Estreias: “Aranhaverso”, comédias pro Dia dos Pais e as novidades do streaming
A mais recente animação do Homem-Aranha finalmente chega no cinema em casa, enquanto as plataformas de streaming lançam filmes inéditos para adolescentes e fãs do cinema de ação. Entre gritos de terror, explosões e beijos, a programação digital também reserva duas comédias para comemorar o Dia dos Pais em família. Confira abaixo os 10 principais lançamentos online da semana. HOMEM-ARANHA: ATRAVÉS DO ARANHAVERSO | VOD* Com duração de 2 horas e 20 minutos, a nova adaptação dos quadrinhos da Sony/Marvel é a animação mais longa já produzida em Hollywood. E também uma das mais bonitas já feitas, graças ao visual extremamente colorido – inspirado tanto nos quadrinhos quanto na pop art. Continuação de “Homem-Aranha no Aranhaverso”, a produção traz uma nova aventura de Miles Morales (voz original de Shameik Moore) e Gwen-Aranha (Hailee Steinfeld). Convidado por Gwen a conhecer o centro do Aranhaverso, onde todos os Homens-Aranhas de diferentes realidades convivem, Miles também reencontra o Peter Parker (Jake Johnson) do primeiro filme, que agora tem uma filha, e descobre o que todos, menos ele, têm em comum: uma tragédia em suas histórias de origem. Ao perceber que a tragédia em sua família está prestes a acontecer, Miles decide impedi-la, o que o coloca contra o Homem-Aranha 2099, dublado por Oscar Isaac (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”), para quem uma mudança na linha do tempo poderia acabar com o Aranhaverso. Inconformado, Miles prefere fazer seu próprio destino, originando o conflito da trama, que ainda inclui um vilão capaz de viajar pelo multiverso. Mas o que mais chama atenção no longa é que cada personagem tem seu próprio estilo visual, muitos deles contrastantes, que ainda assim combinam maravilhosamente bem com a narrativa. A direção está a cargo do trio formado por Kemp Powers (roteirista e co-diretor de “Soul”), o português Joaquim dos Santos (“Avatar: A Lenda de Korra”) e Justin K. Thompson (especialista em backgrounds que trabalhou em “Star Wars: Clone Wars”). Eles substituem o trio original vencedor do Oscar de Melhor Animação, formado por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman. Já o roteiro ficou a cargo dos produtores do primeiro longa, Phil Lord e Chris Miller, junto com David Callaham (“Mulher-Maravilha 1984”). VERMELHO, BRANCO E SANGUE AZUL | AMAZON PRIME VIDEO Adaptação do best-seller de Casey McQuiston, a comédia romântica traz Taylor Zakhar Perez (“A Barraca do Beijo 3”) como Alex Claremont-Diaz, filho da presidente dos Estados Unidos, e Nicholas Galitzine (“Cinderela”) na pele do príncipe britânico Henry. Os dois têm muito em comum: beleza estonteante, carisma inegável, popularidade internacional e um total desdém um pelo outro. Separados por um oceano, sua rivalidade nunca foi um problema, até que um desastroso – e muito público – confronto em um evento real se torna alimento para tabloides, potencialmente colocando em risco as relações entre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha no pior momento possível. Para controlar os danos, suas famílias poderosas forçam os dois rivais a uma “trégua” encenada. Mas o que a princípio começa como uma amizade falsa e instagramável se transforma em algo mais significativo do que Alex ou Henry poderiam imaginar. Logo Alex se vê envolvido em um romance secreto com um Henry surpreendentemente desajeitado, o que pode complicar a campanha de reeleição de sua mãe e implodir de vez as relações entre as duas nações. Direção e roteiro são assinados pelo dramaturgo Matthew López (“The Inheritance”), vencedor do Tony, que faz sua estreia em longas-metragens. A produção é de Greg Berlanti (o criador do “Arrowverso” e diretor de “Com Amor, Simon”), e o elenco coadjuvante traz Uma Thurman (“Kill Bill”) como presidente dos EUA, além de Clifton Collins Jr. (“Westworld”), Sarah Shahi (“Adão Negro”), Rachel Hilson (“Com Amor, Victor”), Stephen Fry (“Sandman”), Ellie Bamber (“Willow”) e Thomas Flynn (“Bridgerton”). ZOEY 102 | PARAMOUNT+ Jamie Lynn Spears (a irmã de Britney) volta ao papel de Zoey Brooks, 15 anos após o final da série da Nickelodeon, para o primeiro filme derivado da atração. Na trama, os personagens já passaram da adolescência e encaram os desafios da vida adulta. Após anos afastados desde o fim do Ensino Médio, todos se reúnem para celebrar um casamento: de Quinn (Erin Sanders) e Logan (Matthew Underwood). Mas alguns casais não permaneceram juntos ao final da série, como Zoey e Chase (Sean Flynn). Para evitar a saia justa, Zoey decide contratar um namorado fictício para acompanhá-la e evitar que encontre o ex-namorado solteira. Com uma proposta nostálgica, a trama também promete revelar os destinos de outros personagens queridos, como Michael Barrett (Christopher Massey), melhor amigo de Chase. Além disso, Abby Wilde e Jack Salvatore voltam como Stacey Dillsen e Mark Del Figgalo, respectivamente. Mas nem todos integrantes do elenco original estarão presentes no longa. Por mais que sua ausência já fosse esperada, a atriz Alexas Nikolas realmente não aparece na produção. Nos últimos anos, ela relatou diversas acusações de abuso infantil contra o criador do seriado, Dan Schneider. Na série, ela deu vida à Nicole Bristow, colega de quarto e melhor amiga de Zoey até a 2ª temporada. Outros personagens ausentes são Lola Martinez, interpretada por Victoria Justice, e o ator indicado ao Oscar Austin Butler, que interpretou James Garret. Enquanto Justice entrou na série na 2ª temporada como nova colega de quarto de Zoey, o intérprete de Elvis no cinema foi o interesse amoroso da protagonista na 4ª e última temporada. Além dos rostos conhecidos, o filme apresentará novos personagens. Thomas Lennon (“Reno 911!”) será Kelly Kevyn, o chefe de Zoey, enquanto Owen Thiele (“Theater Camp”) assumirá o papel de Archer March, um amigo próximo da protagonista. Por fim, Dean Geyer (“A Praia Assassina”) será Todd, o namorado de mentira de Zoey. É importante ressaltar que Dan Schneider, criador da série original, não está envolvido na produção. Responsável por outros programas de sucesso do canal, como “Drake & Josh” e “Brilhante Vitória”, ele permanece afastado de todos os projetos da Nickelodeon/Viacom após sofrer uma série de acusações de assédio sexual e moral. AGENTE STONE | NETFLIX O thriller de ação estrelado e produzido por Gal Gadot (a “Mulher-Maravilha”) investe em cenas intensas, explosões e muita tensão para introduzir a história de uma agência secreta de espionagem, que usa tecnologia avançada para impedir ameaças potenciais à segurança global. Entretanto, enquanto os agentes comemoram seus feitos, são inesperadamente derrotados por uma hacker. Inconformada, a protagonista resolve agir mesmo sem o apoio do computador conhecido como Coração, contando com sua habilidade e seus parceiros de confiança para derrotar os inimigos. O elenco também conta com Jamie Dornan (“Cinquenta Tons de Cinza”), Matthias Schweighöfer (“Army of the Dead”), Jing Lusi (“Podres de Ricos”), Paul Ready (“The Terror”) e a indiana Alia Bhatt (“RRR: Revolta, Rebelião, Revolução”) como a antagonista. O filme é uma tentativa clara da Netflix de estabelecer uma nova franquia de ação estrelada por grandes estrelas, por isso apela para sequências ao estilo de James Bond, mas com uma mulher maravilha no centro de tudo. Gadot é a força motriz da trama, com Dornan mostrando tons de cinza sob a aparência descontraída de seu personagem. A química natural entre os dois carrega o filme, mas não é suficiente para diferenciá-lo de uma versão genérica de 007/Missão: Impossível. O roteiro é do autor de quadrinhos Greg Rucka (“The Old Guard”) e de Allison Schroeder (“Estrelas Além do Tempo”), e a direção é de Tom Harper (“The Aeronauts”). E todo esse esforço acabou destruído pela crítica nos EUA, com apenas 25% de aprovação no Rotten Tomatoes. DEMONÍACA | VOD* O terror explora a angústia de uma família em uma fazenda remota no Texas. A trama começa quando os irmãos Louise (Marin Ireland, de “The Umbrella Academy”) e Michael (Michael Abbott Jr., de “Amor Bandido”) visitam a fazenda da família, onde seu pai está à beira da morte. A mãe os recebe com relutância, alertando sobre uma força diabólica que tomou posse da casa. Com o tempo, eles percebem que algo sinistro realmente se apoderou dos pais, manifestando-se através de visões perturbadoras e eventos cada vez mais violentos. A sensação de abandono da fazenda e o vazio entre os membros da família formam um cenário perfeito para o mal, que cresce mais audaz e inquietante conforme o filme avança. A direção é de Bryan Bertino, que ganhou notoriedade em 2008 com seu trabalho de estreia “Os Estranhos”. Agora, o diretor retorna às suas raízes do horror, aplicando uma abordagem sombria e minimalista como em seu filme anterior. Ele evita o uso excessivo de trilhas sonoras estridentes ou clichês visuais, optando por um estilo de direção que induz medo de maneira mais sutil e impactante. A obra mantém uma consistência estilística com “Os Estranhos”, evidenciando o comprometimento do diretor com um horror niilista e implacável. O JUIZO | VOD* O terror brasileiro chama atenção por ser uma produção em família, dirigida por Andrucha Waddington (“Sob Pressão”), escrita por sua esposa Fernanda Torres (autora de “Os Outros”) e estrelada por seu filho, Joaquim Torres Waddington (“Diário de um Confinado”), e até sua sogra famosa, Fernanda Montenegro (“Doce de Mãe”). Trata-se de uma história de maldição sobrenatural com raízes na escravidão, que até lembra as tramas dos antigos quadrinhos de Júlio Shimamoto. Em crise no casamento devido ao alcoolismo e por ter perdido o emprego, Augusto Menezes (Felipe Camargo, de “Santo Maldito”) decide se mudar com esposa (Carol Castro, de “Maldivas”) e filho (Joaquim Torres Waddington) para uma fazenda herdada de seu avô. O que ele não imaginava era que a propriedade fosse assombrada por Couraça (o rapper Criolo) e Ana (Kênia Bárbara, de “Os Outros”), escravos decididos a se vingar dos antepassados de Augusto. MEU PAI É UM PERIGO | VOD* A comédia de Dia dos Pais gira em torno dos problemas de relacionamento entre um filho adulto (Sebastian Maniscalco, de “Green Book: O Guia”) e seu pai (Robert De Niro, de “O Irlandês”). A trama acompanha Sebastian, um sujeito que está prestes a visitar a família rica da sua namorada (Leslie Bibb, de “O Legado de Júpiter”). Sem ter onde deixar o pai idoso, ele acaba levando-o na viagem. Uma vez lá, o pai parece fazer de tudo para envergonhar o filho – até matar o pavão de estimação da família da nora, para servi-lo no jantar. Mas, aos poucos, os dois começam a criar uma conexão que não existia antes. Considerado sem graça pela maioria da crítica, o filme dirigido por Laura Terruso (“Dançarina Imperfeita”) ainda conta com Kim Cattrall (“How I Met Your Father”), Anders Holm (“Inventando Anna”), David Rasche (“Succession”) e Brett Dier (“Jane the Virgin”) no elenco. PAPAI É POP | AMAZON PRIME VIDEO Outra comédia de Dia dos Pais, a produção brasileira traz o ator Lázaro Ramos aprendendo a ser pai. Ele vive Tom, um homem comum que vê sua vida mudar com o nascimento da filha. Ao lado da esposa Elisa (Paolla Oliveira), precisa aprender na prática como cuidar da bebezinha e, em meio a situações da vida cotidiana, passar por uma transformação radical para se tornar um pai presente. Baseado no livro homônimo de Marcos Piangers, o filme mostra a diferença entre teoria e prática em relação à paternidade – e vai fundo no didatismo. O roteiro é de Ricardo Hofstetter (“Malhação”) e a direção de Caito Ortiz (do divertido “O Roubo da Taça”). FERVO | STAR+ A comédia brasileira tem praticamente a premissa da série “Ghost” (Paramount+). Um casal se muda para uma nova casa, sem saber que ela é assombrada, e começa a interagir com os fantasmas, que são mais divertidos que assustadores. O diferencial nacional é que a casa costumava ser um local de “fervo” LGBTQIAP+ e agora reúne drag queens do além. Além disso, o enredo é estruturado a base de esquetes, que possibilitam um desfile enorme de convidados especiais – de Paulo Vieira a Marcelo Adnet. A direção é de Felipe Joffily, que na semana passada lançou outra comédia nos cinemas, “Nas Ondas da Fé”. Já o elenco...
Filme brasileiro é selecionado para os festivais de Toronto e San Sebastián
O drama brasileiro “Pedágio”, dirigido por Carolina Markowicz, foi selecionado para os festivais de Toronto, no Canadá, e San Sebastián, na Espanha. A seleção em Toronto marca a volta da diretora ao evento canadense. No ano passado, Carolina apresentou seu longa de estreia “Carvão” no mesmo festival. O elenco principal da única produção brasileira no evento destaca Maeve Jinkings e Thomás Aquino (ambos de “Os Outros”), Kauan Alvarenga (que trabalhou no curta “O Órfão”, da diretora), Aline Marta Maia (“Carvão”) e Isac Graça (da série portuguesa “Três Mulheres”). Trama controversa e atual Maeve Jinkings também estrelou “Carvão” e volta a trabalhar com a cineasta no papel de Suellen, uma funcionária de pedágio nas cercanias de Cubatão, São Paulo, que certo dia percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra. Mas tudo por uma causa nobre: conseguir pagar um caríssimo tratamento para o que considera ser um grande problema do seu filho, “seu jeito diferente”. Trata-se da infame cura gay, oferecida por um famoso pastor estrangeiro. O filme retrata a opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+ e apresenta o drama com humor ácido. A diretora e roteirista Carolina Markowicz comentou sobre a relevância do tema: “O fosso conservador que vivemos nos últimos tempos serviu para deixar bem à vontade cada indivíduo que se achasse no direito de proferir críticas e até agressões à população LGBTQIA+”. Rodado em Cubatão, o filme tem produção da Biônica Filmes, O Som e a Fúria e Globo Filmes. Na corrida pelo Oscar O Festival de Toronto acontece de 7 a 17 de setembro, enquanto o de San Sebastián é realizado de 22 a 30 de setembro. Além da seleção nos prestigiados eventos internacionais, “Pedágio” está em busca de uma vaga no Oscar. O filme está inscrito entre os longas brasileiros que tentarão uma vaga na disputa de melhor filme internacional em 2024.
J.K. Rowling é removida do Museu de Cultura Pop após falas transfóbicas
J.K. Rowling foi removida do espaço dedicado à história de “Harry Potter” no Museu de Cultura Pop, localizado em Seattle, nos Estados Unidos. Essa não é a primeira retaliação sofrida pela autora por conta de suas falas transfóbicas. Segundo a gerente de projetos Chris Moore, o espaço decidiu retirar o nome e as imagens da autora para dar espaço para outros envolvidos no mundo bruxo. “Você verá os artefatos sem nenhuma menção ou imagem da autora”, afirmou no blog oficial do Museu. “Afinal, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint são aliados incrivelmente vocais (da comunidade LGBT). Devemos esquecer o trabalho deles agora que a autora original é terrível? Não estou nem falando em ‘separar a arte do artista’, mas sim em dar o devido crédito.” Moore falou sobre ter sido afetado pelo discurso de Rownling, já que se identifica como um homem trans. Ele ainda destaca que perdeu o encanto por “Harry Potter”, uma de suas séries favoritas de livros. “‘Harry Potter’ foi publicado pela primeira vez em 1997 e comecei a lê-lo em 1998, quando foi lançado no mercado americano. Vou ser fiel a mim mesmo dizendo que estava meio que esperando minha própria coruja depois de ler o primeiro livro. Quando eu era criança, os temas superficiais em Harry Potter de aceitação dos outros e de proteção das pessoas contra maus-tratos eram incrivelmente atraentes para mim.” Não para por aí! Chris Moore também revelou que a autora e sua equipe teriam perseguido Jessie Earl, uma das ex-editoras de vídeo do MoPOP que demonstrou apoio financeiro para fãs trans da saga de “Harry Potter”. “Há uma certa entidade fria, sem coração e sugadora de alegria no mundo de Harry Potter e, desta vez, não é realmente um dementador. Adoraríamos seguir a teoria da Internet de que esses livros foram realmente escritos sem um autor, mas essa certa pessoa é um pouco vocal demais com suas visões super odiosas e divisivas para serem ignoradas.” Por fim, Moore falou sobre o livro “Sangue Revolto” (Troubled Blood), no qual a autora retrata uma travesti assassina como a grande vilã. “Acaba sendo um romance inteiro de táticas de susto transfóbicas veladas”, ele opinou. “Estaremos sempre buscando melhorias. Não somos perfeitos nessa prática, mas é por isso que se chama prática”, completou o comunicado do Museu de Cultura Pop.
Noah Schnapp revela que “Stranger Things” o ajudou a se assumir gay
O ator Noah Schnapp, conhecido por seu papel como Will Byers na série “Stranger Things”, revelou em uma entrevista publicada nesta segunda (7/8) pela revista Variety que interpretar seu personagem o ajudou a se assumir gay. Schnapp, que se assumiu publicamente em janeiro deste ano por meio de um vídeo no TikTok, falou sobre os paralelos entre sua própria jornada e a de seu personagem. O papel de Will Byers na vida do ator “Uma vez que eu abracei de vez o fato de Will ser gay, foi uma curva exponencial até que eu aceitasse a mesma verdade sobre mim”, disse Schnapp à Variety. “Eu não sei onde eu estaria se não tivesse Will na minha vida, me ajudando a chegar nesse lugar. Acho que, se não tivesse interpretado esse personagem, ainda estaria no armário.” Schnapp identificou o momento em que falou abertamente pela primeira vez sobre a sexualidade de Will como um “test drive” para a sua própria saída do armário. “Na internet, todo mundo reagiu de forma positiva. Vi muitos comentários no Instagram e no TikTok, e nenhum deles ruim. Eu pensei: ‘Se ele tem todo esse apoio, por que eu preciso me preocupar?'”. A decisão de se assumir publicamente Apesar do apoio que viu para seu personagem, a decisão de se assumir publicamente não foi fácil para Schnapp. “Eu me lembro de pesquisar por listas de atores que tinham saído do armário, para ter certeza que a minha carreira não seria prejudicada. Todo eles parecem pessoas bem-sucedidas e felizes. No fim das contas, decidi que tinha que falar sobre isso com todo mundo, não só com o meu círculo pessoal, para não sentir que estava escondendo alguma coisa”, contou. O impacto da vida fora do armário na atuação Agora que está fora do armário, Schnapp acredita que isso pode ter um impacto em seu desempenho nas telas. “Eu acho que a minha atuação na 5ª temporada pode ser um pouco diferente do que os fãs viram antes. Eu estou muito consciente de quem eu sou, e isso muda um ator. Sabendo tudo o que eu sei sobre mim mesmo, posso investir isso no personagem. Estou muito animado.” O futuro de Will Byers em “Stranger Things” No perfil da Variety, Ross Duffer, co-criador de “Stranger Things”, afirmou que Will Byers terá um papel central na 5ª temporada da série. “Will é realmente central na quinta temporada”, ele disse. “Este arco emocional para ele é o que nós sentimos que amarrará a série toda. Will está acostumado a ser o mais novinho, o introvertido, o que está sendo protegido. Portanto, parte de sua jornada não é apenas sexualidade — é Will se tornando um jovem homem.” As quatro temporadas de “Stranger Things” estão disponíveis para streaming na Netflix. A 5ª temporada ainda não tem data de estreia anunciada.
William Friedkin, diretor de “O Exorcista”, morre aos 87 anos
O diretor William Friedkin, vencedor do Oscar por “Conexão Francesa” (1971) e responsável pelo icônico “O Exorcista” (1973), faleceu nesta segunda-feira (7/8) em Los Angeles aos 87 anos. Com uma carreira de mais de cinco décadas, ele era um dos diretores mais admirados da “Nova Hollywood”, uma onda de cineastas brilhantes que deixaram sua marca na década de 1970, como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Michael Cimino, Peter Bogdanovich, Steven Spielberg e George Lucas, entre outros. Início de carreira Nascido em Chicago em 29 de agosto de 1935, Friedkin era filho único de uma ex-enfermeira que ele chamava de “santa” e de um pai que alternava entre empregos para pagar as contas. Ambos vieram com suas famílias judaicas em fuga da Ucrânia após os pogroms do início do século 20. Friedkin começou sua carreira cuidando das entregas de correio de uma estação de TV de Chicago, WGN, onde rapidamente ascendeu para a direção de programas de televisão ao vivo e documentários. Ele afirmou ter dirigido cerca de 2 mil programas de TV durante esses primeiros anos, incluindo o documentário de 1962 “The People vs. Paul Crump”, sobre a reabilitação de um homem no corredor da morte. O documentário ganhou o Golden Gate Award no San Francisco Film Festival e o levou a liderar a divisão de documentários da WBKB e, posteriormente, a um trabalho dirigindo documentários para o produtor David L. Wolper. A transição para o cinema aconteceu com “Good Times” (1967), uma comédia musical estrelada pelo casal de cantores Sonny e Cher. O filme, que parodiava vários gêneros de filmes populares da época, como westerns, filmes de espionagem e dramas de guerra, foi uma oportunidade para Sonny e Cher mostrarem seu talento cômico e musical. Embora não tenha sido um grande sucesso de bilheteria, a obra serviu como um trampolim para a carreira de Friedkin. Após “Good Times”, Friedkin dirigiu outra comédia musical, “Quando o Strip-Tease Começou” (1968), e o suspense “Feliz Aniversário” (1968), adaptação da peça homônima de Harold Pinter, que recebeu elogios da crítica e ajudou a estabelecer a reputação do cineasta. Este filme, juntamente com outra adaptação de teatro, “Os Rapazes da Banda” (1970), demonstrou a habilidade de Friedkin em trabalhar com material dramático complexo e temas provocativos. Primeiro impacto O cineasta começou a dizer a que veio com “Os Rapazes da Banda”, drama baseado na peça de Mart Crowley sobre um grupo de homossexuais em Nova York. O longa marcou época como uma das primeiras produções de Hollywood a retratar personagens gays de maneira aberta e sem julgamentos, e é considerado uma das obras mais importantes da representação LGBTQIAPN+ no cinema. Na época, foi um escândalo, mas não afetou sua carreira como muitos lhe avisaram. Na verdade, teve efeito contrário. A influência de “Os Rapazes da Banda” na trajetória de Friedkin não pode ser subestimada. O filme demonstrou a habilidade do cineasta em lidar com material provocativo e complexo, e estabeleceu-o como um diretor disposto a correr riscos e a desafiar as convenções de Hollywood. A consagração de “Conexão Francesa” A consagração de Friedkin veio no ano seguinte com “Conexão Francesa” (1971), um thriller policial baseado em uma história real sobre dois detetives da polícia de Nova York que tentam interceptar um grande carregamento de heroína vindo da França. Filmado com um orçamento modesto de US$ 1,5 milhão, fez bom uso da experiência documental do diretor para registrar realismo visceral e suspense de tirar o fôlego. A sequência de perseguição de carro do policial Popeye Doyle, interpretado por Gene Hackman, a um trem elevado sequestrado no Brooklyn, é frequentemente citada como a melhor cena de perseguição de carro já filmada. Ela foi rodada sem permissões oficiais nas ruas do Brooklyn, de forma clandestina e em meio ao tráfego real. Friedkin queria que a sequência fosse o mais autêntica possível, então ele e sua equipe filmaram uma perseguição real em alta velocidade, com Hackman de fato dirigindo seu carro. “Conexão Francesa” dominou o Oscar de 1972, vencendo o prêmio de Melhor Filme, Ator (Gene Hackman), Edição, Roteiro Adaptado e, claro, Melhor Direção. A revolução de “O Exorcista” Friedkin conseguiu superar a tensão de “Conexão Francesa” com “O Exorcista”, adaptação do best-seller de terror de William Peter Blatty sobre a possessão demoníaca de uma jovem. Lançado no final de dezembro de 1973, tornou-se um sucesso fenomenal, um dos maiores sucessos de bilheteria de Hollywood até aquela data, com vendas de ingressos de mais de US$ 200 milhões. Foi também o primeiro terror a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme – além de outras 9 estatuetas, incluindo novamente Melhor Direção. O filme é famoso por suas cenas intensas e efeitos especiais inovadores. Durante as filmagens, Friedkin usou várias técnicas para obter as reações desejadas de seus atores. Por exemplo, ele disparou uma arma no set para assustar Jason Miller (que interpretou o Padre Karras) e obter uma reação de choque genuína. Além disso, a cena em que Regan (Linda Blair), a menina possuída, vomita sopa de ervilha no Padre Karras foi realizada com uma mangueira escondida e a sopa foi realmente atirada no ator. Para completar, como teste para ver se a boneca animatrônica de Regan, que girava a cabeça em 360 graus, seria convincente o suficiente, pediu para a equipe levá-la em passeios de táxi, deixando motoristas apavorados – foi a primeira pegadinha de terror da História. Mas “O Exorcista” (1973) não foi um marco apenas no gênero de terror, com sua bilheteria recorde e tratamento de superprodução. Seu lançamento desempenhou um papel crucial na formação da era moderna dos blockbusters. O filme foi um fenômeno cultural e comercial, arrecadando mais de US$ 441 milhões em todo o mundo, um feito impressionante para a época. A década de 1970 foi um período de transição significativa para a indústria cinematográfica. Antes de “O Exorcista”, os filmes eram geralmente lançados em um pequeno número de cinemas e só depois se expandiam para um lançamento mais amplo. No entanto, “O Exorcista” quebrou esse molde com um lançamento em larga escala, chegando a centenas de cinemas simultaneamente. Esse método de distribuição, agora conhecido como “lançamento de saturação”, foi uma estratégia de marketing inovadora que ajudou a maximizar a receita do filme e a criar um burburinho imediato. Além disso, “O Exorcista” foi um dos primeiros filmes a usar uma campanha de marketing extensa e agressiva, com trailers provocativos e pôsteres icônicos que se tornaram sinônimos do filme. Essa abordagem de marketing, que agora é padrão na indústria cinematográfica, foi pioneira na época e contribuiu para o sucesso estrondoso do filme. O efeito de “O Exorcista” na indústria cinematográfica abriu caminho para os blockbusters que se seguiram, como “Tubarão” (1975) e “Guerra nas Estrelas” (1977), que usaram os mesmos métodos de saturação e campanhas de marketing agressivas para alcançar um público amplo e gerar receitas recordes, dando início ao cinema moderno. A ressaca Após o sucesso de “Conexão Francesa” e “O Exorcista”, Friedkin tornou-se um dos diretores mais venerados de Hollywood. No entanto, seu filme seguinte foi um documentário de 1975 em que entrevistava um de seus ídolos, o alemão Fritz Lang, diretor do clássico “Metrópolis” (1927) e de vários filmes noir famosos. Depois, decidiu fazer um remake de “O Salário do Medo”, o clássico thriller francês de Henri-Georges Clouzot de 1953. “O Comboio do Medo” (1977) trouxe Roy Scheider no papel originalmente interpretado por Yves Montand, mas a maioria dos críticos achou o filme longo e pouco emocionante em comparação ao original. Foi lançado ao mesmo tempo que “Guerra nas Estrelas” e sumiu rapidamente. Pelo menos, ganhou revisão histórica e voltou a ser considerado um filme importante com o passar do tempo, ao contrário de seu filme seguinte, a comédia policial “Um Golpe Muito Louco” (1978), pouquíssimo lembrada. Nova polêmica O diretor voltou a ousar com “Parceiros da Noite” (1980), com Al Pacino como um detetive de Nova York que se infiltra em bares gays e na subcultura S&M da cidade para resolver um assassinato. O filme provocou forte oposição de ativistas gays, que se opuseram à representação da comunidade e o consideraram nocivo à sua luta por aceitação, para grande desgosto de Friedkin. Mas este longa também se tornou cultuado com o passar dos anos. Alguns críticos e espectadores reavaliaram o filme, argumentando que, apesar de suas falhas, ele oferece uma visão fascinante e complexa da subcultura gay de Nova York no final dos anos 1970. Além disso, a performance intensa de Al Pacino e a direção estilizada de Friedkin foram reconsideradas, e o filme é atualmente reconhecido por sua abordagem sem rodeios de um tema que era considerado tabu na época. Influência nos anos 1980 Depois de marcar o cinema dos anos 1970, Friedkin criou nova estética cinematográfica que acabou adotada por vários cineastas dos 1980 com “Viver e Morrer em Los Angeles” (1985), outro de seus filmes emblemáticos. O thriller policial, que segue dois agentes federais (William Petersen e John Pankow) em uma caçada implacável a um falsificador de dinheiro (Willem Dafoe), é conhecido por sua paleta de cores vibrantes, cinematografia estilizada, abordagem fashion do mundo do crime e trilha sonora sintetizada pulsante, composta pela banda britânica Wang Chung. Esses elementos combinados criaram uma atmosfera que capturou a essência da cultura pop dos anos 1980. Friedkin criou uma nova linguagem, influenciada pela crescente popularidade dos videoclipes da época, aproveitando as técnicas visuais inovadoras que estavam sendo usadas nesse meio para criar uma obra que era tanto uma experiência sensorial quanto uma narrativa de suspense. Ele combinou cenas que pareciam sair da MTV com algumas de suas marcas mais conhecidas, incluindo outra perseguição de carros que é considerada uma das melhores de todos os tempos. Síntese visual dos anos 1980, o filme teve uma influência significativa para as produções de ação que se seguiram, especialmente os filmes de Tony Scott e Michael Bay. Volta matadora no século 21 Friedkin continuou a dirigir suspenses, terrores e filmes de ação, como “Síndrome do Mal” (1987), “A Árvore da Maldição” (1990), “Jade” (1995). “Regras do Jogo” (2000), “Caçado” (2003) e “Possuídos” (2006), mas nenhum deles teve um terço da repercussão de seus trabalhos anteriores. Seu último filme, “Killer Joe – Matador de Aluguel” (2011), foi um thriller sombrio estrelado por Matthew McConaughey como um assassino de aluguel, contratado por um jovem traficante de drogas (Emile Hirsch) para matar sua mãe e coletar o dinheiro do seguro. Quando o traficante não consegue pagar o adiantamento de Joe, ele sugere uma alternativa perturbadora: a irmã mais nova do jovem (Juno Temple) como “garantia sexual” até que o pagamento seja feito. Chocante, mas irresistivelmente envolvente, o filme baseado numa peça de Tracy Letts, foi classificado como NC-17, a mais elevada classificação etária permitida nos cinemas dos EUA, que normalmente limita a distribuição e a bilheteria de um filme. Friedkin não quis negociar e conseguiu lançar o filme sem cortes apenas para maiores de idade. Sacrificando o sucesso comercial, “Killer Joe” causou ótima impressão entre os críticos e ajudou a relançar Matthew McConaughey como um ator a ser levado a sério, capaz de uma performance ao mesmo tempo charmosa e aterrorizante, que ele não demonstrava ser capaz em suas comédias românticas – dois anos depois, McConaughey ganhou o Oscar de Melhor Ator por “Clube de Compra Dallas” (2013). Muitos alardearam “Killer Joe” como a volta de Friedkin à boa forma cinematográfica. Últimas obras O último lançamento do diretor em vida foi o documentário “The Devil and Father Amorth” (2017), sobre o padre exorcista Gabriele Amorth (que inspirou o recente filme de terror “O Exorcista do Papa”). Mas ele deixou finalizado o longa de ficção “The Caine Mutiny Court-Martial”, que terá première mundial nos próximos dias, durante o Festival de Veneza. O filme é baseado no livro de Herman Wouk, que narra o julgamento de um oficial da marinha por motim, após assumir o comando de um navio por sentir que o capitão estava agindo de maneira instável e colocando a vida da tripulação em risco. A...
Ne-Yo tem fala controversa sobre crianças trans: “Época estranha”
Ne-Yo teve uma fala controversa sobre o direito de crianças e adolescentes trangêneros receberem atendimento médico adequado. Em entrevista para a VladTV, o cantor norte-americano disse que eles não têm maturidade suficiente para “fazer escolhas”. Na conversa com Gloria Velez, o artista afirmou que não tem preconceito contra a comunidade LGBTQIAPN+, porém deixou claro que não concorda com identidades de gêneros, já que ele nasceu numa época em que “homem era homem e mulher era mulher”. “E havia dois gêneros, e foi assim que eu aprendi. Você pode se identificar como um peixinho dourado se quiser, não me importo. Isso não é da minha conta. Torna-se da minha conta quando você tenta me fazer jogar o jogo com você. Não vou te chamar de peixinho dourado”, afirmou ele em menção ao nome social. “Mas se você quer ser um peixinho dourado, seja um peixinho dourado. Vivemos em uma época estranha, cara.” Pai de sete filhos, Ne-Yo afirmou que as crianças precisam de limites pré-estabelecidos e condenou a criação livre de pais que têm filhos trans. “Se o seu garotinho vier até você e disser: ‘Papai, eu quero ser uma menina’. E você simplesmente o deixa ser? Ele tem 5 anos…”, tentou argumentar. “Se você deixar esse menino de 5 anos decidir comer doce o dia todo, ele vai fazer isso? Quando se tornou uma boa ideia deixar uma criança de 5 anos, deixar uma criança de 6 anos, deixar uma criança de 12 anos tomar uma decisão de mudança de vida por si mesma? Quando isso aconteceu? Eu não entendo.” Ne-Yo também comentou que permitiria que um de seus filhos brincassem com bonecas ou usassem roupas rosas, desde que ele entenda que “sempre” será um menino cisgênero. Com a repercussão negativa, o cantor apareceu no Instagram para reafirmar sua posição transfóbica: “Me fizeram uma pergunta e eu respondi. Minha opinião é minha.” “Não estou pedindo a ninguém que concorde comigo nem estou dizendo o que você pode ou não fazer com seus filhos. Dei minha opinião sobre um assunto e pronto. Por que eu deveria me importar se minha opinião o incomoda quando você não se importa se a sua incomoda alguém? As opiniões não são especiais. Todos nós temos um.” Ne-Yo fará apresentações em São Paulo O cantor Ne-Yo será uma das grandes atrações da estreia do The Town, festival de música organizado pelos mesmos criadores do Rock in Rio. Ele vai se apresentar em 7 de setembro, dia de shows de Maroon 5, Liam Payne e Ludmilla. Além deles, The Town reúne um grupo diversificado de estrelas da música nacional e internacional, como Bruno Mars, Foo Fighters, Garbage, Demi Lovato, Vitalic, Racionais MC’s, Luisa Sonza e Ney Matogrosso. O festival acontecerá no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, entre os dias 2 e 10 de setembro. Clique aqui para conferir a programação completa!
Regiane Alves não descarta relações amorosas com mulheres: “Por que não?”
A atriz Regiane Alves revelou ao jornal Extra que não descarta relações amorosas com mulheres caso sinta desejo. Recentemente, a interprete de Clara (“Vai na Fé”) reatou o namoro com o empresário Duda Peixoto. “Eu nunca tive vontade de ficar com mulher, mas, se um dia eu tiver esse desejo, não vou me privar de experimentar. Se pintar uma história de amor, por que não? Mas hoje realmente me satisfaço com homem”, afirmou a atriz entre risos. Regiane também disse que teve ensinamentos importantes sobre a comunidade LGBTQIAPN+ depois de interpretar Clara, que fez par romântico com Helena (Priscila Sztejnman). A artista pretende ensinar seus filhos João, de 9 anos, e Antonio, de 7, sobre respeito às diferenças. “Clara me ensinou o quanto é importante a gente se respeitar, colocar limite e se valorizar”, ela afirmou. “Quando eles me procuram com questões próprias da idade, eu tento não me esquivar. Busco falar até onde a informação faz sentido para eles.” “Eles têm uma mãe que é atriz e que luta pela diversidade. Vou deixar que meus filhos não pensem sobre esses assuntos? Confesso que é complicado, mas eu quero criar uma relação de confiança com os dois”, completou Regiane Alves. Casal sáfico O casal sáfico formado por Clara e Helena na novela “Vai na Fé” foi o centro das atenções da trama devido às censuras feitas pela TV Globo. Nas redes sociais, os espectadores publicaram diversas queixas e lembraram que a diretora Juh Almeida é uma mulher lésbica, e deveria sentir-se representada. A repercussão negativa sobre as cenas incomodou a emissora, que teve que emitir um comunicado para amenizar a situação: “Toda novela está sujeita a edição. Uma rotina que atende às estratégias de programação ou artísticas. Isso, inclusive, é sinalizado nos resumos de capítulos divulgados pela Globo.”
Faroeste queer de Pedro Almodóvar ganha data de estreia no Brasil
O média-metragem “Estranha Forma de Vida”, dirigido por Pedro Almodóvar, que foi exibido no Festival de Cannes, será exibido nos cinemas brasileiros. A plataforma MUBI e a O2 Play Filmes anunciaram que o filme estará disponível a partir de 14 de setembro em circuito limitado. O filme é um faroeste protagonizado por Ethan Hawke (“Cavaleiro da Lua”) e Pedro Pascal (“The Last Of Us”). A trama acompanha o romance dos dois cowboys. Silva (Pascal) cavalga pelo deserto para visitar seu amigo, o xerife Jake (Hawke), depois de 25 anos sem se verem. Eles se encontram e, no dia seguinte, Jake revela que o motivo da viagem não é apenas para relembrar a amizade deles. Faroeste queer Para Almodóvar, este filme é uma realização profissional, pois ele foi cotado para dirigir “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005) mas acabou não pegando o trabalho. O fato é uma inspiração assumida para “Estranha Forma de Vida”. “Este é um faroeste queer, no sentido de que existem dois homens e eles se amam, mas se comportam nessa situação de maneira oposta”, disse Almodóvar em um episódio de “Dua Lipa: At Your Service”. “O que posso dizer sobre o filme é que ele tem muitos elementos do faroeste. Tem o pistoleiro. Tem o rancho. Tem o xerife. Mas o filme tem o que a maioria dos faroestes não tem, é o tipo de diálogo, que eu acho que nenhum filme desse gênero capturou entre dois homens”. A produção de 30 minutos também destaca o ator espanhol Manu Ríos (“Elite”), trilha sonora de Alberto Iglesias (indicado quatro vezes ao Oscar, mais recentemente por “Mães Paralelas”) e figurinos da grife Saint Laurent, que também atua como produtora associado do projeto. Veja abaixo o pôster nacional, com a data de estreia, e o trailer internacional.
Deborah Secco viverá caminhoneira lésbica em novo filme
A atriz Deborah Secco (“Bruna Surfistinha”) assumirá o papel de uma caminhoneira que se envolve romanticamente com uma prostituta num novo filme. Segundo o jornal O Globo, a trama será filmada entre Palmas e Porto Velho, e gira em torno das personagens que, após matar um cafetão, fogem juntas. O projeto, produzido pela O2, está previsto para o próximo ano. Uma história de amor e fuga A personagem de Deborah, chamada Maura, inicia sua jornada quando faz uma parada em um bar que também funciona como prostíbulo. Ao retornar ao seu veículo, ela encontra uma garota de programa pedindo carona. As duas são abordadas pelo gigolô, que tenta levar a moça à força de volta. No entanto, elas conseguem entrar no caminhão e atropelam o homem, fugindo em seguida. A partir daí, começa a aventura. Enquanto as duas se envolvem e atravessam vários pontos do interior do Brasil, são constantemente perseguidas por criminosos ligados ao homem que mataram. Chegando à fronteira com a Bolívia, elas tomam uma decisão importante sobre o futuro delas. A atriz que interpretará a prostituta ainda não foi escolhida. Direção Ainda sem título, o filme marcará um reencontro do diretor Luís Pinheiro com Deborah Secco, a quem dirigiu na comédia “Mulheres alteradas” (2018). Além de dirigir, Luís Pinheiro também é o autor dos roteiros junto com Carla Meireles. Os dois trabalharam juntos na comédia “Vale Night” e “Manhãs de Setembro”, série do Prime Video estrelada por Liniker. A produtora O2 está atualmente captando recursos para o longa, que, de acordo com O Globo, poderá ser exibido no Globoplay.
Alinne Moraes viverá lésbica na próxima novela da Globoplay
Alinne Moraes voltará a interpretar uma personagem lésbica na novela “Guerreiros do Sol” da Globoplay. Há 20 anos, a atriz ficou marcada por seu papel em “Mulheres Apaixonadas” (2003), onde deu vida à adolescente Clara, que se apaixona por uma colega de escola. Na nova trama passada no início do século 20, Alinne viverá a militante feminista Jânia que se apaixonará por uma amiga. A personagem será casada com Idálio (Daniel de Oliveira), filho de Elói (José de Abreu). Jânia é uma mulher politizada e interessada pelos negócios, mas acabou forçada a se casar por conta dos interesses familiares em unir seus empreendimentos. Ela encontra refúgio na biblioteca do sogro, onde passará seus dias. Em dado momento, a personagem de Alinne se torna amiga íntima de Rosa (Isadora Cruz), que também será obrigada a casar-se com Elói e acaba virando sogra de Jânia. A mocinha pedirá ao marido para a irmã Otília (Alice Carvalho) morar com eles. Jânia se tornará ainda mais próxima das irmãs e, aos poucos, perceberá seu interesse afetivo por Otília. Ela ficará surpresa com o despertar de sentimentos que nunca imaginou que pudessem existir. Guerreiros do Sol Depois do sucesso de “Todas as Flores” (2022), a próxima novela exibida no Globoplay será ainda mais curta com apenas 45 capítulos. A trama será menor até que a sequência de “Verdades Secretas” (2021). O folhetim será inspirado na história de Lampião e Maria Bonita, porém com detalhes anacrônicos – à frente de seu tempo. A produção será dirigida por Rogério Gomes (“Além do Tempo”) com roteiros de George Moura (“Carga Pesada”) e Sérgio Goldenberg (“O Rebu”). O elenco ainda inclui Irandhir Santos (“Pantanal”), Osmar Prado (“Pantanal”), Alexandre Nero (“Travessia”), Nathalia Dill (“A Dona do Pedaço”) e Alice Carvalho (“Septo”). As gravações de “Guerreiros do Sol” já começaram e devem terminar em fevereiro do próximo ano. Já sua estreia está prevista para o terceiro trimestre de 2024.
Jesuita Barbosa nega agressão de namorado e atribui denúncia à “impulso inconsequente”
O ator Jesuita Barbosa, que viveu Jove no remake da novela “Pantanal”, causou preocupação entre os fãs após fazer uma postagem no Instagram na segunda-feira (17/7), afirmando que seu namorado, o designer Cícero Ibeiro, havia sido violento com ele. No entanto, o ator negou que tenha sido agredido pelo companheiro. “Esclareço que num impulso inconsequente, movido por um momento de estresse emocional, cometi a infeliz ação de dividir um post (e apagar em seguida) que não se sustenta”, afirmou o artista em nota enviada à imprensa. “Não fui agredido fisicamente ou verbalmente nem sofri nenhum ato abusivo. Esta ação atingiu de forma indevida meu companheiro, Cícero Ibeiro, e isto deve ser reparado”, completou. Apesar de ter sido excluída pouco tempo depois, a postagem rendeu muita repercussão e preocupação entre os fãs do ator. Na publicação, Jesuita escreveu: “C.I. me usou, me gravou inutilidades. Me deixou exposto, me abandonou. Não estou bem e fui agredido pelo meu partner [parceiro, em inglês]”. O casal Jesuita Barbosa e Cícero Ibeiro começaram a se relacionar em abril de 2022, após se conhecerem por meio de um aplicativo de relacionamento. Além de compartilharem momentos juntos nas redes sociais, eles frequentam eventos públicos como casal, como a estreia do monólogo de Vera Holtz, “Ficções”, em São Paulo, no início do ano. Na ocasião, trocaram beijos apaixonados e demonstraram sintonia. Em 2017, Barbosa, disse à revista Veja que era bissexual: “Sou livre e fico com quem eu quiser, seja homem ou mulher. Prefiro não me bloquear”. Antes do relacionamento com Cícero Ibeiro, o ator teve um relacionamento de sete anos com o também ator e fotógrafo Fábio Audi, que terminou em 2021. O ator pernambucano já estrelou longas como “Tatuagem”, “A Filha do Palhaço”, “Praia do Futuro” e “O Grande Circo Místico”, mas estourou mesmo com o remake da novela “Pantanal”, da TV Globo, em que deu vida ao filho urbano do fazendeiro José Leôncio, vivido por Marcos Palmeira. O folhetim bateu recordes de audiência na TV e causou frisson na internet.
Demi Lovato assumiu sexualidade para os pais aos 25 anos
Demi Lovato revelou ter assumido sua sexualidade para os pais somente aos 25 anos de idade. Durante uma entrevista à rádio americana SiriusXM, a cantora se abriu sobre os motivos que a levaram a evitar ter essa conversa. Hoje, aos 30 anos, Demi é bastante aberta sobre sua identificação na comunidade LGBTQIAPN+. “Demorou até eu ter 25 anos para me assumir para minha mãe”, confessou. “Na época, eu era bissexual e depois percebi que era pansexual. Levei um tempo”. Atualmente, a cantora utiliza os pronomes ela/dela e eles/deles. Ela detalhou que cresceu em um ambiente cristão e decidiu não se abrir com as pessoas até se sentir confortável com isso. Em 2015, quando lançou a faixa “Cool for the Summer”, a cantora cantou um trecho sugestivo que dava a entender que ela também gostava de se relacionar com mulheres. “Me diga o que você quer / O que você gosta, está tudo bem / Eu estou um pouco curiosa também / Me diga se isso é errado / Se é certo, eu não me importo / Eu consigo guardar um segredo, e você?”, canta. Ao longo da letra, ela ainda diz a frase “gostei do sabor da cereja, só preciso dar uma mordida”. Diante disso, ela tomou coragem para ter uma primeira conversa sobre sua sexualidade com seu padrasto. “Eu disse: ‘Ei, preciso te contar algo.'”, conta. “Eu disse: ‘Também gosto de garotas’, e ele respondeu: ‘Sim, eu sei. Você lançou ‘Cool for the Summer'”. Já com sua mãe, o tom de aceitação também foi demonstrado de primeira. “Ela quase começou a chorar e disse: ‘Eu só quero que você seja feliz'”. A cantora destacou que a reação da mãe foi “muito valiosa e gratificante” porque “há tantos pais que não reagem dessa forma” e “isso parte o meu coração”. Desistiu do pronome neutro Após o lançamento de “Cool for the Summer”, a cantora recebeu diversos questionamentos sobre sua sexualidade. “Eu não confirmo e eu definitivamente não nego. Todas as minhas músicas são baseadas em experiências pessoais. Não acho que tenha nada de errado em experimentar”, ela disse em uma entrevista ao programa Alan Carr’s Chaty Man na época. Foi somente em 2017 que Demi se assumiu oficialmente para o público. A revelação foi feita pela cantora durante o seu documentário “Simply Complicated”, lançado no Youtube. “Eu saio tanto com homens quanto mulheres. Eu sou aberta à conexão humana. Para mim, não importa se é com um homem ou uma mulher”, confessou em uma das cenas. Em 2021, ela declarou que se enxergava como uma pessoa não binária, ou seja, alguém que não se identifica totalmente com os gêneros feminino ou masculino – adotando os pronomes neutros. Entretanto, no último mês de junho a cantora explicou que voltou a usar o pronome feminino. “Eu sempre tive que educar as pessoas e explicar por que me identificava com esses pronomes. Tem sido absolutamente exaustivo”, confessou em entrevista a GQ Hype Spain. “Simplesmente cansei”, disse, aceitando ser chamada de “ela” como foi durante toda a vida. Mas ressaltou “Sei que é importante continuar divulgando”.











