Indígena brasileira será nova Mulher-Maravilha da DC Comics
A DC Comics anunciou em seu site oficial várias mudanças no futuro dos principais heróis da editora, incluindo uma nova versão da Mulher-Maravilha, que passará a ser representada por Yara Flor, uma indígena brasileira de uma tribo da floresta amazônica. O anúncio da DC não revela muito sobre a nova personagem, apenas que ela é “escolhida” para ser a nova Mulher-Maravilha, e que viverá uma aventura ao lado do novo Superman — identidade assumida por Jon, filho de Clark Kent. Os novos personagens farão parte de uma saga prevista para 2021, que será passada no futuro do universo DC. A publicação tem o nome de “DC Future State” (o estado futuro da DC). “DC Future State” vai se passar muitos anos depois da morte de Bruce Wayne, assassinado pela maligna organização Magistrate, que agora controla Gotham City. Mas também incluirá um novo Batman. O time criativo responsável pela trama inclui John Ridley, roteirista que venceu o Oscar por “12 Anos de Escravidão”, e Meghan Fitzmartin, que escreve a série “Supernatural”, além de velhos favoritos dos fãs dos quadrinhos, como Brian Michael Bendis e Joëlle Jones. Veja abaixo uma imagem que reúne todos os novos personagens.
Apple negocia tirar Martin Scorsese da Netflix e produzir seu próximo filme
A Apple está disposta a tirar Martin Scorsese da Netflix, que lançou “O Irlandês” no ano passado. A plataforma de streaming Apple TV+ negocia virar a parceira comercial do diretor em seu próximo filme, “Killers of the Flower Moon”. Segundo a revista Variety, a gigante da informática abriu negociações avançadas com a Paramount para coproduzir e bancar o projeto, mas o estúdio quer manter os direitos de distribuição no cinema – um pedido também de Scorsese. A conferir. O filme é uma adaptação do livro “Assassinos da Lua das Flores: Petróleo, Morte e a Criação do FBI”, de David Grann (autor de “Z: A Cidade Perdida”), e será o primeiro a juntar os dois atores mais importantes da carreira de Scorsese, Robert De Niro e Leonardo DiCaprio, que nunca tinham estrelado juntos um longa para o diretor. Adaptada pelo veterano roteirista Eric Roth (vencedor do Oscar por “Forrest Gump”), a trama envolve o massacre da nação Osage, tribo indígena dos EUA, durante a década de 1920. Considerado um dos crimes mais chocantes da história americana, a morte de quase todos os membros da tribo ocorreu pouco depois da descoberta de petróleo em suas terras. O caso gerou uma das primeiras grandes investigações da história do FBI, fundado em 1908. A Paramount buscou auxílio no universo do streaming para ajudar a bancar as filmagens, porque se trata de uma superprodução. Só os salários de Scorsese, DiCaprio e DeNiro corresponderiam a cerca de US$ 60 milhões. Embora o valor total do orçamento não tenha sido revelado, estima-se que ele possa sair mais caro que “O Irlandês”. Como sugestão de custo, a Netflix ofereceu US$ 220 milhões para produzir “Killers of the Flower Moon” e a Paramount achou pouco, buscando uma oferta superior na Apple. De acordo com a Variety, o negócio deve ser fechado nos próximos dias.
Sebastião Salgado lança campanha contra extermínio indígena por covid-19 com apoio da O2 Filmes
A O2 Filmes realizou um vídeo em apoio a uma campanha do fotógrafo Sebastião Salgado para que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário brasileiros intervenham e evitem um extermínio indígena por conta da pandemia do novo coronavírus. Produzido pelo cineasta Fernando Meirelles (“Dois Papas”), o vídeo tem narração do premiado fotógrafo e é ilustrado por fotos que ele tirou ao longo dos sete anos em que conviveu com os povos da Amazônia, além de incluir os rostos de alguns apoiadores famosos. A campanha busca assinaturas numa petição que já conta com mais de 6 mil signatários, incluindo algumas personalidades nacionais e internacionais, como Paul McCartney, Madonna, Chico Buarque, Brad Pitt, Richard Gere, Meryl Streep, Glenn Close, Sylvester Stallone, Sting, João Carlos Martins, Caetano Veloso e os cineastas Oliver Stone, Pedro Almodóvar, Alfonso Cuarón, Alejandro G. Iñárritu e, claro, Fernando Meirelles. A lista também traz os nomes do escritor Mario Vargas Llosa, da modelo brasileira Gisele Bündchen, da apresentadora e empresária americana Oprah Winfrey, do príncipe Albert de Mônaco, do cientista brasileiro Carlos Nobre e muitos outros. “Os povos indígenas do Brasil enfrentam uma ameaça extrema à sua própria sobrevivência devido à pandemia de coronavírus. Há cinco séculos atrás, esses grupos étnicos foram dizimados por doenças trazidas pelos colonizadores europeus. Desde então, sucessivas crises epidemiológicas mataram a maioria de suas populações. Agora, com esse novo flagelo se espalhando rapidamente por todo o Brasil, povos indígenas, como aqueles que vivem isolados na Bacia Amazônica, podem ser completamente eliminados, uma vez que não têm defesa contra o Coronavírus. Sua situação é duplamente crítica, porque os territórios reconhecidos para o uso exclusivo dos povos indígenas estão sendo invadidos por atividades ilegais de garimpeiros, madeireiros e grileiros”, alerta o fotógrafo na petição. “Esses povos indígenas fazem parte da extraordinária história de nossa espécie. Seu desaparecimento seria uma grande tragédia para o Brasil e uma imensa perda para a humanidade. Não há tempo a perder”, completa o texto da campanha, assinado por Salgado e sua esposa, Lélia Wanick Salgado. Para completar a mensagem, o vídeo produzido por Meirelles pede: “pressione o governo”, além de pedir para que a campanha seja compartilhada. O endereço da petição é este aqui), e a iniciativa também tem uma página no Instagram: 2020 Indígenas. Salgado, Meirelles e a O2 Filmes já tinham trabalhado juntos anteriormente num vídeo sobre a Amazônia concebido para eventos da Cúpula do Clima, da ONU, em setembro passado.
Leonardo DiCaprio oferece papel em seu próximo filme em troca de doações
Os atores Leonardo DiCaprio e Robert De Niro estão oferecendo uma chance para fãs contracenarem com eles em seu primeiro filme em conjunto, que será dirigido por Martin Scorsese. Os dois prometeram sortear um papel de figurante nas filmagens de “Killers of the Flower Moon” para quem doar para o America’s Food Fund. Trata-se de uma campanha filantrópica criada por DiCaprio e Laurene Powell Jobs, a viúva do fundador da Apple Steve Jobs, para ajudar pessoas vulneráveis a terem acesso a alimentos durante a pandemia do novo coronavírus. Os interessados em participar devem fazer uma doação através do site do All In Challenge. Os valores de doação começam em US$ 10 (cerca de R$ 52). Todos aqueles que doarem participarão de um sorteio que escolherá o premiado, mas aqueles que doarem US$ 50 (R$ 260) e US$ 100 (R$ 525) possuem mais chances de ganhar. O sorteado ainda poderá passar um dia inteiro no set, almoçar com o diretor e os atores da trama e participará da estreia no tapete vermelho quando o filme for lançado. DiCaprio publicou o anúncio da campanha em seu Instagram, dizendo: “Lançamos recentemente o #AmericasFoodFund para ajudar a garantir que todas as famílias necessitadas tenham acesso a alimentos neste momento crítico. Nossas comunidades mais vulneráveis precisam do nosso apoio agora mais do que nunca. Por isso, pedimos que você nos ajude com o #AllinChallenge. Se você já se perguntou como é trabalhar com o grande Martin Scorsese, Robert De Niro e eu, essa é sua chance.” “Killers of the Flower Moon” é baseado no livro homônimo de David Grann (autor de “Z: A Cidade Perdida”), que disseca uma sucessão de misteriosos assassinatos durante o boom do petróleo da década de 1920 na região de Oklahoma. A obra foi lançada no Brasil com o título “Assassinos da Lua das Flores”. Adaptada pelo veterano roteirista Eric Roth (vencedor do Oscar por “Forrest Gump”), a trama envolve o massacre da nação Osage, tribo indígena dos EUA, durante a década de 1920. Considerado um dos crimes mais chocantes da história americana, a morte de quase todos os membros da tribo ocorreu pouco depois da descoberta de petróleo em suas terras. O caso gerou uma das primeiras grandes investigações da história do FBI, fundado em 1908. Todo valor arrecadado será doado para as fundações e ONGs Feeding America, Meals On Wheels, World Central Kitchen e No Kid Hungry. Veja o vídeo da campanha abaixo. Ver essa foto no Instagram We recently launched #AmericasFoodFund to help make sure every family in need gets access to food at this critical time. Our most vulnerable communities need our support now more than ever. That’s why we’re asking you to help us with the #AllinChallenge. If you’ve ever wondered what it’s like to be able to work with the great @martinscorsese_, Robert De Niro and myself, this is your chance. Robert and I are going to be starring in a new movie called Killers of the Flower Moon, directed by Martin Scorsese. We want to offer you a walk-on role, the opportunity to spend the day on the set with the three of us, and attend the premiere. To take part, please go to allinchallenge.com and donate whatever you can. 100% of your donation will go to @MealsonWheelsAmerica, @NoKidHungry and #AmericasFoodFund (@wckitchen & @feedingamerica) @officiallymcconaughey, @theellenshow and @iamjamiefoxx, will you go all in with us? Uma publicação compartilhada por Leonardo DiCaprio (@leonardodicaprio) em 15 de Abr, 2020 às 5:44 PDT
Diretor de Thor: Ragnarok desenvolve série sobre jovens indígenas
O cineasta neozelandês Taika Waititi (“Thor: Ragnarok”) está desenvolvendo uma nova série para o canal pago FX. Intitulada “Reservation Dogs”, a série contará a história de quatro adolescentes nativo-americanos (de descendência indígena) de Oklahoma, que cometem pequenos delitos e combatem crimes em sua vizinhança. Waititi, que é descendente da tribo maori, irá coescrever, produzir e dirigir o episódio piloto em parceria com Sterlin Harjo, diretor-roteirista do premiado filme indie “Mekko” (2015), que tem sangue seminole e creek, e mora na região em que a série será gravada. “Histórias indígenas por cineastas indígenas. Conseguir criar uma história contada por meio de uma visão nativa com meu velho amigo Sterlin Harjo faz toda essa jornada valer a pena. Mauri ora!”, escreveu Waititi em seu Twitter, confirmando o projeto. “Reservation Dogs” será a segunda série de Waititi no FX. Ele também participa da produção de “What We Do in the Shadows”, baseada na comédia cinematográfica que ele codirigiu com Jemaine Clements em 2014. A nova atração também contará com os produtores Scott Rudin (“Millennium: A Garota na Teia de Aranha”) e Garrett Basch (“Operação Red Sparrow”) sob a bandeira da Scott Rudin Productions, a mesma produtora que está atualmente trabalhando no próximo filme de Waititi, “Next Goal Wins“, para o Fox Searchlight. Ainda não há maiores informações sobre o projeto nem previsão de estreia, mas a gravação do episódio piloto está programada para fevereiro de 2020, após a temporada de premiações. Vale lembrar que o mais recente filme do diretor, “Jojo Rabbit”, venceu o Festival de Toronto e está cotado para o Oscar. O longa estreia no Brasil justamente em fevereiro. Indigenous stories by indigenous film makers. Getting to create a story told through a native lens with my old friend @sterlinharjo makes this whole journey worthwhile. Mauri ora! #RezDogz pic.twitter.com/ij4LLrfJyr — Taika Waititi (@TaikaWaititi) November 7, 2019
Pássaros de Verão conta a origem indígena do tráfico colombiano
Assim como em “O Abraço da Serpente” (2015), o novo filme de Ciro Guerra, codirigido por Cristina Gallego, põe o espectador em contato com uma cultura colombiana indígena. No caso deste “Pássaros de Verão”, é a comunidade Wayuú, mostrada por meio de uma aldeia a partir da família wayuunaiki, em cujo idioma o filme é falado, além do espanhol e do inglês. O inglês, por conta dos turistas norte-americanos que aparecem por lá, em busca de maconha. O que se vê, então, é um choque cultural, que põe em guerra a família indígena com o que ficou conhecido como la bonanza marimbera, o lucrativo comércio ilegal da maconha para os Estados Unidos, no decorrer dos anos 1970, que tem a ver com um ciclo que colocou a droga no centro das questões políticas do próprio país. O que seria uma questão local, de pequena dimensão, tornou-se base de uma guerra que alcançou grandes proporções, como mostra a história recente da Colômbia. O filme tem um enfoque diferente para a questão das drogas e dos crimes que a acompanham: a descoberta de um caminho produtivo, relativamente fácil e altamente lucrativo, que poderia ser a redenção econômica daquela comunidade, transformando-se numa guerra familiar muito sangrenta. A ambição e a tradicional defesa da honra e dos hábitos ancestrais da comunidade convivem com o mercado que se conduz por outros padrões, o das economias capitalistas, em que oferta e procura determinam ações, preços, e trazem consequências que escapam inteiramente ao controle da cultura local, acabando por praticamente destruí-la, descaracterizando-a, gerando a cizânia. “Pássaros de Verão” mostra a riqueza cultural tradicional do povo Waiuú, seus rituais religiosos e de acasalamento, suas danças, oferendas, princípios de relacionamento e inserção familiar. As drogas até fazem parte da comunidade, como costuma acontecer com quem está mais próximo das plantas e do uso medicinal delas. Mas se torna mais difícil de compreender e lidar quando o produto assume a condição de mercadoria, reverenciada e consumida com avidez e a preços vantajosos pelos forasteiros. Elas são fontes de riqueza, por um lado, e uma espécie de força do demônio, por outro. O filme é muito bem feito, instigante, original na abordagem, reafirmando os realizadores colombianos como cineastas de peso, o que está sendo reconhecido em festivais importantes, como o de Cannes. Ciro Guerra (com produção da atual codiretora Cristina Gallego) concorreu ao Oscar de filme estrangeiro com “O Abraço da Serpente”. Aquele filme foi também um dos grandes destaques da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e exibido no circuito comercial. “Pássaros de Verão” está seguindo trilha semelhante, incluindo a seleção para buscar uma indicação ao Oscar, e firmando uma filmografia muito interessante, com base na Antropologia, O tema de Guerra é a identificação dos elementos culturais ancestrais, postos em contato com elementos contemporâneos que os modificam e transformam, mas que também podem transformar, de algum modo. Via uma consciência ecológica, por exemplo, que tem muito a aprender com as culturas mais tradicionais. Também é muito relevante seu papel ao registrar os encontros e desencontros culturais de diferentes mundos que coexistem.
Martin Scorsese pode juntar Leonardo DiCaprio e Robert De Niro em seu próximo filme
O diretor Martin Scorsese já começou a escolher locações para seu próximo filme, “Killers of the Flower Moon”. Ele postou fotos desse trabalho em seu Instagram, registrando imagens do interior de Oklahoma, nos Estados Unidos. E conforme as filmagens se aproximam, os boatos sobre o elenco ganham mais força. Segundo apurou o site Deadline, a produção pode ser a primeira a juntar os dois atores favoritos do diretor, Leornardo DiCaprio, já confirmado no elenco, e Robert De Niro, que negocia sua participação. Caso De Niro assine o contrato, será o segundo longa seguido que ele fará com Scorsese, após um hiato de 25 anos nas colaborações da dupla. O ator é o protagonista de “O Irlandês”, que Scorsese filmou com produção da Netflix e que foi selecionado para abrir o Festival de Nova York, em 27 de setembro. DiCaprio virou o favorito do diretor após estrelar “Gangues de Nova York” em 2002 e “Killers of the Flower Moon” será o sexto filme compartilhado pelos dois. A produção é baseada no livro homônimo de David Grann (autor de “Z: A Cidade Perdida”), que disseca uma sucessão de misteriosos assassinatos durante o boom do petróleo da década de 1920 na região de Oklahoma. A obra foi lançada no Brasil com o título “Assassinos da Lua das Flores”. Os direitos do livro foram adquiridos por US$ 5 milhões em 2016 e o roteiro vinha sendo escrito pelo veterano Eric Roth (vencedor do Oscar por “Forrest Gump”) desde então. A trama envolve o massacre da nação Osage, tribo indígena dos EUA, durante a década de 1920. Considerado “um dos crimes mais chocantes da história americana”, a morte de quase todos os membros da tribo ocorreu pouco depois da descoberta de petróleo em suas terras. O caso gerou uma das primeiras grandes investigações da história do FBI, fundado em 1908.
Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio oficializam nova parceria com filme sobre massacre de tribo indígena
A Paramount anunciou ter assumido a produção do próximo filme que juntará o diretor Martin Scorsese e o astro Leonardo DiCaprio. Após considerarem três projetos diferentes, a produção de “Killers of the Flower Moon” ganhou a preferência e foi selecionada para sair do papel. Scorsese e DiCaprio começaram a desenvolver o projeto há três anos, junto com “The Devil in the White City”, sobre um serial killer do século 19, e “Roosevelt”, a cinebiografia do ex-presidente Theodore Roosevelt. As duas últimas foram descartadas por enquanto. “Killers of the Flower Moon” é baseado no livro homônimo de David Grann (autor de “Z: A Cidade Perdida”), que disseca uma sucessão de misteriosos assassinatos durante o boom do petróleo da década de 1920 na região de Oklahoma. A obra foi lançada no Brasil com o título “Assassinos da Lua das Flores”. Veja a capa abaixo. Os direitos do livro foram adquiridos por US$ 5 milhões em 2016 e o roteiro vinha sendo escrito pelo veterano Eric Roth (vencedor do Oscar por “Forrest Gump”) desde então. A trama envolve o massacre da nação Osage, tribo indígena dos EUA, durante a década de 1920. Considerado “um dos crimes mais chocantes da história americana”, a morte de quase todos os membros da tribo ocorreu pouco depois da descoberta de petróleo em suas terras. O caso gerou uma das primeiras grandes investigações da história do FBI, fundado em 1908. “Quando li o livro de David Grann, imediatamente comecei a vê-lo – as pessoas, as configurações, a ação – e eu sabia que tinha que transformar isso em um filme”, disse Scorsese em um comunicado sobre o projeto. “Estou muito empolgado por trabalhar com Eric Roth e me reunir com Leo DiCaprio para trazer essa história americana verdadeiramente inquietante para a tela”, acrescentou ele. Será a sexta parceria entre o diretor e DiCaprio, após “Gangues de Nova York” (2002), “O Aviador” (2004), “Os Infiltrados (2006), “Ilha do Medo” (2010) e “O Lobo de Wall Street” (2013). A data de estreia não foi revelada, mas as primeiras mortes do genocídio americano completarão 100 anos em 2021.
Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio retomarão parceria com filme sobre massacre de tribo indígena nos anos 1920
O diretor Martin Scorsese e o astro Leonardo DiCaprio finalmente definiram sua próxima colaboração. Após considerarem três projetos diferentes, a produção de “Killers of the Flower Moon” ganhou a preferência. Scorsese e DiCaprio começaram a desenvolver o projeto há dois anos, junto com “The Devil in the White City”, sobre um serial killer do século 19, e “Roosevelt”, a cinebiografia do ex-presidente Theodore Roosevelt. Será a sexta parceria da dupla, após “Gangues de Nova York” (2002), “O Aviador” (2004), “Os Infiltrados (2006), “Ilha do Medo” (2010) e “O Lobo de Wall Street” (2013). “Killers of the Flower Moon” é baseado no livro homônimo de David Grann (autor de “Z: A Cidade Perdida”), que disseca uma sucessão de misteriosos assassinatos durante o boom do petróleo da década de 1920 na região de Oklahoma. Os direitos do livro, publicado no Brasil com o título “Assassinos da Lua das Flores”, foram adquiridos em 2016 por US$ 5 milhões e o roteiro vinha sendo escrito pelo veterano Eric Roth (vencedor do Oscar por “Forrest Gump”) desde então. A trama envolve o massacre da tribo de indígenas Osage Nation, nos EUA, durante a década de 1920. Considerado “um dos crimes mais chocantes da história americana”, a morte de quase todos os membros da tribo ocorreu pouco depois da descoberta de petróleo em suas terras. O caso gerou uma das primeiras grandes investigações da história do FBI, fundado em 1908. “Quando li o livro de David Grann, imediatamente comecei a vê-lo – as pessoas, as configurações, a ação – e eu sabia que tinha que transformar isso em um filme”, disse Scorsese em um comunicado sobre o projeto. “Estou muito empolgado por trabalhar com Eric Roth e me reunir com Leo DiCaprio para trazer essa história americana verdadeiramente inquietante para a tela”, acrescentou ele. A data de estreia não foi revelada, mas as primeiras mortes do genocídio americano completarão 100 anos em 2021.
Shailene Woodley é condenada por conduta desordeira, após prisão em protesto
Após ser presa e acusada de invasão de propriedade no ano passado, quando protestava contra a construção de um oleoduto em território indígena, no Estado de Dakota do Norte, a atriz americana Shailene Woodley (“Divergente” e “A Culpa É das Estrelas”), chegou a um acordo com a Justiça. Segundo a revista Variety, ela se declarou culpada no tribunal por “conduta desordeira”, o que lhe rendeu uma condenação mais branda. Em vez de ser enviada à prisão, ela ficará em liberdade condicional por um ano, tendo de pagar uma fiança simbólica de US$ 500. No julgamento, Shailene se livrou ainda de duas acusações menores: participação em rebelião e invasão de território privado. A atriz foi presa no último dia 10 de outubro junto com outros 26 manifestantes, que se opunham à construção de um oleoduto por baixo do rio Missouri, que fica próximo a áreas de reserva indígena. Ela transmitiu sua prisão ao vivo pelo Facebook, foi fichada e, na ocasião, declarou-se inocente das acusações. Shailene participou do protesto junto da tribo sioux Standing Rock, que buscava impedir a construção do oleoduto, orçado em US$ 3,8 milhões, sob o argumento de que seu abastecimento de água poderia ser contaminado, além da obra violar um antigo cemitério indígena. Protestos em apoio a tribos locais vinham sendo realizados há meses, contabilizando 269 prisões, mas, conforme Shailene escreveu, em artigo publicado na revista Time, foi preciso que uma pessoa branca fosse presa para o assunto receber a devida atenção. “Não tenho medo. Estou agradecida, e maravilhada de estar ao lado de tantos guerreiros pacíficos. Os ‘protestos’ de Standing Rock são feitos como cerimônias e orações. Estive com eles. E todas essas narrativas sobre tumultos? Assista ao vídeo que transmiti no meu Facebook e decida quem oferece mais perigo: a polícia, paramentada para o confronto e armada de cassetetes, ou as avós e crianças que cantam e espalham sálvia”, escreveu ela, terminando o texto com um chamado para que mais pessoas participem da causa. Diante da repercussão do caso, o governo do ex-presidente Obama colocou o projeto do oleoduto em espera para explorar rotas alternativas. Mas, em janeiro, o governo Trump ordenou uma revisão acelerada, e o Exército concedeu aprovação à antiga rota.
Matheus Nachtergaele pretende dirigir filme na Amazônia com elenco indígena
Matheus Nachtergaele (“Trinta”) prepara seu segundo filme como diretor. E novamente pretende filmar na Amazônia. O detalhe é que, desta vez, ele planeja trabalhar apenas com atores indígenas. As informações são do blog Sem Legendas, da Folha de São Paulo. O veterano e premiado ator brasileiro estreou como diretor de cinema em “A Festa da Menina Morta” (2008), rodado em Barcelos, no interior do Amazonas. Na ocasião, misturou atores locais com astros reconhecidos do cinema e da TV, como Daniel de Oliveira e Paulo José. Seu novo filme será uma adaptação da peça “Woyzeck”, do dramaturgo Georg Buchner, que Nachtergaele já encenou no teatro. A trama original acompanha Franz Woyzeck, um soldado que é humilhado pelo chefe no quartel, traído pela esposa e submetido a uma experiência científica bizarra pelo médico da sua vila: comer apenas ervilhas durante meses. “Não me sai da cabeça algo que vi na Amazônia: índios marchando como soldados. Tudo foi retirado deles e, ainda assim, eles têm que defender as fronteiras de um país que não é mais deles”, disse o ator, citado no blog. Não está claro se a adaptação fará uma transferência do enredo para o cotidiano de uma tribo indígena. E também não há informações sobre o início das filmagens. A produção será feita pela Bananeira Filmes, que produziu “A Festa da Menina Morta”. “Woyzeck” já foi levado aos cinemas em filmes marcantes do alemão Werner Herzog, em 1979, e do húngaro János Szász, em 1994.
Shailene Woodley será julgada após ser presa por participar de protesto
A atriz Shailene Woodley (“Divergente”) irá a julgamento por invasão de propriedade e perturbação da ordem pública no estado de Dakota do Norte em março. No começo do mês, ela foi presa com outros 27 ativistas que protestavam contra a construção do oleoduto Dakota Access, que passa perto de reservas indígenas. Ela transmitiu sua prisão ao vivo pelo Facebook, foi fichada e, na semana passada, declarou-se inocente das acusações. Documentos do tribunal indicam que o julgamento de Shailene está previsto para a corte estadual de Mandan. Se for considerada culpada, a atriz poderá passar 60 dias na cadeia e ser condenada a multas de até US$ 3 mil. A tribo sioux Standing Rock busca impedir a construção do oleoduto previsto para custar US$ 3,8 milhões sob o argumento de que seu abastecimento de água poderia ser contaminado, além da obra violar um antigo cemitério indígena. Protestos em apoio a tribos locais vem sendo realizados há meses, contabilizando 269 prisões até o último domingo. Na quinta-feira, Woodley publicou um artigo na revista “Time”, dizendo que foi preciso que uma pessoa branca fosse presa para o assunto receber a devida atenção. “Crescemos romanceando a cultura indígena, a arte indígena, a história indígena… sem conhecer a realidade indígena”, criticou a atriz em seu texto, chamando atenção para a pouca visibilidade que os povos originais dos Estados Unidos recebem, apesar de diversos elementos culturais, como mocassins e miçangas, terem sido incorporados na cultura urbana. “Não tenho medo. Estou agradecida, e maravilhada de estar ao lado de tantos guerreiros pacíficos. Os ‘protestos’ de Standing Rock são feitos como cerimônias e orações. Estive com eles. E todas essas narrativas sobre tumultos? Assista ao vídeo que transmiti no meu Facebook e decida quem oferece mais perigo: a polícia, paramentada para o confronto e armada de cassetetes, ou as avós e crianças que cantam e espalham sálvia”, continuou ela, terminando o texto com um chamado para que mais pessoas participem da causa.







