Tom Cruise volta a ser um ás indomável no vídeo de bastidores do thriller Feito na América
A Universal divulgou um vídeo de bastidores de “Feito na América” (American Made), que explora o tom divertido e frenético da produção. O filme conta a história real de Barry Seal, um piloto de avião que transportava armas para a CIA e drogas para Pablo Escobar, interpretado por Tom Cruise com um sorriso arteiro e a arrogância de um ás indomável, e descrito pelo diretor Doug Liman como “um cowboy” dos ares. Algumas situações impossíveis do filme realmente aconteceram, como sugere a narração do próprio Cruise. Mas muitas outras são exagero e estilo, como o pouso forçado de seu avião nos subúrbios, sob uma nuvem branca de cocaína. O elenco também inclui Domhnall Gleeson (“Star Wars: O Despertar da Força”), Caleb Landry Jones (“Corra!”), Jesse Plemons (série “Fargo”), Sarah Wright (série “Marry Me”), Jayma Mays (série “Glee”), Lola Kirke (“Mistress America”), Benito Martinez (série “American Crime”) e Connor Trinneer (série “Star Wars: Enterprise”). Segunda parceria entre Tom Cruise e o diretor Doug Liman, após o bem-sucedido “No Limite do Amanhã” (2014), “Feito na América” estreia em 14 de setembro no Brasil, duas semanas antes do lançamento nos Estados Unidos.
Channing Tatum será agente do FBI em filme baseado em crimes reais
O ator Channing Tatum vai estrelar e produzir a adaptação de “Bloodlines”, livro de Melissa Del Bosque sobre a história real do desbaratamento de um cartel de drogas do sul dos EUA. Del Bosque é uma jornalista investigativa que teve acesso à história de dois agentes do FBI – um deles em seu primeiro ano – que trabalharam para derrubar membros de um cartel de drogas envolvido com corridas de cavalos no Texas. Ainda não há nenhum diretor confirmado no projeto, mas o roteiro será escrito por Jonathan Herman, que foi indicado ao Oscar por seu trabalho em “Straight Outta Compton” (2015).
Netflix renova a série Ozark, estrelada por Jason Bateman
A Netflix renovou a série “Ozark”, estrelada por Jason Bateman (série “Arrested Development”) e Laura Linney (“Sully: O Herói do Rio Hudson”) para sua 2ª temporada. O suspense escrito por Bill Dubuque (“O Contador”) acompanha o casal e seus filhos, que se mudam para uma região remota dos Estados Unidos depois de o personagem de Bateman se envolver com um cartal do narcotráfico mexicano. O elenco também inclui Skylar Gaertner (o jovem Matt Murdock de “O Demolidor”) e Sofia Hublitz (série “Louie”) como os filhos do casal, além de Esai Morales (série “Chicago P.D.”), Anthony Collins (série “The Red Road”), Marc Menchaca (série “Homeland”), Jason Butler Harner (série “Ray Donovan”) e Kevin L. Johnson (“A 5ª Onda”). A renovação aconteceu menos de um mês após a estreia de “Ozark” na plataforma de streaming, que aconteceu em 21 de julho, e em menos de uma semana após o cancelamento de”Gypsy”. A Netflix não informa dados de audiência, mas “Ozark” saiu-se bem melhor que a atração estrelada por Naomi Watts (“King Kong”) entre a crítica. Não virou um fenômeno, mas tampouco desagradou, com 65% de aprovação no site Rotten Tomatoes – um sucesso, comparado aos 25% de “Gypsy”. Nos últimos dias, o serviço de streaming também renovou a série de comédia “GLOW”, sobre os bastidores de um programa de luta livre feminina dos anos 1980.
Novo trailer de Narcos demonstra fortuna arrecada pelo cartel de Cali com as drogas
A Netflix divulgou um novo vídeo da 3ª temporada de “Narcos”. Repleto de ação e violência, o vídeo demonstra a fortuna arrecadada pelo cartel de Cali com o narcotráfico. A trama vai acompanhar o agente do DEA Javier Peña, personagem de Pedro Pascal, de volta à Colômbia após a morte de Pablo Escobar (Wagner Moura) para enfrentar uma organização diferente de todas as que a antecederam, responsável por transformar o tráfico numa bilionária indústria multinacional. Liderado por quatro poderosos chefões, o cartel de Cali opera de forma bem diferente de Escobar, preferindo subornar oficiais do governo e manter suas ações violentas longe das manchetes. O Cartel é formado por Gilberto Rodriguez Orejuela (Damian Alcazar), líder do negócio, Miguel Rodriguez Orejuela (Francisco Denis), irmão de Gilberto, Pacho Herrera (Alberto Ammann), assassino e responsável pela conexão mexicana do cartel e sua distribuição internacional, e Chepe Santacruz Londono (Pepe Rapazote), que chefia o império-satélite de Nova York da rede de drogas colombiana. O elenco também foi reforçado com as participações do espanhol Miguel Ángel Silvestre (o Lito da série “Sense8”), dos neozelandeses Matt Whelan (série “American Playboy: The Hugh Hefner Story”) e Kerry Bishé (série “Halt and Catch Fire”), dos americanos Michael Stahl-David (minissérie “Show Me a Hero”) e Brett Cullen (série “Queen of the South”), e do guatemalteco Arturo Castro (“A Longa Caminhada de Billy Lynn”). O cineasta brasileiro José Padilha e o produtor americano Eric Newman, que trabalharam juntos em “RoboCop” (2014), continuam como produtores executivos da série, que foi renovada para duas temporadas de uma vez, estendendo-se pelo menos até 2018. A 3ª temporada estreia em 1º de setembro.
3ª temporada de Narcos ganha 40 fotos e trailer legendado com muita ação e violência
A Netflix divulgou 40 fotos e o trailer legendado da 3ª temporada de “Narcos”. Repleto de ação e violência, o vídeo supera expectativas ao mostrar que, longe de perder a graça sem o Pablo Escobar vivido por Wagner Moura, a série pode até se tornar mais intensa. Isto porque a ascensão pouco documentada do cartel de Cali permite mais liberdade criativa. A prévia também estabelece que o agente do DEA Javier Peña, personagem de Pedro Pascal, volta à Colômbia após a morte de Escobar para enfrentar uma organização diferente de todas as que a antecederam, responsável por transformar o tráfico numa bilionária indústria multinacional. Liderado por quatro poderosos chefões, o cartel de Cali opera de forma bem diferente de Escobar, preferindo subornar oficiais do governo e manter suas ações violentas longe das manchetes. O Cartel é formado por Gilberto Rodriguez Orejuela (Damian Alcazar), líder do negócio, Miguel Rodriguez Orejuela (Francisco Denis), irmão de Gilberto, Pacho Herrera (Alberto Ammann), assassino e responsável pela conexão mexicana do cartel e sua distribuição internacional, e Chepe Santacruz Londono (Pepe Rapazote), que chefia o império-satélite de Nova York da rede de drogas colombiana. O elenco também foi reforçado com as participações do espanhol Miguel Ángel Silvestre (o Lito da série “Sense8”), dos neozelandeses Matt Whelan (série “American Playboy: The Hugh Hefner Story”) e Kerry Bishé (série “Halt and Catch Fire”), dos americanos Michael Stahl-David (minissérie “Show Me a Hero”) e Brett Cullen (série “Queen of the South”), e do guatemalteco Arturo Castro (“A Longa Caminhada de Billy Lynn”). O cineasta brasileiro José Padilha e o produtor americano Eric Newman, que trabalharam juntos em “RoboCop” (2014), continuam como produtores executivos da série, que foi renovada para duas temporadas de uma vez, estendendo-se pelo menos até 2018. A 3ª temporada estreia em 1º de setembro.
Boyd Holbrook não deve participar da 3ª temporada de Narcos
O Pablo Escobar vivido Wagner Moura não deve ser a única ausência entre os protagonistas da 3ª temporada de “Narcos”. O primeiro teaser dos novos episódios não mostra o agente John Murphy, interpretado por Boyd Holbrook. Na vida real, tanto Javier Peña, personagem de Pedro Pascal com destaque no teaser, quanto Murphy deixaram a Colômbia em 1994, após a morte de Escobar. Murphy saiu quatro meses antes. Os dois agentes federais serviram como consultores nas primeiras temporadas de “Narcos”. Como Steve Murphy só se aposentou há dois anos, Holbrook acreditava que seu personagem poderia reaparecer na trama. Em setembro, numa entrevista ao site The Hollywood Reporter, ele lembrou: “Steve foi muito ativo no DEA por um longo tempo, então deixarei isso para vocês descobrirem. Acho que não faltarão oportunidades, porque Pablo traficava drogas diretamente para Miami, mas, após ele morrer, o Cartel de Cali que assumiu o poder optou por traficar para o México e deixar os mexicanos lidarem com a polícia americana. E essa foi a origem de El Chapo e coisas assim”, completou. Murphy também narrava a série até a 2ª temporada, mas Holbrook estava confiante de que o material falaria por si: “Eu acho que há outras oportunidades para a série manter a mesma estética, aparência, sensação e hiperrealismo”. Mesmo sem confirmação oficial, Holbrook não deve ser visto na 3ª temporada, o que não impede seu retorno no próximo ano. “Narcos” encontra-se renovada até a 4ª temporada pela Netflix.
3ª temporada de Narcos ganha primeiro teaser, fotos e data de estreia
A Netflix divulgou seis fotos e o teaser oficial com a data de estreia da 3ª temporada de “Narcos”. A série voltará no dia 1º de setembro, agora sem Wagner Moura. Mas não sem o Brasil. A prévia abre com uma imagem aérea do Rio de Janeiro, com destaque para o Cristo Redentor, mostrando grande alcance do tráfico internacional. Após o fim da caçada sangrenta por Pablo Escobar, interpretado pelo ator brasileiro nas temporadas anteriores, o agente do DEA Javier Peña, personagem de Pedro Pascal, volta sua atenção à organização do tráfico de drogas mais rica do mundo: o Cartel de Cali. Liderado por quatro poderosos chefões, este cartel opera de forma bem diferente do de Escobar, preferindo subornar oficiais do governo e manter suas ações violentas longe das manchetes. O Carel é formado por Gilberto Rodriguez Orejuela (Damian Alcazar), líder do negócio, Miguel Rodriguez Orejuela (Francisco Denis), irmão de Gilberto, Pacho Herrera (Alberto Ammann), assassino e responsável pela conexão mexicana do cartel e sua distribuição internacional, e Chepe Santacruz Londono (Pepe Rapazote), que chefia o império-satélite de Nova York da rede de drogas colombiana.
Netflix divulga o trailer legendado da série sobre o narcotraficante El Chapo
A Neflix divulgou cinco novas fotos e o trailer legendado da série “El Chapo”, sobre a vida do narcotraficante Joaquin “El Chapo” Guzman, o mais pop dos criminosos modernos, que foi preso em janeiro do ano passado. A série foi gravada em completo sigilo na Colômbia. Segundo a agência Associated Press, as pessoas que viviam próximas às locações foram informadas de que, na verdade, as gravações eram para uma novela chamada “Dolores de Amor”. Apesar de El Chapo ser o maior narcotraficante do México, as locações usadas foram as mesmas da série “Narcos” sobre o colombiano Pablo Escobar. Além de garantir segredo, foram apontados conhecimento prévio da equipe técnica e questões de segurança como razão das filmagens na América do Sul. O sigilo foi tanto que pegou Hollywood desprevenida. Sony e Fox brigavam para adiantar projetos cinematográficos sobre a trajetória do ex-chefe do cartel de Sinaloa, enquanto a plataforma de streaming fechou parceria com o canal Univision e gravou toda a 1ª temporada de sua série. El Chapo ficou conhecido como um criminoso pop por manter relacionamentos com figuras da música e do entretenimento dos Estados Unidos, e só foi definitivamente preso em janeiro, seis meses após uma fuga espetacular da prisão de segurança máxima de Altiplano, após aceitar ser entrevistado pelo ator Sean Penn para uma reportagem da revista Rolling Stone. Ele também esteve na lista de bilionários da revista “Forbes” durante quatro anos. De acordo com a publicação, seu cartel seria responsável por 25% de toda a droga traficada do México para os Estados Unidos. Na série, o traficante é interpretado por Marco de la O, ator mexicano de 38 anos, que tem aparência física muito similar ao criminoso real. Ele viverá El Chapo ao longo de três décadas – a partir de 1985, quando era um membro raso do Cartel de Guadalajara, durante sua ascensão ao poder e até sua queda. Além desta série, o canal History também desenvolve uma produção sobre o narcotraficante, que ironicamente está sendo escrita por Chris Brancato, o criador de “Narcos” na Netflix. “El Chapo” já está sendo exibida no canal pago Univision, voltado às comunidades latinas dos EUA, e chega à Netflix em 16 de junho.
Netflix fura Hollywood com gravação secreta de série sobre El Chapo
A Neflix saiu na frente na disputa para ver quem leva primeiro a vida do narcotraficante Joaquin “El Chapo” Guzman para as telas. Enquanto Sony e Fox brigam para adiantar projetos cinematográficos sobre a trajetória do ex-chefe do cartel de Sinaloa, preso em janeiro do ano passado, a plataforma de streaming fechou parceria com o canal Univision e gravou toda a 1ª temporada de sua série, que já tem fotos, teaser e estreia ainda neste mês de abril. Veja abaixo. As gravações aconteceram no mais completo sigilo na Colômbia. Segundo a agência Associated Press, as pessoas que viviam próximas às locações foram informadas de que, na verdade, as gravações eram para uma novela chamada “Dolores de Amor”. Apesar de El Chapo ser o maior narcotraficante do México, as locações usadas foram as mesmas da série “Narcos” sobre o colombiano Pablo Escobar. Além de garantir segredo, foram apontados conhecimento prévio da equipe técnica e questões de segurança como razão das filmagens na América do Sul. Mas a produção, que se chama “El Chapo”, tem ainda um grande obstáculo para ser exibida: os advogados do verdadeiro El Chapo. Eles vem apresentando uma série de recursos para impedir que o nome do traficante seja utilizado sem sua autorização. “Se eles estão produzindo algo que ele (El Chapo) não autorizou, se eles começarem a atacá-lo, ou publicarem algo sobre sua vida pessoal, eles vão ter que responder de acordo com a lei”, declarou Jose Refugio Rodriguez, um dos advogados do traficante, à AP. Outro advogado do traficante, Andres Granados, disse que as empresas deveriam pagar por usar o apelido de Joaquin “El Chapo” Guzman como título da série. “Se eles colocarem essa série no ar, eles serão processados”, falou Granados. “Eles, por necessidade, precisam da autorização do Sr. Guzman, porque ele ainda não está morto.” Mas há uma brecha legal que permite a produção. Apaixonado pela atriz mexicana Kate del Castillo, que foi responsável pelo encontro entre El Chapo e o ator Sean Pen, após o qual El Chapo foi preso, o criminoso concedeu os direitos de sua vida para que ela pudesse contar sua história como preferisse. Del Castillo, no entanto, não disse o que faria com esses direitos. Na série, o traficante é interpretado por Marco de la O, ator mexicano de 38 anos, que tem a aparência física muito similar a El Chapo. Sobre o papel, ele afirmou: “Eu não posso julgá-lo. Da perspectiva do ator, você não pode dizer se o personagem é bom ou ruim… Nós contamos a verdade, e a verdade pode ser dura.” El Chapo ficou conhecido como um criminoso pop, por manter relacionamentos com figuras da música e do entretenimento dos Estados Unidos, e só foi definitivamente preso em janeiro, seis meses após uma fuga espetacular da prisão de segurança máxima de Altiplano, após aceitar ser entrevistado pelo ator Sean Penn para uma reportagem da revista Rolling Stone. Ele também esteve na lista de bilionários da revista “Forbes” durante quatro anos. De acordo com a publicação, seu cartel seria responsável por 25% de toda a droga traficada do México para os Estados Unidos. Além desta série, o canal History também desenvolve uma produção televisiva sobre o narcotraficante, que ironicamente está sendo escrita por Chris Brancato, o criador de “Narcos” na Netflix, enquanto a Fox atrai Ridley Scott e a Sony corteja Michael Bay para mostrar tudo isso, com menos detalhes, nos cinemas. A série “El Chapo” tem estreia marcada para 23 de abril no canal pago Univision, voltado às comunidades latinas dos EUA, e depois seguirá para distribuição mundial pela Netflix.
Moonlight é um poema em três estrofes sobre desilusões e masculinidade
“Moonlight – Sob a Luz do Luar” tem o encanto de se apresentar como um poema em três estrofes. A primeira trata de uma criança franzina, tímida e de olhos assustados (interpretada pelo estreante Alex Hibbert), que depois revela-se um adolescente frágil (Ashton Sanders) que sofre bullyng na escola e, por fim, torna-se um traficante adulto de aparência intimidadora (Trevante Rhodes). Chiron adulto é um gigante. Usa uma prótese de ouro na boca para lembrar quem manda no pedaço. A natureza e o significado da masculinidade é uma das principais preocupações que o filme tira da peça “In Moonlight Black Boys Look Blue”, escrita por Tarell Alvin McCraney , e adaptada e dirigida para o cinema por Barry Jenkins. Numa periferia violenta de Miami, o que você deve aprender? O quão duro você tem que ser? E o quanto deve ser cruel? A iniciação de Chiron em tais perguntas parece ser através do medo e da confusão. Primeiro, encontramos o menino em fuga, escapando de um monte de outras crianças. Chiron é menor que a maioria deles – seu apelido humilhante é Little. Seu esforço para entender essa diferença – para descobrir a conexão entre a homofobia do pátio de escola de seus pares e seus próprios desejos confusos – é uma das pistas ao longo do qual sua crônica episódica prossegue. Outra, igualmente dolorosa e complicada, diz respeito ao relacionamento dele com a mãe, Paula (Naomie Harris, de “007 – Operação Skyfall”). O crack dissolve qualquer laço de afetividade da mulher com o filho. Sem condições de ser educado, Chiron busca refúgio na casa de um narcotraficante (o ótimo Mahershala Ali, da série “Luke Cage”). O menino idolatra o fora da lei como se esse fosse um cantor de rap. Apesar de barra pesada, o sujeito tem desenvoltura, uma fala suave e uma certa vergonha de admitir para o garoto, que ironicamente ele é o responsável pelo vício e o processo de destruição da matriarca. Olhando por um viés realista, é muito difícil acreditar no dono de uma boca de tráfico como um sujeito com pendor humanista. Ainda que Mahershala seja um ator de categoria para nos convencer que o personagem tem lá suas contradições, esse humanismo é um exagero. Se analisarmos com mais profundidade, não é apenas o personagem do traficante que soa artificial, pouco de “Moonlight” se sustenta se olharmos para o filme como um drama realista. Não há policiais na rua, nem tensão, e mesmo a violência nunca aparece em primeiro plano. O próprio Chiron sofre injustiças, mas é desenhado como um personagem leve. Ele é fofo, um Simba da periferia. E mesmo quando finalmente cresce e assume a boca de fumo de seu pai postiço, sabemos que, no fundo, Chiron continua a ser um cara legal. Neste sentido, é impressionante como “Moonlight” se aproxima muito de “La La Land”. Quando a realidade se pronuncia de uma forma muito aguda, os protagonistas de ambos os filmes tendem a se refugiar num mundo imaginário. Em “La La Land”, a evasão se dá pelo canto e pela dança, em “Moonlight”, o refúgio está no mar e numa noite ao luar. Mas “Moonlight” não é apenas o filme indie do momento, é o candidato ao Oscar (concorrendo em oito categorias) que melhor afronta a América que elegeu o presidente Donald Trump. O filme trata da identidade do homem pobre, negro e gay norte-americano, algo que não está inscrito na atual agenda política e social republicana. Nele, há uma ausência quase completa de pessoas brancas. Mesmo assim, o diretor Jenkins é um cineasta inteligente demais para reduzir seus personagens a símbolos. Ele não generaliza. Ele simpatiza. Cada momento é infundido com o que o poeta Hart Crane chamou de “consanguinidade infinita”, o vínculo misterioso que nos liga uns aos outros e que só uma imaginação artística alerta e sensível pode tornar visível. Jenkins aposta nessa consanguinidade, e vende isso pra gente como poesia. Uma poesia cheia de nuances, que inquieta e emociona.
Caio Blat vai estrelar série britânica do roteirista de Drive e do diretor de A Mulher de Preto
O ator Caio Blat (“Alemão”) é o mais novo brasileiro a estrelar uma série internacional. Ele foi contratado pela rede britânica BBC para integrar o elenco de “McMafia”, produção original que irá expor como funciona o crime organizado no mundo. A trama é inspirada no livro homônimo de Misha Glenny, que escolheu este nome por acreditar que as redes criminosas atuam da mesma maneira em todas as partes do mundo, como uma grande franquia. A trama acompanha uma família russa vivendo em exílio na Inglaterra e foi adaptada por Hossein Amini, responsável pelos roteiros dos filmes “Drive” (2011), “Branca de Neve e o Caçador” (2012), “47 Ronins” (2013), “As Duas Faces de Janeiro” (2014), “Nosso Fiel Traidor” (2016) e o vindouro “Snowman” (2017). Caio Blat interpretará um criminoso latino chamado Antonio Mendez. O brasileiro entrou no elenco porque a produção buscava um ator latino que não estivesse dentro do padrão que o mundo já conhece. Para comemorar o papel, o ator compartilhou uma foto dos bastidores das gravações em seu perfil no Instagram. “Primeira fase concluída… Obrigado, papai do céu”, escreveu. O elenco internacional ainda inclui o americano David Strathairn (série “Lista Negra/The Blacklist”), o inglês James Norton (série “Happy Valley”), a inglesa Juliet Rylance (“A Entidade”), a inglesa Faye Marsay (série “Game of Thrones”), o russo Aleksey Serebryakov (“Leviatã”), a russa Maria Mashkova (“Papa”), a isralense Yuval Scharf (“Nota de Rodapé”), o isralense Oshri Cohen (“Alexandria”), o indiano Nawazuddin Siddiqui (“Lion”), a indiana Rajshri Deshpande (série “24 Horas”) e o egípcio Amir El-Masry (minissérie “The Night Manager”). “McMafia” está em fase de gravações, com direção do cineasta britânico James Watkins (“Sem Saída”, “A Mulher de Preto”) e deve estrear somente em 2018, com um total de seis episódios.
Ator de Sense8 entra na 3ª temporada de Narcos
O ator espanhol Miguel Ángel Silvestre, que interpreta o Lito na série “Sense8”, entrou na 3ª temporada de “Narcos”. Inclusive, já está gravando cenas na Colômbia. O próprio ator confirmou a notícia em seu perfil no Instagram, de forma brincalhona. Veja o vídeo abaixo. Ele viverá um personagem ainda não divulgado, que terá “uma história de amor bem amarga”. Outras novidades da volta de “Narcos” incluem a neozelandesa Kerry Bishé (série “Halt and Catch Fire”), Michael Stahl-David (minissérie “Show Me a Hero”), Arturo Castro (série “Broad City”) e o também neozelandês Matt Whelan (série “Go Girls”), que se juntarão a Pedro Pascal, novamente como o agente Javier Peña, na 3ª temporada. Enquanto isso, o destino do personagem de Boyd Holbrook, Steve Murphy, permanece no ar. A primeira foto divulgada das gravações dos novos episódios foca justamente o personagem de Pascal. Com a morte de Pablo Escobar na 2ª temporada, o brasileiro Wagner Moura deixou a série. Em seu lugar, o novo inimigo da DEA será o traficante Gilberto Rodriguez-Orejuela, chefe do cartel de Cali, já introduzido em “Narcos” com interpretação do mexicano Damián Alcázar (“A Ditadura Perfeita”). A série foi renovada para duas temporadas de uma vez, estendendo-se pelo menos até 2018. O cineasta brasileiro José Padilha e o produtor americano Eric Newman, que trabalharam juntos em “RoboCop” (2014), continuam como produtores executivos. ? #narcos Buenos días … @netflix Um vídeo publicado por Miguel Angel Silvestre (@miguelangelsilvestre) em Dez 19, 2016 às 12:39 PST










