Spcine pretende reembolsar filmes e séries estrangeiras filmadas em São Paulo em até 30%
A Spcine, empresa municipal de audiovisual, anunciou na terça (3/12) a criação de um programa de incentivo a filmagens internacionais na cidade de São Paulo. A iniciativa foi apresentada no Festival Ventana Sur, em Buenos Aires, pela presidente do órgão, a cineasta Laís Bodanzky (“Como Nossos Pais”). Ela propõe restituir de 20% a 30% do valor investido por produções estrangeiras na cidade, desde que tenham gasto ao menos US$ 500 mil (cerca de R$ 2,1 milhões) por meio de uma produtora local. Longas, animações, séries e obras publicitárias rodadas parcial ou integralmente na capital paulista poderão solicitar o reembolso. O mesmo também valerá para as produções nacionais que tenham grande potencial internacional. Além disso, o programa ainda oferece financiamento parcial para produções internacionais cujos roteiros incluam São Paulo na narrativa de alguma forma, mesmo que a cidade não sirva de locação ou de base de produção. Outra iniciativa voltada para o mercado internacional inclui um edital de pós-produção no valor de US$ 120 mil (cerca de R$ 500 mil). Longas e animações podem concorrer ao prêmio, que dará US$ 40 mil (R$ 168 mil) a uma produção brasileira e R$ 80 mil (R$ 336 mil) a duas produções latino-americanas — metade da quantia para cada uma. A publicação do edital está prevista para o primeiro semestre do ano que vem. Cidades dos Estados Unidos e Canadá travam uma guerra de incentivos similares para atrair projetos de cinema e séries para suas regiões, porque, além de fomentar o turismo, as produções geram emprego e aquecem as economias locais. Uma reportagem da Folha de S. Paulo publicada em junho revelou que o número de produções estrangeiras rodadas em São Paulo mais que dobrou entre 2016 — ano de lançamento da São Paulo Film Commission, responsável por esse tipo de incentivo — e o ano passado. Subiram de 6 há três anos para 18 em 2018. Entre as produções, estão as séries “Sense8” e “Black Mirror”, da Netfix. Em agosto, foi a vez da série “Conquest”, produzida por Keanu Reeves, que provocou um apagão que assustou moradores do entorno do Vale do Anhangabaú, no centro paulistano.
Uma Segunda Chance para Amar tira Malévola do topo das bilheterias brasileiras
Após seis semanas no topo das bilheterias nacionais, “Malévola — Dona do Mal” perdeu o trono para uma comédia estrelada por Emilia Clarke, a Daenerys de “Game of Thrones”. Lançada em 284 salas, com público de 149 mil pessoas e R$ 2,4 milhões de faturamento, “Uma Segunda Chance para Amar” (Last Christmas) estreou em 1º lugar nos cinemas brasileiros e encerrou o longo reinado de Angelina Jolie. A fábula da Disney caiu para o 2º lugar com 143 mil ingressos vendidos e R$ 2,2 milhões em bilheteria O 3º lugar ficou com “Os Parças 2”, que, depois de meio mês em cartaz, finalmente “estreou”. Em seu primeiro fim de semana oficial, a comédia nacional registrou queda típica de terceira semana, com 142 mil ingressos vendidos e R$ 2,1 milhões de arrecadação. Na semana passada, estava em 2º lugar. Mas ainda não tinha estreado. Este paradoxo bizarro é consequência de uma tática da distribuidora, que lançou “Os Parças 2” há três semanas em centenas de cinema, com venda de ingressos aberta para consumidores em todos os horários, e chamou de pré-estreia. Por conta disso, a estreia oficial do filme ficou abaixo das expectativas. Afinal, rendeu muito mais no período não oficial – R$ 8 milhões até o fim de semana passado. Outro filme brasileiro apareceu entre os mais vistos, entre quinta e domingo (1/12). “Carcereiros — O Filme” arrecadou R$ 1,1 milhão na estreia, apesar de seu lançamento ter sido muito menor que os demais. O filme estrelado por Rodrigo Lombardi foi exibido em 154 salas e levou 81 mil pessoas aos cinemas, ocupando o 5º lugar no ranking. Veja abaixo, o Top 10 das bilheterias brasileiras, conforme apuração da Comscore. TOP 10 #bilheteria #cinema #Brasil Final Sem 28/11-1/12:1. Uma Segunda Chance para Amar2. Malévola 3. Os Parças 24. Mais Que Vencedores5. Carcereiros 6. Coringa7. A Família Adams8. Dora e a Cidade Perdida9. Invasão ao Serviço Secreto10. Um Dia de Chuva em Nova York — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) December 2, 2019
Por que os sites de séries (e filmes) estão acabando
Há poucos dias, um dos mais antigos sites que cobrem séries no Brasil parou de ser atualizado. O Viciado em Séries acabou. Infelizmente, trata-se de uma situação cada vez mais corriqueira, pela falta de apoio do mercado – estúdios e canais que preferem financiar influencers aleatórios a anunciar em publicações especializadas – e até mesmo descaso de muitos leitores – você mesmo, com o adblocker ligado. Em sua despedida, o editor Fábio Lins escreveu um editorial poderoso, que combina desabafo e reflexão, e que merece (precisa) ser lido pelo maior número de pessoas possível. Por conta disso, pedimos sua autorização para republicar o texto aqui na Pipoca Moderna. O que você vai ler abaixo também pode ser visto neste link, no site original, sob o título “Os blogs de séries estão acabando…”. “Eu sou do tempo de guardar sites em favoritos no navegador. E algum tempo atrás, resolvi abri todos da pasta ‘sites de séries’ de uma vez e fiquei chocado com o que vi. Muitos não existem mais. Sei lá, abri umas 30 guias de uma vez e me deparei com a grande mudança que ocorreu (e eu nem percebi direito) nesse universo paralelo da internet. E os que estão no ar sofreram muitas mudanças. Pouquíssimos sites de séries estão a mais de 10 anos no ar, e, no nosso caso, estamos chegando a essa marca. Porém podemos dizer que aqueles sites que publicavam reviews de todos os episódios de uma série praticamente foram extintos, e isso é devido a inúmeros fatores. Primeiro, porque dá um trabalhão danado escrever uma review e na maioria das vezes o retorno do leitor é insatisfatório. Isso porque os blogs não são mais plataformas de discussão como eram antes, quando esperávamos uma review, uma crítica, para lê-la e debatê-la com outros leitores. Isso porque ‘todo mundo’ prefere fazer isso nas redes sociais. Mas mesmo nelas, isso não ocorre mais com a mesma intensidade, porque as séries atuais dão pouca margem para isso. ‘Game of Thrones’ pode ter sido a última série que causou esse alvoroço, reiterando, nas redes sociais. Fiquei surpreso em ver que um dos maiores sites brasileiros de séries, o Ligado em Série, desativou o campo de comentários. Obviamente porque os comentários não agregam mais como antes, além de ser poucos gatos pingados. Como vejo no excelente Sériemaníacos, site que ainda mantém reviews de várias séries, mas sua sessão de comentários é infinitamente menor do que já foi. Uma review de ‘Watchmen’ ter apenas quatro comentários é completamente fora dos padrões. Tem reviews com dois, um e até nenhum comentário. E tem reviews que gastamos horas pra escrever. Digo isso porque acompanhei muito esse universo de comentários em Blogs. Comecei a lê-los em 2010, com o boom da série ‘Lost’. O Dude We Are Lost tinha centenas de comentários nas postagens, da mesma forma o Lost in Lost. Sou a pessoa que criou e mantém o Breaking Bad Brasil e vivi também essa fase, como postagens com dezenas de comentários. Mas aí também tem o fator que mencionei acima: tem séries que realmente instigam isso, mas, hoje em dia, elas não instigam tanto, fazendo com que a preferência seja por comentários curtos nas redes sociais. E isso não é uma reclamação, é uma constatação. Tem a ver com a revolução tecnológica nesse meio. O brasileiro lê muito pouco, todo mundo sabe disso. E por isso mesmo, para muitos, é muito melhor ver um vídeo sobre o assunto do que ler sobre ele. É o que está ocorrendo: a maioria prefere criar canais no YouTube ou apenas páginas nas redes sociais do que criar um blog e escrever sobre algum assunto. Dá muito menos trabalho e maior alcance. Mas o conteúdo em vídeo não vai conseguir suprir o que a leitura propõe. Reviews em vídeo de todos os episódios de uma temporada de alguma série? Só as séries modinhas vão ter e olhe lá. A Netflix é uma maravilha que veio brilhar no mundo das séries, mas mudou também completamente a forma de uma pessoa ver séries. Liberar 10, 12 episódios de uma vez é muito bom, correto? Pra mim, nunca foi. Faz com que a pessoa fique presa na plataforma e engula uma temporada sem mastigar, sem degustar bem o episódio. Quando os episódios são lançados semanalmente, podemos assistir, re-assistir, ler reviews, podcasts, enfim, tudo sobre ele, até que venha um novo episódio. E isso também afeta os blogs, pois fica inviável e desnecessário escrever reviews de todos os episódios de séries que são lançadas de uma vez, porque ‘ninguém vai ler’. A crítica tomando base a temporada inteira é o mais comum de lermos, mas nenhuma crítica estará completa tendo como base uma quantidade grande de episódios. A quantidade imensa de séries que são lançadas anualmente é algo que é praticamente impossível de acompanhar. Aumentou muito a quantidade delas e piorou em qualidade. Você acaba ficando refém da plataforma, pois a facilidade de um play faz com que fiquemos sempre nela, não ‘deixando’ acompanhar, de verdade, as melhores séries que existem. Quando você indica uma série, sempre perguntam ‘se tem na Netflix’. Mas não, amigos, as melhores séries não estão na plataforma, porém, para acompanhá-las, muitos não se dão o trabalho de procurar, baixar um torrent, enfim, muitos nem devem saber o que é isso. Você deve estar achando que eu sou contra a Netflix, correto? Não, estou apenas constatando. O serviço é maravilhoso, como a Prime Vídeo, HBO Go, enfim. É a revolução tecnológica que mencionei, mas que deixa os seus efeitos colaterais. Cada site termina por vários motivos. Vendo que não existem mais os excelentes Teleséries, Apaixonado por Séries, Nova Temporada, O Blog da Mari, Series News, Serie em Serie, Box de Series, Episódios Comentados, Mundo da Series, Temporada em Série, entre outros. A Fernanda Furquim fazia o melhor site de notícias de séries do Brasil com o Nova Temporada, que acabou fechando, fazendo com que ela migrasse para outro site e redes sociais, mas que também não conseguiu seguir em frente. Porque realmente é muito difícil. Manter um site desses tem que ter muito amor e prazer pelo o que faz e é isso que traz longevidade a eles, porque poucos conseguem remuneração satisfatória com isso e praticamente 100% dessas pessoas tem outras remunerações, ou seja: não dá pra viver apenas disso. Você consegue alguma coisa com publicidades do Google ou postagens pagas nas redes sociais. Mas é a minoria, poucos gatos pingados. Muitos recebem mimos das assessorias de imprensa das emissoras, que ajuda mas não é suficiente, não paga contas. As assessorias de imprensa no Brasil são uma verdadeira vergonha alheia, pois te enchem de e-mails, dezenas – diariamente, com matérias que divulgam as suas atrações, mas em contra-partida não te ajudam com praticamente nada. Ou melhor, escolhem alguns, principalmente os que têm mais seguidores, dando mimos, etc… Mas não dão valor a quem faz o trabalho duro para elas, diariamente. E não é o caso das pessoas que trabalham com séries, de forma alguma. O que revolta são as bonificações que as emissoras dão para famosinhos que não fazem ou nunca fizeram nada para a série ou para a emissora, mas como têm muitos seguidores, são agraciados. Por exemplo? A assessoria da HBO mandar produtos de ‘Game of Thrones’ para o Marcos Mion? Não tem nada a ver, ele é de outra emissora, não publica nada da série, não escreve notícias e nem críticas sobre ela. Mas como é famoso e tem muitos seguidores… E pra quem faz o trabalho duro? Mais dezenas de e-mails, esse é o prêmio. É só um dos absurdos que vejo e fica de exemplo da falta de apoio que temos. Por isso é complicado e também por isso muitos sites saem do ar. Os motivos são variados, desde o progresso tecnológico quanto aos mal-agradecidos que trabalham nesse meio, como mencionei. E se você chegou até esse parágrafo, você faz parte daquele leitor raiz, que gosta de ler e sente falta dos blogs de séries raiz e que estão acabando. É como uma profissão que se extingue e outras são criadas, pois quem não se atualiza, não evolui, fica para trás. O site Viciado em Série chega ao fim da forma que foi a quase 10 anos. Vinha mantendo publicações de notícias para manter o site em movimento, porque esporadicamente tinha vontade de escrever alguma crítica ou review e não queria ter uma ou duas publicações mensais, apenas. Mas chegar a um fim é muito difícil, pois para ser um completo fim, teria que parar de ver séries, e como nosso nome diz, ainda sou viciado nisso. Estarei nas redes sociais, Facebook, Twitter e Instagram, todos @ViciadoEmSerie. Porque sempre estarei acompanhado séries e o feedback será nelas. Se não consegue vencê-las, junte-se a elas, não é mesmo? Mas minha atividade terá foco total no Breaking Bad Brasil. Mesmo com o fim da série, seu universo continua a todo vapor, com ‘El Camino’ e ‘Better Call Saul’. Isso vai demandar muito tempo e isso é um dos principais motivos que tenho para parar as publicações no Viciado Em Série. Lá, vou manter o Breaking Cast, podcast que fala do Universo ‘Breaking Bad’ mas que também vai abordar outras séries, portanto, não tem como me livrar desse mundo fácil assim. Sempre fiz tudo por amor e prazer, independente de qualquer apoio. Os problemas que mencionei, se fossem preponderantes, tinha fechado o site com 1 ano no ar e não 10 anos, pagando domínio próprio, tempo, trabalho, enfim. No mais deixo um grande agradecimento, imenso mesmo. Foram quase 8 milhões de visualizações de páginas, quase 4 mil postagens, mais de 700 séries estiveram por aqui, além de dezenas de milhares de comentários. Foi bom essa fase, enquanto durou. Outras fases virão, hora de virar a página. Namastê Att Fábio Lins”
Celebridades aleatórias viram garotas-propagandas de filmes e séries no Brasil
Os estúdios e canais brasileiros têm investido cada vez mais em peças promocionais que destacam participações de celebridades para promover seus produtos. A nova tendência publicitária foi evoluindo nos últimos anos, até chegar aos “depoimentos” e “reações” de famosos aleatórios sobre um filme ou uma série, sem que tenham qualquer relação com o produto – e nem com o universo abordado. O exemplo mais recente é um vídeo da Disney, que reúne Whindersson Nunes, Malena, Natalia Bridi e Lucas Lima “demonstrando o amor que sentem pela saga” “Star Wars” e “suas expectativas para ‘StarWars: A Ascensão Skywalker””. As aspas são da página oficial do vídeo no YouTube. Qual a importância da opinião desse quarteto para os fãs da saga? Eles não estão no filme. Não viram o filme. Mas são “influencers”, balaio em que cabem todas as graduações de famosidades a quem as agências recorrem – sabia que existem mais de 1 milhão de “influencers” mapeados no Brasil? – , enquanto ignoram sites e publicações “especializadas” que focam simplesmente… o público-alvo do produto. A culpa, aparentemente, é das campanhas bem-sucedidas da Netflix, que começaram a incluir famosos em comerciais de suas séries. Há dois anos, um vídeo de “Orange Is the New Black” chegou a juntar Valesca Popozuda, Inês Brasil e Narcisa Tamborindeguy. Vale ainda citar, como ponto alto da tendência, um revival do “Xou da Xuxa”, dos anos 1980, na divulgação de “Stranger Things”. Era criativo. Virou apelativo com a ideia da Sony de incluir Sergio Mallandro em “MIB: Homens de Preto – Internacional”. Até a própria Netflix parece não saber mais o fazer, colocando Larissa Manoela para “reagir” à 2ª temporada de “Elite”. A virada, porém, aconteceu no YouTube da Fox Premium, que lançou uma “série” de vídeos em que YouTubers sortidos “comentam” “The Resident” e aceitam “desafios” relacionados à série – como “desenhar um fígado” ou jogar um game relacionado à medicina. “Super-relevante”. O que vocês acham? É de bom gosto? Melhor continuar pagando “influencers” aleatórios? Afinal, alguém tem que ficar com a verba dos estúdios, que nunca vem para os verdadeiros influenciadores: os sites e as publicações especializadas.
Netflix salva último grande cinema de rua de Nova York
A Netflix anunciou na segunda-feira (26/11) que assumiu a administração de um dos cinemas mais antigos de Nova York, o Paris Theatre, considerado o último grande cinema de rua da cidade, com a intensão de transformá-lo no palco de seus grandes lançamentos. A dois passos do Central Park e do famoso Hotel Plaza, o cinema de Paris fechou suas portas no final de agosto, após 71 anos de existência, devido ao aumento do aluguel. O último cinema de Nova York que não foi convertido em multiplex – e por isso tem apenas uma tela, gigante – foi reaberto no início de novembro para a exibição do filme “Uma História de Casamento”, do diretor americano Noah Baumbach, produzido pela Netflix. A sessão aconteceu como alternativa para o lançamento do filme em Nova York, diante do boicote das grandes redes, que se recusam a exibir filmes feitos para streaming. Como as redes também criaram dificuldades para “O Irlandês”, a empresa enxergou a necessidade de ter um endereço permanente. Ao assumir de vez o Paris Theatre, a Netflix também realiza um ato simbólico como resposta a quem a considera inimiga dos cinemas. “Esse cinema emblemático permanecerá aberto e se tornará a casa da Netflix para seus eventos excepcionais, suas projeções e estreias (de cinema)”, afirmou a plataforma nas redes sociais. Os termos do contrato que permite que a Netflix se estabeleça no Paris Theatre não foram divulgados, mas de acordo com o site especializado Deadline trata-se de um aluguel de longo prazo. O Paris Theatre foi inaugurado pela atriz alemã-americana Marlene Dietrich em 1948. Foi administrado pela casa francesa Pathé até ser forçada pelos proprietários do prédio a ceder o lugar ao grupo americano Loews em 1990. O cinema construiu sua reputação com uma programação de filmes de arte, muitas vezes ignorada pelas grandes salas comerciais, especialmente franceses.
Os Parças 2 já foi visto por mais de 500 mil pessoas “sem estrear”
“Os Parças 2” já levou 526 mil pessoas aos cinemas em duas semanas, segundo levantamento da Comscore. Nesse período, arrecadou R$ 8 milhões em bilheteria. Mas o detalhe é que a comédia com Tom Cavalcante, Whindersson Nunes e Tirullipa ainda não estreou. O lançamento oficial está marcado apenas para a próxima quinta (28/11). A piada do mercado brasileira é dizer que um filme com distribuição em centenas de cinema e venda de ingressos aberta para consumidores em todos os horários não está em cartaz. O que acontece, dizem, são pré-estreias. Mas pré-estreia é uma antecipação restrita em horário limitado, não uma exibição massiva em 249 salas. Não por acaso, a comédia brasileira foi o segundo filme mais assistido nos cinemas de quinta a domingo (24/11), atrás apenas de “Malévola — Dona do Mal”, que se manteve na liderança pela sexta semana consecutiva. Em termos de comparação, a fábula da Disney foi exibida em 219 salas – isto é, em menos cinemas que o filme que “ainda não estreou” – e arrecadou R$ 2,4 milhões no fim de semana. Desde o lançamento, a versão bruxa de Angelina Jolie levou 4,9 milhões de pessoas aos cinemas e faturou R$ 79,9 milhões em bilheteria no Brasil. Lançado na quinta, “Mais que vencedores” foi o 3º filme mais visto do período, apesar de ter a maior distribuição (em 280 salas), rendendo R$ 1,9 milhão. Veja abaixo, o Top 10 das bilheterias brasileiras, conforme apuração da Comscore. TOP 10 #bilheteria #cinema #Brasil Final Sem 20 a 24 Nov:1. Malévola – A Dona do Mal2. Os Parças 23. Mais Que Vencedores4. Coringa 5. A Familia Adams6. Dora e a Cidade Perdida7. A Invasão ao Serviço Secreto8. As Panteras9. Ford vs Ferrari10. Um dia de Chuva em Nova York — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) November 25, 2019
Todd Phillips desmente reportagem que “antecipa” produção de Coringa 2
O diretor Todd Phillips desmentiu a reportagem do site da revista The Hollywood Reporter que afirmou que ele já tinha fechado contrato para fazer a continuação de “Coringa”. Vários pontos do artigo já tinham sido desacreditados pelas publicações concorrentes Deadline e Variety. Agora, o próprio cineasta veio à público comentar as “revelações” de bastidores da reportagem, em entrevista para outro site, IndieWire. O THR afirmou que a Warner já tinha encaminhado a produção da sequência de “Coringa”, inclusive com uma reunião realizada entre Phillips e o presidente do estúdio, Toby Emmerich, para alinhar os detalhes d produção. Neste encontro, Phillips também teria pedido direitos para “desenvolver um portfólio de personagens da DC”. A Variety confirmou que o presidente da Warner reuniu-se com Phillips sobre a continuação de “Coringa”, mas garante que nenhum contrato ainda foi firmado para a produção. Já o Deadline contestou a reportagem inteira, do início ao fim. O diretor foi cuidadoso ao escolher as palavras para rebater o artigo, deixando entrelinhas abertas. Segundo Phillips, ele não teve nenhuma reunião com Toby Emmerich no dia 7 de outubro, como publicado pelo THR. “Eu posso dizer honestamente que não fiz nenhuma reunião no dia 7 de outubro. Primeiro de tudo, você me conhece e conhece minha carreira, esse não é o meu estilo. Eu fiz uma comédia gigante com a Warner, ‘Se Beber Não Case’, e não me tornei um ‘produtor de fábrica’ de comédias do tipo: ‘ah, vamos apenas produzir filmes de comédia’. Bradley Cooper e eu temos uma empresa de produção na Warner. Eu tenho estado na Warner há 15, 16 anos. Nós temos duas coisas em desenvolvimento o tempo todo, não 40 como algumas pessoas estão dizendo. Não sou o tipo de cara que diz que quer 40 títulos. Eu simplesmente não tenho energia (para isso)”, explicou. Phillips ressaltou que apenas sugeriu à Warner fazer uma cinessérie mais sombria e focada em personagens das histórias dos quadrinhos quando começou a trabalhar no projeto do Coringa. “Quando eu ofereci para eles o ‘Coringa’, a ideia não era fazer um filme, e sim criar uma marca inteira [chamada Black Label]. Mas eles descartaram aquilo rapidamente e eu entendi. Quem sou eu para entrar e começar um projeto dentro de um estúdio de cinema? Mas eles disseram: vamos fazer esse aqui”, contou Phillips. O diretor também confirmou que não assinou nenhum contrato nem existe um roteiro em desenvolvimento para que uma sequência de “Coringa” neste momento. Mas isso não significa que a Warner não planeje uma continuação, já que o filme arrecadou mais de US$ 1 bilhão nas bilheterias de todo o mundo. “Bem, um filme não ganha US$ 1 bilhão sem que eles não falem numa sequência. Joaquin e eu dissemos publicamente que conversamos sobre a continuação desde a segunda semana de filmagens, porque é uma coisa divertida de se falar. Mas o artigo do Hollywood Reporter estava se referindo a outras coisas além disso, que sãom francamente falsas. Não sei como tudo começou, se foi algum assistente tentando ganhar credibilidade como fonte de jornalista”, ressaltou Phillips. Ele se recusou, porém, a falar sobre o trecho da reportagem que alegou que ele estaria recebendo quase US$ 100 milhões por “Coringa”, porque “trocou seu salário inicial em troca de uma fatia maior da receita”. “Aqui está a verdade sobre uma possível sequência: Joaquin e eu conversamos sobre isso durante uma turnê pelo mundo com executivos da Warner. Estávamos sentados no jantar e eles estavam dizendo: ‘Então, vocês pensaram em (fazer uma continuação)?’ Mas, falando em contratos, não há contrato para desenvolver uma sequência, nunca abordamos Joaquin para fazer uma sequência. Isso vai acontecer? Mais uma vez, acho que o artigo foi antecipatório, na melhor das hipóteses”, finalizou o diretor.
Continuação de Coringa com Joaquin Phoenix já estaria em desenvolvimento
A Warner Bros. já estaria preparando uma sequência de Coringa, que contaria com a volta o astro Joaquin Phoenix ao papel, além do diretor Todd Phillips e do roteirista Scott Silver. As informações foram apuradas pelo site The Hollywood Reporter e não encontraram confirmação nos sites concorrentes. A notícia vem pouco depois de o filme atingir US$ 1 bilhão na bilheteria mundial, tornando-se o primeiro lançamento com classificação “para maiores” nos EUA a alcançar o feito. Phoenix e Phillips afirmaram, em entrevistas durante a divulgação de “Coringa”, que conversaram sobre possíveis sequências. O ator disse que havia “muito para explorar” no personagem, mas que não faria uma continuação “apenas por causa do sucesso do filme”. Mas o THR apurou que o contrato assinado pelo intérprete já previa retorno para pelo menos uma continuação. Outras informações da reportagem do THR foram refutadas pela concorrência, como o projeto de desenvolvimento de outros filmes de origem para os personagens dos quadrinhos da DC, que seriam realizados por Phillips. A Variety confirma que o presidente da Warner, Toby Emmerich, reuniu-se com Phillips sobre a continuação de “Coringa”, mas garante que nenhum contrato ainda foi firmado para a produção. Já o Deadline contesta a reportagem inteira, do início ao fim. A adaptação dos quadrinhos da DC Comics tem dado o que falar mesmo antes de sua estreia comercial, graças à trajetória iniciada com a vitória do Leão de Ouro, prêmio principal do Festival de Veneza. O que está realmente confirmado em relação ao futuro de “Coringa” é que a Warner pretende investir alto para emplacar o filme na disputa do Oscar 2020.
Málevola — Dona do Mal lidera bilheterias do Brasil pela quinta semana
Contrariando tendência mundial, “Málevola — Dona do Mal” é um enorme sucesso no Brasil. O filme arrecadou R$ 75 milhões em ingressos vendidos durante suas cinco semanas de exibição no país e lidera até hoje as bilheterias nacionais, segundo levantamento da consultoria Comscore. A produção da Disney também se mantém como o filme com maior distribuição entre os cinemas brasileiros, o que ajuda a explicar seu sucesso local. Exibida em 446 salas, a produção foi assistida por 339 mil pessoas e obteve R$ 5,9 milhões entre quinta e domingo (17/11). Na América do Norte, “Málevola — Dona do Mal” teve desempenho bem diverso. Após as mesmas cinco semanas, ocupa atualmente o 9º lugar na bilheteria, tendo recém-cruzado os US$ 100 milhões de arrecadação doméstica. O ranking da Comscore ainda registra uma anomalia típica do parque exibidor nacional, ao qualificar um filme que ainda não estreou oficialmente em 2º lugar. A comédia brasileira “Os Parças 2” tem lançamento marcado apenas para a próxima semana, no dia 28 de novembro, mas já está entre os longas mais vistos. Fenômeno paranormal? Viagem no tempo? Brecha interdimensional? Apenas o velho truque de marcar uma data e lançar bem antes, com ampla distribuição, e chamar a venda de ingressos aberta a todo o público e em todos os horários de “pré-estreia”. “Coringa” completa o Top 3 com a comemoração de um recorde. Desde a estreia, há sete semanas, o filme acumula renda de R$ 149,7 milhões e público de 4,6 milhões de pessoas. Neste fim de semana em que o longa alcançou US$ 1 bilhão em bilheteria mundial, tornou-se o filme de maior arrecadação no Brasil com classificação etária para maiores de 16 anos. Para completar, o principal lançamento do fim de semana passado, “As Panteras”, fez fiasco maior no Brasil que nos Estados Unidos, abrindo apenas em 6º lugar. Veja abaixo, o Top 10 das bilheterias brasileiras, conforme apuração da Comscore. TOP 10 #bilheteria #cinema #Brasil Final Sem 14 – 17/Nov:1. Malévola-Dona do Mal2. Os Parças 2 ( Pré Estreia) 3. Coringa4. A Família Adams5. Dora e a Cidade Perdida 6. As Panteras7. Invasão ao Serviço Secreto8. Ford vs Ferrari9. Exterminador do Futuro9. Doutor Sono — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) November 18, 2019
Coringa atinge US$ 1 bilhão de bilheteria mundial
“Coringa” se tornou o primeiro filme com classificação “R” nos EUA a tingir US$ 1 bilhão na bilheteria mundial. Segundo a Warner Bros., os números de bilheteria desta sexta-feira (15/11) foram os responsáveis por empurrar o filme estrelado por Joaquin Phoenix para além da barreira do US$ 1 bilhão. Com um orçamento relativamente baixo para o gênero de super-heróis (entre US$ 55 e 70 milhões), o longa dirigido por Todd Phillips (“Se Beber, Não Case”) também é considerado um dos filmes mais lucrativos de todos os tempos, superando neste quesito até o recordista histórico “Vingadores: Ultimato”, que teria rendido lucro menor pelo investimento gigantesco em sua produção. Mas o recorde mundial de maior bilheteria com classificação etária “R” (para maiores nos Estados Unidos) é discutível, uma vez que a classificação “para maiores” não se sustenta em muitos países. Na França, por exemplo, “Coringa” foi exibido para maiores de 12 anos. No Brasil, para maiores de 16 anos. O longa é para maiores apenas nos Estados Unidos e em poucos países mais – nem o Canadá adotou essa classificação. E foi justamente a falta de censura mais elevada que ajudou o filme a virar sucesso internacional. Não por acaso, a maior parte de sua fortuna vem do exterior, onde adolescentes puderam assisti-lo sem restrições. A adaptação dos quadrinhos da DC Comics também tem feito História com uma trajetória premiada, especialmente ao vencer o Leão de Ouro, prêmio principal do Festival de Veneza. A Warner agora pretende investir em campanha para emplacar “Coringa” na disputa do Oscar 2020.
Comic Con Experience esgota todos os ingressos para a edição de 2019
Os ingressos para a CCXP (Comic Con Experience) 2019 estão esgotados. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do evento nesta quinta-feira (14/11). Esta é a primeira vez que o festival de consumo pop atinge a capacidade máxima, desde a estreia em 2014. Ao todo, 280 mil ingressos foram disponibilizados para a CCXP 2019, que acontece entre os dias 5 e 8 de dezembro, na São Paulo Expo, na capital paulista. Os ingressos foram vendidos a preços que variavam de R$ 90 a R$ 8 mil, com pacotes que ofereciam produtos exclusivos, além da entrada. Entre as muitas atrações anunciadas no evento, as presenças das atrizes Gal Gadot, que interpreta a Mulher-Maravilha, e Margot Robbie, a Arlequina nos filmes da DC Comics, podem ser consideradas os maiores destaques. A última edição do evento recebeu 262 mil visitantes e teve como atrações principais Brie Larson (a “Capitão Marvel”), Sandra Bullock (“Bird Box”), Maisie Williams (“Game of Thrones”), Michael B. Jordan (“Pantera Negra”) e os atores mirins de “Stranger Things”.
Netflix anuncia início da produção de nova série do criador de La Casa de Papel
A Netflix anunciou a produção de uma nova série de Álex Pina, criador de “La Casa de Papel”. Intitulada “Sky Rojo”, a trama vai acompanhar três prostitutas em fuga após atacarem seu cafetão. Segundo a sinopse, elas fogem após deixarem o cafetão gravemente ferido e confinado a uma cadeira de rodas. “Uma brasileira, uma colombiana e uma espanhola fazem uma viagem sabendo que têm grandes chances de morrer. Tendo cometido vários crimes graves, sem poder pedir ajuda à polícia e com a máfia em seu encalço, elas têm apenas duas opções: fugir até que sejam pegas ou revidarem antes”, descreve o texto oficial. “Sky Rojo” faz parte de um contrato para produção de novas séries na Netflix, que Álex Pina assinou no ano passado. Ela foi concebida por Pina em parceria com Esther Martínez Lobato, roteirista de “La Casa de Papel”. Os dois também criaram juntos “O Píer” e “Vis a Vis”. O elenco destaca a espanhola Verónica Sánchez (“O Píer”), a cubana Yany Prado (“A Dupla Vida de Estela Carrillo”) e a atriz e cantora argentina Lali Espósito (“Floricienta”) como as três protagonistas, e ainda inclui Asier Etxeandia (“Dor e Glória”), Miguel Ángel Silvestre (“Sense8”) e Enric Auquer (“Barcelona Christmas Night”). As gravações vão começar na segunda-feira (18/11) em Madri, na Espanha, e compreenderão 16 episódios divididos em duas partes, que a Netflix deve apresentar como sendo duas temporadas distintas – na prática, porém, serão gravados como uma temporada inteira. A previsão de estreia é para 2020, em dia não revelado. El año que viene pintamos el cielo de rojo. La nueva serie de Álex Pina, el creador de 'La Casa de Papel', se llama 'Sky Rojo' y está protagonizada por Verónica Sánchez, Miguel Ángel Silvestre, Asier Etxeandia, Lali Espósito, Yany Prado y Enric Auquer. pic.twitter.com/una7cJ2xs6 — Netflix España (@NetflixES) November 14, 2019
Disney bate recorde de valorização na bolsa americana
As ações da Walt Disney Company tiveram um grande salto nesta quarta-feira (13/11) nos Estados Unidos, dia seguinte ao lançamento da plataforma de streaming Disney+ (Disney Plus) (Disney Plus). A empresa de entretenimento teve aumento de valorização em 6% nas últimas 24 horas, atingindo sua maior cotação na bolsa em todos os tempos. O entusiasmo dos investidores de Wall Street se deve ao sucesso do Disney+ (Disney Plus), que superou expectativas ao atrair 10 milhões de assinaturas em suas primeiras 24 horas, apenas nos Estados Unidos e Canadá. Além disso, as falhas iniciais do serviço, atribuídos à uma procura muito maior que a esperada, diminuíram consideravelmente ao longo do dia da inauguração. Enquanto isso, a Netflix caiu 3% em seu valor para negociações na bolsa.











