Atriz de Smallville é presa por aliciar mulheres para seita sadomasoquista
A atriz Allison Mack, conhecida pelo papel de Chloe Sullivan na série “Smallville”, foi presa nesta sexta-feira (20/4) em conexão à sua função na seita sadomasoquista DOS, que promovia escravidão sexual, sob acusações de tráfico sexual e trabalho forçado. Ela pode passar 15 anos na prisão. Mack foi presa 20 dias após o FBI desmantelar a seita e prender seu líder, Keith Raniere. Ele se promovia como um guru de auto-ajuda para famosos, mas usava palestras da organização conhecida como NXIVM para selecionar mulheres bonitas para “promoção” para o grupo interno denominado DOS (abreviatura de “dominus obsequious sororium”), onde as escolhidas se tornavam escravas e eram marcadas na pele com suas iniciais. A estrela de “Smallville” foi identificada como braço direito de Raniere na organização, responsável por aliciar vítimas para o esquema. “Como consta na acusação, Allison Mack recrutou mulheres para o que supostamente seria um grupo de orientação feminina, que foi, de fato, criado e liderado por Keith Raniere”, afirma o procurador Richard Donoghue. “As vítimas foram então exploradas, tanto sexualmente quanto por seu trabalho, em benefício dos réus”. Em novembro, o jornal The New York Times publicou um dossiê expondo a organização, iniciada como um grupo de auto-ajuda, que alega ter auxiliado milhares de pessoas a “alcançarem seu potencial” por meio de cursos. Desde os anos 1990, mais de 16 mil se matricularam nos cursos do grupo. Mas apenas as mulheres mais bonitas eram convidadas a ingressar no DOS. A estrutura da seita se baseava em um esquema-pirâmide. Além de pagar o curso inicial, as participantes eram obrigadas a comprar aulas adicionais com preço ainda mais elevado e motivadas a recrutar outras mulheres e a marcá-las com suas iniciais para “subir” dentro da hierarquia da organização e assim obter privilégios, como se aproveitar das demais escravas. Havia uma condição prévia para participar: ceder informações comprometedoras sobre amigos e familiares, divulgar fotos sem roupas e controlar os pertences dos recrutas captados. Nesta sociedade secreta, Raniere era o único homem, conhecido como o “Amo das companheiras obedientes”. As mulheres eram convencidas a participar da seita sexual por ele, que argumentava que a organização tinha como objetivo “empoderar as mulheres e erradicar as fragilidades do programa principal”. No entanto, Raniere sempre ficava no topo da pirâmide. Assim, todas as mulheres deveriam atuar como se fossem suas servas. Dentro do culto, elas deveriam obedecer uma hierarquia mestre-escravo. Raniere seria “dono” de um harém. As escravas dele, por sua vez, tinham um grupo de servas para si, e assim por diante. Todas as escravas precisavam obedecer aos mestres 24 horas por dia e recrutar outras mulheres para a seita. Caso não conseguissem, eram submetidas a castigos como surras. Além disso, elas tinham que tomar banhos de água fria e ficar 12 horas sem comer, mantendo uma dieta diária de apenas 500 a 800 calorias, pois, segundo o “mestre supremo”, mulheres magras eram mais vigorosas. A polícia federal americana também investiga o envolvimento de Kristin Kreuk, a Lana Lang de “Smallville”. Kreuk teria sido a responsável por recrutar Mack, ainda na época de “Smallville”, mas, segundo testemunhos de ex-membros, afastou-se da seita antes que ela se tornasse bizarra de verdade. Kreuk assumiu ter feito o curso do NXIVM, mas negou participação no DOS. “As acusações de que eu faria parte de uma ‘cúpula interna’ ou recrutaria mulheres como ‘escravas sexuais’ são descaradamente falsas”, afirmou a atriz no Twitter, dizendo que entrou no grupo aos 23 anos para lidar com a timidez, abandonando-o cinco anos atrás, e que nunca fez parte do grupo das escravas. “Eu entendia que era algo focado em auto-ajuda/crescimento pessoal e que me ajudou a lidar com minha timidez”, ela contou. “Durante meu período, eu nunca vi nenhuma atividade ilegal ou nefasta. Estou horrorizada pelo que foi revelado do DOS. Obrigada a todas as corajosas mulheres que compartilharam suas histórias e revelaram a verdade sobre o DOS; não posso imaginar a dificuldade que vocês passaram. Estou triste e envergonhada de ter sido associada com o NXIVM. Espero que as investigações levem justiça a todos os afetados”, ela escreveu.
Filme “maldito” de Terry Gilliam vai encerrar o Festival de Cannes 2018
A organização do Festival de Cannes 2018 anunciou que o filme de encerramento da mostra será “The Man Who Killed Don Quixote” (O Homem que Matou Dom Quixote), em que o diretor americano Terry Gilliam trabalha há 20 anos. A exibição irá acontecer apesar de Gilliam estar proibido de lançar comercialmente o filme. Ele foi impedido por um produtor português, Paulo Branco, que comprou os direitos do longa através de sua empresa Alfama Films, baseada na França. Mas os dois se desentenderam durante a pré-produção e o produtor tentou impedir as filmagens, desencadeando uma crise. O diretor entrou na justiça francesa para anular a cessão de direitos, enquanto tratou de terminar o longa amaldiçoado com apoio de outra produtora. A briga judicial apenas prolongou a via crucis de Gilliam, que começou a pré-produção de “The Man Who Killed Don Quixote” em 1998, há exatos 20 anos. A filmagem original teve início em 2000, com Johnny Depp (“Piratas do Caribe”) no papel principal, e foram tantos problemas, incluindo inundações, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar seu projeto, chegando a filmar Ewan McGregor (“O Escritor Fantasma”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas a produção precisou ser novamente interrompida, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), mas a briga com o produtor português adiou o projeto e Hurt acabou morrendo em janeiro de 2017, precisando ser substituído na terceira filmagem, desta vez definitiva. Assim, quem acabou filmando os papéis principais foram Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) e Jonathan Pryce (série “Game of Thrones”). O elenco final também inclui Olga Kurylenko (“Oblivion”), Stellan Skarsgård (“Ninfomaníaca”), Óscar Jaenada (“Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”), Jordi Mollà (“Riddick”), Sergi López (“Faces de uma Mulher”), Jason Watkins (série “Taboo”) e Rossy de Palma (“Madame”). Mas enquanto Gilliam comemorava o fim das filmagens, um tribunal de Paris se pronunciou em primeira instância em favor do produtor português, embora tenha rejeitado seu pedido de parar as filmagens. O cineasta recorreu e a decisão da justiça francesa foi marcada para 15 de junho, data em que se saberá qual será o destino do filme. Inspirado no clássico de Miguel de Cervantes, o longa gira em torno de um cansado diretor de comerciais que viaja para a Espanha para uma gravação, mas acaba embarcando numa jornada bizarra de volta no tempo, onde encontra Dom Quixote, que imediatamente o confunde com Sancho Pança e o arrasta para uma série de aventuras catastróficas. Quase tão catastróficas como a história de bastidores do próprio filme.
Filme que consumiu duas décadas da vida de Terry Gilliam ganha seu primeiro trailer
“The Man Who Killed Don Quixote” (O Homem que Matou Dom Quixote), o filme que consumiu duas décadas da vida de Terry Gilliam, ganhou seu primeiro pôster e trailer. E a prévia é vibrante, surreal e psicodélica como os melhores trabalhos do cineasta, que volta a lidar com as fronteiras da realidade e da imaginação febril, ao acompanhar um publicitário, que é confundido com Sancho Pança por um maluco que acredita ser Dom Quixote. A pré-produção deste projeto começou em 1998 e as primeiras filmagens aconteceram em 2000, com Johnny Depp (“Piratas do Caribe”) no papel principal, e foram tantos problemas, incluindo inundações, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar seu projeto, chegando a filmar Ewan McGregor (“O Escritor Fantasma”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas as filmagens foram novamente interrompidas, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), mas a briga com um produtor português adiou o projeto e Hurt acabou morrendo em janeiro de 2017, precisando ser substituído em nova filmagem, desta vez definitiva. Assim, quem acabou filmando os papéis principais foram Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) e Jonathan Pryce (série “Game of Thrones”). O elenco final também inclui Olga Kurylenko (“Oblivion”), Stellan Skarsgård (“Ninfomaníaca”), Óscar Jaenada (“Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”), Jordi Mollà (“Riddick”), Sergi López (“Faces de uma Mulher”), Jason Watkins (série “Taboo”) e Rossy de Palma (“Madame”). Inspirado no clássico de Miguel de Cervantes, o filme gira em torno de um cansado diretor de comerciais que viaja para a Espanha para uma gravação, mas acaba embarcando numa jornada bizarra de volta no tempo, onde encontra Dom Quixote, que imediatamente o confunde com Sancho Pança e o arrasta para uma série de aventuras catastróficas. O filme ainda não tem previsão de estreia, porque o produtor português anteriormente mencionado entrou com um processo contra Gilliam por ter rodado o longa sem sua autorização. O caso será julgado em Paris em 15 de junho.
Maldição de Dom Quixote impede estreia do filme em que Terry Gilliam trabalha há 20 anos
A maldição de Dom Quixote ainda não acabou. Depois de passar duas décadas tentando filmar “The Man Who Killed Don Quixote” (O Homem que Matou Dom Quixote) e finalmente concluir a produção no ano passado, o cineasta Terry Gilliam não pode lançar o filme. Ele foi impedido por um produtor português, que levou o caso à justiça francesa. O Tribunal de Apelação de Paris realizou nesta quarta-feira (4/4) uma audiência sobre o filme, que envolve o cineasta de 77 anos e o produtor Paulo Branco, que comprou os direitos do longa através de sua empresa Alfama Films, baseada na França. A decisão da justiça francesa foi marcada para 15 de junho, data em que se saberá qual será o destino do filme. Por sua parte, Gilliam alega que Branco tinha se comprometido, entre outras coisas, a manter a data da filmagem em outubro de 2016 e a respeitar suas decisões artísticas. Mas, durante a pré-produção, os muitos desacordos entre ambos levaram o produtor a suspender o início das filmagens. Gilliam então considerou a parceria desfeita e procurou a produtora espanhola Tornasol, e com ela filmou o longa-metragem entre março e junho de 2017, na Espanha e Portugal. Neste meio tempo, o produtor tentou impedir as filmagens, mas sua iniciativa foi rejeitada em maio do ano passado por um tribunal de Paris. “Branco emprega toda a sua energia e seu tempo em impedir que este filme seja visto”, lamentou nesta quarta-feira o cineasta numa entrevista coletiva. “Suas petições são ridículas… Tenta arrecadar o máximo com um filme que não produziu”, acrescentou Gilliam, afirmando que Branco é quem lhe pede dinheiro, uma compensação de 3,5 milhões de euros. “É absolutamente falso, as decisões que devem ser tomadas sobre as quantias serão definidas evidentemente em uma mesa de negociação”, rebateu o produtor, afirmando que o filme orçado em “17 milhões de euros foi filmado de forma ilegal”. A briga judicial apenas prolonga a via crucis de Gilliam, que começou a pré-produção de “The Man Who Killed Don Quixote” em 1998, há exatos 20 anos. A filmagem original teve início em 2000, com Johnny Depp (“Piratas do Caribe”) no papel principal, e foram tantos problemas, incluindo inundações, interferências das forças armadas espanholas e uma hérnia sofrida pelo astro, que a produção precisou ser interrompida e o filme abandonado. Todas as dificuldades enfrentadas pelo projeto foram registradas num documentário premiado, “Lost in La Mancha” (2002). Uma década depois, em 2010, Gilliam voltou a ficar perto de realizar seu projeto, chegando a filmar Ewan McGregor (“O Escritor Fantasma”) como protagonista e Robert Duvall (“O Juiz”) no papel de Dom Quixote, mas as filmagens foram novamente interrompidas, desta vez por problemas financeiros. Em 2015, ele chegou a anunciar uma nova tentativa, agora estrelada por Jack O’Connell (“Invencível”) e John Hurt (“O Espião que Sabia Demais”), mas a briga com o produtor português adiou o projeto e Hurt acabou morrendo em janeiro de 2017, precisando ser substituído em nova filmagem, desta vez definitiva. Assim, quem acabou filmando os papéis principais foram Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) e Jonathan Pryce (série “Game of Thrones”). O elenco final também inclui Olga Kurylenko (“Oblivion”), Stellan Skarsgård (“Ninfomaníaca”), Óscar Jaenada (“Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”), Jordi Mollà (“Riddick”), Sergi López (“Faces de uma Mulher”), Jason Watkins (série “Taboo”) e Rossy de Palma (“Madame”). Inspirado no clássico de Miguel de Cervantes, o filme gira em torno de um cansado diretor de comerciais que viaja para a Espanha para uma gravação, mas acaba embarcando numa jornada bizarra de volta no tempo, onde encontra Dom Quixote, que imediatamente o confunde com Sancho Pança e o arrasta para uma série de aventuras catastróficas. É importante apontar que a produção só foi concluída devido ao envolvimento de uma plataforma de streaming: a Amazon. Enquanto estúdios de cinema deixaram Gilliam com a câmera na mão e a cara no chão, a Amazon foi quem entrou com o financiamento para o cineasta concretizar seu sonho, tomando a frente do projeto nos Estados Unidos, em associação com pequenas companhias europeias. Mas a jornada ainda não terminou. Após as filmagens, “The Man Who Killed Don Quixote” entrou no limbo judicial e ainda não tem previsão de estreia.
Steven Bochco (1943 – 2018)
Um dos roteiristas de séries mais importantes dos Estados Unidos, Steven Bochco morreu neste final de semana aos 74 anos, após perder uma longa batalha contra a leucemia. Ele foi o criador das séries “Nova York Contra o Crime” (NYPD Blue), “Chumbo Grosso” (Hill Street Blues), “Tal Pai, Tal Filho” (Doogie Howser, M.D.) e “Nos Bastidores da Lei” (L.A. Law), conquistando 10 Emmys na carreira. “Chumbo Grosso” é considerada a série que iniciou a segunda era de ouro das séries de TV. Lançada em 1981, narrava a vida de funcionários de uma delegacia de polícia em uma cidade americana sem nome, e inovou ao continuar suas tramas paralelas em vários episódios. Até então, as séries podiam ser vistas fora de ordem, já que cada episódio abordava um caso diferente com começo, meio e fim. Mas a partir da criação de Bochco, a vida particular dos personagens ganhou mais importância que a trama procedimental, evoluindo capítulo a capítulo. Foi uma revolução que influenciou o gênero por completo. Isto também originou o costume de incluir uma recapitulação antes de cada novo episódio. A série também trouxe mais dinâmica ao mudar a estética tradicional, abandonando as câmeras fixas que reinavam na televisão em favor de câmeras na mão, num registro tenso inspirado em documentários. E recebeu 8 Emmys em sua 1ª temporada, um recorde absoluto na época. Algumas de suas inovações foram aprofundadas em “Nos Bastidores da Lei”, lançada em 1986, como a ideia de contar toda a história do episódio como se fosse um único dia na vida dos personagens. Esta série também incorporou a luta de classes em sua trama, refletindo o antagonismo entre advogados ricos e seus funcionários subalternos, menos bem-pagos. O último passo da evolução televisiva realizada por Boschco foi “Nova York Contra o Crime”, que ele criou com David Mitch (de “Deadwood”) em 1993. A série explorava os conflitos internos e externos do fictício 15º distrito policial de Manhattan, enquanto entrelaçava diversas tramas em torno de seus personagens. A diferença para “Chumbo Grosso” era a violência, a linguagem mais crua, a inclusão de cenas de nudez e maior realismo. Tratava-se de um protótipo para as futuras séries da TV paga, numa época em que a TV paga ainda engatinhava, e feita para a TV aberta. Além de sua trilogia criminal, o roteirista ainda se destacou com a bem-sucedida sitcom “Tal Pai, Tal Filho”, criada em parceria com David E. Kelley (hoje em “Little Big Lies”) em 1989 e conhecida por ter lançado a carreira do então ator-mirim Neil Patrick Harris. As quatro séries clássicas de Boschco duraram muitos anos, ao contrário de seus trabalhos posteriores, como “Public Morals”, “Brooklyn South”, “Blind Justice” e “Over There”, de uma temporada, “City of Angels”, “Murder One” e “Raising the Bar”, de duas temporadas, e o mais recente, “Murder in the First”, que o levou de volta às delegacias de polícia por três temporadas. Sua última criação, “Murder in the First” foi cancelada em 2016. Seu filho, Jesse Bochco, seguiu o pai na carreira, e é um dos produtores de “Agents of SHIELD”. Em sua despedida, a atriz Sharon Lawrence, que trabalhou em “Nova York Contra o Crime”, lembrou que “sua visão, estilo, gosto e tenacidade me fizeram amar ver televisão”. O cineasta e produtor Reginald Hudlin considerava Bochco praticamente um pai. “Mentor não é uma palavra forte o suficiente [para defini-lo]. Nem um amigo. Ele me ensinou tanto sobre a indústria e a vida, e sempre me protegeu. Estou muito triste”. Nell Scovell, roteirista de “NCIS” e “Charmed”, resumiu a importância de seu ídolo. “O primeiro drama televisivo que lembro de assistir foi ‘Chumbo Grosso’. Eu amava tanto, que só depois fui perceber que definiu um padrão. Obrigada, Steven Bochco”.
Kristin Kreuk assume ter participado de seita, mas nega ter recrutado escravas sexuais
A atriz Kristin Kreuk, intérprete de Lana Lang na série “Smallville” e Catherine Chandler em “Beauty and the Beast”, assumiu em seu Twitter ter participado da seita NXIVM, desmantelada pelo FBI nos últimos dias por escravizar sexualmente suas seguidoras. Entretanto, ela nega ter aliciado outras mulheres para servir de escravas sexuais. Kreuk estaria sendo investigada, junto com Allison Mack, que vivia Chloe Sullivan em “Smallville”, por atrair mulheres para o culto. “As acusações de que eu faria parte de uma ‘cúpula interna’ ou recrutaria mulheres como ‘escravas sexuais’ são descaradamente falsas”, afirmou a atriz, dizendo que entrou no grupo aos 23 anos para lidar com a timidez, abandonando-o cinco anos atrás, e que nunca fez parte do grupo das escravas, denominado DOS (abreviatura de “dominus obsequious sororium”). “Eu entendia que era algo focado em auto-ajuda/crescimento pessoal e que me ajudou a lidar com minha timidez, sendo esse o motivo por ter continuado no programa. Eu o deixei cerca de cinco anos atrás e tive contato mínimo com os envolvidos. As acusações de que eu faria parte de uma ‘cúpula interna’ ou recrutaria mulheres como ‘escravas sexuais’ são descaradamente falsas. Durante meu período, eu nunca vi nenhuma atividade ilegal ou nefasta. Estou horrorizada pelo que foi revelado do DOS. Obrigada a todas as corajosas mulheres que compartilharam suas histórias e revelaram a verdade sobre o DOS; não posso imaginar a dificuldade que vocês passaram. Estou triste e envergonhada de ter sido associada com o NXIVM. Espero que as investigações levem justiça a todos os afetados”, ela escreveu. Segundo o FBI, a NXIVM funcionaria em um esquema de pirâmide justamente por meio de cursos de auto-ajuda. Alunas subiriam hierarquicamente dentro da organização recrutando outras e pagando por mais aulas. Dentro da NXIVM, seu fundador Keith Raniere teria criado um sub-grupo, o DOS, onde “escravas” eram lideradas por “mestres” – “escravas” teriam como uma de suas funções recrutar outras “escravas”, se tornando “mestres”. Ainda de acordo com a Justiça americana, as vítimas acreditavam que o DOS era composto apenas por mulheres e eram instruídas a fornecer informações comprometedoras sobre amigos e familiares, de forma que a organização tivesse material suficiente para chantagens, quando necessário. Desde os anos 1990, mais de 16 mil se matricularam nos cursos do grupo. Apenas as mulheres mais bonitas eram recrutadas para o DOS. O FBI desmantelou a seita NXIVM com ajuda da polícia federal mexicana, prendendo seu fundador Keith Raniere no fim de semana passado no México. pic.twitter.com/W0aijK3LcX — Kristin Kreuk (@MsKristinKreuk) March 29, 2018
Atrizes de Smallville podem ser presas após FBI desmantelar seita sexual religiosa
O FBI desmantelou a seita NXIVM e, com ajuda da polícia federal mexicana, prendeu seu fundador Keith Raniere, que aliciava mulheres para servirem de escravas sexuais. Além de sexo, elas eram obrigadas a realizar tarefas domésticas e eram marcadas à ferro, como se fossem gado. Raniere foi preso no domingo passado (25/3) numa luxuosa vila nos arredores de Porto Vallarta, no México, e extraditado para julgamento nos EUA, e um vídeo do momento da prisão, que veio à tona na quinta (29/3), mostra a atriz Allison Mack no local, conclamando outras seguidoras a seguir o carro da polícia com o líder (veja abaixo). O braço direito de Raniere na seita seria justamente a intérprete de Chloe Sullivan na série “Smallville”. Ela pode ser a próxima a ser presa e a polícia federal americana também investiga o envolvimento de Kristin Kreuk, a Lana Lang de “Smallville”. Kreuk teria sido a responsável por recrutar Mack, ainda na época de “Smallville”, mas, segundo testemunhos de ex-membros, afastou-se da seita antes que ela se tornasse bizarra de verdade. Em novembro, o jornal The New York Times publicou um dossiê expondo a organização, iniciada como um grupo de auto-ajuda, que alega ter auxiliado milhares de pessoas a “alcançarem seu potencial” por meio de cursos. Desde os anos 1990, mais de 16 mil se matricularam nos cursos do grupo. Mas apenas as mulheres mais bonitas eram recrutadas para o grupo interno de escravas, denominado DOS (abreviatura de “dominus obsequious sororium”). A estrutura da seita se baseava em um esquema-pirâmide. Além de pagar o curso inicial, as participantes eram obrigadas a comprar aulas adicionais com preço ainda mais elevado e motivadas a recrutar outras mulheres e a marcá-las com suas iniciais para “subir” dentro da hierarquia da organização e assim obter privilégios, como se aproveitar das demais escravas. Havia uma condição prévia para participar: ceder informações comprometedoras sobre amigos e familiares, divulgar fotos sem roupas e controlar os pertences dos recrutas captados. Nesta sociedade secreta, Raniere era o único homem, conhecido como o “Amo das companheiras obedientes”. As mulheres eram convencidas a participar da seita sexual por ele, que argumentava que a organização tinha como objetivo “empoderar as mulheres e erradicar as fragilidades do programa principal”. No entanto, Raniere sempre ficava no topo da pirâmide. Assim, todas as mulheres deveriam atuar como se fossem suas servas. Dentro do culto, elas deveriam obedecer uma hierarquia mestre-escravo. Raniere seria “dono” de um harém. As escravas dele, por sua vez, tinham um grupo de servas para si, e assim por diante. Todas as escravas precisavam obedecer aos mestres 24 horas por dia e recrutar outras mulheres para a seita, como em um esquema de pirâmide. Caso não conseguissem, eram submetidas a castigos como surras. Além disso, elas tinham que tomar banhos de água fria e ficar 12 horas sem comer, mantendo uma dieta diária de apenas 500 a 800 calorias, pois, segundo o “mestre supremo”, mulheres magras eram mais vigorosas. Em entrevista coletiva, o subdiretor-adjunto do FBI em Nova York, William Swenney, considerou as ações de Raniere como um “repugnante abuso de poder e um ato que denigre as mulheres”.
Lindsay Lohan perde processo por suposto uso indevido de sua imagem no jogo Grand Theft Auto V
A corte mais alta do Estado de Nova York rejeitou a apelação de Lindsay Lohan contra a desenvolvedora do jogo “Grand Theft Auto V”. A atriz acusava os criadores de invasão de privacidade por uso indevido de sua imagem. Em seu processo, Lohan apontava que a personagem do jogo Lacey Jonas seria baseada nela, tanto por conta da aparência física e vocal, como em descrições, por se dizer “muito famosa” e uma “atriz e cantora”, além de ser perseguida por paparazzi. A derrota se deu por votação unânime, em que a Corte de Apelações classificou as representações da Take-Two Interactive Software como “nada mais que comentários culturais” e disse que a companhia não deve danos a Lohan. Na decisão, publicada na quinta-feira (29/3), o juiz Eugene Fahey afirmou que uma imagem em computador, ou avatar, poderia constituir um “retrato”, o que apoiaria uma queixa de invasão de privacidade sob a lei de direitos civis de Nova York. Porém, segundo Fahey, “Grand Theft Auto V” simplesmente representou uma mulher genérica de “vinte e poucos anos”, sem qualquer sugestão de que seria Lindsay. “A queixa foi devidamente rejeitada porque as representações artísticas são indistintas interpretações artísticas de estilo, aparência e persona de uma jovem mulher moderna, que vai à praia e que não é razoavelmente identificável como a requerente”, escreveu Fahey. Em decisão separada, o tribunal também rejeitou queixas similares contra a Take-Two feitas por Karen Gravano, estrela da série de reality show “Mob Wives”, por conta de outra personagem.
Glória Pires vence processo por uso indevido de sua imagem em publicidade
A empresa de cosméticos Nutralogistic foi condenada a indenizar Glória Pires por uso indevido da imagem da atriz em propagandas não autorizadas. “É uma empresa de marketing digital no Facebook que usa fotos de atrizes oferecendo produtos com promessas milagrosas. No caso da Glória, era um creme que dizia tirar rugas em 20 dias”, explicou o advogado da artista, Ricardo Brajterman, ao UOL. No processo, o advogado diz que a empresa “explorou comercialmente a imagem de uma das maiores atrizes do Brasil sem a devida autorização, e infringiu conceitos básicos de boa-fé, correção e probidade, configurando, ainda, o uso de ‘carona’ no prestígio e boa fama construídos ao longo de muitos anos pela artista”. A decisão foi tomada pela juíza Maria Cristina Slaibi, da 3ª Vara Cível do Rio de Janeiro, e o valor pode chegar a R$ 80 mil, com correção monetária e juros, já que o processo corre na Justiça desde 2012. A empresa ainda pode recorrer ou tentar um acordo com a Glória.
Polícia Federal: A Lei é Para Todos sofreu 18 processos de acusados na Operação Lava-Jato
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o filme “Polícia Federal: A Lei é Para Todos” já sofreu 18 processos de advogados de acusados na Operação Lava-Jato, que foram retratados na trama. Os processos são similares ao movido pela atriz americana Olivia de Havilland contra a série “Feud” e que foi recusado por um tribunal da Califórnia na segunda (26/8) por ferir a liberdade de expressão garantida pela Constituição dos Estados Unidas. O produtor do longa, Tomislav Blazic, afirmou ao jornal que boa parte dos processos já foi retirada. “Usamos o argumento da liberação das biografias não autorizadas e todos recuaram”, ele contou. Atualmente, Blazic trabalha no desenvolvimento da continuação do longa, que está em fase de roteiro. Ainda não há previsão para a estreia.
Olivia de Havilland, de 101 anos, perde ação contra a série Feud
A ação movida pela lendária atriz Olivia de Havilland contra a série “Feud” não foi aceita pela justiça americana. O processo foi descartado pelo tribunal de Los Angeles nesta segunda (26/3). A atriz de 101 anos de idade acusava o canal FX de distorcer a verdade e manchar sua reputação ao retratá-la na 1ª temporada de “Feud”, na qual ela foi vivida por Catherine Zeta-Jones. Mas, no entendimento da Justiça americana, o direito da última estrela viva de “…E o Vento Levou” não está acima do direito da liberdade de expressão e criação, estabelecidos na Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos. A 1ª temporada de “Feud” era centrada na famosa rivalidade entre outras estrelas de Hollywood: Bette Davis, interpretada por Susan Sarandon, e Joan Crawford, encarnada por Jessica Lange. De Havilland é a única atriz viva dentre os personagens retratados na série. A advogada da atriz, Suzelle Smith, afirmou ante ao tribunal que a produção passa uma imagem negativa de sua cliente e viola seu direito à privacidade, ao mostrá-la na ficção referindo-se a sua irmã, Joan Fontaine, como uma “cadela” (“bitch”). “Uma das razões principais do grande respeito do público por Olivia de Havilland é que em sua carreira de mais de 80 anos sempre se negou a se envolver em fofocas de Hollywood sobre as relações entre os outros atores”, afirma a ação. Já a advogada do canal pago, Kelly Klaus, alegou em juízo que a ficção documental não se propõe a contar a história literalmente. “Essa é a função dos documentários”, afirmou. O tribunal de apelação não discutiu o mérito da calúnia, que seria outra ação, apenas considerou que a produção “Feud” estaria protegida constitucionalmente. Além disso, a Primeira Emenda exime os criadores de pagar pelos direitos da vida de alguém – porque a vida não é uma obra intelectual. “A decisão é uma vitória para a comunidade criativa e para a Primeira Emenda”, comemorou Ryan Murphy, criador da série, em um comunicado. “A vitória de hoje dá a todos os criadores o espaço necessário para respirar e continuar a contar histórias históricas importantes inspiradas em eventos reais. Acima de tudo, é um ótimo dia para a expressão artística e um lembrete de quão preciosa nossa liberdade permanece.”
Estúdio de Harvey Weinstein pede falência e acordos de confidencialidade são invalidados
O estúdio The Weinstein Company anunciou seu pedido de falência. A empresa deu entrada nos documentos para decretação de estado falimentar na segunda-feira (19/3). E, além disso abrir as portas para interessados em comprar seus ativos a um preço mais baixo, via leilão, também torna sem validade todos os contratos de confidencialidade que podem ter impedido funcionários e outras mulheres de denunciarem seu proprietário, o produtor Harvey Weinstein. Uma das condições do governo americano para o processo avançar foi a anulação dos acordos feitos pela empresa, em nome de Harvey Weinstein, para impedir declarações de atrizes que trabalharam em seus estúdios. “Desde outubro, foi relatado que Harvey Weinstein usou acordos de confidencialidade como uma arma secreta para silenciar suas acusadoras. Como efeito imediato, esses ‘acordos’ acabaram”, disse a empresa em uma declaração oficial. “Ninguém deve ter medo de falar ou pode ser coagido para ficar quieto”, acrescentou a empresa no comunicado. “A Companhia agradece as pessoas corajosas que já se manifestaram. Suas vozes inspiraram um movimento de mudança em todo o país e em todo o mundo”. A quebra financeira da companhia vem justamente no rastro das acusações de assédio sexual contra Weinstein, que chacoalharam a indústria cinematográfica americana a partir de outubro do ano passado. Mais de 70 mulheres denunciaram terem sido abusadas e até estupradas por Weinstein ao longo dos últimos 30 anos, e a revelação do escândalo levou a inúmeros cancelamentos de contratos com o estúdio, que se juntaram a processos para tornar as dívidas da empresa impagáveis. O estúdio ainda tentou encontrar um comprador. E quase fechou contrato, mas o interessado se assustou ao ver o tamanho do buraco em que estava se metendo e cancelou o negócio em cima da hora. Assim, a empresa decidiu apresentar seu plano de falência ao tribunal de Delaware, listando entre U$ 500 milhões e US $ 1 bilhão em passivos e US $ 500 milhões a US $ 1 bilhão em ativos. Dentro do processo falimentar, a empresa afirmou em um comunicado que entrou em acordo com a investidora Lantern Capital, que compraria todos os ativos da empresa e controlaria o leilão das ações da empresa falida, sob supervisão judicial.
Mira Sorvino vai estrelar piloto de série sobre justiça militar
A atriz Mira Sorvino (série “Falling Skies”), uma das primeiras acusadoras dos abusos do produtor Harvey Weinstein, vai estrelar o piloto de uma nova série em desenvolvimento na rede CBS. Intitulado “The Code”, o projeto foi criado por Craig Sweeny (o criador da série “Limitless”) e terá o piloto dirigido pelo cineasta Marc Webb (“O Espetacular Homem-Aranha”). O foco da produção será na justiça militar. Segundo a sinopse, a trama “vê as mentes militares mais brilhantes assumir os desafios mais difíceis do nosso país [deles, os Estados Unidos] – dentro do tribunal e fora – onde cada advogado é treinado como promotor, advogado de defesa, investigador e fuzileiro naval”. A vencedora do Oscar por “Poderosa Afrodite” (1995) vai se juntar a Dave Annable (série “Heartbeat”) e Anna Wood (série “Falling Water”) no elenco da produção, e terá o papel da Coronel Eisa Turnbull, a oficial comandante da divisão jurídica dos fuzileiros dos Estados Unidos. Para virar série, o piloto precisará ser aprovado pelos executivos da CBS.











