Paul Reubens, ator conhecido por Pee-wee Herman, morre aos 70 anos
O ator Paul Reubens morreu no último domingo (30/7) aos 70 anos de idade. Conhecido por seu personagem infantil Pee-wee Herman, o ator enfrentava em segredo um diagnóstico de câncer há seis anos. Em nota publicada nesta segunda-feira (31/7), a assessoria do comediante lamentou a despedida de Reubens. “Ontem à noite nos despedimos de Paul Reubens, um icônico ator, comediante, escritor e produtor americano cujo amado personagem Pee-wee Herman encantou gerações de crianças e adultos com a sua positividade, capricho e crença na importância da bondade”, escreveu. “Paul lutou corajosamente e privadamente contra o câncer durante anos com a sua tenacidade e sagacidade. Um talento prolífico, viverá para sempre no panteão da comédia e nos nossos corações como um amigo precioso e homem de caráter notável e generosidade de espírito.” A publicação também adicionou um texto escrito por Paul, onde ele pedia perdão por ter ocultado seu estado de saúde. “Por favor, aceite minhas desculpas por não tornar público o que tenho enfrentado nos últimos seis anos. Sempre senti muito amor e respeito de meus amigos, fãs e apoiadores. Eu amei muito todos vocês e gostei de fazer arte para vocês”, finalizou. Começo da carreira Paul Reubens nasceu em uma família judia em Peekskill, no interior de Nova York, nos Estados Unidos, e desde criança quis trabalhar como ator. Ele estudou teatro da Universidade de Boston e se mudou para Los Angeles para estudar atuação no California Institute of the Arts. Sau carreira começou nos anos 1970 com apresentações em clubes de comédia, juntando-se à trupe de improviso The Groudlings. Já nesta época se tornou uma figura querida entre as crianças por seu humor leve e entre adultos por sua sagacidade anárquica. Em 1980, o comediante teve um pequeno papel como garçom em “Os Irmãos Cara de Pau” (The Blues Brothers) e também apareceu na comédia “Loucuras em Plena Madrugada”, iniciando sua carreira nas telas. O sucesso com Pee-wee Herman A vida de Reubens virou do avesso já no ano seguinte, quando virou a estrela do programa infantil “Pee-wee Herman Show”. O sucesso foi tanto que, durante um bom período, o ator se tornou o personagem, batizado com o nome de uma marca de gaitas, em tempo integral, fazendo participações em séries, desenhos animados e até filmes como Pee-wee. O auge veio com o lançamento de seu primeiro filme como protagonista, que também foi o primeiro longa de Pee-wee em 1985: “As Grandes Aventuras de Pee-wee”, dirigido por ninguém menos que Tim Burton (“Wandinha”) em sua estreia no cinema. Em 1986, Reuben ganhou um novo programa infantil, “Pee-wee’s Playhouse”, que tinha maior apelo comercial e ganhou 22 prêmios Emmy. Também viveu Pee-wee no filme “De Volta à Praia” (1987) e na continuação de seu sucesso, “Pee-Wee: Meu Filme Circense” (1988). Até que tudo desmoronou de forma abrupta. O escândalo Em junho de 1991, Reuben foi preso por atentado ao pudor num teatro adulto de Sarasota, na Flórida, ao tentar se masturbar. O escândalo levou ao cancelamento de seu programa e de todo o merchan do personagem, e quase acabou com a carreira do ator. Embora a maior parte da indústria do entretenimento tenha lhe virado as costas, Reuben contou com a ajuda de Tim Burton para reaparecer nas telas após o escândalo, num pequeno papel como o pai do Pinguim (Danny DeVito) em “Batman: O Retorno” (1992) e como dublador da animação “O Estranho Mundo de Jack” (1993). Depois disso, ele conseguiu algumas figurações em filmes infantis, incluindo os sucessos “Matilda” (1996) e “Dr. Doolitle” (1998), até ganhar maior destaque na comédia “Heróis Muito Loucos” (1999). A partir daí, porém, começou a se afastar de sua imagem infantil. Fez o drama policial “Profissão de Risco” (2001), estrelado por Johnny Depp e Penélope Cruz, como um cabeleireiro traficante. E foi ainda mais longe em “A Vida Durante a Guerra” (2009), vivendo um suicida transformado em assombração depressiva. A volta de Pee-wee Apesar da guinada na carreira, ele nunca esqueceu Pee-wee. Duas décadas depois do escândalo, Reubens decidiu retomar o personagem em uma série de vídeos, novas participações especiais e em seu terceiro filme, “The Pee-Wee Herman Show on Broadway” (2011), desta vez feito para a HBO. Cinco anos depois, ainda fez mais um longa, “Pee-wee’s Big Holiday” (2016). Lançado na Netflix, marcou a despedida do personagem e o último filme do ator. Após reabilitar Pee-wee, Reubens se dedicou à dublagens de animações e participações recorrentes em séries, com destaque para “Lista Negra” (The Blacklist) e diversas produções relacionadas aos quadrinhos da DC Comics, como “Gotham” e “Legends of Tomorrow”. Seu último trabalho foi dublagem no desenho “O Show de Tom & Jerry”, em 2021. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Pee-wee Herman (@peeweeherman)
“Lista Negra” termina após 10 anos com final chocante
O drama criminal “Lista Negra” (The Blacklist) se despediu do público dos Estados Unidos na noite de quinta-feira (13). A série do canal americano NBC exibiu o último capítulo da sua 10ª temporada, que encerrou a atração após 10 anos. As fugas do gênio do crime Raymond Reddington (James Spader) chegaram ao fim no episódio marcado por mortes inesperadas. Para encerrar a trama de forma digna, a série entregou a despedida num episódio duplo de duas horas. “Fiquei muito, muito feliz por termos conseguido terminar exatamente da maneira que queríamos. Foi deliberado e não fomos pegos de surpresa em termos de quando o final viria”, declarou Spader à agência Associated Press no início da semana. A 10ª temporada começou a ser exibida em março deste ano nos Estados Unidos, levando Reddington a enfrentar um perigo inesperado, com antigos integrantes da lista negra se unindo contra ele em um plano de vingança por todos os nomes que ele entregou ao FBI. Final com spoilers! O último episódio começa com o criminoso em fuga, enquanto a equipe da Força-Tarefa do FBI e o congressista Arthur Hudson (Toby Leonard Moore) se esforçam para localizá-lo. Quando finalmente se encontram, Hudson atira no pescoço de Dembe Zuma (Hisham Tawfiq), guarda-costas e confidente de Reddington. Diante do ataque, o protagonista confronta o congressista e o mata com um tiro na cabeça. Em seguida, ele consegue levar Dembe até um lugar em que o pudesse receber os cuidados necessários, antes de continuar sua tentativa de fugir do país. Ao mesmo tempo, a Força-Tarefa continua tentando localizar Reddington, enquanto o Agente Especial Jordan Nixon (Derrick Williams) promete vingar a morte do congressista matando Reddington pessoalmente. O desejo por vingança resulta em um confronto físico entre Nixon e o Diretor Assistente Harold Cooper (Henry Lennix). Enquanto isso, Reddington consegue chegar à Espanha, onde faz uma última ligação para sua neta Agnes (Sami Bray). Mostrando ter sobrevivido, Dembe fica sabendo por Harold que perderá seu emprego, apesar de não importar e falar emocionado sobre seu velho amigo. Nos momentos finais do episódio, enquanto a Força-Tarefa continua em seu encalço, Reddington passa por um campo aberto e se depara com um touro, resultando em uma reviravolta inesperada. O animal dispara em sua direção e mata o protagonista. A última cena mostra o agente do FBI Donald Ressler (Diego Klattenhoff) chegando ao campo em um helicóptero. Ele se aproxima do corpo mutilado de Reddington, já sem vida. O característico chápeu do personagem está a alguns metros de distância, então Ressler coloca o assessório na cabeça do protagonista morto em sinal de respeito. No Brasil, a 10ª e última temporada não tem previsão de estreia. Todas as temporadas anteriores estão disponíveis na Netflix.
Jean-Marc Vallée (1963-2021)
O cineasta canadense Jean-Marc Vallée, indicado ao Oscar por “Clube de Compra Dallas” e vencedor do Emmy por “Big Little Lies”, morreu repentinamente durante o fim de semana do Natal aos 58 anos. Os detalhes ainda não foram divulgados, mas ele morreu em sua cabana nos arredores de Quebec City e sua família e amigos próximos estão em choque. “Jean-Marc era sinônimo de criatividade, autenticidade e tentar as coisas de forma diferente”, disse seu parceiro de produção Nathan Ross, ao confirmar o falecimento num comunicado. “Ele era um verdadeiro artista e um cara generoso e amoroso. Todos que trabalharam com ele não puderam deixar de ver o talento e a visão que ele possuía. Ele era um amigo, parceiro criativo e um irmão mais velho para mim. O mestre fará muita falta, mas é um conforto saber que seu belo estilo e o trabalho impactante que ele compartilhou com o mundo vão viver”. Vallée começou a carreira fazendo videoclipes nos anos 1980, mudando para o cinema em 1995 com o lançamento de seu primeiro longa: “Lista Negra”, um suspense envolvendo o assassinato de uma prostituta e uma lista de suspeitos proeminentes, todos juízes. A produção obteve nove indicações ao Genie Awards, o “Oscar” da Academia Canadense de Cinema, que ele finalmente foi vencer dez anos depois, com seu quarto longa. A comédia de época “C.R.A.Z.Y. – Loucos de Amor” consagrou Valée em 2005. O filme venceu quatro Genies, incluindo Melhor Filme e Diretor, e abriu as portas para uma nova fase em sua carreira, rendendo sua primeira produção de grande orçamento. Indicado a três Oscars e vencedor da categoria da categoria de Melhor Figurino, o suntuoso drama de época “A Jovem Rainha Vitória” (2009), estrelado por Emile Blunt, deixou o diretor bem cotado em Hollywood. Mas antes de assumir projetos americanos, ele preferiu rodar primeiro um drama franco-canadense, “Café de Flori” (2011), estrelado por Vanessa Paradis. Foi um breve desvio, antes de Vallée entrar com força em Hollywood e atingir o ápice da carreira com “Clube de Compra Dallas” (2013), baseado na história real de um texano aidético que salvou a sua vida e várias outras ao contrabandear remédios contra Aids barrados pela burocracia nos EUA. Matthew McConaughey perdeu famosamente vários quilos, ficando só pele e osso para desempenhar o papel, e acabou reconhecido com o Oscar de Melhor Ator. Além dele, Jared Leto também conquistou um troféu de Melhor Coadjuvante por viver um transexual aidético. Vallée, porém, foi lembrado apenas na categoria de Edição e não venceu. Ele fez só mais dois longas após a esnobada da Academia: “Livre” (2014), que rendeu indicações ao Oscar para Reese Witherspoon e Laura Dern, e “Demolição” (2014), com Jake Gyllenhaal, premiado no Festival SXSW. A partir daí, voltou sua atenção para a TV paga, com resultados impressionantes. Em 2017, o cineasta venceu tanto o DGA Award, prêmio do Sindicato dos Diretores, quanto o Emmy de Melhor Direção pela série “Big Little Lies”. No total, a produção da HBO levou oito Emmys, mas Vallée não quis dirigir a 2ª temporada quando a minissérie original foi estendida com uma continuação. Em vez disso, foi comandar “Sharp Objects” (também conhecida pelo título nacional do livro em que se baseia, “Objetos Cortantes”), que disputou mais oito Emmys no ano seguinte. Além de dirigir, o cineasta também produziu “Big Little Lies” e “Sharp Objects”, e ficou muitos anos tentando tirar uma cinebiografia de Janis Joplin do papel, que nunca foi realizada por brigas com os detentores dos direitos autorais da cantora. Ele estava desenvolvendo “The Player’s Table”, série que seria estrelada pela cantora Halsey, e um filme sem título quando faleceu. “Jean-Marc Vallée foi um cineasta brilhante e ferozmente dedicado, um talento verdadeiramente fenomenal que infundiu cada cena com uma verdade profundamente visceral e emocional”, disse a HBO em comunicado. “Ele também foi um homem extremamente carinhoso, que investiu todo o seu ser ao lado de cada ator que dirigiu.” Vallée deixa dois filhos adultos, o ator Alex Vallée e o editor Émile Vallée, com quem costumava trabalhar em suas produções.
Orc de “O Senhor dos Anéis” foi inspirado em Harvey Weinstein
O ator Elijah Wood revelou um segredo de “O Senhor dos Anéis” que só os envolvidos nas filmagens sabiam. Em entrevista ao podcast Armchair Expert, o intérprete de Frodo revelou que um dos Orcs da história – o monstro mais deformado da saga – , teve sua aparência inspirada no produtor da trilogia, Harvey Weinstein. “Assim que chegou à Nova Zelândia, Sean Astin viu as máscaras de Orc. E uma delas – e eu me lembro disso nitidamente – foi projetada para se parecer com Harvey Weinstein como uma espécie de f***-se.”, contou Wood. Atualmente preso por estupro e crimes sexuais, Weinstein atrapalhou a produção com exigências de cortes na duração dos filmes, forçou Peter Jackson a filmar a trilogia sem pausas entre cada título e ainda proibiu o diretor de contratar duas atrizes para o elenco, Mira Sorvino e Ashley Judd, pois elas faziam parte de sua lista negra pessoal – não quiseram ceder a seus avanços. Judd e Sorvino estão entre as dezenas de atrizes que acusaram o produtor de abusos sexuais. “Fran [Walsh, roteirista dos filmes e esposa de Jackson] e eu expressamos nosso entusiasmo por Ashley Judd e Mira Sorvino. Na verdade, até nos encontramos com Ashley e discutimos dois possíveis papéis com ela. Após essa reunião, a Miramax nos mandou ficar longe de Ashley e Mira, porque alegaram ter tido ‘más experiências’ com essas atrizes em particular no passado”, revelou Jackson em comunicado após as denúncias contra Weinstein. Sem poder enfrentar o produtor na época, Peter Jackson se vingou transformando Weinstein num ogro monstruoso. “Acho que não há problema em falar sobre isso, o cara está encarcerado. F***-se ele”, completou Elijah Wood sobre a revelação.
Atriz Zhao Wei desaparece após sofrer censura do governo chinês
A atriz chinesa Zhao Wei está desaparecida. Também conhecida como Vicky Zhao Wei ou Vicki Zhao, a estrela da versão chinesa de “Mulan” (2009) e de sucessos como “A Batalha dos Três Reinos” (2008) e “Kung Fu Futebol Club” (2001), além de garota propaganda da grife Fendi e investidora bilionária, caiu em desgraça com as autoridades de Pequim, que a colocaram numa lista negra de celebridades banidas das redes sociais. Os responsáveis pela censura chinesa proibiram desde quinta passada (26/8) que seu nome seja mencionado na internet e ainda ordenaram que todos os seus filmes fossem retirado de sites de streaming no país por motivos não explicados. É proibido falar em Zhao Wei na China e todos os créditos de trabalhos que a identificam estão sendo reeditados para fazer seu nome sumir. O mistério em torno da atriz, inclusive seu paradeiro, intensificaram-se após relatos de que ela havia fugido para a França depois de saber que entraria numa lista negra. Ela tem um jato particular e teria sido vista com o marido no aeroporto de Bordeaux, na França, onde possuiu um vinhedo, Chateau Monlot. Em meio aos rumores, Zhao postou três fotos em sua conta no Instagram no domingo (29/8), afirmando que estava com os pais em Pequim e negando a um seguidor que tinha ido para a França. Ela usou o Instagram, porque apesar da plataforma estar bloqueada na China, as autoridades chinesas não podem censurar seu conteúdo no exterior. Mesmo assim, a postagem do Instagram foi excluída posteriormente, deixando apenas conteúdos antigos no ar. O governo chinês não deu nenhuma explicação oficial sobre a inclusão da atriz na lista negra, mas tem feito grande repressão à indústria do entretenimento e ao que entende como excessos da cultura das celebridades no país. A atriz Fan Bingbing (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”) já tinha sofrido um “desaparecimento” similar em 2018, ficando três meses sequestrada por autoridades chinesas até ressurgir “arrependida” para se desculpar publicamente por sua atitude egoísta e pagar multas de mais de US$ 129 milhões por sonegação fiscal. No caso de Zhao Wei, o jornal estatal chinês The Global Times relatou que nenhuma razão oficial foi dada para as medidas, mas resgatou alegações antigas de impropriedade financeira ligadas a Zhao e seu marido Huang Youlong. Amiga próxima do fundador do Alibaba, Jack Ma, Zhao e seu marido foram os primeiros investidores no Alibaba Pictures Group, comprando uma participação de US$ 400 milhões em 2015. O cerco a Zhao aconteceu após Jack Ma, o bilionário mais famoso da China, cair em desgraça com Pequim após criticar a legislação financeira do país e também ficar “desaparecido” por três meses, enquanto suas empresas enfrentavam bloqueio do governo e suas ações despencavam espetacularmente.
Mira Sorvino revela ter sido estuprada por Harvey Weinstein
A atriz Mira Sorvino, uma das primeiras a denunciar o comportamento abusivo do ex-produtor Harvey Weinstein na imprensa americana, revelou que não foi vítima de simples assédio, mas sim de estupro. Ela deu detalhes do ataque pela primeira vez durante uma coletiva de imprensa com o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, em apoio a mudanças nas leis que tratam de crimes de natureza sexual. “Eu estou aqui, diante de vocês, dizendo que não só fui vítima de assédio sexual e agressão nas mãos do Sr. Weinstein, como também sou uma sobrevivente de estupro”, declarou a atriz, vencedora do Oscar em 1996 pelo filme “Poderosa Afrodite”. “Eu estou dizendo isso aqui, agora, para tentar ajudar as pessoas. Há muitas sobreviventes como eu por aí que precisam de justiça, e sentem que precisam de um tempo maior para lidar com o trauma e a vergonha associados a um crime como este”, continuou, em defesa pelo aumento do prazo de prescrição para assédio e abuso sexual em Nova York. “Eu posso dizer a vocês que em um caso como o meu, que fui estuprada durante um encontro, há muita vergonha envolvida. Você sente, sempre, que é de alguma forma sua culpa”, completou. Sorvino denunciou Weinstein na primeira reportagem sobre o escândalo sexual na revista New Yorker e, desde então, tem se destacado à frente da campanha Time’s Up, que denuncia assédio sexual dentro e fora dos ambientes de trabalho. No artigo original em que contou o abuso de Weinstein, ela também disse ter enfrentado dificuldades para trabalhar em Hollywood após se recusarem a aceitar novos avanços de Weinstein. Depois disso, o diretor Peter Jackson veio à público dizer que, quando considerou escalar Sorvino em “O Senhor dos Anéis”, Weinstein vetou a ideia, com a justificativa de que a atriz tinha “um temperamento difícil”. E o diretor Terry Zwigoff confirmou a lista negra, revelando que Weinstein não o deixou escalar Sorvino em “Papai Noel às Avessas”.
Harvey Weinstein quase trocou Peter Jackson por Quentin Tarantino em O Senhor dos Anéis
“O Senhor dos Anéis” dirigido por Quentin Tarantino? Isto quase aconteceu. O produtor Harvey Weinstein ameaçou substituir o diretor Peter Jackson por Tarantino, se ele não reduzisse a adaptação do livro de J.R.R. Tolkien para um longa de duas horas. A informação foi divulgada pelo site o jornal The Guardian, que teve acesso a um livro do escritor britânico Ian Nathan sobre os bastidores da produção, “Anything You Can Imagine: Peter Jackson & The Making of Middle-Earth”. A história revela a abordagem truculenta de Weinstein, que cultivava uma imagem de cult para a mídia, mas era o pior produtor de Hollywood, tão infame que ganhou o apelido de Harvey “Mãos de Tesoura”, pela mania de cortar filmes sem dó, inclusive produções internacionais de arte, que adquiria para exibir nos Estados Unidos com o objetivo de fingir imagem oposta do que era. O livro conta que Weinstein achava que o diretor estava desperdiçando US$ 12 milhões no desenvolvimento de um roteiro de dois filmes. Ele queria que tudo coubesse num filme só. E se Jackson não conseguisse diminuir a duração do filme, ele seria substituído pelo diretor de “Shakespeare Apaixonado”, John Madden, ou por Quentin Tarantino. Jackson bateu o pé e foi buscar outro parceiro financeiro para o projeto. A franquia acabou indo para o estúdio New Line, que comprou os direitos da Miramax, produtora dos irmãos Weinstein, por US$ 12 milhões. Curiosamente, a New Line também concordou que dois filmes não era o ideal. Fez três! E faturou quase US$ 3 bilhões nas bilheterias mundiais. Em dezembro do ano passado, Peter Jackson contou parte dessa história, comparando o comportamento dos irmãos Weinstein a “pistoleiros da máfia de segunda classe”. O assunto veio à tona após o escândalo de assédio sexual do produtor. Jackson se lembrou que duas das atrizes que acusaram Harvey Weinstein foram vítimas de uma “campanha de difamação” para que não trabalhassem em “O Senhor dos Anéis”. Ao saber disso, Ashley Judd decidiu entrar com um processo contra Weinstein por prejudicar sua carreira. Além dela, Mira Sorvino também estava cotada para atuar em “O Senhor dos Anéis”. Como as duas se recusaram a ceder aos abusos de Weinstein, ele cumpriu a ameaça de boicotá-las. “Lembro que a Miramax nos disse que era um pesadelo trabalhar com elas e que devíamos evitá-las a todo custo”, assegurou Jackson. “Naquele momento não tínhamos nenhuma razão para questionar o que estes caras estavam dizendo… Mas agora suspeito que nos deram informação falsa sobre estas duas talentosas mulheres e, como resultado direto, seus nomes foram eliminados da nossa lista de casting”, lamentou o diretor. Na ocasião, Jackson pediu desculpas às atrizes por ter acreditado nas mentiras de quem agora se sabe ser um predador sexual, e lamentou ter sido cúmplice na lista negra que prejudicou suas carreiras.
Ashley Judd processa Harvey Weinstein por prejudicar sua carreira
A atriz Ashley Judd entrou com uma ação na justiça da Califórnia nesta segunda-feira (30/4) por difamação e assédio sexual, entre outras acusações, contra o produtor Harvey Weinstein, alegando que ele prejudicou sua carreira depois que ela recusou o seus avanços sexuais. O processo civil, apresentado no Tribunal Superior de Los Angeles, em Santa Monica, alega que Weinstein fez com que Judd perdesse uma papel importante no filme “O Senhor dos Anéis”, ao propagar “mentiras infundadas” contra ela. Na ação, o advogado da atriz alega que Weinstein “retaliou a sra. Judd por ela rejeitar seus abusos sexuais, quando ele a encurralou em um quarto de hotel sob o pretexto de discutir negócios”. “Weinstein usou seu poder na indústria do entretenimento para prejudicar a reputação de Judd e limitar sua capacidade de encontrar trabalho”, acrescenta o processo. O texto recorda que Judd sentia que algo “invisível” estava atrasando sua carreira, mas ela não percebeu o que era até dezembro, quando ficou claro que a culpa era de Weinstein. A atriz chegou a negociar com o diretor Peter Jackson e sua equipe em 1998 para interpretar um dos dois papéis principais na trilogia de fantasia, mas Weinstein “torpedeou” a oportunidade dizendo que ela “era um ‘pesadelo’ para se trabalhar e deveria ser evitada… a todo custo”. Assim, Weinstein teria usado seu poder na indústria do entretenimento para prejudicar a reputação de Ashley Judd e limitar sua capacidade de encontrar emprego em boas produções. Segundo a atriz, ela nunca soube porque não tinha sido escalada para o filme. A verdade só surgiu após ler uma entrevista de Jackson, publicada em dezembro, na qual ele contou o que houve, afirmando que, na época, não tinha razão para questionar o que lhe foi dito, mas que agora suspeitava ter sido alimentado com informações falsas para benefício da agenda de Weinstein. Na ocasião, Jackson pediu desculpas às atrizes por ter acreditado nas mentiras de quem agora se sabe ser um predador sexual, e lamentou ter sido cúmplice na lista negra que prejudicou suas carreiras. O processo contra Weinstein também detalha as alegações feitas por outras atrizes, incluindo Salma Hayek e Uma Thurman, que dizem que o magnata ameaçou suas carreiras depois que elas o rejeitaram sexualmente. Também alega que Mira Sorvino foi igualmente preterida para um papel de “O Senhor dos Anéis” pela mesma razão que Judd. Ashley Judd foi a primeira atriz famosa a denunciar o comportamento sexualmente abusivo de Harvey Weinstein, na reportagem do jornal The New York Times publicada em outubro de 2017, inspirando uma avalanche de acusações, que deram origem ao movimento de mídia social #MeToo contra assédio e agressão sexual. Por sua coragem ao interromper o silêncio das vítimas de Weinstein, ela foi considerada uma das personalidades do ano pela revista Time. Desde sua denúncia, mais de 70 mulheres vieram à público acusar Weinstein de assédio, abuso e até mesmo estupro.
Ator Paul Sorvino ameaça matar Harvey Weinstein pelo que fez com sua filha, Mira Sorvino
O ator Paul Sorvino canalizou seu personagem mafioso de “Os Bons Companheiros” ao revelar o que pretende fazer com Harvey Weinstein, após saber que o produtor colocou sua filha, a atriz Mira Sorvino, numa lista negra, que a impediu de conseguir bons papéis após vencer o Oscar em 1996 por “Poderosa Afrodite”. “É melhor esperar que ele vá para a cadeia”, disse Paul Sorvino a um repórter do site TMZ, que o abordou na tarde de terça-feira (2/1). “Porque se nos encontrarmos, acho que ele ficará estendido no chão”. Instigado a elaborar, diante da investigação criminal em andamento contra Weinstein, ele foi mais claro. “Bom para ele se for preso”, disse o ator. “Porque se não for, eu vou matar esse filho da p*ta. Simples assim”. Veja o vídeo desta conversa abaixo. Mira Sorvino foi uma das primeiras atrizes a vir a público com acusações de assédio contra Harvey Weinstein – na segunda reportagem sobre o tema e a primeira da revista New Yorker. Ao contrário de outras vítimas, ela confrontou o produtor na época dos casos, prestando queixas junto ao RH da produtora Miramax. Nada aconteceu. Ou melhor, desde então, sua carreira entrou em súbita decadência. No mês passado, os diretores Peter Jackson e Terry Zwigoff revelaram que Weinstein desencorajava cineastas a contratar a atriz, alegando que ela era “difícil”.
Fotos revelam volta de Famke Janssen à série The Blacklist após final trágico da midseason
A rede americana NBC divulgou fotos dos próximos episódios de “The Blacklist” (Lista Negra), que revelam a volta de Scottie Hargrave, a personagem da holandesa Famke Janssen, que estava sumida desde o cancelamento do spin-off “The Blacklist: Redemption”. Nas imagens, ela aparece confortando Liz (Megan Boone), após os trágicos eventos do final da midseason. Quando a 5ª temporada retornar para sua parte final, Liz estará atravessando um período incrivelmente difícil de luto, ao despertar de um coma e saber que tudo em sua vida mudou. Scottie voltará para servir de apoio para sua nora. “Estamos tão entusiasmados por ter Scottie Hargrave de volta!”, disse o criador da série, John Bokenkamp, em comunicado. “Não só amamos Famke, mas lembre-se – esta é a mãe de Tom, então ela e Liz estão ambos de luto pela morte de Tom Keen. Eu prometo que o encontro entre essas duas mulheres vai afetar a lista negra de uma maneira grande e inesperada”. A série volta a ser exibida em 3 de janeiro nos Estados Unidos.
Diretor de Papai Noel às Avessas confirma que Mira Sorvino estava numa lista negra de Weinstein
O diretor Terry Zwigoff resolveu se manifestar sobre a polêmica lista negra de Harvey Weinstein contra mulheres que lhe disseram “não”. Fazendo eco às declarações feitas por Peter Jackson, que revelou “conselho” para não contratar a atriz Mira Sorvino, Zwigoff disse que teve uma experiência similar. A história de Jackson veio à tona numa entrevista publicada na sexta (15/12) e reforçada numa declaração oficial, após Weinstein tentar negar os fatos. O diretor revelou que o produtor e seu irmão foram contra a inclusão das atrizes Ashley Judd e Mira Sorvino em “O Senhor dos Anéis”, alegando que elas eram “difíceis” de trabalhar. As duas estão entre as atrizes que encabeçaram as denúncias de abuso sexual contra Weinstein. Ao final, Jackson pediu desculpas a Judd e Sorvino por ter acreditado nas mentiras de quem agora se sabe ser um predador sexual, e lamentou ter sido cúmplice na lista negra que prejudicou suas carreiras. Após ler a manifestação de Jackson, Zwigoff tuitou: “Eu estava interessado em incluir Mira Sorvino em ‘Papai Noel às Avessas’, mas toda vez que eu mencionava o nome dela por telefone para os Weinstein, eu ouviria um CLICK. Que tipo de pessoa simplesmente desliga na sua cara assim? Eu acho que agora todos sabemos o tipo de pessoa. Eu realmente sinto muito, Mira”. As duas declarações, somadas à história de Robert Rodriguez sobre Rose McGowan, confirmam a existência de uma lista negra. O produtor usou sua rede de conexões para destruir as carreiras das atrizes que não aceitaram seus avanços. As vítimas já tinham revelado as ameaças, e agora testemunhas se materializam no que pode virar um processo coletivo bilionário de estrelas de Hollywood por perdas e danos contra Harvey e Bob Weinstein. I was interested in casting Mira Sorvino in BAD SANTA, but every time I mentioned her over the phone to the Weinsteins, I'd hear a CLICK. What type of person just hangs up on you like that?! I guess we all know what type of person now. I'm really sorry Mira. https://t.co/9U0PsL2yS5 — Terry Zwigoff (@realzwigoff) December 16, 2017
Peter Jackson reforça acusação contra Weinstein e pede desculpas a Ashley Judd e Mira Sorvino
O diretor Peter Jackson emitiu uma declaração oficial reforçando sua denúncia de que Harvey Weinstein vetou a participação das atrizes Ashley Judd e Mira Sorvino nos filmes de “O Senhor dos Anéis”. A iniciativa foi tomada após Weinstein soltar sua própria nota a respeito da entrevista do cineasta, alegando que a acusação era falsa, porque o elenco só foi contratado quando o projeto saiu de suas mãos e foi adquirido pela produtora New Line. Jackson sustenta a história que contou numa entrevista nesta sexta-feira (15/12), sobre como o produtor e seu irmão foram contra a inclusão das atrizes no elenco, durante a fase de desenvolvimento do projeto, que aconteceu na produtora Miramax. Ashley Judd e Mira Sorvino estão entre as principais atrizes que encabeçaram as denúncias de abuso sexual contra Weinstein. Ele também pediu desculpas às atrizes por ter acreditado nas mentiras de quem agora se sabe ser um predador sexual, e lamentou ter sido cúmplice na lista negra que prejudicou suas carreiras. Leia abaixo o texto de Jackson na íntegra: “Aspectos da negação de Harvey são insinceros. Ele basicamente diz que ‘esta lista negra não pode ser verdade porque a New Line lançou o filme”. Isso é uma deflexão da verdade. Por 18 meses em que nós desenvolvemos ‘O Senhor dos Anéis’ na Miramax, tivemos muitas conversas de elenco com Harvey Weinstein, Bob Weinstein e seus executivos. Durante este período, nenhuma oferta foi feita aos atores porque isso ocorre depois que um filme ganha sinal verde, e a Miramax nunca sinalizou estes filmes. No entanto, muitas conversas ocorreram internamente em relação ao potencial elenco. Fran Walsh e eu lembramos que Morgan Freeman, Paul Scofield, David Bowie, Liam Neeson, Natascha McElhone, Claire Forlani, Francesca Annis, Max von Sydow e Daniel Day Lewis foram alguns dos nomes discutidos com a Miramax pora possíveis papéis nos filmes de ‘O Senhor dos Anéis’. Entre os muitos nomes citados, Fran e eu expressamos nosso entusiasmo por Ashley Judd e Mira Sorvino. Na verdade, até nos encontramos com Ashley e discutimos dois possíveis papéis com ela. Após essa reunião, a Miramax nos mandou ficar longe de Ashley e Mira, porque alegaram ter tido “más experiências” com essas atrizes em particular no passado. Fran Walsh estava na mesma reunião e lembra esses comentários negativos sobre Ashley e Mira tão claramente quanto eu. Não temos motivos para inventar isso. Este tipo de comentário não é incomum – pode acontecer com qualquer estúdio em qualquer filme, quando os nomes de atores diferentes surgem numa conversa – , mas uma vez que você ouve comentários negativos sobre alguém, você não esquece. Nós não estávamos em posição de oferecer a Ashley ou Mira um papel nos filmes, mas tentamos que seus nomes fossem adicionados a uma lista quando o elenco começou a ser definido. Cada papel pode ter muitos nomes de atores listados para futuras audições e reuniões. Nesses relacionamentos de cineastas/estúdio, deve haver consenso na hora de escolher as opções – qualquer um dos lados geralmente pode vetar nomes sugeridos por várias razões, e nos dias anteriores a ‘O Senhor dos Anéis’, não tínhamos o poder de impor ao estúdio uma escolha de elenco. O filme mudou de mãos da Miramax para a New Line antes que o elenco realmente fosse contratado. Mas como nós fomos avisados sobre Ashley e Mira pela Miramax, e nós somos ingênuos o suficiente para assumir que nos disseram a verdade, Fran e eu não incluíamos seus nomes nas conversas sobre o elenco com a New Line. Quase 20 anos depois, lemos sobre as alegações de má conduta sexual feitas contra Harvey Weinstein e vimos comentários de Mira e Ashley, que sentiram que tinham sido colocados numa lista negra pela Miramax depois de rejeitarem os avanços sexuais de Harvey. Fran e eu imediatamente nos lembramos da reação negativa da Miramax quando apresentamos seus nomes e nos perguntamos se, inconscientemente, fomos cúmplices de um suposto prejuízo para suas carreiras, pelas mãos da Miramax. Não temos evidências diretas que liguem as alegações de Ashley e Mira às conversações de 20 anos atrás sobre ‘O Senhor dos Anéis’, mas nós defendemos o que nos foi dito pela Miramax quando levantamos os dois nomes, e estamos relatando isso com precisão. Se fomos cúmplices inconscientes para prejudicar suas carreiras, Fran e eu pedimos desculpas incondicionais tanto para Ashley quanto para Mira.”










