PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Filme

    Um Dia Perfeito denuncia a burocracia que aumenta o absurdo da guerra

    30 de julho de 2016 /

    “Um Dia Perfeito” é um filme espanhol, falado em inglês e nas línguas locais do conflito que aborda, baseado no romance “Dejarse Llover”, de Paula Farias, escritora, médica humanitária e ex-presidente da ONG Médicos Sem Fronteiras. O argumento enfoca agentes de resgate humanitário, atuando na guerra dos Bálcãs, em 1995. Esses agentes têm por missão salvar vidas e resolver questões sensíveis em meio aos conflitos da guerra. São pessoas dedicadas, persistentes, que têm de enfrentar burocracias paralisantes, assistir à inoperância da ONU e manter o humor, em meio a circunstâncias trágicas. Como diz o diretor Fernando León de Aranoa, “Salvar vidas não é um ato heróico em si. O heroísmo vem da persistência”. O que explica que os personagens retratados no filme sejam figuras absolutamente corriqueiras, mas colocadas num contexto exasperante e que assim se aguentam e sobrevivem de ajudar os outros. No filme, a região conflagrada já está em procedimentos de paz, mas tudo está muito confuso por lá. Um defunto foi arremessado no único poço que abastece uma região, para contaminar a água que serve à população local. Para tirar esse corpo de lá, será preciso obter uma corda, o que pode não ser uma tarefa simples. Há as minas colocadas nas estradas, ao lado de vacas que bloqueiam a passagem. E há, é claro, uma burocracia ilógica e incompreensível. Como é toda burocracia, diga-se de passagem. Um bom assunto para uma comédia ácida, que se vale da ironia e da farsa para revelar, uma vez mais, os absurdos das guerras e dos mecanismos internacionais de controle a elas associados. Um elenco de atores e atrizes de peso consegue dar o tom apropriado a essa história, que é cômica porque também é trágica. Benício Del Toro (“Sicário”) e Tim Robbins (“Laterna Verde”), em ótimos desempenhos, nos colocam no fulcro da questão, olhando para o poço contaminado, levando um menino em busca de uma bola, percebendo que as cordas muitas vezes estão ocupadas pelos enforcados. A atriz ucraniana Olga Kurylenko (“Oblivion”) e a francesa Mélanie Thierry (“O Teorema Zero”) são os destaques femininos. Muito convincentes. O filme foi exibido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes 2015, e venceu o Prêmio Goya, o Oscar espanhol, de Melhor Roteiro Adaptado, escrito por Aranoa.

    Leia mais
  • Filme

    Hacksaw Ridge: Mel Gibson vai à guerra com trailer impactante de sua volta à direção

    28 de julho de 2016 /

    A Lionsgate divulgou o pôster e o primeiro trailer de “Hacksaw Ridge”, que marca a volta de Mel Gibson à direção, dez anos após seu último longa-metragem e depois de muitas polêmicas em sua vida pessoal. A prévia impactante indica que ele não perdeu o talento. Quem pode ter perdido é o público, que se privou por uma década deste excelente diretor, vencedor do Oscar por “Coração Valente” (1995). Com explosões, tiros, abusos e carnificina, o vídeo é um espetáculo apocalíptico de guerra, com direito a cenas brutais, que ilustram o contraste entre a desumanização e o idealismo. A trama é baseada na história real do soldado Desmond T. Doss, que ganhou a Medalha de Honra do Congresso dos EUA depois de se recusar a pegar numa arma durante toda a 2ª Guerra Mundial. Vivido por Andrew Garfield (“O Espetacular Homem-Aranha 2”), Doss é visto sofrendo bullying e humilhação de seus colegas recrutas, mas não abre mão de suas convicções, conquistando o direito e ir a combate desarmado. Taxado de covarde, ele se torna uma lenda ao salvar, sozinho, a vida de 75 homens durante a Batalha de Okinawa, resgatando feridos e ajudando a evacuar as linhas inimigas, mesmo atingido por uma granada e um franco-atirador japonês. Além de Garfield, o elenco inclui Sam Worthington (“Fúria de Titãs”), Luke Bracey (“Caçadores de Emoção”), Teresa Palmer (“Quando as Luzes se Apagam”), Hugo Weaving (“Matrix”), Rachel Griffiths (“Profissão de Risco”) e Vince Vaughn (“Os Estagiários”). A première mundial vai acontecer no Festival de Veneza, onde o longa será exibido fora de competição. A estreia comercial está marcada para 4 de novembro nos EUA.

    Leia mais
  • Série

    The Last Ship: Trailer da midseason revela conspiração e golpe de estado

    26 de julho de 2016 /

    O canal pago americano TNT divulgou o trailer da segunda metade da 3ª temporada de “The Last Ship”. Exibida durante a San Diego Comic-Con, a prévia revela nova mudança de rumo para a trama. Após se estabelecer como uma série apocalíptica, com personagens focados em encontrar uma cura para um vírus que dizimou quase toda a humanidade em suas primeiras temporadas, a produção iniciou 2016 como um thriller de ação militar convencional, mas o vídeo aponta que o clima distópico voltará a nortear os próximos capítulos, graças à introdução de uma conspiração política, após a morte do Presidente dos EUA (Mark Moses, da série “Mad Men”). O trailer também adianta o retorno de Tex (John Pyper-Ferguson, de “Alphas”), que participará da resistência ao golpe. Produzida pelo cineasta Michael Bay (“Transformers”), a série acompanha a tripulação de um destroyer da Marinha dos EUA após um vírus dizimar a maioria da população mundial. Após encontrar a cura na 1ª temporada, a missão do comandante Tom Chandler (Eric Dane, ex-“Grey’s Anatomy”) perdeu muito de seu ímpeto, resultado numa queda de quase metade de audiência. Mas mesmo com 2,5 milhões de telespectadores ao vivo, a atração permanece entre as mais assistidas da TV paga americana. Desenvolvida por Hank Steinberg (criador da série “Desaparecidos/Without a Trace”), “The Last Ship” também é estrelada por Marissa Neitling (“Terremoto: A Falha de San Andreas”), Travis Van Winkle (“Transformers”), Charles Parnell (série “Os Irmãos Aventura”), Tania Raymonde (“O Massacre da Serra Elétrica 3D – A Lenda Continua”), Maximiliano Hernández (“Os Vingadores”), Jocko Sims (“Planeta dos Macacos: O Confronto”) e Bren Foster (“Operações Especiais”). A 3ª temporada se encerra em 13 de agosto nos EUA.

    Leia mais
  • Filme

    Star Wars: Darth Vader terá papel importante em Rogue One

    16 de julho de 2016 /

    A produtora Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, revelou que participação de Darth Vader em “Rogue One: Uma História Star Wars” não será grande, mas terá bastante importância. ”Eu não diria que é uma grande participação, mas sendo sincera, ter Darth Vader em qualquer filme é sempre um prazer”, disse a executiva ao Yahoo! Movies, antes de acrescentar: “Ele desempenha um papel muito, muito importante na trama. Sem contar que também teremos o retorno de James Earl Jones na voz do personagem, o que é algo simplesmente fenomenal”, completou. Com roteiro original de Chris Weitz (“Cinderela”), o filme será o primeiro spin-off da franquia “Star Wars”, produzido fora de sincronia com a saga central. A trama gira em torno da missão de um grupo de rebeldes para roubar os planos de construção da Estrela da Morte. No filme clássico “Guerra nas Estrelas” (1977), estes planos acabam nas mãos da Princesa Leia, que os transfere para o robô R2-D2, enquanto é caçada por Darth Vader. O elenco inclui Felicity Jones (“A Teoria de Tudo”), Diego Luna (“Elysium”), Mads Mikkelsen (série “Hannibal”), Alan Tudyk (série “Firefly”), Forest Whitaker (“O Mordomo da Casa Branca”), Ben Mendelsohn (“O Lugar Onde Tudo Termina”), Riz Ahmed (“O Abutre”), Donnie Yen (“O Grande Mestre”) e Jiang Wen (“Guerreiros do Céu e da Terra”), além da voz de James Earl Jones, que desde “Guerra nas Estrelas” dubla o vilão Darth Vader. Com direção de Gareth Edwards (“Godzilla”), “Rogue One: Uma História Star Wars” estreia em 15 de dezembro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA. Veja também o recente vídeo de bastidores da produção, repleto de cenas de ação

    Leia mais
  • Filme

    Rogue One: Vídeo de bastidores do novo Star Wars mostra cenas inéditas e muita ação

    15 de julho de 2016 /

    A Disney divulgou um novo pôster e um vídeo de bastidores de “Rogue One – Uma História Star Wars”. A prévia é repleta de cenas inéditas, acompanhando o elenco e o diretor Gareth Edwards (“Godzilla”) em meio a explosões, tiroteios, lutas, correrias e muita ação. O ritmo é frenético, permeado por batalhas que representam a luta contra a tirania do Império. Não por acaso, o clima de clima de conflito também é representado no pôster, que traz ao fundo a terrível Estrela da Morte. Com roteiro original de Chris Weitz (“Cinderela”), o filme será o primeiro spin-off da franquia “Star Wars”, produzido fora de sincronia com a saga central. A trama gira em torno da missão de um grupo de rebeldes para roubar os planos de construção da Estrela da Morte. No filme clássico “Guerra nas Estrelas” (1977), estes planos acabam nas mãos da Princesa Leia, que os transfere para o robô R2-D2, enquanto é caçada por Darth Vader. O elenco inclui Felicity Jones (“A Teoria de Tudo”), Diego Luna (“Elysium”), Mads Mikkelsen (série “Hannibal”), Alan Tudyk (série “Firefly”), Forest Whitaker (“O Mordomo da Casa Branca”), Ben Mendelsohn (“O Lugar Onde Tudo Termina”), Riz Ahmed (“O Abutre”), Donnie Yen (“O Grande Mestre”) e Jiang Wen (“Guerreiros do Céu e da Terra”), além da voz de James Earl Jones, que desde “Guerra nas Estrelas” dubla o vilão Darth Vader. “Rogue One: Uma História Star Wars” estreia em 15 de dezembro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.

    Leia mais
  • Filme

    Operation Chromite: Trailer de filme sul-coreano traz Liam Neeson como o General MacArthur

    15 de julho de 2016 /

    A Taewon Entertainment divulgou os pôsteres e o trailer de “Operation Chromite”, filme de guerra sul-coreano que traz Liam Neeson como o General Douglas MacArthur, comandante das tropas americanas no Pacífico, durante a 2ª Guerra Mundial. A trama se passa cinco anos após o conflito contra o Japão, mostrando sua luta contra um novo inimigo. Contrariando estrategistas mais conservadores, ele arriscou tudo numa invasão anfíbia que mudou os rumos da Guerra da Coreia, libertando Seul do exército norte-coreano em 1950, naquela que foi a maior vitória de sua carreira militar. Além do papel decisivo de MacArthur no comando da invasão americana, a trama destaca os heróis sul-coreanos, que possibilitaram o sucesso da operação com um minucioso trabalho de inteligência, sacrificando a própria segurança pela defesa de seu país, que tinha sido invadido pelas forças norte-coreanas apoiadas por China e União Soviética. “Operation Chromite” é o segundo filme do diretor John H. Lee sobre a Guerra da Coreia, após ter mostrado o engajamento dos estudantes no conflito, em “71: Into the Fire” (2010). O elenco também inclui Lee Jung-jae (“A Empregada”), Jin Se-yeon (“The Language of Love”) e Jung Joon-ho (“Love, In Between”). A estreia acontece em 27 de julho na Coreia do Sul e em 12 de agosto nos EUA.

    Leia mais
  • Filme

    Woody Harrelson e James Marsden vão denunciar a farsa da Guerra do Iraque

    14 de julho de 2016 /

    Os atores Woody Harrelson (“Jogos Vorazes”) e James Marsden (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”) vão protagonizar “Shock and Awe”, filme-denúncia sobre a Guerra do Iraque. Os dois interpretarão a dupla de jornalistas Jonathan Landay e Warren Strobel, que revelaram a farsa montada pelo governo Bush para convencer o público e seus aliados internacionais de que Saddam Hussein planejava ataques terroristas com armas de destruição em massa, visando justificar assim um ataque ao Iraque. Entretanto, tratava-se de um mentira. O elenco grandioso ainda contará com Milla Jovovich (“Resident Evil”), Jessica Biel (“O Vingador do Futuro”), Tommy Lee Jones (“Homens de Preto”) e Alec Baldwin (“Blue Jasmine”). As filmagens vão acontecer ainda neste ano e devem retratar a história como uma investigação jornalística, ao estilo de “Spotlight”, que venceu o Oscar 2016. O roteiro foi escrito pelo novato Joey Hartstone e a direção está a cargo do veterano Rob Reiner, responsável por diversos clássicos dos anos 1980, como “Isto É Spinal Tap” (1984), “Conta Comigo” (1986), “A Princesa Prometida” (1987) e “Harry & Sally: Feitos um para o Outro” (1989). Reiner acaba de filmar o primeiro roteiro de Hartstone, “LBJ”, cinebiografia do presidente americano Lindon B. Johnson, que por sinal também é estrelada por Woody Harrelson no papel-título. Atualmente em pós-produção, este filme ainda não tem previsão de estreia.

    Leia mais
  • Filme

    Dunkirk: Harry Styles aparece de cabelo curto nos bastidores do épico de guerra de Christopher Nolan

    11 de julho de 2016 /

    Uma centena de fotos das filmagens de “Dunkirk” foram parar nas páginas da imprensa britânica, graças ao interesse na participação do cantor inglês Harry Styles, da boy band One Direction, no elenco da produção. Ele foi flagrado filmando suas cenas com um corte de cabelo bem curto, para tristeza das fãs que adoravam suas madeixas longas. Styles está fazendo sua estreia como ator no épico de guerra, dirigido por ninguém menos que Christopher Nolan (“Interestelar”). Além dele e do diretor, as fotos ainda destacam dois jovens pouco conhecidos, Jack Lowden (“71: Esquecido em Belfast”) e o estreante Fionn Whitehead, em meio a inúmeros figurantes com uniformes militares, explosões e até um caça Spitfire numa praia francesa pouco amistosa. A locação é a mesma em que os fatos narrados pelo filme aconteceram. “Dunkirk” conta a história da Operação Dínamo, que resgatou mais de 330 mil soldados aliados da cidade francesa de Dunquerque, que foram cercados pelos nazistas durante a 2ª Guerra Mundial. Além dos atores jovens, o filme também contará com os experientes Tom Hardy (“Mad Max: Estrada da Fúria”), Cillian Murphy (“No Coração do Mar”), Kenneth Branagh (“Operação Sombra – Jack Ryan”) e Mark Rylance (“Ponte dos Espiões”). A estreia está marcada para 27 de julho de 2017 no Brasil, seis dias após o lançamento nos EUA.

    Leia mais
  • Etc,  Filme

    Michael Cimino (1939 – 2016)

    3 de julho de 2016 /

    Morreu o diretor Michael Cimino, que venceu o Oscar com o poderoso drama de guerra “O Franco Atirador” (1978) e logo em seguida quebrou um dos estúdios mais tradicionais de Hollywood. Ele morreu no sábado, aos 77 anos, em Los Angeles. Cimino nasceu e cresceu em Nova York, cidade em que também iniciou sua carreira como diretor de comerciais de TV. Em 1971, ele decidir ir para Los Angeles tentar fazer filmes, e impressionou Hollywood com seu primeiro trabalho como roteirista: a sci-fi ecológica “Corrida Silenciosa” (1972), um clássico estrelado por Bruce Dern (“Os Oito Odiados”), que ele co-escreveu com Deric Washburn (“Fronteiras da Violência”) e Steven Bochco (criador da série “Murder in the First”). Dirigido por Douglas Trumbull, mago dos efeitos especiais que trabalhou em “2001: Uma Odisseia no Espaço” (1968), “Corrida Silenciosa” acabou se tornando uma das influências de “Star Wars” (1977). Em seguida, trabalhou com John Milius (“Apocalipse Now”) no roteiro do segundo filme de Dirty Harry, “Magnum 44” (1973), estrelado por Clint Eastwood (“Gran Torino”). O sucesso desse lançamento rendeu nova parceria com Eastwood, “O Último Golpe”, que marcou a estreia de Cimino na direção. Também escrita pelo cineasta, a trama girava em torno de uma gangue de ladrões, liderada por Eastwood e seu parceiro irreverente, vivido pelo jovem Jeff Bridges (“O Doador de Memórias”), envolvidos num golpe mirabolante. Após esse começo convincente, Cimino recebeu várias ofertas de trabalho, mas deixou claro que só queria dirigir filmes que ele próprio escrevesse. Por isso, dispensou propostas comerciais para se dedicar à história de três amigos operários do interior dos EUA, que vão lutar na Guerra do Vietnã. Aprisionados pelos vietcongs, eles são submetidos a torturas físicas e psicológicas que os tornam marcados pelo resto da vida. Entre as cenas, a roleta russa entre os prisioneiros assombrou o público e a crítica, numa época em que as revelações do terror da guerra ainda eram incipientes em Hollywood – “Apocalypse Now”, por exemplo, só seria lançado no ano seguinte. “O Franco Atirador” capturou a imaginação dos EUA. Pessoas tinham crises de choro durante as sessões, veteranos do Vietnã faziam fila para assistir e o filme acabou indicado a nove Oscars, inclusive Melhor Roteiro para Cimino, Ator para Robert De Niro (“Joy”) e ainda rendeu a primeira nomeação da carreira de Meryl Streep (“Álbum de Família”), como Melhor Atriz Coadjuvante. Na cerimônia de premiação, levou cinco estatuetas, entre elas a de Melhor Ator Coadjuvante para Christopher Walken (“Jersey Boys”), Melhor Diretor para Cimino e Melhor Filme do ano. Coberto de glórias, Cimino embarcou em seu projeto mais ambicioso, “O Portal do Paraíso” (1980), western estrelado por Kris Kristofferson (“O Comboio”) no papel de um xerife, que tenta proteger fazendeiros pobres dos interesses de ricos criadores de gado. O resultado desse confronto é uma guerra civil, que aconteceu em 1890 no Wyoming. Conhecido por filmar em locações reais, que ele acreditava ajudar os atores a entrarem em seus papeis, Cimino decidiu construir uma cidade cenográfica no interior dos EUA. Preocupado com o realismo da produção, ele chegou a mandar demolir a rua principal inteira no primeiro dia de filmagem, porque “não parecia correta”, atrasando o cronograma logo de cara e deixando ocioso seu numeroso elenco, que incluía Christopher Walken, Jeff Bridges, John Hurt (“Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”), Joseph Cotten (“O 3º Homem”), Sam Waterston (série “Law and Order”), até a francesa Isabelle Huppert (“Amor”) e Willem Dafoe (“Anticristo”) em seu primeiro papel. Ele também mandou construir um sistema de irrigação para manter a relva sempre verdejante, querendo um impacto de cores nas cenas em que o sangue escorresse nas batalhas. Por conta do realismo, também comprou brigas com ONGs que acusaram a produção de crueldade contra os cavalos em cena. A obsessão pelos detalhes ainda o levou a filmar exaustivamente vários ângulos da mesma cena, gastando 220 horas e mais de 1,2 milhões de metros de filme, um recorde no período. “O Portal do Paraíso” rapidamente estourou seu cronograma e orçamento, e seu título virou sinônimo de produção fora de controle. Quando os executivos do estúdio United Artists viram a conta, entraram em desespero. Para completar, Cimino montou uma “cópia de trabalho” de 325 minutos. Pressionado a entregar uma versão “exibível” a tempo de concorrer ao Oscar, montou o filme com 219 minutos (3 horas e 39 minutos), o que exasperou os donos de cinema. A pá de cal foram as críticas negativas. Para tentar se salvar, após a première em Nova York, o estúdio cancelou o lançamento para produzir uma versão reeditada, de 149 minutos, que entretanto não se saiu melhor. O filme que custou US$ 44 milhões faturou apenas US$ 3,5 milhões. Como resultado, a United Artists, fundada em 1919 por D. W. Griffith, Charlie Chaplin, Mary Pickford e Douglas Fairbanks, quebrou. Atolada em dívidas, viu seus investidores tomarem o controle, e foi vendida para a MGM no ano seguinte. O impacto negativo foi tão grande que o gênero western se tornou maldito, afastando os estúdios de produções passadas no Velho Oeste por um longo tempo. A carreira de Cimino nunca se recuperou. Ele só voltou a assinar um novo filme cinco anos depois, o thriller noir “O Ano do Dragão” (1985), estrelado por Mickey Rourke (“O Lutador”). Mas a história de gangues asiáticas em Chinatown voltou a provocar polêmica, ao ser acusada de racismo contra os chineses que moravam nos EUA. A pressão foi tanta que levou o estúdio a incluir um aviso no início do filme, salientando que era uma obra de ficção, ao mesmo tempo em que a submissão demonstrava como ninguém defenderia Cimino após o fiasco da United Artists. O filme ainda foi indicado a cinco prêmios Framboesa de Ouro, incluindo Pior Roteiro e Diretor do ano, mas se tornou um dos favoritos de Quentin Tarantino. Cimino nunca mais escreveu seus próprios filmes. Ele ainda dirigiu “O Siciliano” (1987), drama de máfia baseado em livro de Mario Puzo (“O Poderoso Chefão”), e o remake “Horas de Desespero” (1990), com Mickey Rourke reprisando o papel de gângster interpretado por Humphrey Bogart em 1955. O primeiro fez US$ 5 milhões e o segundo US$ 3 milhões nas bilheterias, de modo que seu último longa, “Na Trilha do Sol” (1996), foi lançado direto em vídeo. Depois disso, encerrou a carreira com um curta na antologia “Cada Um com Seu Cinema” (2007), que reuniu três dezenas de mestres do cinema mundial. Em 2005, a MGM resolveu resgatar a produção que lhe deu de bandeja a prestigiosa filmografia da United Artists, relançando a versão de 219 minutos de “O Portal do Paraíso” numa sessão de gala no Museu de Arte de Nova York. E desta vez, 25 anos depois da histeria provocada pelo estouro de seu orçamento, o filme teve uma recepção muito diferente. Uma nova geração de críticos rasgou as opiniões de seus predecessores, passando a considerar o filme como uma obra-prima. O diretor sempre acusou o cronograma pouco realista da United Artists pela culpa do fracasso do filme. Dizia que não teve tempo suficiente para trabalhar na edição do longa. Pois em 2012, a produtora especializada em clássicos Criterion, em acerto com a MGM, deu-lhe todo o tempo que ele queria para produzir uma versão definitiva, com a sua visão, para o lançamento de “O Portal do Paraíso” em Blu-ray. Esta versão, de 216 minutos, foi exibida em primeira mão durante o Festival de Veneza, com a presença do diretor. Ao final da projeção, Cimino foi às lágrimas, ovacionado durante meia hora de palmas ininterruptas. “Sofri rejeição por 33 anos”, o diretor desabafou na ocasião, em entrevista ao jornal The New York Times. “Agora, posso descansar em paz”.

    Leia mais
  • Filme

    Cães de Guerra: Jonah Hill e Miles Teller se divertem com a guerra em trailer de comédia

    2 de julho de 2016 /

    A Warner Bros. divulgou o novo pôster e o segundo trailer de “Cães de Guerra” (War Dogs), comédia estrelado por Jonah Hill (“Anjos da Lei”) e Miles Teller (“Quarteto Fantástico”), com direção de Todd Phillips, o responsável pela trilogia “Se Beber, Não Case!”. Baseado em fatos reais, a prévia mostra como dois jovens inexperientes venceram uma concorrência do Pentágono e se tornaram reis da indústria bélica, transportante armas para as tropas americanas no Iraque e negociando com criminosos internacionais. “War Dogs” revela como os dois amigos se valeram de uma iniciativa do governo americano, que permitia que pequenas empresas fizessem contratos com o exército, para, no início dos anos 2000, aproveitarem as guerras no Afeganistão e no Iraque para arrecadarem uma fortuna com o fornecimento de armas. O roteiro foi escrito por Jason Smilovic (“Xeque-Mate”), a partir de um artigo da revista Rolling Stone, intitulado “Arms and the Dudes” (“Armas e os Caras”, em tradução literal), de Guy Lawson. A produção é do ator Bradley Cooper (igualmente da trilogia “Se Beber, Não Case!”), que também faz participação especial no longa. O filme estreia em 19 de agosto nos EUA, mas ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.

    Leia mais
  • Filme

    Rogue One: Veja 21 fotos do primeiro spin-off da franquia Star wars

    25 de junho de 2016 /

    A revista Entertainment Weekly divulgou 21 fotos de “Rogue One: Uma História Star Wars”, que destacam tropas imperiais, robôs e alguns personagens da trama. Com roteiro original de Chris Weitz (“Cinderela”) e direção de Gareth Edwards (“Godzilla”), o filme será o primeiro spin-off da franquia “Star Wars”, exibido fora de sincronia com a trama central. A trama gira em torno da missão de um grupo de rebeldes para roubar os planos de construção da Estrela da Morte. No filme clássico “Guerra nas Estrelas” (1977), estes planos acabam nas mãos da Princesa Leia, que os transfere para o robô R2-D2, enquanto é caçada por Vader. O elenco inclui Felicity Jones (“A Teoria de Tudo”), Diego Luna (“Elysium”), Mads Mikkelsen (série “Hannibal”), Alan Tudyk (série “Firefly”), Forest Whitaker (“O Mordomo da Casa Branca”), Ben Mendelsohn (“O Lugar Onde Tudo Termina”), Riz Ahmed (“O Abutre”), Donnie Yen (“O Grande Mestre”) e Jiang Wen (“Guerreiros do Céu e da Terra”), além da voz de James Earl Jones, que desde “Guerra nas Estrelas” dubla o vilão Darth Vader. “Rogue One: Uma História Star Wars” passou recentemente por refilmagens, que originaram vários boatos, mas sua estreia está mantida em 15 de dezembro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.

    Leia mais
  • Filme

    Rogue One: James Earl Jones será novamente a voz de Darth Vader

    24 de junho de 2016 /

    Depois de confirmar a participação de Darth Vader em “Rogue One: Uma História Star Wars”, a revista Entertainment Weekly confirmou que James Earl Jones, dublador original do vilão nos filmes clássicos, estará de volta para fazer a voz cavernosa de Vader na nova produção. A revista também entrevistou Kathleen Kennedy, presidente da LucasFilm, que explicou como será a participação de Vader no longa: “Ele estará no filme de forma moderada. Mas em um momento chave e estratégico, ele terá uma grande participação”. Artes conceituais vazadas da produção já tinham mostrado o perfil de Vader entre os personagens, mas nenhuma fonte da Disney ou da LucasFilm tinha confirmado sua presença até então. A participação é plausível porque a trama se passa entre as duas trilogias iniciais, mais especificamente entre “Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith” (2005) e “Guerra nas Estrelas” (1977). Com roteiro original de Chris Weitz (“Cinderela”) e direção de Gareth Edwards (“Godzilla”), o filme gira em torno da missão de um grupo de rebeldes para roubar os planos de construção da Estrela da Morte. No filme clássico “Guerra nas Estrelas”, estes planos acabam nas mãos da Princesa Leia, que os transfere para o robô R2-D2, enquanto é caçada por Vader. Além de James Earl Jones como a voz de Vader, a produção traz em seu elenco Felicity Jones (“A Teoria de Tudo”), Diego Luna (“Elysium”), Mads Mikkelsen (série “Hannibal”), Alan Tudyk (série “Firefly”), Forest Whitaker (“O Mordomo da Casa Branca”), Ben Mendelsohn (“O Lugar Onde Tudo Termina”), Riz Ahmed (“O Abutre”), Donnie Yen (“O Grande Mestre”) e Jiang Wen (“Guerreiros do Céu e da Terra”). “Rogue One: Uma História Star Wars” passou recentemente por refilmagens, que originaram vários boatos, mas sua estreia permanece a mesma desde o anúncio de sua produção: 15 de dezembro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.

    Leia mais
 Mais Pipoca
Mais Pipoca 
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie