Público nos cinemas brasileiros cai 97% em um mês
Com a maioria das salas de cinema fechadas, o circuito brasileiro registrou uma queda de cerca de 97% em sua frequência na comparação com o mês passado. Ao todo, 4,1 mil espectadores brasileiros compraram ingressos para filmes entre quinta e domingo passado (28/3), resultando num faturamento de R$ 41,2 mil no último fim de semana, segundo dados da consultoria Comscore. Na comparação, entre 25 e 28 de fevereiro os cinemas registraram público de 165 mil pessoas e arrecadação de R$ 2,89 milhões, números que na época já eram considerados muito baixos. Atualmente fechados, os cinemas de São Paulo, maior mercado cinematográfico do país, vão permanecer desta forma por pelo menos mais duas semanas, de acordo com determinação do governo do estado para conter a pandemia de coronavírus. No domingo, a capital paulista bateu um recorde mórbido, sepultando 392 corpos num único dia, o maior número de enterros da pandemia.
Bilheterias brasileiras desabam com novas restrições contra pandemia
As bilheterias brasileiras do primeiro fim de semana de março sofreram forte impacto com a volta das restrições de funcionamento dos cinemas, especialmente devido aos decretos de lockdown em estados importantes do circuito, como São Paulo e Minas Gerais. Segundo dados da consultoria Comscore, a arrecadação, que já era baixa devido à pandemia, caiu pela metade entre quinta e domingo (7/3) passados. No total, foram arrecadados R$ 1,16 milhão em bilheteria, com a frequência de 72,8 mil espectadores nos cinemas. O valor equivale ao que “Tom & Jerry: O Filme” fez sozinho na semana anterior, antes da volta das quarentenas obrigatórias. Neste fim de semana, “Tom & Jerry: O Filme” teve renda de R$ 299 mil e foi o filme mais visto nos cinemas, por 19,2 mil pessoas. O número de espectadores representa uma queda de 55,8% na comparação com o fim de semana passado, quando 165 mil pessoas foram aos cinemas. Na comparação com o mesmo período em 2020, o tombo é de 92,8%. Entre 5 e 8 de março do ano passado, os cinemas brasileiros tiveram público de 1,01 milhão de pessoas e arrecadação de R$ 17,7 milhões com a venda de ingressos. Mas, no começo de março do ano passado, as salas ainda operavam sem nenhuma restrição em todo o país. As más notícias não devem acabar nisso, já que a expectativa é de ampliação da “zona vermelha” do lockdown para mais estados, especialmente nas cidades maiores, que já definiram toque de recolher e fechamento das atividades não essenciais aos fins de semana. Enquanto outros países que seguiram orientações de distanciamento social e iniciaram vacinação em massa começam a retomar suas atividades, o Brasil vive a pior fase da pandemia desde seu começo há um ano atrás.
Cinemas – e tudo mais – voltam a fechar em São Paulo
O aumento de casos e mortes por covid-19 nos últimos dias levou o governador João Dória a anunciar nesta quarta (3/3) o retorno de todo o estado de São Paulo para a fase vermelha, a mais restritiva, da quarentena. Com isso, os serviços não essenciais voltam a fechar, incluindo as salas de cinema. A medida começa à 0h de sexta e tem previsão de duração de duas semanas. O lockdown pode ser encurtado ou ampliado dependendo da evolução do contágio de coronavírus e seu impacto na ocupação de leitos de UTI. A decisão foi tomada após a conclusão de que o sistema de saúde estadual, o melhor do Brasil, entrará em colapso caso não houvesse ação para fortalecer o isolamento social. A cidade de São Paulo já tem uma fila de 230 pessoas esperando por uma vaga na UTI de hospitais públicos municipais e estaduais para o tratamento de Covid-19. Em número gerais, as mortes pela doença chegaram a 60.381 em toda o estado, com mais de 2 milhões de casos de infecção confirmados. Desde o dia 26 de fevereiro, a capital paulista estava na fase laranja do plano de contingência do governo. Nela, restaurantes, cinemas, teatros, parques e shoppings podiam funcionar com algumas restrições e ficar abertos entre 6h e 20h, com capacidade limitada a 40% do total. Mas essas restrições não foram o suficiente para conter a contaminação, especialmente com a falta de fiscalização sobre a movimentação noturna da cidade. A volta à mais restritiva do Plano SP, a fase vermelha, não permite a abertura de restaurantes, bares, shoppings, museus, casas de shows, teatros e cinemas. Apenas atividades essenciais, como alimentação, educação e saúde, poderão funcionar. No fim de semana passado, os cinemas brasileiros ensaiaram retomar uma aparência de normalidade com a volta dos lançamentos de blockbusters, mas agora, após o fechamento de São Paulo, outros estados devem adotar o lockdown para conter a propagação do coronavírus.
Bilheteria de Mulher-Maravilha 1984 atinge US$ 100 milhões mundiais
A Warner Bros. informou que a bilheteria de “Mulher-Maravilha 1984” ultrapassou os US$ 100 milhões mundiais na quinta-feira (31/12). “Parabéns a Patty Jenkins, Gal Gadot, Chuck Roven e todo o elenco e equipe que fizeram ‘Mulher Maravilha 1984’, permitindo que fãs e amantes de filmes voltem à emocionante experiência de ir ao cinema. Audiências em todo o mundo onde os mercados estão abertos têm aparecido para assistir ao novo capítulo da história cheia de ação de Diana Prince”, disseram o presidente de distribuição doméstica da Warner Bros, Jeff Goldstein, e o presidente de distribuição internacional, Andrew Cripps, em um comunicado conjunto na véspera do Ano Novo. Lançado antecipadamente no exterior, o filme já somava US$ 85 milhões mundiais no domingo passado (27/12), quando completou seu primeiro fim de semana de exibição na América do Norte (com apenas US$ 16,7 milhões de arrecadação doméstica). A nova produção de super-heróis da Warner abriu em 1º lugar nos EUA e Canadá, além do Brasil, Austrália, Coreia do Sul e vários países. Mas, de forma frustrante, não teve o mesmo sucesso na China, onde o estúdio esperava compensar o fechamento dos cinemas da Europa. Apesar do mercado chinês estar funcionando normalmente, “Mulher-Maravilha 1984” faturou por lá praticamente o mesmo que obteve na América do Norte – onde apenas 40% dos cinemas estão abertos – , o que deixou o lançamento em 3º lugar no país. Vale lembrar que a primeira “Mulher-Maravilha” arrecadou US$ 822,3 milhões em 2017 – e teve um lucro líquido estimado de US$ 252,9 milhões após todos os abatimentos. Com US$ 100 milhões de faturamento mundial, o novo filme está muito longe de compensar o investimento de US$ 200 milhões em sua produção – valor que não inclui P&A (cópias e publicidade). Mas a Warner Bros. optou por lançar a continuação na pandemia com uma estratégia diferente. O estúdio assumiu que teria prejuízo e, por isso, fez um lançamento simultâneo em streaming, na HBO Max, que por enquanto só está disponível no mercado norte-americano. Embora não tenha revelado números da estreia online, a Warner comemorou aumento de assinaturas da plataforma e rapidamente encomendou “Mulher-Maravilha 3” para a diretora Patty Jenkins e a estrela Gal Gadot.
Cinemas voltam a fechar em São Paulo
O estado de São Paulo voltou a entrar na “fase vermelha” de combate ao coronavírus, levando a novo fechamento do comércio, cinemas e outras atividades, a princípio de forma escalona e restrita aos fins de semana. A decisão foi anunciada um dia após o filme “Mulher Maravilha 1984” lotar os cinemas brasileiros. Ao todo, o longa da super-heroína levou 482 mil pessoas às salas de exibição, de acordo com um levantamento da Comscore. Foi o filme mais assistido entre quinta-feira e domingo (21/12), arrecadando R$ 8,44 milhões e sendo responsável por atrair 91% do público que foi ao cinema no fim de semana. Essa popularidade, porém, já é um reflexo do abandono do isolamento social pela maioria da população brasileira. Recente pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo no sábado (19/12), apontou que o número de pessoas em isolamento no país recuou ao menor nível desde o início da pandemia de coronavírus. Como consequência, o Brasil voltou a registrar na semana passada números superiores a mil mortes por dia de covid-19. Só o estado de São Paulo teve um aumento de 54% nos casos confirmados, com salto, no número de mortes, de 34% no período. Por conta desse aumento desmedido de circulação, as autoridades sanitárias decidiram agir. E “Mulher-Maravilha 1984” não terá um novo fim de semana lotado no estado de São Paulo. O governo estadual anunciou nesta segunda-feira (22/12) que todo o comércio não essencial permanecerá fechado nos próximos dois fins de semana, em que acontecem, respectivamente, o Natal e o Ano Novo. A determinação permite apenas o funcionamento dos serviços essenciais, como farmácias, padarias e mercados. Restaurantes e bares sofrerão restrições, e shoppings, estádios, cinemas, teatros, galerias, academias, atividades culturais em geral e eventos que geram aglomeração ficarão proibidos de funcionar. A exceção da regra é a região de Presidente Prudente, que regrediu para a fase vermelha por tempo indeterminado. Ou seja, por lá tudo ficará fechado inclusive nos dias de semana. Uma nova reclassificação será anunciada no começo de janeiro, mas pode apontar ainda maior recrudescimento. Segundo o secretário-executivo do comitê de contenção do novo coronavírus, João Gabbardo, as restrições ao comércio nos próximos fins de semana são “uma sinalização para a população”. “E essa sinalização pode ser um prenúncio de alguma coisa que pode acontecer mais adiante. Se nós, com esses resultados, não conseguirmos ter uma redução de casos e internações e continuarmos com essa pressão no sistema de saúde, é possível que mais para frente tenhamos que tomar outras medidas”, adiantou.
Estreia mundial de Mulher-Maravilha 1984 só deve ser “boa” no Brasil
“Mulher-Maravilha 1984” estreou no Brasil e em mais 31 países neste fim de semana. Mas o resultado não foi o esperado por muitos que planejavam utilizar seus números para atacar a tática da Warner de lançar o filme simultaneamente em streaming nos EUA. Nos locais onde começou a ser exibida com exclusividade nos cinemas – e antes que uma suposta pirataria das cópias digitais prejudicasse suas bilheterias – , o filme abriu com uma arrecadação de cerca de US$ 38,5 milhões, bem abaixo dos US$ 60 milhões que o mercado esperava na véspera do fim de semana. O desempenho foi especialmente reduzido na China, com US$ 18,8 milhões, valor decepcionante comparado aos blockbusters locais do período da pandemia. O filme também foi prejudicado por novos fechamentos de cinemas em vários países e por uma Europa em lockdown. A ausência de boas notícias da Europa e a decepção da China acabou quase compensada com resultados sólidos em países negacionistas. Na América Latina, o filme abriu em 1º lugar. O que significa que os cinemas ficaram lotados para a estreia no Brasil, um dos maiores mercados da região. De acordo com a revista Variety, o novo longa da super-heroína arrecadou US$ 1,7 milhões por aqui — o que equivale, aproximadamente, a R$ 8,5 milhões. Os números oficiais devem ser divulgados na segunda-feira (21/12). Mas os valores não devem representar a boa notícia que sugerem para o mercado cinematográfico nacional, pois refletem outro dado alarmante. Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo no sábado (19/12) apontou que o número de pessoas em isolamento no país recuou ao menor nível desde o início da pandemia. Refletindo este aumento de circulação, o país voltou a registrar na semana passada números superiores a mil mortes por dia. No sábado, inclusive, aconteceu a maior média móvel de casos de infecção desde o início da pandemia, com 47.439 testes positivos. Já a quantidade de óbitos passou de 186 mil, ao todo. A permanecer esta tendência, um novo fechamento dos cinemas – e do comércio não essencial – deve voltar à pauta política de prefeitos e governadores nos próximos dias (atualização: na verdade, aconteceu um dia depois deste texto ser publicado!).
Cinemas voltam a fechar na Inglaterra, estendendo o lockdown pela Europa
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson ordenou uma nova quarentena nacional neste sábado (31/10), dia em que o Reino Unido ultrapassou a marca de 1 milhão de casos de Covid-19 e uma segunda onda de infecções já ameaça sobrecarregar o serviço de saúde. O Reino Unido tem o maior número oficial de mortes causadas por Covid-19 na Europa e o quinto maior do mundo, e atualmente está registrando mais de 20 mil novos casos de coronavírus por dia. Cientistas alertaram que, se a tendência continuar, o “pior cenário” previsto, de 80 mil mortes, pode ser ultrapassado. Em uma entrevista coletiva convocada às pressas em Downing Street, a residência oficial do Primeiro Ministro, após vazamento dos planos na imprensa, Johnson disse que a quarentena de um mês em toda a Inglaterra vai começar no primeiro minuto de quinta-feira (5/10) e durar até 2 de dezembro. As restrições lembram tempos de guerra. As pessoas só poderão sair de casa por motivos específicos, como educação, trabalho, exercícios, compras de itens essenciais e remédios ou cuidar dos vulneráveis. Além dos cinemas, também serão fechados teatros, restaurantes, bares, casas de shows e locais de comércio não essenciais. Já as escolas e serviços essenciais, como hospitais, delegacias e supermercados, vão continuar funcionando normalmente. Johnson também anunciou que o governo vai reativar seu esquema de subsídio salarial de emergência para garantir que os trabalhadores temporariamente demitidos durante a nova quarentena recebam 80% de seu salário. Desta vez, o Primeiro Ministro britânico decidiu agir diferente de quando impôs o primeiro isolamento nacional. Ele foi muito criticado por demorar a ordenar a quarentena, que se estendeu de 23 de março a 4 de julho, e chegou a ficar doente devido à infecção por covid-19 no final de março, precisando ser hospitalizado. A experiência com a doença mudou a forma como passou a encarar a pandemia. Ao optar por fechar o país por um mês, o Reino Unido vai acompanhar a quarentena já anunciada por outros países, como França, Itália e Alemanha, estendendo o lockdown pela Europa. O continente estará praticamente fechado durante o mês de novembro. O objetivo é impedir a proliferação descontrolada da covid-19, visando permitir que as famílias possam se reencontrar para celebrar o Natal. A situação é reforçadas por outros países, que também estão anunciando restrições, como Portugal, que anunciou quarentena em três regiões do país. As pessoas serão orientadas a ficarem em casa, realizar trabalho remoto e só fazer compras essenciais. Mas nem todo mundo está cooperando. Itália e Espanha chegaram a registrar protestos violentos nesta semana, contra o toque de recolher para conter a covid-19.
Ben Stiller se junta a Anne Hathaway em comédia de assalto na quarentena
“Lockdown”, comédia de assalto dirigida por Doug Liman (“Feito na América”), teve seu elenco completo anunciado, com o começo das filmagens em Londres. Juntando-se a Anne Hathaway (“As Trapaceiras”) e Chiwetel Ejiofor (“12 Anos de Escravidão”), previamente anunciados na produção, os novos integrantes são Ben Stiller (“Zoolander”), Lily James (“Yesterday”), Stephen Merchant (“Jojo Rabbit”), Mark Gatiss (“A Favorita”), Dulé Hill (da série “Psych”) e Jazmyn Simon (da série “Ballers”). Vale observar que Ben Stiller não atuava num filme desde “O Estado das Coisas” em 2017, tendo se dedicado mais à produção e direção de séries nos últimos anos. Escrito por Steven Knight (criador da série “Peaky Blinders”), “Lockdown” vem sendo descrito como um combinação de comédia romântica e filme de assalto, que tem como pano de fundo o período de isolamento social causado pela pandemia de coronavírus. Na trama, o casal tempestuoso formado por Linda (Hathaway) e Paxton (Ejiofor) decide tentar um roubo de joias altamente arriscado em uma das lojas de departamento mais famosas do mundo, a Harrods. A loja real em Londres está sendo usada como cenário do filme. Apesar das filmagens terem começado nesta semana, a data de estreia ainda não foi anunciada.
Anne Hathaway vai estrelar comédia romântica com tema da quarentena
A pandemia de covid-19 inspirou uma comédia romântica com Anne Hathaway. De acordo com o site Deadline, a atriz está em “negociações finais” para integrar o elenco de “Lockdown”, filme escrito por Steven Knight (criador de “Peaky Blinders”) e que será dirigido por Doug Liman (“Feito na América”). Ainda não foram divulgadas mais informações sobre o projeto, mas, segundo o site americano, a produção vai reproduzir condições da quarentena com orçamento inferior a US$ 10 milhões. Os produtores pretendem iniciar os trabalhos no final deste mês. Entretanto, ainda correm para assegurar o protagonista masculino – com Cillian Murphy (de “Peaky Blinders”) em “negociações iniciais”.








