A Febre: Filme brasileiro vence Festival de Lima
O longa brasileiro “A Febre” venceu o prêmio de Melhor Filme do Festival de Cinema de Lima, no Peru, que no domingo (30/8) encerrou sua 24ª edição – a primeira virtual, devido à pandemia de covid-19. Exibido pela primeira vez há um ano, no Festival Internacional de Locarno, na Suíça, quando Regis Myrupu conquistou o prêmio de Melhor Ator, “A Febre” é o longa de estreia da jovem cineasta Maya Da-Rin e já também tinha sido premiado nos festivais de Biarritz (França), Brasília e Punta del Este (Uruguai). O filme narra a história de Justino (Myrupu), um indígena do povo Desana que trabalha como vigia em um porto de cargas e vive na periferia de Manaus. Desde a morte da sua esposa, sua principal companhia é a filha Vanessa, que está de partida para estudar Medicina em Brasília. Com a expectativa de ficar sozinho, Justino é tomado por uma febre forte. Durante a noite, uma criatura misteriosa segue seus passos. Durante o dia, ele luta para se manter acordado no trabalho. Em sua primeira edição online, o Festival de Lima recebeu 170 mil visitantes virtuais ao longo de nove dias de atividades, entre exibições de filmes e debates. Curiosamente, este foi o segundo ano consecutivo que um filme brasileiro venceu a premiação do evento. Em 2019, o vencedor foi “Bacurau”, dirigido por Kleber Mendonca Filho e Juliano Dornelles.
Bacurau tem sessão online gratuita com participação do elenco
O canal pago Telecine programou uma exibição especial gratuita de “Bacurau” nesta quinta (17/6), em sua página no YouTube, para comemorar o Dia do Cinema Brasileiro. Além do filme, o evento também contará com participação dos diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles e de parte do elenco para contar detalhes da produção, que venceu o prêmio do júri no Festival de Cannes do ano passado – e tem 91% de aprovação no site americano Rotten Tomatoes. A trama, que se passa numa comunidade nordestina que desaparece dos mapas, promove uma mistura de gêneros e envolve o espectador numa luta pela sobrevivência/metáfora de resistência estrelada por Sonia Braga (“Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros. A transmissão vai começar às 20h e terá parceria com a plataforma Para Quem Doar, dedicada a combater e prevenir os impactos da pandemia do novo coronavírus no país. E também poderá ser acompanhada diretamente nesta página, logo abaixo.
Bacurau estreia nos EUA com 89% de aprovação no Rotten Tomatoes
O filme “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, estreou no fim de semana nos EUA. Apesar do circuito limitadíssimo – a exibição aconteceu em apenas duas salas – , chamou atenção da crítica americana. Com muitos elogios, o filme atingiu 89% de aprovação no Rotten Tomatoes. “Formalmente emocionante e narrativamente ousado, Bacurau baseia-se nas preocupações sociopolíticas brasileiras modernas para apresentar um drama contundente que embaralha gêneros”, resumiu o portal americano, em sua avaliação sobre as cerca de 90 críticas indexadas. “Parte do que torna o filme emocionante é como os cineastas organizam os gêneros a serviço de suas idéias, usando a forma do filme para desviar, provocar e surpreender”, publicou jornal The New York Times. “Não existe filme mais selvagem”, proclamou a rede BBC. “Deixa seu estômago com nós e sua cabeça num lugar muito estranho”, tentou descrever o crítico do Los Angeles Times. “O público da minha sessão não sabia se ria ou aplaudia. Então, fez os dois”, acrescentou o crítico da New York Magazine. “Altamente divertido”, sintetizou a revista Time Out. Vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes, o filme, que se passa numa comunidade nordestina que desaparece dos mapas, promove uma mistura de gêneros e envolve o espectador numa trama misteriosa/metáfora de resistência estrelada por Sonia Braga (“Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros.
Bacurau é exibido de graça em São Paulo
O filme “Bacurau”, dirigido por Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”) e Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”), será exibido de graça na noite desta quarta (9/10), às 19h, em 14 salas de cinema na cidade de São Paulo. Vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes, o filme, que se passa numa comunidade nordestina que desaparece dos mapas, promove uma mistura de gêneros e envolve o espectador numa trama misteriosa/metáfora de resistência estrelada por Sonia Braga (“Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros. A ação é uma iniciativa do Circuito Spcine e, para assistir, é necessário ir com antecedência a um dos locais de exibição, já que os ingressos começam a ser distribuídos uma hora antes da sessão, por ordem de chegada. Por conta do interesse, o site do Circuito Spcine chegou a sair do ar. A Spcine alerta que não é permitido reservar lugares e cada pessoa pode retirar no máximo dois ingressos. Confira abaixo os locais de exibição: CEU Aricanduva CEU Butantã CEU Caminho do Mar CEU Feitiço da Vila CEU Jaçanã CEU Jambeiro CEU Meninos CEU Parque Veredas CEU Perus CEU Quinta do Sol CEU Três Lagos CEU Vila Atlântica CEU Vila do Sol Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes
Bacurau ganha capa da revista francesa Cahiers du Cinéma
O filme “Bacurau” ilustra a capa da edição de setembro da “Cahiers du Cinéma”, conceituada revista francesa de cinema e mais conhecida publicação voltada a filmes de arte em todo o mundo. A revista traz uma entrevista com os diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e também um dossiê de 20 páginas sobre a situação do cinema brasileiro atual. Ilustrando a foto de capa, há uma chamada para “O Brasil de Bolsonaro”. Outros entrevistados da publicação incluem Fellipe Barbosa (“Gabriel e a Montanha”), Eryk Rocha (“Cinema Novo”), Marco Dutra (“As Boas Maneiras”), Camila Freitas (“Chão”) e Guto Parente (“Inferninho”). A Cahiers tem feito muito elogios sobre a qualidade do cinema feito no Brasil, considerando a atual geração de cineastas como a melhor do cinema brasileiro desde os movimentos do Cinema Novo e os chamados “marginais”. Ao mesmo tempo, lamenta que eles também precisem enfrentar o governo, em vez de receber apoio para levar sua arte ao resto do mundo. Um dos filmes brasileiros mais premiados do ano, “Bacurau” foi reconhecido nos festivais de Munique, de Lima e pelo importante Prêmio do Júri do Festival de Cannes. A trama, passada numa comunidade nordestina que desaparece dos mapas, promove uma mistura de gêneros que envolve o espectador numa trama misteriosa/metáfora de resistência estrelada por Sonia Braga (“Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros. Apesar da distribuição limitada a apenas 250 cinemas em todo o país, o longa arrecadou mais de R$ 1,5 milhão em seu fim de semana de estreia.
Bacurau faz R$ 1,5 milhão em fim de semana de estreia
Um dos filmes brasileiros mais premiados do ano, “Bacurau” também se tornou oficialmente um dos maiores sucessos nacionais de público em 2019. Depois de conquistar prêmios nos festivais de Munique, de Lima e o importante Prêmio do Júri do Festival de Cannes, o longa de Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”) e Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”) arrecadou R$ 1,5 milhão em bilheteria no primeiro fim de semana em cartaz. Segundo levantamento da Comscore, mais de 86 mil pessoas foram assistir a estreia do longa, uma mistura de gêneros que envolve o espectador numa trama misteriosa/metáfora de resistência, estrelada por Sonia Braga (“Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros. Os números são muito bons para as condições de lançamento do filme, que chegou em apenas 250 cinemas em todo o país. O dado da distribuição é importante, porque relativiza o fato de “Bacurau” ter aberto “apenas” em 6º lugar. A verdade é que sua bilheteria representa um dos maiores sucessos dramáticos do Brasil em 2019, atraindo mais público, inclusive, que o filão das cinebiografias, como “Minha Fama de Mau” e “Simonal”. A estreia de “Bacurau” só perde mesmo para as comédias blockbusters com astros de TV, que contam com ampla cobertura televisiva e lançamento em mais de 500 cinemas. A informação dos filmes mais vistos no fim de semana ainda destaca “Nada a Perder 2”, a cinebiografia do bispo Edir Macedo, que neste fim de semana vendeu 677 mil ingressos e arrecadou mais R$ 6,6 milhões com salas supostamente vazias (denúncia do portal UOL e do jornal O Globo), “O Rei Leão”, com público de 224 mil pessoas e renda de R$ 3,8 milhões, e o estreante “Yesterday”, que abriu em 3º lugar com 177 mil ingressos vendidos e R$ 3,5 milhões. Confira abaixo o Top 10 das bilheterias nacionais compilado pela Comscore. TOP 10 #bilheteria #cinemas Finde 29/8 a 1/9:1. Nada A Perder 22. O Rei Leão3. Yesterday4. Era Uma Vez em…Hollywood5. Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw6. Bacurau7. Brinquedo Assassino 8. Anna – O Perigo Tem Nome9. O Amor Dá Trabalho10. Os Brinquedos Mágicos — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) September 2, 2019
Bacurau mistura ação e reflexão num filme de peso
Novo filme de Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”) e Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”), “Bacurau” é um western brasileiro. Segue a trilha dos históricos “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1963) e “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969), de Glauber Rocha (1938-1981). Filmes que já se pautavam por grande força política e preocupação social, tentando desvendar um universo nordestino, marcado pela violência opressora, de um lado, e resistente, de outro. Dialoga também com a produção nacional que sempre teve nos cangaceiros uma fonte de inspiração permanente, oportunidade de pensar e de criar a partir da realidade do nordeste brasileiro para alcançar o país. “Bacurau” incorpora novos elementos a tudo isso. Tem invasores agressores e poderosos. Que chegam a tirar o povoado do mapa e produzem assassinatos aparentemente inexplicáveis, valendo-se até de drones com aspecto de disco voador. Falam inglês, seu comandante é um alemão com pinta e comportamento de nazista, e os colaboradores que atuam com eles falando português, além do inglês, são desprezados e descartados na primeira oportunidade. Ou seja, estamos no terreno da alegoria política, que soa tão atual, mas talvez seja mesmo uma constante da nossa história. Até porque a trama não se nutre do momento atual (foi filmado antes da eleição de Bolsonaro), embora pareça inspirado nele. Percepção acurada? Premonição? Visão apurada do processo histórico, da relação entre a casa-grande, a senzala e a dimensão internacional que as envolve. A produção mistura ação e reflexão no mesmo produto. É um filme forte, intrigante, provocador, mas é também uma aventura, muito envolvente. Por isso, pode ser visto como um filme de gênero, embora não esteja preocupado em seguir cartilhas ou convenções. Fala ao sentimento do público, mostra uma violência que tem de ser decifrada e que, afinal, leva a algumas conclusões. Talvez distintas, para cada grupo de espectadores. Mas que deve mexer com todo mundo, de um jeito ou de outro. Um elenco enorme e dedicadíssimo a seus personagens passa uma sensação de grande veracidade e remete a um mundo tão familiar quanto distante. Sonia Braga, como a dra. Domingas, reúne as dimensões da solidariedade e do descontrole, a indicar a profunda humanidade da figura que encarna. O alemão Udo Kier (astro de inúmeros terrores clássicos) é a maldade forasteira, mas também o impasse e a solidão. Bárbara Colen faz Teresa, mulher forte e lutadora. Os forasteiros colaboracionistas são patéticos, mas a gente até se esquece disso porque Karine Teles e Antonio Saboia nos conquistam pela qualidade de seus desempenhos. Thomás Aquino, como Pacote, e o inusitado bandido local Lunga, papel de Silvero Pereira, nos mostram como é estar no fio da navalha entre a fome e o crime. Todos os personagens são bem construídos e têm um ator ou atriz à sua altura. A trilha sonora é também bem marcante, vai de Gal Costa e seu objeto voador não-identificado a Geraldo Vandré, passando por Sérgio Ricardo. Marcos reconhecíveis da resistência que sempre pautou a nossa música e o nosso cinema, que combinam bem com a temática tratada no filme. A comunidade do povoado da Barra, no Rio Grande do Norte, divisa com a Paraíba, onde a maior parte do filme foi gravada, participou ativamente dos trabalhos de apoio à produção e como figurantes, contribuindo para a autenticidade das situações mostradas. “Bacurau” é um filme de peso da produção brasileira recente, que já vem recebendo o maior reconhecimento internacional, na forma de convites para mais de 100 festivais e mostras de cinema pelo mundo, e já conquistou prêmios nos festivais de cinema de Munique, de Lima e o importante Prêmio do Júri do Festival de Cannes.
Filme brasileiro Bacurau tem sessões dubladas e legendadas no cinema. Saiba o motivo
O filme brasileiro “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”) e Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”), foi lançado nos cinemas na quinta (29/8) com versões dublada e legendada. Mas as legendas não tem nada ver com um suposto “sotaque nordestino” difícil de entender – como chegou a acontecer, por exemplo, com “Cine Holliúdy”. O próprio Kleber Mendonça Filho explicou a questão. “Desculpe o leve spoiler, mas Bacurau tem diálogos em português e em inglês. Nas partes em inglês, há duas versões nos cinemas: legendado e dublado. Cada uma uma experiência diferente. Grande abraço”, escreveu o cineasta no Twitter. O diretor ainda defendeu a versão dublada, que alguns cinéfilos resistiram em aceitar. “Acho que dá um ar mais forte de cinema B, sessão da tarde e filme de aventura. E esses profissionais da dublagem saíram com cada uma que eu fiquei. Adorei.” Vencedor do Prêmio do Juri do Festival de Cannes, “Bacurau” oferece uma mistura de gêneros que envolve o espectador numa trama misteriosa/metáfora de resistência. Estrelado por Sonia Braga (“Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros, o filme retrata o drama de um povoado isolado no nordeste que descobre que não consta mais no mapa. E se torna alvo de atentados.
Filme brasileiro Bacurau vence o Festival de Lima
O filme “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”) e Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”), conquistou mais um prêmio internacional na noite de sábado (17/8), ao vencer o 23º Festival de Lima. Além de ser considerado o Melhor Filme pelo juri do evento peruano, o longa brasileiro também levou o troféu de Melhor Direção e a premiação da crítica internacional. O Festival de Lima aconteceu entre 9 e 17 de agosto, com cerca de 400 filmes sua programação. As novas conquistas se somam ao Prêmio do Júri no Festival de Cannes e convites para mais de 100 festivais ao redor do mundo, inclusive os prestigiosos festivais de Nova York e Toronto. Estrelado por Sonia Braga (“Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros, “Bacurau” retrata o drama de um povoado isolado no nordeste brasileiro que descobre que não consta mais no mapa. E se torna alvo de atentados. “Bacurau” teve sua première brasileira na sexta-feira (16/8), como filme de abertura do Festival de Gramado, e vai chegar aos cinemas brasileiros na próxima semana, no dia 29 de agosto.
Sonia Braga é premiada como Melhor Atriz no Festival de Lima, no Peru
A atriz Sonia Braga foi premiada como Melhor Atriz do 20º Festival de Cinema de Lima, no Peru, por sua interpretação no filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho. Ausente do evento, ela agradeceu o troféu em seu Facebook. “Que honra ser premiada na América Latina”, postou em seu perfil. No filme, a atriz resiste à tentativa de uma incorporadora de comprar seu apartamento para derrubar o velho prédio e construir um novo edifício na praia de Boa Viagem, no Recife. “Aquarius” também recebeu o Prêmio Especial do Júri, que foi encabeçado pelo cineasta Ciro Guerra (“O Abraço da Serpente”). Mas não foi o único longa brasileiro premiado no evento. O drama “Boi Neon”, de Gabriel Mascaro, também foi celebrado, vencendo a categoria de Melhor Fotografia. Já o grande vencedor do troféu de Melhor Filme foi o colombiano “Oscuro Animal”, de Felipe Guerrero.




