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    Jerrod Carmichael vai apresentar Globo de Ouro 2023

    8 de dezembro de 2022 /

    O comediante Jerrod Carmichael (“The Carmichael Show”) vai apresentar a próxima edição do Globo de Ouro. A informação foi divulgada pela Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA na sigla em inglês), que organiza o evento. “Estamos muito empolgados em ter Jerrod Carmichael como anfitrião do histórico 80º Globo de Ouro”, afirmou Helen Hoehne, presidente da HFPA, em comunicado. “Seus talentos cômicos divertiram e emocionaram o público, proporcionando momentos instigantes que são tão importantes nos tempos em que vivemos. Jerrod é o tipo especial de talento que este programa exige para iniciar a temporada de premiações.” Carmichael co-criou, co-escreveu, produziu e estrelou a sitcom semi-autobiográfica “The Carmichael Show”, exibida 2015 e 2017 no canal americano NBC. Em setembro, ele venceu um Emmy pelo seu especial de comédia “Jerrod Carmichael: Rothaniel” e foi indicado a outro Emmy pela sua estreia como apresentador no programa humorístico “Saturday Night Live”, em abril. “Jerrod é um talento fenomenal com uma nova perspectiva e excelente estilo cômico”, acrescentou Jesse Collins, produtor executivo e CEO da Jesse Collins Entertainment, que produz o evento. “Estamos todos entusiasmados por tê-lo como apresentador do programa deste ano”. O “tipo especial de talento” do comediante também inclui ser negro, o que chama atenção após a HFPA ser acusada de propagar racismo por não ter integrantes negros em seus quadros. A denúncia foi feita numa reportagem do jornal Los Angeles Times, que revelou que nenhum dos 80 integrantes originais da HFPA e eleitores do Globo de Ouro era negro. Para complicar, um ex-presidente da entidade, Philip Berk, escreveu um email para os filiados chamando o movimento “Vidas Negras Importam” (Black Lives Matter) de um “movimento de ódio racista”. Ele foi expulso da associação. Além disso, o Los Angeles Times também expôs a corrupção da entidade, que aceitava presentes dos estúdios para influenciar seus votos na premiação. Denúncias de assédio sexual da “imprensa estrangeira de Hollywood” também se juntaram ao caldo, citadas por astros como Scarlett Johansson e Brendan Fraser. E isso levou a rede americana NBC, responsável pela exibição da premiação desde 1996, decidir não transmitir o Globo de Ouro em 2022. A emissora cancelou a transmissão após a pressão das plataformas Amazon e Netflix, de uma coalizão de 100 agências de talentos, que representam as principais estrelas do cinema e da televisão dos EUA e do Reino Unido, e também de vários estúdios, que anunciaram rompimento com a entidade após as denúncias. Por isso, o Globo de Ouro deste ano “aconteceu” sem a presença de astros de Hollywood, apenas com o anúncio de vencedores pelas redes sociais. Para recuperar sua credibilidade, a HFPA anunciou várias mudanças, incluindo a ampliação da diversidade de seus membros com a adição de 103 novos votantes, que se somaram aos cerca de 80 anteriormente existentes, e a criação de um manual de ética. Além disso, a entidade teve seu controle adquirido pela empresa de investimentos Eldridge Industries, que também assumiu a propriedade da Dick Clark Productions, a produtora de longa data do evento. Desse modo, o dono da Eldridge Industries, Todd Boehly, passou a aturar como CEO interino do HFPA desde outubro de 2021. Mas tantas mudanças podem não ser suficientes. O ator Brendan Fraser, que vem de uma performance elogiada em “The Whale” (A Baleia) e é considerado presença garantida nos diversos eventos de premiação da temporada, já afirmou que não aceitará convite para participar do Globo de Ouro 2023. A cerimônia marcará 20 anos de um abuso que ele sofreu de Philip Berk no evento. A 80ª edição do Globo de Ouro foi marcada para o dia 10 de janeiro de 2023, uma terça-feira. A escolha da data se deve ao fato de o domingo anterior estar ocupado com um jogo de futebol da NFL e o seguinte com a premiação do Critics Choice Awards. A cerimônia terá exibição simultânea nos EUA na rede de TV NBC e no serviço de streaming Peacock.

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    Globo de Ouro voltará à TV em janeiro

    20 de setembro de 2022 /

    O canal americano NBC voltará a exibir o Globo de Ouro em janeiro, depois de ter desistido de exibir a cerimônia de premiação em 2022. O anúncio foi feito pela Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA na sigla em inglês) e pela Dick Clark Productions, empresa que produz o evento. Detalhes sobre as negociações não foram divulgados. Sabe-se apenas que o contrato tem validade de um ano, “o que permite que o HFPA e o DCP explorem novas oportunidades para distribuição doméstica e global em uma variedade de plataformas no futuro”, explica o comunicado oficial. Responsável pela exibição da premiação desde 1996, o canal cancelou a transmissão no ano passado, após a pressão das plataformas Amazon e Netflix, de uma coalizão de 100 agências de talentos, que representam as principais estrelas do cinema e da televisão dos EUA e do Reino Unido, e também de vários estúdios. Todos anunciaram rompimento com a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA na sigla em inglês), entidade que elege os vencedores da premiação, devido à denúncias de racismo e corrupção. As agências chegaram a sugerir especificamente o cancelamento do Globo de Ouro em 2022, diante da falta de pressa da associação para promover as mudanças esperadas pela indústria do entretenimento. Em vez disso, o Globo de Ouro “aconteceu” sem a presença de astros de Hollywood, com o anúncio de vencedores pelas redes sociais. Naquela ocasião, a NBC já havia apontado que poderia transmitir o evento em 2023. Entre as mudanças recentes na organização, a HFPA anunciou recentemente que adicionou 103 novos votantes ao seu quadro de membros, que se somam aos cerca de 80 anteriormente existentes. Um dos fatos que gerou maior repercussão contra a entidade foi uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times apontando que nenhum dos 80 integrantes originais da HFPA e eleitores do Globo de Ouro era negro. Para complicar, um ex-presidente da entidade, Philip Berk, escreveu um email para os filiados chamando o movimento “Vidas Negras Importam” (Black Lives Matter) de um “movimento de ódio racista”. Ele foi expulso da associação. Para chegar a seu novo quadro de eleitores, a HFPA explicou que agora contarão como votantes de fora dos EUA e que o grupo de votação é composto de “52% de mulheres, 51,5% racial e etnicamente diverso, com 19,5% latinos, 12% asiáticos, 10% negros e 10% do Oriente Médio”. Trata-se da concretização de mudanças anunciadas há algum tempo. Em agosto, a atual presidente da HFPA, Helen Hoehne, enviou a um grupo de agentes de talentos uma longa lista recapitulando as reformas realizadas pelo HFPA, que incluem um Manual de Ética – após várias denúncias de assédio sofridos por astros de Hollywood – e um Diretor de Diversidade. Mas o mais importante é que o Globo de Ouro deixou de ser iniciativa exclusiva da HFPA. Com a crise, a entidade que organiza o evento foi vendida para a empresa de investimentos Eldridge Industries, que também assumiu a propriedade da Dick Clark Productions, a produtora de longa data da premiação. Por conta disso, o dono da Eldridge Industries, Todd Boehly, atua como CEO interino do HFPA desde outubro de 2021. Entretanto, essa aquisição foi bastante criticada, porque abre a oportunidade de a HFPA deixar de ser uma organização sem fins lucrativos. De todo modo, mesmo essas mudanças talvez não sejam suficientes para reestabelecer a confiança na HFPA, cuja credibilidade foi colocada em cheque após um escândalo de corrupção e racismo em seus quadros vir à tona. Especialmente porque as mudanças não foram unânimes. Cerca de um quarto dos próprios membros da entidade votou contra as propostas e outros questionaram a sinceridade da organização e se demitiram. Ou seja, embora a cerimônia tenha sido marcada, isso não significa necessariamente um retorno à normalidade. A 80ª edição do Globo de Ouro foi marcada para o dia 10 de janeiro de 2023, uma terça-feira. A escolha da data se deve ao fato de o domingo anterior estar ocupado com um jogo de futebol da NFL e o seguinte com a premiação do Critics Choice Awards. A cerimônia terá exibição simultânea nos EUA na rede de TV NBC e no serviço de streaming Peacock.

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    Globo de Ouro pode voltar à TV em janeiro

    10 de agosto de 2022 /

    O canal americano NBC pode voltar a exibir a cerimônia do Globo de Ouro em janeiro, depois de ter desistido de exibi-la em 2022. A afirmação é do site The Hollywood Reporter, mas já foi apontada como prematura por uma publicação rival, o site Deadline. Responsável pela exibição da premiação desde 1996, o canal cancelou a transmissão no ano passado, após a pressão das plataformas Amazon e Netflix, de uma coalizão de 100 agências de talentos, que representam as principais estrelas do cinema e da televisão dos EUA e do Reino Unido, e também de vários estúdios. Todos anunciaram rompimento com a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA na sigla em inglês), entidade que organiza o Globo de Ouro. As agências chegaram a sugerir especificamente o cancelamento do Globo de Ouro em 2022, diante da falta de pressa da associação para promover as mudanças esperadas pela indústria do entretenimento. Em vez disso, o Globo de Ouro aconteceu sem a presença de astros de Hollywood e seus prêmios foram anunciados nas redes sociais. Naquela ocasião, a NBC já havia apontado que poderia transmitir o evento em 2023. “Continuamos a acreditar que a HFPA está comprometida com uma reforma significativa. No entanto, uma mudança dessa magnitude exige tempo e trabalho, e acreditamos fortemente que a HFPA precisa de tempo para fazê-lo da maneira certa. Como tal, a NBC não irá transmitir o Globo de Ouro de 2022. Supondo que a organização execute seu plano, temos esperança de estar em posição de transmitir o programa em janeiro de 2023”, disse o canal em comunicado. A credibilidade da HFPA foi colocada em cheque após um escândalo de corrupção e racismo em seus quadros vir à tona no começo do ano. Tudo começou em 2021, com uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro daquele ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representaria o fim do prêmio. Como se não precisasse de mais confusão, em abril de 2021 um ex-presidente da entidade, Philip Berk, de 88 anos e ainda membro da HFPA, encaminhou um e-mail aos colegas chamando o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), criado para protestar contra o extermínio de negros pela polícia dos EUA, de “um movimento de ódio racista”. Não satisfeito, ainda comparou uma das líderes do movimento ao psicopata Charles Manson. No texto, ele criticou uma das fundadoras do Black Lives Matter, Patrisse Cullors, por supostamente comprar uma casa no Topango Canyon. “A propriedade se localiza na mesma rua de uma das casas envolvidas nos assassinatos de Charles Manson, o que é apropriado, já que o objetivo dele era começar uma guerra racial. Este trabalho é continuado pelo Black Lives Matter hoje em dia”, disparou Berk. O conteúdo do e-mail foi revelado pelo jornal Los Angeles Times e serviu, aos olhos do mundo, para explicar o motivo da falta de integrantes negros na HFPA. Embora tenha sido rapidamente condenado por outros membros da organização como racista, “vil” e “não apropriada”, a opinião de Berk acendeu o sinal amarelo para o cancelamento do Globo de Ouro. Após mais um escândalo, a rede NBC se manifestou prontamente e começou a considerar encerrar seu contrato para exibir a premiação. Berk foi afastado, mas sua manifestação despropositada ainda lembrou que a HFPA tem o hábito de anunciar medidas que nunca toma. O e-mail foi o terceiro problema criado pelo sul-africano para a associação. Anteriormente, ele chegou a tirar licença após a repercussão de um livro de memórias que lançou em 2014 e que deixou a organização mal com vários artistas. E em 2018 foi denunciado por assédio sexual pelo ator Brendan Fraser. Segundo o astro de “A Múmia”, Berk apalpou seu bumbum sem permissão durante um evento do Globo de Ouro. A HFPA chegou a dizer que estava investigando a acusação, mas nenhuma ação foi tomada contra seu ex-presidente. Ele continuou votando no Globo de Ouro e influenciando a premiação até o ano passado. A HFPA tentou aprovar reformas na sua organização. Ela proibiu os seus membros de aceitarem presentes das emissoras e removeu um limite para adições de novos membros, o que permitiu adição de 21 novos membros, seis deles negros. Entretanto, as melhorias não foram unânimes. Cerca de um quarto de seus próprios membros votou contra a mudanças e outros questionaram a sinceridade da organização e se demitiram. Mas as verdadeiras mudanças só aconteceram agora, e não necessariamente para melhor. A empresa de investimentos Eldridge Industries comprou o HFPA em julho e assumiu propriedade da Dick Clark Productions, a produtora de longa data da premiação, em 5 de agosto. Além disso, o dono da Eldridge Industries, Todd Boehly, atua como CEO interino do HFPA desde outubro de 2021. A aquisição do HFPA pela Eldridge Industries foi bastante criticada, porque abre a oportunidade de a HFPA deixar de ser uma organização sem fins lucrativos. E as polêmicas não param de crescem. Enquanto os membros do HFPA passariam a receber um salário anual de US$ 75 mil, o grupo de jornalistas externos que seriam convidados para votar no Globo de Ouro (com o intuito de aumentar a diversidade da votação) não receberia nada. Mesmo assim, ao que tudo indica o Globo de Ouro vai mesmo acontecer, só que não mais no final de semana. Segundo o THR, a cerimônia estaria marcada para 10 de janeiro de 2023, uma terça-feira. A mudança da data para o início da semana se deve à falta de datas no calendário das atrações televisivas. No final de semana anterior haverá um jogo da NFL e na semana seguinte acontecerá a premiação do Critics Choice Awards. Resta saber se alguém vai aparecer para receber o seu Globo de Ouro.

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    “Ataque dos Cães” e “Amor, Sublime Amor” vencem o Globo de Ouro

    10 de janeiro de 2022 /

    Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês) anunciou neste domingo os vencedores da 79ª edição do Globo de Ouro. Sem transmissão do evento, os premiados foram revelados nas redes sociais, com destaque para dois filmes. “Ataque dos Cães” conquistou três Globos de Ouro: Melhor Filme de Drama, Ator Coadjuvante (Kodi Smit-McPhee) e Direção (ambos de Jane Campion). O western estrelado por Benedict Cumberbatch conta a história de um cowboy que reluta em aceitar a própria homossexualidade e atormenta a esposa do irmão e o filho gay dela. A versão de Steven Spielberg para o clássico da Broadway dos anos 1950 “Amor, Sublime Amor” também levou três prêmios, dominando a categoria Comédia ou Musical: Melhor Filme, Atriz (a estreante Rachel Zegler) e Atriz Coadjuvante (Ariana DeBose). Já os Melhores Atores de Drama foram Will Smith, por “King Richard – Criando Campeãs”, e Nicole Kidman, por “Apresentando os Ricardos”. As categorias televisivas foram dominadas por duas séries da HBO. Em Drama, o destaque foi “Succession”. A produção ficou com os troféus de Melhor Série de Drama, Ator (Jeremy Strong) e Atriz Coadjuvante (Sarah Snook). Entre as comédias, “Hacks”, da HBO Max, venceu como Melhor Comédia e Atriz (Jean Smart). Mas o prêmio televisivo mais importante foi conquistado por MJ Rodriguez. Vencedora como Melhor Atriz por “Pose” (do canal FX), ela se tornou a primeira trans a vencer um Globo de Ouro. Outro destaque, Oh Young Soo, de 77 anos, também fez História ao virar o primeiro ator sul-coreano a vencer o prêmio da HFPA – na categoria de Melhor Ator Coadjuvante. Nenhum dos premiados estava presente na cerimônia para receber seus troféus. Desprestigiado por Hollywood, o Globo de Ouro aconteceu na noite de domingo (9/1) em Los Angeles sem tapete vermelho, artistas ou presença da imprensa. Segundo apurou a revista Variety, a HFPA até chegou a contatar alguns famosos para participarem da apresentação de prêmios, mas praticamente todos recusaram. Emissoras ao redor do mundo, incluindo a norte-americana NBC e a brasileira TNT, já tinham cancelado a transmissão do prêmio pela TV. Apenas Jamie Lee Curtis teve a coragem de apoiar publicamente o evento. Ela fez uma participação gravada e publicada nas redes sociais do Globo de Ouro durante a premiação, citando o empenho humanitário da HFPA. “Por muito tempo, eu não percebi que a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood era, na verdade, uma organização de caridade e usavam os fundos gerados pela transmissão do Globo de Ouro para financiar incríveis programas na nossa comunidade. Eles financiam criadores, educadores e instituições de aprendizado e preservação”, disse ela. “E eles fazem de um jeito muito sutil, sem estardalhaço. Eu quero honrá-los e ficar junto deles.” A premiação sem entrega de prêmios foi um esforço para melhorar a imagem do Globo de Ouro, já que, diante das dificuldade, a HFPA aproveitou para convidar apoiadores de suas atividades beneficentes, com o objetivo de destacar o aspecto filantropo da organização. A decisão de tirar a premiação da TV integrou o boicote de vários setores de Hollywood contra a HFPA, após o jornal Los Angeles Times publicar uma reportagem reveladora. Além de denunciar que a organização não tinha integrantes negros, a publicação também trouxe à tona acusações de histórico sexista e falta de ética dos responsáveis pelo Globo de Ouro, levando ao questionamento da honestidade da premiação. Por conta disso, a HFPA se comprometeu a mudar, abrindo vagas para novos membros e mudando várias de suas regras, incluindo a adoção de um manual de ética. Poucos levaram fé nas promessas e o boicote ao evento foi mantido. Após os esforços iniciais para se renovar, a organização aprovou seis integrantes negros em 1 de outubro – um resultado pífio, que tornou os eleitores do Globo de Ouro apenas 5,7% mais diversos que no ano passado. Confira abaixo a lista completa dos vencedores. CINEMA Melhor filme (drama) “Ataque dos Cães”, de Jane Campion Melhor filme (comédia ou musical) “Amor, Sublime Amor”, de Steven Spielberg Melhor animação “Encanto” Melhor roteiro Kenneth Branagh, por “Belfast” Melhor direção Jane Campion, por “Ataque dos Cães” Melhor trilha sonora Hans Zimmer, por “Duna” Melhor canção original Billie Eilish por “No Time to Die”, de “Sem Tempo para Morrer” Melhor ator (drama) Will Smith, por “King Richard: Criando Campeãs” Melhor atriz (drama) Nicole Kidman, por “Apresentando os Ricardos” Melhor ator (musical ou comédia) Andrew Garfield, por “Tick, Tick Boom!” Melhor atriz (musical ou comédia) Rachel Zegler, por “Amor, Sublime Amor” %u200B Melhor ator coadjuvante Kodi Smit-McPhee, por “Ataque dos Cães” Melhor atriz coadjuvante Ariana DeBose, por “Amor, Sublime Amor” Melhor filme em língua estrangeira “Drive My Car”, de Ryusuke Hamaguchi (Japão) TELEVISÃO Melhor série de drama “Succession” Melhor série de comédia “Hacks” Melhor minissérie ou filme para TV “The Underground Railroad” Melhor ator (drama) Jeremy Strong, por “Succession” Melhor atriz (drama) MJ Rodriguez, por “Pose” Melhor ator (comédia) Jason Sudeikis, por “Ted Lasso” Melhor atriz (comédia) Jean Smart, por “Hacks” Melhor ator (minissérie ou filme para a TV) Michael Keaton, por “Dopesick” Melhor atriz (minissérie ou filme para a TV) Kate Winslet, por “Mare of Easttown” Melhor ator coadjuvante Oh Yeong-su, por “Round 6” Melhor atriz coadjuvante Sarah Snook, por “Succession”

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    Globo de Ouro anunciará vencedores nas redes sociais

    6 de janeiro de 2022 /

    Depois de confirmar que o Globo de Ouro aconteceria sem tapete vermelho, astros ou cobertura televisiva neste domingo (9/1), a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês) revelou que não fará nem transmissão ao vivo por streaming. Os nomes dos vencedores serão anunciados por postagens nas redes sociais da organização. “O evento deste ano será privado e não terá transmissão ao vivo. Nós providenciaremos atualizações em tempo real sobre os vencedores no site oficial do Globo de Ouro e em nossas redes sociais”, disse a HFPA, em comunicado. Apesar disso, a associação tentará manter as aparências, realizando o evento como uma confraternização entre seus membros e parceiros filantrópicos no Beverly Hilton Hotel, de Los Angeles, local onde o Globo de Ouro realiza suas cerimônias há anos. Segundo apurou a revista Variety, a HFPA até chegou a contatar alguns famosos para participarem da apresentação de prêmios, mas todos recusaram. Emissoras ao redor do mundo, incluindo a norte-americana NBC e a brasileira TNT, já tinham cancelado a transmissão do prêmio pela TV. A decisão de não transmitir a premiação se juntou aos boicotes de vários setores de Hollywood contra a HFPA, após uma denúncia de que a organização não tinha integrantes negros, o que também trouxe à tona acusações de histórico sexista e falta de ética dos responsáveis pelo Globo de Ouro. Por conta disso, a HFPA se comprometeu a mudar, abrindo vagas para novos membros e mudando várias de suas regras, incluindo a adoção de um manual de ética. Poucos levaram fé nas promessas e o boicote ao evento foi mantido. Após os esforços iniciais para se renovar, a organização aprovou seis integrantes negros em 1 de outubro – um resultado pífio, que tornou os eleitores do Globo de Ouro apenas 5,7% mais diversos que no ano passado. A premiação sem entrega de prêmios servirá basicamente para que os responsáveis pelo Globo de Ouro voltem a se comprometer com mudanças, visando viabilizar a transmissão televisiva de seu evento em 2023.

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    Globo de Ouro é confirmado sem astros de Hollywood

    4 de janeiro de 2022 /

    A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês) confirmou a realização do Globo de Ouro de 2022 neste domingo (9/1). Em anúncio sobre a cerimônia, os organizadores asseguraram que o evento manterá a data original, após o Critics Choice adiar seu evento que aconteceria no mesmo dia. A premiação, porém, não terá tapete vermelho, imprensa ou celebridades, muito menos entrega de prêmios. No lugar dos astros de Hollywood, o evento trará apoiadores das atividades filantrópicas da HFPA, que anunciarão as vitórias dos ausentes nas categorias em disputa. A decisão não tem relação com o avanço da variante ômicron da covid-19, mas sim com a situação da HFPA, que caiu em desgraça e perdeu a transmissão televisiva de seu evento. A NBC tomou a decisão de não transmitir a premiação ao se juntar aos boicotes de vários setores de Hollywood contra o Globo de Ouro, após uma denúncia de que a HFPA não tinha integrantes negros, o que também trouxe à tona acusações de histórico sexista e falta de ética dos integrantes da organização. Por conta disso, a HFPA se comprometeu a mudar, abrindo vagas para novos membros e mudando várias de suas regras, incluindo a adoção de um manual de ética. Poucos levaram fé nas promessas e o boicote ao evento foi mantido. Após os esforços iniciais para se renovar, a organização aprovou seis integrantes negros em 1 de outubro – um resultado pífio, que tornou os eleitores do Globo de Ouro apenas 5,7% mais diversos que no ano passado. A premiação sem entrega de prêmios servirá basicamente para que os responsáveis pelo Globo de Ouro voltem a se comprometer com mudanças, visando viabilizar a transmissão televisiva de seu evento com celebridades em 2023.

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    Globo de Ouro desprestigiado revela suas indicações

    13 de dezembro de 2021 /

    Embora o Globo de Ouro tenha perdido prestígio e não seja televisionado em 2022, a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês) foi em frente e anunciou nesta segunda (13/12) os indicados à premiação. Os filmes “Belfast”, de Kenneth Branagh, e “Ataque dos Cães”, de Jane Campion, lideram a lista com sete indicações cada. Já entre as séries, “Ted Lasso” e “The Morning Show”, ambas da Apple TV+, foram as produções mais indicadas, disputando quatro prêmios cada. Os vencedores serão anunciados em 9 de janeiro, mas o formato desse evento ainda não foi revelado. Vale lembrar que o Globo de Ouro já teve uma edição em que os premiados foram simplesmente nomeados numa entrevista coletiva de imprensa. Isto aconteceu em 2008, durante a greve dos roteiristas de Hollywood. A NBC tomou a decisão de não transmitir o próximo Globo de Ouro ao se juntar aos boicotes de vários setores de Hollywood contra o evento, após a denúncia de que a HFPA não tinha integrantes negros, o que também trouxe à tona acusações de histórico sexista e falta de ética de integrantes da organização. Por conta disso, a HFPA se comprometeu a mudar, abrindo vagas para novos integrantes e mudando várias de suas regras, incluindo a adoção de um manual de ética. Poucos levaram fé nas promessas e o boicote ao evento foi mantido. Após os esforços iniciais para se renovar, a organização aprovou seis integrantes negros em 1 de outubro – um resultado pífio, que tornou os eleitores do Globo de Ouro apenas 5,7% mais diversos que no ano passado. Exibida em meio à polêmica, a cerimônia de 2021 teve a pior audiência do Globo de Ouro em todos os tempos, assistida por 6,9 milhões de pessoas. Uma catástrofe quase apocalíptica em comparação aos 18,3 milhões que sintonizaram a premiação no ano passado. Veja abaixo a lista dos indicados ao Globo de Ouro de 2022. CINEMA Melhor filme (drama) “Belfast”, de Kenneth Branagh “No Ritmo do Coração”, de Sian Heder “Duna”, de Denis Villeneuve “King Richard: Criando Campeãs”, de Reinaldo Marcus Green “Ataque dos Cães”, de Jane Campion Melhor filme (comédia ou musical) “Cyrano”, de Joe Wright “Não Olhe para Cima”, de Adam Mckay “Licorice Pizza”, de Paul Thomas Anderson “Tick, Tick Boom!”, de Lin-Manuel Miranda “Amor, Sublime Amor”, de Steven Spielberg Melhor animação “Encanto” “Flee” “Luca” “My Sunny Maad” “Raya e o Último Dragão” Melhor roteiro “Licorice Pizza” “Belfast” “Ataque dos Cães” “Não Olhe para Cima” “Being the Ricardos” Melhor direção Kenneth Branagh, por “Belfast” Jane Campion, por “Ataque dos Cães” Maggie Gyllenhaal, por “The Lost Daughter” Steven Spielberg, por “Amor, Sublime Amor” Denis Villeneuve, por “Duna” Melhor trilha sonora “A Crônica Francesa” “Encanto” “Ataque dos Cães” “Madres Paralelas” “Duna” %u200B Melhor canção original “Be Alive”, de “King Richard: Criando Campeãs” “Dos Orugitas”, de “Encanto “Down to Joy”, de “Belfast” “Here I Am (Singing My Way Home)”, de “Respect: A História de Aretha Franklin” “No Time to Die”, de “Sem Tempo para Morrer” Melhor ator (drama) Mahershala Ali, por “Swan Song” Javier Bardem, por “Being the Ricardos” Benedict Cumberbatch, por “Ataque dos Cães” Will Smith, por “King Richard: Criando Campeãs” Denzel Washington, por “The Tragedy of Macbeth” Melhor atriz (drama) Jessica Chastain, por “Os Olhos de Tammy Faye” Olivia Colman, por “The Lost Daughter” Nicole Kidman, por “Being the Ricardos” Lady Gaga, por “Casa Gucci” Kristen Stewart, por “Spencer” Melhor ator (musical ou comédia) Leonardo DiCaprio, por “Não Olhe para Cima” Peter Dinklage, por “Cyrano” Andrew Garfield, por “Tick, Tick Boom!” Cooper Hoffman, por “Licorice Pizza” Anthony Ramos, por “In the Heights” Melhor atriz (musical ou comédia) Marion Cotillard, por “Annette” Alana Haim, por “Licorice Pizza” Jennifer Lawrence, por “Não Olhe para Cima” Emma Stone, por “Cruella” Rachel Zegler, por “Amor, Sublime Amor” %u200B Melhor ator coadjuvante Ben Affleck, por “The Tender Bar” Jamie Dornan, por “Belfast” Ciarán Hinds, por “Belfast” Troy Kotsur, por “No Ritmo do Coração Kodi Smit-McPhee, por “Ataque dos Cães” Melhor atriz coadjuvante Caitríona Balfe, por “Belfast” Ariana DeBose, por “Amor, Sublime Amor” Kirsten Dunst, por “Ataque dos Cães” Aunjanue Ellis, por “King Richard: Criando Campeãs” Ruth Negga, por “Identidade” Melhor filme em língua estrangeira “Compartment No. 6”, de Juho Kuosmanen (Finlândia) “Drive My Car”, de Ryusuke Hamaguchi (Japão) “A Mão de Deus”, de Paolo Sorrentino (Itália) “Madres Paralelas”, de Pedro Almodóvar (Espanha) “A Hero”, de Asghar Farhadi (Irã) TELEVISÃO Melhor série de drama “Succession” “Round 6” “Pose” “The Morning Show” “Lupin” Melhor série de comédia “The Great” “Only Murders In the Building” “Ted Lasso” “Hacks” “Reservation Dogs” Melhor minissérie ou filme para TV “Dopesick” “Impeachment: American Crime Story” “Maid” “Mare of Easttown” “The Underground Railroad” Melhor ator (drama) Brian Cox, por “Succession” Lee Jung-jae, por “Round 6” Billy Porter, por “Pose” Jeremy Strong, por “Succession” Omar Sy, por “Lupin” Melhor atriz (drama) Christine Baranski, por “The Good Fight” Elizabeth Moss, “The Handmaid’s Tale” Jennifer Aniston, “The Morning Show” Mj Rodriguez, “Pose” Uzo Aduba, “In Treatment” Melhor ator (comédia) Anthony Anderson, por “Black-ish” Nicholas Hoult, por “The Great” Steve Martin, por “Only Murders in the Building” Martin Short, por “Only Murders in the Building” Jason Sudeikis, por “Ted Lasso” Melhor atriz (comédia) Hannah Einbender, por “Hacks” Elle Fanning, por “The Great” Issa Rae, por “Insecure” Tracee Ellis Ross, por “Black-ish” Jean Smart, por “Hacks” Melhor ator (minissérie ou filme para a TV) Paul Bettany, por “WandaVision” Oscar Isaac, por “Cenas de um Casamento” Michael Keaton, por “Dopesick” Ewan McGregor, por “Halston” Tahar Raheem, por “O Paraíso e a Serpente” Melhor atriz (minissérie ou filme para a TV) Jessica Chastain, por “Cenas de um Casamento” Elizabeth Olsen, por “WandaVision” Kate Winslet, por “Mare of Easttown” Cynthia Erivo, por “Genius: Aretha” Margaret Qualley, por “Maid” Melhor ator coadjuvante Billy Crudup, por “The Morning Show” Kieran Culkin, por “Succession” Mark Duplass, por “The Morning Show” Brett Goldstein, por “Ted Lasso” Oh Yeong-su, por “Round 6” Melhor atriz coadjuvante Jennifer Coolidge, por “The White Lotus” Kaitlyn Dever, por “Dopesick” Andie MacDowell, por “Maid” Sarah Snook, por “Succession” Hannah Waddingham, por “Ted Lasso”

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    Globo de Ouro 2022 vai acontecer sem transmissão televisiva

    15 de outubro de 2021 /

    A Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês) anunciou que vai realizar a premiação do Globo de Ouro em 2022, apesar da decisão da rede NBC de não transmitir o evento. Os indicados ao prêmio serão revelados em 13 de dezembro e os vencedores anunciados em 9 de janeiro de 2022. Embora o formato desse evento não tenha sido revelado, o Globo de Ouro já teve uma edição em que os premiados foram simplesmente nomeados numa entrevista coletiva de imprensa. Isto aconteceu em 2008, durante a greve dos roteiristas de Hollywood. A NBC tomou a decisão de não transmitir o próximo Globo de Ouro em maio, repercutindo boicotes de vários setores de Hollywood após a denúncia de que a HFPA não tinha integrantes negros, o que também trouxe à tona acusações de histórico sexista e falta de ética de integrantes da organização. Por conta disso, a HFPA se comprometeu a mudar, abrindo vagas para novos integrantes e mudando várias de suas regras, incluindo a adoção de um manual de ética. Poucos levaram fé nas promessas e o boicote ao evento foi mantido. Após os esforços iniciais para se renovar, a organização aprovou seis integrantes negros em 1 de outubro – um resultado pífio, que tornou os eleitores do Globo de Ouro apenas 5,7% mais diversos que no ano passado. Exibida em meio à polêmica, a cerimônia de 2021 teve a pior audiência do Globo de Ouro em todos os tempos, assistida por 6,9 milhões de pessoas. Uma catástrofe quase apocalíptica em comparação aos 18,3 milhões que sintonizaram a premiação no ano passado.

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    WarnerMedia reforça boicote ao Globo de Ouro

    10 de maio de 2021 /

    A WarnerMedia é o novo conglomerado a protestar contra a associação encarregada da premiação do Globo de Ouro. A empresa que contém os estúdios Warner Bros., o canal pago HBO e a plataforma de streaming HBO Max se juntou à Netflix e à Amazon num boicote à Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês) até que “mudanças sejam implementadas”. “Embora elogiemos a aprovação dos membros do HFPA do plano para avançar em direção a uma reforma radical, não acreditamos que o plano vá longe o suficiente para abordar a amplitude de nossas preocupações, nem seu cronograma captura a necessidade urgente com a qual essas questões devem ser abordadas”, declarou o alto escalão da WarnerMedia em uma carta aberta endereçada ao presidente da HFPA, Ali Sar. “Os estúdios e canais da WarnerMedia vão se abster de envolvimento direto com a HFPA, incluindo entrevistas coletivas sancionadas pela associação e convites para seus jornalistas cubram outros eventos da indústria, até que as mudanças sejam implementadas”, continua a correspondência. “Isso abrange todas as produções da HBO, HBO Max, Warner Bros. Pictures Group, Warner Bros. Television, TNT e TBS.” Em sua declaração à imprensa, a WarnerMedia apontou: “Por muito tempo, exigências de ‘mimos’, favores especiais e pedidos pouco profissionais foram feitos [pelo time do Globo de Ouro] a nós e a outros em nossa indústria. Nos arrependemos de ter apenas reclamado, mas tolerado esse comportamento, até agora”. O poderoso conglomerado ainda “sugeriu” que as mudanças na HFPA deveriam incluir “um código de conduta específico e bem vigiado, que inclua uma política de tolerância zero a incidentes de contato físico não consentido com atores e equipe”. A sugestão leva em conta uma denúncia de Brendan Fraser (“A Múmia”), que acusou um ex-presidente da HFPA de assédio sexual durante um evento do Globo de Ouro. Sério. Mais detalhes dessa história estão incluídos em outra polêmica da HFPA abordada mais abaixo. A carta foi enviada pela WarnerMedia antes da rede NBC anunciar que não transmitirá o Globo de Ouro de 2022. A credibilidade da associação responsável pelo Globo de Ouro foi colocada em cheque após um escândalo de corrupção e racismo em seus quadros vir à tona no começo do ano. Tudo começou com uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos, que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro deste ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representaria o fim do prêmio. Como se não precisasse de mais confusão, em abril um ex-presidente da entidade, Philip Berk, de 88 anos e ainda membro da HFPA, encaminhou um e-mail aos colegas chamando o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), criado para protestar contra o extermínio de negros pela polícia dos EUA, de “um movimento de ódio racista”. Não satisfeito, ainda comparou uma das líderes do movimento ao psicopata Charles Manson. No texto, ele criticou uma das fundadoras do Black Lives Matter, Patrisse Cullors, por supostamente comprar uma casa no Topango Canyon. “A propriedade se localiza na mesma rua de uma das casas envolvidas nos assassinatos de Charles Manson, o que é apropriado, já que o objetivo dele era começar uma guerra racial. Este trabalho é continuado pelo Black Lives Matter hoje em dia”, disparou Berk. O conteúdo do e-mail foi revelado pelo jornal Los Angeles Times e serviu, aos olhos do mundo, para explicar o motivo da falta de integrantes negros na HFPA. Embora tenha sido rapidamente condenado por outros membros da organização como racista, “vil” e “não apropriada”, a opinião de Berk acendeu o sinal amarelo para o cancelamento do Globo de Ouro. Após mais um escândalo, a rede NBC se manifestou prontamente e começou a considerar encerrar seu contrato para exibir a premiação. Berk foi afastado, mas sua manifestação despropositada ainda lembrou que a HFPA tem o hábito de anunciar medidas que nunca toma. O e-mail foi o terceiro problema criado pelo sul-africano para a associação. Anteriormente, ele chegou a tirar licença após a repercussão de um livro de memórias que lançou em 2014 e que deixou a organização mal com vários artistas. E foi ele quem foi denunciado por assédio sexual pelo ator Brendan Fraser. Segundo o astro de “A Múmia”, Berk apalpou seu bumbum sem permissão durante um evento do Globo de Ouro. A HFPA chegou a dizer que estava investigando a acusação, mas nenhuma ação foi tomada contra seu ex-presidente. Berk continuou votando no Globo de Ouro e influenciando a premiação até este ano. Sem tempo para refletir o estrago, o anúncio das mudanças esperadas para os próximos Globos de Ouro aconteceu na quinta-feira passada (6/5), incluindo a promessa de acrescentar 20 novos membros, a maioria composta por jornalistas negros, a partir de setembro, e mais 20 até o fim do ano que vem. Ao perceber que isto não traria as alterações profundas que muitos esperavam, além de manter o predomínio dos membros atuais, várias empresas e artistas de Hollywood iniciaram protestos que, num efeito em cadeia, colocou em cheque a continuidade do Globo de Ouro. Juntando-se aos protestos, a organização Time’s Up, criada durante o movimento #MeToo para defender minorias de abusos da indústria, resumiu os questionamentos, num comunicado divulgado na sexta. “Infelizmente, a lista de ‘reformas’ adotada ontem e endossada pela NBCUniversal [dona da NBC] e pela Dick Clark Productions [produtora da cerimônia televisiva] é muito insuficiente e dificilmente transformadora. Em vez disso, essas medidas garantem que os atuais membros do HFPA permaneçam em maioria e que o próximo Globo de Ouro seja decidido com os mesmos problemas fundamentais que existem há anos. A lista de recomendações da HFPA em grande parte não contém especificações, nenhum compromisso com responsabilidade real ou mudança, e nenhum cronograma real para implementar essas mudanças. O prazo proposto pela HFPA para 1 de setembro para as primeiras – mas não todas – reformas localiza-se já no próximo ciclo de premiação”, escreveu Tina Chen, presidente e CEO da Time’s Up. “Os chavões de fachada adotados ontem não são nem a transformação que foi prometida nem o que nossa comunidade criativa merece. Qualquer organização que se propõe a julgar nossa vibrante comunidade de criadores e talentos deve fazer melhor”, acrescentou. A coalisão das agências de talento foi na mesma linha. “Temos preocupações específicas sobre o cronograma para mudanças, já que o calendário de premiação tradicional de 2022 se aproxima, e não queremos enfrentar outro ciclo de premiação do Globo de Ouro com a problemática estrutura existente da HFPA”, diz o comunicado conjunto dos empresários, que faz uma ressalva preocupante para a associação: “A menos que o Globo de Ouro seja adiado até 2023…” A indicação favorável ao boicote é reforçada em outro trecho, que encerra o texto: “Continuaremos a nos abster de quaisquer eventos sancionados pela HFPA, incluindo entrevistas coletivas de imprensa, até que essas questões sejam esclarecidas em detalhes com um firme compromisso com um cronograma que respeite a realidade iminente da temporada de 2022. Estamos prontos para colaborar com o HFPA para garantir que o próximo Globo de Ouro – seja em 2022 ou 2023 – represente os valores de nossa comunidade criativa”. A Netflix também não escondeu sua decepção com o plano da HFPA. “Como muitos em nosso setor, esperávamos pelo anúncio na esperança de que vocês reconhecessem a amplitude dos problemas enfrentados pela HFPA e oferecessem um roteiro claro para a mudança”, escreveu Ted Sarandos, chefe de conteúdo da plataforma, considerando o cronograma do plano da HFPA inaceitável. “Portanto, estamos interrompendo todas as atividades com sua organização até que mudanças mais significativas sejam feitas.” A Amazon fez coro. “Não estamos trabalhando com a HFPA desde que essas questões foram levantadas pela primeira vez e, como o resto da indústria, estamos aguardando uma resolução sincera e significativa antes de prosseguirmos”, disse a chefe do Amazon Studios Jennifer Salke. Atores como Mark Ruffalo e Scarlett Johansson expressaram suas frustrações e sugeriram o boicote, enquanto Tom Cruise foi além e devolveu as três estatuetas que tinha conquistado no Globo de Ouro. Pressionado, o comitê responsável por mudar a postura da HFPA terá agora que se desdobrar, acelerar seu cronograma e convencer a indústria de que seu prêmio ainda é viável. Caso contrário, arrisca-se a perder seu contrato milionário com a rede NBC – que ao tirar o Globo de Ouro do calendário de 2022, deu um prazo amplo, mas específico para a organização resolver seus problemas e entrar em sintonia com aquilo que os representantes de Hollywood esperam. O fato é que se os artistas decidirem não participar mais do prêmio, o Globo de Ouro deixa de ter viabilidade como programa de televisão e simplesmente acabará.

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    NBC não exibirá o Globo de Ouro em 2022

    10 de maio de 2021 /

    O Globo de Ouro recebeu seu golpe mais mortal. A rede NBC anunciou que não vai transmitir a premiação em 2022. O contrato milionário com o canal, pelos direitos de transmissão da cerimônia, é que sustenta a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês). Sem esse negócio, não só o Globo de Ouro, mas a própria entidade corre o risco de se tornar inviável. A NBC divulgou a seguinte declaração nesta segunda-feira (10/5): “Continuamos a acreditar que o HFPA está comprometida com uma reforma significativa. No entanto, uma mudança dessa magnitude exige tempo e trabalho, e acreditamos fortemente que o HFPA precisa de tempo para fazê-lo da maneira certa. Como tal, a NBC não irá transmitir o Globo de Ouro de 2022. Supondo que a organização execute seu plano, temos esperança de estar em posição de transmitir o programa em janeiro de 2023”. A decisão ecoa a pressão das plataformas Amazon e Netflix, de uma coalizão de 100 agências de talentos, que representam as principais estrelas do cinema e da televisão dos EUA e do Reino Unido, e, nas últimas horas, também da WarnerMedia. Todos anunciaram rompimento com a HFPA. As agências ainda chegaram a sugerir especificamente o cancelamento do Globo de Ouro em 2022, diante da falta de pressa da associação para promover as mudanças esperadas pela indústria do entretenimento. A credibilidade da HFPA foi colocada em cheque após um escândalo de corrupção e racismo em seus quadros vir à tona no começo do ano. Tudo começou com uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos, que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro deste ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representaria o fim do prêmio. Como se não precisasse de mais confusão, em abril um ex-presidente da entidade, Philip Berk, de 88 anos e ainda membro da HFPA, encaminhou um e-mail aos colegas chamando o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), criado para protestar contra o extermínio de negros pela polícia dos EUA, de “um movimento de ódio racista”. Não satisfeito, ainda comparou uma das líderes do movimento ao psicopata Charles Manson. No texto, ele criticou uma das fundadoras do Black Lives Matter, Patrisse Cullors, por supostamente comprar uma casa no Topango Canyon. “A propriedade se localiza na mesma rua de uma das casas envolvidas nos assassinatos de Charles Manson, o que é apropriado, já que o objetivo dele era começar uma guerra racial. Este trabalho é continuado pelo Black Lives Matter hoje em dia”, disparou Berk. O conteúdo do e-mail foi revelado pelo jornal Los Angeles Times e serviu, aos olhos do mundo, para explicar o motivo da falta de integrantes negros na HFPA. Embora tenha sido rapidamente condenado por outros membros da organização como racista, “vil” e “não apropriada”, a opinião de Berk acendeu o sinal amarelo para o cancelamento do Globo de Ouro. Após mais um escândalo, a rede NBC se manifestou prontamente e começou a considerar encerrar seu contrato para exibir a premiação. Berk foi afastado, mas sua manifestação despropositada ainda lembrou que a HFPA tem o hábito de anunciar medidas que nunca toma. O e-mail foi o terceiro problema criado pelo sul-africano para a associação. Anteriormente, ele chegou a tirar licença após a repercussão de um livro de memórias que lançou em 2014 e que deixou a organização mal com vários artistas. E em 2018 ele foi denunciado por assédio sexual pelo ator Brendan Fraser. Segundo o astro de “A Múmia”, Berk apalpou seu bumbum sem permissão durante um evento do Globo de Ouro. A HFPA chegou a dizer que estava investigando a acusação, mas nenhuma ação foi tomada contra seu ex-presidente. Ele continuou votando no Globo de Ouro e influenciando a premiação até este ano. Sem tempo para refletir o estrago, o anúncio das mudanças esperadas para os próximos Globos de Ouro aconteceu na quinta-feira passada (6/5), incluindo a promessa de acrescentar 20 novos membros, a maioria composta por jornalistas negros, a partir de setembro, e mais 20 até o fim do ano que vem. Ao perceber que isto não traria as alterações profundas que muitos esperavam, além de manter o predomínio dos membros atuais, várias empresas e artistas de Hollywood iniciaram protestos que, num efeito em cadeia, colocou em cheque a continuidade do Globo de Ouro. Juntando-se aos protestos, a organização Time’s Up, criada durante o movimento #MeToo para defender minorias de abusos da indústria, resumiu os questionamentos, num comunicado divulgado na sexta. “Infelizmente, a lista de ‘reformas’ adotada ontem e endossada pela NBCUniversal [dona da NBC] e pela Dick Clark Productions [produtora da cerimônia televisiva] é muito insuficiente e dificilmente transformadora. Em vez disso, essas medidas garantem que os atuais membros do HFPA permaneçam em maioria e que o próximo Globo de Ouro seja decidido com os mesmos problemas fundamentais que existem há anos. A lista de recomendações da HFPA em grande parte não contém especificações, nenhum compromisso com responsabilidade real ou mudança, e nenhum cronograma real para implementar essas mudanças. O prazo proposto pela HFPA para 1 de setembro para as primeiras – mas não todas – reformas localiza-se já no próximo ciclo de premiação”, escreveu Tina Chen, presidente e CEO da Time’s Up. “Os chavões de fachada adotados ontem não são nem a transformação que foi prometida nem o que nossa comunidade criativa merece. Qualquer organização que se propõe a julgar nossa vibrante comunidade de criadores e talentos deve fazer melhor”, acrescentou. A coalisão das agências de talento foi na mesma linha. “Temos preocupações específicas sobre o cronograma para mudanças, já que o calendário de premiação tradicional de 2022 se aproxima, e não queremos enfrentar outro ciclo de premiação do Globo de Ouro com a problemática estrutura existente da HFPA”, diz o comunicado conjunto dos empresários, que faz uma ressalva preocupante para a associação: “A menos que o Globo de Ouro seja adiado até 2023…” A indicação favorável ao boicote é reforçada em outro trecho, que encerra o texto: “Continuaremos a nos abster de quaisquer eventos sancionados pela HFPA, incluindo entrevistas coletivas de imprensa, até que essas questões sejam esclarecidas em detalhes com um firme compromisso com um cronograma que respeite a realidade iminente da temporada de 2022. Estamos prontos para colaborar com o HFPA para garantir que o próximo Globo de Ouro – seja em 2022 ou 2023 – represente os valores de nossa comunidade criativa”. A Netflix também não escondeu sua decepção com o plano da HFPA. “Como muitos em nosso setor, esperávamos pelo anúncio na esperança de que vocês reconhecessem a amplitude dos problemas enfrentados pela HFPA e oferecessem um roteiro claro para a mudança”, escreveu Ted Sarandos, chefe de conteúdo da plataforma, considerando o cronograma do plano da HFPA inaceitável. “Portanto, estamos interrompendo todas as atividades com sua organização até que mudanças mais significativas sejam feitas.” A Amazon fez coro. “Não estamos trabalhando com a HFPA desde que essas questões foram levantadas pela primeira vez e, como o resto da indústria, estamos aguardando uma resolução sincera e significativa antes de prosseguirmos”, disse a chefe do Amazon Studios Jennifer Salke. Atores como Mark Ruffalo e Scarlett Johansson expressaram suas frustrações e sugeriram o boicote, enquanto Tom Cruise foi além e devolveu as três estatuetas que tinha conquistado no Globo de Ouro. Pressionado, o comitê responsável por mudar a postura da HFPA terá agora que se desdobrar, acelerar seu cronograma e convencer a indústria de que seu prêmio ainda é viável. Caso contrário, arrisca-se a perder seu contrato milionário com a rede NBC – que ao tirar o Globo de Ouro do calendário de 2022, deu um prazo amplo, mas específico para a organização resolver seus problemas e entrar em sintonia com aquilo que os representantes de Hollywood esperam. O fato é que se os artistas decidirem não participar mais do prêmio, o Globo de Ouro deixa de ter viabilidade como programa de televisão e simplesmente acabará.

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    Tom Cruise devolve troféus do Globo de Ouro em protesto

    10 de maio de 2021 /

    O astro Tom Cruise devolveu suas três estatuetas do Globo de Ouro para a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês). Ele tinha troféus de Melhor Ator por “Nascido em 4 de Julho” (1989) e “Jerry Maguire” (1996), além de Melhor Ator Coadjuvante por “Magnólia” (1999). O gesto foi o protesto mais claro de um astro de Hollywood contra a associação responsável pela tradicional premiação de cinema e TV dos EUA, e acontece após Scarlett Johansson defender boicote contra a HFPA e a Amazon, Netflix e uma coalizão de 100 agências de talentos (responsáveis pelas carreiras das estrelas da indústria do entretenimento) ameaçarem não trabalhar mais com os jornalistas estrangeiros responsáveis pelo Globo de Ouro. A credibilidade da HFPA foi colocada em cheque após realizar uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos, que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro deste ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representaria o fim do prêmio. O anúncio das mudanças aconteceu na quinta-feira passada (6/5), incluindo a promessa de acrescentar 20 novos membros, a maioria composta por jornalistas negros, mas apenas a partir de setembro, quando a temporada de premiação estiver começando. Ao perceber que isto não traria as alterações profundas que muitos esperavam, além de manter o predomínio dos membros atuais, várias empresas e artistas de Hollywood iniciaram protestos que, num efeito em cadeia, ameaça a continuidade do Globo de Ouro.

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    Scarlett Johansson defende boicote contra o Globo de Ouro

    8 de maio de 2021 /

    Scarlett Johansson se tornou uma das primeiras estrelas de Hollywood a se manifestar claramente a favor de um boicote contra o Globo de Ouro. Em um comunicado divulgado à imprensa neste sábado (8/5), a intérprete de Viúva Negra destacou que cansou de enfrentar “perguntas e comentários sexistas” de jornalistas da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), organização responsável pela premiação do Globo de Ouro, e sugeriu que a indústria do cinema e da televisão se juntasse, após as iniciativas da Netflix, da Amazon e de 100 agências de talentos, que decidiram boicotar o Globo de Ouro pela dificuldade da entidade de adotar medidas para sanar seus problemas crônicos de falta de ética e representatividade. “Espera-se que uma atriz que promova um filme participe da temporada de premiações, o que inclui entrevistas coletivas e de cerimônias de premiação”, disse Johansson em seu comunicado. “No passado, isso geralmente significava enfrentar perguntas e comentários sexistas de certos membros da HFPA que beiravam o assédio sexual. Foi também a razão exata pela qual eu, por muitos anos, me recusei a participar de suas coletivas. A HFPA é uma organização que foi legitimada por nomes como Harvey Weinstein para ganhar impulso como prévia do reconhecimento da Academia e a indústria os seguiu. A menos que haja uma reforma fundamental necessária dentro da organização, acredito que é hora de dar um passo atrás em relação à HFPA e nos concentrar na importância e na força da unidade dentro de nossos sindicatos e da indústria como um todo”, ela concluiu. A declaração foi a mais contundente, mas não a única entre os astros de cinema dos EUA. Seu colega da Marvel, Mark Ruffalo, que venceu um Globo de Ouro neste ano (por seu papel na minissérie “I Know This Much Is True”), manifestou-se na noite de sexta (7/5) dizendo que era hora de “corrigir os erros do passado” da premiação, dizendo-se desanimado com a falta de empenho da entidade para mudar. “É desanimador ver a HFPA, que ganhou destaque e lucrou muito com seu envolvimento com cineastas e atores, resistir à mudança que está sendo pedida por muitos dos grupos que foram os mais privados de direitos por sua cultura de sigilo e exclusão. Agora é a hora de intensificar e corrigir os erros do passado”, ele declarou. “Nossa indústria está abraçando a oportunidade de maior igualdade neste belo momento. Não é perfeito ou exagerado, mas é claro o que deve acontecer e como. O Movimento de Justiça está oferecendo a todos nós, à HFPA e a todas as outras entidades de entretenimento, um bom caminho a seguir. Todos nós devemos seguir o exemplo. É nosso público e nosso maior senso de decência que estamos servindo com essas mudanças. Ambos são merecedores.” Os comentários refletem a frustração da indústria do entretenimento com as mudanças anunciadas pela HFPA na quinta-feira (6/5), como parte de um esforço para salvar o Globo de Ouro. A HFPA foi forçada a reavaliar seu funcionamento após realizar uma das seleções mais controversas de indicados ao Globo de Ouro de todos os tempos, que originou acusações de “falta de representatividade” (eufemismo de racismo) em fevereiro. “Um constrangimento completo e absoluto”, escreveu Scott Feinberg, o respeitado crítico de cinema da revista The Hollywood Reporter, sobre os indicados. Dias depois, uma reportagem-denúncia do jornal Los Angeles Times revelou que a HFPA não tinha nenhum integrante negro. Para piorar, a reportagem ainda demonstrou que o costume de aceitar presentes dos estúdios influenciava votos na premiação. Um exemplo citado foi uma viagem totalmente paga para membros da HFPA para o set de “Emily em Paris” na França, que acabou revertida em indicação para a série da Netflix disputar o Globo de Ouro, na vaga de produções de maior qualidade. A polêmica gerou vários protestos online e chegou a ofuscar a cerimônia do Globo de Ouro deste ano, que teve sua pior audiência de todos os tempos. Na ocasião, o presidente da entidade se comprometeu a rever o modelo de funcionamento da HFPA. Mas, por via das dúvidas, vários setores da indústria anunciaram que cobrariam para que isso não ficasse no discurso, ameaçando proibir seus contratados (todos os grandes atores de cinema e TV) de participarem do Globo de Ouro de 2022 – o que, na prática, representaria o fim do prêmio. O anúncio das mudanças aconteceu nesta semana, incluindo a promessa de acrescentar 20 novos membros, a maioria composta por jornalistas negros, mas apenas a partir de setembro, quando a temporada de premiação estiver começando. Ao perceber que isto não traria as alterações profundas que muitos esperavam, além de manter o predomínio dos membros atuais, plataformas como Amazon e Netflix, representantes de 100 agências de talentos (que cuidam da carreira das estrelas de Hollywood) e até os próprios artistas começaram a reagir com decepção, anunciando um boicote à premiação. “Infelizmente, a lista de ‘reformas’ adotada ontem e endossada pela NBCUniversal [dona da NBC] e pela Dick Clark Productions [produtora da cerimônia televisiva] é muito insuficiente e dificilmente transformadora. Em vez disso, essas medidas garantem que os atuais membros do HFPA permaneçam em maioria e que o próximo Globo de Ouro seja decidido com os mesmos problemas fundamentais que existem há anos. A lista de recomendações da HFPA em grande parte não contém especificações, nenhum compromisso com responsabilidade real ou mudança, e nenhum cronograma real para implementar essas mudanças. O prazo proposto pela HFPA para 1 de setembro para as primeiras – mas não todas – reformas localiza-se já no próximo ciclo de premiação”, escreveu Tina Chen, presidente e CEO da Time’s Up. “Os chavões de fachada adotados ontem não são nem a transformação que foi prometida nem o que nossa comunidade criativa merece. Qualquer organização que se propõe a julgar nossa vibrante comunidade de criadores e talentos deve fazer melhor”, acrescentou. A coalisão das agências de talento foi na mesma linha. “Temos preocupações específicas sobre o cronograma para mudanças, já que o calendário de premiação tradicional de 2022 se aproxima, e não queremos enfrentar outro ciclo de premiação do Globo de Ouro com a problemática estrutura existente da HFPA”, diz o comunicado conjunto dos empresários, que faz uma ressalva preocupante para a associação: “A menos que o Globo de Ouro seja adiado até 2023…” A Netflix também não escondeu sua decepção com o plano da HFPA. “Como muitos em nosso setor, esperávamos pelo anúncio na esperança de que vocês reconhecessem a amplitude dos problemas enfrentados pela HFPA e oferecessem um roteiro claro para a mudança”, escreveu Ted Sarandos, chefe de conteúdo da plataforma, considerando o cronograma do plano da HFPA inaceitável. “Portanto, estamos interrompendo todas as atividades com sua organização até que mudanças mais significativas sejam feitas.” A Amazon fez coro. “Não estamos trabalhando com a HFPA desde que essas questões foram levantadas pela primeira vez e, como o resto da indústria, estamos aguardando uma resolução sincera e significativa antes de prosseguirmos”, disse a chefe do Amazon Studios Jennifer Salke. Pressionado, o comitê agora terá que mostrar serviço, acelerar seu cronograma e convencer a indústria de que seu prêmio ainda é viável. Caso contrário, arrisca-se a perder seu contrato milionário com a rede NBC, que viabiliza o Globo de Ouro em troca da transmissão televisiva, pagando os polpudos salários dos membros da associação. O fato é que se os artistas não aparecerem, a cerimônia do Globo de Ouro deixa de ter atrativo como programa de televisão.

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