Izabella Camargo vence Rede Globo em processo sobre burnout
A jornalista Izabella Camargo venceu a Rede Globo em um processo na Justiça e terá direito a receber R$ 500 mil. A empresa entrou com uma ação contra ela para não pagar a indenização por demissão por causa de uma entrevista, na qual a comunicadora disse que rede tinha responsabilidade por ela ter desenvolvido síndrome de burnout. A decisão não cabe mais recurso. Na sentença proferida pelo ministro relator do caso, Luiz José Dezena da Silva, do Tribunal Superior do Trabalho, o meritíssimo reverteu as decisões de primeira e segunda instâncias, que deram vitória à Globo, e foram julgadas pela 24ª Vara de São Paulo e mantidas pelo Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo. Na ação, a Globo acusou Izabella Camargo de descumprir cláusulas de um acordo que elas fizeram na ocasião da sua demissão da companhia, em 2019. Em uma cláusula, Izabella Camargo era proibida de afirmar em entrevistas que a Globo tinha responsabilidade ou era culpada por ela ter desenvolvido o problema de saúde. Porém, em entrevista ao programa “Pânico”, da rádio Jovem Pan, a jornalista relatou a experiência na empresa na qual trabalhou de 2012 até 2019. E afirmou que a emissora teve parcela de culpa em seu diagnóstico médico. “Eu tive dois gatilhos para acontecer isso. O primeiro momento foi uma puxada de tapete. Uma pessoa que disse ‘no meu jornal, ela não volta’”, citou sem dar detalhes, em novembro de 2019. “O outro foi um comentário bizarro de um dos chefes dizendo que meu trabalho era ‘Ctrl + C e Ctrl + V’. Eu faço tudo de improviso e eu copio e colo? É isso que achavam que era meu trabalho?”, disse ela. A jornalista foi dispensada da emissora após voltar de uma licença justamente por síndrome de burnout. A principal causa da doença, segundo informações do Ministério da Saúde, é justamente o excesso de trabalho. Na ação, os advogados que fizeram a defesa da jornalista afirmaram que ela não poderia ser impedida de participar de atrações jornalísticas, de dar sua opinião ou se expressar sofre fatos da sua vida. Na sentença, o juiz concordou e viu censura por parte da Globo no acordo. “Isso equivaleria a estabelecer que a reclamante não pode, em qualquer tempo, mencionar sua experiência pessoal ao ser demitida, mesmo sem fazer qualquer menção expressa ao nome de sua antiga empregadora e aos procedimentos por ela adotados para o processo de desligamento, o que não pode se sustentar”, disse ele. Uma vez que o TST é a última instância da Justiça Trabalhista, o caso não cabe mais recurso. O dinheiro da indenização seria referente à segunda parcela de um acordo que Izabella fez com a Globo ao deixar a empresa em 2019. O valor estava retido na Justiça a pedido da Globo, que alegava que a jornalista teria quebrado uma das cláusulas do acerto ao dar uma entrevista ao programa “Pânico”.
Jovem Pan faz homenagem de Dia das Mulheres com foto de jornalista demitida
A Jovem Pan enviou na quarta-feira (8/3) uma homenagem de Dia das Mulheres através de um comunicado interno. No entanto, o grupo não se atentou aos detalhes e utilizou a imagem de Kallyna Sabino, jornalista que tinha sido demitida no dia anterior (7/3). Não bastando a bola fora, a JP encaminhou a mensagem para todos os funcionários, sem distinção de gêneros. “Toda mulher fica linda vestida de felicidade”, dizia o comunicado, que rendeu um clima tenso na redação. Além da jornalista Kallyna Sabino, o grupo demitiu a apresentadora Claudia Barthel e a comentarista Camila Abdelmalack. E olha o detalhe: elas teriam sido substituídas por dois ex-funcionários homens da CNN Brasil. Vale lembrar que o grupo Jovem Pan passa por uma reformulação interna após perda de patrocinadores e diversas acusações de apoio ao vandalismo em Brasília. Novas demissões podem ser aguardadas para moderar o “tom crítico” da emissora. A Jovem Pano é de uma sensibilidade exemplar: parabenizou as mulheres pelo Dia Internacional com uma foto da jornalista Kallyna Sabino, demitida um dia antes. Ela preencheu o comunicado distribuído às funcionárias da emissora. — Jose Malia (@jrmalia45) March 9, 2023 Poxa, #JovemKlan o Tutinha e seu pai quase quebraram a Record TV e agora demitiram mulheres como a Claudia Barthel, Kallyna Sabino pra contratar macho em pleno dia 8 de março, suas almas sebosas? — Luis Delcides Rodrigues da Silva (@luis_delcides) March 9, 2023
Keira Knightley investiga serial killer no trailer nacional de “O Estrangulador de Boston”
A Star+ divulgou o trailer legendado do filme “O Estrangulador de Boston” (Boston Strangler), estrelado por Keira Knightley (“Colette”). A prévia destaca o trabalho árduo de duas jornalistas para investigar o caso real do “estrangulador de Boston”, um dos mais famosos psicopatas assassinos dos EUA. Knightley interpreta Loretta McLaughlin, a repórter que batizou o “estrangulador de Boston” e ajudou a identificá-lo ao conectar os assassinatos em série na década de 1960. Ela e a colega repórter Jean Cole (Carrie Coon, de “The Leftovers”) desafiaram o sexismo da época para fazer uma reportagem sobre o assassino em série mais famoso da cidade, antes mesmo de seus crimes serem devidamente identificados, trabalhando incansavelmente para manter as mulheres informadas. A reportagem investigativa revelou que a maioria das 13 vítimas do serial killer foram abusadas sexualmente em seus apartamentos e depois estranguladas com artigos de vestuário. Sem qualquer sinal de entrada forçada em suas casas, as mulheres provavelmente conheciam seu assassino, ou seja, elas permitiram que ele entrasse em suas casas. A história do assassino, cujo verdadeiro nome era Albert DeSalvo, já foi levada aos cinemas várias vezes. O primeiro filme foi lançado em 1964, quando o caso ainda era recente, e o mais famoso chegou quatro anos depois, com o astro Tony Curtis (pai da atriz Jamie Lee Curtis) no papel do serial killer. No Brasil, o filme estrelado por Curtis (que originalmente se chamava “The Boston Strangler”) foi lançado com o título de “O Homem que Odiava as Mulheres”. O novo filme tem produção do cineasta Ridley Scott (“Perdido em Marte”) e da atriz Margot Robbie, por meio de suas empresas Scott Free Productions e LuckyChap Entertainment. O longa tem roteiro e direção de Matt Ruskin (“Conexão Escobar”). O elenco também inclui Alessandro Nivola (“Amsterdã”), David Dastmalchian (“O Esquadrão Suicida”), Morgan Spector (“Homeland”), Bill Camp (“Coringa”) e Chris Cooper (“Adoráveis Mulheres”), e o lançamento vai acontecer em 17 de março nas plataformas Hulu nos EUA e Star+ no Brasil. Veja o trailer legendado e dublado em português.
CNN Brasil zoa Antônia Fontenelle na vitória da Imperatriz Leopoldinense
A jornalista Daniela Lima, âncora da CNN Brasil, zoou a YouTuber Antônia Fontenelle ao noticiar a vitória da Imperatriz Leopoldinense no Carnaval do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (22). No comentário sobre a notícia, ela citou até a vilã de novela Nazaré Tedesco (Renata Sorrah). “Que fase, hein mano, pra uma certa candidata a deputada federal aí do Rio, ou era a estadual mermo, aí hein, do Rio de Janeiro, que foi fazer piada falando ‘parece uma fantasia da Imperatriz Leopoldinense’. Toma-lhe uma vitória campeã do Carnaval 2023. Que fase, mano”, afirmou. A zoada ao vivo na CNN Brasil aconteceu porque a bolsonarista derrotada humilhou e polemizou contra a escola, ao zombar do traje de posse da Primeira Dama Janja Lula da Silva, comparando-o pejorativamente à ala da Velha-Guarda da Imperatriz Leopoldinense. O comentário gerou fortes críticas a Antônia Fontenelle, tanto na classe política quanto de entidades envolvidas no Carnaval. Janja acabou convidada a ser madrinha da Velha-Guarda da escola de samba. E Antônia proibida de assistir ao carnaval do Rio. Por conta dessa repercussão, o nome de Antônia Fontenelle foi parar na lista dos tópicos mais comentados do dia no Twitter, gerando diversos posts de piadas contra a bolsonarista. Com enredo celebrando Lampião, a Imperatriz Leopoldinense foi consagrada a campeã do Carnaval do Rio de Janeiro. Este é o nono título da agremiação. A Imperatriz se apresentou na segunda noite de desfiles na Sapucaí, na última terça-feira (21) #CNNBrasil360 pic.twitter.com/aQ5ZbJTtrF — CNN Brasil (@CNNBrasil) February 22, 2023 Na posse do Lula, a bolsomimon Antônia Fontenelle insultou Janja e a Imperatriz Lepoldinense. Disse que o vestido de Janja era cafona, típico da velha guarda de uma escola de samba medíocre como a Imperatriz. Hoje a Imperatriz é campeã, a história é implacável com os cretinos. pic.twitter.com/pMZ3JC82XY — 🚩Jussara Silva🧙♀️ (@Jussara32444988) February 22, 2023 Alô, Antônia Fontenelle, você quem é digna de pena! Velha-Guarda da Imperatriz é campeã do carnaval!#ApuracaoRJ pic.twitter.com/zAaz52NJmQ — Bruno Guedes (@eubrguedes) February 22, 2023 Janja pé quente demais!! Chupa, Fontenelle #ApuracaoRJ pic.twitter.com/8yoJNteT2D — Wagner Geyer Junior (@djgaier) February 22, 2023 TEVE QUE ENGOLIR! A tag "Antonia Fontenelle" está entre os assuntos mais comentados. O motivo? Em janeiro a youtuber criticou a roupa que Janja usou na posse de Lula citando a Velha-Guarda da Imperatriz Leopoldinense. Hoje, a escola foi a campeã do Carnaval do Rio após 22 anos. pic.twitter.com/q0xXpgUWq0 — Luan Carvalho (@Luan84039399) February 22, 2023 Bombou nas redes: torcedores da Imperatriz celebram Janja e detonam Antônia Fontenelle pic.twitter.com/Zz3ouUKpBg — SRzd Carnaval (@srzdcarnaval) February 22, 2023 Esse título foi um tapa na cara da Antônia Fontenelle!!! Merecido demais!!! — Ariane Rocha (@ArianeSerenade) February 22, 2023 Parabéns para a minha querida @oficialgresil, campeã do Carnaval Carioca, com um enredo histórico sobre Lampião. 💚 Muito grata por ser madrinha da Velha-Guarda da Escola este ano! pic.twitter.com/Gh5rtWgygl — Janja Lula Silva (@JanjaLula) February 22, 2023
Keira Knightley investiga serial killer no trailer de “Boston Strangler”
O 20th Century Studios divulgou o trailer e o pôster do filme “Boston Strangler”, estrelado por Keira Knightley (“Colette”). A prévia destaca o trabalho árduo de duas jornalistas para investigar o caso real do “estrangulador de Boston”, um dos mais famosos psicopatas assassinos dos EUA. Knightley interpreta Loretta McLaughlin, a repórter que batizou o “estrangulador de Boston” e ajudou a identificá-lo ao conectar os assassinatos em série na década de 1960. Ela e a colega repórter Jean Cole (Carrie Coon, de “The Leftovers”) desafiaram o sexismo da época para fazer uma reportagem sobre o assassino em série mais famoso da cidade, antes mesmo de seus crimes serem devidamente identificados, trabalhando incansavelmente para manter as mulheres informadas. A reportagem investigativa revelou que a maioria das 13 vítimas do serial killer foram abusadas sexualmente em seus apartamentos e depois estranguladas com artigos de vestuário. Sem qualquer sinal de entrada forçada em suas casas, as mulheres provavelmente conheciam seu assassino, ou seja, elas permitiram que ele entrasse em suas casas. A história do assassino, cujo verdadeiro nome era Albert DeSalvo, já foi levada aos cinemas várias vezes. O primeiro filme foi lançado em 1964, quando o caso ainda era recente, e o mais famoso chegou quatro anos depois, com o astro Tony Curtis (pai da atriz Jamie Lee Curtis) no papel do serial killer. No Brasil, o filme estrelado por Curtis (que originalmente se chamava “The Boston Strangler”) foi lançado com o título de “O Homem que Odiava as Mulheres”. O novo filme tem produção do cineasta Ridley Scott (“Perdido em Marte”) e da atriz Margot Robbie, por meio de suas empresas Scott Free Productions e LuckyChap Entertainment. O longa tem roteiro e direção de Matt Ruskin (“Conexão Escobar”). O elenco também inclui Alessandro Nivola (“Amsterdã”), David Dastmalchian (“O Esquadrão Suicida”), Morgan Spector (“Homeland”), Bill Camp (“Coringa”) e Chris Cooper (“Adoráveis Mulheres”), e o lançamento vai acontecer em 17 de março nas plataformas Hulu nos EUA e Star+ no Brasil.
Jornalista Glória Maria morre no Rio de Janeiro
Glória Maria, ícone do Jornalismo brasileiro, morreu na manhã desta quinta-feira (2/2) no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio. A repórter, que lutava contra o câncer, enfrentava metástases no cérebro. Em nota, a TV Globo informou que o tratamento da jornalista parou de surtir efeito nos últimos dias. “Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias”, afirma. No começo de janeiro, a apresentadora deixou o comando do “Globo Repórter” após 13 anos à frente do programa semanal. Ela estava afastada desde dezembro, quando anunciou que precisava se internar para tratar de seu câncer. Na ocasião, a rede Globo explicou que seu estado de saúde era estável e previu o retorno de Gloria Maria como repórter da programação para este ano. Em 2019, a apresentadora foi diagnosticada com um câncer de pulmão e precisou se submeter ao tratamento de imunoterapia. Na época, Gloria Maria obteve resultados satisfatórios. Há cerca de três anos, a jornalista voltou a adoecer e descobriu metástases cerebrais. Ela enfrentou uma cirurgia no cérebro, que também foi realizada com êxito. No entanto, os tratamentos continuaram e, nos últimos dias, não tiveram o mesmo êxito. Além disso, em janeiro de 2021, Gloria Maria também encarou uma internação após testar positivo para Covid-19. No hospital, ela precisou colocar um dreno no pulmão. “Eu não vivo mais de sonhos. Eu vivo de realidade. Tenho muita coisa para realizar. Ganhei mais um prazo de validade e estou aproveitando de todas as maneiras”, disse numa entrevista recente à revista GE. Glória Maria Matta da Silva nasceu em 15 de agosto 1949, no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, começou sua carreira no Jornalismo na década de 1970 após ser levada por uma amiga para ser radio escuta nos estúdios cariocas da Globo. Em pouco tempo, Glória produziu sua 1ª reportagem, que narrava o desabamento do Elevado Paulo de Frontim. Ela conquistou a emissora. Glória Maria tornou-se âncora do “RJTV”, passou a apresentar reportagens no “Jornal Hoje” e até comandou o “Bom Dia, Rio”. Cerca de 16 anos depois, a jornalista migrou para a equipe do “Fantástico”. Em 1998, Glória Maria tornou-se responsável pelas reportagens especiais do programa dominical. Como apresentadora, Glória ficou conhecida por viajar a lugares exóticos e entrevistar celebridades como Roberto Carlos, Michael Jackson, Usain Bolt, Leonardo Di Caprio, Madonna e Nicole Kidman. Glória Maria foi pioneira do Jornalismo inúmeras vezes. Para além de protagonizar momentos históricos em mais de 100 países, ela foi a primeira repórter negra da TV Globo, bem como a primeira repórter a entrar ao vivo e a cores no “Jornal Nacional”. Não parou por aí. Glória também contou com o repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues para realizar a primeira transmissão em HD da televisão brasileira, numa matéria do “Fantástico” em 2007. Em seu extenso portfólio, a jornalista guarda a cobertura da guerra das Malvinas (1982), a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista (1996), os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e a Copa do Mundo na França (1998). Mesmo assim, sofreu racismo até de um presidente brasileiro. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ela lembrou de um episódio em que o general João Figueiredo, último presidente da ditadura, afirmou não querer perto dele “a neguinha da Globo”, em referência à jornalista. Em razão dos ataques racistas, Glória lembrou, nessa mesma entrevista, que foi a primeira pessoa a fazer uso da Lei Afonso Arinos, promulgada em 1951 contra a discriminação racial. Ela acionou a Justiça depois de ter sido barrada em um hotel por ser negra. A eterna jornalista deixa duas filhas, Laura e Maria.
Isabela Scalabrini deixa jornalismo da Globo após 44 anos
A jornalista Isabela Scalabrini está de saída da Globo após 44 anos de emissora. A informação foi divulgada pelo diretor de jornalismo do canal, Ali Kamel. Assim como fez com Elizabeth Carvalho, Ernesto Paglia, Chico Pinheiro, Renato Machado e Francisco José, Kamel relembrou toda a trajetória da jornalista na emissora no longo texto, que ressaltou o machismo sofrido durante sua cobertura de esportes na década de 1980. Ela também destacou destacou as coberturas da repórter: a Chacina da Candelária, o assassinato de Daniella Perez, além de entrevistas com nomes como Ayrton Senna, Pelé, Maradona, Tom Jobim, Luciano Pavarotti, Kurt Cobain e “tantos outros”. E contou que Isabela o procurou em 2020 com o pedido de desligamento. Após adiar os planos em meio à pandemia, a saída ficou marcada para agora, final de janeiro de 2023. “Ao me despedir de Isabela com esse texto, destaco o meu respeito por ela. E, em nome da Globo, agradeço o jornalismo que praticou aqui: pioneirismo aliado à alta qualidade!”, conclui o diretor. Leia abaixo o comunicado de Ali Kamel na íntegra. “Em 2020, pouco antes da pandemia, Isabela Scalabrini me procurou dizendo que estava se preparando para encerrar sua colaboração com a Globo. Ela me explicou que queria mais tempo para si, depois de 44 anos na emissora. Combinamos de voltar a conversar, e o fizemos no ano seguinte, eu com uma pontinha de esperança de que ela tivesse mudado de ideia. Isabela ficou conosco ainda em 2021 e 2022, mas sinalizando que sairia. No final do ano passado, me procurou mais uma vez e marcou a saída para esse final de janeiro. Eu entendi as razões dela e combinamos de fazer o anúncio hoje. Na conversa, ela me disse uma verdade que deve inspirar todos os que são apaixonados por jornalismo: ela se sente plenamente realizada e diz que olha para trás e só sente orgulho. Ela tem razão. Em 1979, Isabela cursava a universidade à noite e trabalhava de manhã na Rádio Nacional, como repórter de rua. Foi aprovada no concurso de estágio da Globo depois de fazer provas de conhecimentos gerais ao lado de centenas de candidatos (quase como um vestibular) e, depois, já num grupo menor, de passar por entrevistas seletivas com editores do JN. Foram aprovadas dez mulheres. O estágio durou cerca de um ano e Isabela passou por todos os setores do jornalismo. O contrato foi assinado em janeiro de 1980. A primeira missão depois de ser efetivada foi trabalhar na salinha da apuração da Editoria Rio. Conversava com bombeiros e policiais nas dezenas de rondas pelo telefone – era ali que um repórter aprendia a fazer perguntas. Fez a primeira reportagem para o JN naquele período. No tempo da película, havia uma quantidade sempre muito pequena de filme na câmera: mas ela fez uma “passagem” e uma entrevista sem errar (“de blusa azul”), ela me contou na nossa última conversa. Em seis meses, surgiu uma vaga no departamento de esportes e ela transferida. Foi pioneira. Na década de 1980, havia pouquíssimas mulheres no jornalismo esportivo – só algumas em rádio e jornal. Na Globo, a repórter Mônika Leitão foi escalada para a Olimpíada de Moscou (1980), mas logo depois pediu demissão. Isabela foi assim, por muitos anos, a única mulher na nossa equipe esportiva. Nos estádios, em dias de jogos, o público reagia com todo tipo de brincadeira preconceituosa quando ficava no campo. A pergunta que mais ouvia era: “Você entende de futebol?”. Ela não entrava no vestiário, claro. Eram os jogadores que iam até a porta para a gravação. Mas nunca deixou de noticiar algum fato e nem foi desrespeitada por jogadores ou treinadores. Nunca deixou de fazer reportagem esportiva por ser mulher. Ela lembra que foi Hedyl Valle Júnior quem teve a ousadia de a escalar para coberturas internacionais. Em 1986, na Copa do Mundo do México, acompanhou a seleção da Argentina de Maradona. Era praticamente a única repórter do sexo feminino no evento. Lá, também ouviu muitas piadinhas de repórteres de várias nacionalidades. Mas foi a ela que Maradona deu uma entrevista, que começou exclusiva na concentração da equipe argentina, mas que logo virou uma coletiva com a correria dos repórteres, surpresos, tentando alcançá-la. Na Olimpíada de Los Angeles, acompanhou a chegada da maratona feminina dentro do Coliseu. Fez a reportagem sobre o esforço da suíça Gabrielle Andersen para completar a prova: contorcendo-se em câimbras, não permitiu que ninguém a tocasse até cruzar a linha de chegada (para somente então cair ao solo e ser atendida). A imagem é considerada uma das mais importantes do esporte mundial. E, nos Jogos Olímpicos de Seul, fez a polêmica entrevista com o corredor Joaquim Cruz em que ele denunciou o uso de anabolizantes pelos atletas americanos depois da desclassificação do canadense Ben Johnson, por doping. A entrevista teve repercussão no mundo inteiro. Joaquim treinava com eles nos EUA e, depois de ser muito criticado por acusar outros atletas de doping, abandonou a Olimpíada. Ele tinha ganhado medalha de prata poucos dias antes, nos 800 metros, e desistiu de correr os 1.500 metros. Foram muitas histórias inesquecíveis na cobertura esportiva. Até recentemente era convocada para falar sobre esse pioneirismo no futebol. Depois de doze anos, foi convidada para trabalhar na Editoria Rio em 1993. Do período, destaco as coberturas que fez da Chacina da Candelária e do assassinato de Daniella Perez. Em tantas décadas, teve o privilégio de entrevistar Ayrton Senna, Pelé, Tom Jobim, Luciano Pavarotti, Kurt Cobain e tantos outros. E de conhecer o mundo. Cobrir o carnaval carioca era uma das suas paixões. Foram mais de trinta anos ao vivo na Avenida! Várias entrevistas feitas por Isabela estão em documentários recentes do GloboPlay, o que demonstra a relevância e a qualidade delas – Pepê, Castor de Andrade e Garrincha. Vale conferir. Em 1998, uma guinada. Mudou-se para Belo Horizonte, onde ficou por mais vinte e cinco anos. Apresentou o MG TV de 1998 a 2019 e, hoje, é uma personalidade mineira, respeitada por todos, parada nas ruas, os espectadores reconhecem o profissionalismo dela. Dia sim, dia não, ainda em janeiro, estava no JN e nos locais de BH com seu talento. Uma profissional completa. Ao me despedir de Isabela com esse texto, destaco o meu respeito por ela. E, em nome da Globo, agradeço o jornalismo que praticou aqui: pioneirismo aliado à alta qualidade! Obrigado, Ali Kamel”
Gabriela Prioli está fora da CNN Brasil após três anos
Gabriela Prioli está fora da CNN Brasil. A comentarista anunciou neste terça-feira (24) que não faz mais parte do quadro de colaboradores do canal. A advogada – que entrou na casa em 2020 – teve uma rápida ascensão na emissora e comandou diversos programas por lá. De forma melancólica, Prioli se despediu do canal sem dar mais informações sobre qual serão seus próximos passos. “Tudo na vida tem começo, meio e fim”, disse através de seu Instagram. Ela relembrou sua promissora trajetória na emissora, elogiou os companheiros de bancada do “CNN Tonight!”, agradeceu pela oportunidade profissional e encerrou seu texto celebrando a chance de colocar o seu nome em um programa de televisão. “Pra finalizar com chave de ouro essa trajetória, eu ganhei de presente o “À Prioli”! Só dois anos após a minha estreia, três temporadas de um programa com meu nome, entrevistas densas e profundas e convidados muito especiais. E é assim, com esse céu azul, agradecida por todos aqueles que estiveram comigo nessa trajetória, especialmente ao Virgílio Abranches, que eu decidi me despedir da CNN Brasil”, finalizou. A CNN também se manifestou sobre o assunto e – sem mais delongas – disse que “tem muito orgulho de ter sido a primeira casa televisiva da apresentadora Gabriela Prioli”. E desejou boa sorte. A saída de Gabriela acontece pouco mais de um mês após a CNN Brasil iniciar cortes massivos, que levaram ao fechamento da sucursal do Rio de Janeiro e à demissão de medalhões como Boris Casoy, Sidney Rezende, Marcela Rahal e Isabella Faria, para ficar só nos apresentadores.
Record TV demite Roberta Piza e Mariana Weickert
A Record TV segue fazendo cortes em seu departamento de Jornalismo. Duas semanas após as saídas dos repórteres veteranos Susan Hypolito e Maurílio Goeldner, as novas vítimas do enxugamento de custos foram Roberta Piza, uma das mais antigas âncoras de telejornal da emissora, demitida depois de 17 anos na equipe do “Fala Brasil”, e Mariana Weickert, há três anos e meio no “Domingo Espetacular”. Segundo apuração do TV Pop, outros profissionais, como o repórter Rodrigo Hinkel, editores e produtores, também foram demitidos nas últimas semanas. O objetivo é baixar custos e eliminar profissionais de salários elevados. Após os cortes, o “Fala Brasil – Edição de Sábado” será comandado por Patrícia Costa e Thalita Oliveira, enquanto Mariana terá suas funções supridas por outros repórteres que já fazem parte do “Domingo Espetacular”. A política de contenções não é restrita apenas ao Jornalismo. Nos últimos dias, a Record TV enfrentou uma negociação tensa com Rodrigo Faro, que esteve para ser dispensado da empresa, segundo vários relatos, mas acabou aceitando uma redução salarial para permanecer à frente do “Hora do Faro”.
“The Last of Us” lidera as opções de séries da semana
A estreia de “The Last of Us” no domingo (15/1) não é só o programa mais esperado da semana, mas um dos mais importantes de 2023. E ainda há muitos outras atrações na lista de destaques para entusiasmar os fãs de séries, incluindo a volta de “Vikings: Valhalla” e as conclusões de nada menos que três séries: “Servant”, “Hunters” e “Sky Rojo”. Entretanto, se só desse tempo para ver mais uma série apenas nesse período, a obrigatória é “Extremistas.br”, que ajuda a explicar como o Brasil se tornou palco para os atentados terroristas de 8 de janeiro. Confira abaixo o listão, com as 10 melhores opções de séries da semana. | THE LAST OF US | HBO MAX Uma das séries mais caras já feitas pela HBO, a adaptação do game premiado da Naughty Dog chega chegando, com 97% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes e a superação da meta “impossível” de ser melhor que o próprio jogo. E vale apontar que é Neil Druckmann, criador do game original, quem tem rasgado os maiores elogios à produção no material oficial de divulgação. A série de estilo “zumbi” se passa num futuro pós-apocalíptico, depois que um fungo mortal destruiu quase toda a civilização, afetando o cérebro dos infectados, que aos poucos se tornam monstros. A trama segue o contrabandista Joel (o astro de “The Mandalorian”, Pedro Pascal), contratado para levar Ellie (Bella Ramsey, de “Game of Thrones), uma adolescente de 14 anos que se mostra resistente à infecção e pode representar a cura, de uma zona de quarentena para uma organização que trabalha para acabar com a pandemia. Mas o que começa como um pequeno trabalho logo se torna uma jornada brutal e de partir o coração, conforme os dois atravessam os Estados Unidos e passam a depender cada vez mais um do outro para sobreviver. A adaptação está a cargo de Craig Mazin (“Chernobyl”), que juntou em sua equipe um trio de cineastas consagrados em festivais internacionais: o russo Kantemir Balagov (premiado no Festival de Cannes de 2019 por “Uma Mulher Alta”), a bósnia Jasmila Žbanić (de “Quo Vadis, Aida?”, drama vencedor do Spirit Award de Melhor Filme Internacional) e o iraniano Ali Abbasi (Melhor Direção da mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes em 2018 pelo perturbador “Border”, também conhecido como “Gräns”). Diretores de cinema numa produção com orçamento de cinema. E melhor que muito filme projetado em Imax 3D. | VIKINGS: VALHALLA 2 | NETFLIX A série é uma espécie de continuação de “Vikings”, desenvolvida pelo mesmo produtor, Michael Hirst, mas se passa um século após as façanhas de Ragnar Lothbrok e seus filhos, concentrando-se nas aventuras de outros vikings famosos. A 2ª temporada encontra os foragidos Leif Eriksson (Sam Corlett, de “O Mundo Sombrio de Sabrina”), sua irmã Freydis Eiríksdottir (Frida Gustavsson, de “Swoon”) e Harald Sigurdsson (Leo Suter, de “The Liberator”) logo após a trágica queda de Kattegat, um evento que destruiu seus sonhos e alterou seus destinos. Encarando a vida de fugitivos na Escandinávia, eles são forçados a testar suas ambições e coragem em mundos além de seus fiordes familiares. A produção a cargo do showrunner Jed Stuart (roteirista dos clássicos “Duro de Matar” e “O Fugitivo”) está introduzindo novos personagens importantes na atual temporada: Harekr, líder de uma comunidade viking pagã, interpretado por Bradley James (o Rei Arthur de “Merlin”), Mariam, uma astrônoma árabe vivida por Hayat Kamille (“Assassinato no Expresso do Oriente”), o Rei Yaroslav, o Sábio, governante de um província no norte da Rússia, encarnado por Marcin Dorociński (“O Gambito da Rainha”), e Elena, uma nobre russa interpretada por Sofya Lebedeva (“McMafia”). | SERVANT 4 | APPLE TV+ O final do terror produzido pelo cineasta M. Night Shyamalan (“Tempo”) promete revelar a verdade sobre a babá misteriosa, vivida por Nell Tiger Free (de “Game of Thrones”), originalmente contratada para cuidar de uma criança recém-nascida, que vira salvadora e maldição de uma família, com direito a desfecho apocalíptico. Inicialmente trazida para reforçar uma ilusão para uma mãe desesperada, que cuidava de um boneco como se fosse seu bebê morto no parto, sua presença acaba trazendo nova vida para o lar enlutado, na forma de um nascimento, mas também atrai atenção de uma seita potencialmente satânica. Demonstrando poderes que ninguém imagina, ela é capaz de detê-los, mas também consegue assustar a família. Criada por Tony Basgallop, autor da série inglesa “Hotel Babylon” e roteirista de “24 Horas: Viva Um Novo Dia”, a produção também destaca em seu elenco Toby Kebbell (o Messala de “Ben-Hur”) e Lauren Ambrose (“A Sete Palmos”, “Arquivo X”) como os pais e Rupert Grint (o Ron Weasley de “Harry Potter”) como o tio do bebê. Além de produzir, Shyamalan também dirige alguns episódios. | HUNTERS 2 | AMAZON PRIME VIDEO Escrita por David Weil (do vindouro “Moonfall”) e produzida por Jordan Peele (diretor de “Corra!”), a série acompanha um grupo diversificado de caçadores de nazistas, que após conterem um complô para criar o Quarto Reich nos Estados Unidos em 1977, iniciam uma busca mundial por Adolph Hitler (interpretado pelo alemão Udo Kier, de “Bacurau”), que teria forjado sua morte e escapado da Alemanha no final da 2ª Guerra Mundial. Ele estaria escondido na América do Sul. Anunciada como final da produção, a temporada traz de volta Logan Lerman (“As Vantagens de Ser Invisível”), Jerrika Hinton (“Grey’s Anatomy”), Josh Radnor (“How I Met Your Mother”), Louis Ozawa Changchien (“Bosch”) e o veterano ator Al Pacino (“O Irlandês”), que retoma o papel de Meyer Offerman, líder dos caça-nazis na primeira série de sua longa carreira. Já a principal novidade, além de Kier, é Jennifer Jason Leigh, indicada ao Oscar por “Os Oito Odiados” (2015), que interpreta uma nova caçadora de nazistas. | SKY ROJO 3 | NETFLIX A conclusão da nova série espanhola de ação de Álex Pina (criador de “La Casa de Papel”) e Esther Martínez Lobato (criadora de “Vis a Vis”) traz as protagonistas cansadas de fugir e prontas para atacar os criminosos que as perseguem. Na trama, três prostitutas se tornam foragidas após deixarem seu cafetão gravemente ferido. Formado por uma brasileira, uma colombiana e uma espanhola, o trio tem à máfia a seu encalço e não pode pedir ajuda para a polícia, precisando escolher a menos pior entre suas duas opções: fugir até serem pegas ou atacar primeiro. Depois de optarem pela primeira opção nos primeiros capítulos, agora chega a hora da segunda alternativa. O elenco é liderado pela espanhola Verónica Sánchez (“O Píer”), a cubana Yany Prado (“A Dupla Vida de Estela Carrillo”) e a atriz e cantora argentina Lali Espósito (“Floricienta”). Já os principais personagens masculinos são vividos por Asier Etxeandía (“Dor e Glória”), Miguel Ángel Silvestre (“Sense8”) e Enric Auquer (“Quien a Hierro Mata”). | A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS | GLOBOPLAY Uma das aventuras mais filmadas do escritor Jules Verne – que já teve versão vencedora do Oscar de Melhor Filme em 1956 – volta às telas numa coprodução europeia estrelada pelo inglês David Tennant (o melhor “Doctor Who”). Ele dá vida ao cavaleiro Phileas Fogg, que no final do século 19 aposta ser capaz de fazer o que diz o título, dar a volta ao mundo em 80 dias, utilizando-se de um balão. Além dele, participam da aventura a alemã Leonie Benesch (“Babylon Berlin”) como a jornalista Abigail Fix e o francês Ibrahim Koma (“Gare du Nord”) no papel do valete Passepartout. Concebida como minissérie, a produção desenvolvida pelo produtor-roteirista inglês Ashley Pharoah (criador da série cult “Life on Mars”) acabou fazendo grande sucesso e foi renovada, virando série anual. A ideia é contar uma nova aventura totalmente inédita, envolvendo os mesmos personagens em outra volta ao mundo no ano que vem. | MAKANAI: COZINHANDO PARA A CASA MAIKO | NETFLIX Em sua primeira série para a Netflix, o premiado cineasta japonês Hirokazu Koreeda (“Assunto de Família”) combina gueixas e culinária num drama adolescente sensível e bem diferente do usual. O próprio diretor chegou a dizer, durante a assinatura do contrato, que jamais conseguiria realizar essa produção se a plataforma não tivesse se interessado. A trama acompanha duas amigas inseparáveis, que se mudam para Kyoto decididas a realizarem o sonho de serem maikos – aprendizes de gueixas. Mas ao chegar na casa maiko, uma delas se destaca pela graciosidade, enquanto a outra não causa o mesmo impacto entre as tutoras. Reprovada nos testes, ela resolve despedir-se com um jantar para a amiga e demais moradores. Só que sua comida conquista os estômagos e corações de todos, transformando sua vida de forma como ela jamais poderia imaginar. | VELMA | HBO MAX A famosa personagem de “Scooby-Doo” ganhou uma série própria, que conta a origem de sua relação com a turma da Máquina do Mistério. Só que eles não estão apenas mais jovens. Alguns são irreconhecíveis. A trama acompanha Velma Dinkley, uma adolescente nerd de descendência indiana, que enfrenta suas crises do ensino médio junto com sua primeira investigação de mistério pseudo-sobrenatural. Seu melhor amigo é um adolescente preto que ainda não adotou o apelido Salsicha, mas demonstra traços do personagem sob seu nome real, Norville Rogers. Já Fred Jones e Daphne Blake continuam fisicamente iguais, mas com atitudes pioradas – viraram, respectivamente, um hetero top e uma patricinha bitolada. Outra diferença importante são as faíscas que rolam entre Daphne e Velma, numa tensão sexual que as crianças não deviam suspeitar. Com violência, sangue e piadas adultas, a série animada foi concebida por Mindy Kaling (“Projeto Mindy”), que também dubla Velma, e o elenco de vozes ainda conta com Constance Wu (“Podres de Ricos”) no papel de Daphne, Sam Richardson (“Ted Lasso”), como o dublador do Norville e Glenn Howerton (“It’s Always Sunny In Philadelphia”) dando voz a Fred. E não há nenhum sinal de Scooby-Doo. Tantas mudanças dividiram a crítica. Para muitos, a série tento ser esperta demais para seu próprio bem e acabou se tornando apenas medíocre. | KOALA MAN | STAR+ A animação usa humor escrachado para narrar as desventuras de Kevin, um pai de meia-idade que à noite se transforma num subestimado super-herói australiano, o Koala Man, cujos únicos poderes são sua paixão pelas regras e a vontade de acabar com todos os pequenos crimes da sua cidade (como a grama que está grande demais). Criada por Michael Cusack (“Smiling Friends”) e produzida por Justin Roiland (co-criador de “Rick e Morty”), a série destaca vários famosos em sua dublagem. Além do próprio Cusak como Kevin/Koala Man, Hugh Jackman (o “Logan”) dá voz a seu patrão e o elenco ainda traz Sarah Snook (“Succession”), Jemaine Clement (“O Que Fazemos nas Sombras”), Hugo Weaving (“Máquinas Mortais”) e Alexandra Daddario (“The White Lotus”). | EXTREMISTAS.BR | GLOBOPLAY A nova série documental do jornalismo da Globo não pode ser mais atual. E obrigatória. Ela adentra e revela os meandros dos bolsonaristas radicais que materializaram o ataque terrorismo à Brasília no último domingo (8/1). Gravada ao longo de dois anos, desde março de 2021, a atração esmiúça a radicalização dessa parcela da população brasileira, apresentando em detalhes o grau de fanatismo das pessoas que se apresentam como patriotas numa missão divina, além da luta travada para conter sua narrativa de ódio nas mídias sociais. Com oito episódios (apenas três foram disponibilizados na estreia), a produção aborda temas como armamentismo, negacionismo, religião e a manipulação da moral e dos bons costumes, que são usados pelos extremistas para aliciar milhares de pessoas e disseminar discursos golpistas. A produção entrevistou pesquisadores, especialistas e personagens conectados aos movimentos retratados — com destaque para Sara “Winter” Giromini, ex-líder do grupo radical 300 do Brasil, que reproduziu uma marcha de tochas do nazismo e do grupo racista americano Ku Klux Klan em Brasília. Entre os outros personagens retratados estão um jovem que trabalha usando fake news para destruir reputações a pedido dos clientes, uma militante infiltrada em grupos radicais e o casal de universitários que criou o...
Sleeping Giants mira operadoras que transmitem a Jovem Pan
O movimento Sleeping Giants Brasil resolveu mirar nas operadoras de TV por assinatura que transmitem o canal da Jovem Pan News. O objetivo é estender o combate à desinformação e aos discursos de ódio propagados pela emissora, responsabilizando também as empresas que permitem a exibição do canal. Segundo o diretor jurídico Humberto Ribeiro, as empresas Claro TV, Vivo TV, Sky e DGO serão acionadas de forma extrajudicial. O Sleeping Giants Brasil pretende entender a razão para a exibição do canal, antes de lançar uma campanha de desmonetização dessas empresas. “[Queremos] questionar a razão de, durante a pandemia da covid-19, incorporarem em seu portfólio de canais um veículo de comunicação que sabidamente difundia desinformação sobre a vacinação, tratamentos sem eficácia comprovada, uso de máscaras e distanciamento social”, disse. A notificação também tem o intuito de entender se a programação da Jovem Pan News está de acordo com as diretrizes das operadoras televisivas. A direção do Sleeping Giants considera que as empresas também são responsáveis pelos conteúdos, mesmo que de forma indireta. “Queremos saber se condiz com as boas práticas de governança dessas empresas a manutenção da disponibilidade dos conteúdos da TV Jovem Pan News aos seus consumidores”, declarou o advogado. “Mesmo diante das reiteradas e graves denúncias de que o veículo difunde desinformação sobre a rigidez do processo eleitoral, o papel de instituições de Estado, como as Forças Armadas, além de ataques ao STF e ao TSE”, completou. Até o momento, nenhuma das empresas citadas se posicionaram ou emitiram notas de repúdio aos atos terroristas do último domingo (8/1). Desde que começou sua campanha de desmonetização da Jovem Pan News em 21 de dezembro, o Sleeping Giants Brasil já convenceu 24 empresas a pararem de anunciar no canal.
Jovem Pan se pronuncia após sofrer ataque hacker
A conta do YouTube da Jovem Pan News sofreu um ataque hacker na madrugada passada. A ação mudou o nome do canal para Tesla Event e fez algumas alterações de conteúdo, que já foram revertidas. A empresa se pronunciou sobre o ocorrido por meio de um comunicado publicado na quarta-feira (11/1) nas redes sociais. Na nota, a emissora lamentou o episódio e destacou que acionou as autoridades para a apuração do crime. “A Jovem Pan sofreu uma invasão em seus canais no YouTube no final da noite desta terça-feira, 10 de janeiro; ainda estão sendo apuradas pela equipe de tecnologia da emissora e pela equipe de segurança do YouTube as condições que levaram ao ataque e a extensão dos danos”, diz a nota. “No instante em que a vulnerabilidade foi identificada, a emissora notificou a plataforma e adotou as medidas necessárias, entre elas a comunicação do ocorrido para as autoridades”, segue o texto. A Jovem Pan apontou que criminosos tentaram abalar a credibilidade da emissora e ainda demonstrou solidariedade a outras empresas que passaram por ataques similares recentemente. “Lamentamos que a Jovem Pan, e outras emissoras em episódios recentes, sejam alvos de criminosos que tentam desestabilizar a credibilidade de veículos de imprensa”, concluiu o texto. O ataque ainda está sendo investigado pela equipe de tecnologia da empresa de comunicação e pela equipe de segurança da plataforma de vídeos do Google. A Jovem Pan sofreu uma invasão em seus canais no YouTube no final da noite desta terça-feira, 10 de janeiro; ainda estão sendo apuradas pela equipe de tecnologia da emissora e pela equipe de segurança do YouTube as condições que levaram ao ataque e a extensão dos danos pic.twitter.com/OgStOq82F5 — Jovem Pan News (@JovemPanNews) January 11, 2023 Lamentamos que a Jovem Pan, e outras emissoras em episódios recentes, sejam alvos de criminosos que tentam desestabilizar a credibilidade de veículos de imprensa — Jovem Pan News (@JovemPanNews) January 11, 2023
Jovem Pan afasta Constantino, Paulo Figueiredo e Zoe Martinez
A Jovem Pan decidiu afastar alguns de seus comentaristas mais radicais: Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e Zoe Martinez. Eles são considerados defensores das manifestações antidemocráticas e teriam apoiado o ato golpista, ocorrido em Brasília no último domingo (8/1). A decisão aconteceu após o Ministério Público Federal de São Paulo abrir investigação contra o canal por apoio aos atos golpistas. “O foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país”, disse o MPF-SP em comunicado. A emissora escalou o extremista Paulo Figueiredo para sua cobertura dos atos terroristas. É o mesmo comentarista que defendeu, recentemente, uma guerra civil no país. Em sua primeira manifestação ao entrar no ar durante o ataque de domingo (8/1), Figueiredo disse que era “compreensível a revolta popular”, e mesmo criticando a destruição causada pelos bolsonaristas, buscou retratar os agressores como supostas vítimas do sistema. “A revolta é legítima”, ele afirmou sobre a barbárie terrorista. Zoe Martinez, por sua vez, defendeu que as Forças Armadas destruíssem os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em participação na emissora no dia 21 de dezembro, enquanto Constantino insistiu na tese de que as eleições foram forjadas por um “um malabarismo do Supremo”, ideia difundida a partir de 14 de novembro e reiterada várias vezes desde então. Além deles, os jornalistas da emissora não pronunciaram, desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, as palavras golpistas e antidemocráticos para se referir aos protestos que deram origem ao atentado contra a democracia na Praça dos Três Poderes de Brasília. Segundo apurou o Notícias da TV, até a definição “bolsonaristas” teria sido vetada pelos editores da Jovem Pan News. A situação mudou após os atos de domingo, que levaram à liberação dos termos. Mesmo assim, não se ouve no canal a expressão “terroristas”, adotada pela Globo, o presidente Lula e a presidente do STF Rosa Weber. A pressão contra a Jovem Pan não é apenas política e judicial. A campanha do perfil Sleeping Giants Brasil já fez a empresa perder 22 anunciantes. A emissora também teve a monetização de seu canal suspensa pelo YouTube – assim como a revista Oeste, que reunia ex-funcionários da Jovem Pan. Por enquanto, os comentaristas afastados foram suspensos por tempo indeterminado, mas não desligados da empresa. A Jovem Pan já demonstrou anteriormente que não leva punições a sério, tendo demitido o próprio Constantino, envolvido em outra polêmica, para recontratá-lo logo depois. E não foi um caso isolado. A suspensão desta terça (10/1) se segue à renúncia do presidente do Grupo Jovem Pan do comando da empresa. O empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, será substituído por Roberto Araújo, antes CEO, que agora terá que responder ao MPF-SP. Apesar de abrir mão do comando da empresa, Tutinha segue sendo o acionista majoritário da Jovem Pan.











