Dani Calabresa cita coragem após novas denúncias contra Marcius Melhem
A comediante Dani Calabresa postou uma mensagem no Twitter no sábado (25/10), logo após a materialização de acusações de assédio sexual contra seu antigo chefe no departamento de humor da Globo, Marcius Melhem. “Os inícios só acontecem quando você arrisca. Vai sem medo e se o medo bater, vai mesmo assim”. Ela completou o texto escrevendo que “fazer o certo requer coragem”. O post foi feito no mesmo dia em que uma advogada que representa atrizes não identificadas da Globo confirmar os boatos de assédio que envolviam Melhem. Falando à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a criminalista Mayra Cotta afirmou que existem seis vítimas de assédio sexual, seis testemunhas e ainda vítimas de assédio moral, que teriam denunciado o diretor do humor da Globo. Ele acabou demitido, mas o caso foi abafado por um comunicado da emissora, afirmando que a decisão tinha acontecido “em comum acordo” e que encerrava uma “parceria de 17 anos de sucesso”. Segundo a advogada, “foram casos de assédio sexual mesmo”. “De mulheres falando não, não quero, me solta, não vou beijar, não vou ficar com você. E ele tentando, agarrando. Não tem zona cinzenta, isso é violência. E aí tem algo muito sério: ele era chefe delas. Ele tinha uma posição de poder”, continuou. Em nota publicada pela Folha de S. Paulo, Melhem reconhece erros, mas se diz inocente da acusação de assédio sexual. Dani Calabresa foi uma das atrizes identificadas pelo colunista Leo Dias em dezembro passado, ao lado de Renata Castro Barbosa e Maria Clara Gueiros, como responsáveis por denunciar Melhem. As duas últimas negaram a informação no mesmo dia. Leo Dias também informou que Marcelo Adnet testemunhou a favor das atrizes, o que ele contestou no dia seguinte. Restou, portanto, apenas Dani Calabresa, que jamais negou a história. Após o anúncio da demissão de Melhem, ela postou no Twitter uma imagem da série “The Morning Show”, que aborda o assédio dentro de uma emissora de televisão, e apareceu assistindo ao documentário “Harvey Weinstein: Assédios em Hollywood” em seu Instagram. Ela continua na Globo e não sofreu, aparentemente, nenhuma retaliação, embora sua situação esteja no ar com a decisão recente de cancelamento dos programas humorísticos da emissora, que eram comandados por Melhem. Fazer o certo exige coragem ✨🌻☺️🙏 pic.twitter.com/mQszpjfmdq — Dani Calabresa (@calabresadani) October 24, 2020
Advogada de atrizes da Globo acusa Marcius Melhem de assédio sexual
O afastamento de Marcius Melhem, antigo diretor do departamento de humor da Globo, voltou a virar notícia neste sábado (24/10), após a entrevista de uma advogada que representa atrizes da emissora confirmar os boatos de assédio que envolviam o comediante. Falando à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a criminalista Mayra Cotta afirmou que existem seis vítimas de assédio sexual, seis testemunhas e ainda vítimas de assédio moral, que teriam denunciado Melhem na Globo. “Todas elas denunciaram os fatos internamente [na TV Globo]. Foram ao compliance da empresa. Tomaram as medidas cabíveis”, disse a advogada. Mas a história acabou abafada. “O processo foi encerrado e elas estavam sem saber muito bem como se organizar para que essa história tivesse um desfecho que reconhecesse tudo o que elas passaram e toda a gravidade do comportamento que o Marcius Melhem teve enquanto ele foi chefe”, acrescentou. Ela detalhou o comportamento denunciado. “É um chefe que se vale de sua posição para tentar usar o poder que tinha de contratar ou demitir para as constranger a se envolver com ele”, apontou. “Houve um comportamento recorrente, de trancar mulheres em espaços e as tentar agarrar, contra a vontade delas. De insistir e ficar mandando mensagem inclusive de teor sexual para mulheres que ele decidia se iam ser escaladas ou não para trabalhar, se ia ter cena ou não para elas [nos programas de humor]. De prejudicar as carreiras de mulheres que o rejeitaram. De ficar obcecado, perseguindo mesmo. Foi um constrangimento sistemático e insistente, muito recorrente”. “Foram casos de assédio sexual mesmo. De mulheres falando não, não quero, me solta, não vou beijar, não vou ficar com você. E ele tentando, agarrando. Não tem zona cinzenta, isso é violência. E aí tem algo muito sério: ele era chefe delas. Ele tinha uma posição de poder”, continuou. Segundo Cotta, as vítimas não querem ser identificadas por receio da repercussão do caso em suas carreiras. “Sabemos como mulheres que denunciam homens por assédio sexual às vezes são tratadas no tipo de sociedade em que a gente vive. Nenhuma mulher quer ser definida para sempre como uma vitima de assédio sexual. Por isso [surgiu] a ideia de eu falar em nome desse grupo”, explicou. Na ocasião da demissão de Melhem, a Globo não se manifestou sobre as denúncias, dizendo apenas que a decisão tinha acontecido “em comum acordo” e que encerrava uma “parceria de 17 anos de sucesso”. O comunicado ainda aludiu às várias dispensas que a emissora vinha realizando. “Como todos sabem, a Globo tem tomado uma série de iniciativas para se preparar para os desafios do futuro e, com isso, adotado novas dinâmicas de parceria com atores e criadores em suas múltiplas plataformas”, afirmou o texto. Melhem era responsável pela coordenação de todos os conteúdos de humor da Globo desde 2018 e, com sua saída, os programas humorísticos foram cancelados. Antes de ser demitido, ele pediu uma licença para cuidar de um problema de saúde de sua filha de 10 anos, e viajou com a família para os Estados Unidos, onde a menina deveria passar por uma cirurgia. Esta viagem foi precedida pelo vazamento da notícia de que ele teria sido denunciado por assédio. Apesar de ter sido realmente investigado pela Globo, o comitê de ética e compliance da emissora o considerou inocente. O processo, iniciado em janeiro, levou dezenas de funcionários e ex-funcionários a testemunharem sobre o caso. Eles também assinaram um abaixo-assinado em defesa de Melhem, descrevendo a acusação como uma “maldade” contra o ex-diretor do Departamento de Humor da emissora. O esforço de abafa, contudo, não evitou sua demissão. Mas a situação continua envolta em segredo. Vale lembrar que quem revelou a confusão foi o colunista Leo Dias, que em dezembro passado publicou que as atrizes Dani Calabresa, Renata Castro Barbosa e Maria Clara Gueiros haviam denunciado Melhem. As duas últimas negaram a informação no mesmo dia. Leo Dias também informou que Marcelo Adnet testemunhou a favor das atrizes, o que ele contestou no dia seguinte. Restou, portanto, apenas Dani Calabresa, que jamais negou a história. Após o anúncio da demissão de Melhem, ela postou no Twitter uma imagem da série “The Morning Show”, que aborda o assédio dentro de uma emissora de televisão, e apareceu assistindo ao documentário “Harvey Weinstein: Assédios em Hollywood” em seu Instagram. Dani Calebresa continua na Globo e não sofreu, aparentemente, nenhuma retaliação, embora sua situação esteja no ar com a decisão recente de cancelamento dos programas humorísticos da emissora. Será que quem denunciou vai continuar contratado após a mexida na programação, que transformará quatro programas numa única produção? Questionada pela Folha, a Globo emitiu uma nota em que diz que “não comenta assuntos da área de compliance, mas reafirma que todo relato de assédio, moral ou sexual, é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento”. O comunicado também reforça que “a Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes”, e que as investigações podem levar ao desligamento do colaborador abusivo. Mas, “mesmo nas hipóteses de desligamento, as razões de compliance não são tornadas públicas”.
Humorístico que substituirá o Zorra começa a ser desenvolvido na Globo
O programa que substituirá o “Zorra”, na Globo, a partir de 2021 começou a ser desenvolvido nesta segunda-feira (19/10). A coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, confirmou que a equipe de roteiristas será comandada por Antonio Prato (“Filhos da Pátria”) e a emissora pretende estrear a atração em maio. A ideia é reunir esquetes, paródias e brincadeiras com o noticiário e com a programação de TV. A Globo anunciou na semana passada que acabaria com seus programas humorísticos atuais: “Zorra”, “Fora de Hora”, “Escolinha do Professor Raimundo” e o quadro “Isso a Globo Não Mostra”, no “Fantástico”, informando para roteiristas e diretores que pretendia utilizar o horário do “Zorra” (as noites de sábado) para lançar um programa de humor. Uma parte dos redatores dos programas cancelados devem participar do grupo que desenvolve o novo humorístico. Segundo o colunista Maurício Stycer, Marcelo Adnet e Fernando Caruso são mencionados entre os que devem fazer parte do grupo de criação, sob coordenação do roteirista Antonio Prata e a supervisão de Silvio de Abreu, responsável pelo núcleo de humor. O cancelamento de três programas, oficializado nesta semana, teria pego muita gente de surpresa, já que a informação que circulava até então é que os programas iriam continuar. A decisão de encerrar os programas e concentrar o humor numa nova atração, de perfil mais popular, faz parte do processo de enxugamento de despesas do Grupo Globo. Mas também marca o fim da era de Marcius Melhem na emissora. O antigo diretor do núcleo de humor deixou a empresa na qual trabalhou por 17 anos em agosto, oficialmente para dedicar seu tempo para tratar a saúde da filha nos EUA, mas também após ser investigado internamente por denúncia de assédio moral. Melhem foi quem politizou o antigo “Zorra Total” (1999-2015), transformando-o no novo “Zorra”, cujo seu slogan era “está difícil competir com a realidade”. Ele também criou o “Tá no Ar” (2014-2019), que foi substituído, sem o mesmo sucesso, pelo “Fora de Hora”, assim como do quadro “Isso a Globo Não Mostra”. Ele também participava da “Escolinha do Professor Raimundo” como novo Seu Boneco.
Globo cancela seus programas humorísticos
A Globo anunciou o final de seus programas humorísticos. A equipe do humorístico “Zorra” foi avisada na quarta-feira (14/10) que o programa vai acabar no fim do ano, com o encerramento da atual temporada. Além dele, o “Fora de Hora”, a “Escolinha do Professor Raimundo” e o quadro “Isso a Globo Não Mostra”, no “Fantástico”, também estão com os dias contados. No início da pandemia, a Globo exibiu reprises do “Zorra” e alguns quadros feitos remotamente. Em julho, o programa deixou a grade para dar lugar ao “Diário de um Confinado” e, no final do mês passado, a equipe de roteiristas foi reduzida, gerando um clima de muita incerteza em seus bastidores. Para roteiristas e diretores, a Globo avisou que pretende substituir o “Zorra” com outro programa de humor. Uma parte dos redatores dos programas cancelados participarão de um grupo para desenvolver o novo humorístico, que deverá ser exibido nas noites de sábado em 2021. Segundo o colunista Maurício Stycer, Marcelo Adnet e Fernando Caruso são mencionados entre os que devem fazer parte do grupo de criação, sob coordenação do roteirista Antônio Prata e a supervisão de Silvio de Abreu, responsável pelo núcleo de humor. O cancelamento de três programas, oficializado nesta semana, teria pego muita gente de surpresa, já que a informação que circulava até então é que os programas iriam continuar. A decisão de encerrar três programas e focar em apenas uma nova atração, de perfil mais popular, faz parte do processo de enxugamento de despesas do Grupo Globo. Mas também marca o fim da era de Marcius Melhem na emissora. O antigo diretor do núcleo de humor deixou a empresa na qual trabalhou por 17 anos em agosto, oficialmente para dedicar seu tempo para tratar a saúde da filha nos EUA, mas também após ser investigado internamente por denúncia de assédio moral. Melhem foi quem politizou o antigo “Zorra Total” (1999-2015), transformando-o no novo “Zorra”, cujo seu slogan era “está difícil competir com a realidade”. Ele também criou o “Tá no Ar” (2014-2019), que foi substituído, sem o mesmo sucesso, pelo “Fora de Hora”, assim como do quadro “Isso a Globo Não Mostra”. Ele também participava da “Escolinha do Professor Raimundo” como novo Seu Boneco.
Marcelo Adnet emplaca três sambas-enredo no Carnaval de São Paulo
O humorista Marcelo Adnet será o “sambista” mais ouvido no próximo carnaval. Ele emplacou nada menos que três sambas-enredo em escolas de samba diferentes para o desfile de 2021 em São Paulo, e ainda será carnavelesco no Rio de Janeiro. A aprovação mais recente aconteceu na noite de sexta-feira (25/9) na Rosas de Ouro, quando houve a escolha de “Sanitatem”, sobre a cura, parceria do humorista com os compositores Godoi, Luciano Godoi, Diego Nicolau, André Ricardo, Douglas Chocolate, Jacopetti, Cacá Mascarenhas, Liso, Antonio Júnior, Hudson Luiz e Andréia Araújo. A final teve mais três sambas e foi realizada na quadra da Rosas, que foi a primeira a ser reaberta ao público durante a pandemia. Antes, Adnet havia vencido disputas de samba na Dragões da Real, ligada à torcida do São Paulo FC, e na Gaviões da Fiel, do Corinthians, onde será feita uma junção de duas obras. Além das vitórias paulistas, Adnet também trabalhará no carnaval do Rio, desenvolvendo o enredo da Botafogo Samba Clube, na qual participará da equipe de criação do desfile, atuando como carnavalesco junto do artista Ricardo Hessez num desfile sobre o jornalista e técnico de futebol João Saldanha. Ainda não há definição sobre o Carnaval de 2021, que excepcionalmente não terá desfiles em São Paulo e Rio de Janeiro durante fevereiro. Por causa do coronavírus, o evento será adiado para outra data, perto do meio do ano.
Marcelo Adnet revela volta do Sinta-se em Casa em duas semanas
Após a semana começar com a notícia de que Marcelo Adnet iria parar de fazer o humorístico “Sinta-se em Casa” no Globoplay, o ator anunciou uma reviravolta. “Depois de tantos pedidos carinhosos e tantos milhões de audiência vou voltar nem que seja bissemanalmente pra seguir com a crônica da nossa surrealidade. E quanto aos que sentiram, lembro que o ‘mumumu’ é livre! Saudações!” A decisão de encerrar o quadro não partiu do humorista. Ao gravar o último episódio, nesta sexta (1/9), ele revelou que o fim do “Sinta-se em Casa” foi uma consequência de a Globo o convocar a gravar uma nova temporada de “A Escolinha do Professor Raimundo” a partir de segunda-feira (14/9). “Não dá tempo, não dá para eu conciliar as duas coisas”, ele disse no vídeo. Mas, naquele que seria o último episódio, Adnet também pediu para ele mesmo continuar com o programa, por meio de algumas imitações que consagrou na produção, como Lula, Bolsonaro e até o falecido Brizola. “Se eu voltei, por que Adnet não vai voltar?”, disse, como Brizola. Imitando Caetano Veloso, ele se propôs a voltar bissextamente. E já marcou a data para o retorno: em duas semanas, após o final das gravações da “Escolinha”. Seria o último #SintaSeEmCasa da temporada? Programa completo e grátis https://t.co/8pdiVCUAcN com Cris Brasil, Boulos, Crivella, Jair, Frias, Lula, Ciro, Moro, Deltan, Tas, Brizola e Caetano pic.twitter.com/Xa0sjOq7yT — Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 12, 2020
Sinta-se em Casa: Programa de Marcelo Adnet acaba na sexta
O humorista Marcelo Adnet revelou que seu programa “Sinta-se em Casa”, do Globoplay, acaba na sexta-feira (11/9). O melhor humorístico da quarentena chega ao fim junto com a quarentena, após um feriadão em que poucos respeitaram o isolamento social. A informação sobre o final da produção veio à tona numa troca de tuítes entre Adnet e o também humorista Paulo Vieira. Após Vieira mencionar que o colega não teria tempo para conferir suas “tretas”, por fazer um programa diário, Adnet revelou o fim do programa. “Acaba sexta. Aí passarei a me exercitar, pegar sol e beber água. E seguir suas tretas!” Na sequência, Vieira lamentou o fim do projeto, mas disse imaginar o cansaço que é fazer um programa diário e ponderou que “é importante se recompor”. Adnet respondeu: “Porr*. São 106 capítulos sem parar”. “Sinta-se em Casa” vai acabar no auge, após seu conteúdo virar assunto oficial, com reclamações da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República) e ofensas pessoais proferidas pelo secretário de Cultura Mário Frias, que não gostou de ser satirizado. Na segunda (7/9), Adnet usou a controvérsia como inspiração para seu humorístico. Acaba sexta. Aí passarei a me exercitar, pegar sol e beber água. E seguir suas tretas! — Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 8, 2020 Pourra. São 106 capítulos sem parar — Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 8, 2020
Marcelo Adnet transforma ofensas de Mário Frias em piada
Marcelo Adnet aproveitou o material humorístico fornecido pelo secretário de Cultura Mário Frias em novo esquete do programa “Sinta-se em Casa”, do Globoplay. Primeiro programa após os ataques de Frias e da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República), motivados por uma paródia feita por Adnet na sexta (4/9), o “Sinta-se em Casa” desta segunda (7/9) não deixou passar batido a reação desmedida do secretário, parafraseando as ofensas que ele postou nas redes sociais. “Isso mesmo, presidente. Vivemos a época do ‘mimimi’, mas curiosamente vou usar recursos e energia para responder a uma piada que não gostei: frouxo, sem futuro, criatura imunda”, diz Adnet no vídeo, ironizando a reação de Frias. No esquete, Adnet ainda apareceu em um playground para ilustrar a frase em que secretário faz bravata de recreio estudantil: “No lugar onde eu cresci, não duraria um minuto”. O humorista também incorporou Bolsonaro para falar que quer acabar com o politicamente correto, contudo o que realmente importa é “atacar quem faz piada conosco”. Confira abaixo. Dia de virar as costas pro Pantanal e dramatização do xilique-resposta do Brother Retumbante. Pedro reclamando seus direitos autorais. #SintaSeEmCasa completo, grátis e sem recursos públicos aqui: https://t.co/SL4t86LKCb pic.twitter.com/b4MN6dd1tS — Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 7, 2020
Marcelo Adnet responde à Secom: “Não aguentam sátira”
O humorista Marcelo Adnet respondeu no Twitter os ataques pessoais do secretário especial da Cultura, Mario Frias, e institucionais do perfil da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República), motivados por uma paródia feita em seu programa “Sinta-se em Casa”, na Globoplay. O comediante satirizou a participação de Frias num vídeo de tom nacional-triunfalista sobre “Heróis Brasileiros”, e o secretário da Cultura reagiu com ofensas, chamando Adnet de “criatura imunda”, “crápula”, “frouxo”, “sem futuro”, “palhaço”, “idiota”, “egoísta”, “fraco” e “bobão”, além evocar sua vida privada para exemplificar sua “falta de caráter”. Por sua vez, a Secom acusou Adnet de “parodiar o bem e fazer pouco dos brasileiros”, além de “desprezar o ser humano”. “Se elegeram sob a bandeira do fim do mimimi e do politicamente correto mas não aguentam UMA SÁTIRA que vêm chorar em perfil oficial”, escreveu Adnet. “A crítica não é ao povo, não força a barra. É AO GOVERNO FEDERAL, que em vez de trabalhar prefere perseguir seus próprios cidadãos”, acrescentou. Aos fatos:1-se elegeram sob a bandeira do fim do mimimi e do politicamente correto mas não aguentam UMA SÁTIRA que vem chorar em perfil oficial!2-A crítica não é ao povo, não força a barra. É AO GOVERNO FEDERAL que em vez de trabalhar prefere perseguir seus próprios cidadãos. — Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 5, 2020
Humoristas apoiam Marcelo Adnet após ataques: “governo mimimi”
Após sofrer ataques pessoais do secretário especial da Cultura, Mario Frias, e institucionais do perfil da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República), Marcelo Adnet ganhou solidariedade de vários humoristas brasileiras. Os ataques foram motivados por uma paródia feita por Adnet na sexta (4/5), em seu programa “Sinta-se em Casa”, na Globoplay. O comediante satirizou a participação de Frias num vídeo de tom nacional-triunfalista sobre “Heróis Brasileiros”, e o secretário da Cultura reagiu com ofensas, chamando Adnet de “criatura imunda”, “crápula”, “frouxo”, “sem futuro”, “palhaço”, “idiota”, “egoísta”, “fraco” e “bobão”, além evocar sua vida privada para exemplificar sua “falta de caráter”. Por sua vez, a Secom acusou Adnet de “parodiar o bem e fazer pouco dos brasileiros”, listando “pessoas reais” que não estavam nem foram citadas no vídeo, em que Frias aparece sozinho no Museu do Senado. “Não imaginamos que honrar um morador de rua que salvou uma desconhecida ou uma professora que morreu queimada para salvar dezenas de crianças causaria reações maldosas, carregadas de desprezo por brasileiros simples, mas imensamente bondosos”, diz o texto, que ainda acusa Adnet de “desprezar o ser humano”. A reação, claro, virou piada entre a classe dos humoristas brasileiros. Maurício Meirelles criou a definição que acabou viralizando na internet, ao chamar o governo Bolsonaro de “governo mais mimimi da história deste país”. Danilo Gentili usou ironia para questionar quanto a Secom tinha recebido para fazer publicidade para Adnet. E tanto Fabio Rabin quanto Gregório Duvivier (num retuíte do repórter Rafael Neves) lembraram da recente participação de Adnet no “Roda Viva”, onde Marcelo Tas sugeriu que só governos comunistas, como China e Cuba, perseguiam humoristas e reprimiam o humor. Gentili ainda ponderou, em tom de reclamação, que Adnet não o defendeu na época de sua condenação por fazer piada misógina com a deputada petista Maria do Rosário. Mas o perfil Tesoureiros do Jair lembrou da defesa feita por Bolsonaro à liberdade do humor por ocasião dessa condenação, e o próprio Adnet retuitou em seu perfil. Veja estas e outras reações abaixo. É o governo mais MIMIMI da história do Brasil. PQP https://t.co/t2sLv4OpMA — Mauricio Meirelles (@MauMeirelles) September 5, 2020 Quanto o Adnet pagou pra vocês fazerem essa excelente publicidade pra ele? https://t.co/jh77prkkhd — Danilo Gentili (@DaniloGentili) September 5, 2020 Parabéns @MarceloAdnet ! Isso aqui é pra enquadrar.Era em Cuba que não podia fazer humor ? https://t.co/PPK9ExSYLY — Fabio Rabin (@fabiorabin) September 5, 2020 Corre aqui @MarceloTas, o governo de Cuba está perseguindo um humorista https://t.co/H4rOh2Stad — Rafael Neves (@contaneves) September 5, 2020 Meu presidente. https://t.co/gxnZeXDzOP — paulinho serra🇧🇷🏳️🇯🇲🏴☠️🇦🇱 (@PaulinhoSerra) September 5, 2020 Quem lê a resposta do Mário Frias pro Adnet – a que termina com um “Onde eu cresci ele não durava um minuto” – além de perceber que o Secretário de Cultura não sabe português, pensa que ele é uma mulher negra que enfrentou as adversidades de uma Esparta da vida real brasileira. — Antonio Tabet (@antoniotabet) September 5, 2020 Embora o Adnet tenha mantido o mais completo silêncio qdo fui condenado a prisão pela M. Rosário ou qdo rolou outras investidas do governo anterior contra meu trabalho, ele pode contar com meu total apoio contra essa investida grotesca e babaca do atual governo. Presidente fraco https://t.co/jh77prkkhd pic.twitter.com/TJiGYiZTjC — Danilo Gentili (@DaniloGentili) September 5, 2020 Em abril de 2019, Danilo Gentili foi condenado por esfregar uma notificação que recebeu da deputada Maria do Rosário em suas partes íntimas e a chamar de puta. Em setembro de 2020, o @MarceloAdnet fez uma paródia. pic.twitter.com/apO62pQdeP — Tesoureiros do Jair (@tesoureiros) September 5, 2020
Secretário da Cultura ataca Marcelo Adnet com ofensas após ganhar paródia
Nem todo político tem o bom-humor de Delfim Netto, que colecionou e emoldurou cartuns que o satirizavam na época em que foi ministro em plena ditadura militar. O secretário especial da Cultura, Mario Frias, e o perfil da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República), resolveram se manifestar – no caso da Secom, oficialmente – contra uma paródia do humorista Marcelo Adnet, que faz os melhores esquetes de humor do período da pandemia em seu programa “Sinta-se em Casa” na Globoplay. Na sexta (5/9), Adnet parodiou a campanha sobre “Heróis Brasileiros”, lançada uma dia antes pelo governo, com narração e atuação de Mario Frias, evocando o estilo nacional-triunfalista já popularizado na pasta da Cultura num vídeo anterior de Roberto Alvim. Na mesma noite, Frias atacou o esquete, lançando várias ofensas pessoais contra o humorista. Ele chamou Adnet de “criatura imunda”, “crápula”, “frouxo”, “sem futuro”, “palhaço”, “idiota”, “egoísta”, “fraco” e “bobão”, além de atacar sua vida privada, comentando sua infidelidade no casamento com a ex Dani Calabresa. “Um Judas que não respeitou nem a própria esposa, traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter”. Adnet respondeu com nova piada, dizendo que Frias “recomendou” o esquete. “Até o Secretário Frias recomendou no Instagram dele! Vale conferir o post! A Secom deve replicar em suas redes!”, postou o humorista. Foi a deixa para o Twitter oficial da Secom atacar a sátira, acusando Adnet de “parodiar o bem e fazer pouco dos brasileiros”. A secretaria de Comunicação passou, então, a listar “pessoas reais” que não estão no vídeo, em que Frias aparece sozinho no Museu do Senado – diante de quadro do Rei da Bélgica!. “Não imaginamos que honrar um morador de rua que salvou uma desconhecida ou uma professora que morreu queimada para salvar dezenas de crianças causaria reações maldosas, carregadas de desprezo por brasileiros simples, mas imensamente bondosos”, diz o texto. Seguindo esse raciocínio, a Secon afirma que Adnet despreza “as pessoas reais, de carne e osso, que são exemplos para todos”, e que, no entanto, não aparecem em lugar algum do vídeo parodiado, nem mesmo em citações. De fato, a Secom fez vários posts consecutivos, explicando o vídeo com o que não há no vídeo. Leia abaixo. Melhor ainda, compare os vídeos originais e veja todas as reações. 🇧🇷 O Brasil tem História. Uma História com verdadeiros líderes, respeitados intelectuais e grandes heróis nacionais. Alguns, conhecidos; muitos, ignorados. Uma História tão bela e grandiosa quanto desprezada e vilipendiada por anos de destruição da identidade nacional. pic.twitter.com/N8TDqpASXu — SecomVc (@secomvc) September 3, 2020 Arquivo Confidencial com o presidente no #SintaSeEmCasa Pgm completo https://t.co/t26nDkk4gq pic.twitter.com/t3jPIJhhE5 — Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 5, 2020 Ver essa foto no Instagram Garoto frouxo e sem futuro. Agindo como se fosse um ser do bem, quando na verdade não passa de uma criatura imunda, cujo o adjetivo que devidamente o qualifica não é outro senão o de crápula. Um Judas que não respeitou nem a própria esposa traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter. Um palhaço decadente que se vende por qualquer tostão, trocando uma amizade verdadeira, um amor ou sua história por um saquinho de dinheiro e uma bajulada no seu ego infantil e incapaz de encarar a vida e suas responsabilidades morais. Pior do que isso: conta vantagem por se considerar melhor que as outras pessoas. Mas isso tudo é só para esconder a solidão em que ele se encontra. Quem em sã consciência consegue conviver no mundo real com um idiota egoísta e fraco como esse? Onde eu cresci ele não durava um minuto. Bobão! Uma publicação compartilhada por Mario Frias🇧🇷 (@mariofriasoficial) em 4 de Set, 2020 às 6:47 PDT Até o Secretário Frias recomendou no instagram dele! Vale conferir o post! A Secom deve replicar em suas redes! — Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 5, 2020 Erramos. Acreditamos que seria possível unir todo o país em torno de bons valores e de bons exemplos. Afinal, ninguém é contra a bondade, o amor ao próximo, o sacrifício por inocentes, certo? Errado! Infelizmente, há quem prefira parodiar o bem e fazer pouco dos brasileiros. pic.twitter.com/kqA2yjx0Rb — SecomVc (@secomvc) September 5, 2020 Coincidentemente, a data é próxima ao nosso 7 de Setembro. Decidimos então fazer uma série única, sobre heróis brasileiros — primeiramente, heróis anônimos; depois grandes heróis nacionais. Em comum, além da bravura de seus atos, o fato de serem amplamente desprezados. — SecomVc (@secomvc) September 5, 2020 Não imaginamos que honrar um morador de rua que salvou uma desconhecida ou uma professora que morreu queimada para salvar dezenas de crianças causaria reações maldosas, carregadas de desprezo por brasileiros simples, mas imensamente bondosos. — SecomVc (@secomvc) September 5, 2020 De que adianta afetar bons sentimentos, falar em defesa do povo e coisas do tipo, mas na prática desprezar as pessoas reais, de carne e osso, que são exemplos para todos? De que adianta gritar que ama a humanidade, mas desprezar o ser humano? — SecomVc (@secomvc) September 5, 2020
Chefe do humor da Globo, Marcius Melhem tem contrato encerrado após 17 anos
O comediante Marcius Melhem saiu da Globo, após 17 anos de parceria. O ator, roteirista e coordenador do humor da emissora já estava afastado dos trabalhos há cinco meses por questões pessoais e deixou agora o canal em definitivo, ao ter seu contrato encerrado. Segundo comunicado da Globo, a decisão foi feita em comum acordo. “A Globo e Marcius Melhem, em comum acordo, encerraram a parceria de 17 anos de sucesso. O artista, que deu importante contribuição para a renovação do humor nas diversas plataformas da empresa, estava de licença desde março para acompanhar o tratamento de saúde de sua filha no exterior. Como todos sabem, a Globo tem tomado uma série de iniciativas para se preparar para os desafios do futuro e, com isso, adotado novas dinâmicas de parceria com atores e criadores em suas múltiplas plataformas. Os conteúdos de humor, assim como os de dramaturgia diária e semanal, continuam sob a liderança de Silvio de Abreu, diretor de Dramaturgia da Globo”, informou a emissora. Melhem era responsável pela coordenação de todos os conteúdos de humor da Globo desde 2018 e agora essa função caberá a Sílvio de Abreu, acumulando a chefia das novelas e séries. Abreu já cumpria este papel interinamente, desde o afastamento de Melhem. Ele pediu uma licença para cuidar de um problema de saúde de sua filha de 10 anos, e viajou com a família para os Estados Unidos, onde a menina deveria passar por uma cirurgia, segundo o próprio humorista informou em comunicado. Antes disso, ele chegou a ser investigado pela Globo devido a uma denúncia de assédio moral. Após a investigação, o comitê de ética e compliance o considerou inocente. O processo, iniciado em janeiro, levou dezenas de funcionários e ex-funcionários a testemunharem sobre o caso. Eles também assinaram um abaixo-assinado em defesa de Melhem, descrevendo a acusação como uma “maldade” contra o ex-diretor do Departamento de Humor da emissora. Apesar de bastante polêmica, a acusação segue envolvida em mistério. Quem revelou a confusão foi o colunista Leo Dias, que em dezembro passado publicou que as atrizes Dani Calabresa, Renata Castro Barbosa e Maria Clara Gueiros haviam denunciado Melhem. As duas últimas negaram a informação no mesmo dia. Leo Dias também informou que Marcelo Adnet testemunhou a favor das atrizes, o que ele contestou no dia seguinte. Restou, portanto, apenas Dani Calabresa, que jamais negou a história. Segundo apurou o colunista do UOL Mauricio Stycer, a briga teria acontecido em torno do programa “Fora de Hora”, no primeiro semestre de 2019. Calabresa queria que, em vez de um projeto novo, a emissora reeditasse o programa “Furo”, que ela apresentou em parceria com Bento Ribeiro na MTV, entre 2009 e 2012. Melhem jamais teria considerado a opção de reviver o “Furo” na Globo, mas Calabresa foi escalada para ser a apresentadora do “Fora de Hora”, ao lado de Paulo Vieira. A atriz acabou deixando o projeto e, em seu texto, Stycer acrescentou a palavra “plágio” às acusações de assédio movidas pela comediante, trazendo à tona uma possível disputa pela autoria do projeto. Dani Calebresa continua na Globo. Após o anúncio do fim do contrato de Melhem, ela postou no Twitter uma imagem da série “The Morning Show”, que aborda o assédio dentro de uma emissora de televisão, e apareceu assistindo ao documentário “Harvey Weinstein: Assédios em Hollywood” em seu Instagram. Em seu Twitter, Melhem acrescentou o seu lado nessa história. “Foram 17 anos de uma parceria muito produtiva com a Globo. Todos esses anos no ar com algum programa – ou mais de um. Tive muito orgulho de fazer parte de uma equipe que desenvolveu novas linguagens, que colocou diversidade e tolerância em pauta e que virou sinônimo de liberdade. Essa liberdade e essa renovação foram abraçadas por público e crítica e trouxeram prêmios importantes – como o APCA – e duas indicações ao Emmy Internacional. Foram muitos anos de muito trabalho”, começa o texto. “Mas já há algum tempo vinha conversando sobre diminuir essa intensidade e dedicar mais tempo à minha vida pessoal, ver minhas filhas crescerem e participar mais disso. O tempo passa rápido. Este ano, por conta de um delicado tratamento de saúde, tive que me ausentar e viajar com a família e nos fechamos para passarmos juntos por isso. Esses meses fora me deram a certeza de que precisava de uma nova relação com o tempo dedicado ao trabalho”, acrescentou. “Em comum acordo com a Globo, entendemos que essa liberdade seria benéfica para ambos os lados. Agora tenho mais tempo para minha vida pessoal. E para desenvolver ideias com calma e livremente. Quando chegar a hora de elas acontecerem, eu venho aqui contar! Até já!”, finalizou.






