Jack Nicholson vai voltar a atuar no remake da premiadíssima comédia alemã Toni Erdmann
Menos de um mês após ser “aposentado” pelo amigo Peter Fonda, Jack Nicholson topou voltar a Hollywood. Sem filmar desde “Como Você Sabe” (2010), ele estrelará o remake da comédia alemã “Toni Erdmann”, um dos longas europeus mais premiados de 2016 e candidato ao Oscar 2017 de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Segundo o site da revista Variety, o estúdio Paramount Pictures adquiriu os direitos cinematográficos da produção alemã após um pedido do próprio Nicholson, que seria um grande do filme. No remake, Nicholson terá o papel vivido pelo austríaco Peter Simonischek, como o pai de uma executiva bem-sucedida, que chega inesperadamente para uma visita questionando se ela era feliz. A atriz Kristen Wiig (“Caça-Fantasmas”) está cotada para viver a filha, interpretada no original pela alemã Sandra Hüller. A refilmagem terá produção da companhia Gary Sanchez Productions, comandada por Adam McKay (diretor e roteirista vencedor do Oscar 2016 por “A Grande Aposta”), pelo comediante Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”) e pela produtora Jessica Elbaum, em parceria com a diretora do filme alemão, Maren Ade. “Toni Erdmann” teve sua première mundial no Festival de Cannes 2016 e, apesar de ser ignorado pelo juri presidido por George Miller (“Mad Max: Estrada da Fúria”), venceu o Prêmio da Crítica e não parou mais de acumular conquistas, entre elas cinco troféus da Academia Europeia de Cinema, inclusive Melhor Filme Europeu do ano.
HBO prepara filme sobre os bastidores de O Poderoso Chefão
A HBO vai produzir um filme sobre os bastidores de “O Poderoso Chefão” (1972). Intitulado “Francis & the Godfather”, a produção vai detalhar o trabalho do diretor Francis Ford Coppola para produzir seu clássico, a entrada de Marlon Brando e Al Pacino no elenco e como a verdadeira máfia de Nova York se interessou pelo projeto. Segundo o site da revista Variety, o filme é baseado num roteiro escrito por Andrew Farotte, produtor do reality “Big Brothers”, e terá consultoria de Peter Bart, o executivo da Paramount que adquiriu os direitos originais do romance de Mario Puzo nos anos 1970 e supervisionou as filmagens de Coppola. O projeto ainda está em estágio de desenvolvimento e ainda não definiu diretor e elenco. Lançado em 1972, “O Poderoso Chefão” se tornou um dos filmes mais famosos da história do cinema, aclamado pela crítica e vencedor de três Oscars: Melhor Filme, Roteiro Adaptado e Ator (Marlon Brando). Seu sucesso rendeu duas continuações dirigidas por Copolla – uma ainda mais premiada em 1974 (seis Oscars) e outra divisiva em 1990.
Peter Fonda confirma que Jack Nicholson está aposentado
Se alguém ainda tinha dúvidas, Peter Fonda confirmou. Seu velho amigo Jack Nicholson está realmente aposentado. “Eu acho que ele basicamente se aposentou. Eu não quero falar em nome dele, mas ele já trabalhou bastante e está muio bem financeiramente”, contou Fonda, que é amigo de Nicholson desde a época em que rodaram juntos “Sem Destino” (Easy Rider, 1969). Na entrevista, publicada pelo tabloide inglês The Sun, Fonda explicou que o astro está mais interessado em curtir o tempo com os amigos e a família e não tem tido mais paciência para a correria de Hollywood. Nicholson não faz filmes desde 2010, quando atuou pela última vez em “Como Você Sabe”. Apesar disso, ainda detém o recorde masculino de indicações ao Oscar, acumulando 12 no currículo, sendo oito de Melhor Ator e quatro na categoria de Coadjuvante. Ele levou a estatueta de Melhor Ator em duas ocasiões: em 1976, por “Um Estranho no Ninho”, e em 1998, por “Melhor É impossível”, além de possuir um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, conquistado em 1984 pelo filme “Laços de Ternura”. Ele também foi um dos primeiros atores na história do cinema a se tornar tão popular a ponto de receber participações das bilheterias dos filmes nos quais era protagonista. Um exemplo é o cachê que ele embolsou para interpretar o Coringa em “Batman” (1989), que lhe rendeu mais de US$ 60 milhões.
21 astros de Hollywood cantam I Will Survive em vídeo da revista W
A revista W reuniu alguns dos maiores astros de Hollywood da temporada e pediu para eles cantarem “I Will Survive”, o clássico de Gloria Gaynor que marcou a era das discotecas. A música já ganhou muitas conotações ao longo da história, sendo a mais clara a de quem se assume gay. No contexto atual, a luta pela sobrevivência das estrelas parece dirigida à presidência de Donald Trump. No total, 21 artistas participaram do projeto: Emma Stone, Natalie Portman, Amy Adams, Matthew McConaughey, Andrew Garfield, Felicity Jones, Mahershala Ali, Dakota Fanning, Chris Pine, Michelle Williams, Naomi Harris, Michael Shannon, Greta Gerwig, Ruth Negga, Joel Edgerton, Hailey Stenfeld, Anya Taylor-Joy, Alden Ehrenreich, Dev Patel, Lucas Hedges e Taraji P. Henson, que arrasa na parte final. A maior parte deles apoiou publicamente a candidata derrotada Hillary Clinton. Dirigido pela editora da revista, Lynn Hirschberg, o vídeo edita trechos de cada interpretaçã, realizada de jeitos diferentes, numa montagem que fica entre o empolgante e o engraçado. Confira abaixo.
Amy Adams ganha estrela na Calçada da Fama de Hollywood
Amy Adams, que em 2016 estrelou “Batman vs Superman”, “A Chegada” e “Animais Noturnos”, foi homenageada com uma estrela na famosa Calçada da Fama de Hollywood na última quarta (11/1). O evento deixou a atriz bastante emocionada. Ela agradeceu a família, diretores e amigos. “São os melhores”, disse. Mas confessou nunca ter esperado essa homenagem em sua carreira. A atriz estava acompanhada de sua filha, seu marido, o diretor Denis Villeneuve e o ator Jeremy Renner, ambos parceiros no filme “A Chegada”, que tem surpreendido na temporada de premiações. Enquanto Villeneuve disse, em seu discurso de apresentação que Amy Adams é uma das atrizes “de maior qualidade” do mundo, Jeremy Renner a considerou “uma lenda entre as lendas”, e prometeu que sempre serão amigos. Amy Adams já foi indicada a cinco Oscars ao longo de sua carreira e pode acrescentar mais uma indicação em 2017. Clique nas fotos abaixo para ampliá-las em tela inteira.
Donald Trump chama Meryl Streep de “superestimada” e “lacaia de Hillary Clinton” após Globo de Ouro
O presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump chamou Meryl Streep de “lacaia de Hillary Clinton” em resposta ao discurso duro que a atriz fez no Globo de Ouro. Ele falou sobre o assunto, na manhã desta segunda-feira (9/1), em uma breve entrevista por telefone ao jornal norte-americano The New York Times, e também em seu Twitter. Homenageada com o prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto de sua carreira, Meryl fez um discurso histórico e emocionante sobre a diversidade que Hollywood representa. Dizendo que se fala muito sobre Hollywood – ou, como Trump prefere chamar, “o povo liberal do cinema” – , ela explicou o que isso significava. “Mas quem somos nós? O que é Hollywood? Eu fui criada nas escolas públicas de Nova Jersey”, discursou a atriz, citando as diferentes origens e nacionalidades de seus colegas e lembrando que muitos são estrangeiros, de Natalie Portman a Ruth Negga, fator relevante diante da eleição de um presidente de plataforma xenófoba. “Hollywood está repleta de forasteiros e estrangeiros, e se você nos chutar todos para fora (do país), você não terá nada para assistir, exceto futebol e MMA, que não são arte”, a diva sentenciou. Sem nomear diretamente o político, ela também criticou as atitudes do futuro presidente, que ridicularizou um jornalista deficiente em um comício. “Esse exemplo dado por uma pessoa tão poderosa dá permissão a outras pessoas para desrespeitar. A violência incita a violência. O desrespeito incita o desrespeito. Se alguém usa sua posição para fazer bullying, todos nós perdemos.” Ao jornal nova-iorquino, Trump disse que não assistiu ao Globo de Ouro, mas que não ficou surpreso com o teor do discurso. “As pessoas continuam dizendo que eu zombei da incapacidade do repórter, como se Meryl Streep e outros pudessem ler a minha mente”, disse. “Lembrem-se, Meryl Streep participou de uma convenção de Hillary Clinton”, concluiu. Já no Twitter, ele publicou uma série de posts e chamou a atriz de “superestimada”. “Meryl Streep, uma das atrizes mais superestimadas de Hollywood, não me conhece, mas me atacou ontem à noite no Globo de Ouro. Ela é uma lacaia de Hillary. Pela centésima vez, eu nunca zombei de um repórter deficiente (nunca faria isso), eu simplesmente o imitei engasgando quando ele mudou completamente uma história de 16 anos que havia escrito para me denegrir. Mas uma vez a mídia desonesta”, escreveu ele, fazendo referência a Serge Kovaleski, repórter do New York Times.
Veja o trailer do documentário da HBO sobre Carrie Fisher e Debbie Reynolds
O canal pago HBO divulgou o trailer de “Bright Lights”, documentário sobre o relacionamento entre Carrie Fisher e sua mãe, Debbie Reynolds. As mortes repentinas das duas atrizes fez o canal antecipar a data da exibição, que acontecerá no Brasil na próxima segunda, dia 9 de janeiro, às 22h. Rodado em 2015, o documentário deveria estrear apenas em março. O filme aprofunda a outrora conturbada relação entre mãe e filha, devido ao vício de Carrie em álcool e drogas, bem como sua bipolaridade. Na época das filmagens, Carrie se preparava para começar as gravações de “Star Wars: O Despertar da Força”, enquanto Debbie faria uma turnê. “Bright Lights” tem direção do também ator Fisher Stevens (que dirigiu “Amigos Inseparáveis”), e esteve cotado para receber o prêmio de Melhor Documentário de Cannes, que acabou indo para “Cinema Novo”, do brasileiro Eryk Rocha. Atualmente, ele conta com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, site que agrega resenhas de filmes.
HBO vai exibir documentário inédito sobre o relacionamento de Carrie Fisher e sua mãe Debbie Reynolds
O canal pago americano HBO anunciou que irá exibir nos próximos dias um documentário inédito na TV sobre o relacionamento entre Carrie Fisher e sua mãe Debbie Reynolds, que faleceram nesta semana, um dia após a outra. “Bright Lights: Starring Carrie Fisher and Debbie Reynolds” teve première mundial, sob muitos elogios, no Festival de Cannes, e enfoca o relacionamento conturbado, mas sempre amoroso, entre mãe e filha – por acaso, duas das mais célebres atrizes de Hollywood. Debbie Reynolds é mais conhecida pela sua participação no clássico “Cantando na Chuva” (1952) e Carrie Fisher pela franquia “Star Wars”, que a eternizou como a princesa Leia. O filme tem direção do também ator Fisher Stevens (que dirigiu “Amigos Inseparáveis”), e esteve cotado para receber o prêmio de Melhor Documentário de Cannes, que acabou indo para “Cinema Novo”, do brasileiro Eryk Rocha. “Bright Lights: Starring Carrie Fisher and Debbie Reynolds” irá ao ar no próximo sábado, dia 7 de janeiro.
Mila Kunis publica desabafo denunciando machismo de Hollywood
A Mila Kunis (“Perfeita É a Mãe”) publicou um desabafo, na forma de carta aberta no site APlus, denunciando as atitudes machistas de alguns produtores com quem precisou trabalhar em sua trajetória profissional. No texto, ela conta que foi ameaçada quando se negou a posar seminua na capa de uma revista masculina para promover um determinado longa-metragem. E ao fazer isso, ouviu que “nunca mais trabalharia” em uma produção cinematográfica novamente. “Me senti objetificada e pela primeira vez na minha carreira eu disse não”, afirmou a atriz de 33 anos. “Advinha? O mundo não acabou. O filme fez bastante dinheiro e depois participei de outro projeto, depois outro e mais outro”, completou. “Ao longo da minha carreira, houve momentos em que eu fui insultada, marginalizada, menos remunerada, criativamente ignorada e diminuída por causa do meu gênero. Fui ensinada que é preciso jogar com a regra dos garotos para uma mulher se dar bem nessa indústria. Mas quanto mais trabalho, mais vejo que isso é uma imensa besteira”, ela afirma. Mesmo quando decidiu criar sua própria produtora, ao lado de outras três mulheres, Kunis teve de lidar com o sexismo em outra ocasião, quando a Orchard Farm Productions iniciou uma parceria com um influente produtor homem. “Durante o processo para apresentar este novo projeto de série de TV para uma grande rede, muitos e-mails foram trocados”, contou Kunis. “Nesta cadeia de e-mais, este produtor escolheu escrever o seguinte: ‘…e a Mila é uma mega estrela. Uma das maiores atrizes de Hollywood que em breve será a esposa de Ashton [Kutcher] e a mãe de um bebê!!!'” “Ele reduziu o meu valor a nada mais do que o meu relacionamento com um homem bem sucedido e minha habilidade de gerar filhos. Ele ignorou minhas significantes contribuições logísticas e criativas”, contou a atriz, no desabafo, novamente sem dar nomes aos bois. “Somos inundados com histórias da superioridade masculina que nos cegam até ao ponto de estruturar as nossas próprias relações. Portanto, daqui em diante, quando for confrontada com esse tipo de comentários, sutis ou evidentes, irei agir à altura”, declarou. A denúncia, entretanto, fica pela metade, pois Mila segue o exemplo de outras atrizes que já publicaram textos similares, sem dar nomes aos responsáveis. Com medo de retaliação, não dizem que foi fulano no filme tal. Assim, o produtor anônimo se sente à vontade para continuar agindo do mesmo jeito em outros filmes. E o desabafo fica por isso mesmo, alimentando rumores, boatos e lendas de Hollywood.
Rules Don’t Apply: Warren Beatty é Howard Hughes em trailer de drama romântico
A 20th Century Fox divulgou o segundo trailer de “Rules Don’t Apply”, filme dirigido por Warren Beatty (“Dick Tracy”), que também interpreta o bilionário excêntrico Howard Hughes na trama. A prévia tem um tom mais próximo do humor de “Ave, César!” (2016), dos irmãos Coen, que a seriedade de “O Aviador” (2004), a cinebiografia de Hughes dirigida por Martin Scorsese, centrando sua ação nos bastidores da era de ouro de Hollywood. A maior referência, porém, é lembrar que o roteirista Bo Goldman, que coescreveu a trama com Beatty, já tinha inventado uma aventura fictícia de Hughes na comédia clássica “Melvin e Howard” (1980). Ao contrário do filme de Scorsese, a trama acompanha o bilionário já envelhecido e em papel secundário, destacando o relacionamento entre seu jovem motorista e assessor (Alden Ehrenreich, por sinal de “Ave, César!”) e uma atriz aspirante de seu estúdio (Lily Collins, de “Os Instrumentos Mortais”). O elenco grandioso ainda conta com Matthew Broderick (“Roubo nas Alturas”), Haley Bennett (“O Protetor”), Alec Baldwin (“Missão Impossível: Nação Secreta”), Ed Harris (“Noite sem Fim”), Martin Sheen (“Trash”), Steve Coogan (“Philomena”), Candice Bergen (“O Casamento do Ex”), Taissa Farmiga (série “American Horror Story”), Oliver Platt (série “Chicago Med”), Dabney Coleman (série “Boardwalk Empire”), Paul Sorvino (“Os Bons Companheiros”), Megan Hilty (série “BrainDead”), Amy Madigan (“Medo da Verdade”), Louise Linton (“Cabana do Inferno”) e Annette Bening (“Minhas Mães e Meu Pai”), esposa de Beatty. Em desenvolvimento há muitos anos, “Rules Don’t Apply” é o quinto longa dirigido por Beatty, que já conquistou o Oscar de Melhor Direção com o drama “Reds” (1981). Ele não dirigia desde a comédia “Politicamente Incorreto” (1998) e nem sequer atuava desde “Bonitos, Ricos e Infiéis” (2001). A estreia está marcada para 11 de novembro nos EUA e não há previsão para o lançamento do longa no Brasil.
O Poderoso Chefão lidera lista dos 100 filmes favoritos de Hollywood, que ainda tem Pulp Fiction, E.T. e Star Wars
De tempos em tempos, publicações resolvem eleger os melhores filmes de todos os tempos. Os critérios de cada eleição são sempre determinados por grupos específicos: crítica, público, etc. Mas para sua lista, publicada no domingo (25/9), a revista The Hollywood Reporter buscou uma visão diferente, apresentando o resultado como os 100 filmes favoritos de Hollywood. Para chegar na seleção, a publicação ouviu 2120 membros da indústria, a maioria deles votantes na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, dentre os quais muitos vencedores do Oscar e até os chefes dos grandes estúdios. A lista revelou que o filme favorito de Hollywood é “O Poderoso Chefão” (1972), seguido de “Mágico de Oz” (1939) e “Cidadão Kane” (1941). São produções que também costumam disputar o favorecimento da crítica. Mas há surpresas no Top 5 como “Um Sonho de Liberdade” (1994), de Frank Darabont, e “Pulp Fiction” (1994), de Quentin Tarantino. E não é só. O fato de ter sido votada por Hollywood deixou de fora muitos clássicos absolutos do cinema internacional, como “Os Incompreendidos” (1959) e “A Doce Vida” (1960), por exemplo. Em compensação, sucessos comerciais como “De Volta para o Futuro” (1985), “Guerra nas Estrelas” (1977) e “Forrest Gump” (1994) aparecem entre os 25 filmes preferidos na votação. E há um excesso de produções de Steven Spielberg, com “”E.T. O Extraterrestre” (1982), “A Lista de Schindler” (1993) e “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981) entre os mais bem colocados. Confira abaixo os 20 favoritos de Hollywood e a lista completa aqui. 1. “O Poderoso Chefão” (1972) 2. “O Mágico de Oz” (1939) 3. “Cidadão Kane” (1941) 4. “Um Sonho de Liberdade” (1994) 5. “Pulp Fiction: Tempo de Violência” (1994) 6. “Casablanca” (1942) 7. “O Poderoso Chefão – Parte 2” (1974) 8. “E.T. O Extraterrestre” (1982) 9. “2001: Uma Odisseia no Espaço” (1968) 10. “A Lista de Schindler” (1993) 11. “Guerra nas Estrelas” (1977) 12. “De Volta Para o Futuro” (1985) 13. “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981) 14. “Forrest Gump. – O Contador de Histórias” (1994) 15. “Gone With the Wind” (1939) 16. “O Sol é Para Todos” (1962) 17. “Apocalypse Now” (1979) 18. “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” (1977) 19. “Os Bons Companheiros” (1990) 20. “A Felicidade Não Se Compra” (1946)
Café Society é um filme apaixonante de Woody Allen
Interessante perceber a tendência mais amena e romântica que Woody Allen tem conferido a suas obras recentes, desta década em particular. De “Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos” (2010) ao novo “Café Society” (2016), apenas “Blue Jasmine” (2013) se destaca como uma obra essencialmente amarga em relação à vida, além de contar com um senso de humor menos presente do que os demais. Mesmo um filme como “Homem Irracional” (2015) traz a história de um homem que passa a ver sentido em sua vida depois de encontrar motivações não muito recomendáveis. “Café Society” tem sido recebido com muito mais entusiasmo pela crítica internacional do que os três trabalhos anteriores do diretor, mas não significa que seja uma das obras mestras do velho Woody. Claro que é muito bom ouvir a voz do próprio diretor contando a história, assim como é adorável ter um objeto de desejo como Vonnie, vivida por Kristen Stewart (“Acima das Nuvens”). Nem sempre uma unanimidade, Kristen se mostra como a razão de ser não apenas da vida do jovem Bobby (Jesse Eisenberg, de “Batman vs. Superman” e mais um a assimilar os trejeitos de Allen em outro de seus alter-egos), mas do próprio filme, embora mais à frente vejamos a Veronica de Blake Lively (também em cartaz em “Águas Rasas”) representando a estabilidade emocional necessária para o protagonista. Um dos problemas de “Café Society” é a tentativa de Allen em construir uma fauna generosa de tipos que acaba atropelando e atrapalhando a trama principal, ou seja, a ciranda de amores. Assim, todas as questões envolvendo a máfia nova-iorquina tornam o filme menos interessante, embora se destaquem alguns diálogos afiados, como o fato de o Judaísmo não ter a vida após a morte em seus dogmas, passando, assim, a perder pontos para o Catolicismo. Porém, mesmo com essa irregularidade, o novo trabalho de Allen conta com uma fotografia de Vittorio Storaro tão especial que vale a pena ser destacada como uma das mais importantes dos filmes de Allen dos últimos 20 anos, pelo menos. Conhecido por sua brilhante parceria com Bernardo Bertolucci (em especial, “O Último Imperador”), o veterano diretor de fotografia, vencedor de três Oscars, homenageia os filmes das décadas de 1930-40, especialmente nos close-ups de Kristen Stewart, trazendo uma espécie de véu sobre sua imagem, dando-lhe um ar de semideusa. O belo uso da luz no filme é percebido logo de cara, com tonalidades que variam de cores dessaturadas, em Nova York, para cores mais quentes, nas cenas passadas em Hollywood. “Café Society” é mais uma história sobre como as paixões acabam gerando memórias, ao mesmo tempo agradáveis e dolorosas, além de tornarem as pessoas mais fortes, como acontece com Bobby, depois de ter conhecido Vonnie. O reencontro dos dois em Nova York pode ser visto como o grande momento do filme, bem como as cenas que marcam sua conclusão. Na nova obra agridoce de Allen, não há espaço para um final exatamente feliz, como no adorável e subestimado “Magia ao Luar” (2014), mas um sorriso triste de quem pode se satisfazer com o rumo dos acontecimentos, trazidos por escolhas pessoais. Dependendo do estado do espectador, é possível sair do cinema suspirando e lembrando aquela paixão que marcou sua vida, e este é um feito e tanto para qualquer filme.










