Disney fatura US$ 6 bilhões anuais pela primeira vez em sua história
Graças à mágica espetacular da Marvel, Pixar e LucasFilm, a Disney não pára de soltar fogos de artifício. “Doutor Estranho”, que faturou mais de US$ 300 milhões nas bilheterias de todo o mundo em seus primeiros dias de exibição, foi o empurrão que faltava para o estúdio ultrapassar pela primeira vez a marca de US$ 6 bilhões em arrecadação mundial num único ano. Em toda a história, a Disney é apenas o segundo estúdio a superar esse montante. Neste ano, a empresa criada por Walt Disney já bateu duas marcas histórias, virando o que mais rapidamente atingiu o faturamento de US$ 2 bilhões nos EUA e de US$ 5 bilhões em nível internacional. Vale observar que as quatro maiores bilheterias de 2016 são produções da Disney: “Capitão América: Guerra Civil” (US$ 1,1 bilhão), “Procurando Dory” (US$ 1 bilhão), “Zootopia” (US$ 1 bilhão) e “Mogli, o Menino Lobo” (US$ 966 milhões). Como acaba de lançar “Doutor Estranho” e ainda tem a animação “Moana” e o spin-off “Rogue One: Uma História Star Wars” em seu cronograma de fim de ano, é provável que a Disney consiga quebrar o recorde histórico registrado pela Universal em 2016, de US$ 6,9 bilhões, para obter a maior bilheteria anual de um estúdio em todos os tempos. Este valor já poderia ter sido alcançado, caso todas as apostas do estúdio tivessem funcionado. Afinal, apesar do sucesso, a Disney também amargou alguns fracassos grandiosos em 2016. “Alice Através do Espelho” e “O Bom Gigante Amigo” deram prejuízo. O primeiro, orçado em US$ 170 milhões, arrecadou apenas US$ 299 milhões, enquanto o segundo, que custou US$ 140 milhões, gerou US$ 243 milhões. E os resultados de “Meu Amigo, o Dragão” não chegaram nem perto de satisfatórios. Além disso, o drama “Horas Decisivas” representará uma perda de US$ 75 milhões, segundo a revista Variety.
Netflix confirma que passará a oferecer downloads de filmes e séries
A Netflix vai começar a oferecer seus serviços offline em breve. O que vinha sendo especulado há algum tempo virou informação oficial, confirmada por Ted Sarandos, chefe de conteúdo do serviço, em entrevista ao canal pago americano CNBC. “Temos conversado muito sobre isso ao longo dos anos e nossa crença é que a banda larga e o wi-fi tornam-se mais e mais onipresentes, disponível em mais e mais lugares que você está, por mais e mais minutos do dia”, disse Sarandos, antes de fazer uma importante ressalva, responsável pela reavaliação do modelo do serviço. “Agora que lançamos a Netflix em mais territórios… Todos eles têm diferentes níveis de velocidade de banda larga e acesso wi-fi. Assim, nesses países os usuários se adaptaram muito mais a uma cultura de download. Então, nesses territórios emergentes começa a se tornar um pouco mais interessante [os filmes offline]”, completou. E, de fato, um dos maiores inconvenientes da Netflix é justamente o gargalo de velocidade da internet, que resultada em quedas de qualidade e travadas no streaming. Quando perguntado se esse recurso surgirá em breve, Sarandos disse que a empresa está “olhando isso agora, então vamos ver quando”. Mas, pelo que adiantou, a oferta de download do conteúdo da Netflix deve ser antecipada em países em desenvolvimento, como o Brasil. A Netflix era resistente ao recurso offline por achar que isso traria “complexidade” para a experiência do usuário, obrigando-o a gerenciar espaço e conteúdo disponíveis. Mas o público já se acostumou a isso, graças aos DVRs, gravadores digitais que se popularizaram nos últimos anos. Além disso, serviços rivais como o Amazon Prime se adiantaram e já lançaram o recurso. Agora não se trata mais de especular se a plataforma vai oferecer seus filmes e séries para download e sim quando.
Homem-Aranha pode ficar fora do novo filme dos Vingadores por culpa da burocracia
O próximo filme dos Vingadores vai juntar o maior número de super-heróis já vistos num filme da Marvel. Mas o Homem-Aranha pode não estar entre eles. O presidente do Marvel Studios Kevin Feige revelou, em entrevista ao site Collider, que a parceria entre a Sony e seu estúdio só incluía o Homem-Aranha em “Capitão América: Guerra Civil” e tinha, como contrapartida, a inclusão de heróis da Marvel no filme solo do herói. Ou seja, o contrato teria que ser renegociado se a Marvel quiser incluir o personagem em “Vingadores: Guerra Infinita”. “Estamos conversando sobre isso. Nossa negociação com a Sony só envolvia ‘Capitão América: Guerra Civil’ e ‘Homem-Aranha’. Agora estamos começando a traçar os futuros longas e redefinindo as coisas. Estamos conversando com eles sobre o que poderia ser divertido para o futuro do personagem”, afirmou o produtor. Por sua vez, o ator Tom Holland revelou à revista Variety que adoraria que chegassem num acordo para ele poder participar do filme. “Pelo que eu sei, eles estão conversando sobre o acordo. Mas ainda não me contaram como vai ser”, afirmou.
Empresa americana de telefonia AT&T compra a Time Warner por US$ 85 bilhões
A gigante de telecomunicação americana AT&T fechou a compra do conglomerado de mídia Time Warner por US$ 85,4 bilhões, de acordo os jornais americanos Wall Street Journal e The New York Times. Após sair na imprensa, AT&T confirmou na noite de sábado (22/10) o acordo para comprar a Time Warner e revelou os valores. Que também incluem a dívida do grupo, o que elevara o valor do negócio para… US$ 108,7 bilhões. Em compensação, a fusão dos negócios das duas companharias formará uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo, avaliada em US$ 300 bilhões. A negociação é muito, mas muito maior que a compra da NBCUniversal pela operadora de TV paga Comcast. Em 2011, a Comcast pagou US$ 30 bilhões pela rede NBC, o estúdio Universal e alguns canais pagos. A operação atual faz parte de um plano de AT&T de avançar na produção de conteúdo. A AT&T é uma das principais empresas de telefonia dos Estados Unidos, que também oferece serviços de assinaturas de TV paga e banda larga móvel e fixa. A companhia faturou US$ 147 bilhões em 2015 e seu valor de mercado atual é de US$ 230 bilhões. A Time Warner, por sua vez, é uma das maiores empresas da indústria de TV e cinema dos Estados Unidos, com valor de mercado em US$ 70 bilhões. A companhia é dona dos canais de TV HBO, CNN, TBS, TNT e Cartoon Network, entre outros, além de sócia na rede CW, no serviço de streaming Hulu, proprietária da editora de quadrinhos DC Comics, além de possuir o famoso estúdio de cinema Warner Bros. Em 2015, o grupo faturou US$ 28 bilhões. A AT&T já vinha avançando no ramo de mídia antes mesmo das negociações com a Time Warner. A empresa comprou no ano passado o provedor de TV por satélite DirecTV por US$ 48,5 bilhões. O objetivo da empresa é fazer frente à expansão da Netflix, aliando sua infraestrutura de telecomunicações e assinatura à exclusividade do conteúdo da Warner, o que lhe permitirá uma vantagem sobre a concorrência. A fusão criará um grupo de mídia e tecnologia com controle sobre um vasto número de empresas de comunicação e de entretenimento, assim como os recursos para sua difusão. “Conteúdo de qualidade sempre vence. Isso é verdade em grandes telas, na TV e agora está se provando verdade nas telas de celular. Nós vamos ter o melhor conteúdo premium adicionado à experiência de entregar isso para cada tela”, disse o presidente-executivo da AT&T, Randall Stephenson, em comunicado a investidores. A Timer Warner também já era alvo de propostas de concorrentes. Em 2014, o presidente da empresa recusou uma oferta de compra do grupo de mídia 21 Century Fox, dono do estúdio 20th Century Fox e da rede Fox. Além da AT&T, a Apple também estava entre os interessados na aquisição da Time Warner, de acordo com reportagem do Wall Street Journal. Como se tratam de empresas gigantes, a incorporação deverá passar pelo crivo dos órgãos reguladores americanos e envolver várias etapas de reestruturação, num processo longo de duração indeterminada.
Quase metade da população brasileira mora em cidades sem cinema
Um relatório divulgado pelo Sindicato da Indústria Audiovisual (SICAV) revelou que o número de salas de cinema no Brasil cresceu 12,2% entre 2013 e 2015, de 2.679 telas para 3.005. Mas o resultado mal pode ser comemorado, porque, apesar do crescimento, 46% dos brasileiros moram em cidades em que não há cinema algum. Os dados fazem parte do estudo Impacto Econômico do Setor Audiovisual Brasileiro, que teve consultoria da Associação de Cinema dos EUA (MPA), entidade que representa os seis maiores estúdios de Hollywood em todo o mundo, e foi revelado no RioMarket, área de negócios do Festival do Rio. “Há uma concentração geográfica das salas de cinema em relativamente poucos estados, portanto, precisa ter mais oferta física para que as pessoas possam consumir também produto audiovisual”, disse o diretor da divisão da associação americana para a America Latina (MPA-AL), Ricardo Castanheira, à Agência Brasil. Entre 2013 e 2015, o número de ingressos vendidos nos cinemas do país também subiu de 149,5 milhões para 173 milhões, o que provocou alta no faturamento de R$ 1,7 bilhão para R$ 2,4 bilhões. O levantamento aponta ainda que, embora a participação dos filmes nacionais tenha crescido no total de lançamentos, saindo de 26,5% em 2009 para 28,9% em 2015, a renda com a venda de ingressos para as produções nacionais não acompanhou esse crescimento. E o motivo é o que os filmes estrangeiros concentram a maior parte da renda das bilheterias. O diretor da MPA-AL disse que muitos brasileiros ainda não frequentam o cinema por causa do valor dos ingressos, considerado elevado. “O valor médio do ingresso em 2013 corresponde 0,6 da renda mensal per capita do brasileiro. Nos países desenvolvidos, é apenas 0,3. Isso se deve à uma elevada carga tributária que incide sobre o setor audiovisual, que se projeta no preço final do ingresso. Reduzir a carga tributária é um desafio extremamente importante para dar um estímulo e vitalidade maior”, apontou. Apesar destes dados, Castanho conclui, como já é tradicional e piloto automático para a MPA, que o maior culpado pela dificuldade de expansão da indústria cinematográfica no país é a pirataria. Esta simplificação simplesmente não cola mais, já que o próprio relatório aponta a falta de salas, preços elevados e até a ausência completa de cinema em muitas cidades. Falta uma política audiovisual decente no país, que não incentive apenas a produção de filmes que a maioria da população não tem acesso. Uma reação à falta de infra-estrutura cinematográfica pode ser constatada em outra parte do relatório, que diz respeito ao crescimento do mercado dos serviços de Vídeo On Demand (VoD), como a plataforma Netflix. Em um ranking mundial, o Brasil é o 8º país que mais consome este tipo de serviço, com receita estimada em US$ 352,3 milhões em 2016. Superando, por exemplo, o México, com receita estimada em US$ 188,4 milhões, e Argentina (US$ 124,8 milhões). No entanto, o VoD também depende de uma política de expansão das telecomunicações, com ampliação do acesso à internet de banda larga a preços mais baixos e de maior velocidade. Afinal, mesmo somando o VoD, apenas 11% da população têm acesso a serviços audiovisuais no país. Se quase metade da população brasileira mora em cidades em que não existem cinemas, se apenas 11% da população tem acesso a serviços VoD, dá realmente para culpar a pirataria? Ao contrário, apenas a pirataria tem cumprido o serviço de levar filmes à maioria da população do país. E combatê-la, em vez de “resolver o problema”, só tende a agravar a dificuldade de acesso aos produtos audiovisuais para o público brasileiro. Infelizmente, a MPA vê a América Latina como um continente criminoso e busca incentivar táticas de repressão numa guerra frontal contra a pirataria, repetindo o que fez a DEA, em sua guerra ao narcotráfico. Tanto é que seu relatório aponta a existência de mais de 400 websites de pirataria voltados para o mercado brasileiro. Desta lista, 57 recebem mais de 1 milhão de visitas mensais. Então, aí está. Um país com 3 mil salas de cinema tem 1 milhão de visitas mensais em sites de pirataria cinematográfica e a culpa é do crime. Que fácil seria se fosse tão simples. Mas, gente, bora ler o relatório completo. Afinal, pagaram por isso.
TV paga brasileira perde 673 mil assinantes em um ano
A TV paga continua a perder assinantes no Brasil. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), serviço encolheu 3,4% em 12 meses, entre agosto deste ano e do ano passado, o que corresponde a perda de 673,1 mil assinantes em 12 meses. Os dados são da Anatel. Só em julho, 20,7 mil pessoas deixaram de utilizar o serviço. Um dos primeiros setores atingidos por crises econômicas, o mercado de TV paga encerrou agosto com 18,9 milhões de assinantes, contra 19,6 milhões em agosto de 2015. A cada 100 municípios no Brasil, 27,78 tem acesso ao serviço, de acordo com a Agência. O grupo Telecom Americas, que inclui as operadoras Claro, Net e Embratel, encerrou agosto com 9,86 milhões de clientes, seguido pela Sky, com 5,32 milhões de assinantes. Bem menores, a Telefônica tem 1,76 milhão de clientes e a Oi, 1,24 milhão.
Bilheteria: O Lar das Crianças Peculiares fatura pouco, mas estreia em 1º lugar nos EUA
Na disputa entre os dois lançamentos mais comentados do fim de semana nos cinemas norte-americanos, a fantasia sobrepujou a história real. “O Lar das Crianças Peculiares”, dirigido por Tim Burton, estreou em 1º lugar nas bilheterias, mas não pode se considerar um blockbuster, com faturamento de US$ 28,5 milhões. Mesmo assim, o valor foi suficiente para superar a outra grande estreia, “Horizonte Profundo – Desastre no Golfo”, de Peter Berg, que ficou em 2º com US$ 20,6 milhões. Os dois filmes custaram uma fábula, US$ 110 milhões cada, somente com gastos de produção, e essa disputa pelo topo é ilusória em relação aos valores que precisariam atingir. Por este começo morno, fica claro que apenas o mercado doméstico será insuficiente para cobrir suas despesas. A fantasia das crianças mutantes superpoderosas – ou melhor, peculiares – teve um começo melhor no exterior, faturando mais US$ 36,5 milhões para atingir um total de US$ 65 milhões em sua largada. Já o desastre estrelado por Mark Wahlberg fez US$ 12,4 milhões para arredondar seu total em US$ 33 milhões. É pouco, mas o lançamento internacional se deu em mercados menores, à exceção do Reino Unido. A estreia no Brasil acontece na quinta (6/10). Entre a crítica americana, os desempenhos foram inversos. Houve um pouco de enfado em relação ao novo filme colorido de Tim Burton, com 64% de aprovação no site Rotten Tomatoes, mas muito entusiasmo para o incêndio na plataforma de petróleo, com 82% de salivação. Logo abaixo das duas novidades, o ranking destaca o remake de “Sete Homens e um Destino”, que liderou a arrecadação em sua estreia na semana passada. O filme de Antoine Fuqua faturou mais de US$ 15 milhões, um desempenho ainda impressionante para o gênero western, que chega a US$ 61,6 milhões em dez dias no mercado doméstico. Em todo o mundo, o filme superou a marca de US$ 100 milhões. A animação “Cegonhas” é que não voou como o estúdio gostaria, caindo para o 4º lugar, com US$ 13,8 milhões e um total de US$ 77,6 milhões em todo o mundo – fraquinho numa temporada em que as animações quebraram recordes de faturamento. Por outro lado, o drama “Sully – O Herói do Rio Hudson” somou mais US$ 8,4 milhões, ao fechar o top 5, para atingir US$ 105 milhões nos EUA em quatro semanas. É um valor expressivo para um drama, ainda mais para um drama estrelado por um ator veterano e dirigido por diretor que poderia ser pai do ator veterano. De fato, trata-se de um dos maiores sucessos recentes da carreira de ambos, Tom Hanks e Clint Eastwood. No passado não muito distante, Hollywood virava as costas para seus grandes cineastas após uma certa idade. Eastwood está com 76 anos e vem do maior sucesso de sua carreira, “Sniper Americano”, com outro filme que impressiona, tanto pela popularidade quanto pelas críticas positivas (82%). O público brasileiro, porém, ainda vai precisar esperar muito para saber porque “Sully” fez tanto sucesso, já que a estreia nacional está marcada apenas para 1 de dezembro. Para completar, resta ressaltar o fracasso de “Gênios do Crime”, também lançada no Brasil neste fim de semana – em circuito superestimado. Em sua estreia nos EUA, a comédia besteirol fez US$ 6,6 milhões em mais de 3 mil salas. O fiasco também foi significativo entre a crítica, com meros 36% de aprovação no Rotten Tomatoes. BILHETERIAS: TOP 10 EUA 1. O Lar das Crianças Peculiares Fim de semana: US$ 28,5 milhões Total EUA: US$ 28,5 milhões Total Mundo: US$ 65 milhões 2. Horizonte Profundo – Desastre no Golfo Fim de semana: US$ 20,6 milhões Total EUA: US$ 20,6 milhões Total Mundo: US$ 33 milhões 3. Sete Homens e Um Destino Fim de semana: US$ 15,7 milhões Total EUA: US$ 61,6 milhões Total Mundo: US$ 108,1 milhões 4. Cegonhas: A História Que Não Te Contaram Fim de semana: US$ 13,8 milhões Total EUA: US$ 38,8 milhões Total Mundo: US$ 77,6 milhões 5. Sully – O Herói do Rio Hudson Fim de semana: US$ 8,4 milhões Total EUA: US$ 105,3 milhões Total Mundo: US$ 151,6 milhões 6. Gênios do Crime Fim de semana: US$ 6,6 milhões Total EUA: US$ 6,6 milhões Total Mundo: US$ 6,6 milhões 7. Rainha de Katwe Fim de semana: US$ 2,6 milhões Total EUA: US$ 3 milhões Total Mundo: US$ 3 milhões 8. O Homem nas Trevas Fim de semana: US$ 2,37 milhões Total EUA: US$ 84,7 milhões Total Mundo: US$ 129,2 milhões 9. O Bebê de Bridget Jones Fim de semana: US$ 2,33 milhões Total EUA: US$ 20,9 milhões Total Mundo: US$ 120,8 milhões 10. Snowden Fim de semana: US$ 2 milhões Total EUA: US$ 18,7 milhões Total Mundo: US$ 18,7 milhões
Bilheteria: Sete Homens e um Destino tem a melhor estreia de um western em todos os tempos
A combinação de Denzel Washington e Chris Pratt se provou imbatível. A estreia de “Sete Homens e um Destino” não só assumiu a liderança das bilheterias da América do Norte (EUA e Canadá) como teve um desempenho raro para o gênero do western. Os US$ 35 milhões apurados no final de semana podem até parecer pouco, diante das aberturas dos filmes de super-heróis, mas, entre os western assumidos, nem “Django Livre” (2012) fez tanto, abrindo com US$ 30 milhões. Remake de um clássico de 1960, “Sete Homens e um Destino” também superou o lançamento de outro remake bem-sucedido do gênero, “Bravura Indômita” (US$ 24 milhões em seu primeiro fim de semana em 2010). E se considerar que o outro western de sucesso desta década, “O Regresso” (2015), teve estreia limitada para se adequar ao calendário do Oscar, o filme dirigido por Anton Fuqua registrou os melhores primeiros três dias do gênero em todo o século e, sacrilégio supremo, de todos os tempos – desconsiderando, claro, a inflação e relevando os preços baixos dos ingressos do século passado. Outro detalhe interessante da liderança de “Sete Homens e um Destino” é que Denzel Washington está perto de completar uma década como chamariz de bilheterias. Desde 2007, quando lançou “O Grande Debate”, todos os filmes do ator tiveram estreias acima dos US$ 20 milhões. E neste filme ele se junta à estrela em ascensão Chris Pratt, cujos dois filmes anteriores somaram juntos quase US$ 2,5 bilhões mundialmente – “Guardiões da Galáxia” (2014) e “Jurassic World” (2015). O 2º lugar ficou com outra estreia, a animação “Cegonhas”, com US$ 21,8 milhões. Curiosamente, os dois filmes também foram lançados no Brasil neste fim de semana, mas com uma diferença enorme de tratamento no país. Enquanto “Cegonhas” dominou o circuito, com distribuição em 807 salas, o western ficou com cerca de 40% disso, em 340 salas. O desempenho nas bilheterias nacionais deve refletir essa distribuição. Completa o pódio o drama “Sully – O Herói do Rio Hudson”, de Clint Eastwood, que liderou a venda de ingressos na América do Norte pelos últimos dois fins de semana. A produção estrelada por Tom Hanks, arrecadou mais 13,8 milhões para a Warner Bros. Os Top 5 ainda inclui arrecadações modestas de “O Bebê de Bridget Jones” (US$ 4,5 milhões) e “Snowden” (US$ 4,1 milhões), que apesar do investimento em marketing do primeiro e da expectativa gerada pelo segundo não conseguiram engajar o grande público. BILHETERIAS: TOP 10 EUA 1. Sete Homens e Um Destino Fim de semana: US$ 35 milhões Total EUA: US$ 35 milhões Total Mundo: US$ 35 milhões 2. Cegonhas: A História Que Não Te Contaram Fim de semana: US$ 21,8 milhões Total EUA: US$ 21,8 milhões Total Mundo: US$ 40,1 milhões 3. Sully – O Herói do Rio Hudson Fim de semana: US$ 13,8 milhões Total EUA: US$ 92,3 milhões Total Mundo: US$ 126,8 milhões 4. O Bebê de Bridget Jones Fim de semana: US$ 4,5 milhões Total EUA: US$ 16,4 milhões Total Mundo: US$ 83,5 milhões 5. Snowden Fim de semana: US$ 4,1 milhões Total EUA: US$ 15,1 milhões Total Mundo: US$ 15,1 milhões 6. Bruxa de Blair Fim de semana: US$ 3,9 milhões Total EUA: US$ 16,1 milhões Total Mundo: US$ 21 milhões 7. O Homem nas Trevas Fim de semana: US$ 3,8 milhões Total EUA: US$ 81,1 milhões Total Mundo: US$ 120,3 milhões 8. Esquadrão Suicida Fim de semana: US$ 3,1 milhões Total EUA: US$ 318,1 milhões Total Mundo: US$ 731,7 milhões 9. When the Bough Breaks Fim de semana: US$ 2,5 milhões Total EUA: US$ 26,6 milhões Total Mundo: US$ 26,8 milhões 10. Kubo e as Cordas Mágicas Fim de semana: US$ 1,1 milhões Total EUA: US$ 45,9 milhões Total Mundo: US$ 58,5 milhões
Velozes e Furiosos 8: Helen Mirren recebeu US$ 2 milhões para fazer figuração no filme
A atriz britânica Helen Mirren (“A Dama Dourada”) lucrou mais com sua figuração em “Velozes e Furiosos 8” do que em muitos longas em que foi protagonista. Segundo a revista Star, Mirren recebeu US$ 2 milhões (R$ 6,5 milhões) para trabalhar por apenas cinco dias no filme de ação. “Nada mau para uma breve aparição”, ironizou a publicação, que citou uma fonte da Universal Pictures como informante. A revista também trouxe uma declaração da fonte, afirmando que o papel era ainda menor e totalmente “descartável”, mas “foi reforçado significativamente quando Helen aceitou fazê-lo”. “Há uma boa chance de que ela possa voltar para um papel ainda maior em “Velozes e Furiosos 9″ – mas ela está brincando que só vai fazê-lo se eles a deixarem filmar atrás do volante também”, completou o informante. O filme teve cenas rodadas na Islândia e em Cuba, e vai voltar a incluir o elenco do filme anterior – provavelmente até o falecido Paul Walker. Além disso, contará com Charlize Theron (“Mad Max: Estrada da Fúria”), Kristofer Hivju (série “Game of Thrones”), Scott Eastwood (“Uma Longa Jornada”) e, claro, Helen Mirren. Dirigido por F. Gary Gray (“Straight Outta Compton”), “Velozes e Furiosos 8” chega aos cinemas em abril de 2017.
Bilheterias: Sully mantém liderança faturando mais que Bruxa de Blair e O Bebê de Bridget Jones juntos
Novo drama estrelado por Tom Hanks, “Sully: O Herói do Rio Hudson” se manteve na liderança das bilheterias norte-americanas (EUA e Canadá) pelo segundo fim de semana consecutivo, faturando mais que a soma da estreia de duas continuações de franquias famosas, que tiveram grande investimento em marketing para sua divulgação. O filme dirigido por Clint Eastwood, baseado na história real do piloto que evitou uma tragédia recente na aviação americana, fez US$ 21,8 milhões e já se aproximou dos US$ 100 milhões mundiais, um desempenho promissor para seu orçamento de US$ 60 milhões. “É uma história bem feita”, disse Jeff Goldstein, vice-presidente-executivo de distribuição da Warner Bros. em comunicado, ressaltando ainda que “o boca a boca é sensacional”. As continuações que decepcionaram foram “Bruxa de Blair” e “O Bebê de Bridget Jones”, sequências de filmes que chegaram ao cinema uma geração atrás. Nenhum dos dois longas rendeu grandes filas, arrecadando US$ 9,7 milhões e US$ 8,2 milhões, respectivamente. O valor só não representa um fracasso para “Bruxa de Blair”, porque foi filmado com câmeras portáteis e pouco investimento, com um orçamento de produção de US$ 5 milhões – menor, inclusive, que seus gastos de marketing. Já o “O Bebê de Bridget Jones” custou US$ 35 milhões e provavelmente o dobro disso em marketing, tamanha a presença do filme na mídia. A estreia no Brasil está marcada para 29 de setembro. O terceiro lançamento da semana, “Snowden”, de Oliver Stone, abriu em 4º lugar, mas não muito distante dos demais, com US$ 8 milhões. Cinebiografia do informante Edward Snowden, que denunciou o programa de espionagem da NSA (Agência de Segurança Nacional) americana, responsável pela vigilância da internet e dos celulares de todos os cidadãos, a produção custou US$ 40 milhões, mas foi econômica em sua divulgação, apostando na repercussão de sua première no Festival de Toronto. O problema é que a crítica não se entusiasmou. O longa teve 58% de aprovação na média do Rotten Tomatoes, bem mais que os 37% de “Bruxa de Blair”, mas bem menos que os 78% do terceiro “Bridget Jones”. Para piorar sua perspectiva de rendimento internacional, “Snowden” não tem previsão de lançamento no Brasil. O terror “O Homem nas Trevas” fecha o Top 5, atingindo uma arrecadação doméstica de US$ 75,3 milhões, que o consolida como o segundo maior sucesso do gênero na América do Norte em 2016 – atrás somente de “Invocação do Mal 2”, com US$ 102,4 milhões nos EUA e no Canadá. BILHETERIAS: TOP 10 EUA 1. Sully – O Herói do Rio Hudson Fim de semana: US$ 22 milhões Total EUA: US$ 70,5 milhões Total Mundo: US$ 93,9 milhões 2. Bruxa de Blair Fim de semana: US$ 9,6 milhões Total EUA: US$ 9,6 milhões Total Mundo: US$ 14,5 milhões 3. O Bebê de Bridget Jones Fim de semana: US$ 8,2 milhões Total EUA: US$ 8,2 milhões Total Mundo: US$ 38,1 milhões 4. Snowden Fim de semana: US$ 8 milhões Total EUA: US$ 8 milhões Total Mundo: US$ 8 milhões 5. O Homem nas Trevas Fim de semana: US$ 5,6 milhões Total EUA: US$ 75,3 milhões Total Mundo: US$ 107 milhões 6. When the Bough Breaks Fim de semana: US$ 5,5 milhões Total EUA: US$ 22,6 milhões Total Mundo: US$ 22,6 milhões 7. Esquadrão Suicida Fim de semana: US$ 4,7 milhões Total EUA: US$ 313,7 milhões Total Mundo: US$ 718,8 milhões 8. As Aventuras de Robinson Crusoé Fim de semana: US$ 2,6 milhões Total EUA: US$ 6,6 milhões Total Mundo: US$ 27,5 milhões 9. Kubo e as Cordas Mágicas Fim de semana: US$ 2,5 milhões Total EUA: US$ 44,2 milhões Total Mundo: US$ 54,6 milhões 10. Meu Amigo, O Dragão Fim de semana: US$ 2 milhões Total EUA: US$ 72,8 milhões Total Mundo: US$ 113 milhões
Missão Impossível 6: Produção é retomada com acordo entre Tom Cruise e estúdios
Após quase um mês de impasse, Tom Cruise e os estúdios Paramount e Skydance teriam chegado num acordo para filmar “Missão Impossível 6”. Segundo informações do site The Hollywood Reporter, a pré-produção do longa foi interrompida no início de agosto por conta de discordâncias em relação a questões financeiras, como a participação de Cruise nos lucros finais do filme. O ator queria receber mais do que vinha recebendo até então pela franquia. No entanto, fontes próximas à produção agora dizem que as questões foram selecionadas e a pré-produção de “Missão Impossível 6” já está sendo retomada. A previsão é que as filmagens comecem ainda no primeiro semestre de 2017. A direção e o roteiro serão novamente de Christopher McQuarrie, que comandou o quinto filme da franquia, “Missão Impossível: Nação Secreta” (2015).
Sofia Vergara é a atriz mais bem paga da TV americana pelo quinto ano seguido
A revista Forbes divulgou a sua lista anual das atrizes mais bem pagas da TV mundial. E a atriz colombiana Sofia Vergara manteve a coroa pelo quinto ano consecutivo. Ela lidera a lista desde 2012 e este ano faturou US$ 43 milhões. Para se ter ideia, o valor é apenas US$ 3 milhões menor que o recebido pela atriz mais bem paga do cinema em 2016, Jennifer Lawrence. Mas não vem só da participação na série “Modern Family”. Sofia tem sua linha própria de móveis e é requisitada para vários comerciais. O 2º lugar ficou com Kaley Cuoco, que teve rendimentos bem menores, US$ 24,5 milhões, alimentados basicamente por seu cachê na série de comédia “The Big Bang Theory”. Ela chega a faturar US$ 1 milhão por episódio, o salário feminino mais alto da TV americana. Em 3º lugar aparece Mindy Kaling, da série “The Mindy Project”, que recebeu US$ 15 milhões também como produtora da atração, além de escrever livros e fazer dublagens. Ellen Pompeo, da série “Grey’s Anatomy”, e Mariska Haritay, que estrela a atração mais longeva da atualidade, “Law & Order: SVU”, são as principais estrelas dramáticas da relação, completando o Top 5 com US$ 14,5 milhões, cada. Vale ressaltar, ainda, que o Top 10 registrou uma surpresa, a aparição da novata Priyanka Chopra, estrela de Bollywood que estreou no ano passado na TV americana, na série “Quantico”. A indiana já aparece em 8º lugar, com US$ 11 milhões.
Drama estrelado por Tom Hanks estreia em 1º lugar nos EUA
Considerado um dos atores mais populares dos EUA, Tom Hanks ajudou a pousar o drama “Sully – O Herói do Rio Hudson”, dirigido por Clint Eastwood, na liderança das bilheterias americanas com uma sólida estreia de US$ 35,5 milhões no fim de semana. O resultado surpreendeu o próprio estúdio Warner, por contabilizar 10 milhões acima do que as projeções apontavam. O desempenho superou com folga os últimos lançamentos de grande estúdio de Hanks no cinema americano: “Capitão Phillips” abriu com US$ 25,7 milhões em 2012 e “Ponte de Espiões” estreou com US$ 15,4 milhões no ano passado. Seus outros dois filmes recentes, “Ithaca” e “Negócio das Arábias”, tiveram estreias limitadas. “Sully” reencena o milagre do capitão Chesley “Sully” Sullenberger, que em 2009 conseguiu pousar um avião de grande porte sobre o Rio Hudson, em Nova York, depois que suas duas turbinas foram destruídas por um bando de pássaros, salvando as vidas de centenas de passageiros. O filme enfatiza o estresse pós-traumático que vitimou Sully no momento em que o mundo o louvava como herói e uma comissão interna de investigação buscava incriminá-lo por algum erro, levando-o a acreditar que sua manobra poderia ter resultado num acidente similar à colisão dos aviões que derrubaram as torres gêmeas em 11 de setembro de 2001. A imprensa americana adorou, da interpretação de Hanks à direção de Eastwood, contribuindo para seu impulso nas bilheterias com aprovação de 84% das críticas compiladas no site Rotten Tomatoes. Mas, como se trata de um drama, a Warner não tem a menor pressa de exibi-lo no Brasil, marcando sua estreia por aqui apenas para 1 de dezembro, época estimada do lançamento do Blu-ray nos EUA. As bilheterias do fim de semana registraram outra surpresa em 2º lugar, mas, segundo a crítica, bastante negativa. O suspense “When the Bough Breaks” faz parte de uma estratégia de diversificação de filmes que visam o público negro. Após sucessos com dramas criminais, romances e comédias, uma nova leva de filmes de suspense estrelados por astros negros tem demonstrado alcance maior que o nicho visado. Mas o fato de serem fabricados com viés descaradamente comercial acaba resultando num amontado de clichês. Tanto que, no mercado internacional, estes filmes saem direto em DVD. “When the Bough Breaks” abriu com inesperados US$ 15 milhões, mas conseguiu a façanha de somar 0% na média do Rotten Tomatoes. Caso raro de desaprovação unânime, o longa tem direção do televisivo Jon Cassar (diretor da série “24 Horas”) e não deve ter lançamento no Brasil. Após liderar a arrecadação por duas semanas, o terror “O Homem nas Trevas” caiu para o 3º lugar, somando US$ 66,8 milhões desde seu lançamento. O valor já supera “Quando as Luzes se Apagam” (US$ 66,4 milhões) como a segunda maior bilheteria doméstica do gênero em 2016. Em 4º lugar, “Esquadrão Suicida” chegou a US$ 307,4 milhões após seis semanas, o que o posiciona como a oitava maior bilheteria doméstica do ano. Mas com um detalhe: entre os filmes de super-herói, só tem desempenho melhor que o de “X-Men: Apocalipse”, que decepcionou com US$ 155,4 milhões. No mundo inteiro, o filme dos supervilões está prestes a superar a marca de US$ 700 milhões, ocupando a sétima posição geral entre os lançamentos de 2016. O Top 5 conclui com outra estreia, a animação franco-belga “As Aventuras de Robinson Crusoé”, da mesma equipe do sub-Nemo “As Aventuras de Sammy” (2010), com modestos US$ 3,4 milhões e humilhantes 15% de aprovação da crítica americana. Estreia no Brasil em 24 de novembro. BILHETERIAS: TOP 10 EUA 1. Sully – O Herói do Rio Hudson Fim de semana: US$ 35,5 milhões Total EUA: US$ 35,5 milhões Total Mundo: US$ 45 milhões 2. When the Bough Breaks Fim de semana: US$ 15 milhões Total EUA: US$ 15 milhões Total Mundo: US$ 15 milhões 3. O Homem nas Trevas Fim de semana: US$ 8,2 milhões Total EUA: US$ 66,8 milhões Total Mundo: US$ 87,1 milhões 4. Esquadrão Suicida Fim de semana: US$ 5,6 milhões Total EUA: US$ 307,4 milhões Total Mundo: US$ 699,4 milhões 5. As Aventuras de Robinson Crusoé Fim de semana: US$ 3,4 milhões Total EUA: US$ 3,4 milhões Total Mundo: US$ 24,2 milhões 6. Kubo e as Cordas Mágicas Fim de semana: US$ 3,2 milhões Total EUA: US$ 40,8 milhões Total Mundo: US$ 49,2 milhões 7. Meu Amigo, O Dragão Fim de semana: US$ 2,9 milhões Total EUA: US$ 70 milhões Total Mundo: US$ 102,2 milhões 8. Perfeita É a Mãe! Fim de semana: US$ 2,8 milhões Total EUA: US$ 107,5 milhões Total Mundo: US$ 151,9 milhões 9. Hell or High Water Fim de semana: US$ 2,6 milhões Total EUA: US$ 19,8 milhões Total Mundo: US$ 19,8 milhões 10. Festa da Salsicha Fim de semana: US$ 2,3 milhões Total EUA: US$ 93,1 milhões Total Mundo: US$ 113,5 milhões












