Marcelo Serrado será policial em nova série da Globoplay
A Globoplay começou a escalar o elenco de “Veronika”, nova série policial que tende a ser confundida, por causa do título, com “Bom Dia, Verônica”. Mas as protagonistas são bem diferentes. Veronika é uma advogada negra e moradora de uma favela que se envolve com o crime organizado. A intérprete da personagem-título ainda não foi divulgada, mas Marcelo Serrado (no ar em “Cara e Coragem”) viverá um policial e Malvino Salvador (“Qualquer Gato Vira-Lata”) deve interpretar um promotor. Além disso, Marcello Melo Jr vai aparecer como Mikhael, seu personagem em outra série da plataforma Globoplay, “Arcanjo Renegado”. É que as duas séries compartilham o mesmo criador, José Júnior (do AfroReggae), que está construindo, série a série, um universo compartilhado no streaming. Marcelo Serrado, por sinal, participou recentemente de outra série desse “universo”, “O Jogo que Mudou a História”, ainda sem previsão de estreia. As gravações de “Veronika” vão começar em janeiro no Morro de São Carlos, no Centro do Rio, com direção geral a cargo de Vera Egito (“Todxs Nós”) e do ator Silvio Guindane (“O Dono do Lar”), que assim vira o primeiro diretor negro de uma série dramática da Globoplay. O cineasta Heitor Dhalia, que também participa de “Arcanjo Renegado”, faz parte da equipe de produção.
Trailer promete respostas no final de “Manifest”
A Netflix divulgou o pôster e o trailer da 4ª e última temporada de “Manifest”, que indica diversas revelações relacionadas aos passageiros do voo 828, bem como respostas para seus mistérios. Revelada no Tudum, a prévia também mostra os passageiros correndo perigo, como alvos de um assassino. “Manifest” acompanha os passageiros de um avião, que após ficar cinco anos desaparecido, aterrissa em seu destino como se nada tivesse acontecido. Os passageiros estão exatamente como eram, sem que o tempo tivesse avançado para eles, o que chama atenção do governo, da mídia e afeta as famílias que os consideravam mortos. Além do mistério do desaparecimento, os viajantes ainda precisam lidar com um efeito colateral inesperado, passando a ouvir “chamados” para fazer determinadas coisas. Segundo os produtores, entre eles o célebre cineasta Robert Zemeckis (“De Volta para o Futuro”), a trama foi inspirada pelo desaparecimento misterioso do voo 370 da Malaysia Airlines, mas a premissa também sugere influência de “Lost” e “The 4400”. A plataforma encomendou 20 capítulos inéditos, que darão um final à trama. De outro modo, a série acabaria sem fim em sua 3ª temporada, pois foi cancelada por seu canal original. Para isso, negociou condições especiais, que tiraram a produção de outros streamers, como a Globoplay, para garantir exclusividade. Todo o elenco original está de volta para o desfecho, com destaque para Josh Dallas (o Príncipe Encantado de “Once Upon a Time”), Melissa Roxburgh (série “Valor”), Parveen Kaur (série “Beyond”), Luna Blaise (série “Fresh Off the Boat”), J.R. Ramirez (série “Jessica Jones”), Matt Long (“Helix”), Daryl Edwards (“Demolidor”) e Holly Taylor (“The Americans”). Já Athena Karkanis (série “Zoo”) e o menino Jack Messina (“Maravilhosa Sra. Maisel”), integrantes das três temporadas originais, não vão voltar devido aos fatos vistos no final do último capítulo exibido. Um detalhe interessante é que a 4ª temporada estreia em 4 de novembro, dia importante na trama, porque foi a data em que os personagens desembarcaram do voo 828 no episódio inaugural.
Trailer apresenta novos personagens de “Grey’s Anatomy”
O canal americano ABC divulgou o trailer da 19ª temporada da série médica “Grey’s Anatomy”, que destaca a estreia de diversos personagens novos. O vídeo começa com uma cena em que Meredith Grey (Ellen Pompeo) mostra a sala de cirurgia para os novos médicos residentes do hospital Grey-Sloan Memorial, que mais tarde recebem a seguinte orientação para iniciarem seus trabalhos: “Não matem ninguém”. Os novos integrantes do elenco são Niko Therho (“Sweetbitter”), Adelaide Kane (“SEAL Team”), Midori Francis (“Dash & Lily”), Harry Shum Jr. (“Shadowhunters – Caçadores de Sombras”) e Alexis Floyd (“Inventando Anna”). Além disso, vídeo também traz uma referência ao episódio piloto da série, numa repetição daquilo que aconteceu quando a então novata Meredith Grey dormiu com Derek (Patrick Dempsey) sem saber que os dois iam trabalhar no mesmo hospital. Ou seja, mais uma vez aconteceu de uma residente (Kane) ter dormido com um médico do hospital, Chris Carmack (Atticus Lincoln), sem saber da profissão dele. A introdução de novos personagens se dá pela necessidade de reestruturação da série depois que a protagonista e produtora Ellen Pompeo anunciou que iria diminuir a sua participação para se dedicar a outro projeto. Pompeo ainda será a narradora da série, mas vai aparecer fisicamente em apenas oito episódios. Quem saiu perdendo com isso foi o ator Scott Speedman (“Animal Kingdom”). Ele tinha assinado um contrato para apenas uma temporada, interpretando o interesse amoroso de Meredith Grey (Pompeo). Caso o romance dos dois continuasse, o ator poderia ganhar mais espaço. Mas, com o afastamento da protagonista, isso não vai acontecer. Ainda assim, Speedman (que só vai participar da nova temporada como ator convidado) aparece rapidamente no vídeo para reforçar que não houve atritos entre o seu personagem e Meredith. A 19ª temporada de “Grey’s Anatomy” estreia em 6 de outubro no canal americano ABC. No Brasil, a série é exibida no canal Sony. Temporadas anteriores de “Grey’s Anatomy” também podem ser vistas nos serviços de streaming Prime Video, Globoplay e Star+. Conheça abaixo os novos personagens de “Grey’s Anatomy”.
Estreias: 10 séries novas pra ver em streaming
A lista de novidades no streaming destaca a série “Star Wars” mais adulta já produzida. Mas a relação também chama atenção para o volume de produções nacionais. Há quatro estreias brasileiras entre as melhores séries, e cada uma de um gênero diferente: policial, drama LGBTQIAP+, terror e romance musical. Confira abaixo os 10 lançamentos que chamam mais atenção na semana. | STAR WARS: ANDOR | DISNEY+ A mais madura e melhor das séries “Star Wars” registra um clima intenso de suspense de espionagem, mais até do que de aventura espacial, e o mérito é do roteiro envolvente de Tony Gilroy, que escreveu “Rogue One”, filme que introduziu o personagem Cassian Andor, e também assinou a franquia de Jason Bourne. A trama é um prólogo que resgata três personagens de “Rogue One” (2016), que também foi o melhor filme de “Star Wars” desde a trilogia original. Além do personagem-título, vivido por Diego Luna, há a líder da resistência Mon Mothma, interpretada por Genevive O’Reilly, e o rebelde Saw Gerrera, vivido por Forest Whitaker. Juntos, eles representam a semente da rebelião contra o Império, após o colapso da República no filme “Star Wars: A Vingança dos Sith” (2005). O início da formação da Aliança Rebelde tem direção de Toby Haynes, que assinou o episódio “USS Callister”, de “Black Mirror”, vencedor do Emmy em 2018. E o elenco também inclui Adria Arjona (“Esquadrão 6”), Stellan Skarsgard (vencedor do Globo de Ouro por “Chernobyl”), Kyle Soller (da série “Poldark”), Denise Gough (“Colette”) e Alex Lawther (“The End of the F***ing World”). | ROTA 66 – A POLÍCIA QUE MATA | GLOBOPLAY A trama de “true crime” é baseada no livro homônimo do jornalista Caco Barcellos, que em 1992, muito antes do movimento “Vidas Negras Importam”, causou furor por apontar ações de extermínio da tropa de elite da PM paulista, a Rota, na periferia de São Paulo, que vitimaram basicamente pessoas negras e pobres. Acompanhando a cobertura do jornalista ao longo de anos, a história mostra a evolução da indignação diante da impunidade e como ele arrisca a própria vida para denunciar o aparente genocídio. Na série, Barcellos é vivido por Humberto Carrão (“Marighella”) e o elenco também destaca Lara Tremouroux (“Medusa”) no papel de uma jornalista, Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”) como um repórter experiente e mentor da dupla principal, além de Aílton Graça (“Carcereiros”), Ariclenes Barroso (“Segunda Chamada”) e Naruna Costa (“Colônia”). Coprodução da Boutique Filmes, a série tem roteiro de Teodoro Poppovic, criador de “Ninguém Tá Olhando” na Netflix, e direção de Philippe Barcinski (“Entre Vales”) e Diego Martins (“Hard”). | MANHÃS DE SETEMBRO 2 | AMAZON PRIME VIDEO Originalmente concebida como minissérie, a atração acompanha Cassandra (interpretada pela cantora Liniker), uma mulher trans que tem sua independência colocada em cheque quando descobre ter um filho, Gersinho (Gustavo Coelho), com uma ex-namorada (Karine Teles). Relutando para não aceitar a condição de pai/mãe, ela inicialmente refuta o filho, mas logo vê sua vida virar de ponta-cabeça ao ver que o menino não tem opções. Depois de agradar público e crítica, a 2ª temporada, vai explorar o reencontro entre Cassandra e seu próprio pai distante, vivido por Seu Jorge (“Marighella”). Outras novidades do elenco dos novos capítulos são as participações de Samantha Schmütz (“Tô Ryca!”) e dos cantores Ney Matogrosso e Mart’nália, que se juntam ao elenco formado ainda pela ex-BBB Linn da Quebrada (“Segunda Chamada”), Thomas Aquino (“Bacurau”), Clodd Dias (“Entrega Para Jezebel”), Gero Camilo (“Carandiru”), o cantor Paulo Miklos (“Califórnia”) e a menina Isabela Ordoñez (“Treze Dias Longe do Sol”). | VALE DOS ESQUECIDOS | HBO MAX A série de terror nacional tem vários ingredientes conhecidos dos fãs do gênero. Um grupo de jovens se perde durante uma caminhada de fim de semana na floresta e busca abrigo em uma vila escondida sob uma névoa constante – e que não está nos mapas. Várias pistas indicam que há algo muito errado naquele lugar. Mas, mesmo depois de “Corra!”, eles seguem tomando o chazinho que lhes é oferecido pelos moradores locais. A ficha só começa a cair quando se veem sem saída e sem comunicação com o resto do mundo. O clima de floresta sombria, enevoada e inspirada por folclore europeu também remete à “Desalma”. Criada por Fábio Mendonça (“O Doutrinador”) e Antônio Tibau (“Maldivas”), a série destaca em seu elenco Caroline Abras (“O Mecanismo”), Daniel Rocha (“Irmãos Freitas”), James Turpin (“Bacurau”), Felipe Velozo (também de “Irmãos Freitas”), Jiddu Pinheiro (“O Animal Cordial”), Julia Ianina (“Reality Z”), Marcos de Andrade (“Aruanas”), Roney Villela (“Novo Mundo”), Juliana Lourenção (“Carcereiros”), Thais Lago (“3%”) e Carolina Mânica (“Rua Augusta”). Detalhe: a estreia está marcada para o domingo (25/9). | SÓ SE FOR POR AMOR | NETFLIX Assim como “Rensga Hits!”, essa série musical se passa no universo sertanejo e é estrelada pela multitalentosa Lucy Alves (“Tempo de Amar”), Felipe Bragança (“Dom”) e a cantora Agnes Nunes, em sua estreia como atriz. Na trama, que se desenrola em Goiás, Deusa (Lucy Alves) e Tadeu (Filipe Bragança) são um casal apaixonado que decide criar uma banda, a Só Se For por Amor. Mas assim que começam a fazer sucesso, Deusa recebe uma proposta de carreira solo. Ao seguirem rumos diferentes, a relação deles sofre abalos, enquanto o grupo procura uma nova vocalista. É quando surge a misteriosa Eva (Agnes Nunes). | CONVERSAS ENTRE AMIGOS | STAR+ A nova minissérie da equipe de “Normal People” é também outra adaptação de um livro de Sally Rooney com roteiros de Alice Birch (“Lady Macbeth”) e direção do cineasta Lenny Abrahamson (“O Quarto de Jack”). A trama examina um quadrilátero romântico interpretado na tela pela estreante Alison Oliver, Sasha Lane (“Utopia”), Jemima Kirke (“Girls”) e Joe Alwyn (“A Longa Caminhada de Billy Lynn”). A protagonista Frances (Alison Oliver) é uma poeta jovem, que, depois de três anos, ainda é a melhor amiga de sua ex-namorada Bobbi (Sasha Lane). As duas são inseparáveis até que, em uma de suas apresentações de poesia em Dublin, adicionam uma terceira mulher na amizade, Melissa (Jemima Kirke), uma escritora mais velha que se apaixona por elas. A convivência com Melissa também inclui seu marido, Nick (Joe Alwyn), um belo ator que inesperadamente balança Frances, apesar dela nunca ter ficado com um homem antes. Após os contatos iniciais, Melissa e Bobbi passam a flertar abertamente, enquanto Nick e Frances começam um caso sério, que testa o vínculo entre todos os personagens. A atração também apresenta uma nova música de Phoebe Bridgers, intitulada “Sidelines”, que é a primeira música original da artista desde seu álbum de 2020, “Punisher”. | MAYANS MC 4 | STAR+ O spin-off de “Sons of Anarchy” vira crossover na 4ª temporada, com um confronto entre as duas gangues motoqueiros, resgatando alguns personagens da atração anterior. Além disso, os novos episódios ainda aproximam a trajetória do protagonista atual, EZ Reyes (J.D. Pardo), da evolução de Jax Teller (Charlie Hunnam) em “Sons of Anarchy”. A temporada também é a segunda gravada sem a participação do produtor-roteirista Kurt Sutter, criador tanto de “Sons of Anarchy” quanto do derivado, que foi demitido pelo canal por conta de “múltiplas denúncias” de comportamento agressivo no set. O produtor reconheceu suas ações em carta aberta ao elenco e produção, descrevendo-se como “um babaca esquentado”. Com sua saída, a série passou a ser comandada pelo cocriador Elgin James, que tem uma trajetória de vida semelhante a dos personagens – ele fundou uma gangue em Boston e cumpriu pena na prisão. Sua estreia como cineasta aconteceu com o sensível e elogiado drama indie “Little Birds” (2011), exibido no Festival de Sundance, e ele também escreveu o roteiro de “Lowriders” (2017), drama sobre a cultura latina de carros envenenados. | DAHMER: UM CANIBAL AMERICANO | NETFLIX A minissérie sobre os crimes do serial killer canibal Jeffrey Dahmer é uma espécie de reprise temática de “The Assassination of Gianni Versace – American Horror Story”. Ambas são produzidas por Ryan Murphy (também de “American Horror Story”), têm a mesma estrutura narrativa e a mesma moral da história. Na atração exibida em 2018, um serial killer foi capaz de matar o dono da grife Versace por causa da homofobia da polícia, que não se dedicou a capturar o assassino que “só” matava gays. Na nova produção, o racismo é o componente primordial para a impunidade do Dahmer durar décadas. Baseada na história real do psicopata, a série mostra como Dahmer, um dos mais famosos serial killers dos EUA, conseguiu assassinar e esquartejar 17 homens e garotos entre 1978 e 1991 sem ser pego, muitas vezes, inclusive, contando com a ajuda da política e do sistema de Justiça dos EUA por conta de seu privilégio branco. Bem apessoado, sempre recebia pedidos de desculpas quando policiais eram chamados por sua vizinha negra, que suspeitava dos crimes. O elenco destaca Evan Peters (“American Horror Story”) como Dahmer e Niecy Nash (“Claws”) como a vizinha, além de Penelope Ann Miller (“American Crime”), Shaun J. Brown (“Future Man”), Colin Ford (“Daybreak”) e o veterano Richard Jenkins (“A Forma da Água”). | DINHEIRO FÁCIL: A SÉRIE 2 | NETFLIX Baseada na trilogia criminal sueca “Dinheiro Fácil” (Snabba Cash), que projetou internacionalmente o ator Joel Kinnaman (“Esquadrão Suicida”) e o diretor Daniel Espinosa (“Protegendo o Inimigo”), a série acompanha uma nova personagem da franquia, Leya, uma jovem mãe solteira que tenta entrar na cena das startups e acaba se envolvendo no mundo do crime. A personagem é vivida por Evin Ahmad (da série dinamarquesa “The Rain”), que na 2ª temporada vê o trabalho de sua vida em cheque e precisa novamente apelar para a menos pior das escolhas, fazendo o empreendedorismo e o crime colidirem, e complicando ainda mais sua vida, reviravolta atrás de reviravolta. | BROOKLYN NINE-NINE 8 | NETFLIX A última temporada de “Brooklyn Nine-Nine” (também conhecida como “Lei & Desordem”) assume o tom de despedida e reflete os protestos contra o racismo e a violência policial que tomaram conta dos Estados Unidos durante o movimento “Vidas Negras Importam”. Mas sem nunca perder o bom humor. Criada por Daniel J. Goor (roteirista de “Parks and Recreation”) e Michael Schur (criador de “Parks and Recreation”), a série sobre o cotidiano de uma delegacia de polícia do Brooklyn, em Nova York, marcou época com seu elenco formado por Andy Samberg, Andre Braugher, Melissa Fumero, Terry Crews, Joe Lo Truglio, Stephanie Beatriz, Joel McKinnon Miller e Dirk Blocker.
Estreia de “Rota 66” retrata um Brasil “muito triste, muito violento”
A série “Rota 66 – A Polícia que Mata”, que estreou nessa quinta (22/9) na plataforma de streaming Globoplay, é baseada no livro homônimo do jornalista Caco Barcellos, que em 1992, muito antes do movimento “Vidas Negras Importam”, causou furor por apontar ações de extermínio da tropa de elite da PM paulista, a Rota, na periferia de São Paulo, que vitimaram basicamente pessoas negras e pobres. “A expectativa para o lançamento é muito grande”, contou Barcellos, durante a coletiva de imprensa da série. “Trabalhei sete anos na investigação dessa história. Durante o processo de apuração, imaginava isso virando um roteiro para o cinema.” “Andava pelas comunidades e, quando cruzava com a história de alguém que havia sido vítima das ações da Rota, tentava captar os diálogos das pessoas, fazendo com que elas relembrassem todos os detalhes dos episódios que levaram à morte de um filho, de um irmão, por exemplo, pensando justamente em construir esses diálogos, imaginando um futuro roteiro. Nunca deixei esse assunto de lado”, completou ele. Na série, Barcellos é vivido por Humberto Carrão (“Marighella”), que na trama arrisca a própria vida para denunciar o aparente genocídio. “Foi uma grande responsabilidade para mim, como ator, e para todo o elenco, roteiristas e diretores dar conta de adaptar um livro como o ‘Rota 66’ para o audiovisual”, contou o ator. “A série, ao mesmo tempo, é uma aventura muito bonita, não só pelo Caco ser um grande jornalista, mas também por retratar o ‘jornalismo de acompanhamento’, que ele tanto faz em suas reportagens. Diria que é quase uma forma de homenagear a forma dele de pensar e fazer o jornalismo”. Carrão também falou sobre o processo de preparação para interpretar o jornalista na série. “Tentei aprender as coisas do corpo, a forma de ouvir. Vi mil reportagens, de diferentes épocas, já que a série abrange dez anos. Isso cria um caldo de referências, e ainda tem a afetiva. Mas não senti um peso de que teria que ser o Caco”, explicou ele. A série não vai mostrar apenas a vida profissional do repórter, mas também o seu lado pessoal. “Estive muito tenso antes de ver as primeiras cenas, mas acho que fiquei melhor na ficção do que na vida real”, brincou Barcellos, que também contou que não participou do desenvolvimento do roteiro da série, mas colaborou da maneira que pôde. “Minha postura foi colaborar ao máximo”, explicou ele. “Sugeri a eles: ‘Vão atrás das pessoas que não gostam do meu trabalho, não gostam de mim, para construir um personagem mais complexo, talvez’. E eles se dedicaram muito a me investigar. Quando você é investigado, é claro que fica numa certa tensão. O que será que falam de mim por aí?” A trama da série mergulha no período mais violento de atuação da Rota, entre 1970 e 1990. E o que o jornalista descobriu durante as suas investigações foi que não eram só os bandidos que eram mortos pela polícia. “Embora eu considere grave matar criminoso, evidentemente é mais grave ainda matar pessoas inocentes que nem sequer tiveram um ato ilícito ou um confronto com a polícia. Isso me assustou muito”, disse Barcellos. Falando sobre o processo de escrita do livro, o jornalista explicou que “a maior dificuldade do processo era conviver com as pessoas vítimas dessa violência, enquanto a maior motivação era fazer essa denúncia. Só não desisti por conta disso – sofro muito com a injustiça, mas esse sofrimento não me paralisa, pelo contrário, me movimenta, é um combustível, minha energia para continuar.” “Eu não saberia contar quantas vezes eu acordei com pesadelos horrorosos, com gritos horrorosos. Evidentemente, fiz um processo terapêutico para entender que eram essas vidas eliminadas que (me) acompanham”, completou ele. Barcellos diz que se emocionou ao ver seu esforço traduzido para a tela. “Ver tudo o que eu apurei realizado visualmente é especial e emocionante. Fiquei sensibilizado com a interpretação dos atores”, contou ele. O elenco também destaca Lara Tremouroux (“Medusa”) no papel de uma jornalista que trabalha com Carrão, Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”) como um repórter experiente e mentor da dupla principal, além de Aílton Graça (“Carcereiros”), Ariclenes Barroso (“Segunda Chamada”) e Naruna Costa (“Colônia”). Naruna disse que, para se preparar para o seu papel, ela acompanhou as Mães de Maio de São Paulo, uma organização das famílias das quase 500 vítimas dos chamados Crimes de Maio de 2006, praticados pela polícia. “Foi impactante ouvir o quanto uma morte numa família gera outras mortes simbólicas, de afeto, mas, ao mesmo tempo, geram também outras vidas”, contou ela. “Afinal, muitas mulheres se descobriram líderes dentro de suas comunidades.” A atriz contou que trouxe muito da sua própria experiência para sua personagem. “Sou nascida e criada na periferia da Zona Sul de São Paulo, então vivenciei muito desse cenário que a série traz na minha infância e juventude. É muito doído para quem tem uma relação direta com essas histórias atravessar essa dor e poder contá-las”, disse ela. “Minha personagem, Anabela, é a tradução dessa força. Ela teve a vida devastada por essa violência policial.” “Nosso país foi fundado a partir da morte de muitas pessoas, especialmente pretas, e ainda carrega essa realidade. Então a série fala muito do hoje também”, continua ela. “É uma história que presta um serviço forte sobre [a denúncia d]o genocídio negro no Brasil. É importante que esse tema atinja todos os tipos de público, com variadas visões. Ela percorre anos de um Brasil infelizmente muito próximo do que estamos vivendo hoje. Mais do que representar uma personagem, penso na representatividade que tenho nesse projeto”, concluiu. Falando sobre essa história violenta contemporânea, Caco Barcellos conta que, na época da escrita do livro, a “mentalidade miliciana” estava embrenhada na Rota. “O miliciano é essencialmente um preguiçoso. O violento não gosta de trabalhar, inclusive os fardados. Porque é complicado trabalhar, investigar. É mais simples, entre aspas, usar a perversidade da tortura.” Humberto Carrão, que acompanhou o jornalista numa reportagem no Morro do Salgueiro como parte de sua pesquisa, contou que experimentou o impacto da violência nessa incursão. “É muito complexo, muito triste, muito violento. Enquanto o Caco estava entrevistando uma mãe, eu ouvi comentários de que tinha acabado de acontecer uma Troia, um método inconstitucional no qual o policial se esconde na mata ou em uma casa e espera um jovem considerado suspeito passar para executá-lo”, contou. Apesar disso, Caco Barcellos é esperançoso em relação ao futuro. “Tenho esperança nas novas gerações, as bandeiras identitárias significam gestos de esperança. Os jovens são mais conscientes e não estão admitindo, como aceitavam no passado, essa brutalidade contra eles. Tenho uma grande esperança que as coisas melhorem, a mesma que tinha quando fiz aquela investigação no passado”, disse ele. “Eu divido com o Caco a esperança de que as coisas possam se transformar, mas também a frustração e a tristeza de que trabalhos tão contundentes tenham sido feitos durante esses anos e, mesmo assim, os números de violência continuam grandes ou até maiores do que eram 30 anos atrás”, denunciou o ator. “A realidade continua e está até pior, pois vivemos um momento de estímulo e intenção de volta a esse passado” “‘Rota 66’ é uma série dura, sobre as pessoas que sobrevivem a esse cenário de violência, e que traz uma ferramenta política muito importante”, completou Carrão. Coprodução da Boutique Filmes, “Rota 66 – A Polícia que Mata” tem roteiro de Teodoro Poppovic, criador de “Ninguém Tá Olhando” na Netflix, e direção de Philippe Barcinski (“Entre Vales”) e Diego Martins (“Hard”). A série teve seus primeiros quatro episódios disponibilizados na madrugada desta quinta (22/9) e novos capítulos serão adicionados semanalmente no serviço de streaming Globoplay. Assista abaixo ao trailer.
Rota 66: Humberto Carrão denuncia violência policial em trailer tenso da Globoplay
A Globoplay divulgou o trailer de “Rota 66 – A Polícia que Mata”, série policial que estreia na quinta-feira (22/9). A prévia impactante mostra ações de extermínio da polícia paulista em bairros pobres e a falta de ação da Justiça para impedir que pessoas inocentes continuassem a ser assassinadas por conta da cor de suas peles. A trama adapta o livro homônimo do jornalista Caco Barcellos, lançado em 1992, que mergulha no período mais violento de atuação da Rota, a tropa de elite da PM paulista, entre 1970 e 1990. Na série, o repórter vivido por Humberto Carrão (“Marighella”) descobre cada vez mais vítimas inocentes da polícia na periferia de São Paulo, percebendo que a violência excessiva é cometida exclusivamente contra negros e pobres. Ele arrisca a própria vida para denunciar o aparente genocídio. O elenco também destaca Lara Tremouroux (“Medusa”) no papel de uma jornalista que trabalha com Carrão, Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”) como um repórter experiente e mentor da dupla principal, além de Aílton Graça (“Carcereiros”), Naruna Costa (“Colônia”), Ariclenes Barroso (“Segunda Chamada”) e outros. Coprodução da Boutique Filmes, a série tem roteiro de Teodoro Poppovic, criador de “Ninguém Tá Olhando” na Netflix, e direção de Philippe Barcinski (“Entre Vales”) e Diego Martins (“Hard”).
Série documental sobre Pedro Scooby estreia na Globoplay
A série documental “A Vida É Irada, Vamos Curtir!”, sobre a vida do surfista e ex-BBB Pedro Scooby, estreia na noite dessa terça (20/9) no canal pago Off e no serviço de streaming Globoplay. Desenvolvida pelo Off, a série tem quatro episódios e traz entrevistas com amigos, familiares e colegas de Scooby. “Eu já fiz muitos projetos com o Off”, disse Scooby, em entrevista ao jornal O Globo. “Quando saí do BBB, a gente conversou sobre fazer algo novo e pintou essa ideia do documentário. Minha vontade era fazer com alguém que de fato quisesse falar da minha vida e que não fosse sensacionalista. O canal era o melhor caminho para isso. Lá me conhecem bem e sabem da minha carreira e da minha importância para o surfe, que era uma das coisas que eu mais queria abordar.” O surfista também falou um pouco sobre o conteúdo da série. “Vou revelar coisas que ninguém nunca soube. Minha mãe, meu irmão e meus amigos de infância aparecem. Eles vão contar quem era o Pedro antes do BBB. Na verdade, era a mesma pessoa. Muito foi dito sobre aquele jeito que eu tinha na casa, mas eu fui assim a vida inteira. O documentário vai mostrar quem é o Pedro Henrique Mota Vianna”, disse ele. Com direção de Rodrigo Abranches, “A Vida É Irada, Vamos Curtir!” vai narrar a trajetória de Scooby desde a sua infância humilde, mostrando a sua ascensão da carreira de surfista, a relação com a família e os filhos, até a sua participação no “BBB 22”. Veja o trailer abaixo.
Jackson Antunes substituirá José Dumont em “Todas as Flores”
O ator Jackson Antunes foi escolhido para substituir José Dumont em “Todas as Flores”, novela de João Emanuel Carneiro que estreará no Globoplay em outubro. A expectativa é que ele comece a gravar na próxima semana. Dumont foi preso em flagrante na última quinta (15/9) por posse de pornografia infantil, durante a investigação de um caso de abuso sexual de um menino de 12 anos, e demitido da produção. Com o anúncio de Antunes, a Globo finalmente confirmou que Dumont já tinha gravado várias cenas da trama, que precisarão ser refeitas. A novela estava em produção desde julho. O personagem assumido por Antunes é um vilão chamado Galo, homem envolvido com tráfico humano, exploração de menores e apaixonado por Zoé (Regina Casé), a maior vilã da história. O papel inicialmente seria de Tonico Pereira, que acabou substituído por Dumont. Antunes apareceu recentemente em “Pantanal” numa participação especial como o peão Túlio. Ele está atualmente no ar na reprise de outra trama de João Emanuel Carneiro, “A Favorita”, no Vale a Pena Ver de Novo. Naquela novela, interpretou Léo, que foi outro vilão. Apesar da mudança e necessidade de regravações, “Todas as Flores” segue com estreia prevista para 17 de outubro.
Alexandre Borges e Larissa Góes entram na 3ª temporada de “Cine Holliúdy”
O ator Alexandre Borges entrou no elenco da 3ª temporada de “Cine Holliúdy”. De acordo com a coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, ele viverá o Capiroto e aparecerá em cenas com Francis (Edmilson Filho). Além dele, Larissa Góes também está confirmada na atração. Ela será o novo par de Francisgleydisson (Edimilson Filho), depois que Francisca (Luisa Arraes) for embora de Pitombas. A nova personagem é uma cantora e bailarina de forró cearense que abrirá mão da carreira por amor. Larissa Góes viverá o terceiro par consecutivo de Francis, que a cada temporada tem sofrido por um amor diferente. Ele também se envolveu com a divertida Marylin, interpretada por Letícia Colin, na 1ª temporada. Até aqui, todas deixaram o “cinemista” ao sair da cidadezinha de Pitombas, onde a trama transcorre. O elenco já está gravando a 3ª leva de episódios, que ainda não tem previsão de estreia. Disponível desde o final de agosto completa em streaming, a 2ª temporada ainda está sendo exibida semanalmente na TV Globo.
Ator de “Rensga Hits” descobriu tumor em exame para cantar na série: “Salvou minha vida”
O ator Alejandro Claveaux, que está nas séries “Maldivas”, da Netflix, e “Rensga Hits!”, da Globoplay, descobriu um tumor na laringe durante a preparação para o segundo trabalho, em que deu vida ao cantor sertanejo Deivid Cafajeste. Todos os atores envolvidos em números musicais tiveram que passar por um exame, a laringoscopia, para verificar a situação das cordas vocais, e o laudo de Alejandro detectou que ele tinha um tumor na região. O artista conta que foi orientado a fazer uma cirurgia o mais rápido possível para tirar a massa, que poderia ser maligna. Mas diante da recuperação difícil do procedimento, que o impediria de falar e cantar por algum tempo, optou por adiar a cirurgia até terminar as gravações da série. “Eu ia começar a fazer as aulas de canto e, se fizesse essa cirurgia, teria que ficar um tempo sem falar ou cantar, e eu disse que iria terminar o trabalho primeiro. Assumi o risco”, contou ao jornal O Globo. Apesar disso, ele afirmou que a série salvou sua vida, já que o diagnóstico precoce de tumores na região da garganta é raro. “Mesmo se a série fosse ruim, ela salvou minha vida, porque eu nunca iria fazer esse exame, e o médico disse que esse tipo de tumor não dá sinal. Quando você vê, já foi”, explicou. O ator aguardou os quatro meses de gravação de “Rensga” para fazer a retirada do tumor, que era benigno. Apesar do alívio após o breve tratamento, ele destaca que viveu um “momento horrível” durante a espera para a cirurgia, temendo perder a voz por causa do problema de saúde. “Foi um momento horrível, estranho. Assisti ao documentário do Val Kilmer (ator de 62 anos, diagnosticado com um câncer na garganta em 2014 e que atualmente precisa de um aparelho para auxiliar a fala) e surtei, mas não deixei transparecer. Imagina a tragédia que é para um ator não poder falar?”, concluiu.
José Dumont diz que pornografia infantil era “trabalho”
A polícia encontrou cerca de 240 arquivos de pornografia infantil, entre fotos e vídeos, em um computador e no celular de José Dumont, ao cumprir um mandato de busca e apreensão na casa do ator de 72 anos na quinta-feira (15/9). Alguns dos arquivos mostram cenas de sexo entre crianças de 8 a 11 anos, e há fotos também de bebês. Confrontado com as imagens, Dumont confirmou, em depoimento prestado à polícia e revelado pelo jornal O Globo, que elas eram de sua propriedade, mas faziam parte de um “estudo para a futura realização de um trabalho acerca do tema, sem tabus ou filtros”. O ator disse ainda que conseguiu as imagens na internet e negou ter fotografado, filmado, produzido ou editado imagens de crianças e adolescentes em contexto pornográfico. José Dumont afirmou aos policiais que não participa de grupos virtuais para trocas dessas imagens. O ator disse ainda que jamais comprou ou vendeu material com pornografia infantil e reafirmou, ao fim do depoimento, que apenas armazenava as imagens para “consultas e estudos”. Na tarde desta sexta-feira (16/9), o juiz Antonio Luiz da Fonseca Lucchese decidiu mantê-lo preso preventivamente após o flagrante, sem possibilidade de fiança. Sua prisão fez parte de uma ação da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), motivada por uma denúncia. Dumont era investigado por ter supostamente abusado de um fã de 12 anos. De acordo com a polícia, ele teria se aproveitado do prestígio e reconhecimento como ator para atrair a atenção do adolescente. A denúncia partiu de vizinhos. Segundo a investigação, câmeras de segurança do condomínio onde ele mora flagraram o ator cometendo abusos contra o adolescente, como beijos e carícias. As imagens serviram de base para a abertura da investigação policial e, ao cumprir um mandado de busca e apreensão, a polícia encontrou imagens e vídeos de sexo envolvendo crianças na residência e no celular do ator, motivando a prisão em flagrante. Detido, o artista foi levado para a sede da DCAV, no Centro do Rio, e em seguida transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. A investigação corre sob sigilo. Com mais de 40 de carreira, José Dumont estava escalado para a novela “Todas as Flores”, no Globoplay, plataforma de streaming da TV Globo, que tem estreia prevista para outubro. Em nota, a Globo afirmou que o ator foi retirado da trama criada e escrita por João Emanuel Carneiro. Mas não informou se ele chegou a gravar participação – a produção começou em julho – , nem como sua saída afetará a produção ou mesmo quem o substituirá. “O ator José Dumont estava contratado como obra certa especificamente para a novela “Todas as Flores”, a ser exibida no Globoplay. Diante dos fatos noticiados, a Globo tomou a decisão de retirá-lo da novela. A suspeição de pedofilia é grave. Nenhum comportamento abusivo e criminoso é tolerado pela empresa, ainda que ocorra na vida pessoal dos contratados e de terceiros que com ela tenham qualquer relação”, diz o comunicado oficial. Ele também teve uma homenagem e uma mostra de seus filmes cancelada pelo festival Cinefantasy, dedicado ao cinema fantástico, em São Paulo. O último trabalho do ator na TV tinha sido o Coronel Eudoro em “Nos Tempos do Imperador” (2021). Ele é visto em produções da Globo desde que teve o papel principal no telefilme “Morte e Vida Severina”, de 1981, e também participou da versão original de “Pantanal” na TV Manchete. Com uma longa carreira nas telas que vem desde o filme “Lucio Flávio, o Passageiro da Agonia”, de 1977, Dumont também colecionou 21 prêmios nacionais e internacionais, incluindo três Candangos de Melhor Ator em Longa-Metragem no Festival de Brasília, dois Kikitos de Melhor Ator e um de Coadjuvante no Festival de Gramado, além de prêmios equivalentes nos festivais do Rio, Recife (Cine-PE), Miami (EUA), Havana (Cuba) e Huelva (Espanha).
Globo demite José Dumont após prisão em flagrante
A Globo demitiu o ator José Dumont, que foi preso em flagrante nesta quinta (15/9) por armazenar pornografia infantil. Em comunicado enviado à imprensa, o Departamento de Comunicação da Globo afirmou que “Dumont estava contratado como obra certa especificamente para a novela ‘Todas as Flores’, a ser exibida no Globoplay. Diante dos fatos noticiados, a Globo tomou a decisão de retirá-lo da novela”. O texto ainda ressaltou que “a suspeição de pedofilia é grave” e “nenhum comportamento abusivo e criminoso é tolerado pela empresa, ainda que ocorra na vida pessoal dos contratados e de terceiros que com ela tenham qualquer relação.” O comunicado não informa como a empresa vai lidar com a presença de Dumont nos episódios já gravados da novela, que começou a ser produzida em julho e tem estreia prevista para 17 de outubro na plataforma Globoplay. De acordo com a sinopse da trama de João Emanuel Carneiro, o personagem do ator, chamado de Galo, era um dos vilões da trama. Ele explorava crianças que pedem esmola nas ruas em troca de uma vaga para dormir em um ônibus abandonado onde ele mora. Galo também atua como receptador do esquema de Zoé (Regina Casé), aliciando miseráveis na rua para enviar para uma fazenda de reprodução humana. O último trabalho do ator na TV tinha sido o Coronel Eudoro em “Nos Tempos do Imperador” (2021). Ele é visto em produções da Globo desde que teve o papel principal no telefilme “Morte e Vida Severina”, de 1981, e também participou da versão original de “Pantanal” na TV Manchete. Com uma longa carreira nas telas que vem desde o filme “Lucio Flávio, o Passageiro da Agonia”, de 1977, Dumont também colecionou 21 prêmios nacionais e internacionais, incluindo três Candangos de Melhor Ator em Longa-Metragem no Festival de Brasília, dois Kikitos de Melhor Ator e um de Coadjuvante no Festival de Gramado, além de prêmios equivalentes nos festivais do Rio, Recife (Cine-PE), Miami (EUA), Havana (Cuba) e Huelva (Espanha). Sua prisão fez parte de uma ação da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima, motivada por uma denúncia. O artista de 72 anos é investigado por ter supostamente mantido um relacionamento com um fã de 12 anos, ao qual teria oferecido ajuda financeira. A partir desse envolvimento, ele teria iniciado uma troca de beijos e carícias íntimas com o adolescente. Essa aproximação teria sido registrada por câmeras de segurança, que serviram de base para a abertura da investigação policial. Por conta disso, os oficiais realizaram um mandado de busca e apreensão na casa de Dumont, cumprido nesta quinta, onde foram encontrados imagens e vídeos de sexo envolvendo crianças, motivando a prisão em flagrante.











