Michael Keaton ganha estrela na Calçada da Fama de Hollywood
O ator Michael Keaton (o Batman de Tim Burton) foi homenageado na quinta-feira (28/7), com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Durante a cerimônia, o ator de 64 anos descreveu os altos e baixos de sua carreira como “uma busca perpétua pelo progresso”. “Dizer que isso é um sonho seria incorreto, porque eu nunca quis realmente ser famoso”, ele declarou. “É muito divertido, mas não é realmente o que eu tinha em mente. Sempre quis ser bom, e isso é tudo.” Após estrelar dois filmes vencedores consecutivos do Oscar, “Birdman” (2014) e “Spotlight” (2015), Keaton será visto a seguir em outro longa candidato a prêmios, “The Founder”, cinebiografia de Ray Kroc, o empresário que lançou a rede McDonald’s, com estreia em dezembro nos EUA. Ele também está no elenco do novo filme do Homem-Aranha, “Spider-Man: Homecoming”, que chega aos cinemas em 2017.
Michael Keaton joga um balde de água fria nos planos da continuação de Beetlejuice
A sequência de “Os Fantasmas se Divertem” (Beetlejuice, 1988) pode não sair do papel. Pelo menos, foi o que deu a entender o astro Michael Keaton, o próprio Beetlejuice, em notícia em entrevista ao site da revista Variety. Questionado se tinha alguma novidade do projeto, o ator respondeu: “Não. Nenhuma. Você sempre ouve coisas, que o projeto está acontecendo, e as pessoas parecem saber mais sobre ele do que eu. Mas é possível que esse trem já tenha partido”. Keaton ainda disse que para “Os Fantasmas se Divertem 2” acontecer, “a única maneira seria fazer o filme do jeito certo. Muita coisa do longa original foi improvisada e feita lindamente à mão pelo artista que é Tim Burton. Se não conseguir chegar perto disso, melhor deixar quieto”, concluiu. A última notícia sobre o projeto tinha partido do diretor Tim Burton, em março. Na ocasião, ele se mostrou bastante otimista. “O filme vai acontecer e já foi aprovado pela equipe da Warner Bros. Conversamos com os integrantes do elenco que queremos no filme e eles estão todos a bordo, isso inclui Winona [Ryder] e Michael [Keaton]. Temos o roteiro nas mãos, tudo está no lugar certo e agora tudo o que precisamos é começar a filmar”, ele declarou, em entrevista ao site Showbizspy. Mas Keaton, agora, dá a entender que não é bem assim. Lançada em 1988, a comédia de fantasia “Os Fantasmas se Divertem” se tornou cult e continua encantando novas gerações pelo uso criativo das músicas de Harry Belafonte, seus memoráveis efeitos especiais de stop-motion, a inspiração gótica da personagem de Winona Ryder e, claro, a performance desconcertante de Michael Keaton no papel do excêntrico fantasma Beetlejuice. O roteiro foi escrito por Seth Grahame-Smith, que já trabalhou com Tim Burton em “Sombras da Noite” (2012) e não consegue emplacar sucessos de cinema – são dele também os livros que viraram os fiascos “Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros” (2012) e “Orgulho e Preconceito e Zumbis” (2016).
Dylan O’Brien negocia estrelar nova franquia de ação
Enquanto se recupera do acidente que sofreu no set de filmagens de “Maze Runner: A Cura Mortal”, o ator Dylan O’Brien começa a fazer planos para a sequência de sua carreira. Segundo o site da revista Variety, ele está em negociações para estrelar “American Assassin”, thriller de ação baseado no livro homônimo de Vince Flynn. A trama acompanha a história de Mitch Rapp, um jovem que, após uma tragédia pessoal, é recrutado pelo governo para se tornar um agente secreto impiedoso. Caso o filme faça sucesso, ele deve originar uma franquia cinematográfica, já que Mitch Rapp protagonizou 14 livros de Flynn e sua história continua a ser contada, mesmo após a morte do autor em 2013. Caso O’Brien seja confirmado, ele vai contracenar com Michael Keaton (“Spotlight”), já contratado, que viverá o agente responsável por seu treinamento. Na trama, os dois participarão de uma missão secreta com um letal agente turco para evitar o início da 3ª Guerra Mundial no Oriente Médio. O roteiro da adaptação é de Stephen Schiff (roteirista de “Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme” e da série “The Americans”) e a direção está a cargo de Michael Cuesta (de “O Mensageiro” e da série “Homeland”). A negociação deve depender da disponibilidade do ator, que ainda não tem previsão de alta. Sua lenta recuperação, inclusive, suspendeu por tempo indeterminado as filmagens de “Maze Runner: A Cura Mortal”.
The Founder: Trailer mostra Michael Keaton como o “fundador” do McDonald’s
A Weinstein Company divulgou o pôster e o primeiro trailer de “The Founder”, a história por trás da fundação da rede de fast food McDonald’s, estrelada por Michael Keaton (“Spotlight”). O pôster é explícito em sua pretensão desmistificadora ao grafar: “Ele tomou a ideia de outros e a América engoliu”. A prévia mostra como Ray Kroc (Keaton), um vendedor de máquinas de milk shake do Illinois, viu o potencial da lanchonete dos irmãos Mac e Dick McDonald, na Califórnia da década de 1950, enxergando em seu sistema veloz de produção de lanches uma mina de ouro. A ponto de usar sua lábia e economias para entrar na sociedade, visando, em negociatas de bastidores, tomar para si mesmo o controle do McDonald’s. O roteiro foi escrito por Robert Siegel (“O Lutador”), a direção está a cargo de John Lee Hancock (“Walt nos Bastidores de Mary Poppins”) e o elenco ainda inclui Nick Offerman (série “Parks and Recriation”) John Caroll Lynch (“Belas e Perseguidas”), Linda Cardellini (“Pai em Dose Dupla”), Laura Dern (“Livre”), BJ Novak (“Walt nos Bastidores de Mary Poppins”) e Patrick Wilson (“Invocação do Mal”). Ainda não há previsão de estreia no Brasil.
Robert Downey Jr. é confirmado no novo filme do Homem-Aranha
Como a Marvel não faz planos para lançar “Homem de Ferro 4”, o ator Robert Downey Jr. parece ter tirado a vaga de Samuel L. Jackson nas adaptações dos quadrinhos, aparecendo na maioria das produções do estúdio. Segundo a revista Variety, após “Capitão América: Guerra Civil”, ele vai ressurgir no novo filme do Homem-Aranha, “Spider-Man: Homecoming”, ainda sem título em português. A adição de outros super-heróis já era esperada, representando a integração do Aranha ao universo dos filmes produzidos pela Marvel. Afinal, “Homecoming” é o primeiro “Homem-Aranha” com produção da Marvel, em parceria com a Sony, detentora dos direitos cinematográficos do personagem. E nada melhor que o primeiro herói dos filmes da Marvel, o Homem de Ferro, para ambientar o aracnídeo com sua nova casa. Outros integrantes dos Vingadores também devem marcar presença na produção, que ainda conseguiu fechar com Michael Keaton (“Birdman”) para o papel de vilão. Com direção de Jon Watts (“A Viatura”) e roteiro de John Francis Daley e Jonathan Goldstein (do fraco reboot de “Férias Frustradas”), o novo “Homem-Aranha” tem estreia prevista para 7 de julho de 2017 e, por enquanto, apenas 20 dias depois no Brasil.
Michael Keaton pode viver vilão do novo filme do Homem-Aranha
O ator Michael Keaton (“Birdman”) está cotado para viver o vilão de “Spider-Man: Homecoming”, novo filme do Homem-Aranha, que ainda não ganhou título em português. A revelação é do site da revista Variety, que não especula qual seria seu papel. Isto, claro, cabe os blogs geeks, como o site Birth.Movies.Death, que afirma categoricamente que o vilão será o Abutre. A Marvel não confirma nada disso, mas já deixou claro que o novo vilão seria um personagem que ainda não apareceu nos filmes do herói. Caso Keaton seja confirmado, os fãs de quadrinhos poderão ver Batman enfrentar o Aranha, já que o ator viveu o Homem-Morcego em dois filmes, em 1989 e 1992. “Spider-Man: Homecoming” será dirigido por Jon Watts e estrelado pelo jovem Tom Holland no papel do herói e do seu alter-ego Peter Parker. O filme trará um Parker mais jovem, ainda no colegial. A estreia está marcada para 7 de julho de 2017, mas o público já poderá ter uma prévia do Homem-Aranha de Tom Holland em “Capitão América: Guerra Civil”, que chega aos cinemas em 28 de abril no Brasil.
Michael Keaton vai estrelar thriller de espionagem baseado em franquia literária
O ator Michael Keaton, que estrelou os filmes vencedores dos dois últimos Oscars, “Birdman” (2014) e “Spotlight” (2015), será o protagonista do suspense “American Assassin”, baseado no livro homônimo de Vince Flynn, informou o site da revista Variety. Ele vai viver Stan Hurley, um veterano da Guerra Fria que se tornou o mais temido agente de treinamento da CIA, e terá a missão de ajudar um policial, devastado pela perda da noiva em um atentado terrorista, a se tornar um agente secreto. O jovem é Mitch Rapp, o protagonista da franquia literária de Vince Flynn, que já tem 14 livros e continua a ser publicada após a morte do autor. No filme, conforme o treinamento avança, a dupla é enviada para uma missão secreta com um letal agente turco para evitar o início da 3ª Guerra Mundial no Oriente Médio. “Stan Hurley é um dos pilares do universo criado por Vince Flynn e um dos personagens favoritos de milhões de leitores. Por isso, definir um ator para interpretá-lo era um duro desafio. Ter um ator inteligente e talentoso como Michael Keaton para fazer o personagem é motivo de muito orgulho para a equipe de “American Assassin” e razão de celebração para os fãs de Hurley”, afirmou o diretor Michael Cuesta (de “O Mensageiro” e da série “Homeland”). Um detalhe interessante é que Vince Flynn foi consultor da série “24 Horas”, que compartilha muitos dos temas de seus livros. Assim como Jack Bauer, o protagonista Mitch Rapp é um agente que atua contra o terrorismo, despreza a burocracia e é capaz de tomar decisões brutais para apressar a resolução de impasses. O roteiro da adaptação está a cargo de Stephen Schiff (roteirista de “Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme” e da série “The Americans”). Ainda não há previsão para a estreia.
Tim Burton diz que está tudo pronto para as filmagens da continuação de Os Fantasmas se Divertem
Se ainda precisava de confirmação, a sequência de “Os Fantasmas se Divertem” (“Beetlejuice”, no título original) está mais que confirmada. Quem garante é o diretor Tim Burton, responsável pelo filme original. “O filme vai acontecer e já foi aprovado pela equipe da Warner Bros. Conversamos com os integrantes do elenco que queremos no filme e eles estão todos a bordo, isso inclui Winona [Ryder] e Michael [Keaton]. Temos o roteiro nas mãos, tudo está no lugar certo e agora tudo o que precisamos é começar a filmar”, ele declarou, em entrevista ao site Showbizspy. Lançada em 1988, a comédia de fantasia “Os Fantasmas se Divertem” se tornou cult e continua encantando novas gerações pelo uso criativo das músicas de Harry Belafonte, seus memoráveis efeitos especiais de stop-motion, a inspiração gótica da personagem de Winona Ryder e, claro, a performance desconcertante de Michael Keaton no papel do excêntrico fantasma Beetlejuice. Winona Ryder retomará o papel de Lydia Deetz, a adolescente gótica do sucesso de 1988, agora entrando na meia idade, e Michael Keaton continuará como o fantasma Beetlejuice, mas não há mais informações sobre o resto do elenco e a trama, passada quase 30 anos depois dos acontecimentos do primeiro filme. O roteiro foi escrito por Seth Grahame-Smith, que já trabalhou com Tim Burton em “Sombras da Noite” (2012), mas não consegue emplacar sucessos de cinema – são dele os livros que viraram os fiascos “Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros” (2012) e “Orgulho e Preconceito e Zumbis” (2016).
Spolight faz registro histórico dos últimos dias do jornalismo investigativo
Um roteiro sobre pedofilia cometida por padres da Igreja Católica provavelmente viraria um filme focado nas vítimas ou nos sobreviventes. Mas “Spotlight – Segredos Revelados” usa o polêmico tema para falar nas entrelinhas sobre o fim da era do jornalismo investigativo. Isso faz com que, não a polêmica, mas o dramalhão fique em segundo plano para dar lugar à urgência de um tom mais tenso, que geralmente era empregado nos filmes policiais dos anos 1970. Com bons tiras substituídos por outros profissionais em extinção, movidos por uma coceira que jamais para até que a verdade seja encontrada e divulgada. Baseado em fatos reais, o filme dirigido pelo ator Tom McCarthy (“Trocando os Pés”), que também divide o roteiro com Josh Singer, bebe na fonte das melhores produções sobre jornalismo, sendo a principal delas o clássico “Todos os Homens do Presidente” (1976), de Alan J. Pakula, o clássico em que Dustin Hoffman e Robert Redford revivem a investigação dos jornalistas Carl Bernstein e Bob Woodward, do Washington Post, sobre o escândalo Watergate. O tom de “Spotlight” é esse. É o herdeiro direto do filme de Pakula, mas a diferença é que “Todos os Homens do Presidente” foi feito no auge do jornalismo investigativo e apenas dois anos após a renúncia do presidente Richard Nixon em decorrência do escândalo relatado. Já “Spotlight” foi lançado numa época em que a profissão privilegia o factual e não as grandes reportagens, mais de uma década após a reportagem retratada no longa. Aqui, os olhos de Tom McCarthy estão direcionados para as ações do Boston Globe num mundo prestes a ser dominado pela internet. Mais precisamente em uma divisão (a Spotlight) coordenada por quatro jornalistas – Walter Robinson (Michael Keaton), Mike Rezendes (Mark Ruffalo), Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams) e Matt Carroll (Brian d’Arcy James), observados de perto pelo editor Ben Bradlee Jr. (John Slattery), que curiosamente é filho de Ben Bradlee, o editor do Washington Post durante o caso Watergate. Eles agem como a S.W.A.T. do jornal, sempre responsáveis pelas investigações mais parrudas. Com a entrada de um novo editor-chefe, Marty Baron (Liev Schreiber), eles são “convidados a aceitar” um caso que o próprio jornal ignorou anos atrás: partir para cima da Arquidiocese de Boston, que teria jogado para debaixo do tapete crimes de abuso sexual cometidos por padres. O elenco está impecável. Difícil escolher um nome que se destaque mais. É um trabalho de conjunto, seguindo o que os personagens fizeram na vida real. De repente, podemos preferir Mark Ruffalo, o jornalista obstinado, de postura torta, talvez corcunda, sem tempo para a vida social. Mas, então, lembramos que McCarthy praticamente não mostra os repórteres da Spotlight se relacionando com parentes ou amigos – com exceção da personagem de Rachel McAdams, que mesmo assim fica ao redor deles reagindo ao trabalho. Agindo como se não houvesse amanhã, cientes ou não – pouco importa – de que essa vertente da profissão estivesse com os dias contados, o quarteto vai atrás de suas fontes e o ritmo de thriller predomina até o fim. Talvez a gente esteja acostumado com uma direção em que o cineasta “participa” mais da história, tentando em alguns momentos criar uma tensão mais forte. Acontece que nem todo mundo tem a energia de um Martin Scorsese ou mesmo Michael Mann, como em outro filme estupendo sobre jornalismo, “O Informante” (1999). Mas nem Alan J. Pakula era assim. O trabalho de McCarthy segue a escola Clint Eastwood, que apenas observa e conduz a história com segurança, ao se apoiar na excelência de três fatores – roteiro, elenco e edição. Deste modo, ele parece um cineasta com o espírito da Hollywood dos anos 1970, exercendo seu ofício no século 21. Mas é importante ressaltar que “Spotlight” não abraça a nostalgia. É um filme atual, urgente pela força de seu roteiro e pelo que coloca sob seu “holofote” – entre outras coisas, como o jornalismo deveria ser diferente da busca por likes a qualquer custo. Se dói lembrar que o jornalismo está moribundo, é reconfortante saber que não comprou um lugar no Céu, ao desmascarar, em seus últimos suspiros, a farsa religiosa da trama. O filme não quer revelar que existem padres pedófilos – isso pode ser redundante –, mas ajuda a entender que os casos que vieram à tona não foram isolados. A Igreja protegeu e praticamente financiou a safadeza toda. De forma interessante para este contexto, o jornalismo celebrado em “Spotlight” também se mostra uma profissão de fé, revelando que só se encontra a verdadeira paz na busca, o tempo todo, do caminho da verdade.
Spotlight denuncia um dos maiores escândalos do século em homenagem ao bom e velho jornalismo
Um dos filmes mais incensados pela crítica americana em 2015, favorito a diversos prêmios da temporada, “Spotlight – Segredos Revelados” chega aos cinemas em sintonia com estes tempos de denúncias de esquemas de corrupção em grandes corporações e no governo, mas também das revelações pessoais em redes sociais, de gente disposta a compartilhar a sua própria experiência como vítima de abuso sexual na infância ou na adolescência. O longa de Tom McCarthy trata de um escândalo específico, trazido à luz pela imprensa americana em 2002: o número alarmante de ocorrências de padres católicos que abusaram sexualmente de crianças em suas paróquias. A trama acompanha o trabalho investigativo de um grupo de repórteres do jornal The Boston Globe, que tem início com a chegada de um novo editor, interessado no caso de abuso de um padre local, abafado pela Igreja. Puxando o fio da meada, a investigação chega a novos casos e passa a ganhar proporções assustadoras, envolvendo dezenas de sacerdotes e vítimas. Mas nenhum caso tivera repercussão até então, graças ao trabalho de advogados, acordos financeiros e pressão social. Impressionados com a descoberta, os repórteres decidem enfrentar a poderosa Igreja Católica, revelando uma sordidez que repercute até os dias de hoje, levando até o Papa Francisco a se manifestar. Além da trama relevante, “Spotlight” materializa uma realização técnica admirável. A fotografia, de Masanobu Takayanagi, dá profundidade de campo a ambientes de trabalho reduzidos, como a redação do jornal, e a cenografia, figurino etc. também não ficam atrás. A reconstituição é fidedigna e feita de forma discreta e sóbria, evocando a estética elegante de clássicos do jornalismo político, como “Todos os Homens do Presidente”, de Alan J. Pakula, e “Rede de Intrigas”, de Sidney Lumet, ambos de 1976, com direito a toda a carga de urgência e suspense que obras como essas requerem. Para completar, o elenco é formado por artistas de peso como Michael Keaton (“Birdman”), Mark Ruffalo (“Os Vingadores”), Rachel McAdams (“Questão de Tempo”), Brian d’Arcy James (série “Smasht”), Liev Schreiber (série “Ray Donovan”) e John Slattery (série “Mad Men”), intérpretes da equipe que sacrifica a vida pessoal pela dedicação ao trabalho. De fato, é curioso como os cônjuges dos jornalistas praticamente não aparecem em cena, sinalizando a obsessão pela notícia que marca a vida desses profissionais. O filme também apresenta seu caso como um símbolo de resistência, diante do fechamento ou demissões em massa que vêm acontecendo nos jornais, devido à popularização dos sites da internet. O fato é que a nova mídia não demonstrou, até agora, interesse em bancar investigações ao longo de meses de pesquisa e aprofundamento como a realizada pela equipe de “Spotlight”. A perda dos jornais, representaria a perda da informação. Portanto, “Spotlight” supre duas funções: o de filme-denúncia e de filme-homenagem ao estilo de jornalismo old school e às pessoas que o fazem/faziam. Mas é mesmo como filme-denúncia que a obra de Tom McCarthy se mostra mais contundente, ao revelar uma instituição religiosa insuspeita como uma espécie de máfia, capaz de esconder todas as fontes, comprar advogados ou oferecer altas somas em dinheiro em troca do silêncio. Troque a religião por partido político, e a história também pode servir de paradigma para iluminar outras lamas profundas.







