Globo de Ouro tem pior audiência de todos os tempos nos EUA
O Globo de Ouro voltou à televisão dos EUA neste ano, após um ano sem transmitir sua premiação. Mas a ausência não parece ter deixado saudade. De acordo com dados da Nielsen, a transmissão do canal NBC atraiu apenas 6,3 milhões de pessoas. Trata-se da pior audiência de todos os tempos da cerimônia de premiação, que em 2021 já tinha sido vista por apenas 6,9 milhões. A diferença entre 2023 e 2021 pode não parecer muito grande, mas se torna gritante quando comparada às 18,3 milhões de pessoas que sintonizaram em 2020. Isso indica que o Globo de Ouro ainda não recuperou a credibilidade após os problemas que explodiram nos últimos anos, como revelações sobre falta de diversidade e alegações de impropriedade dentro da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), que organiza a premiação. Todos esses problemas levaram a um boicote de artistas e estúdios em 2021, e culminaram no cancelamento da cerimônia do ano passado. Ao retornar nesse ano, o Globo de Ouro perdeu sua tradicional data de prestígio num domingo, contentando-se com uma exibição na terça-feira (10/1), o que também contribuiu para a queda na audiência. A transmissão foi especialmente trágica no grupo demográfico de 18 a 49 anos de idade, mais buscado por anunciantes. Já no Brasil, a cerimônia nem sequer foi exibida. Vale destacar que esses números não incluem nenhuma visualização pela plataforma de streaming Peacock ou por outros plataformas digitais. Portanto, a contagem final de visualizações vai aumentar, ainda que provavelmente não o suficiente para fazer uma diferença muito significativa. A 80ª edição do Globo de Ouro foi apresentada pelo comediante Jerrod Carmichael. Confira aqui a lista dos vencedores.
Piada com Tom Cruise no Globo de Ouro gera mal-estar e críticas
O Globo de Ouro retornou na noite de terça-feira (10/1) com a promessa de reconhecer os erros do passado e tentar corrigi-los. Porém, ainda que a premiação tenha sido uma das mais diversas da história do evento, o passado polêmico da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), que gerou boicotes ao evento, foi ignorado ou transformado em piada com o intuito de mudar o foco a discussão. Ou, pior, revanchismo contra quem protestou contra as denúncias de racismo, falta de diversidade, corrupção e assédio dos integrantes da entidade. Foi o caso, por exemplo, de uma piada feita pelo comediante Jerrod Carmichael, apresentador da cerimônia, contra Tom Cruise, que gerou mal-estar entre o público do evento e muitas críticas nas redes sociais. Em certo momento, Carmichael apareceu carregando três estatuetas do Globo de Ouro e dizendo que as havia encontrado nos bastidores e que aqueles eram os prêmios que o astro havia devolvido. A piada fez referência à manifestação pública feita por Cruise, quando os casos de racismo e abusos envolvendo a HFPA vieram à tona. Na ocasião, o ator anunciou que iria devolver os prêmios que já havia ganhado. Além disso, Cruise também não participou da cerimônia deste ano, embora seu filme “Top Gun: Maverick” estivesse concorrendo em diversas categorias. Carmichael, que abriu a cerimônia afirmando que tinha sido escolhido para apresentar o Globo de Ouro porque era negro, depois de toda a polêmica racial da HFPA, atacou, não sabe exatamente se a mando de alguém, o ator mais famoso que repudiou a premiação controversa. E isto chamou atenção. Ele continuou seu esquete zombando da religião de Cruise. “Olha, eu sou apenas o anfitrião, brevemente ou o que quer que seja, mas tenho uma ideia: acho que talvez possamos pegar essas três coisas e trocá-las pelo retorno seguro de Shelly Miscavige”, brincou ele. A reação do público foi mista. Poucas pessoas riram, algumas pareceram não gostar do comentário e a maioria ficou em silêncio ao final da piada. E essa reação não foi por desconhecimento do conteúdo. Todo mundo ali sabia quem era Shelly Miscavige e compreendia o “retorno seguro” a que Carmichael se referia. Shelly Miscavige é (ou era) a esposa do líder da igreja da Cientologia, David Miscavige. Ela não é vista em público há 15 anos e existem muitas especulações a respeito do seu sumiço. Algumas narrativas afirmam que ela prefere manter a sua vida privada, longe do público. Outras dizem que algo pode ter acontecido com ela, e que a igreja está encobrindo isso. A piada de Carmichael atacou tanto o envolvimento de Tom Cruise com a Igreja da Cientologia como seu silêncio ou cumplicidade diante do suposto desaparecimento de Shelly Miscavige. Ou seja, foi uma maneira do Globo de Ouro atacar um de seus críticos mais famosos e apontá-lo como hipócrita, praticamente dizendo que não existe ninguém inocente em Hollywood. Os comentários nas redes sociais pegaram a malícia da piada, que acabou virando contra a hipocrisia do próprio Globo de Ouro. Afinal, Carmichael reconheceu que a estratégia era mudar a narrativa logo no seu discurso inicial. Depois de dizer que foi escolhido para apresentar o Globo de Ouro porque era negro, explicou porque aceitou a missão: “Esta é uma noite em que podemos comemorar e acho que esta indústria merece noites como esta”. Ou seja, apesar dos inúmeros problemas do Globo de Ouro, “o show tem que continuar”. Exemplo maior de hipocrisia, só a participação dos artistas famosos que foram ao evento, receberam prêmios, discursaram e agiram como se nada polêmico tivesse acontecido com a premiação. Premiadas na madrugada desta quarta (11/1), Zendaya, Cate Blanchett e Amanda Seyfried não foram ao evento, como o próprio Tom Cruise e outros.
Globo de Ouro acontece nesta noite sem exibição no Brasil
A premiação do Globo de Ouro 2023, que acontece na noite desta terça (10/1) em Los Angeles, nos EUA, não será exibida na televisão brasileira. O canal pago TNT, que tradicionalmente transmite a cerimônia no Brasil, decidiu não fazer a cobertura deste ano. Com isso, o público brasileiro ficará sem alternativa no país para acompanhar o evento, que premia os melhores do cinema e da TV dos EUA. Apenas o canal pago E! trará imagens dos famosos, exibindo o tapete vermelho a partir das 20h, mas sua transmissão se encerra antes da entrega das estatuetas. Assim, os interessados em acompanhar a cerimônia precisarão encontrar opções americanas na internet e possuir um bom aplicativo de VPN. A verdade é que premiação também teve dificuldades para emplacar sua exibição até na televisão dos EUA. O Globo de Ouro não foi transmitido no ano passado, após enfrentar boicote generalizado de astros, agentes de talento, estúdios e da rede NBC, responsável por sua transmissão original. O motivo do cancelamento foram polêmicas envolveram racismo e falta de diversidade dentro da entidade responsável pelo evento, a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), além de acusações de corrupção, assédio e abuso sexual, que geraram revolta geral, culminando na retirada dos estúdios da competição esvaziada de 2022, que “aconteceu” sem a presença de artistas. Desde então, a HFPA tem se reorganizado para evitar novos boicotes. A entidade adicionou 103 novos votantes, que se somaram aos cerca de 80 anteriormente existentes, e adotou um manual de ética. Além disso, teve seu controle adquirido pela empresa de investimentos Eldridge Industries, que também assumiu a propriedade da Dick Clark Productions, a produtora de longa data do evento televisivo. Desse modo, o dono da Eldridge Industries, Todd Boehly, passou a aturar como CEO interino do HFPA desde outubro de 2021. Essas mudanças estimularam a NBC a retomar a transmissão neste ano. Mas alguns artistas recusaram o convite para participar da premiação. O ator Brendan Fraser, que vem de uma performance elogiada em “A Baleia” e é considerado presença garantida nos diversos eventos de premiação da temporada, afirmou que não participaria da cerimônia, que marcará 20 anos de um abuso que ele sofreu no evento. Tom Cruise, que devolveu dois Globos de Ouro vencidos ao longo de sua carreira, também é ausência certa. Scarlett Johansson é outra que reclamou de assédio de integrantes da HFPA e não deve aparecer. E assim como eles, muitos outros astros resolveram estender o repúdio ao evento. Por outro lado, estão confirmadas as presenças do diretor Quentin Tarantino e dos atores Billy Porter, Jamie Lee Curtis, Ana de Armas e Eddie Murphy. O último receberá uma homenagem pela carreira, assim como o produtor Ryan Murphy, criador de “Glee”, “American Horror Story” e “Dahmer: Um Canibal Americano”, entre várias outras séries. A expectativa é grande para ver quem mais vai pisar no tapete vermelho, que a E! começa a exibir a partir das 20h. Com oito indicações, o filme irlandês “Os Banshees de Inisherin” lidera a lista de candidatos aos prêmios, seguido pelo fenômeno indie “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” com seis, e “Babilônia” e “Os Fabelmans” empatados com cinco indicações. Desde o anúncio da lista, porém, “Babilônia” chegou aos cinemas e foi execrado por público e crítica americanos. O Globo de Ouro abre a segunda etapa das premiações da indústria do entretenimento americano, mas seus integrantes são jornalistas estrangeiros, sem ligação alguma com essa indústria. Por isso, é um prêmio que não costuma apontar tendências para o Oscar – apesar do que muitos jornalistas brasileiros afirmaram no passado. O evento só ganhou projeção porque é televisionado por uma grande rede de TV dos EUA, numa iniciativa da NBC para ter seu próprio “Oscar”. Para atrair famosos e conquistar audiência, o Globo de Ouro assumiu clima de festa, liberando álcool para os convidados – além de presenteá-los com lembrancinhas caras. E assim o público se acostumou a sintonizar discursos mais desinibidos e momentos que sempre deram o que falar. Neste ano, para garantir que o tom siga descontraído, a HFPA chamou chamou o comediante Jerrod Carmichael (“The Carmichael Show”) para conduzir o evento. O resultado será apresentado a partir das 22h (horário de Brasília), com os vencedores informados logo em seguida. Confira abaixo a lista dos indicados aos troféus de cinema e TV da premiação. FILMES MELHOR FILME DE DRAMA “Avatar: O Caminho da Água” “Elvis” “The Fabelmans” “Tár” “Top Gun: Maverick” MELHOR FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL “Babylon” “Os Banshees de Inisherin” “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” “Triângulo da Tristeza” MELHOR ATOR EM FILME DE DRAMA Austin Butler (“Elvis”) Brendan Fraser (“A Baleia”) Hugh Jackman (“The Son”) Bill Nighy (“Living”) Jeremy Pope (“The Inspection”) MELHOR ATRIZ EM FILME DE DRAMA Cate Blanchett (“Tár”) Olivia Colman (“Império da Luz”) Viola Davis (“A Mulher Rei”) Ana de Armas (“Blonde”) Michelle Williams (“The Fabelmans”) MELHOR ATOR EM FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL Diego Calva (“Babylon”) Daniel Craig (“Glass Onion: Um Mistério Knives Out”) Adam Driver (“Ruído Branco”) Colin Farrell (“Os Banshees de Inisherin”) Ralph Fiennes (“O Menu”) MELHOR ATRIZ EM FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL Lesley Manville (“Sra. Harris Vai a Paris”) Margot Robbie (“Babylon”) Anya Taylor-Joy (“O Menu”) Emma Thompson (“Boa Sorte, Leo Grande”) Michelle Yeoh (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) MELHOR ATOR COADJUVANTE EM FILME Brendan Gleeson (“Os Banshees de Inisherin”) Barry Keoghan (“Os Banshees de Inisherin”) Brad Pitt (“Babylon”) Ke Huy Quan (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) Eddie Redmayne (“O Enfermeiro da Noite”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM FILME Angela Bassett (“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”) Kerry Condon (“Os Banshees de Inisherin”) Jamie Lee Curtis (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) Dolly De Leon (“Triângulo da Tristeza”) Carey Mulligan (“Ela Disse”) MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO “Pinóquio” “Inu-oh” “Marcel the Shell With Shoes On” “Gato de Botas 2: O Último Pedido” “Red: Crescer é uma Fera” MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA “RRR” (Índia) “Nada de Novo no Front” (Alemanha) “Argentina, 1985” (Argentina) “Close” (Bélgica) “Decisão de Partir” (Coreia do Sul) MELHOR DIREÇÃO James Cameron, “Avatar: O Caminho da Água” Daniel Kwan e Daniel Scheinert, “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Baz Luhrmann, “Elvis” Martin McDonagh, “Os Banshees de Inisherin” Steven Spielberg, “Os Fabelmans” MELHOR ROTEIRO Todd Field, “Tár” Daniel Kwan, e Daniel Scheinert, Everything Everywhere All at Once Martin McDonagh, “Os Banshees de Inisherin” Sarah Polley, “Entre Mulheres” Steven Spielberg e Tony Kushner, “Os Fabelmans” MELHOR TRILHA SONORA Carter Burwell, “Os Banshees de Inisherin” Alexandre Desplat, “Pinóquio de Guillermo del Toro” Hildur Guðnadóttir, “Entre Mulheres” Justin Hurwitz, “Babilônia” John Williams, “Os Fabelmans” MELHOR CANÇÃO ORIGINAL “Carolina,” Taylor Swift (“Um Lugar Bem Longe Daqui”) “Ciao Papa,” Alexandre Desplat, Guillermo del Toro, Roeban Katz (“Pinóquio de Guillermo del Toro” ) “Hold My Hand,” Lady Gaga, BloodPop, Benjamin Rice (“Top Gun: Maverick”) “Lift Me Up,” Tems, Rihanna, Ryan Coogler, Ludwig Göransson (“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”) “Naatu Naatu,” Kala Bhairava, MM Keeravani, Kala Bhairava, Rahul Sipligunj (“RRR”) SÉRIES MELHOR SÉRIE DE DRAMA “Better Call Saul” “The Crown” “A Casa do Dragão” “Ozark” “Ruptura” MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL “Abbott Elementary” “O Urso” “Hacks” “Only Murderes in the Building” “Wandinha” MELHOR MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV “Black Bird” “Dahmer: Um Canibal Americano” “Pam & Tommy” “The Dropout” “The White Lotus” MELHOR ATOR EM SÉRIE DE DRAMA Jeff Bridges (“The Old Man”) Kevin Costner (“Yellowstone”) Diego Luna (“Andor”) Bob Odenkirk (“Better Call Saul”) Adam Scott (“Ruptura”) MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE DRAMA Emma D’Arcy (“A Casa do Dragão”) Laura Linney (“Ozark”) Imelda Stauton (“The Crown”) Hilary Swank (“Alasca: Em Busca da Notícia”) Zendaya (“Euphoria”) MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL Quinta Brunson (“Abbott Elementary”) Kaley Cuoco (“The Flight Attendant”) Selena Gomez (“Only Murders in the Building”) Jenna Ortega (“Wandinha”) Jean Smart (“Hacks”) MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL Donald Glover (“Atlanta”) Bill Hader (“Barry”) Steve Martin (“Only Murders in the Building”) Martin Short (“Only Murders in the Building”) Jeremy Allen White (“O Urso”) MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Taron Egerton (“Black Bird”) Colin Firth (“The Staircase”) Andrew Farfield (“Em Nome do Céu”) Evan Peters (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Sebastian Stan (“Pam & Tommy”) MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Jessica Chastain (“George & Tammy”) Julia Garner (“Inventando Anna”) Lily James (“Pam & Tommy”) Julia Roberts (“Gaslit”) Amanda Seyfried (“The Dropout”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA-MUSICAL OU DRAMA Elizabeth Debicki (“The Crown”) Hannah Einbinder (“Hacks”) Julia Garner (“Ozark”) Janelle James (“Abbott Elementary”) Sheryl Lee Ralph (“Abbott Elementary”) MELHOR ATOR COADJUVANTE EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV F. Murray Abraham (“The White Lotus”) Domhnall Gleeson (“O Paciente”) Paul Walter Hauser (“Black Bird”) Richard Jenkins (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Seth Rogen (“Pam & Tommy”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Jennifer Coolidge (“The White Lotus”) Claire Danes (“A Nova Vida de Toby”) Daisy Edgar-Jones (“Em Nome do Céu”) Niecy Nash-Betts (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Aubrey Plaza (“The White Lotus”)
Globo de Ouro 2023 não será exibido no Brasil
A premiação do Globo de Ouro 2023 não será exibida na televisão brasileira. O canal pago TNT, que tradicionalmente transmite a cerimônia no Brasil, decidiu não fazer a cobertura deste ano, que está marcada para terça-feira, dia 10 de janeiro. Com isso, o público brasileiro ficará sem alternativa no país para acompanhar o evento. Apenas o canal pago E! trará imagens dos famosos, exibindo o tapete vermelho a partir das 20h do dia 10 de janeiro. Mas a transmissão se encerra antes da entrega das estatuetas. Assim, os interessados em acompanhar a cerimônia precisarão encontrar opções americanas na internet e possuir um bom aplicativo de VPN. A premiação também teve dificuldades para emplacar até na televisão dos EUA. O Globo de Ouro não foi transmitido no ano passado, após enfrentar boicote generalizado de astros, agentes de talento, estúdios e da rede NBC, responsável por sua transmissão original. O motivo do cancelamento foram polêmicas envolveram racismo e falta de diversidade dentro da organização responsável por sua realização, a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), além de acusações de corrupção, assédio e abuso sexual, que geraram revolta geral, culminando na retirada dos estúdios da competição esvaziada de 2022, que “aconteceu” sem a presença de artistas. Desde então, a entidade que organiza o Globo de Ouro tem se reorganizado para evitar que os mesmos erros aconteçam novamente. A HFPA adicionou 103 novos votantes, que se somaram aos cerca de 80 anteriormente existentes, e adotou um manual de ética. Além disso, teve seu controle adquirido pela empresa de investimentos Eldridge Industries, que também assumiu a propriedade da Dick Clark Productions, a produtora de longa data do evento. Desse modo, o dono da Eldridge Industries, Todd Boehly, passou a aturar como CEO interino do HFPA desde outubro de 2021. Essas mudanças estimularam a NBC a retomar a transmissão neste ano. Mas alguns artistas recusaram o convite para participar da premiação. O ator Brendan Fraser, que vem de uma performance elogiada em “A Baleia” e é considerado presença garantida nos diversos eventos de premiação da temporada, afirmou que não participaria da cerimônia, que marcará 20 anos de um abuso que ele sofreu no evento. O Globo de Ouro de 2023 será apresentado pelo comediante Jerrod Carmichael (“The Carmichael Show”) e contará com homenagens a Eddie Murphy (“Um Príncipe em Nova York 2”) e a Ryan Murphy (criador de “Dahmer: Um Canibal Americano”). Com oito indicações, o filme irlandês “Os Banshees de Inisherin” lidera a lista de candidatos aos prêmios, seguido pelo fenômeno indie “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” com seis, e “Babilônia” e “Os Fabelmans” empatados com cinco indicações. Desde o anúncio da lista, porém, “Babilônia” chegou aos cinemas e foi execrado por público e crítica americanos.
“Os Banshees de Inisherin” lidera lista de indicados do Globo de Ouro 2023
A Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA na sigla em inglês) anunciou nesta segunda (12/12) os indicados ao Globo de Ouro 2023. Com oito indicações, o filme irlandês “Os Banshees de Inisherin” liderou a lista, seguido pelo fenômeno indie “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” com seis, e “Babilônia” e “Os Fabelmans” empatados com cinco indicações. Já o Brasil ficou de fora da seleção de Melhores Longas em Língua Estrangeira, embora “Marte Um” seja um forte candidato ao Oscar. Entre as premiações televisivas, “Abbott Elementary” foi a mais lembrada, com cinco nomeações. E vai disputar o troféu de Melhor Série de Comédia com o fenômeno “Wandinha” – que também rendeu indicação para a atriz Jenna Ortega. Com quatro indicações, outra favorita da crítica, “White Lotus”, disputa categoria diferente, como Melhor Minissérie/Antologia. Em números gerais, as plataformas HBO Max e Netflix empataram com 14 nomeações cada, seguidos pela Hulu (Star+ no Brasil) com 9. A próxima edição da premiação conta com um total de 27 categorias, com cinco indicados em cada uma delas, e será apresentada pelo comediante Jerrod Carmichael (de “The Carmichael Show”). Tradicionalmente exibida pelo canal pago TNT no país, a transmissão ainda não foi confirmada no Brasil, após a cerimônia deste ano ter sofrido boicote por conta de acusações de racismo e corrupção da HFPA. Devido ao escândalo, a entidade passou por uma reorganização completa, expulsou um ex-presidente que fez comentários racistas, ampliou seu número de votantes para incluir maior diversidade – não havia negros entre os membros até este ano – e adotou um manual de ética. Pra completar, a HFPA também teve seu controle adquirido pela empresa de investimentos Eldridge Industries, que ainda assumiu a propriedade da Dick Clark Productions, a produtora de longa data do evento. Desse modo, o dono da Eldridge Industries, Todd Boehly, passou a aturar como CEO interino do HFPA desde outubro de 2021. Mas tantas mudanças podem não ser suficientes para atrair as estrelas que boicotaram o prêmio neste ano. O ator Brendan Fraser, que vem de uma performance elogiada em “A Baleia” e é considerado presença garantida nos diversos eventos de premiação da temporada, já afirmou que não aceitará convite para participar do Globo de Ouro 2023, mesmo tendo sido indicado ao prêmio. A cerimônia marcará 20 anos de um abuso sexual que ele sofreu no evento – do ex-presidente expulso da HFPA. A 80ª edição do Globo de Ouro foi marcada para o dia 10 de janeiro de 2023, uma terça-feira. A escolha da data se deve ao fato de o domingo anterior estar ocupado com um jogo de futebol da NFL e o seguinte com a premiação do Critics Choice Awards. A cerimônia terá exibição simultânea nos EUA na rede de TV NBC e no serviço de streaming Peacock. Confira abaixo os indicados da premiação. FILMES MELHOR FILME DE DRAMA “Avatar: O Caminho da Água” “Elvis” “The Fabelmans” “Tár” “Top Gun: Maverick” MELHOR FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL “Babylon” “Os Banshees de Inisherin” “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” “Triângulo da Tristeza” MELHOR ATOR EM FILME DE DRAMA Austin Butler (“Elvis”) Brendan Fraser (“A Baleia”) Hugh Jackman (“The Son”) Bill Nighy (“Living”) Jeremy Pope (“The Inspection”) MELHOR ATRIZ EM FILME DE DRAMA Cate Blanchett (“Tár”) Olivia Colman (“Império da Luz”) Viola Davis (“A Mulher Rei”) Ana de Armas (“Blonde”) Michelle Williams (“The Fabelmans”) MELHOR ATOR EM FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL Diego Calva (“Babylon”) Daniel Craig (“Glass Onion: Um Mistério Knives Out”) Adam Driver (“Ruído Branco”) Colin Farrell (“Os Banshees de Inisherin”) Ralph Fiennes (“O Menu”) MELHOR ATRIZ EM FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL Lesley Manville (“Sra. Harris Vai a Paris”) Margot Robbie (“Babylon”) Anya Taylor-Joy (“O Menu”) Emma Thompson (“Boa Sorte, Leo Grande”) Michelle Yeoh (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) MELHOR ATOR COADJUVANTE EM FILME Brendan Gleeson (“Os Banshees de Inisherin”) Barry Keoghan (“Os Banshees de Inisherin”) Brad Pitt (“Babylon”) Ke Huy Quan (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) Eddie Redmayne (“O Enfermeiro da Noite”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM FILME Angela Bassett (“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”) Kerry Condon (“Os Banshees de Inisherin”) Jamie Lee Curtis (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) Dolly De Leon (“Triângulo da Tristeza”) Carey Mulligan (“Ela Disse”) MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO “Pinóquio” “Inu-oh” “Marcel the Shell With Shoes On” “Gato de Botas 2: O Último Pedido” “Red: Crescer é uma Fera” MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA “RRR” (Índia) “Nada de Novo no Front” (Alemanha) “Argentina, 1985” (Argentina) “Close” (Bélgica) “Decisão de Partir” (Coreia do Sul) MELHOR DIREÇÃO James Cameron, “Avatar: O Caminho da Água” Daniel Kwan e Daniel Scheinert, “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Baz Luhrmann, “Elvis” Martin McDonagh, “Os Banshees de Inisherin” Steven Spielberg, “Os Fabelmans” MELHOR ROTEIRO Todd Field, “Tár” Daniel Kwan, e Daniel Scheinert, Everything Everywhere All at Once Martin McDonagh, “Os Banshees de Inisherin” Sarah Polley, “Entre Mulheres” Steven Spielberg e Tony Kushner, “Os Fabelmans” MELHOR TRILHA SONORA Carter Burwell, “Os Banshees de Inisherin” Alexandre Desplat, “Pinóquio de Guillermo del Toro” Hildur Guðnadóttir, “Entre Mulheres” Justin Hurwitz, “Babilônia” John Williams, “Os Fabelmans” MELHOR CANÇÃO ORIGINAL “Carolina,” Taylor Swift (“Um Lugar Bem Longe Daqui”) “Ciao Papa,” Alexandre Desplat, Guillermo del Toro, Roeban Katz (“Pinóquio de Guillermo del Toro” ) “Hold My Hand,” Lady Gaga, BloodPop, Benjamin Rice (“Top Gun: Maverick”) “Lift Me Up,” Tems, Rihanna, Ryan Coogler, Ludwig Göransson (“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”) “Naatu Naatu,” Kala Bhairava, MM Keeravani, Kala Bhairava, Rahul Sipligunj (“RRR”) SÉRIES MELHOR SÉRIE DE DRAMA “Better Call Saul” “The Crown” “A Casa do Dragão” “Ozark” “Ruptura” MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL “Abbott Elementary” “O Urso” “Hacks” “Only Murderes in the Building” “Wandinha” MELHOR MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV “Black Bird” “Dahmer: Um Canibal Americano” “Pam & Tommy” “The Dropout” “The White Lotus” MELHOR ATOR EM SÉRIE DE DRAMA Jeff Bridges (“The Old Man”) Kevin Costner (“Yellowstone”) Diego Luna (“Andor”) Bob Odenkirk (“Better Call Saul”) Adam Scott (“Ruptura”) MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE DRAMA Emma D’Arcy (“A Casa do Dragão”) Laura Linney (“Ozark”) Imelda Stauton (“The Crown”) Hilary Swank (“Alasca: Em Busca da Notícia”) Zendaya (“Euphoria”) MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL Quinta Brunson (“Abbott Elementary”) Kaley Cuoco (“The Flight Attendant”) Selena Gomez (“Only Murders in the Building”) Jenna Ortega (“Wandinha”) Jean Smart (“Hacks”) MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL Donald Glover (“Atlanta”) Bill Hader (“Barry”) Steve Martin (“Only Murders in the Building”) Martin Short (“Only Murders in the Building”) Jeremy Allen White (“O Urso”) MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Taron Egerton (“Black Bird”) Colin Firth (“The Staircase”) Andrew Farfield (“Em Nome do Céu”) Evan Peters (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Sebastian Stan (“Pam & Tommy”) MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Jessica Chastain (“George & Tammy”) Julia Garner (“Inventando Anna”) Lily James (“Pam & Tommy”) Julia Roberts (“Gaslit”) Amanda Seyfried (“The Dropout”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA-MUSICAL OU DRAMA Elizabeth Debicki (“The Crown”) Hannah Einbinder (“Hacks”) Julia Garner (“Ozark”) Janelle James (“Abbott Elementary”) Sheryl Lee Ralph (“Abbott Elementary”) MELHOR ATOR COADJUVANTE EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV F. Murray Abraham (“The White Lotus”) Domhnall Gleeson (“O Paciente”) Paul Walter Hauser (“Black Bird”) Richard Jenkins (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Seth Rogen (“Pam & Tommy”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Jennifer Coolidge (“The White Lotus”) Claire Danes (“A Nova Vida de Toby”) Daisy Edgar-Jones (“Em Nome do Céu”) Niecy Nash-Betts (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Aubrey Plaza (“The White Lotus”)
Jerrod Carmichael vai apresentar Globo de Ouro 2023
O comediante Jerrod Carmichael (“The Carmichael Show”) vai apresentar a próxima edição do Globo de Ouro. A informação foi divulgada pela Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA na sigla em inglês), que organiza o evento. “Estamos muito empolgados em ter Jerrod Carmichael como anfitrião do histórico 80º Globo de Ouro”, afirmou Helen Hoehne, presidente da HFPA, em comunicado. “Seus talentos cômicos divertiram e emocionaram o público, proporcionando momentos instigantes que são tão importantes nos tempos em que vivemos. Jerrod é o tipo especial de talento que este programa exige para iniciar a temporada de premiações.” Carmichael co-criou, co-escreveu, produziu e estrelou a sitcom semi-autobiográfica “The Carmichael Show”, exibida 2015 e 2017 no canal americano NBC. Em setembro, ele venceu um Emmy pelo seu especial de comédia “Jerrod Carmichael: Rothaniel” e foi indicado a outro Emmy pela sua estreia como apresentador no programa humorístico “Saturday Night Live”, em abril. “Jerrod é um talento fenomenal com uma nova perspectiva e excelente estilo cômico”, acrescentou Jesse Collins, produtor executivo e CEO da Jesse Collins Entertainment, que produz o evento. “Estamos todos entusiasmados por tê-lo como apresentador do programa deste ano”. O “tipo especial de talento” do comediante também inclui ser negro, o que chama atenção após a HFPA ser acusada de propagar racismo por não ter integrantes negros em seus quadros. A denúncia foi feita numa reportagem do jornal Los Angeles Times, que revelou que nenhum dos 80 integrantes originais da HFPA e eleitores do Globo de Ouro era negro. Para complicar, um ex-presidente da entidade, Philip Berk, escreveu um email para os filiados chamando o movimento “Vidas Negras Importam” (Black Lives Matter) de um “movimento de ódio racista”. Ele foi expulso da associação. Além disso, o Los Angeles Times também expôs a corrupção da entidade, que aceitava presentes dos estúdios para influenciar seus votos na premiação. Denúncias de assédio sexual da “imprensa estrangeira de Hollywood” também se juntaram ao caldo, citadas por astros como Scarlett Johansson e Brendan Fraser. E isso levou a rede americana NBC, responsável pela exibição da premiação desde 1996, decidir não transmitir o Globo de Ouro em 2022. A emissora cancelou a transmissão após a pressão das plataformas Amazon e Netflix, de uma coalizão de 100 agências de talentos, que representam as principais estrelas do cinema e da televisão dos EUA e do Reino Unido, e também de vários estúdios, que anunciaram rompimento com a entidade após as denúncias. Por isso, o Globo de Ouro deste ano “aconteceu” sem a presença de astros de Hollywood, apenas com o anúncio de vencedores pelas redes sociais. Para recuperar sua credibilidade, a HFPA anunciou várias mudanças, incluindo a ampliação da diversidade de seus membros com a adição de 103 novos votantes, que se somaram aos cerca de 80 anteriormente existentes, e a criação de um manual de ética. Além disso, a entidade teve seu controle adquirido pela empresa de investimentos Eldridge Industries, que também assumiu a propriedade da Dick Clark Productions, a produtora de longa data do evento. Desse modo, o dono da Eldridge Industries, Todd Boehly, passou a aturar como CEO interino do HFPA desde outubro de 2021. Mas tantas mudanças podem não ser suficientes. O ator Brendan Fraser, que vem de uma performance elogiada em “The Whale” (A Baleia) e é considerado presença garantida nos diversos eventos de premiação da temporada, já afirmou que não aceitará convite para participar do Globo de Ouro 2023. A cerimônia marcará 20 anos de um abuso que ele sofreu de Philip Berk no evento. A 80ª edição do Globo de Ouro foi marcada para o dia 10 de janeiro de 2023, uma terça-feira. A escolha da data se deve ao fato de o domingo anterior estar ocupado com um jogo de futebol da NFL e o seguinte com a premiação do Critics Choice Awards. A cerimônia terá exibição simultânea nos EUA na rede de TV NBC e no serviço de streaming Peacock.
Jerrod Carmichael assume que é gay em especial de comédia
O ator Jerrod Carmichael (“The Carmichael Show”) aproveitou o lançamento de seu novo especial de comédia, “Rothaniel”, nesta sexta (1/4) na HBO americana, para assumir que é gay. No novo trabalho, ele compartilhou com a plateia presente ao show os conflitos internos que precisou enfrentar para sair do armário. “Uma vez fiquei sozinho me sentindo um mentiroso, porque eu tinha um segredo. Um que eu escondi de minha mãe e meu pai, minha família, meus amigos e vocês, todos vocês. Profissionalmente, pessoalmente. E o segredo é que eu sou gay”, disse ele. Após fazer uma pausa dramática, ele recebeu aplausos do público, o que o emocionou. “Significa muito. Estou aceitando o amor, eu realmente aprecio o amor. Meu tipo de ego quer se rebelar contra isso”, afirmou. Em outro momento, ele confessou que chegou a pensar que preferia morrer do que confrontar a realidade sobre a sua sexualidade. “Eu me rebelei contra isso toda a minha vida. Nunca pensei que sairia. Achei que nunca, nunca sairia do armário. Em muitos momentos, eu pensei que preferia morrer do que confrontar a verdade disso, do que realmente dizer isso para as pessoas. Porque eu sei que isso muda a percepção de algumas pessoas sobre mim. Eu não posso controlar isso”, desabafou. No especial da HBO, o comediante também detalhou histórias familiares, incluindo uma em que pegou o seu pai traindo sua mãe e os sentimentos em ter que guardar esse segredo. “Não sei se teria dito alguma coisa se tivesse coragem, porque só vi esse segredo como algo que poderia ter dilacerado nossa família”, contou. Mas completou revelando que fez seu pai contar toda a verdade para a sua mãe. O especial foi gravado em fevereiro passado, no palco do Blue Note Jazz Club, em Nova York, com direção do também comediante e produtor Bo Burnham. “Rothaniel” é o terceiro especial de comédia stand-up do humorista na HBO, seguindo-se a “Jerrod Carmichael: Love at the Store” (2014) e “Jerrod Carmichael: 8” (2017). Além disso, em 2019 ele lançou um videodiário de duas partes, “Vídeos Caseiros” e “O Sermão da Montanha”. Todos os programas, menos o recém-lançado nos EUA, estão disponíveis na HBO Max. Veja abaixo o teaser de “Jerrod Carmichael: Rothaniel”.
Ramy: Série de comédia é renovada para 3ª temporada
A plataforma Hulu renovou a série “Ramy” para sua 3ª temporada. Considerada uma das melhores surpresas do ano passado, a série de comédia encerrou seu segundo ano em maio. Criada e estrelada pelo comediante Ramy Yousseff, que se inspirou em sua vida para desenvolver a atração, “Ramy” segue o personagem-título, filho de imigrantes egípcios, que atravessa uma jornada espiritual num bairro politicamente dividido de Nova Jersey. A série explora como é ser muçulmano nos Estados Unidos atuais, mostrando o protagonista tentando se equilibrar entre uma comunidade religiosa que acredita que a vida é um teste moral e a descrença de sua geração, que acha que a vida não tem consequências. Ramy Youssef compartilha os textos e a produção da série com Ari Katcher (criador de “The Carmichael Show”) e o estreante Ryan Welch. A lista de produtores também inclui o comediante Jerrod Carmichael (o Carmichael do “The Carmichael Show”) e o estúdio indie A24. As duas primeiras temporadas da série tem 96% de aprovação no site Rotten Tomatoes.
Pais de That ’70s Show voltarão a viver casal em nova série de comédia
O casal Debra Jo Rupp e Kurtwood Smith, que viveram Kitty e Red Forman, o casal de pais da série “That ’70s Show”, vão voltar a trabalhar juntos novamente em uma série de comédia. Debra e Kurtwood farão, novamente, o papel de pais do protagonista no projeto ainda sem título, em desenvolvimento para a rede ABC. A atração foi criada e será estrelada por Nate Bargatze e tem como foco a vida do próprio comediante, que decide se mudar com a mulher (Katie Aselton) e a filha de seis anos de Los Angeles para o Tennessee, onde moram seus pais. A produção está a cargo de Jerrod Carmichael e Ari Katcher, criadores da série “The Carmichael Show”, e o episódio piloto será dirigido pelo cineasta Drew Goddard (“Maus Momentos no Hotel Royale”). Os trabalhos mais recentes de Debra Jo Rupp foram em “This Is Us” e na vindoura temporada de “Grey’s Anatomy”, enquanto Kurtwood Smith estrelou duas temporadas de “Patriot”. Curiosamente, os dois participaram de um mini-reencontro de “That ’70s Show” em “The Ranch”, com aparições recorrentes na série estrelada por seus ex-colegas Ashton Kutcher e Danny Masterson, mas apareceram em episódios diferentes. Um dos maiores sucessos do começo do século, “That ’70s Show” seguia as aventuras de um grupo de amigos que se reunia no porão de Eric Forman, o filho de Kitty e Red, durante a década de 1970. A série foi exibido originalmente entre 1998 e 2006.
Tarantino desenvolve encontro de Django Livre e Zorro no cinema
Quentin Tarantino estaria desenvolvendo uma continuação de seu filme “Django Livre” (2012). Melhor ainda: o projeto seria um crossover que traria o encontro de Django com o lendário herói mexicano Zorro. O detalhe é que os dois personagens já se encontraram antes. Eles compartilharam uma minissérie de sete edições em quadrinhos, escrita pelo próprio Tarantino e publicada entre 2014 e 2015 pelas editoras Vertigo (divisão adulta da DC Comics) e Dynamite (proprietária dos direitos de Zorro) nos Estados Unidos. Segundo fontes ouvidas pelo site Collider, o cineasta quer agora trazer a história para as telas e contratou o comediante e roteirista Jerrod Carmichael (criador de “The Carmichael Show”) para realizar a adaptação. A trama dos quadrinhos se passa logo após os eventos do filme de 2012 e traz uma nova aventura de Django como caçador de recompensas. Em uma de suas viagens, Django conhece Diego de la Vega, o Zorro, e os dois decidem se unir para impedir que uma vila indígena seja escravizada. Ainda segundo o site, Tom Rothman, chefe da Sony Pictures, está muito empolgado com esse projeto. Tarantino iniciou um relacionamento com a Sony após a Weinstein Company implodir, devido às acusações de abuso sexual contra seu chefe, o produtor Harvey Weinstein. O filme “Era uma Vez em Hollywood” será a primeira obra do diretor produzida pela Sony. Entretanto, não está claro em que situação se encontram os direitos dos personagens criados por Tarantino em seus filmes anteriores. “Django Livre” foi lançado pela Weinstein Company, mas a distribuição internacional ficou por conta da Sony. Vale lembrar, ainda, que o interesse do estúdio em “Django/Zorro” vem desde 2014, quando um ataque de hackers vazou vários projetos sigilosos da Sony, entre eles este crossover. Atualmente, o cineasta também está envolvido num filme da franquia “Star Trek”, que ele pretende dirigir para a Paramount. Veja abaixo a capa da primeira edição de “Django/Zorro” em quadrinhos.
Comédia policial clássica 48 Horas vai ganhar remake dos diretores de Bom Comportamento
Os irmãos Safdie chamaram atenção de Hollywood com o thriller indie “Bom Comportamento”, estrelado por Robert Pattinson, e agora vão comandar seu primeiro filme de estúdio: um remake da comédia de ação “48 Horas” para a Paramount. O filme original de 1982, escrito e dirigido por Walter Hill, marcou a estreia de Eddie Murphy no cinema, após se destacar como humorista no programa “Saturday Night Live”. E foi um sucesso enorme, lançando um subgênero cinematográfico: a comédia policial sobre parceiros incompatíveis, um deles geralmente negro, que rendeu franquias tão diferentes quanto “Máquina Mortífera” e “A Hora do Rush”. A trama acompanhava o policial Jack Cates (Nick Nolte), que sobrevive a um atentado que mata seus colegas e recorre ao criminoso Reggie Hammond (Eddie Murphy) para encontrar o culpado. Liberado da prisão por dois dias (as 48 horas do título) para rastrear um antigo comparsa, Reggie mostra-se mais interessado em recuperar uma bolada perdida do que propriamente ajudar, o que rende problemas de relacionamento com o parceiro forçado. A produção também teve uma sequência, “48 Horas – Parte 2” (1990), que não repetiu o mesmo sucesso. Josh Safdie vai escrever o roteiro com Ronald Bronstein (repetindo a colaboração de “Bom Comportamento”) e o humorista Jerrod Carmichael (“The Carmichael Show”).
Clipe de Jay-Z que parodia a série Friends chega ao YouTube
O rapper Jay-Z liberou no YouTube seu clipe de “Moonlight”, que na verdade é remake de um episódio da série “Friends”. A única diferença é que quem interpreta os papéis são atores negros: Issa Rae (série “Insecure”), Tessa Thompson (“Thor: Ragnarok”), Tiffany Haddish (“Girls Trip”), Jerrod Carmichael (série “The Carmichael Show”), Lil Rel Howery (“Corra!”) e Lakeith Stanfield (“Snowden”). Lançado há uma semana com exclusividade na plataforma Tidal, de propriedade do próprio Jay-Z, o clipe agora chega ao resto da internet. Ele recria o começo de um episódio de “Friends” usando diálogos extraídos de um capítulo real da 3ª temporada: “The One Where No One’s Ready”. Um detalhe curioso é que, quando finalmente toca uma música, durante a cena que imita a abertura de “Friends”, ela não é de Jay-Z, mas do trio clássico de rap Whodini. A música que justifica o clipe, na verdade, só aparece após 4 minutos e meio e dura menos de 2 minutos. E quando ela termina, vem a melhor piada de todo o vídeo: um áudio da cerimônia de premiação do Oscar 2017, que anuncia a vitória de “La La Land” sob aplausos esfuziantes, ao mesmo tempo em que o nome da música ocupa a tela: “Moonlight”. O clipe/sitcom foi dirigido por Alan Yang (criador da série “Master of None”). Confira e compare, logo abaixo, ao trecho de “Friends” que inspirou a produção. E, de quebra, um vídeo da música “Friends”, do Whodini, gravado em 1984.










