” “Shiva Baby” “Sweet Thing” “This Is Not a War Story” Prêmio de Produtores Brad Becker-Parton Pin-Chun Liu Lizzie Shapiro Melhor Série Nova “Blindspotting” “It’s a Sin” “Reservation Dogs” “The Underground Railroad” “We Are Lady Parts” Melhor Série Nova Documental “Black and Missing” “The Choe Show” “The Lady and the Dale” “Nuclear Family” “Philly D.A.” Melhor Atriz em Série Thuso Mbedu, “The Underground Railroad” Anjana Vasan, “We Are Lady Parts” Jana Schmieding, “Rutherford Falls” Jasmine Cephas Jones, “Blindspotting” Deborah Ayorinde, “THEM: Covenant” Melhor Ator em Série Ollie Alexander, “It’s a Sin” Murray Bartlett, “The White Lotus” Michael Greyeyes, “Rutherford Falls” Ashley Thomas, “THEM: Covenant” Lee Jung-jae, “Round 6”
“007 – Sem Tempo para Morrer” chega nas locadoras digitais
A maior bilheteria e o vencedor do primeiro festival de 2021 são os principais novidades das locadoras digitais. Mas também há boas descobertas aguardando quem buscar opções inéditas nos cinemas brasileiros, desde um filme brutal de máfia canadense até terrores sangrentos feitos para rir, todos com ampla aprovação da crítica internacional. Confira abaixo 10 dicas para a sessão pipoca deste fim de semana. 007 – Sem Tempo para Morrer | Apple TV, Google Play, Microsoft Store, YouTube O último filme de Daniel Craig do papel de James Bond se tornou a maior bilheteria de Hollywood em 2021 e em toda a pandemia. O desempenho confirma o 25º lançamento da franquia oficial do agente secreto como um projeto especial: uma despedida em grande estilo, com o retorno de vários personagens dos filmes anteriores para concluir a trajetória iniciada em 2006 com “Cassino Royale”. O fecho da saga também consagra Craig como o mais sentimental dos intérpretes do personagem, o espião que amava, sem abrir mão das cenas de ação mirabolantes, o vilão de gibi e as Bond girls boas de briga que caracterizam a franquia. Com a diferença que agora uma das supostas Bond girls também é uma 007. Sinal dos tempos e uma boa forma de sinalizar a transição para uma nova era. No Ritmo do Coração | Apple TV, Google Play, Looke, YouTube O drama vencedor do Festival de Sundance deste ano gira em torno de um dilema de partir o coração. Na história, uma adolescente (Emilia Jones, de “Locke & Key”) de família surda se vê dividida entre perseguir sua paixão pela música ou servir de conexão entre seus pais e o mundo auditivo, como a única capaz de impedir a falência da família. Além de vencer dois troféus de Melhor Filme (do Júri e do Público), a obra de Siân Heder (“Tallulah”) também conquistou prêmios de Melhor Elenco e Melhor Direção no principal festival de cinema independente dos EUA. E Emilia Jones ainda venceu o troféu de Revelação do ano no Gotham Awards, premiação de cinema independente de Nova York. Esta atriz tem um futuro brilhante pela frente. Mafia S.A. | Apple TV, Google Play, Looke, NOW, Vivo Play, YouTube Imagine os filmes de máfia de Martin Scorsese passados no Canadá. Assim como “O Irlandês”, esta também é uma história real, que aconteceu em Montreal na década de 1990, época em que a família siciliana Paterno controlava o submundo do crime. Tutto va bene, até que um capanga do capo di tutti capi começa a subir na hierarquia. Os “capinhos” se sentem incomodados e iniciam uma guerra violenta. Melhor filme do quebequense Daniel Grou (“7 Dias”), tem 94% de aprovação no Rotten Tomatoes. Sabor do Desejo | Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Produção dinamarquesa passada no mundo da haute cuisine, traz Nikolaj Coster-Waldau (“Game of Thrones) como um chef obcecado, que coloca em risco seu amor, família e carreira por um sonho intangível: conseguir uma estrela Michelin, o auge da consagração culinária. Horror Sangrento | NOW Divertido terrir de zumbi, que inclui crítica social para refrescar um gênero de poucas novidades. Quando a epidemia zumbi dizima a maior parte da população da Terra, os habitantes de uma comunidade isolada em uma reserva indígena descobrem-se os únicos humanos imunes à praga. Logo, as pessoas das cidades vizinhas começam a fugir para a reserva em busca de refúgio, criando conflito. Turno de 12 horas | Vivo Play A comédia sangrenta acontece durante um turno de 12 horas em um hospital de Arkansas, EUA, onde uma enfermeira viciada em drogas e sua prima exemplar enfrentam criminosos do mercado negro durante um assalto mortal. Estrela de terrores feministas, a atriz Brea Grant (de “Lucky – Uma Mulher de Sorte”) foi para trás das câmeras e venceu o troféu de Melhor Roteiro no Festival Fantasia, em Montreal, Canadá, além de receber incentivos da crítica (90% de aprovação no Rotten Tomatoes) em seus primeiros passos como cineasta. Zero e Uns | Apple TV, Google Play, Looke, Microsoft Store, Vivo Play, YouTube Abel Ferrara não é um diretor para todos os gostos. “Zero e Uns” é típico de sua filmografia, violento e abstrato, que alguns adoram e outros não conseguem terminar. A trama acompanha um soldado em Roma, vivido por Ethan Hawke, que supostamente tenta impedir um ataque terrorista iminente. Ele tem um irmão gêmeo, também vivido por Hawke, que é torturado por terroristas nos EUA. E tudo isso acontece após Ethan Hawke, o ator, apresentar a história central como um projeto em desenvolvimento e em busca de financiamento. Lamaçal | NOW, Vivo Play Um bom drama argentino sobre traumas e monstros da vida real. A trama se passa durante férias em família que deveriam ser divertidas, mas tomam outro rumo quando um reencontro inesperado traz à tona os traumas de infância de um adulto. Nesse processo, ele inicia um perturbador retorno às paisagens de sua infância, levando consigo a esposa e o filho pequeno. Amigo Arrigo | NOW, Vivo Play Pearl Jam Twenty | Apple, Google, YouTube Dois documentários musicais completam a seleção. Dirigido por Junior Carone e Alain Fresnot (ambos de “Desmundo”), o filme dedicado a Arrigo Barnabé resgata a criatividade da vanguarda paulista dos anos 1980. Já o longa americano lembra a geração grunge dos 1990, celebrando os primeiros 20 anos da banda liderada por Eddie Vedder – que agora já tem três décadas de estrada. Feito em 2011, “Pearl Jam Twenty” tem direção de ninguém menos que Cameron Crowe, cineasta de “Quase Famosos” e “Jerry Maguire”.
“A Filha Perdida” vence Gotham Awards
O Gotham Awards deu início à temporada de premiações do cinema americano na noite de segunda-feira (29/11) com a consagração de “A Filha Perdida”, produção da Netflix que marca a estreia na direção da atriz Maggie Gyllenhaal (“The Deuce”). O filme já tinha recebido o troféu de Melhor Roteiro no Festival de Veneza, em setembro passado, e dominou a noite do evento nova-iorquino com a conquista de quatro prêmios: Melhor Filme, Melhor Atuação para Olivia Colman (“A Favorita”) e dois troféus para Gyllenhall – Cineasta Revelação e, novamente, Melhor Roteiro. Vencer o Gotham costuma ser bom sinal para a temporada, que se estende até a entrega do Oscar. No ano passado, o vencedor foi “Nomadlands”, que acabou conquistando o prêmio máximo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Mas o resultado deste ano foi além de definir um filme específico como favorito. Também representou a consagração do streaming. O segundo filme mais premiado foi “No Ritmo do Coração”, vencedor do Festival de Sundance e adquirido pela Apple TV+ nos EUA, com dois troféus para seu elenco: Melhor Coadjuvante para Troy Kotsur (“Número 23”) e Revelação para a jovem Emilia Jones (“Locke & Key”). Os dois títulos foram os únicos longas de ficção premiados. Para completar, a Netflix e a Hulu/Star+ dividiram as honras nas categorias de séries, com conquistas para o fenômeno “Round 6” e “Reservation Dogs”. Dedicado ao melhor do cinema independente americano, o resultado do Gotham Awards celebrou com seus prêmios o negócio multibilionário e nada indie das big techs e grandes plataformas de streaming de Hollywood. Não é exagero revelar que só a Netflix tinha 14 indicações. Veja abaixo o trailer de “A Filha Perdida”, que estreia em 17 de dezembro em streaming, seguido pela lista completa dos premiados. MELHOR FILME “A Filha Perdida” MELHOR DOCUMENTÁRIO “Flee” MELHOR FILME INTERNACIONAL “Drive My Car” (Japão) PRÊMIO BINGHAM RAY PARA CINEASTA REVELAÇÃO Maggie Gyllenhaal (“A Filha Perdida”) MELHOR ROTEIRO Maggie Gyllenhaal (“A Filha Perdida”) MELHOR ATUAÇÃO Olivia Colman (“A Filha Perdida”) MELHOR ATUAÇÃO COADJUVANTE Troy Kotsur (“No Ritmo do Coração”) ATUAÇÃO REVELAÇÃO Emilia Jones (“No Ritmo do Coração”) SÉRIE REVELAÇÃO (MAIS DE 40 MIN) “Round 6” SÉRIE REVELAÇÃO (MENOS DE 40 MIN) “Reservation Dogs” SÉRIE REVELAÇÃO DOCUMENTAL “Philly D.A” MELHOR ATUAÇÃO EM SÉRIE NOVA Ethan Hawke in (“The Good Lord Bird”) Thuso Mbedu (“The Underground Railroad”)
Produções da Netflix dominam indicações ao Gotham Awards
O Gotham Awards, troféu nova-iorquino dedicado a produções independentes, que tradicionalmente marca o começo da temporada anual de premiações de cinema nos EUA, divulgou os indicados de sua edição de 2021 nesta quinta (21/10). E a lista cria um polêmica em relação à definição do conceito de produção independente, já que foi completamente dominada pela Netflix. A empresa multibilionária e nada indie ficou com 14 indicações, com destaque para “The Lost Daughter” e “Passing”, que se tornaram os títulos mais nomeados com cinco citações cada, incluindo na categoria de Melhor Filme. A Netflix também lidera em indicações individuais com Rebecca Hall e Maggie Gyllenhaal, que em suas estreias como diretoras em “The Lost Daughter” e “Passing” vão disputar os prêmios de Cineasta Revelação e Melhor Roteiro, ambas. E ainda emplacou os primeiros reconhecimentos da indústria americana a “Round 6”, com duas indicações nas categorias de Séries. Como se não bastasse, a programação do serviço de streaming será homenageada com dois prêmios especiais: “Vingança & Castigo” (The Harder They Fall) receberá o prêmio de Melhor Elenco e Jane Campion, que assina “The Power of the Dog”, o Tributo de Direção deste ano. Outro título de streaming, “No ritmo do coração” (CODA), adquirido pela Apple após vencer o Festival de Sundance, também conseguiu destaque, ao conquistar três indicações, todas por atuação. Já a lista de Melhor Filme inclui, além “The Lost Daughter” e “Passing”, mais três títulos inéditos no Brasil: “The Green Knight”, “Test Pattern” e “Pig”. No ano passado, o vencedor foi “Nomadlands”, que acabou conquistando o Oscar. O Gotham Awards deste ano vai acontecer no prédio histórico Cipriani Wall Street, localizado no coração de Manhattan, no dia 29 de novembro, abrindo a temporada de premiações dos melhores do ano no cinema americano, que se estende até a entrega do Oscar. MELHOR FILME The Green Knight The Lost Daughter Passing Pig Test Pattern MELHOR DOCUMENTÁRIO Ascension Faya Dayi Flee President Summer Of Soul (…Or, When The Revolution Could Not Be Televised) MELHOR FILME INTERNACIONAL Azor Drive My Car The Souvenir Part II Titane What Do We See When We Look at the Sky? The Worst Person In The World PRÊMIO BINGHAM RAY PARA CINEASTA REVELAÇÃO Maggie Gyllenhaal (The Lost Daughter) Edson Oda (Nine Days) Rebecca Hall (Passing) Emma Seligman (Shiva Baby) Shatara Michelle Ford (Test Pattern) MELHOR ROTEIRO The Card Counter (Paul Schrader) El Planeta (Amalia Ulman) The Green Knight (David Lowery) The Lost Daughter (Maggie Gyllenhaal) Passing (Rebecca Hall) Red Rocket (Sean Baker & Chris Bergoch) MELHOR ATUAÇÃO Olivia Colman (The Lost Daughter) Frankie Faison (The Killing of Kenneth Chamberlain) Michael Greyeyes (Wild Indian) Brittany S. Hall (Test Pattern) Oscar Isaac (The Card Counter) Taylour Paige (Zola) Joaquin Phoenix (C’mon C’mon) Simon Rex (Red Rocket) Lili Taylor (Paper Spiders) Tessa Thompson (Passing) MELHOR ATUAÇÃO COADJUVANTE Reed Birney (Mass) Jessie Buckley (The Lost Daughter) Colman Domingo (Zola) Gaby Hoffmann (C’mon C’mon) Troy Kotsur (CODA) Marlee Matlin (CODA) Ruth Negga (Passing) ATOR/ATRIZ REVELAÇÃO Emilia Jones (CODA) Natalie Morales (Language Lessons) Rachel Sennott (Shiva Baby) Suzanna Son (Red Rocket) Amalia Ulman (El Planeta) SÉRIE REVELAÇÃO (MAIS DE 40 MIN) The Good Lord Bird It’s A Sin Small Axe Round 6 The Underground Railroad The White Lotus SÉRIE REVELAÇÃO (MENOS DE 40 MIN) Blindspotting Hacks Reservation Dogs Run the World We Are Lady Parts SÉRIE REVELAÇÃO DOCUMENTAL Exterminate All the Brutes How To with John Wilson Philly D.A Pride MELHOR ATUAÇÃO EM SÉRIE NOVA Jennifer Coolidge (The White Lotus) Michael Greyeyes (Rutherford Falls) Ethan Hawke in (The Good Lord Bird) Devery Jacobs (Reservation Dogs) Lee Jung-jae (Round 6) Thuso Mbedu (The Underground Railroad) Jean Smart (Hacks) Omar Sy (Lupin) Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha) Anjana Vasan (We Are Lady Parts)
“No Ritmo do Coração” é a principal estreia dos cinemas
Os cinemas recebem 13 estreias nesta quinta (23/9), mas a maioria é restrita ao circuito invisível de “arte” – uma dúzia de cinemas nas maiores capitais. Para o grande público que vai aos cinemas de shopping centers, a lista se resume, na verdade, a apenas três lançamentos. Dois deles foram atrações do Festival de Sundance deste ano. O terceiro é mais um longa animado da série infantil “Abelha Maya”. O principal título é “No Ritmo do Coração” (Coda), que venceu Sundance e foi comprado (e exibido) pela Apple TV+ nos EUA. Dilema de partir o coração, o drama gira em torno de uma adolescente (Emilia Jones, de “Locke & Key”) de família surda, que se vê dividida entre perseguir sua paixão pela música ou servir de conexão entre seus pais e o mundo auditivo, como a única capaz de impedir a falência da família. Além de vencer dois troféus de Melhor Filme (do Júri e do Público), a obra de Siân Heder (“Tallulah”) também conquistou prêmios de Melhor Elenco e Melhor Direção no principal festival de cinema independente dos EUA. “A Casa Sombria” não foi premiado em Sundance, mas arrancou muitos elogios durante sua exibição, atingindo 86% de aprovação no Rotten Tomatoes. No terror, Rebecca Hall (“Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas”) vive uma viúva que começa a desvendar os segredos perturbadores de seu marido, recentemente falecido, ao explorar a arquitetura pouco convencional de sua casa. A direção é de David Bruckner (“O Ritual”), que a seguir vai comandar o remake de “Hellraiser”. Há um terror ainda mais bem-avaliado no circuito limitado: “A Chorona”, com 96% no Rotten Tomatoes (a mesma cotação de “No Ritmo do Coração”). Produção guatemalteca, o longa de Jayro Bustamante (“Tremores”) inova ao juntar assombração e política com resultados arrepiantes. Venceu nada menos que 23 troféus internacionais, inclusive no Festival de Veneza. Entre os demais, seis longas são brasileiros, com destaque para o suspense “O Silêncio da Chuva”, de Daniel Filho (“Boca de Ouro”), que volta a trazer às telas o universo dos mistérios policiais do escritor Luiz Alfredo Garcia-Roza. Na trama, ao investigar o assassinato de um empresário, o detetive interpretado por Lázaro Ramos (“Mundo Cão”) se depara com um submundo de corrupção e femme fatales digno dos melhores filmes noir. Outro destaque pela criatividade narrativa é “Dora e Gabriel”, passado quase todo no interior do porta-malas de um carro, onde os personagens do título são jogados após serem sequestrados. A direção é de Ugo Giorgetti (“Festa”), um mestre do cinema de risco. A lista ainda tem “A Garota da Moto”, filme de ação baseado na série do SBT, o drama “Aranha”, indicação do Chile ao Oscar passado, a comédia “A Dona do Barato”, em que Isabelle Huppert (“Elle”) vira traficante, o trash não intencional “O Filho Único do Meu Pai” e três documentários. Os documentários são “Nem Tudo se Desfaz”, análise da eleição de Bolsonaro por Josias Teófilo, diretor de “O Jardim das Aflições” (sobre Olavo de Carvalho, o guru chulo do bolsonarismo), “Oasis Knebworth 1996”, sobre os 25 anos dos dois shows do Oasis no Knebworth Park, que reuniram 250 mil pessoas e se tornaram os maiores já realizados no Reino Unido, e “Você Não é um Soldado”, que acompanha o premiado fotógrafo brasileiro de guerra André Liohn em cenas de tirar o fôlego. Cheia de imagens impactantes, a obra de Maria Carolina Telles (“A Verdada da Mentira”) foi selecionada para três festivais internacionais: Hot Docs, DOXA e Doc Edge Festival, que qualificam ao Oscar. Confira abaixo a relação completa das estreias da semana com seus respectivos trailers. No Ritmo do Coração | EUA | Drama A Casa Sombria | EUA | Terror A Chorona | Guatemala, França | Terror O Silêncio da Chuva | Brasil | Suspense Dora e Gabriel | Brasil | Drama Garota da Moto | Brasil | Ação Aranha | Argentina, Brasil, Chile | Drama A Dona do Barato | França | Comédia O Filho Único do Meu Pai | Brasil | Comédia A Abelhinha Maya e o Ovo Dourado | Alemanha | Animação Nem Tudo se Desfaz | Brasil | Documentário Você Não É um Soldado | Brasil | Documentário Oasis Knebworth 1996 | Reino Unido | Documentário





