CEO da AT&T “não está otimista” sobre futuro do cinema
Quando lançou “Tenet” nos cinemas, há mais de 50 dias, a Warner tinha seu discurso afinado com os proprietários de cinema, acreditando que o filme seria o grande lançamento capaz de voltar a encher as salas e superar a crise da pandemia de coronavírus. Mas as salas não encheram e a crise se aprofundou após o desempenho do longa – orçado em mais de US$ 200 milhões – não dar o retorno esperado, levando outros estúdios a tirarem seus títulos do calendário de 2020. Agora, John Stankey, CEO da AT&T, empresa dona da WarnerMedia, diz que o lançamento de “Tenet” durante a pandemia foi um erro. Ou, em suas palavras: “Não posso dizer que saímos da experiência de ‘Tenet’ dizendo que foi um gol”. A fala aconteceu durante uma teleconferência com investidores na quinta-feira (22/10), onde Stankey confessou não saber o que vai acontecer com o mercado cinematográfico. “Essa ainda é uma das coisas sobre as quais não temos grande visibilidade”, ele afirmou. “Fizemos algumas experiências. Fizemos algumas coisas”, continuou. E foi quando fez a comparação esportiva sobre o desempenho de “Tenet” – na verdade, ele usou a expressão “home run”, uma analogia de beisebol, “traduzida” aqui para o gol do futebol visando facilitar a compreensão. O desempenho de “Tenet” deve afetar os próximos lançamentos do estúdio. A Warner tem a estreia de “Mulher-Maravilha 1984” prevista para dezembro, mas são grandes as apostas de que ela será adiada, já que mantê-la representaria uma nova aposta, enquanto outros estúdios adiam estreias em massa para evitar esse teste. Stankey deu a entender que a Warner não será responsável por novas apostas arriscadas. Ele demonstra que a ordem agora é ter cautela e esperar. “À medida que chegarmos a um ponto onde haja uma situação um pouco mais consistente, talvez possamos fazer um pouco mais”. “Eu diria que a temporada de férias será o próximo grande ponto de verificação para ver o que ocorre e se podemos ou não mover algum conteúdo de volta para a exibição cinematográfica. Teremos que tomar uma decisão com base nisso e no que estiver acontecendo em diferentes geografias e na contagem de infecções no país”, ele afirmou. “Mulher-Maravilha 1984” tem sua estreia marcada para o Natal, que marca o começo das férias de inverno nos EUA. Portanto, antes do “próximo grande ponto de verificação”. No entanto, a produção de conteúdo foi retomada. Stankey observou que existem atualmente 130 produções em andamento, entre filmes e séries da Warner. Normalmente, esse número seria cerca de 180. Em relação a isso, ele considera que “estamos fora de perigo”. Ou seja, o estúdio aprendeu a trabalhar sob as restrições impostas pela pandemia e não terá problemas com falta de material. A questão que se impõe agora, especialmente com o lançamento da plataforma HBO Max, prioridade da AT&T, é onde exatamente exibir esse conteúdo. “Ainda estamos empenhados em tentar colocar parte do conteúdo que consideramos mais importante nas salas de cinema, se isso fizer sentido”, continuou Stankey. Mas sua conclusão não passou uma mensagem muito positiva. “Esperamos que o mercado seja incrivelmente fatiado no próximo ano”, disse, acrescentando que “não está otimista” quanto a uma recuperação significativa nem no início de 2021. Por conta disso, a Warner está “considerando todas as opções”. “À medida que avançarmos e pudermos ter um quadro mais claro, vamos tomar as decisões”, concluiu. Vale observar que o remake de “Convenção das Bruxas”, originalmente previsto para os cinemas, estreou na HBO Max neste fim de semana.
Cinemas vazios nos EUA apontam que crise do setor está longe de passar
O desempenho das bilheterias de cinema nos EUA durante o fim de semana disparou alarmes por todo o mercado, deixando claro que o negócio cinematográfico corre risco de nunca mais se recuperar. O novo filme de ação de Liam Neeson, “Legado Explosivo” (Honest Thief), manteve-se na liderança das bilheterias da América do Norte pelo segundo fim de semana seguido com uma arrecadação de US$ 2,35 milhões. Mas esta arrecadação, que nem sequer entraria no Top 10 antes da pandemia, foi a única a superar os US$ 2 milhões entre sexta e domingo (25/10) nos EUA e Canadá. O Top 3 ainda inclui a comédia “Guerra com o Vovô”, estrelada por Robert DeNiro, com US$ 1,8 milhão, e o “blockbuster” da covid-19, “Tenet”, com US$ 1,3 milhão. Diante destes números, o site Deadline publicou um texto atacando a decisão de políticos que mantém os cinemas de Los Angeles e Nova York fechados, além de criticar a Disney por lançar seus principais títulos em streaming (“Hamilton”, “Mulan” e “Soul”) e despejar apenas refugos no circuito cinematográfico. A Disney distribuiu a única estreia de sexta (23/10), o terror “O Mensageiro do Último Dia” (The Empty Man), uma produção original de Fox, que chegou sem sessões para imprensa e pouco investimento em divulgação – apesar de incluir o queridinho da Netflix Joel Courtney (o Lee Flynn de “A Barraca do Beijo”) em seu elenco. Foi lançado em 2 mil telas, mas rendeu apenas US$ 1,2 milhão, ocupando o 4ª lugar com salas vazias. As poucas críticas publicadas afirmam que se trata realmente de um horror. Entretanto, a performance negativa de “O Mensageiro do Último Dia” não é exceção. Todas as salas de cinema dos EUA estão vazias e a reabertura de Los Angeles e Nova York não mudaria este quadro. Para completar, os sinais são ainda mais desanimadores em relação ao futuro, após a nova onda de coronavírus que varre a Europa. O fato incontornável é que o público está com medo dos cinemas. Os donos das redes não abrem mão de vender refrigerante e pipoca, e com isso o uso “obrigatório” de máscaras de proteção virou falácia nas salas de exibição. Devido a esses sinais contraditórios, os cinemas continuam a ser vistos como inseguros. E os estúdios não pretendem fazer grandes lançamentos enquanto essa visão não for alterada. O negócio cinematográfico mudou, e enquanto alguns buscam alternativas, como a rede AMC, que fechou um acordo com a Universal para diminuir a janela de exibição de filmes em troca de participação nos lucros de streaming, outros preferem simplesmente fechar as portas a negociar ou repensar seu modelo, como a Regal/Cineworld, acreditando que isso servirá de pressão para sensibilizar os estúdios ou os governos. Mas os cinemas voltaram a fechar na Europa. E John Stankey, CEO da AT&T, empresa dona da WarnerMedia, acaba de vocalizar que o lançamento de “Tenet” durante a pandemia foi um erro. Ou, em suas palavras: “Não posso dizer que saímos da experiência de ‘Tenet’ dizendo que foi um gol”. Ao mesmo tempo em que a Disney anuncia que seu negócio de streaming superou as expectativas, atingindo em meses o alcance previsto para cinco anos, a Sony se adianta aos demais estúdios para adiar um filme esperado para março (“Caça-Fantasmas: Mais Além”), passando-o para julho de 2021. Em outras palavras, são cada vez menores as chances de “Mulher-Maravilha 1984” ser visto nos cinemas em dezembro. Assim como as chances de os cinemas superarem sua maior crise sem uma grande mudança no setor.
007: Sem Tempo para Morrer teve lançamento negociado em streaming
Netflix, Apple e Amazon teriam tentado comprar os direitos exclusivos de exibição de “007: Sem Tempo para Morrer” para lançamento em streaming. Quem apurou as negociações foi a agência de notícias Bloomberg. E ao ir atrás de confirmação, a revista Variety descobriu que o negócio não aconteceu porque a MGM pediu muito caro: US$ 600 milhões. As empresas de streaming teria buscado a MGM após o primeiro adiamento do filme, que inicialmente estava previsto para abril deste ano e foi atrasado por seis meses em março, tornando-se o primeiro grande lançamento de cinema afetado pela pandemia. No início de outubro, porém, o filme sofreu nova mudança de calendário e agora só será lançado um ano após a data original. Oficialmente, porém, a MGM informou que “Não comentamos boatos”. “O filme não está à venda. O lançamento do filme foi adiado até abril de 2021 para preservar a experiência cinematográfica dos espectadores”, diz um comunicado da empresa. O filme custa mais de US$ 250 milhões para ser produzido e, devido aos adiamentos causados pela pandemia do coronavírus, o estúdio teria desperdiçado mais US$ 50 milhões em campanhas promocionais que não serviram para nada, pois, com a nova data, o filme ainda está longe de estrear. Por outro lado, “007: Sem Tempo para Morrer” tem várias parcerias promocionais para ajudar a abater esses custos – entre elas com os carros Land Rover, relógios Omega e cervejas Heineken. Essas empresas esperam que o filme chegue aos cinemas e poderiam argumentar não ter investido para um lançamento por streaming. A negociação, porém, tem precedentes. Após a pandemia, vários estúdios venderam seus filmes para serviços de streaming. A Sony, em particular, conseguiu aval de seus parceiros publicitários, McDonald’s e Crown Royal, para levar “Um Príncipe em Nova York 2” para a Amazon. “007: Sem Tempo Para Morrer” será o último filme de Daniel Craig como James Bond e trará com Rami Malek como o grande vilão da vez. Com direção de Cary Joji Fukunaga (“Beasts of No Nation”), o lançamento está marcado para 1 de abril no Brasil – data que, ironicamente, parece uma pegadinha.
Quibi fracassa e encerra serviço seis meses após lançamento
A plataforma Quibi está fechando as portas. Depois de levantar quase US$ 2 bilhões em financiamento e prometer reinventar a maneira como as pessoas consomem entretenimento, a startup de Jeffrey Katzenberg (que criou a DreamWorks Animation) e Meg Whitman começou a informar seus investidores sobre a decisão nesta quarta-feira (21/10), encerrando uma luta de seis meses para atrair assinantes para a programação do serviço. “Embora tenhamos capital suficiente para continuar operando por um período significativo de tempo, tomamos a difícil decisão de encerrar o negócio, devolver dinheiro aos nossos acionistas e dizer adeus aos nossos talentosos colegas com graça”, disse Whitman no comunicado que oficializou o final da plataforma. Criada para ser uma alternativa “de bolso” da Netflix, a Quibi atraiu pesos-pesados de Hollywood, de Steven Spielberg a Jennifer López, com sua proposta de produzir programas de curta duração, para se tornar o primeiro serviço de streaming especializado em conteúdo para ser consumido em celulares. Mas ao chegar ao mercado em abril, encontrou um cenário completamente diferente do que previam seus idealizadores. A pandemia de coronavírus deixou seu público-alvo em casa, consumindo conteúdos de longa duração e valorizado a estratégia de maratonas da Netflix. O oposto da proposta do Quibi. O sucesso do Quibi dependia, basicamente, de mudar os hábitos de consumo influenciados pela popularização da Netflix, com os “binges” – ou maratonas – de várias horas dedicadas a um mesmo programa. Já era uma opção arriscada, por ir contra um padrão bem-sucedido, e se tornou impraticável diante da popularidade crescente do consumo de streaming durante a pandemia. Para piorar, a ideia de “filmes em capítulos”, que define a maioria das séries de ficção da empresa, não foi bem aceita. Interromper uma história a cada dez minutos por pelo menos um dia inteiro não se provou uma medida popular, além de criar um problema narrativo, com uma situação de perigo a cada 10 minutos, no fim de cada episódio. Nisso, o Quibi se provou mais retrô que moderno, por evocar os antigos seriados de aventura dos anos 1930 e 1940 – que batizaram o termo “cliffhanger”. A verdade é que a própria ideia do Quibi passava longe de ser pioneira. O Snapchat já tinha ensaiado a produção de conteúdo premium de curta duração para celular anteriormente, fechando parceria até com a Disney para produção de séries de mini-episódios. A inciativa incluiu cineastas indies, algumas franquias cinematográficas e foi lançada em 2018. Dois anos depois, ninguém nem sequer lembra dos Snap Originals. O fato é que, desde junho, o Wall Street Journal apontava que a empresa não conseguiria atingir nem remotamente sua meta de assinantes para seu primeiro ano de operação. A plataforma projetava 7,4 milhões de assinantes até o final do ano, mas atraiu apenas 2 milhões de curiosos durante o período de três meses de degustação inicial do serviço. Não se sabe quantos abandonaram a assinatura após a conta começar a ser cobrada. Segundo reportagem do jornal nova-iorquino, a empresa vinha avaliando suas opções nas últimas semanas, incluindo uma possível venda. O fato de optar pelo simples fechamento, apesar de ainda ter centenas de milhões não dispendidos em sua conta, indica que Katzenberg e Whitman veem poucas soluções de longo prazo para o negócio.
Criador de The End of the F***ing World fará filmes e séries dos Power Rangers
A franquia “Power Rangers” vai “morfar” de novo. A Hasbro fechou contrato com o roteirista inglês Jonathan Entwistle, criador das séries “The End of the F***ing World” e “I Am Not Okay With This”, para desenvolver uma nova geração de filmes e séries da saga. “Esta é uma oportunidade incrível para entregar novos ‘Power Rangers’ para uma geração mais jovem, assim como os muitos fãs que adoram a franquia. Vamos trazer o espírito do analógico para o futuro, concentrando o poder da ação e da narrativa que transformaram esta marca em um sucesso”, disse Entwistle em comunicado sobre o acordo. Detalhes específicos sobre os projetos e quando eles serão lançados não foram revelados, mas o acordo reflete a ambição da Hasbro, após fazer duas aquisições comerciais importantes. A fabricante de brinquedos comprou os direitos dos “Power Rangers” e outras criações da Saban no início de 2018 e, no final do ano passado, adquiriu a produtora canadense eOne (Entertainment One) para realizar seus próprios projetos, de acordo com sua visão de mercado. Antes da Hasbro assumir a eOne, Entwistle já estava encarregado de desenvolver um novo filme de “Power Rangers” para a Paramount, mas agora os direitos foram para o novo estúdio, que ampliou o papel do roteirista, dando-lhe o comando da franquia em todas as plataformas. “Jonathan tem uma visão criativa incrível para esta franquia icônica e de enorme sucesso, e é o arquiteto certo para se juntar a nós enquanto reinventamos os mundos da televisão e do cinema desta propriedade”, disse o presidente de cinema da eOne, Nick Meyer, e o presidente de televisão global da empresa, Michael Lombardo, em uma declaração conjunta. Originada nos anos 1990, a franquia “Power Rangers” já passou por várias encarnações, e segue gerando produtos na televisão — a próxima temporada, prevista para 2021, deve se chamar “Power Rangers Dino Fury”. “Power Rangers” também ganhou um filme recente, em 2017, que contou a história de origem dos personagens e deveria ganhar várias continuações. Mas apesar dos jovens talentos que revelou – entre eles Naomi Scott, a princesa Jasmine de “Aladdin” – o lançamento foi um grande fracasso. Custou US$ 100 milhões e arrecadou apenas US$ 142 milhões em bilheteria mundial.
Novo filme de ação de Liam Neeson lidera bilheterias em crise nos EUA
O novo filme de ação de Liam Neeson, “Legado Explosivo” (Honest Thief), liderou as bilheterias da América do Norte neste fim de semana, ao arrecadar US$ 3,7 milhões. O valor é US$ 100 mil maior que a estreia de “Guerra com o Vovô”, o “sucesso” da semana passada que se tornou o pior campeão de bilheteria norte-americano desde 1988. Com os cinemas ainda fechados em Los Angeles, Nova York e São Francisco, e a pandemia de coronavírus ainda longe do fim, o desempenho dos lançamentos continua pífio nos EUA. Não é à toa que os grandes estúdios estão desistindo de lançar seus blockbusters potenciais, passando seus principais títulos para 2021. De fato, já circulam rumores sobre nova leva de adiamentos, que cancelariam o vindouro Natal cinematográfico. Em entrevista nesta semana, a diretora Patty Jenkins afirmou ter dúvidas sobre a estreia de “Mulher-Maravilha 1984” em dezembro. O desempenho de “Tenet”, que a Warner considerou ser capaz de trazer o público de volta aos cinemas, acabou tendo efeito inverso do esperado, conduzindo a um grande apagão de estreias. Ironicamente, porém, a paranoia dos estúdios tem sido benéfica para o filme do diretor Christopher Nolan. Única produção orçada em mais de US$ 200 milhões em cartaz nos cinemas dos EUA, “Tenet” avança a conta-gotas, mas firme, graças à falta de concorrentes, e atingiu neste fim de semana a bilheteria doméstica de US$ 50,6 milhões. É muito pouco para seu custo de produção, mas ajudou o valor mundial da arrecadação a chegar a US$ 333 milhões. O efeito conta-gotas pode até servir de estímulo para a retomada de estreias de produções de orçamento modesto. Um dos primeiros títulos a chegar aos cinemas norte-americanos durante a pandemia, “Fúria Incontrolável” (Unhinged), estrelado por Russell Crowe, atingiu US$ 20 milhões na América do Norte neste domingo (18/10), após 10 semanas em cartaz. Em todo o mundo, o filme está com US$ 39 milhões. “Fúria Incontrolável” fez pouco menos que a superprodução “Os Novos Mutantes”, última herança da Fox distribuída pela Disney. A adaptação dos quadrinhos da Marvel rendeu US$ 22,7 milhões em sete semanas na América do Norte e US$ 43,7 milhões mundiais. Os cinemas americanos ainda receberam duas estreias neste fim de semana, “Amor e Monstros” (Love and Monsters) e “The Kid Detective”, mas os estúdios se entusiasmaram menos que a crítica com seus lançamentos, colocando-os em poucas telas para apostar numa distribuição simultânea em PVOD (VOD com preço de ingresso de cinema). Elogiadíssimos e com grande apelo comercial, os dois filmes tiveram que se contentar em fechar o Top 10, respectivamente com US$ 255 mil e US$ 135 mil, enquanto reprises de sucessos infantis dos anos 1990 (“Abracadabra” e “O Estranho Mundo de Jack”) ocuparam a maioria das salas disponíveis. Esta comparação de desempenhos e estratégias acaba passando a pior mensagem possível sobre o setor, que enfrenta uma crise capaz de mudar hábitos de forma permanente.
Band planeja lançar plataforma de streaming
A Band também planeja lançar sua plataforma de streaming. E não vai demorar. Segundo o colunista Fefito, a emissora prevê o lançamento de seu Band Play para meados de novembro. O diferencial do serviço será o vasto acervo da emissora, que tem programas antigos de Hebe Camargo (1929-2012) e novelas como “Dance Dance Dance” e “Floribella” para integrar seu conteúdo. Algumas atrações mais antigas estariam, inclusive, passando por restauração para ganhar versão digital. Além disso, o projeto prevê a produção de produtos exclusivos para a plataforma, com nomes de apelo comercial como Datena, Neto e Henrique Fogaça. Para completar, os produtores pretendem criar um sistema de engajamento de usuários, prometendo pontos para quem acessar mais, numa estratégia que prepara terreno para a entrada da Band no mundo dos sorteios, recentemente liberados por Bolsonaro. Inicialmente, a ideia é que o serviço seja gratuito e, posteriormente, pago.
Comédia ruim de Robert De Niro supera Tenet nas bilheterias dos EUA
A comédia “Guerra com o Vovô”, estrelada por Robert De Niro (no papel do vovô), estava pronta desde 2018, mas acabou arquivada depois que seu produtor, um certo Harvey Weinstein, foi acusado por uma centena de mulheres de assédio, abuso e até estupro. Os responsáveis pelo filme compraram seus direitos de volta por US$ 2,5 milhões e esperaram o momento certo – uma pandemia de coronavírus – para arriscar seu lançamento, negociando sua distribuição com uma empresa independente. Em seu fim de semana de estreia, “Guerra com o Vovô” faturou US$ 3,6 milhões em 2.205 salas de cinema dos EUA e Canadá. Mas a crítica sugeriu que era melhor que tivesse ficado arquivado. O filme, que ainda conta com Uma Thurman e Christopher Walken em seu elenco, recebeu apenas 25% de aprovação no Rotten Tomatoes, sendo considerado um dos trabalhos mais vergonhosos da carreira de De Niro. Em tempos de pandemia, quando os maiores mercados de Nova York e Los Angeles seguem fechados, sua bilheteria bastou para encerrar o longo reinado de “Tenet” como filme mais visto da América do Norte. Para isso, precisou apenas se tornar o pior campeão de bilheteria norte-americano desde 1988. Em sua 6ª semana em cartaz, “Tenet” arrecadou apenas US$ 2,1 milhões no mercado interno, elevando sua receita para US$ 48,3 milhões. O thriller de ficção científica da Warner Bros. também somou cerca de US$ 9,8 milhões em mais 62 mercados no fim de semana, elevando seu total mundial para US$ 323,3 milhões. Parece muito, mas é muito pouco para uma produção orçada em mais de US$ 200 milhões. “Tenet” será, a seguir, lançado no Brasil. Com a reabertura dos cinemas no Rio e São Paulo, o filme dirigido por Christopher Nolan (“A Origem”) chegará na próxima quinta (15/10) ao circuito nacional, onde também deverá reinar por semanas, em salas semivazias, sem concorrência de outros grandes lançamentos programados. Até “Guerra com o Vovô” tem previsão de estreia somente para dezembro por aqui.
The Magic Order: Netflix desiste da série baseada nos quadrinhos de Mark Millar
A Netflix reverteu a encomenda da série “The Magic Order”, baseada em sua primeira publicação em quadrinhos, lançada em 2018. O projeto seria a primeira série da plataforma resultante de sua aquisição da Millarworld, a empresa de quadrinhos de Mark Millar, criador das obras que viraram os filmes “O Procurado”, “Kick-Ass”, “Kingsman: Serviço Secreto” e suas continuações. Ao fazer o negócio, a ideia da plataforma era lançar quadrinhos inéditos com o objetivo de posteriormente adaptá-los em filmes e séries, considerando que as obras anteriores de Miller fizeram sucesso no cinema. Mas o lançamento de “The Magic Order” também acabou se tornando uma das publicações em quadrinhos mais vendidas deste século, a ponto de garantir continuidade com volumes adicionais. A adaptação da trama numa série já estava em fase de pré-produção em Praga, na República Tcheca, mas anda não havia começado a escalar o elenco. Segundo o site Deadline, embora tenha desistido da produção no momento atual, a Netflix ainda planeja fazer a série no futuro. “The Magic Order” acompanha a trajetória de cinco famílias de mágicos que passaram gerações tentando proteger a humanidade, enquanto vivem de forma normal e sem chamar a atenção de seus vizinhos. Até que surge um novo e misterioso vilão, que passa a matar os integrantes dessas famílias poderosas.
Mulan ganha data de estreia em streaming no Brasil
A Disney anunciou que “Mulan” vai finalmente estrear na América Latina em 4 de dezembro, em sua plataforma de streaming. A data é a mesma em que a produção será disponibilizada aos assinantes americanos da Disney+ (Disney Plus) sem custos adicionais. “Mulan” foi originalmente lançada em 4 de setembro em streaming na Disney+ (Disney Plus) nos EUA, mas com um custo adicional para os assinantes. Para ver o filme, além da assinatura da Disney+ (Disney Plus), os interessados precisavam pagar US$ 29,99 (cerca de R$ 165). A cobrança extra foi batizada de Premier Access (um PVOD com outro nome), mas aparentemente não foi um grande sucesso, pois a Disney desistiu de programar outros títulos da mesma forma. A animação “Soul”, por exemplo, vai chegar direto na Disney+ (Disney Plus) em dezembro, incluída na assinatura simples do serviço. A plataforma de streaming, que já possui 60,5 milhões de assinantes mundiais, será lançada no Brasil em 17 de novembro, junto dos demais países da América Latina e do Caribe.
Astro de Supernatural vai desenvolver novas séries para a Warner
O astro de “Supernatural” Jensen Ackles e sua esposa, a atriz Danneel Ackles, lançaram uma produtora de séries, Chaos Machine Productions, e assinaram um contrato de desenvolvimento com a Warner Bros. TV. O acordo foi anunciado nesta quinta (8/10), no dia em que “Supernatural”, produzido pela WBTV, começa a exibir seu lote final de episódios na rede The CW, concluindo uma trajetória de 15 temporadas. “A Warner Bros. foi minha casa por quase duas décadas”, disse Ackles, em comunicado. “Os relacionamentos que adquiri lá são alguns dos melhores e mais solidários que eu poderia esperar neste setor. Danneel e eu estamos entusiasmados com a oportunidade de continuar a crescer como artistas e agora como produtores sob a orientação e orientação de Peter Roth e toda a equipe da WBTV.” O acordo com a Chaos Machine prevê que a empresa desenvolva programação para a Warner em todas as plataformas, desde a rede The CW até o serviço de streaming HBO Max. Na produtora, o casal Ackles dividirá o comando dos projetos com Renee Reiff, ex-executiva da DC, que será responsável por supervisionar a parte criativa dos negócios. Ela ajudou a lançar as séries “iZombie”, “Supergirl” e “Lucifer”, baseadas em quadrinhos da editora. Além de seu longevo protagonismo em “Supernatural”, a relação de Ackles com a WBTV inclui participações em “Smallville” e no longa animado “Batman contra o Capuz Vermelho”. Após o fim de “Supernatural”, ele fará participação na 3ª temporada de “The Boys”, da Amazon, que é comandada justamente pelo criador de “Supernatural”, Eric Kripke. Danneel Ackles, por sua vez, estrelou “One Tree Hill” (Lances da Vida) e também participou de “Supernatural”.
Chegada da Disney+ é acompanhada por fim dos DVDs e Blu-rays da Disney no Brasil
Sinalizando a inevitável extinção das mídias físicas de filmes, a chegada da Disney+ (Disney Plus) no Brasil deverá ser acompanhada pelo fim dos contratos de fabricação e distribuição dos títulos de DVD e Blu-Ray do estúdio no país. De acordo com o site The Digital Bits, quando a Disney+ (Disney Plus) foi lançado nos EUA, a empresa parou de fabricar mídias físicas por lá. O movimento se repete agora no Brasil. O Blog do Jotacê apurou que o contrato da Disney com a Cinecolor, que distribui os DVDs da companhia por aqui, será finalizado em novembro sem renovação, e não há negociações com outras empresas para assumirem a comercialização das mídias físicas nacionais. Vale considerar que, no Top 50 dos vídeos mais vendidos da Amazon Brasil deste mês, 40 são produções da Disney. Mães e pais que quiserem entreter os filhos pequenos com reprises infinitas de “Toy Story” agora terão que contratar o plano de assinaturas da Disney+ (Disney Plus). Extinguir opções é uma forma de concentrar a demanda. Mas a tática não se resume à mídia física. Ao mesmo tempo, o conglomerado também encerrou os acordos de exibição de seu catálogo em outras plataformas e deve até dificultar a chegada de suas atrações a canais de TV paga, como parte da estratégia agressiva para centralizar todo seu conteúdo na plataforma de streaming, que será inaugurada no dia 17 de novembro. O contrato com a Amazon Prime Video, que estava disponibilizando os filmes e séries do estúdio em sua plataforma, acabou no fim de outubro. Mas este é apenas o caso mais evidente de compartilhamento de conteúdo. O site Minha Operadora aponta que a Disney tem encerrado todos os contratos de exibição de suas produções em canais pagos, o que tem rendido rumores de que até mesmo os canais da Disney seriam encerrados no país. Isto, claro, não vai acontecer, porque esses canais são lucrativos e, além de tudo, servem de incubadoras para a Disney+ (Disney Plus). A dúvida, na verdade, é sobre o que vai acontecer com a Fox Play. Provavelmente, a plataforma de streaming da Fox continue a coexistir com a Disney+ (Disney Plus) enquanto a Hulu não chegar ao Brasil. Há planos para que isso aconteça em 2021. O que está claro é que a Disney não imitará a decisão logística da concorrente ViacomCBS, que optou por transformar a Paramount+ em sua plataforma internacional. A Fox Play não vai virar a “Hulu brasileira” porque a Disney está abolindo o nome Fox de todos os seus produtos – como os estúdios 20th Century Fox e Fox Searchlight, que viraram 20th Century Studios e Searchlight Studios – , com o objetivo de se distanciar da rede Fox, que permanece sob controle da família Murdoch nos EUA.
Casa de O Silêncio dos Inocentes está à venda. Conheça por dentro
A casa do psicopata Buffalo Bill em “O Silêncio dos Inocentes” está à venda nos EUA. A residência localizada em em Perryopolis, no estado americano da Pensilvânia, serviu de cenário para o clímax do filme de 1991, em que Clarice Starling (Jodie Foster) confronta o serial killer (vivido por Ted Lavine), após receber dicas do diabólico Dr. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins). Conservada como no filme vencedor do Oscar, a casa preserva quase todas as características mostradas em “O Silêncio dos Inocentes”, inclusive o porão macabro. Ela foi colocada à venda por US$ 298 mil e as corretoras responsáveis pelo negócio gravaram um vídeo que revela seu interior. Veja abaixo.












