Morre Brother Marquis, rapper do 2 Live Crew, que inventou o “funk proibidão”
Artista participou da formação original do grupo responsável por inventar o rap explícito e o "funk proibidão"
Veja os 5 melhores clipes de K-Pop da semana
RM, aespa, Yves, ATEEZ e Treasure lançam novos clipes que exploram temas variados, desde conflitos emocionais até cenários pós-apocalípticos
Grammy | Jay-Z dá o que falar com discurso cobrando maior reconhecimento ao rap e Beyoncé
O rapper Jay-Z fez o discurso mais comentado da cerimônia do Grammy 2024. Ele utilizou seu momento de agradecimento ao receber um prêmio pela carreira para criticar a organização por nunca ter premiado Beyoncé, sua esposa, com o Álbum do Ano. “O maior número de prêmios Grammy vencidos e nunca levou a categoria de Álbum do Ano. Como isso funciona?” questionou Jay-Z, referindo-se aos 32 Grammys já ganhos por Beyoncé. Beyoncé nunca venceu a categoria principal do Grammy, mas foi indicada ao Álbum do Ano por “Renaissance” em 2023 (perdendo para Harry Styles), “Lemonade” em 2017 (perdendo para Adele), “Beyoncé” em 2015 (perdendo para Beck) e “I Am Sasha Fierce” em 2010 (perdendo para Taylor Swift) “Queremos que vocês acertem. Pelo menos cheguem perto do certo. E obviamente é subjetivo. Vocês não precisam aplaudir tudo [disse para a plateia]. Obviamente é subjetivo porque, sabe, é música e é baseado em opinião”, apontou o artista. “Mas, sabe, algumas coisas… Eu não quero envergonhar essa jovem senhora, mas ela tem mais Grammys que todos e nunca ganhou o Álbum do Ano. Então, mesmo pelos seus próprios critérios, isso não funciona. Pensem nisso. O maior número de prêmios Grammy vencidos e nunca levou a categoria de Álbum do Ano. Como isso funciona?”, continuou ele. “Vocês sabem, alguns de vocês vão para casa esta noite se sentindo como se tivessem sido roubados. Alguns de vocês podem ser roubados. Alguns de vocês não pertencem à categoria [em que concorrem]. Não, quando fico nervoso eu digo a verdade”, ele adicionou. Jay-Z também destacou a luta do hip hop por reconhecimento no Grammy, mencionando boicotes de artistas do gênero contra a premiação, desde Will Smith, quando o ator era o rapper Fresh Prince, até ele próprio no passado. O artista também refletiu sobre os critérios de votação das categorias, enfatizando a subjetividade e as inconsistências do processo de premiação, destacando a inclusão de artistas em categorias nas quais não se enquadram. O rapper encorajou os artistas a continuarem se apresentando e buscando reconhecimento, independentemente do Grammy, destacando a importância de persistir até receber os elogios merecidos. “Até que eles te chamem [para participar] e deem todo o reconhecimento que vocês sentem que merecem, até que te chamem de gênio e de melhor de todos os tempos, entenderam?”, concluiu, mostrando o seu Grammy especial para a plateia, que riu, aplaudiu e urrou durante o discurso, demonstrando aprovação. Após essa apresentação, Jay-Z foi visto usando o gramofone dourado como copo para beber champanhe, evidenciando seu descontentamento com a premiação. Blue Ivy joins Jay-Z on-stage to accept the Dr. Dre Global Impact Award at the 2024 #Grammys pic.twitter.com/H87XxdAoN8 — The Hollywood Reporter (@THR) February 5, 2024
O que esperar do Grammy 2024 neste domingo
A premiação do Grammy 2024 vai acontecer na noite deste domingo (4/2) com transmissão ao vivo desde o tapete vermelho a partir das 21h30 no canal pago TNT e na plataforma HBO Max. A cerimônia deste ano se destaca não apenas pela celebração dos feitos musicais de 2023, mas também pelo potencial de marcar a História, especialmente para as artistas femininas, com SZA à frente. Com nove indicações, SZA se posiciona como a artista de maior destaque, refletindo o sucesso extraordinário de seu álbum “SOS”. As nomeações de SZA abrangem categorias de prestígio como Álbum do Ano, Gravação do Ano e Música do Ano para “Kill Bill”, além de categorias como pop, rap melódico, R&B progressivo e tradicional, ilustrando sua versatilidade e impacto no cenário musical atual. Caso SZA vença a categoria de Álbum do Ano, será a primeira vez que uma artista negra receberá esse troféu no século 21. A última vez que uma cantora negra levou o Grammy de Álbum do Ano foi com Lauryn Hill, em 1999. A controvérsia em torno do Grammy e a representatividade racial é tão grande que a vitória de Harry Styles sobre Beyoncé no ano passado gerou discussões acaloradas nas redes sociais sobre as escolhas da Academia de Gravação e o reconhecimento de artistas negros. Taylor Swift também pode fazer história se vencer a categoria Álbum do Ano. Com um triunfo do disco “Midnights”, ela passaria a acumular quatro troféus na categoria principal, superando ícones como Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder, que possuem três vitórias cada. Grammy das mulheres Outros artistas que se destacam entre as nomeações incluem a cantora-compositora indie rock Phoebe Bridgers, o engenheiro de som Serban Ghenea e a cantora R&B Victoria Monét, que disputam sete categorias cada. Eles são seguidos por uma multidão: o produtor e músico Jack Antonoff (da banda Bleachers, que concorre principalmente por seu trabalho com Taylor Swift), o músico e cantor de jazz Jon Batiste, o grupo de indie rock boygenius, a cantora country Brandy Clark e as cantoras pop Miley Cyrus, Billie Eilish, Olivia Rodrigo e Taylor Swift, todos com seis indicações. A lista deixa claro como a presença feminina é notavelmente forte. Este ano, mulheres ou indivíduos de gênero fluido compõem sete dos oito indicados nas categorias de Álbum e Gravação do Ano, dominada por estrelas como Taylor Swift, SZA e Olivia Rodrigo. Esta mudança representa um avanço na forma como as artistas femininas são vistas pela Academia, com maior destaque para seu talento do que em sua aparência. Para dar a dimensão do domínio feminino, Jon Batiste foi o único homem que conseguiu indicações dupla nas categorias principais, de Álbum e Gravação do Ano. A mudança é significativa em relação aos anos anteriores. De 2012 a 2022, apenas 13,9% dos indicados nas principais categorias eram mulheres. O sucesso das mulheres no pop, tanto nas paradas musicais quanto em performances em estádios e cinemas, contribuiu para essa mudança radical no Grammy. A turnê “The Eras Tour” de Taylor Swift, por exemplo, quebrou recordes de vendas de ingressos, e o filme “Barbie”, como uma trilha de pop feminino, tornou-se um fenômeno, evidenciando o impacto das mulheres na cultura pop. Fora isso, ainda houve uma transição demográfica na própria Academia, com um aumento de membros femininos para 30% desde 2019 – ainda longe do ideal, que seria a igualdade dos gêneros. O predomínio masculino entre os votantes ainda mantém áreas, como rock, dance e hip-hop, como feudos masculinos, em contraste com as premiações principais. Artistas brasileiros também concorrem à premiação, destacando-se na categoria de melhor álbum de jazz latino, disputada por Ivan Lins com a Tblisi Symphony Orchestra, a pianista Eliane Elias e a cantora Luciana Souza & Trio Corrente. Shows ao vivo Para o público, porém, a entrega de prêmios não será a principal atração da cerimônia, que também terá shows ao vivo. Entre os destaques esperados, Stevie Wonder, Fantasia Barrino, Annie Lennox e Jon Batiste farão tributos In Memoriam, homenageando artistas que morreram no último ano. A lista de artistas confirmados inclui também nomes como Burna Boy, Billy Joel, Dua Lipa, Luke Combs, Olivia Rodrigo, Travis Scott e Miley Cyrus, além de Joni Mitchell, lenda da música folk que se apresentará pela primeira vez no Grammy.
C6 Fest anuncia line-up eclético da segunda edição
O C6 Fest anunciou nesta terça-feira (5/12) o line-up completo de sua segunda edição, que voltará a ocorrer no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, no segundo trimestre de 2024. O festival de música pretende “renovar a aposta em talentos emergentes e nomes consagrados” de diferentes gêneros. A lista completa tem como destaques a banda de rock alternativo Pavement, que marcou os anos 1990, e o duo de synth-pop Soft Cell, veteranos da década de 1980 que até hoje são lembrados pelo hit “Tainted Love”. Entre os novos talentos, a relação traz a maravilhosa Romy, cantora do grupo britânico The XX em seu trabalho solo, o trio britânico de música eletrônica Young Fathers, o duo americano de neosoul Black Pumas, o cantor de neosoul Daniel Caesar, o duo de hip hop alternativo Paris, Texas, o supergrupo de hip hop Dinner Party (não confundir com a banda feminina do momento, The Last Dinner Party), a banda pós-punk britânica Squid, as cantoras pop Noah Cyrus (irmã de Miley) e Raye, a nigeriana Ayra Starr, a indie Cat Power (que vai cantar Bob Dylan), o icônico DJ de house David Morales, além dos jazzistas Charles Lloyd Quartet, Jihye Lee Orchestra e Chief Adjuah, o cubano Cimafunk e os artistas brasileiros Fausto Fawcett e Jaloo (que vai convidar Gaby Amarantos para compartilhar seu palco). O C6 Fest também vai promover o intitulado “Baile Cassiano”, show que celebra o repertório do famoso artista paraibano de soul. A apresentação será comandada pelo diretor musical Daniel Ganjaman e terá vocais de Francisco Gil, Preta Gil, Liniker, Luccas Carlos e Negra Li. Além disso, o evento terá a iniciativa Pacubra, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, com um line-up exclusivo de DJs como David Morales, Valentina Luz e a festa “Pista Quente”. Sobre o festival No próximo ano, o C6 Fest terá três palcos com ingressos únicosm com exceção do palco destinado ao jazz, que terá vendas separadas com lugares marcados. Os ingressos terão pré-venda exclusiva com 20% de desconto para clientes do C6 Bank nos dias 6 e 7 de dezembro. A venda geral de tickets começa na sexta-feira (8/12), no site By Inti, com valores entre R$ 660 (diário) e R$ 1.200 (passaporte com acesso à Arena Heineken e Tenda Metlife). A programação de jazz no Auditório Ibirapuera terá ingressos entre R$ 560 e R$ 1.000. A próxima edição está marcada para os dias 17 e 19 de maio, no Parque do Ibirapuera (SP). Line-up completo Auditório Ibirapuera 17 de maio Jakob Bro Uma Elmo Jihye Lee Orchestra Charles Lloyd Quartet Daniel Santiago e Pedro Martins 19 de maio Dinner Party ft. Terrace Martin, Robert Glasper e Kamasi Washington Chief Adjuah Arena Heineken, Tenda Metlife e Pacubra 18 de maio Black Pumas Raye Ayra Starr Cimafunk 2manydjs (live) Soft Cell Romy Jaloo convida Gaby Amarantos Pista Quente Fausto Fawcett Valentina Luz 19 de maio Daniel Caesar Baile Cassiano Young Fathers Paris Texas Pavement Cat Power sings Dylan ’66’ Noah Cyrus Squid Jair Naves David Morales (Sunday Mess) DJ Meme
Doja Cat lança clipe junto com seu novo álbum
Doja Cat lançou o clipe de “Agora Hills” para acompanhar o lançamento do álbum “Scarlett”, que chegou nas plataformas de streaming nesta sexta (22/9). Codirigido pela cantora e Hannah Lux Davis (do célebre “Thank U, Next”, de Ariana Grande), o vídeo usa ângulos de câmeras de vigilância e explora uma estética de “found footage”, com direito a cenas de terror, especialmente na abertura, em que Doja Cat desce dos céus como uma mulher endemoniada, enquanto as pessoas se trancam em casa. Há também câmeras de shopping center e de trânsito, entre outras recriações visuais, embora a vibe assustadora não persista ao longo do clipe. Outro destaque é o figurino com muitas perucas diferentes. “Agora Hills” é o quarto clipe de “Scarlet” e seu título parece referência a Agoura Hills, um subúrbio de Los Angeles que fica a cerca de 20 minutos da cidade natal de Doja Cat, Tarzana. Entretanto, a letra não faz referência a nenhuma locação em especial, apenas a um homem que ela quer exibir, beijar e transar. A música é um hip-hop lento, construído em cima de um sample de “All I Do Is Think of You”, R&B de 1989 da banda Troop.
Mais 50 clipes clássicos para celebrar os 50 anos de hip hop
A segunda playlist em celebração aos 50 anos da criação do hip hop traz uma nova seleção de 50 clipes clássicos que definiram e continuam a moldar este universo sonoro. A lista inclui nomes icônicos como Run DMC, Public Enemy, Ice-T, Ice Cube e Dr. Dre, que não apenas dominaram as paradas de sucesso, mas também desafiaram convenções sociais e políticas através de suas letras incisivas e produções inovadoras. A seleção abrange diferentes eras e estilos dentro do hip hop, desde a proclamação do rap como o novo rock em “King of Rock” do Run DMC até o domínio do gênero sobre a música pop, marcado por “Still D.R.E.” de Dr. Dre. A lista inclui artistas que uniram rock e hip hop de maneira inovadora. Todos sabem que Run DMC gravou com Aerosmith. Mas quem lembra de “Bring Tha Noize”, uma colaboração entre Anthrax e Public Enemy? A seleção destaca também o impacto feminino de MC Lyte, Queen Latifah e Eve, clássicos do gangsta rap e do rap alternativo, além dos toques do Sul com Outkast e Geto Boys. Os clipes da seleção não apenas acumularam milhões de visualizações ao longo dos anos, mas também se tornaram referências em cinematografia musical. Por exemplo, “No Sleep Till Brooklyn” dos Beastie Boys e “Don’t Sweat The Technique” de Eric B. & Rakim são conhecidos tanto por suas batidas contagiantes quanto por suas imagens memoráveis. Além disso, muitos dos astros selecionados se projetaram para outras plataformas de entretenimento, como Fresh Prince, que ficou mais conhecido como o ator Will Smith, além de Ludacris, astro da franquia “Velozes e Furiosos”, e Ice-T e LL Cool J, estrelas de séries duradoras da televisão americana, demonstrando que o hip hop se tornou uma força cultural com impacto em vários aspectos da sociedade. De suas raízes nas ruas do Bronx até sua influência global, esta seleção serve não apenas como um lembrete da riqueza e diversidade do hip hop, mas também como um tributo aos artistas que tornaram tudo isso possível, muitos deles, inclusive, já falecidos, como Jam Master Jay (Run DMC), Adam “MCA” Yauch (Beastie Boys), DMX, The Notorious B.I.G., Bushwick Bill (Geto Boys) e Prodigy (Mobb Deep). Run DMC | Beastie Boys | LL Cool J | Public Enemy | Tone Loc | Schoolly D | Kurtis Blow | The Sugarhill Gang | Kool Moe Dee | Young MC | The Roots | Ice-T | Goodie Mob | Fugees | Boogie Down Productions | Black Star | KRS-One | Missy Elliott | Jungle Brothers | DMX | Ludacris | Nelly | James Brown | Afrika Bambaataa | Digital Underground | Fu-Schnickens | Roxanne Shanté | Showbiz & A.G. | Eric B. & Rakim | Cypress Hill | House of Pain | Black Sheep | A Tribe Called Quest | Jurassic 5 | Queen Latifah | Geto Boys | Ice Cube | The Notorious B.I.G. | Dr. Dre | Mobb Deep | Busta Rhymes | Outkast | MC Lyte | Eve | DJ Jazzy Jeff & The Fresh Prince | De La Soul | The UMC’s | Nas | Kanye West | DJ Shadow
50 clipes clássicos para celebrar 50 anos de hip hop
O hip hop está completando 50 anos e a festa acontece por aqui com uma seleções de clipes. São 50 clipes clássicos do rap americano, que não pretendem ser uma lista de maiores gravações, mas servir de trilha representativa para a festa – organizados por ordem de afinidade sonora numa playlist como videotecagem/mixtape. Experimente ouvir sem saltar as faixas – funciona melhor na versão Premium do YouTube (sem interrupções de anúncios). A data escolhida para marcar o cinquentenário é 11 de agosto de 1973, quando o jovem DJ Kool Herc deu sua primeira festa no bairro do Bronx, em Nova York, montando dois toca-discos para manter uma seleção de funk, soul, música latina e reggae tocando sem parar – uma adaptação dos sound systems de sua infância na Jamaica, onde equipamentos de som itinerantes usavam discotecagem para transformar ruas em festas instantâneas. O aprimoramento americano, hip hop, deu início à cultura dos DJs, que logo passaram a criar novas músicas a partir de trechos de discos diferentes, e os MCs, que começaram animando as festas com gritos e palavras de ordem para acompanhar as batidas, antes de virarem rappers, sem esquecer dos b-boys dançarinos de rua e a turma do grafite, que criava o visual da época. O gênero teve uma rápida evolução, mas se manteve em segredo por vários anos. O primeiro rap (com MCs e uma banda) só foi gravado em 1979, surpreendendo o mundo que desconhecia o sucesso das block parties de Nova York, mas o verdadeiro impacto veio em 1981, quando o primeiro hip hop autêntico de DJ (“Adventures on the Wheels of Steel”, de Grandmaster Flash) virou disco, criando uma revolução de novas possibilidades para a música pop. Os 50 clipes abaixo capturam a evolução do hip hop ao longo das décadas, abrangendo desde os pioneiros como The Sugarhill Gang e Grandmaster Flash & The Furious Five, que ajudaram a tornar o gênero conhecido, até artistas mais recentes como Jay-Z e 50 Cent, que continuam a empurrar os limites do gênero. A relação inclui gravações pioneiras como o primeiro rap gravado, “Rapper’s Delight” da Sugarhill Gang, e a faixa inovadora que trouxe consciência social ao rap: “The Message”, de Grandmaster Flash & The Furious Five. Também estão presentes hits icônicos como “California Love” de 2Pac e “Lose Yourself” de Eminem, que mostram a expansão do hip hop para a cultura mainstream. A seleção abrange uma variedade de estilos e subgêneros, desde o rap consciente de Public Enemy e KRS-One até o G-funk (ou gangsta rap) da Costa Oeste de Dr. Dre, Snoop Dogg e Warren G. Também estão representados o electro de Afrika Bambaataa, o Miami bass de L’Trimm, o rap alternativo de De La Soul e A Tribe Called Quest, o rap hardcore de DMX e Wu-Tang Clan, e o rap feminino de Salt-N-Pepa e Queen Latifah, entre outras vertentes. É uma visão abrangente do que muitos chamam de “old school”, uma escola com muitas classes diferentes. Detalhe: essa é apenas a primeira parte da celebração audiovisual do aniversário. Uma nova seleção de 50 clipes continua a história – e a festa – no fim de semana que vem. The Sugarhill Gang | Kurtis Blow | Funky Four Plus One | Grandmaster Flash & The Furious Five | Grandmaster Melle Mel | Afrika Bambaataa & The Soulsonic Force | Salt-N-Pepa | L’Trimm | Davy DMX | RUN DMC | J.J. Fad | Sir Mix-A-Lot | Tag Team | Rob Base & DJ EZ Rock | Wreckx N Effect | K7 | Poor Righteous Teachers | Showbiz & A.G. | Digable Planets | Nice & Smooth | Gang Starr | Queen Latifah | A Tribe Called Quest | De La Soul | Special Ed | Arrested Development | Beastie Boys | LL COOL J | Ice-T | Public Enemy | Eric B. & Rakim | Jay-Z | N.W.A. | DMX | 50 Cent | KRS-One | Ol’ Dirty Bastard | Method Man | Gravediggaz | Wu-Tang Clan | Dr. Dre | Warren G | DJ Quik | 2Pac | Eminem | Blackstar | The Roots | The Pharcyde | Brand Nubian | Nas
São Paulo comemora 50 anos de hip hop com festival gratuito no fim de semana
São Paulo se prepara para uma verdadeira maratona de shows neste sábado (19/8) e domingo (20/8), em comemoração aos 50 anos do hip hop. Com apresentações de nomes renomados como Thaide e DJ Hum, MV Bill, Dexter, Afro-X, Helião RZO, Rappin’ Hood, Tasha & Tracie, Negra Li, Djonga e um convidado internacional, o rapper americano Pharoahe Monch, a festa vai agitar o centro histórico da maior cidade do país. Organizada pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, a celebração é gratuita, com shows em palcos distintos da região do Anhangabaú, e marca o início de uma série de atividades que se estenderão até agosto de 2024. 50 anos de hip hop O movimento hip hop, que surgiu como uma manifestação cultural da juventude negra e latina, teve início em 11 de agosto de 1973, no bairro do Bronx, em Nova York, quando o jovem DJ Kool Herc deu sua primeira festa, trazendo em sua bagagem de imigrante a cultura dos sound systems da Jamaica – equipamentos de som itinerantes que usavam discotecagem para transformar ruas em festas instantâneas. O aprimoramento americano, hip hop, deu início à cultura dos DJs, que passaram a criar novas músicas a partir de trechos de discos diferentes, e os MCs, que começaram animando as festas com gritos e palavras de ordem para acompanhar as batidas, antes de virarem rappers, sem esquecer dos b-boys dançarinos de rua e a turma do grafite, que criava o visual da época. O primeiro rap (com MCs e uma banda) foi gravado em 1979, surpreendendo o mundo que desconhecia o sucesso do gênero em Nova York, mas o verdadeiro impacto veio em 1981, quando o primeiro hip hop autêntico de DJ virou disco, criando uma revolução de novas possibilidades para a música pop. Importância da data para São Paulo Em pouco tempo o gênero explodiu, tornou-se internacional e finalmente chegou ao Brasil em meados dos anos 1980, concentrando-se nos primeiros anos em São Paulo, a poucos metros do local da festa deste fim de semana. Os primeiros rappers se reuniam em torno de boomboxes (rádio gravadores gigantes) na região do metrô São Bento, no coração de São Paulo, para praticar rimas e passos de b-boing – dança mais popularmente conhecido como break. Alguns dos integrantes da época estarão presentes no evento, como o dançarino Nelson Triunfo, o rapper Thaíde e seu velho parceiro DJ Hum (em projeto paralelo). Dupla pioneiríssima, Thaíde e DJ Hum participaram da primeira coletânea nacional de rap, “Hip Hop Cultura de Rua”, em 1988, e lançaram o primeiro álbum individual de rap brasileiro no ano seguinte. A secretária de cultura Aline Torres expressou o orgulho da cidade em sediar a comemoração, afirmando: “A Prefeitura entende a importância e a relevância do Hip Hop para a cultura da periferia e estamos orgulhosos dessa mega comemoração de meio século. Vamos ocupar o Vale do Anhangabaú e a cidade inteira, com programação descentralizada até o fim do ano.” Atração Internacional O convidado especial da festa é Pharoahe Monch, natural do Queens, em Nova York, e veterano da cultura hip hop americana, que se apresenta pela primeira vez no Brasil. Com uma carreira iniciada na década de 1980, ele já colaborou com artistas como Sérgio Mendes, Amy Winehouse, Justin Timberlake, Linkin Park, DJ Premier e Wyclaf Jean. Ele vai se apresentar no primeiro noite da festa, que será realizada em diversos palcos no centro histórico de São Paulo, incluindo o Viaduto do Chá, o Vale do Anhangabaú e, claro, o Pátio São Bento. A programação começa às 11h em ambos os dias e se estende até a noite. Confira abaixo o horário dos shows. Programação Sábado (19/08) Palco Viaduto do Chá: 12h – BK’ 14h – Trilha Sonora do Gueto 16h – Afro-X 18h – Eduardo Taddeo 20h – Pharoahe Monch (EUA) Palco Vale Anhangabaú: 11h – Mr. Grande-E Show Ícones do Rap 13h – Yzalú 15h – Cris SNJ 17h – MC Souto 19h – DJ Zeme e Helião RZO 19h – A Força Palco Referência Breaking: 11h – Stylo Urbano 13h – Jabaquara Breakers 15h – Marcelinho Backspin 17H – IDM Crew Domingo (20/08) Palco Viaduto do Chá: 12h – Tasha & Tracie, Kyan e Gregory 14h – Rose MC 14h – Thaíde 16h – Major RD 18h – MV Bill e Dexter 20h – Djonga Palco Vale Anhangabaú: 11h – DJ SET KALAMIDADE 13h – DJ Lobato e MC Darua 15h – Conexão do Morro e Ndee Naldinho 17h – Rappin’ Hood 17h – Chris Lady Rap 19h – Yunk Vino 21h – Negra Li Palco Referência Breaking: 13h – Street Warriors 15h – Detroit Break 17h – Nelson Triunfo – Baile Black Pátio São Bento – DJs: 13h – DJ Simmone Lasdenas 14h – DJ Dri – Os Metralhas 15h – DJ Ninja 16h – DJ Kalfani 17h – DJ Hum e Expresso do Groove
Magoo, pioneiro do rap, morre aos 50 anos
O rapper americano Melvin Barcliff, mais conhecido como Magoo, faleceu aos 50 anos no fim de semana em Williamsburg, Virgínia, e a causa ainda está sob investigação. Magoo foi uma figura fundamental na cena do hip-hop da Virgínia na década de 1990, colaborando com estrelas emergentes como Timbaland, Missy Elliott e Pharrell Williams. A influência no hip-hop Magoo se apaixonou pelo rap ainda criança, durante uma infância difícil. Aos 14 anos, ele percebeu que o rap era uma forma de arte que também poderia praticar. Ao iniciar o Ensino Médio, ele fez amizade com Timothy Mosley, também conhecido como Timbaland, com quem formou uma dupla e lançou três álbuns entre 1997 e 2003. Magoo, Timbaland e outros na área de Virginia Beach, incluindo Pharrell Williams e Missy Elliott, exerceram forte influência no hip-hop no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. O álbum de estreia da dupla, “Welcome to Our World”, incluiu a faixa “Up Jumps da’ Boogie”, com Missy Elliott e Aaliyah, que alcançou a 12ª posição na Billboard Hot 100, o maior sucesso de Magoo nas paradas. Os críticos citaram o projeto como um passo no desenvolvimento de Timbaland como produtor e compararam Magoo a Q-Tip, um dos rappers do grupo A Tribe Called Quest. Seguiram-se mais dois álbuns, “Indecent Proposal” em 2001 e “Under Construction, Part II” em 2003 – concebido como uma sequência do quarto álbum de Missy Elliott, “Under Construction”. Esses discos incluíram participações de artistas como Jay-Z, Beenie Man, Ludacris, Twista, Brandy e Wyclef Jean. Após o lançamento do último álbum da dupla, Magoo se afastou gradualmente dos holofotes da indústria da música. Enquanto Timbaland continuou sua carreira solo de sucesso, colaborando com artistas renomados, especialmente como produtor de hits, Magoo optou por um caminho mais reservado. Embora tenham se separado, Magoo sempre expressou sua profunda amizade com Timbaland, entatizando em entrevistas que a dupla era mais uma amizade do que um grupo musical. Homenagens e Lembranças Timbaland postou vídeos antigos ao lado de Magoo no Instagram com a legenda: “Vida longa a Melvin Magoo! Tim e Magoo para sempre, descanse em paz meu rei”. Missy Elliott também prestou homenagem, lembrando que Magoo foi quem lhe deu o apelido de Misdemeanor, seu nome inicial de rapper, porque ele disse que era “um crime ter tantos talentos”.
Rapper que baleou Megan Thee Stallion é condenado a 10 anos de prisão
O rapper canadense Tory Lanez, cujo nome verdadeiro é Daystar Peterson, foi condenado a 10 anos de prisão por atirar no pé da rapper Megan Thee Stallion, em um incidente que ocorreu em julho de 2020. A sentença foi proferida na terça-feira (8/8) em Los Angeles, após um julgamento que se estendeu por dois dias em dezembro passado, atraindo atenção mundial e gerando debates sobre questões de gênero no hip-hop, proteção às mulheres negras e misoginia. O caso também trouxe à tona a relutância das vítimas negras em falar com a polícia e a toxicidade online. Detalhes do caso O caso aconteceu após os dois rappers deixarem uma festa em Los Angeles. Tory Lanez foi acusado de atirar no pé de Megan Thee Stallion quando ela estava saindo da casa de Kylie Jenner. Lanez foi julgado e considerado culpado em 23 de dezembro por agressão com arma de fogo semiautomática, porte de arma de fogo carregada e não registrada em veículo, além de disparo de arma de fogo com grande negligência. A sentença final só veio agora, determinando 10 anos de prisão, o que gerou caos no tribunal, com gritos de apelo e tumulto nos corredores. O juiz David Herriford, que proferiu a sentença, afirmou que foi “difícil conciliar” a pessoa gentil e caridosa que muitos descreveram com os crimes pelos quais o rapper foi condenado. Declaração de Megan Thee Stallion Megan Thee Stallion não compareceu à leitura da sentença, explicando que não poderia estar na mesma sala que Tory. Em um comunicado lido no tribunal, ela disse: “Ele não apenas atirou em mim, como também zombou do meu trauma”. Ela ainda destacou que a decisão é uma declaração para todos os sobreviventes, mostrando que suas vidas importam. A rapper testemunhou que Lanez atirou na parte de trás de seus pés e gritou para ela dançar em julho de 2020, após deixarem uma festa na piscina na casa de Kylie Jenner, em Hollywood Hills. Ela teve que passar por uma cirurgia para remover os fragmentos de bala. Em uma declaração lida por um promotor na segunda-feira, ela afirmou: “Desde que fui cruelmente baleada pelo réu, não vivi um único dia de paz. Devagar, mas com certeza, estou me curando e voltando, mas nunca serei a mesma.” Pedido de misericórdia Antes de receber sua sentença, Lanez pediu misericórdia ao juiz Herriford, solicitando liberdade condicional ou uma sentença mínima de prisão. “Se eu pudesse voltar na série de eventos daquela noite e mudá-los eu o faria. A vítima era minha amiga. A vítima é alguém por quem ainda me importo até hoje”, disse o rapper. Ele acrescentou: “Tudo o que fiz de errado naquela noite, assumo total responsabilidade.” O pai de Lanez, Sonstar Peterson, falou emocionado sobre a morte da mãe do rapper quando ele tinha 11 anos. Outras personalidades, como Iggy Azalea, também se pronunciaram, e até mesmo o filho de Lanez, de cerca de 6 anos, enviou uma carta escrita à mão, cujo conteúdo não foi descrito pelo juiz. Cicatrizes permanentes Megan Thee Stallion, agora com 28 anos, já era uma grande estrela em ascensão na época do tiroteio, e sua proeminência aumentou desde então. Ela ganhou um Grammy como melhor nova artista em 2021 e alcançou o 1º lugar nas paradas com “Savage”, com participação de Beyoncé, e como convidada em “WAP”, de Cardi B. O julgamento expôs também a cicatriz permanente que Megan carrega fisicamente. “Ela tem cicatrizes permanentes, fisicamente”, disse o promotor adjunto Alexander Bott em tribunal, “E certamente terá cicatrizes emocionais pelo resto de sua vida.” Em depoimento no final do ano passado, ela descreveu as consequências do tiro, incluindo problemas nos nervos e dor constante no pé. O tratamento da rapper no julgamento também gerou conversas sobre a proteção das mulheres negras e a misoginia específica que elas enfrentam, chamada de “misoginoir”. Os advogados de Lanez apelarão da sentença.
Nicki Minaj e Ice Spice vivem como Barbies no clipe de “Barbie World”
As rappers Nicki Minaj e Ice Spice mergulharam no universo de “Barbie” no videoclipe da música “Barbie World”. A faixa faz parte da trilha sonora do longa de Greta Gerwig (“Adoráveis Mulheres”) estrelado por Margot Robbie (“Babilônia”) e Ryan Gosling (“Agente Oculto”). Com batidas que lembram hip-hop e letras inéditas, as rappers fazem uma releitura da icônica música “Barbie Girl”, lançada em 1997 pela banda Aqua. O vídeo começa com duas garotinhas brincando com versões da Barbie de Ice Spice e Nicki Minaj. Em seguida, as cenas adentram o mundo cor-de-rosa da boneca, revelando uma mansão, jet-skis e um conversível rosas que fazem referências aos brinquedos reais. “And I’m bad like the Barbie (E eu sou má como a Barbie) / I’m a doll, but I still wanna party (Sou uma boneca, mas ainda quero festejar) / Pink ‘Vette like I’m ready to bend (Pink ‘Vette como se estivesse pronta para dobrar) / I’m a ten, so I pull in a Ken (Sou um dez, então eu pego um Ken) / Like Jazzie, Stacie, Nicki (Como Jazzie, Stacie, Nicki) / All of the Barbies is pretty (Todas as Barbies são bonitas) / All of the Barbies is bad (Todas as Barbies são más) / It girls and we ain’t playin’ tag (It girls e não estamos brincando de pega-pega)”, cantam no refrão. O video é dirigido por Hannah Lux Davis, conhecida pelo seu trabalho em clipes musicais famosos, como “Thank You Next” (2019) de Ariana Grande. Ao longo da carreira, Davis já trabalhou com artistas como Demi Lovato, Halsey, David Guetta, Doja Cat e Avril Lavigne. Trilha sonora de Barbie Diante da estreia próxima de “Barbie”, a Warner Bros. anunciou uma trilha sonora com alguns dos principais artistas da música pop atual. Lizzo, Ava Max, Charli XCX, Fifty Fifty, Karol G., Kali Uchis, Dominic Fike, Khalid, PinkPantheress, The Kid Laroi, a banda HAIM e Tame Impala são alguns dos nomes confirmados – sem esquecer Dua Lipa, que atua no filme e estrelou o primeiro clipe da trilha, “Dance The Night”. Seguindo a mesma pegada temática, o vídeo também trouxe alegorias do universo Barbie, incluindo um salto rosa gigante. Vale mencionar que Ryan Gosling, interprete do boneco Ken no longa, também canta uma das faixas inéditas. O ator já havia cantado no musical “La La Land”, lançado em 2016. A trilha sonora, “Barbie: The Album”, tem produção de Mark Ronson, conhecido por trabalhar com Adele, Bruno Mars e Lily Allen, e será lançada em 21 de julho nas plataformas digitais. O filme, por sua vez, chega aos cinemas brasileiros um dia antes, em 20 de julho.











