Grande Prêmio do Cinema Brasileiro muda de nome e anuncia finalistas
Premiação vira Prêmio Grande Otelo, que já era o nome de seu troféu, e destaca "Mussum, o Filmis" e "O Sequestro do Voo 375" em suas indicações
Trailer | Sequência de “Estômago” mostra protagonista na prisão
Continuação do sucesso de 2007 traz Raimundo Nonato usando suas habilidades culinárias para enfrentar novos desafios
Filme sobre sequestro de avião brasileiro ganha trailer tenso
A Star divulgou o trailer do suspense brasileiro “O Sequestro do Voo 375”, baseado na história real do sequestro de um Boeing da Vasp, que aconteceu em 1988. Na época, um rapaz armado obrigou o piloto a desviar para Brasília para tentar cometer um atentado terrorista conta o Palácio do Planalto. A prévia é bastante tensa, com clima de filme de ação hollywoodiano, temperado pelas cores político-econômicas do Brasil do Plano Cruzado, Plano Cruzado II e Plano Bresser – ou, simplesmente, Plano Furado, como cantavam os Ratos do Porão – que quebraram a economia do país. Fatos reais O Boeing 375 saiu de Belo Horizonte com destino ao Rio de Janeiro, mas Raimundo Nonato Alves da Conceição, de 28 anos, obrigou o piloto a desviar de rota, com o objetivo de atingir o Palácio do Planalto. Segundo informações apuradas na época, ele tinha perdido o emprego numa construtora por conta da crise econômica no país e colocava a culpa no então presidente José Sarney. De forma heroica, o piloto conseguiu pousar em Goiânia, onde a aeronave foi cercada por policiais. A história foi recentemente lembrada no podcast “Atenção Passageiros Vasp 375: O Atentado Terrorista no Brasil”, da Globoplay. Elenco e equipe A produção traz Jorge Paz (“Marighella”) como o sequestrador e Danilo Grangheia (“Irmandade”) como o piloto do avião, e a tripulação ainda inclui os atores Diego Montez (“Home Office”), Juliana Alves (“Barba, Cabelo e Bigode”), César Mello (“Bom Dia, Verônica”), Wagner Santisteban (“A Grande Família”) e Arianne Botelho (“Tudo Bem No Natal Que Vem”). O elenco também destaca Gabriel Godoy (“O Negócio”) como o delegado responsável pela negociação dos reféns com o criminoso, além de Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”), Cláudio Jaborandy (“Aruanas”), Johnnas Oliva (“Bom Dia, Verônica”) e Roberta Gualda (“O Rei da TV”) O filme tem roteiro de Lusa Silvestre (“Medida Provisória”) e direção de Marcus Baldini (“Bruna Surfistinha”). A estreia vai acontecer em 7 de dezembro nos cinemas.
Filme de ataque terrorista à Brasília define elenco
A Disney brasileira definiu os protagonistas no filme baseado no caso do sequestro do Boeing 375 da Vasp, que aconteceu em 1988. Na época, um rapaz armado obrigou o piloto a desviar para Brasília para tentar cometer um atentado terrorista conta o Palácio do Planalto. Jorge Paz (“Marighella”) viverá o sequestrador, Danilo Grangheia (“Irmandade”) será o piloto e Gabriel Godoy (“O Negócio”) interpretará o delegado responsável pela negociação dos reféns com o criminoso. Juliana Alves (“Barba, Cabelo e Bigode”), Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”), Cláudio Jaborandy (“Aruanas”), Johnnas Oliva (“Bom Dia, Verônica”) e Roberta Gualda (“O Rei da TV”) também estão no elenco. O Boeing 375 saiu de Belo Horizonte com destino ao Rio de Janeiro, mas Raimundo Nonato Alves da Conceição, de 28 anos, obrigou o piloto a desviar de rota, com o objetivo de atingir o Palácio do Planalto. O comandante conseguiu pousar em Goiânia, onde a aeronave foi cercada por policiais. Após a ação, o sequestrador acabou baleado e morreu. De acordo com informações apuradas após o crime, ele tinha perdido o emprego numa construtora por conta da crise econômica no país e colocava a culpa no então presidente José Sarney. A história foi recentemente lembrada no podcast “Atenção Passageiros Vasp 375: O Atentado Terrorista no Brasil”, da Globoplay. Em desenvolvimento há tempos, o filme tem roteiro de Lusa Silvestre (“Medida Provisória”) e será dirigido por Marcos Baldini (“Bruna Surfistinha”). “O Sequestro do Voo 375” tem previsão de estreia para 2023.
Tentativa de ataque terrorista em Brasília vai virar filme
A Disney brasileira vai fazer um filme baseado no caso do sequestro do Boeing 375 da Vasp, em 1988. Na época, um rapaz armado obrigou o piloto a desviar para Brasília para cometer um atentado terrorista. Segundo a coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, a escalação do elenco já começou. As filmagens acontecerão em São Paulo. O avião saiu de Belo Horizonte com destino ao Rio de Janeiro, mas Raimundo Nonato Alves da Conceição, de 28 anos, obrigou o piloto a desviar de rota, com o objetivo de atingir o Palácio do Planalto. O comandante conseguiu pousar em Goiânia, onde a aeronave foi cercada por policiais. O sequestrador acabou baleado e morreu. De acordo com informações apuradas após o crime, ele tinha perdido o emprego numa construtora por conta da crise econômica no país e culpava o então presidente José Sarney. A história foi recentemente lembrada no podcast “Atenção Passageiros Vasp 375: O Atentado Terrorista no Brasil”, da Globoplay. Em desenvolvimento há tempos, o filme tem roteiro de Lusa Silvestre (“Medida Provisória”) e será dirigido por Marcos Baldini (“Bruna Surfistinha”). “O Sequestro do Voo 375” tem previsão de estreia para 2023.
Suzana Vieira, Rosi Campos e Arlete Salles vão estrelar besteirol da Terceira Idade
Suzana Vieira, Rosi Campos e Arlete Salles estão filmando o primeiro besteirol brasileiro da Terceira Idade. Na trama, as três vivem mulheres na casa dos 70 anos que ganham R$ 6 milhões na loteria e decidem embarcar numa viagem cheia de aventuras. Intitulado “Amigas de Sorte”, o filme recebeu aval da Agência Nacional do Cinema (Ancine) para captar R$ 10,34 milhões incentivados. Boa parte do dinheiro vai pagar as viagens da produção. As filmagens foram iniciadas em outubro e incluem cenas nas cidades de São Paulo, Montevidéu e Punta Del Leste. Escrito por Lusa Silvestre (“Um Namorado para Minha Mulher” e “O Roubo da Taça”) e dirigido por Homero Olivetto (“Reza a Lenda”), “Amigas de Sorte” é mais um longa a seguir a fórmula dos milionários instantâneos que assola as comédias brasileiras – veja-se “Até que a Sorte nos Separe”, “Um Suburbano de Sorte”, “Tô Ryca!”, etc. O elenco ainda conta com Luana Piovani, Otávio Augusto, Julio Rocha e Klebber Toledo, que viverá um romance com a personagem de Susana Vieira. O longa é uma co-produção da Popcon e, claro, com tantos atores de novelas, da Globo Filmes.
Diretor de O Roubo da Taça desenvolve a segunda série brasileira da Netflix
A Netflix já definiu a produção de sua segunda série brasileira, após o sucesso internacional de “3%”. Segundo o Estadão, desta vez não será uma sci-fi futurista, mas um drama de época, passado na São Paulo dos anos 1960. Ainda sem título, o projeto está sendo desenvolvido pela dupla de roteiristas Caíto Ortiz e Lusa Silvestre, responsável pelo longa “O Roubo da Taça” (2016), e pretende fazer um retrato da cultura e da sociedade da época, algo semelhante à premiada série americana “Mad Men”. Além de escrever, Ortiz também dirigiu “O Roubo da Taça” e deve fazer o mesmo na produção seriada. O roteiro deve ser finalizado ainda neste ano e as gravações começam em 2018. A data de estreia ainda não foi definida.
O Roubo da Taça é respiro de bom humor em meio à fase triste das comédias brasileiras
É curioso notar como poucas coisas evoluíram, três décadas após o roubo da taça Jules Rimet, conforme mostrado pelo diretor Caito Ortiz e o roteirista Lusa Silvestre em “O Roubo da Taça”. Assim como em 1983, o Brasil vive novamente um período de crise, com a inflação nas alturas, o aumento desenfreado do desemprego e um sentimento coletivo de desesperança. Por tudo isso, é compreensível a comoção que se impôs quando a CBF anunciou o roubo da taça Jules Rimet, um símbolo de orgulho para uma nação aos frangalhos, que ao menos tinha se provado vitoriosa por três vezes no gramado, número de edições da Copa do Mundo de Futebol que o país tinha vencido, para ficar definitivamente com a Taça. O fato de termos servido de palco para receber a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 só estreitam os paralelos. Em “O Roubo da Taça”, a recriação do crime é relativamente fiel. São os personagens os elementos mais ficcionais da produção, especialmente Dolores (Taís Araújo), não somente a companheira de Peralta (Paulo Tiefenthaler), o idealizador do roubo, como também a narradora informal da história e a única figura que não tem equivalente na realidade. Agente de seguros, Peralta vive na pindaíba por sustentar o vício em jogos de azar. Quando deve um valor exorbitante, as abordagens de Bispo (Hamilton Vaz Pereira), o seu agiota, ganham um tom de ameaça. Vem assim o esquema com o seu amigo Borracha (Danilo Grangheia), em furtar a réplica da taça Jules Rimet na sede da CBF para revendê-la. No entanto, a dupla de paspalhos descobre, a partir dos noticiários, que a taça em exibição era a original. O crime, claro, se transformou em um escândalo e as investigações da Polícia Federal, temida como nunca num Brasil recém-saído do período de ditadura, buscava intervir com métodos nada éticos. Por isso, a insegurança de Peralta e Borracha, que se veem em apuros para repassar a taça. Além da história, é importante salientar o quanto “O Roubo da Taça” é fiel em sua recriação de época. Premiado no Festival de Gramado, Fábio Goldfarb assina uma direção de arte que deslumbra principalmente pela atenção aos pequenos detalhes, como os rótulos de produtos e os utensílios comuns no cotidiano da classe média dos anos 1980. Também laureado em Gramado, o diretor de fotografia Ralph Strelow encontra as cores certas para preservar uma atmosfera retrô sem que ela soe falsificada. Raridade em nossas comédias, “O Roubo da Taça” consegue fazer com que a narrativa iguale o mesmo refinamento de sua estética. Com senso de ritmo, Caito Ortiz também é dono de um bom timing cômico, jamais permitindo que o humor se exceda ao ponto de fazer chacota de uma história verídica com alguns traços sombrios. Outra distinção é como os personagens parecem se portar diante de uma linha tênue, que separa o heroísmo da vilania. E isto é um bem-vindo alívio, em meio a uma safra que parece obcecada em fabricar lições de moral. O filme inteiro é um respiro de qualidade e bom-humor que redime a triste fase das comédias brasileiras. (Leia também a entrevista com o diretor e o roteirista)
Entrevista: Diretor e roteirista contam como aconteceu O Roubo da Taça
Recém-chegada do Festival de Gramado, onde “O Roubo da Taça” venceu quatro troféus Kikito (Melhor Ator para Paulo Tiefenthaler, Roteiro, Direção de Arte e Fotografia), a equipe do filme falou com a imprensa nesta semana em São Paulo. E, em clima de bate-papo descontraído, com Mr. Catra (que faz uma participação especial no longa) arrancando risadas dos jornalistas, os co-roteiristas Caíto Ortiz, que também é diretor do filme, e Lusa Silvestre explicaram como surgiu a ideia de filmar o roubo do orgulho de uma nação. Baseado no caso real do roubo da taça Jules Rimet, conquistada pela seleção de futebol tricampeã do mundo em 1970, que aconteceu em 1983 no Rio de Janeiro, a divertida comédia entrou em cartaz neste fim de semana nos cinemas do país. Confira abaixo um resumo com os principais depoimentos da entrevista coletiva. Sobre a concepção do roteiro Lusa Silvestre: um dia, o Caíto foi à minha casa para ver “Estômago” antes mesmo de o filme estar pronto. A partir desse encontro, começamos a falar sobre o roubo da taça Jules Rimet e o Caíto veio com uma matéria online. Existiam duas fontes de pesquisa sobre o caso: o da época, que era muito sobre o caso policial, e o de 20 anos depois, sendo matérias um pouco mais sóbrias, avaliando tudo o que aconteceu. O filme se baseia em ambas, contendo o que foi descoberto no calor daquele momento e o nosso ponto de vista de hoje. Caíto Ortiz: todas as pessoas envolvidas no crime estão mortas, houve meio que uma maldição pairando sobre o caso. Foi um processo interessante, pois ficamos durante todos esses anos escrevendo. A gente tentava por uma saída. Não dava certo e voltávamos para o início. Durante tudo isso, percebemos que era essencial a presença de uma figura feminina importante, um pilar. Lusa Silvestre: quando começamos a fazer o roteiro, estávamos muito apegados à realidade. A sequência de fatos é muito maluca. Para você ter uma ideia, todos os envolvidos foram presos, a polícia pegou o dinheiro deles e os soltaram! Somente anos depois eles realmente foram capturados e mantidos na prisão por outros policiais. Consideramos que tudo isso era demais para o roteiro. Foi assim que pensamos na Dolores, que foi a personagem que nos ajudou a levar a história para frente. Sobre o convite para interpretar Dolores Taís Araújo: entrei no projeto há três anos. Começamos a fazer as leituras. Achei o roteiro sensacional e eu faço tão pouco cinema… Ficávamos no processo de marcar para iniciar as filmagens, mas o roteiro ainda estava mudando, recebendo novos tratamentos para aprimorar. Quando recebi um novo roteiro, disse: “Hum, a personagem piorou!”. Foi também uma época que queria muito ter um filho, mas aguardava para fazer o filme. Mas aí vieram novos tratamentos e eu engravidei. Nisso, o roteiro mudou por mais uma última vez. Liguei para o Caíto Ortiz e disse que estava grávida, mas que queria muito fazer esse filme. Disse para ele esperar pelo amor de Deus. Eles me esperaram e começamos a gravar quando a minha filha estava entre três e quatro meses. Toda a caracterização da minha personagem foi inspirada na Adele Fátima. Sobre fazer comédia e o estado do gênero Caíto Ortiz: penso que essa coisa de gênero é uma discussão menor. “Ah, comédia é isso. Drama é aquilo.” Isso é uma bobagem. O que acho uma pena, e que também é algo que vejo os brasileiros fazendo nos últimos anos, é deixar de pensar um pouco mais a cinematografia ao fazer uma comédia. Dá para ser muito mais inteligente, melhor. Não é por ser uma comédia que deve ser mal feita. É um gênero muito difícil de fazer. É preciso ter timing. Lusa Silvestre: a comédia é um gênero muito nobre. Aristóteles escreveu livros sobre o teatro grego de sua época. Em um, ele tratou sobre a tragédia e, em outro, sobre a comédia. Se você ver o símbolo do teatro, é a carinha feliz e a carinha triste. A comédia é tão nobre quanto o sci-fi, o drama, o horror. Quando uma pessoa critica um filme por ser uma comédia, penso que ela precisa rever os seus conceitos, pois elas estão criticando Aristóteles.
Estreias: O Homem nas Trevas domina o escuro dos cinemas brasileiros
O terror “O Homem nas Trevas” chega ao circuito com a ambição de repetir no Brasil seu sucesso americano. Há duas semanas na liderança das bilheterias dos EUA, o filme dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez (“A Morte do Demônio”) tem o maior lançamento da semana, com distribuição em 460 telas. E após uma leva de decepções do gênero, seu clima tenso deve agradar quem gosta de levar sustos no escuro do cinema. Com 86% de aprovação no Rotten Tomatoes, gira em torno de três jovens ladrões que invadem a casa de um cego, sem saber que, em vez de roubar uma vítima indefesa, entraram no covil de um psicopata mortal. A segunda estreia mais ampla é uma produção nacional. A comédia “O Roubo da Taça” se revela uma boa surpresa, ao evitar os lugares comuns do besteirol televisivo para enveredar pela crítica social num humor bastante ácido. O filme relata o roubo verídico da Taça Jules Rimet, símbolo do tricampeonato da seleção brasileira de futebol de 1970, mas inventa boa parte da história. Venceu o prêmio do público no festival americano SXSW e quatro troféus em Gramado, incluindo os de Ator para Paulo Tiefenthaler (“O Lobo Atrás da Porta”) e Roteiro para Lusa Silvestre (“Mundo Cão”) e o diretor Caíto Ortiz (“Estação Liberdade”). Estreia em 180 salas. “Herança de Sangue” marca a volta triunfal de Mel Gibson aos filmes de ação, pelas mãos de um cineasta francês, Jean-François Richet (“Inimigo Público nº 1”), e com aprovação da crítica americana – 86% no site Rotten Tomatoes. Na trama, o personagem de Gibson faz tudo para salvar a filha, jurada de morte por traficantes. Em 138 salas. Pior filme da semana, a comédia besteirol americana “Virei um Gato”, estrelada por Kevin Spacey (série “House of Cards”), é a versão felina de diversos filmes de homens que trabalham demais, negligenciam suas famílias e viram cães. Como a crítica prefere cachorrinhos, teve apenas 10% de aprovação no Rotten Tomatoes. Despejado em 116 telas. A outra comédia americana desta quinta (8/9) teve 61% de aprovação mesmo sem cachorrinhos, embora seu título seja “Cães de Guerra”. Baseada numa história verídica, mostra Jonah Hills (“Anjos da Lei”) e Miles Teller (“Divergente”) como dois jovens inexperientes que ficaram milionários ao conseguir, de forma inacreditável, um contrato com o Pentágono para negociar armas no Oriente Médio. A direção de Todd Philips (“Se Beber, Não Case!”) busca ultrajar, mas também rende uma classificação etária elevada (escândalo: 16 anos no Brasil e censura livre na França, logo é “perseguido” politicamente como “Aquarius”!), que limita seu circuito a 60 salas. O drama religioso “Últimos Dias no Deserto” traz o escocês Ewan McGregor (“O Impossível”) como Jesus Cristo, mas, em contraste a “Ben Hur” e lançamentos evangélicos recentes, ocupa, sem fanfarra alguma, apenas 29 salas. O tamanho é inversamente proporcional à sua qualidade, ao desafiar dogmas para mostrar um Jesus humano. Dirigido pelo colombiano Rodrigo García (filho do escritor Gabriel García Márquez), a trama se passa durante os 40 dias de jejum e oração de uma peregrinação solitária pelo deserto, na qual Jesus encontra o próprio diabo. Com 72% de aprovação, ainda conta com uma cinegrafia deslumbrante, assinada pelo mexicano Emmanuel Lubezki (“O Regresso”), que venceu os três últimos Oscars de Melhor Fotografia. Passado durante a 2ª Guerra Mundial, o drama “Viva a França!” acompanha August Diehl (“Bastardos Inglórios”) como um pai desesperado, que atravessa os campos franceses, tomados por nazistas, para encontrar o filho desaparecido durante a invasão alemã da França, contando com a ajuda de um soldado britânico desgarrado, vivido por Matthew Rhys (série “The Americans”). A direção é do francês Christian Carion, responsável pelo belo “Feliz Natal”, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2006. A exibição é restrita a nove telas. Três filmes nacionais completam a programação, ainda que de forma praticamente invisível. O romance lésbico “Nós Duas Descendo a Escada” chega a somente duas telas em São Paulo e duas em Porto Alegre. Roteiro e direção são de um homem, o gaúcho Fabiano de Souza, que antes fez o ótimo “A Última Estrada da Praia” (2010). Quem conseguir ver, vai se surpreender com um filme repleto de citações cinéfilas, que merecia poder respirar melhor no circuito. Os dois títulos finais são documentários. “Jaime Lerner – Uma História de Sonhos” não deixa de ser também propaganda política, pelos personagens que desfila. Afinal, além de ser um urbanista renomado, Lerner foi governador do Paraná por duas vezes. O lançamento, curiosamente, vai ignorar o estado, chegando a uma sala no Rio e a outra em São Paulo. Já “O Touro” não teve circuito divulgado. Primeiro longa escrito e dirigido pela brasiliense Larissa Figueiredo, acompanha uma garota portuguesa que descobre que os moradores de Lençóis, na Bahia, proclamam-se descendentes de Dom Sebastião, o lendário rei de Portugal que desapareceu no século 16.
O Roubo da Taça: Trailer de comédia premiada revela destino tragicômico da Taça Jules Rimet
A comédia de época “O Roubo da Taça”, de Caito Ortiz (“Estação Liberdade”), ganhou seu primeiro trailer. Diferente da onda besteirol que infantiliza o humor nacional, a prévia explora, com humor negro e cinismo, o roubo verídico da Taça Jules Rimet, conquistada pela seleção brasileira de futebol no tricampeonato da Copa de 1970. O roteiro do próprio Ortiz e Lusa Silvestre (“Mundo Cão”) não inventa o crime absurdo, mas cria personagens fictícios e uma narrativa tragicômica para mostrar como o assalto foi realizado de forma extremamente fácil por criminosos amadores. Puxando um pouco para a caricatura, a trama acompanha um corretor de seguros endividado que, para pagar dívidas, consegue roubar sem muitas dificuldades a estatueta de ouro dos cofres da CBF. O problema é que, depois, nenhum atravessador quer ficar com a Taça. Um dos detalhes que chama atenção na produção é que ela não é estrelada por galãs ou humoristas da TV, trazendo como rosto mais conhecido a atriz Taís Araújo (série “Mister Brau”). Por conta disso, é ela quem assume o primeiro plano do pôster oficial, mesmo sendo coadjuvante na trama. O elenco inclui Paulo Tiefenthaler (“Trinta”), Danilo Grangheia (“O Que Se Move”), Leandro Firmino (“Cidade de Deus”), Mr. Catra (“Quase Dois Irmãos”), Milhem Cortaz (“O Lobo Atrás da Porta”) e Stepan Nercessian (“Os Penetras”). Premiado nos EUA, como Melhor Filme da seção Visions do Festival SXSW, “O Roubo da Taça” terá sua première nacional no Festival de Gramado, que acontece entre 26 de agosto a 3 de setembro na Serra Gaúcha. A estreia comercial nos cinemas está marcada para 8 de setembro.
Um Namorado para Minha Mulher: “Chatice” de Ingrid Guimarães é o melhor do trailer de novo besteirol
A Paris Filmes divulgou cinco fotos, o pôster e o trailer de mais um besteirol brasileiro, “Um Namorado para Minha Mulher”. A trama gira em torna de uma ideia típica de comédia brasileira. Ou seja, algo que ninguém jamais faria na vida real. Cansado da mulher chata, o personagem de Caco Ciocler (“Disparos”) decide contratar um homem para conquistá-la e assim conseguir a separação. Mas se arrepende. O problema é que o sedutor exótico (Domingos Montagner, de “Gonzaga: De Pai para Filho”) se apaixona pela mulher do “corno”. A prévia só não é totalmente ridícula por conta da atriz Ingrid Guimarães (“De Pernas pro Ar”), que para encarnar o clichê da mulher chata assume um mau-humor espirituoso, inteligente e divertidíssimo, que vê defeito em tudo e não suporta lugares comuns. Em outras palavras, ela parece crítica de cinema. Com direção de Julia Rezende (“Meu Passado Me Condena” duas vezes – o filme e a continuação), que também escreveu o roteiro em parceria com Lusa Silvestre (“E Aí… Comeu?”), a comédia estreia em 1 de setembro.











