The Wolf Hour: Naomi Watts enfrenta blecaute e paranoia em trailer de suspense
A Brainstorm Media divulgou dois pôsteres e o trailer de “The Wolf Hour”, suspense estrelado por Naomi Watts (“A Série Divergente: Convergente”). Ela interpreta uma romancista nova-iorquina que se tornou reclusa, praticamente agorafóbica, e que se vê diante de um grave estresse emocional durante o blecaute que tomou conta da cidade no verão de 1977, período também conhecido como “Summer of Sam”, em referência ao serial killer David Berkowitz, mais conhecido como Son of Sam, que aterrorizou a população. Com ligações estranhas no porteiro eletrônico, ruídos no corredor do prédio, mortes na vizinhança e um apagão total de energia em todo o bairro, ela se torna mais paranoica que nunca. Com clima que remete ao clima do clássico “Repulsa ao Sexo” (1965), o filme escrito e dirigido por Alistair Banks Griffin (“Two Gates of Sleep”) teve première no Festival de Sundance e registra 70% de aprovação no Rotten Tomatoes. O elenco também inclui Jennifer Ehle (“A Hora Mais Escura”), Jeremy Bobb (“Jessica Jones”), Kelvin Harrison Jr. (“Godfather of Harlem”), Emory Cohen (“Lords of Chaos”) e Brennan Brown (“The Man in the High Castle”). A estreia comercial está marcada para 6 de dezembro nos Estados Unidos e não há previsão de lançamento no Brasil.
Cara Gente Branca vai acabar na 4ª temporada
A Netflix anunciou o cancelamento de mais uma série, seguindo o esquema inaugurado por “Lucifer”, que consiste em informar a renovação para uma última temporada. A “renovação” da vez foi “Cara Gente Branca” (Dear White People”. A atração vai acabar após sua vindoura 4ª temporada. O anúncio foi feito pelo elenco da série em um vídeo no qual eles conversam pelo Facetime. Veja abaixo. Baseada no aclamado filme independente de mesmo nome, a série satiriza a “América pós-racial” ao retratar a vida de estudantes negros em uma conceituada universidade predominantemente branca. A atração faz um questionamento extensivo do racismo no mundo moderno, sem poupar sequer o pensamento politicamente correto e condescendente a respeito da diversidade racial. A série foi criada pelo diretor e roteirista Justin Simien, responsável pelo longa original, premiado no Festival de Sundance de 2014, e além de explorar questões de raça, também discute classes sociais e sexualidade. Assim como as três temporadas anteriores, a season finale terá 10 episódios. A data de estreia dos capítulos finais ainda não foi divulgada.
Buscando…: Suspense passado em tela de computador vai ganhar sequência
A Sony planeja produzir uma continuação de “Buscando…”, suspense passado inteiramente na tela de um computador. O filme virou um dos melhores negócios já feitos no Festival de Sundance. Adquirido por US$ 5 milhões pela Stage 6 Films, divisão “indie” da Sony, acabou faturando US$ 75 milhões nos cinemas. Por conta disso, o estúdio quer fazer mais um. A equipe criativa original foi contratada para desenvolver uma nova história, que pode ter relação com a trama original ou trazer novos personagens num suspense com a mesma premissa tecnológica. Estreia do cineasta Aneesh Chaganty, “Buscando…” radicalizou o conceito do “found footage”, que marcou terrores recentes com o ponto de vista de câmeras amadoras, mostrando toda a ação a partir da interação dos personagens com a internet. O detalhe é que o “maneirismo” é indissociável da narrativa, que acompanha um pai preocupado (John Cho, de “Star Trek”) com a filha que sumiu. Em busca de pistas, ele vasculha as redes sociais da adolescente, conecta-se com amigos da filha, sempre diante da câmera do laptop, enquanto acompanha notícias do desaparecimento no YouTube e pesquisa sites, que se materializam para o espectador compartilhar sua busca e a constatação de que não tinha a menor ideia da vida privada da jovem. Mas a estética “online” não chega a distrair da principal força da trama: seu suspense. Há mais reviravoltas que se pode imaginar em visitas ao Google, Instagram e Reddit, arrastando o protagonista, um homem comum, a uma situação desesperadora, digna do cinema analógico do velho mestre Hitchcock. Com 92% de aprovação no Rotten Tomatoes, a obra impressionou tanto nos Estados Unidos que foi consagrado como Melhor Filme da seção Next, no Festival de Sundance 2018, e recebeu um raro prêmio da Fundação Alfred P. Sloan, que reconhece trabalhos capazes de popularizar a ciência, no caso a web. “Buscando…” foi o primeiro suspense criado no Google. E em mais de um sentido, já que Chaganty se notabilizou trabalhando em comerciais da companhia de tecnologia digital antes de virar diretor de cinema.
Share: HBO divulga trailer de drama premiado no Festival de Sundance
A HBO divulgou o pôster e o trailer de “Share”, drama duplamente premiado no Festival de Sundance com os troféus de Melhor Roteiro e Melhor Atuação. A trama repercute um vídeo perturbador de uma adolescente que pode ter sido abusada sexualmente por colegas, mas não se lembra do que aconteceu na noite anterior. Pressionada pela família a relatar o incidente à polícia, ela acaba isolada na escola e se tornando uma pária social. “Share” é o primeiro longa da diretora e roteirista Pippa Bianco, baseado num curta-metragem dela mesma, lançado em 2015 com trajetória igualmente premiada. O papel principal é desempenhado pela promissora Rhianne Barreto (da “Hanna”), consagrada em Sundance, e o elenco também inclui Poorna Jagannathan (“Big Little Lies”) e JC MacKenzie (“Madame Secretary”) como seus pais, Lovie Simone (“Greenleaf”), Charlie Plummer (“Todo o Dinheiro do Mundo”) e Nicholas Galitzine (“Chambers”) como colegas de escola. A estreia está marcada para 27 de julho nos Estados Unidos.
Rodrigo Santoro sustenta drama de O Tradutor em espanhol e russo
“O Tradutor” é um filme cubano-canadense estrelado pelo ator brasileiro Rodrigo Santoro, atuando em duas línguas: o espanhol e o russo. A história é contada a partir de eventos verdadeiros, vividos pelo pai e também pela mãe dos diretores, Rodrigo e Sebastián Barriuso, ambos cubanos, atualmente morando no Canadá. O ano é 1989, coincide com a queda do Muro de Berlim, que modificaria muita coisa na vida de Cuba, com o colapso da União Soviética. Mas Cuba, nesse momento, e pelo que se pode inferir desde 1986, estava recebendo em seus hospitais vítimas de radiação do pavoroso acidente nuclear de Chernobyl, ao norte da Ucrânia, próximo à fronteira com a Bielorrússia. Malin (Rodrigo Santoro), professor de literatura russa na Universidade de Havana, vê seu curso e suas aulas serem suspensos e é designado para atuar como tradutor junto a pacientes soviéticos internados em Cuba. O que lhe cabe é a dolorosa tarefa de trabalhar como intérprete, numa sessão que atende crianças contaminadas, com leucemia, e os familiares que as acompanham. Será algo capaz de mudar a vida do professor universitário e fazê-lo descobrir meios de interação com essas figuras inocentes atingidas cruelmente pela tragédia. E, ao mesmo tempo, capaz de implodir seu casamento e sua relação com os próprios filhos, crianças que também tinham suas carências e a quem faltou a presença paterna. São os diretores do filme “O Tradutor”, elaborando o passado que viveram. É uma história tocante, que trata de afetos e solidariedade, frente às mais terríveis vicissitudes da vida, como foi esse caso. O filme não deixa de mostrar os contextos econômicos e políticos envolvidos, mas sem se deter neles. O desafio pessoal do protagonista nessa circunstância fala mais alto do que tudo. A estrutura da narrativa é clássica. A paleta de cores revela, pelo esmaecimento e frieza, a tristeza que toma conta da história. Mas o tom dramático não pende ao exagero. Muito se passa dentro do personagem principal e da angústia que é obrigado a viver, na situação que lhe é imposta, mas que acaba por lhe trazer um grande desafio que ele se tornará capaz de encarar. Rodrigo Santoro sustenta muito bem o seu personagem, tanto em espanhol quanto em russo. Não é para qualquer um.
Deixando Neverland pode ganhar sequência com novas acusações contra Michael Jackson
O documentário “Deixando Neverland” (Leaving Neverland), que está dando o que falar por conta de suas acusações de pedofilia contra Michael Jackson, pode ganhar uma continuação. Em entrevista à revista Variety, o diretor Dan Reed disse que voltaria prontamente ao caso se outras supostas vítimas do cantor o procurassem para falar publicamente sobre o assunto. Ele chega a citar dois casos notórios, envolvendo Jordan Chandler e Gavin Arvizo, os meninos cujas famílias levaram Michael Jackson ao tribunal, em 1993 e 2003, respectivamente. No primeiro caso, Jackson firmou um acordo milionário para que a acusação fosse retirada. Já no segundo processo, o cantor foi inocentado pela justiça. Em “Deixando Neverland”, são outros dois homens que denunciam fatos de sua convivência com Michael Jackson na infância, James Safechuck e Wade Robson. “Se Jordan Chandler se apresentasse, eu sentaria e conversaria com ele da mesma forma que eu fiz com Wade (Robson) e James (Safechuck), e acho que esse seria o coração de um filme muito interessante sobre essa história, e a mesma coisa vale para Gavin”, afirmou o cineasta. Ao contrário do que aconteceu com Wade e Safechuck, Chandler e Arvizo tiveram seus casos levados à tona quando Michael Jackson ainda estava vivo, e tiveram grande cobertura da imprensa, o que renderia uma abordagem diferente de “Deixando Neverland”s. “Eu com certeza usaria as entrevistas que já gravei com investigadores desses casos — os procuradores e todas as pessoas que fizeram parte desse drama de forma mais ampla — , e assim você não estaria trancado em um quarto com os Safechucks e os Robsons. Eu contaria a história do ponto de vista de Jordan e Gavin, mas também pelos olhos de todos os outros participantes”, detalhou Reed. Uma das maiores audiências de documentário da HBO, o filme será exibido em duas partes no Brasil nos dias 16 e 17 de março.
Deixando Neverland registra uma das maiores audiências de documentário da HBO
Em sua estreia na HBO americana, “Deixando Neverland” (Leaving Neverland) registrou a terceira maior audiência para documentários da emissora nos últimos dez anos. A produção dirigida por Dan Reed traz acusações de abuso sexual contra o cantor Michael Jackson, por meio dos testemunhos de Wade Robson e James Safechuck, que eram crianças na época em que os supostos incidentes aconteceram. O primeiro episódio da produção, exibido no domingo (3/3), atraiu 1,29 milhões de telespectadores ao vivo, enquanto o segundo, exibido na segunda, registrou 927 mil. Os números colocam “Leaving Neverland” atrás apenas de dois documentários da HBO: “Going Clear: Scientology and the Prison of Belief” (1,7 milhões de espectadores), investigação do diretor Alex Gibney sobre a polêmica religião da Cientologia; e “Bright Lights: Starring Carrie Fisher and Debbie Reynolds” (1,6 milhões de espectadores), filme sobre a relação entre a estrela de “Star Wars” e sua mãe. A HBO brasileira vai exibir “Deixando Neverland”, também em duas partes, nos dia 16 e 17 de março.
Documentário polêmico sobre Michael Jackson ganha data de estreia no Brasil
O documentário “Deixando Neverland” (Leaving Neverland), que vem causando polêmica desde sua première no Festival de Sundance por apresentar denúncias de abusos sexuais cometidos por Michael Jackson, ganhou data de estreia no Brasil. A primeira parte do filme, que tem quatro horas de duração, vai ao ar na HBO em 16 de março, às 20h, e a segunda, no dia 17, no mesmo horário. Dirigido por Dan Reed, “Deixando Neverland” traz depoimentos de James “Jimmy” Safechuck e Wade Robson, que se tornaram amigos do cantor Michael Jackson quando eram crianças. Agora adultos, eles relatam terem sido abusados sexualmente pelo cantor quando tinham 7 e 10 anos de idade. As entrevistas contêm teor tão explícito que psicólogos ficaram a postos na sessão de Sundance para atender espectadores que se sentissem perturbados. Na ocasião, o filme foi aplaudido de pé pelo público, enquanto fãs do cantor protestavam do lado de fora do cinema. A família de Jackson chamou o documentário de “um assassinato de reputação” e está processando a HBO, que adquiriu seus direitos no festival, numa tentativa de proibir sua exibição. Nos Estados Unidos, o documentário vai ao ar neste domingo (3/3) e na segunda-feira (4/3).
O Tradutor: Novo filme de Rodrigo Santoro ganha trailer, fotos e pôster nacional
O drama “O Tradutor”, coprodução cubana e canadense elogiada no recente Festival de Sundance, ganhou fotos, trailer e pôster nacional, que destacam a participação de Rodrigo Santoro. O ator brasileiro tem o papel-título da produção e precisou interpretar em espanhol e russo. O filme acompanha um professor universitário de literatura russa convocado a trabalhar na ala infantil de um hospital em Havana, que recebeu vítimas do acidente nuclear de Chernobyl. Ele auxilia a comunicação entre os médicos e os pacientes, que foram enviados pela Rússia para receber tratamento em Cuba. Mas o fato de serem crianças o deixa abalado. “O Tradutor” é baseado na história real do pai dos diretores, os irmãos Rodrigo e Sebastián Barriuso, que estreiam na direção de longas. O lançamento nos cinemas brasileiros está marcado para 28 de março.
Herdeiros de Michael Jackson processam HBO para impedir exibição de documentário polêmico
Os herdeiros de Michael Jackson deram entrada num processo contra o canal pago americano HBO, tentando impedir a exibição do documentário “Leaving Neverland”, que traz acusações de abuso sexual contra o cantor, feitas por dois homens que eram menores de idade na época dos eventos. Os advogados dos responsáveis pelo espólio do rei do pop alegam que “Leaving Neverland” quebra um contrato antigo, assinado pela HBO e por Michael Jackson em 1992. Nele, a emissora se comprometeu a não levar ao ar conteúdos prejudiciais ao cantor. O valor da ação pode passar de US$ 100 milhões, de acordo com a revista Variety. O contrato foi assinado durante as negociações para a HBO transmitir “Michael Jackson Live in Concert in Bucharest: The Dangerous Tour”, gravação de um show do cantor. Ele embutiu uma cláusula que impedia a emissora de exibir material prejudicial ao artista. O processo chamou atenção para o trecho do contrato que diz: “A HBO não deve fazer comentários prejudiciais ao artista ou a qualquer de seus representantes, agentes, e negócios, nem participar de atos que manchem sua reputação ou imagem pública”. A emissora manteve a exibição de “Leaving Neverland”, que segue marcada para 3 e 4 de março nos Estados Unidos. Dirigido por Dan Reed, o documentário traz depoimentos de Wade Robson, James Safechuck e de suas famílias, lembrando quando eles foram convidados a visitar o rancho de Neverland, lar de Jackson. “Ele me disse que se alguém descobrisse o que estávamos fazendo, nós iríamos para a cadeira para o resto de nossas vidas”, afirma Robson no trailer disponibilizado pela HBO, antes de concluir. “Eu quero poder falar a verdade tão alto quanto eu tive que mentir por tanto tempo”. O australiano Wade Robson conheceu Michael Jackson nos bastidores de um show em seu país como prêmio de um concurso em um shopping em que ele imitava o rei do pop. Ele foi convidado a ir ao hotel de Michael após o show e viajar com sua família para os Estados Unidos, hospedando-se no rancho de Neverland. Foi aí que Robson ficou sozinho pela primeira vez com Michael. Já James Safechuck conheceu Michael Jackson após gravar um comercial para a Pepsi junto com o cantor. Os dois ficaram amigos e Michael também o convidou a ir para Neverland. Ambos chegaram a depor a favor do cantor quando ele foi julgado por outra denúncia de abuso de menor, o que gerou a revolta dos administradores do espólio do artista, que chamam os rapazes de “mentirosos” e acusam o filme de mostrar apenas um lado. A família de Jackson definiu o documentário como “linchamento público”, mas o filme foi bastante aplaudido durante sua première mundial, no Festival de Sundance.
Documentário sobre supostas vítimas de abuso de Michael Jackson ganha primeiro trailer
A HBO divulgou o primeiro trailer oficial de “Leaving Neverland”, o polêmico documentário que acusa Michael Jackson de abuso sexual de menores. Conforme explica a sinopse, o filme conta como “no auge do seu estrelato, Michael Jackson começou relacionamentos duradouros com dois garotos de 7 e 10 anos. Agora com 30 anos, eles contam a história de como foram abusados sexualmente por Jackson e como eles chegaram a um acordo anos depois”. A prévia traz depoimentos de Wade Robson, James Safechuck e de suas famílias, lembrando quando eles foram convidados a visitar o rancho de Neverland, lar do rei do pop. “Os dias eram preenchidos com experiências mágicas da infância, víamos filmes, comíamos doces e chocolates”, conta Safechuck, antes do tom mudar radicalmente. “Ele me disse que se alguém descobrisse o que estávamos fazendo, nós iríamos para a cadeira para o resto de nossas vidas”, afirma Robson, antes de concluir. “Eu quero poder falar a verdade tão alto quanto eu tive que mentir por tanto tempo”. O australiano Wade Robson conheceu Michael Jackson nos bastidores de um show em seu país como prêmio de um concurso em um shopping em que ele imitava o rei do pop. Ele foi convidado a ir ao hotel de Michael após o show e viajar com sua família para os Estados Unidos, hospedando-se no rancho de Neverland. Foi aí que Robson ficou sozinho pela primeira vez com Michael. Já James Safechuck conheceu Michael Jackson após gravar um comercial para a Pepsi junto com o cantor. Os dois ficaram amigos e Michael também o convidou a ir para Neverland. Ambos chegaram a depor a favor do cantor quando ele foi julgado por outra denúncia de abuso de menor, o que gerou a revolta dos administradores do espólio do artista, que chamam os rapazes de “mentirosos” e acusam o filme de mostrar apenas um lado. A família de Jackson definiu o documentário como “linchamento público”. Dirigido por Dan Reed, “Leaving Neverland” será exibido em duas partes, nos dias 3 e 4 de março. A exibição foi marcada rapidamente para tirar proveito da notoriedade conseguida pela polêmica em torno da exibição em Sundance e ignora ameaças do advogado Howard Weitzman, representante dos herdeiros do astro do pop, que prometeu processar o canal caso siga em frente com seus planos. Os representantes de Jackson enviaram uma carta de 10 páginas para a HBO, em que afirmam que o documentário representará “o episódio mais vergonhoso” da história do canal.
HBO vai exibir polêmico documentário sobre abusos de Michael Jackson em março
A HBO anunciou que vai exibir “Leaving Neverland”, polêmico documentário sobre Michael Jackson, que detalha denúncias de abusos sexuais de menores cometidos pelo cantor. A atração será dividida em duas partes na TV, previstas para os dias 3 e 4 de março. O canal pago americano adquiriu o documentário após sua première no Festival de Sundance 2019, onde foi recebido com aplausos pelo público presente em sua sessão, e por protestos dos fãs do cantor, numa manifestação realizada em frente ao cinema que o exibiu. A exibição foi marcada rapidamente para tirar proveito da publicidade conseguida pela polêmica em torno da produção e ignora ameaças do advogado Howard Weitzman, representante dos herdeiros do astro do pop, que prometeu processar o canal caso siga em frente com seus planos. Os representantes de Jackson enviaram uma carta de 10 páginas para a HBO, em que afirmam que o documentário representará “o episódio mais vergonhoso” da história do canal. Conforme explica a sinopse, o filme conta como “no auge do seu estrelato, Michael Jackson começou relacionamentos duradouros com dois garotos de 7 e 10 anos. Agora com 30 anos, eles contam a história de como foram abusados sexualmente por Jackson e como eles chegaram a um acordo anos depois”. Dirigido por Dan Reed, “Leaving Neverland” se concentra nos depoimentos de Wade Robson, James Safechuck e de suas famílias. O australiano Wade Robson conheceu Michael Jackson nos bastidores de um show em seu país como prêmio de um concurso em um shopping em que ele imitava o rei do pop. Ele foi convidado a ir ao hotel de Michael após o show e viajar com sua família para os Estados Unidos, hospedando-se no rancho de Neverland. Foi aí que Robson ficou sozinho pela primeira vez com Michael. Em um dos trechos do filme, ele descreve quartos secretos do rancho, onde os abusos ocorriam e que ele chegou a encenar uma cerimônia de casamento em um desses aposentos com o rei do pop. Robson se tornou um importante coreógrafo, tendo trabalhado com N’Sync e Brtiney Spears, e diz que ficou em silêncio esses anos todos porque temia pela sua carreira. Já James Safechuck conheceu Michael Jackson após gravar um comercial para a Pepsi junto com o cantor. Os dois ficaram amigos e Michael também o convidou a ir para Neverland. Os dois depoimentos revelam que o cantor os fazia acreditar que eles não podiam confiar nos próprios pais e nem nas mulheres. Ambos chegaram a depor a favor de Michael Jackson quando o cantor foi julgado por outra denúncia de abuso de menor, o que gerou a revolta dos administradores do espólio do artista, que chamam os rapazes de “mentirosos” e acusam o filme de mostrar apenas um lado. A família de Jackson definiu o documentário como “linchamento público”.
Festival de Sundance 2019 consagra filmes de cineastas femininas
O Festival de Sundance, mais importante evento do cinema independente americano e fomentador de novos talentos, anunciou os vencedores de sua edição de 2019 na noite de sábado (2/2) na cidade de Park City, Utah. E a premiação chamou atenção por destacar filmes dirigidos por mulheres. As categorias principais consagraram obras de cinco diretoras, enquanto apenas um filme de diretor masculino saiu reconhecido. O detalhe é que até este foi uma codireção com uma cineasta feminina. O fenômeno é importante por demonstrar que uma nova geração empoderada está sedenta para sepultar o clube do bolinha da Academia, que historicamente ignora trabalhos de diretoras mulheres na cerimônia do Oscar. A premiação principal de Sundance é dividida em quatro seções: longas americanos, longas internacionais, documentários americanos e documentários internacionais. “Clemency”, segundo longa-metragem da diretora e roteirista Chinonye Chukwu, foi eleito pelo júri o Melhor Filme Americano. A trama acompanha uma diretora de prisão (Alfre Woodard) que, após anos de execuções no corredor da morte, passa a confrontar os problemas psicológicos e emocionais derivados de seu trabalho. Chukwu subiu ao palco agradecendo aos produtores de “Clemency”, que buscaram uma diretora para contar a história, e e explicou que fez o filme “para que nós, enquanto sociedade, possamos parar de definir as pessoas pelos seus piores atos possíveis, acabar com o encarceramento em massa e desmantelar a complexa indústria prisional, enraizando nossas sociedades na verdadeira justiça, misericórdia e liberdade”. Entre os longas internacionais, o premiado foi “The Souvenir”, da britânica Joanna Hogg. O longa conta a história de uma jovem cineasta que põe em risco suas ambições profissionais ao se envolver com um homem viciado em drogas. Apesar de ter sido elogiado pelos críticos, o filme brasileiro “Divino Amor”, de Gabriel Mascaro, não foi premiado no festival. “One Child Nation”, da dupla Nanfu Wang e Zhang Lynn, foi escolhido o Melhor Documentário Americano. O filme se concentrou na experiência da cineasta chinesa Wan, radicada em Nova York, que usou sua família para discutir a política de filho único da China e como esse experimento social moldou gerações de pais e filhos. Por fim, “Honeyland”, de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov, que retrata a luta de um apicultor macedônio para proteger seu sustento, venceu Melhor Documentário Internacional pelo júri, e ainda saiu com dois prêmios especiais: Melhor Fotografia e de Impacto para Mudança. Confira abaixo a lista dos prêmios principais de Sundance. Premiação de Longas de Ficção Americanos Prêmio do Júri: “Clemency” Prêmio do Público: “Brittany runs a marathon” Melhor Direção: Joe Talbot (“The Last Blackman in San Francisco”) Melhor Roteiro: Pippa Bianco (“Share”) Melhor Revelação: Rhianne Barreto, “Share” Premiação de Documentários Americanos Grande Prêmio do Júri: “One child nation” Prêmio do Público: “Knock Down the House” Melhor Direção: Steven Bognar e Julia Riechert (“American Factory”) Premiação de Longas de Ficção Internacionais Prêmio do Júri: “The Souvenir” Prêmio do Público: “Queen of the Hearts” Melhor Direção: Lucía Garibaldi (“The Sharks”) Premiação de Documentários Internacionais Prêmio do Júri: “Honeyland” Prêmio do Público: “Sea of shadows” Melhor Direção: Mads Brügger (“Cold Case Hammarskjöld”)









